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Ensino Fundamental - Anos Finais
SÉTIMO ANO
Volume4
LIVRO DO 
PROFESSOR
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ESCOLA:
NOME:
TURMA: NÚMERO:
HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
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Ensino Fundamental - Anos Finais
SÉTIMO ANO
Volume4
LIVRO DO 
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EDITORIAL
Todos os direitos desta publicação são reservados à 
Pearson Education do Brasil S.A.
Fone: (16) 3238.6300
Av. Dr. Celso Charuri, 6391
Jardim São José – Ribeirão Preto - SP
CEP 14098-510
www.coc.com.br
Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa
Direção editorial de Educação Básica e Universidades Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Vanessa Cavalcanti
Autoria Fábia Alvim
Editoria responsável Erika Akime Tawada Boldrin 
Editoria pedagógica Anita Adas
Editoria de conteúdo Éverton Silva, Juliana Fernandes Rosa, Miriam Margarida Grisolia, 
Thalita Andrade da Silva
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Assistência de editoria Ana Beatriz Rodrigues Ferrari, Mariana Paulino Silva, 
Mariane de Mello Genaro Feitosa 
Preparação e revisão gramatical Ivone Teixeira, Leandro Requena Pereira, 
Mariane Genaro de Mello Feitosa, Milena Contador Lotto, 
Miriam Margarida Grisolia 
Organização de originais Marisa Aparecida dos Santos e Silva
Editoria de arte Natália Gaio
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Heraldo Colon Jr., Maricy Queiroz, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini
Editoria de Ilustração Carla Viana
Ilustração Danilo Dourado | Red Dragon Ilustrações 
Capa e projeto gráfico APIS design
Diagramação e arte final APIS design
PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr.
SISTEMA COC DE ENSINO
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GRUPO
“Com os modernos, consagram-se os princípios da liberdade 
individual e da igualdade de todos perante a lei: o indivíduo se 
afirma como o referencial último da ordem democrática. Pela 
primeira vez na história, as regras da vida social, a lei e o saber 
não são mais recebidos de fora, da religião ou da tradição, mas 
construídos livremente pelos homens, únicos autores legíti-
mos de seu modo de ser coletivo. Enquanto o poder deve ema-
nar da livre escolha de cada um e de todos, ninguém deve ser 
mais coagido a adotar esta ou aquela doutrina e submeter-se 
as regras de vida ditadas pela tradição. Direito de eleger seus 
governantes, direito de se opor ao poder estabelecido, direito 
de buscar por si mesmo a verdade, direito de conduzir a vida 
segundo sua própria vontade: o individualismo aparece como 
o código genético das sociedades democráticas modernas. Os
direitos humanos são sua tradução institucional. […] É inegá-
vel que, ao celebrar o sempre novo e os gozos do aqui-agora,
a civilização consumista opera continuadamente para enfra-
quecer a memória coletiva, acelerando o declínio da continui-
dade e da repetição ancestral. [...] A essência do individualismo 
é mesmo o paradoxo. Ante a desestruturação dos controles
sociais, os indivíduos em contexto pós-disciplinar têm a opção 
de assumir a responsabilidade ou não, de autocontrolar-se ou 
deixar-se levar. ”
Gilles Lipovetsky 
AÇÃO E CONQUISTA
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CONHEÇA SEU LIVRO
EXERCÍCIOS
Agrupados para facilitar o 
estudo e a revisão de conteúdos, 
são divididos em exercícios 
de aplicação, trabalhados em 
sala, e exercícios propostos, 
realizados em casa ou em 
outros momentos.
ABERTURA DE CAPÍTULO
Traz elementos que 
dialogam com o texto 
introdutório, buscando 
contextualização e 
estimulando a reflexão 
sobre o assunto em estudo.
MÓDULO
Reunido em capítulos, 
sistematiza a teoria que 
será trabalhada no grupo. 
Os exercícios referentes aos 
módulos são organizados 
após a teoria para facilitar a 
rotina de estudos.
OBJETIVOS DO GRUPO
Relação dos objetivos de 
aprendizagem a serem 
desenvolvidos no grupo.
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ORGANIZADOR VISUAL
Propõe uma revisão dos 
conceitos e estabelece conexões 
entre eles, proporcionando 
uma articulação entre os 
conteúdos do capítulo.
PRODUÇÃO DE TEXTO
As folhas de redação são 
destacáveis, facilitando 
o uso pelo aluno e a
correção pelo professor.
ENCARTES E ADESIVOS
Apresentam recursos 
complementares 
que enriquecem o 
desenvolvimento 
dos módulos.
PARA CONFERIR
Momento indicado para 
conferir a aprendizagem de 
conteúdos. Pode ser aplicado 
ao final do capítulo ou durante 
seu desenvolvimento.
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EXPLORE MAIS
São dicas de sites, textos 
e links, em ambiente 
digital, relacionados 
ao conteúdo estudado, 
possibilitando ampliação 
e aprofundamento.
NOTA
Traz informações 
históricas ou sobre 
estudiosos que se 
destacaram no contexto 
do conteúdo em estudo.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. 
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis
QUADRO DE TEXTO
Com referência direta 
ao que está sendo 
trabalhado, permite 
o contato com
diversos autores.
VOCABULÁRIO
Explica, de maneira 
mais acessível e dentro 
do contexto, termos e 
conceitos, favorecendo sua 
assimilação, compreensão 
e apropriação.
CONHEÇA SEU LIVRO
As miniaturas são um 
recurso discursivo que 
facilitam a contextualização 
dos quadros com o texto 
principal, indicando nele 
em que ponto a informação 
adicional está relacionada.
MINIATURAS DOS ÍCONES
BOXES E ÍCONES
Eurocêntrico: centrali-
zado na Europa e nos eu-
ropeus; interpretação do 
mundo segundo valores 
da Europa Ocidental.
Sociedade estamental:
sociedade organizada em 
estamentos, ou seja, em 
grupos sociais, e que não 
comportava mobilidade 
entre os grupos.
VOCABULÁRIO
NOTA
Isaac Newton (1643-1727)
Um dos grandes nomes da 
ciência foi o cientista inglês 
Isaac Newton, que publicou 
inúmeras obras, sendo uma 
das mais importantes para a 
humanidade o livro Princípios 
Matemáticos da Filosofia Na-
tural (1687), trazendo contri-
buições para a área da Mate-
mática e da Física. Nesse livro, 
Newton apresenta a relação 
entre a mudança da velocida-
de ao longo do tempo com a 
massa do corpo em questão. 
Parque Nacional da 
Serra da Capivara
Saiba mais sobre um dos 
sítios arqueológicos mais 
importantes do continente, 
considerado um Patrimô-
nio Cultural da Humanida-
de pela Unesco, situado no 
Piauí, acessando o site em: 
<coc.pear.sn/ovjGrlo>.
EXPLORE MAIS
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SELOS
pág. Encarte 399 pág. Redação399
Colaborativo
PARA IR ALÉM
Oportunidade de 
aprofundar o conteúdo 
e desenvolver uma 
postura investigativa, 
estimulando a reflexão 
ao despertar a 
curiosidade e o interesse.
GRUPO TEMÁTICO
Momento em que 
o grupo temático é
trabalhado, por meio 
do qual as ligações 
entre as disciplinas são 
evidenciadas. 
NA PRÁTICA
Apresenta conceitos da 
disciplina aplicados em 
situações do cotidiano ou em 
outras áreas do conhecimento, 
servindo também à 
divulgação científica.
Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados 
materiais complementares ao desenvolvimento do módulo. 
E também em partes da página:
O selo colaborativo indica exercícios que exploram 
estratégias diferenciadas de aprendizagem:
pág. 399Redação pág. 399Encarte Adesivo
Eles podem aparecer no texto:
Conhecimentos 
e técnicas
Na obra A virgem dos roche-
dos, Leonardo da Vinci de-
monstra seus conhecimen-
tos matemáticos, utilizando 
a geometria para dispor as 
figuras humanas em forma 
de triângulo (ou pirâmide), 
que concentram a atenção 
do olhar. Além disso, explo-
ra a técnica da perspectiva, 
em que o ponto de luz que 
brilha além da escuridão das 
pedras é usado como ponto 
de fuga, a fim de provocar 
sensação de profundidade.
PARA IR ALÉM
A virgem dos rochedos, de 
Leonardo da Vinci, 1483. Óleo 
sobre madeira. Museu do 
Louvre, Paris, França.
NA PRÁTICA
Internet
A internet foi uma das prin-
cipais invenções da Idade 
Contemporânea, revolucio-
nando os meios de comuni-
cação e as relações em nossa 
sociedade. 
Ela foi criada em 1969 pelo 
governo dos Estados Unidos, 
durante a Guerra Fria. Nessa 
época, o governo americano 
temia que ataques da União 
Soviética às suas bases mili-
tares trouxessem a público in-
formações valiosas e sigilosas 
do governo. 
GRUPO 
TEMÁTICO
Origem da maratona
Você sabia que a prova da 
maratona baseia-se na histó-
ria de Fidípides, um soldado 
ateniense que, por volta de 
490 a.C., teria corrido 40 km, 
que correspondem à distân-
cia entre Maratona e Atenas, 
para levar uma notícia aos 
atenienses? O soldado era 
considerado um ótimo cor-
redor e, por isso, durante 
a Guerra de Maratona, foi 
buscar reforços em Atenas 
a pedido comandante grego 
Milcíades. Fidípides voltou à 
Maratona com dez mil sol-
dados e venceram a guerra. 
Então, seu comandante teria 
pedido que retornasse à Ate-
nas para levar a informação 
de que haviam vencido a 
guerra contra os persas. Fidí-
pides teria retornado sempre 
correndo e, após anunciar a 
vitória, teria caído morto, de-
vido à exaustão.
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MAPA INTERDISCIPLINAR
Este mapa mostra a ligação entre os conteúdos 
das disciplinas, sendo ponto de partida para 
um trabalho interdisciplinar.
GRUPO
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Ação e conquista
LÍNGUA
PORTUGUESA 
Leitura de peça teatral, 
correlação verbal, 
ortografia, análise de 
videoclipe, produção 
de resenhaMATEMÁTICA
Triângulos e 
quadriláteros
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
Práticas corporais 
urbanas de aventura 
e parkour
ARTE
 Danças tradicionais 
brasileiras
CIÊNCIAS 
SOCIAIS
Globalização 
e consumo
GEOGRAFIA
Região Nordeste – 
Aspectos gerais 
e subregiões
HISTÓRIA
Desdobramentos 
da colonização
CIÊNCIAS 
DA NATUREZA
Répteis e aves
CSAR HI
LPGE
CS GEAR
EF GEAR
HICSAR
CSCNARHICS
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CAPÍTULO 25
Textos dramáticos
CAPÍTULO 26
Música encenada
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CAPÍTULOCAPÍTULO
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OBJETIVOS DO GRUPO
• Analisar, entre textos 
literários, e entre estes 
e outras manifestações 
artísticas, referências 
implícitas e/ou explícitas 
a outros textos em 
relação a temas, 
personagens e recursos 
literários e semióticos.
• Identificar, em texto 
dramático, personagem, 
ato, cena, fala e 
indicações cênicas, e a 
organização do texto: 
enredo, conflitos, ideias 
principais, pontos de 
vista e universos de 
referência.
• Escrever palavras de 
acordo com as regras 
ortográficas, obedecendo 
às convenções da 
língua escrita.
• Planejar resenhas, com 
base na escolha de 
uma produção, para 
analisar e sintetizar 
informações sobre a 
obra, destacando nela 
aspectos positivos e 
negativos.
• Utilizar, ao produzir 
texto, conhecimentos 
linguísticos e 
gramaticais: modos 
e tempos verbais, 
concordâncias verbal e 
nominal, pontuação etc.
TEXTOS DRAMÁTICOS
Ator: interpreta 
uma personagem.
Diretor: coordena toda 
a peça teatral (pode 
haver subdivisões, 
como diretor de arte, 
diretor musical etc.).
Iluminador: planeja a 
colocação de luzes no 
palco do espetáculo.
Elenco: conjunto de 
atores da peça teatral.
Contrarregra: responsabiliza-se pelo 
desenvolvimento do espetáculo, 
deslocamento de peças do cenário, 
indicação da entrada e saída dos 
atores, verifi cação da parte técnica etc.
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Neste capítulo, será aprofundado 
o estudo sobre texto dramático, 
já visto em anos anteriores. Na 
parte gramatical, a ênfase será 
dada ao estudo da correlação en-
tre os tempos verbais e da grafi a 
de palavras que costumam gerar 
confusão, por apresentarem se-
melhança fonética.
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Cenógrafo: cria 
o espaço cênico.
Figurinista: cria os trajes 
e acessórios usados 
pelas personagens.
Maquiador: faz 
a maquiagem 
dos atores.
Sonoplasta: cria os 
efeitos sonoros do 
espetáculo teatral.
Dramaturgo: escreve 
o texto dramático.
Coreógrafo: elabora a 
sequência de movimentos 
e gestos dos atores.
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LEITURA DE PEÇA TEATRAL
Em anos anteriores, você já estudou que um texto dramático é basicamente 
feito para ser encenado. Quando assistimos a uma peça, vemos uma versão 
de um texto dramático que foi devidamente elaborado por diretor, atores e 
outros membros da produção. Apesar de sua principal característica ser a 
representação – ou encenação –, ele pode ser apenas lido, como um texto li-
terário, mas o leitor precisará de bastante criatividade para perceber o texto 
como se ele estivesse sendo representado em um palco. 
Originalmente, na Grécia Antiga, o gênero dramático era dividido em 
dois subgêneros: tragédia e comédia. 
Módulos 145, 146 e 147
Os símbolos do teatro na Grécia Antiga eram as máscaras. Na imagem, 
a máscara da esquerda representa a comédia e a da direita, a tragédia.
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Tragédia: embora atualmente a tragédia se refira a um evento triste ou 
desastroso, na Grécia Antiga ela era relacionada àquilo que causava pieda-
de e terror no espectador. Eram representadas como personagens centrais 
apenas pessoas de alta posição social, como reis, generais, nobres, deuses 
mitológicos etc.
Comédia: enquanto a tragédia clássica tende a representar a queda de 
uma pessoa – da prosperidade à decadência –, a comédia tem como objeti-
vo provocar risos no espectador, ao mesmo tempo em que faz críticas a cer-
tos aspectos da sociedade, como costumes, cargos e projetos políticos, entre 
outros. Como os temas desse gênero eram mais acessíveis à população em 
geral, aproximando-se do cotidiano de todos os cidadãos, era possível, na 
Grécia Antiga, que personagens centrais fossem representadas por pessoas 
pertencentes a estratos sociais mais baixos, como os escravizados.
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Escravizados e pessoas de estratos so-
ciais mais baixos eram representados, 
mas não ocupavam posição central 
nas tragédias.“[...] A epopeia e a tragédia, bem 
como a comédia e a poesia ditirâm-
bica e ainda a maior parte da música 
de fl auta e de cítara são todas, vistas 
em conjunto, imitações. Diferem en-
tre si em três aspectos: ou porque 
imitam por meios diversos ou objetos 
diferentes ou de outro modo e não do 
mesmo. [… ], todas realizam imita-
ção por meio do ritmo, das palavras 
e da harmonia, separadamente ou 
combinadas. [… ]
Uma vez que quem imita representa 
os homens em ação, é forçoso que es-
tes sejam bons ou maus (os caracteres 
quase sempre se distribuem por estas 
categorias, isto é, todos distinguem os 
caracteres pelo vício e pela virtude) e 
melhores do que nós ou piores ou tal 
e qual somos, como fazem os pinto-
res: [… ] Também a tragédia se dis-
tingue da comédia neste aspecto: 
esta quer representar os homens 
inferiores, aquela superiores aos da 
realidade. Há ainda uma terceira di-
ferença: o modo como se imita cada 
um destes objetos. Com os mesmos 
meios podem imitar-se os mesmos 
objetos, ora narrando – seja toman-
do outra personalidade como faz Ho-
mero, seja mantendo a sua identidade 
sem alteração – ora representando 
todos em movimento e em atuação. 
A imitação existe, pois, com estas três 
diferenças, como dissemos no início: 
os meios, (os objetos) e o modo.”. Tre-
cho extraído de Poética, de Aristóteles. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/
N6uBALj>. Acesso em: maio 2020.
Portanto, os aspectos que diferem os 
gêneros são basicamente a métrica, 
o que imitam (os temas heroicos ou 
cotidianos) e o modo de imitação (nar-
rando ou encenando).
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Leia, a seguir, uma adaptação da peça A megera domada, considerada uma 
comédia romântica, escrita originalmente pelo dramaturgo inglês William 
Shakespeare. 
Verossimilhança: caracte-
rística do que é verossímil, 
ou seja, do que se aproxima 
da realidade. 
VOCABULÁRIO
Para relembrar
Os textos do gênero dramático apresentam o discurso direto das persona-
gens e as indicações cênicas (rubricas ou didascálias) que contêm informa-
ções sobre o cenário, os movimentos, as características físicas e psicológicas 
das personagens, entre outras. Esses textos estão subdivididos em atos, que 
correspondem a ciclos de ação em determinados espaços – troca-se de ato, 
por exemplo, quando se muda de cenário –, e cenas, que são os momentos da 
ação em que os atores estão representando. Os textos dramáticos apresentam 
o nome da personagem que dialoga antes de sua fala, indicando, dessa forma, 
sua entrada em cena, e, geralmente, uma sequência linear, com situação ini-
cial, complicações com um ponto culminante (tensão) e desfecho. 
Tipos de fala das 
personagens
As falas das personagens 
podem ser apresentadas na 
forma de:
• monólogo – uma persona-
gem fala consigo mesma.
• diálogo – as personagens 
falam umas com as outras.
• aparte – uma personagem 
faz um comentário para os 
espectadores.
PARA IR ALÉM
A megera domada
Personagens
CATARINA, a megera, é voluntariosa, estressada e irada.
PETRÚQUIO, o domador, vem a Pádua para se casar com moça bem rica.
BATISTA MINOLA, o pai de Catarina, é um comerciante muito rico de Pádua.
BIANCA, a irmã mais nova e boazinha de Catarina.
LUCÊNCIO, o estudante apaixonado por Bianca. Finge ser o professor de Lite-
ratura Câmbio.
BIONDELLO, o segundo criado de Lucêncio. Finge ser Trânio.
TRÂNIO, o primeiro criado e comparsa de Lucêncio. Finge ser Lucêncio.
GRÊMIO, o pretendente mais velho e rico de Bianca.
HORTÊNSIO, o pretendente mais pobre de Bianca. Finge ser o professor de música Lício.
GRÚMIO, o primeiro criado de Petrúquio.
MERCADOR, o viajante envolvido na armação de Trânio. Finge ser Vicêncio.
VICÊNCIO, o pai de Lucêncio.
OUTROS: padre, viúva dinamarquesa, costureiro; Nicolas, Natanael, José e Felipe 
(outros criados de Petrúquio).
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Conforme o teatro ocidental foi se desenvolvendo, surgiram derivações 
desses dois subgêneros. Veja algumas delas a seguir.
Tragicomédia: combina aspectos da tragédia e da comédia, misturando 
na história personagens dos estratos sociais alto e baixo. Além disso, con-
flitos sérios – típicos da tragédia – podem ter finais felizes, que são carac-
terísticos da comédia.
Farsa: assim como a comédia, visa provocar o riso. É comum retratar 
personagens caricatas em situações exageradas; por isso, há pouca preocu-
pação com a verossimilhança.
Melodrama: em sua origem, era um drama misturado a elementos mu-
sicais. Atualmente, a intensidade emotiva ainda é característica desse sub-
gênero, mas a música não é mais obrigatória. Pode-se considerar que se 
aproxima das novelas de televisão.
NOTA
William Shakespeare 
(1564-1616)
Foi poeta e dramaturgo inglês, 
considerado um dos maiores 
escritores e o mais influente 
dramaturgo do mundo. No 
início, suas obras eram princi-
palmente comédias com base 
em eventos e personagens his-
tóricas, atingindo grande su-
cesso em peças teatrais desse 
gênero. Depois desse sucesso, 
por volta de 1608, escreveu as 
tragédias Hamlet e Macbeth, 
classificadas posteriormente 
como romances. Até hoje suas 
obras servem como base para 
escritores de livros, peças, no-
velas, entre outros.
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Fazer a leitura e a interpretação do 
texto com os alunos. Como o texto é 
relativamente longo, se julgar perti-
nente, a cada cena lida, contextualizá-
-la e/ou explicá-la, verifi cando se eles 
têm dúvidas em relação ao vocabulá-
rio e se estão compreendendo o texto 
até o momento.
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Primeiro ato
Cena I – Rua diante da mansão de Batista Minola
Trânio entra na frente do palco e se dirige ao público.
TRÂNIO — Minhas mais sinceras saudações, senhoras e senhores. 
Sejam bem-vindos a Pádua, esta bela cidade da Lombardia, o jardim 
da Itália, ao final do século XVI. Meu nome é Trânio e vou ser seu guia 
nesta visita. Bem, o bom do teatro é que quem está aqui prega uma 
peça em quem está aí. Nós aqui fingimos que estamos em outro tem-
po e outro lugar, e vocês aí fingem que acreditam. Vez por outra al-
guém pode atravessar (indica) a quarta parede e falar direto com os 
espectadores. É o que estou fazendo neste momento, para lhes contar 
uma história hilária e, como narro e participo de cenas, vou entrar e 
sair desta trama cheia de pessoas que fingem ser outra pessoa ou fin-
gem que são de um jeito e depois fingem que passaram a ser de outro.
Lucêncio entra e olha em volta, maravilhado.
TRÂNIO — Tudo começou quando (indicando Lucêncio) meu amo 
Lucêncio, que é de Pisa, aquela cidade da torre inclinada, chegou a 
esta cidade de Pádua, acompanhado de (indicando-se) seu fiel criado 
Trânio e de seu estúpido criado Biondello, para estudar e, quem sabe, 
amar! Com sua licença…
Trânio se junta à ação, que acontece na rua em frente da casa de Batista.
LUCÊNCIO — Onde está o tolo do Biondello? Precisamos achar logo 
um lugar para morar nesta cidade tão bonita. Preciso, quanto antes, me 
concentrar nos estudos.
TRÂNIO — Claro que precisa, amo. Mas lembre-se de que, além da 
Matemática, da Filosofia e da Geografia, existem neste mundo a As-
tronomia, a Música e a Anatomia!
LUCÊNCIO — Eu sei o que você quer dizer, mas esqueça! Nesta mi-
nha estada em Pádua faltará tempo para a Érica, a Renata ou a Prisci-
la, porque só terei olhos para a Ética, a Retórica e a Poética!
TRÂNIO — Caro mestre, esquente a cabeça com Aristóteles, mas não 
se esqueça de aquecer o coração com Ovídio. 
LUCÊNCIO — Esquecerei, porque não trouxe meu exemplar de A arte 
de amar.
TRÂNIO — (Pegando o livro no bolso) Mas eu trouxe o meu! (Len-
do) “Procure o objeto de seu amor. Achou? Agora concentre seus es-
forços em cativar a jovem que lhe agradar e, depois, para que seu 
amor dure.”
LUCÊNCIO — Desista detentar me desviar de meu objetivo. É impos-
sível que aconteça de eu me apaixonar…
Lucêncio vê alguém que vem se aproximando, põe a mão sobre o coração.
LUCÊNCIO — Oh! Fui atingido!
TRÂNIO — No coração?
LUCÊNCIO — Por uma flecha!
TRÂNIO — Flecha? Não!
LUCÊNCIO — Sim! Atirada por Cupido! 
Quarta parede: parede 
imaginária na frente do 
palco, diante da qual fica a 
plateia que assiste à peça.
VOCABULÁRIO
NOTA
Aristóteles 
(384 a.C.-322 a.C.)
Foi um filósofo grego da Grécia 
Antiga. Escreveu sobre diversos 
assuntos, como política, ética, 
retórica, física etc. Foi aluno do 
filósofo Platão e professor 
do futuro rei da Macedônia, 
Alexandre, o Grande. Sua obra 
Poética é uma grande fonte de 
conhecimento sobre o início do 
gênero dramático, em especial 
sobre a tragédia, constituindo-
-se em uma leitura fundamen-
tal para os estudos literários até 
os dias atuais.
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Este é o momento oportuno para 
aplicar o exercício 1 da seção “Para 
conferir”, referente aos módulos 145, 
146 e 147.
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A megera domada é estruturada em cinco atos e, nessa adaptação, há um 
narrador, Trânio, que se apresenta no começo do primeiro ato. A participa-
ção dele contribui para situar imediatamente a história aos leitores/espec-
tadores: ela se passa em Pádua (Itália), no século XVI. As personagens são 
apresentadas antes do início dos diálogos, com as principais – Catarina e 
Petrúquio – listadas primeiro. 
O trecho que você leu anteriormente é o início da peça, em que a perso-
nagem Lucêncio se apaixona, à primeira vista, por Bianca. Logo a seguir, é 
dada a informação de que o obstáculo para que pretendentes se casem com 
Bianca é sua irmã Catarina, a “megera”. Assim, o conflito da história é a ten-
tativa de fazer Catarina se comportar de acordo com o que a sociedade da 
época esperava da mulher, permitindo uma discussão atual sobre o papel 
de homens e mulheres em um casamento.
Cortejo: qualquer acompa-
nhamento que se faz a al-
guém por ocasião de uma 
cerimônia.
Dote: conjunto de bens, 
dado pela família da noi-
va ao noivo, trazido pela 
mulher quando se casa.
VOCABULÁRIO
NOTA
Públio Ovídio Naso 
(43 a.C.-17 ou 18 d.C.)
Ovídio, como é conhecido nos 
países de Língua Portuguesa, 
foi um poeta romano que viveu 
durante o reinado do imperador 
Otávio Augusto. Destacou-se 
com seus poemas sobre amor, 
embora se possa considerar Me-
tamorfoses sua mais importan-
te obra, a qual narra a história 
do mundo, desde sua criação 
até o reinado de Júlio César, 
permeada por mitos.
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TRÂNIO — Ah!… O deus do amor! Parece que o impossível acabou de 
acontecer.
LUCÊNCIO — Quem pode ser aquela deusa?
TRÂNIO — Não sei, mas parece que ela faz parte de um cortejo que 
vem para nos recepcionar!
Entram Batista, Catarina, Bianca, Hortênsio e Grêmio.
HORTÊNSIO — Meu caro senhor!
GRÊMIO — Amigo Batista!
BATISTA — Basta, cavalheiros! Vocês não me farão mudar de ideia.
CATARINA — Que vergonha, lavar a roupa suja fora de casa, na frente 
de (indicando Grêmio) uma múmia que fugiu da tumba e (indicando Hor-
tênsio) um espantalho que pensa que é gente!
Lucêncio e Trânio se afastam, assistem à cena e falam só entre eles.
HORTÊNSIO — Alguém deveria lavar com sabão sua língua de trapo!
GRÊMIO — Eu suplico que reconsidere, Batista!
BATISTA — Vejam bem: por enquanto ninguém poderá se casar com 
Bianca, minha filha caçula, porque decidi que isso só acontecerá depois 
que Catarina, a mais velha, tenha um marido. Portanto, se um de vocês 
se candidatar a esse posto, terá todo o meu apoio e consideração, além 
do generoso dote.
TRÂNIO — Daquela leoa irada é mais fácil vir um bote!
LUCÊNCIO — Quieto, Trânio.
GRÊMIO — Essa desvairada? Não é para o meu barquinho, eu me afo-
garia nesse tsunami. E você, Hortênsio?
HORTÊNSIO — Prefiro entrar numa jaula com uma ursa faminta!
CATARINA — Qual é sua intenção, meu pai, ao me humilhar assim, em 
plena rua, me oferecendo como seu eu fosse uma mula…
[…]
SHAKESPEARE, William. A megera domada. Tradução e adaptação 
de Flávio de Souza. São Paulo: FTD, 2013.
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Módulos 148, 149 e 150
CORRELAÇÃO VERBAL
Quando você estudou verbo, aprendeu que ele se flexiona em pessoa, modo, 
tempo e número. Para a construção adequada de um período, é importan-
te que os verbos estejam em harmonia entre si e não apenas conjugá-los 
isoladamente. 
A articulação temporal entre as formas verbais é chamada de correlação 
verbal. Isso significa que os verbos que compõem um período devem estar 
em tempos e modos correspondentes uns aos outros, o que contribui para 
que as ideias estejam bem conectadas, garantindo a clareza do texto. Como 
falantes nativos da língua portuguesa, tendemos a fazer essa relação de 
modo intuitivo. 
Observe, a seguir, uma fala retirada da peça A megera domada, que você 
leu nos módulos anteriores.
GRÊMIO — Eu suplico que reconsidere, Batista!
Nessa frase, há emprego de dois verbos, “suplicar” e “reconsiderar”, que 
estão no mesmo tempo verbal – presente –, porém em modos diferentes. 
A forma verbal “suplico” está flexionada no presente do modo indicativo, 
enquanto “reconsidere” está no presente do modo subjuntivo. Como, em 
uma peça teatral, a ação ocorre no momento da fala, “suplico” é a forma 
adequada para exprimir essa temporalidade. Já a forma “reconsidere” ex-
prime um fato que ainda não foi realizado no momento da fala, por isso 
não haveria lógica se fosse dito, por exemplo, “Eu suplico que reconsideras-
se.”, com o verbo no pretérito. 
Veja, na página seguinte, alguns casos comuns de correlação verbal.
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GRUPO TEMÁTICO
Para conquistar algo, 
é necessário agir
“Conquistar” e “agir” são 
verbos de ação. Também 
são denominados signi-
ficativos ou nocionais, 
pois apresentam signi-
ficado próprio e estão 
relacionados a um sujei-
to que realiza ou sofre a 
ação descrita no verbo. 
Além disso, compõem 
o núcleo do predicado 
verbal. Outros exem-
plos de verbos de ação: 
comer, dançar, acreditar, 
sair etc.
Articulação temporal 
entre os verbos
Para saber mais sobre 
correlação verbal, acesse: 
<coc.pear.sn/seoGTz7>.
EXPLORE MAIS
Tempos verbais 
compostos
São formados por mais de 
uma palavra: um verbo auxi-
liar e um verbo principal, dos 
quais resulta uma locução 
verbal, conforme já visto. O 
verbo auxiliar sofre flexão 
em tempo e pessoa, e o verbo 
principal permanece no par-
ticípio. Os tempos compos-
tos do modo indicativo são: 
pretérito perfeito, pretérito 
mais-que-perfeito, futuro 
do presente e futuro do pre-
térito. Os tempos compos-
tos do modo subjuntivo são: 
pretérito perfeito, pretérito 
mais-que-perfeito e futuro. 
Para saber mais sobre esses 
tempos, acesse: <coc.pear.
sn/SNJ1RyR>.
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Neste conjunto de módulos, será estudada a correlação verbal, que é um tópico bastante 
importante para que o texto tenha coesão e coerência. 
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TEMPO VERBAL DA PRIMEIRA ORAÇÃO TEMPO VERBAL DA SEGUNDA ORAÇÃO
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Recomendo que assista a essa peça teatral.
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Pedi que atuassem de modo mais intenso.
Presente do indicativo Pretérito perfeito composto do subjuntivo
Esperamos que ele tenha ganhado o prêmio de melhor ator.
TEMPO VERBAL DA PRIMEIRA ORAÇÃO TEMPO VERBAL DA SEGUNDA ORAÇÃO
Pretérito imperfeito do indicativo Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
Queria que o público tivesse gostado da apresentação.Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente do indicativo
Se esquecer sua fala, terá dificuldade na atuação.
Pretérito imperfeito do subjuntivo Futuro do pretérito do indicativo
Se conversasse com o diretor, compreenderia a perspectiva dele.
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo Futuro do pretérito simples do indicativo
Se ele não tivesse se aposentado, viraria o melhor jogador do país.
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo Futuro do pretérito composto do indicativo
Se tivéssemos ensaiado mais, a apresentação teria sido melhor.
Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente do indicativo
Quando formos ao teatro, convidaremos você.
Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente composto do indicativo
Quando chegarmos, o segundo ato da peça terá acabado. 
O uso da forma “tenha ganhado” significa que o acontecimento já foi con-
cluído no momento da fala. Caso fosse usado “ganhe” (presente do subjun-
tivo), a premiação ainda não teria ocorrido no momento da fala.
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Este é o momento oportu-
no para aplicar o exercício 
2 da seção “Para conferir”, 
referente aos módulos 148, 
149 e 150.
Indicar aos alunos que a po-
sição das orações pode ser 
invertida, mantendo-se a 
correlação. Exemplo (último 
caso apresentado na tabela 
anterior): “O segundo ato da 
peça terá acabado quando 
chegarmos.”.
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USO DE “ONDE” E “AONDE”, “DEMAIS” E 
“DE MAIS”, “SENÃO” E “SE NÃO”
Há palavras e expressões que geram dúvidas no momento da escrita, es-
pecialmente quando elas pouco se diferem sonoramente. Isso ocorre, por 
exemplo, com os pares “onde”/“aonde”, “demais”/“de mais” e “senão”/“se não”. 
Leia, a seguir, um texto sobre o teatro de Shakespeare e observe em que 
situação a palavra “onde” foi empregada.
Módulos 151, 152 e 153
Teatro onde Romeu e Julieta foi encenado pela primeira vez é 
encontrado em Londres
Arqueólogos do Museu de Londres descobriram ruínas do espaço The Curtain 
Theatre, teatro onde peças como Romeu e Julieta e Henry V, do dramaturgo 
inglês William Shakespeare, foram encenadas pela primeira vez. […]
[…] 
Como parte de um trabalho de restauração, os arqueólogos do museu en-
contraram vestígios do teatro “em bom estado de conservação”, como o pátio 
e os muros de uma galeria, a três metros de profundidade. […] 
Com as escavações, que deverão seguir adiante, os arqueólogos encontraram 
o teatro (The Curtain) em uma rua do bairro de Shoreditch. O local fica a pou-
cos metros do lugar onde o “The Theatre”, teatro onde Shakespeare estreou 
como ator e onde representou suas primeiras peças, foi encontrado em 2008.
[…]
Teatro onde “Romeu e Julieta” foi encenado pela primeira vez é encontrado em Londres. UOL, 
jun. 2012. Disponível em: <https://coc.pear.sn/VSQ1ITo>. Acesso em: jun. 2020.
Logo no título da notícia é possível observar que foi usada a palavra 
“onde”.
Teatro onde Romeu e Julieta foi encenado pela 
primeira vez é encontrado em Londres
O local fica a poucos metros do lugar onde o “The Theatre” [...] foi 
encontrado em 2008.
[...] teatro onde Shakespeare estreou como ator e onde representou 
suas primeiras peças […].
Nesse exemplo, “onde” funciona como um pronome relativo, o qual faz 
referência a “teatro”. Além disso, está associado a um verbo, “encenar”, que 
não traz ideia de movimento para algum lugar. Veja como esses mesmos 
aspectos também estão presentes em outras partes do texto em que “onde” 
foi usado.
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Neste conjunto de módulos, serão 
estudadas algumas expressões que 
geram dúvidas no momento da escrita. 
Assim, conhecer a diferença entre elas e, 
principalmente, estimular seu uso, con-
tribui para que se evite essa confusão. 
A habilidade da BNCC a ser trabalhada 
é a EF67LP32 – “Escrever palavras com 
correção ortográfica, obedecendo às 
convenções da língua escrita.”.
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Onde você mora?
Fomos à cidade onde nasci.
Aonde você vai?
O restaurante aonde fomos ontem está fechado hoje.
Em ambos os trechos apresentados, “onde” indica lugar e é empregado com 
verbos que sugerem uma ideia de permanência: “encontrar”, “estrear” e “re-
presentar”. 
A seguir, serão relacionadas outras situações que exigem o emprego de 
“onde”, bem como as diferenças entre essa expressão e a palavra “aonde”.
Onde × aonde
Tanto “onde” quanto “aonde” são palavras que indicam lugar. O que dife-
rencia o uso delas são os tipos de verbo a que estão associadas.
Onde 
Pode ser um pronome relativo ou um advérbio interrogativo, e é usado 
com verbos de sentido estático, indicando o lugar em que ocorre algo. 
Aonde
É a combinação da preposição “a” com o advérbio (ou pronome relativo) 
“onde”. É usada com verbos que sugerem um sentido de dinamismo, exi-
gindo essa preposição. Indica movimento ou deslocamento em direção a 
algum lugar.
Dinamismo: característica 
do que é ativo; movimento.
Estático: aspecto que ex-
prime a ideia de ausência 
de movimento ou mudança.
VOCABULÁRIO
Demais × de mais
Além de “onde” e “aonde”, existem outras expressões que geram dúvidas 
quanto à grafia. “Demais” e “de mais” são duas dessas expressões.
“Onde” como pronome relativo
PARA IR ALÉM
Quando “onde” é pronome relativo, pode ser substituído por “em que” ou “no(a) qual”, 
sem que haja alteração de sentido. Observe os exemplos a seguir.
Visitei a cidade onde meus pais moraram.
Visitei a cidade em que meus pais moraram.
Visitei a cidade na qual meus pais moraram.
Lembre-se de que “onde” indica lugar. Assim, embora esse termo possa ser substituído 
por “em que” e “no(a) qual”, essas expressões não podem ser substituídas por “onde” 
quando não há ideia de lugar. Veja.
 No dia em que completou um ano de idade, começou a andar. 
 No dia onde completou um ano de idade, começou a andar.
Antecedentes dos 
pronomes relativos
Os pronomes relativos 
são denominados assim 
porque fazem referência a 
um termo expresso ante-
riormente. Leia mais sobre 
esse o assunto no artigo 
disponível em: 
<coc.pear.sn/iaGFKCN>.
EXPLORE MAIS
Pronomes 
interrogativos 
e advérbios 
interrogativos
Quando formulamos per-
guntas, há alguns termos 
que frequentemente estão 
presentes, como Quem?, 
Por quê?, Quanto?, Onde? 
etc. Apesar de todos esses 
exemplos serem empre-
gados para introduzir uma 
pergunta, seja direta seja 
indireta, eles não perten-
cem a uma única classe 
gramatical, pois podem ser 
advérbios ou pronomes. 
Leia mais sobre esse assun-
to no artigo disponível em: 
<coc.pear.sn/OA2niNq>.
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Este é o momento oportuno para apli-
car o exercício 3 da seção “Para conferir”, 
referente aos módulos 151, 152 e 153.
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b. Como advérbio, também pode ter sentido de “além disso”, “ademais”.
Não achei que a protagonista atuasse bem. Demais, o enredo era ruim.
Dois funcionários viajarão amanhã, os demais irão hoje à noite.
c. Como pronome indefinido, tem valor de “os outros”, “os restantes”.
“Demais”, como advérbio de intensidade, exprime ideia de excesso.
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Demais 
Pode ser um advérbio ou um pronome indefinido. 
a. Como advérbio de intensidade, pode modificar adjetivos, advérbios e 
verbos, e equivale a “excessivamente”, “demasiadamente”.
Ela é inteligente demais.
Adjetivo
Chegamos cedo demais.
Advérbio
O anfitrião fala demais.
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Este é o momento oportuno para apli-
caro exercício 4 da seção “Para conferir”, 
referente aos módulos 151, 152 e 153.
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Há palavras de mais na minha redação.
Não tinha nada de mais na peça que vimos ontem.
Correremos no parque, se não chover. (= caso não chova.)
Apresse-se, senão chegaremos atrasados.
Não queria ser jogador, senão bombeiro.
Ninguém o ajuda, senão você.
O único senão dele é ser exigente demais.
De mais
É uma locução adjetiva que acompanha substantivos, exprimindo, em ge-
ral, ideia de quantidade. Equivale a “a mais” e é o contrário de “de menos”.
Senão × se não
Senão
Pode ser uma conjunção, uma preposição ou um substantivo.
a. Como conjunção, pode ter sentido de “do contrário”, “de outro modo”.
b. Como conjunção, também pode significar “mas”, “mas sim”.
c. Como preposição, tem sentido de “à exceção de”, “exceto”, “a não ser”, “salvo”.
d. Como substantivo, exprime a ideia de “defeito”.
Se não
É a conjunção “se” com o advérbio “não”. Em geral, é usada para situações 
em que se é estabelecida uma condição, podendo ser substituída por “caso 
não”. Observe.
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Este é o momento oportuno para 
aplicar os o exercício 5 da seção “Para 
conferir”, referente aos módulos 151, 
152 e 153.
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CAPÍTULO 25
TEXTOS DRAMÁTICOS
Módulos 145, 146 e 147 | Leitura de peça teatral
Para responder às questões a seguir, releia o excerto de A megera domada apresentado na teoria. 
1. Embora não seja tão comum em textos dramáticos, A megera domada apresenta um narrador. Qual 
é seu nome e sua relação com as outras personagens da história?
2. De acordo com o texto, Biondello é
a. pai de Catarina.
b. pretendente de Bianca.
c. professor de Câmbio.
d. criado de Lucêncio.
e. irmão de Petrúquio.
3. Na conversa entre Lucêncio e Trânio, os autores Aristóteles e Ovídio são relacionados a que tipo de 
atividade?
4. De que modo a rubrica é essencial para o entendimento do leitor (ou do ator que vai encenar o 
texto) na passagem a seguir?
Exercícios de aplicação
Cena II — Na frente da casa de Hortênsio
Petrúquio e Grúmio vêm chegando.
TRÂNIO — (para o público) Este é Petrúquio, que acaba de chegar de Verona, aquela 
cidade onde os jovens Romeu e Julieta, filhos de duas famílias inimigas, os Montéquio e 
os Capuleto, vivem um amor impossível que, na minha modesta opinião, não vai acabar 
bem… mas essa é uma outra história. Nesta, o intrépido Petrúquio chega, com seu 
criado Grúmio, à casa de seu amigo Hortênsio em Pádua.
[…]
CATARINA — Que vergonha, lavar a roupa suja fora de casa, na frente de (indicando 
Grêmio) uma múmia que fugiu da tumba e (indicando Hortênsio) um espantalho que 
pensa que é gente!
5. Qual foi a reclamação feita por Catarina a seu pai?
Leia, a seguir, outro trecho de A megera domada, em que surge uma possibilidade para que Catarina 
se case e, com isso, a irmã também o possa fazer.
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O narrador é Trânio. Ele é criado e comparsa de Lucêncio.
Aristóteles é relacionado ao estudo e Ovídio, ao amor.
Caso não houvesse as rubricas “indicando Grêmio” e “indicando Hortênsio” não daria para identifi car quem Catarina 
estava chamando de “múmia que fugiu da tumba” e de “espantalho que pensa que é gente”, o que causaria confusão 
nessa passagem do texto.
Ela reclamou que seu pai a oferece para casamento a qualquer homem que possa aceitá-la, como se ela fosse uma mula.
2. De acordo com a apre-
sentação das personagens, 
Biondello é o segundo cria-
do de Lucêncio. A alternati-
va a está incorreta, porque o 
pai de Catarina é Batista. A 
alternativa b está incorreta, 
porque os pretendentes de 
Bianca são Grêmio e Hor-
tênsio. A alternativa c está 
incorreta, porque Câmbio 
é Lucêncio fingindo ser 
professor de Literatura. A 
alternativa e está incorreta, 
porque não há menção, no 
trecho apresentado, de que 
Petrúquio tem um irmão.
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Hortênsio entra.
[…]
HORTÊNSIO — Mas o que trouxe você a Pádua, Petrúquio?
PETRÚQUIO — A vontade de me casar com uma moça de grande dote.
HORTÊNSIO — Como você é meu amigo, vou ser sincero. Conheço uma moça de dote 
bem grande, muito grande mesmo, enorme, colossal. No entanto…
PETRÚQUIO — Tinha de ter um “no entanto”!
HORTÊNSIO — Sim. No entanto, esse “no entanto” talvez seja apenas um tanto desani-
mador para um sujeito destemido, vigoroso, matreiro e pimpão como você.
PETRÚQUIO — Espero que sim. Agora pare de falar de mim e conte tudo sobre essa can-
didata à minha esposa. Ela é muito feia?
HORTÊNSIO — Nem um pouco!
PETRÚQUIO — Muito velha?
HORTÊNSIO — Não, só um pouco.
GRÚMIO — Então é porca?
PETRÚQUIO — Fedida?
GRÚMIO — Desleixada?
PETRÚQUIO — Descabelada?
HORTÊNSIO — Não, não e não.
GRÚMIO — Careca?
HORTÊNSIO — Não!
Grúmio vai continuar falando, mas Petrúquio tapa sua boca.
PETRÚQUIO — Então qual é o problema com essa moça?
HORTÊNSIO — É simplesmente a mais antipática, intratável e enfezada de Pádua. Você 
é um amigo tão bom, e eu não desejaria ver nem meu pior inimigo atado a ela até que a 
morte os separe!
PETRÚQUIO — Hortênsio, você me conhece suficientemente para saber que não existe 
pessoa ou besta que eu não possa enfrentar.
HORTÊNSIO — Com certeza! Eu, no entanto, não me casaria com aquela criatura nem por 
uma mina inteira de ouro.
PETRÚQUIO — Chega de papo, vamos ao fato: quem é ela?
HORTÊNSIO — Catarina, a primogênita de Batista Minola, um dos senhores mais ricos 
desta terra, que é famosa por ser mais azeda que limão, mais amarga que almeirão, mais 
ardida que pimenta e mais intragável que óleo de fígado de bacalhau!
GRÚMIO — Credo! É essa monstra que vai ser minha patroa?
PETRÚQUIO — Cale-se, Grúmio!
HORTÊNSIO — Se você realizar essa façanha, eu pago uma recompensa.
PETRÚQUIO — Então me leve imediatamente para onde mora minha futura noiva.
HORTÊNSIO — Agora mesmo. Eu só peço que você me ajude, me apresentando ao pai dela 
como professor de música. Foi esse o jeito que arrumei para ter como fazer a corte a Bianca, 
a irmã mais nova, amável e tudo que é bom, além de ser tão rica quanto a sua megera.
[…]
SHAKESPEARE, William. A megera domada. Tradução e adaptação de Flávio de Souza. São Paulo: FTD, 2013.
VOCABULÁRIO
Colossal: muito gran-
de, gigantesco, vastís-
simo; de grande valor.
Intrépido: que não 
tem medo; corajoso.
Matreiro : esperto; 
perspicaz.
Pimpão: que ou quem 
é presunçoso, vaidoso.
Vigoroso: que tem vi-
gor físico; forte.
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6. Nesse trecho, é feita uma referência a qual outra obra de Shakespeare? Que relação há entre essa 
obra e A megera domada?
7. Ao tentar descobrir qual seria o problema de Catarina, Petrúquio e Grúmio privilegiam aspectos da 
aparência ou da essência dela? Justifique sua resposta.
8. Petrúquio e Hortênsio agem de forma desinteressada no excerto apresentado? Explique.
9. No início da cena 1 do primeiro ato, Trânio menciona que, nessa história, há várias pessoas que 
fingem ser o que não são. Em que momento da cena 2 é possível identificar essa possiblidade?
10. Leia o fragmento a seguir.
CAPÍTULO 25
HORTÊNSIO — Catarina, a primogênita de Batista Minola, um dos senhores mais ricos 
desta terra, que é famosa por ser mais azeda que limão, mais amarga que almeirão, 
mais ardida que pimenta e mais intragável que óleo de fígado de bacalhau!
Nesse fragmento, a figura de linguagem usada para descrever Catarina foi
a. a personificação.
b. a onomatopeia.
c. a comparação.
d. a ironia.
e. o eufemismo.
11. Considerando a peça A megera domada, cite elementos que permitem sua classificação como texto 
do gênero comédia? Justifique sua resposta.
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É feita uma referênciaa Romeu e Julieta. A relação entre essas duas obras é que a história de Romeu e Julieta se passa em 
Verona, que é a cidade de onde Petrúquio, de A megera domada, vem.
Eles privilegiam aspectos da aparência de Catarina, pois fazem perguntas a respeito de seu físico, por exemplo, se é feia, 
desleixada, descabelada, careca etc.
Não, ambos têm interesses próprios. Petrúquio quer casar-se com alguém que tenha um grande dote, portanto a sugestão 
de Hortênsio lhe possibilitaria isso, e Hortênsio ainda diz que lhe dará uma recompensa se ele o fi zer. Hortênsio faz essa 
sugestão a Petrúquio, porque deseja casar-se com Bianca, que só pode se casar depois que a irmã mais velha casar. Assim, 
os dois poderiam ser privilegiados com esse acordo.
Considerando a peça A megera domada, podem ser citados como elementos que permitem sua classifi cação como comédia 
a narração de fatos do cotidiano e a representação de pessoas comuns, pois, apesar de as protagonistas pertencerem à 
elite local, são retratadas em situações do dia a dia e não agem heroicamente, muito pelo contrário, estão envolvidas em 
peripécias e armações incomuns às tragédias, por exemplo.
É possível identifi car essa possibilidade quando Hortênsio pede a Petrúquio que o apresente a Batista como sendo um 
professor de música.
10. A descrição de Catarina 
é feita por meio de compa-
ração. A moça é comparada 
a alguns alimentos azedos 
e/ou amargos, como limão, 
almeirão, pimenta e óleo de 
fígado de bacalhau.
Caso os alunos não conhe-
çam a obra Romeu e Julieta, 
explicar resumidamente que 
se trata de uma história em 
que dois jovens se apaixo-
nam, porém não podem fi car 
juntos porque suas famílias 
são inimigas há anos.
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Exercícios propostos
É comum que clássicos da literatura inspirem produções cinematográficas. Leia, a seguir, a resenha 
de um filme de 1999 inspirado na história de A megera domada.
Comédia acerta com Shakespeare teen
Fazer Shakespeare no cinema destinado a adolescentes é uma missão que até 
agora só tinha rendido duas boas e bem diferentes versões de Romeu e Julieta – 
a comportada, de Franco Zeffirelli –, e a moderninha, estrelada por Leonardo 
Di Caprio. Agora, 10 coisas que eu odeio em você traz A megera domada para o 
universo de uma high school. E acerta na mosca.
Muitos dos garotos que vão sentar nas poltronas dos cinemas de shopping 
e dar muitas risadas com o filme não devem ter a menor ideia de que estão 
acompanhando uma releitura razoavelmente fiel do texto shakespeariano. 
O roteiro, escrito por duas garotas de menos de 30 anos, mantém o fio principal 
da história e manipula com criatividade o humor estilo sitcom.
O elenco é um punhado de desconhecidos, exceto, para os fãs de seriados, o 
engraçado Joseph Gordon-Levitt (o mais jovem dos alienígenas de Third rock 
from the sun). Cabe ao personagem dele, Cameron, desencadear toda a trama 
do filme.
Novato na Padua High School, Cameron cai de paixão pela patricinha Bianca, 
objeto do desejo da rapaziada. Mas a bela tem um pai que é uma fera. A re-
gra paterna é clara: Bianca só pode namorar se sua irmã mais velha, Katarina, 
também estiver namorando. O pai confia na insociabilidade da primogênita, 
intelectual rebelde que não dá bola para ninguém.
Cameron e seu amigo Michael (David Krumholtz, jovem revelação cômica) 
armam um plano. Eles convencem o bonitão ricaço Joey, que também deseja 
Bianca, a pagar alguém para [namorar] Katarina, o que liberaria a irmã para 
seus pretendentes.
O escolhido para a missão é o bad boy Patrick (interpretado por Heath Ledger, 
uma razoável versão pós-adolescente do roqueiro Jim Morrison). Temido na es-
cola, com fama de ter matado um homem, Patrick aceita o dinheiro e parte para 
cima da garota. Enquanto isso, Cameron vai tentar passar a perna em Joey e 
ficar com Bianca.
A partir daí o roteiro tece muitas reviravoltas, costuradas por diálogos inteli-
gentes, situações engraçadas, afinada interpretação da molecada e uma trilha 
sonora esperta, com bandas alternativas, como a bacana Letter to Cleo, que 
acaba participando de algumas sequências, inclusive da cena final.
Fugindo da carnificina que invade quase todas as escolas dos filmes recentes, 
10 coisas que eu odeio em você prova que um roteiro bem escrito também cai 
bem para menores de 20 anos.
MENEZES, Thales de. Comédia acerta com Shakespeare teen. Folha de S.Paulo, 13 ago. 1999. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/3a4l1fR>. Acesso em: jun. 2020.
12. Nessa versão de A megera domada para o cinema, há uma referência ao lugar onde se passa a histó-
ria original? Justifique sua resposta.
VOCABULÁRIO
High school: segmen-
to correspondente 
aos últimos anos da 
educação básica nos 
Estados Unidos, que 
equivale ao Ensino 
Médio no Brasil.
Sitcom: contração da 
expressão em inglês 
situation comedy, que 
pode ser traduzida 
como “comédia de 
situação”. O termo 
faz referência a um 
subgênero da comé-
dia, surgido no Rei-
no Unido, nos anos 
1940, primeiramente 
produzido para rádio 
e caracterizado por 
abordar temas do 
cotidiano, em que as 
histórias são ambien-
tadas e encenadas 
como peças de tea-
tro, até mesmo com 
plateia, que reage ao 
texto, mas com a es-
pecificidade de serem 
gravadas e, posterior-
mente, editadas para 
a televisão.
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Sim. Há referência à cidade de Pádua: no fi lme, a escola em que se passa a história tem esse nome (Padua High School).
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13. Embora as irmãs da peça de Shakespeare tenham praticamente o mesmo nome no filme 10 coisas 
que eu odeio em você, outras personagens tiveram o nome alterado. Considerando as informações 
do texto, descreva, para cada personagem do filme listada a seguir, a personagem correspondente 
da peça de Shakespeare.
a. Cameron: 
b. Joey: 
c. Patrick: 
14. O filme 10 coisas que eu odeio em você é a única versão cinematográfica voltada para o público jovem 
das obras de Shakespeare? Justifique sua resposta.
15. O resenhista parece ter gostado do filme? Retire trechos do texto que comprovem sua resposta.
Módulos 148, 149 e 150 | Correlação verbal
1. Retire todos os verbos do texto apresentado a seguir.
Exercícios de aplicação
O soldadinho de saco às costas
Tolentino Esteves da Silva nasceu, por assim dizer, soldado.
[…]
Quando completou dezoito anos, o pai mandou-o inscrever-se no exército, conforme 
prometera à sua nascença. E poucos meses volvidos chegou a carta que mandava To-
lentino apresentar-se no quartel mais próximo. 
A mãe juntou-lhe alguma roupa, um pedaço de presunto, meia dúzia de chouriças, 
um naco de pão e enfiou tudo num saco. Lág rima de mãe no canto do olho, disse-lhe 
que fosse em paz e pediu-lhe que nunca se esquecesse dela.
[…]
LOPES, Teresa. Histórias que acabam aqui. Domínio público. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/RSPrfvB>. Acesso em: jun. 2020.
CAPÍTULO 25
VOCABULÁRIO
Chouriça: embutido 
feito com carne de 
porco picada.
Naco: grande pedaço 
ou fatia.
Volver: decorrer, passar.
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Não, não é a única. De acordo com o texto, já houve duas versões de Romeu e Julieta voltadas para o público jovem.
Lucêncio
Hortênsio
Petrúquio
Sim, o resenhista parece ter achado o fi lme uma boa releitura da obra de Shakespeare. Sua avaliação positiva do fi lme 
pode ser identifi cada em várias partes do texto, como no título ou nos trechos “E acerta na mosca.”, “O roteiro, escrito por 
duas garotas de menos de 30 anos, mantém o fi o principal da história e manipula com criatividade o humor estilo sitcom.”, 
“A partir daí o roteiro tece muitas reviravoltas, costuradas por diálogos inteligentes, situações engraçadas, afi nada inter-
pretação da molecada e uma trilha sonora esperta […].” etc.
“Nasceu”, “dizer”,“completou”, “mandou”, “inscrever”(-se), “prometera”, “chegou”, “mandava”, “apresentar”(-se), “juntou”, 
“enfi ou”, “disse”, “fosse”, “pediu”, “esquecesse”.
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2. Neste trecho: “Lágrima de mãe no canto do olho, disse-lhe que fosse em paz e pediu-lhe que nunca 
se esquecesse dela.”, há correlação verbal? Em caso afirmativo, descreva qual é.
3. Indique em que modo verbal estão flexionados os verbos destacados a seguir.
a. O diretor avisou aos funcionários que chegassem mais cedo no dia do evento.
b. Desde que treinemos todos os dias, decoraremos os passos da dança.
c. A mãe desejava que os filhos tivessem tomado melhores decisões.
d. Quando terminar a lição de casa, brincarei com os vizinhos da rua.
4. Indique a pessoa e o número das formas verbais destacadas na questão anterior.
a. 
b. 
c. 
d. 
5. Identifique os verbos dos períodos a seguir e classifique o tempo e o modo em que eles estão 
flexionados.
a. Disse-lhe que me contasse a verdade.
b. Quando voltarmos das férias, iremos à casa da vovó.
c. Caso o paciente tivesse dúvidas, perguntaria ao médico.
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Há correlação pretérito perfeito do indicativo - pretérito imperfeito do subjuntivo (disse/pediu - fosse/esquecesse).
“avisou”: indicativo
“chegassem”: subjuntivo
“treinemos”: subjuntivo
“decoraremos”: indicativo
“desejava”: indicativo
“tivessem tomado”: subjuntivo
“terminar”: subjuntivo
“brincarei”: indicativo
“avisou”: 3a pessoa do singular
“chegassem”: 3a pessoa do plural
“treinemos”: 1a pessoa do plural
“decoraremos”: 1a pessoa do plural
“desejava”: 3a pessoa do singular
“tivessem feito”: 3a pessoa do plural
“terminar”: 1a pessoa do singular
“deixarei”: 1a pessoa do singular
“disse”: pretérito perfeito do indicativo
“contasse”: pretérito imperfeito do subjuntivo
“voltarmos”: futuro do presente do subjuntivo
“iremos”: futuro do presente do indicativo
“tivesse”: pretérito imperfeito do subjuntivo
“perguntaria”: futuro do pretérito do indicativo
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CAPÍTULO 25
6. Sem alterar a pessoa das formas verbais da questão anterior, passe-as para o plural, se elas estive-
rem no singular, ou para o singular, se estiverem no plural.
a. 
b. 
c. 
7. Assinale a alternativa que contenha todas as formas verbais adequadas para preencher as lacunas 
do período a seguir.
O pai que toda a família à apresentação teatral do filho mais novo, no en-
tanto nem todos comprar ingressos.
a. pede – assistisse – conseguiu
b. pediu – assista – conseguiram
c. pediu – assistisse – conseguiram
d. pedira – assista – conseguiu
e. pede – assista – conseguiram
Leia a tirinha a seguir para responder às questões 8 e 9.
8. Qual o efeito de humor que se dá no último quadrinho?
9. Que correlação verbal está presente no primeiro quadrinho da tirinha? 
10. Reescreva o período do primeiro quadrinho, de modo que a correlação verbal dele seja “futuro do 
presente do indicativo → futuro do presente do subjuntivo”.
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“dissemos”; “contassem”
“voltar”; “irei”
“tivessem”; “perguntariam”
Armandinho confunde a palavra “fl exível” com o ato de se dobrar com facilidade, quando, na verdade, “fl exível” está no 
sentido de sermos mais abertos a opiniões diferentes das nossas.
Haverá mais justiça quando formos menos egoístas e mais fl exíveis.
Há a correlação futuro do pretérito do indicativo (“haveria”) com pretérito imperfeito do subjuntivo (“fôssemos”).
7. A escolha de “pediu” – ver-
bo no pretérito perfeito do 
indicativo – implica que, de-
pois, seja usada a forma “as-
sistisse” (pretérito imperfeito 
do subjuntivo). Além disso, o 
verbo “conseguir” deve estar 
no plural, para concordar 
com o sujeito “todos”.
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Exercícios propostos
11. As frases seguintes estão no tempo presente. Reescreva-as no passado, sem que se perca a relação 
harmônica entre as formas verbais (pretérito perfeito do indicativo com pretérito imperfeito do 
subjuntivo).
a. Desejo que seu novo projeto tenha muito sucesso.
b. Os atores pedem que o diretor compreenda suas reivindicações.
c. Duvidamos que essa informação seja verdadeira.
d. Pedro tem medo de que faça escolhas ruins.
12. Observe as imagens a seguir. Construa frases que estejam relacionadas a elas, seguindo a correlação 
verbal sugerida.
b. Pretérito imperfeito do indicativo → pretérito mais-que-
-perfeito composto do subjuntivo
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a. Presente do indicativo → pretérito perfeito composto 
do subjuntivo
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Desejei que seu novo projeto tivesse muito sucesso.
Os atores pediram que o diretor compreendesse suas reivindicações.
Resposta pessoal. Sugestão: O garoto espera que seus pais tenham 
conseguido ver sua apresentação.
Resposta pessoal. Sugestão: A leitora queria que o fi nal do livro tivesse 
sido diferente.
Duvidamos que essa informação fosse verdadeira.
Pedro teve medo de que fi zesse escolhas ruins.
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c. Futuro do presente do subjuntivo → futuro do presente 
do indicativo
d. Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo → 
pretérito do presente composto do indicativo
13. Assinale a frase em que houve correlação verbal adequada.
a. Pedi para que a viagem tivesse durado mais tempo.
b. Espero que você possa vir ao evento amanhã.
c. Quando amanhecer, terá ouvido o canto dos pássaros.
d. Se você tivesse prestado atenção no filme, lembrará essa cena.
e. Júlia pensa que a consulta fosse às 14h.
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CAPÍTULO 25
e. Futuro do presente do subjuntivo → futuro do pretérito composto do indicativo
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Resposta pessoal. Sugestão: Se virar à esquerda, chegarei mais rápido 
ao meu destino.
Resposta pessoal. Sugestão: Se tivéssemos cuidado de nossas fl orestas, 
tantas queimadas não teriam ocorrido.
Resposta pessoal. Sugestão: Quando você acordar, já teremos ido à praia.
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Leia a tirinha a seguir e responda às questões de 14 a 16.
14. No primeiro e no último quadrinho, há correlação verbal? Em caso afirmativo, descreva qual é.
15. Caso a forma verbal “fosse” seja passada para o futuro do presente do subjuntivo, como ficarão os 
textos do primeiro, do segundo e do último quadrinho?
16. Crie orações para continuar as frases a seguir, fazendo a correlação verbal adequada.
a. Se você tivesse sido meu amigo de verdade, 
 .
b. Quando você for meu amigo de verdade, 
 .
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Há correlação “pretérito imperfeito do subjuntivo com futuro do pretérito do indicativo”.
Se você for meu amigo de verdade, ouvirá meus conselhos. Sairá mais, usará cores mais alegres, fará novos amigos e 
trocará alguns hábitos.
Se você for meu amigo de verdade, não tentará mudar quem eu sou.
Resposta pessoal. Deve-se fazer uso do futuro do pretérito simples ou composto do indicativo.
Resposta pessoal. Deve-se fazer uso do futuro do presente simples ou composto do indicativo.
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1. Preencha as lacunas a seguir com as palavras “onde” ou “aonde”.
a. vamos amanhã?
b.Marcamos o jantar no restaurante meu filho trabalha.
c. fica aquele famoso teatro?
d. Não sei você vai com esses passos de tartaruga.
2. Preencha adequadamente as lacunas seguintes com as expressões “demais” ou “de mais”.
a. Havia pratos na mesa e talhares de menos.
b. Passageiros preferenciais podem embarcar imediatamente, os devem 
aguardar a próxima chamada.
c. O jogador chutou a bola forte .
3. Preencha os espaços a seguir com os termos “se não” ou “senão”.
a. Decore suas falas, terá de improvisar na hora da apresentação.
b. Não irei à festa conseguir carona.
c. O professor disse que o do seu trabalho é a pontuação.
d. Pedro não tem boas lembranças, as de sua infância.
4. Indique a que lugar o pronome relativo “onde” se refere nas frases a seguir.
a. Fomos à praia onde as tartarugas depositam seus ovos.
b. Conheci a cidade onde você nasceu.
c. O estádio onde o time jogou a final do campeonato de 1970 não existe mais.
d. Vendemos a casa onde passamos nossa infância.
Leia a tirinha a seguir para responder às questões 5 e 6.
Exercícios de aplicação
Módulos 151, 152 e 153 | Uso de “onde” e “aonde”, “demais” e “de mais”, “senão” e “se não”
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Onde
aonde
de mais
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se não
senão
senão
demais
demais
onde
Refere-se a “a praia”.
Refere-se a “a cidade”.
Refere-se a “o estádio”.
Refere-se a “a casa”.
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5. Explique por que é usado “onde” no primeiro quadrinho e “aonde” no segundo.
6. Considerando a linguagem verbal e a não verbal do último quadrinho da tira, elabore uma frase que 
indique em que tipo de lugar Beto se encontra. Inclua, obrigatoriamente, o pronome relativo “onde” 
em sua frase.
7. Considerando a frase: “João não gosta de maçã nem de laranja, senão de uva e de morango.”, quais 
doces ilustrados a seguir João comeria? Justifique sua resposta.
a.
b.
c.
d.
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8. Assinale a alternativa em que a frase “Caso não corra, perderá o ônibus” foi reescrita corretamente.
a. Senão correr, perderá o ônibus.
b. Se não correr, perderá o ônibus.
c. Se não corresse, perderá o ônibus.
d. Se não correr, perderia o ônibus.
e. Senão corra, perderá o ônibus.
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De acordo com a frase, João gosta de uva e de morango. Assim, é possível inferir que ele comeria os doces retratados 
nas alternativas b e d, que são feitos, respectivamente, de morango e de uva. O doce da alternativa a é de maçã, fruta 
de que João não gosta, portanto não se pode dizer que ele iria comê-lo. O doce da alternativa c é de laranja, fruta da 
qual João também não gosta.
No primeiro quadrinho, é usado “onde”, porque ele está relacionado a um verbo de permanência (“estar”). No segundo 
quadrinho, é usado “aonde”, porque ele está relacionado a um verbo que indica movimento (“ir”).
Resposta pessoal. Sugestão: Beto está em um lugar onde faz frio./Beto está em um lugar onde há pinguins. 
8. A conjunção “caso”, utiliza-
da na primeira oração, indica 
uma condição para que a se-
gunda oração ocorra. Como 
a conjunção “se” equivale a 
“caso”, a alternativa correta 
é a b, porém é necessário 
passar o verbo “correr” para 
o futuro do presente do sub-
juntivo, que se correlaciona 
com o futuro do presente do 
indicativo, usado na frase.
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9. Nas frases a seguir, indique quais palavras são modificadas pelo advérbio “demais”. Dê a classifica-
ção gramatical de cada uma delas.
a. Essa casa é grande demais para nós dois.
b. A sobremesa estava tão gostosa que comi demais.
c. Chegamos tarde demais para a festa surpresa. 
d. Marília está com os pés inchados, porque andou demais ontem.
Leia, a seguir, a versão de Olavo Bilac da fábula “O lobo e o cão”, de Esopo, e responda às questões 
de 10 a 12.
Exercícios propostos
O lobo e o cão
Encontraram-se na estrada
Um cão e um lobo. E este disse:
“Que sorte amaldiçoada!
Feliz seria, se um dia
Como te vejo me visse.
Andas gordo e bem tratado,
Vendes saúde e alegria:
Ando triste e arrepiado,
Sem ter onde cair morto!
Gozas de todo o conforto,
E estás cada vez mais moço;
E eu, para matar a fome,
Nem acho às vezes um osso!
Esta vida me consome...
Dize-me tu, companheiro:
Onde achas tanto dinheiro?”
Disse-lhe o cão:
 “Lobo amigo!
Serás feliz, se quiseres
Deixar tudo e vir comigo;
Vives assim porque queres...
Terás comida à vontade,
Terás afeto e carinho,
Mimos e felicidade,
Na boa casa em que vivo!”
Foram-se os dois em caminho,
Disse o lobo, interessado:
“Que é isto? Por que motivo
Tens o pescoço esfolado”
— “É que, às vezes, amarrado
Me deixam durante o dia...”
“Amarrado? Adeus, amigo!
(Disse o lobo.) Não te sigo!
Muito bem me parecia
Que era demais a riqueza...
Adeus! Inveja não sinto:
Quero viver como vivo!
Deixa-me, com a pobreza!
— Antes livre, mas faminto,
Do que gordo, mas cativo!”
BILAC, Olavo. O lobo e o cão. 
Poesias infantis. Disponível em 
<https://coc.pear.sn/npULHCg>. 
Acesso em: maio 2020.
VOCABULÁRIO
Gozar: desfrutar.
CAPÍTULO 25
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“grande”: adjetivo
“comi”: verbo
“tarde”: advérbio
“andou”: verbo
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10. No verso “Onde achas tanto dinheiro?”, a palavra “onde” foi usada adequadamente ou o correto seria 
usar “aonde”? Justifique sua resposta.
11. No trecho “Na boa casa em que vivo!”, a expressão “em que” poderia ser substituída por qual termo 
sem que houvesse prejuízo de sentido?
12. No trecho “Muito bem me parecia/Que era demais a riqueza...”, o termo “demais” exprime ideia de 
a. falta.
b. simplicidade.
c. restrição.
d. excesso.
e. deficiência.
13. Crie duas frases, uma com “onde” e outra com “aonde”.
14. Crie duas frases, uma com “demais” e outra com “de mais”.
15. Crie duas frases, uma com “senão” e outra com “se não”.
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O termo “onde” foi usado adequadamente, pois o verbo “achar” não expressa ideia de movimento em direção a algum 
lugar, não sendo possível, portanto, usar a expressão “aonde”.
A expressão “em que” poderia ser substituída por “onde” ou “na qual”, pois ambos funcionam como pronome relativo, 
que remete a “casa”.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
12. O termo “demais” expri-
me ideia de estar “em exces-
so”. As outras alternativas 
apontam características 
opostas a excesso, pois es-
tão relacionadas à ideia de 
escassez.
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Módulos 145, 146 e 147
Módulos 148, 149 e 150
Módulos 151, 152 e 153
1. Assinale as alternativas que apresentam características da comédia teatral.
 É composta por personagens de alta posição social, como reis e generais.
 Personagens que ocupam a base da pirâmide social podem ser protagonistas das narrativas.
 Tem o intuito de provocar o riso e de criticar costumes da sociedade.
 Surgiu no século XX.
2. Preencha as lacunas com os verbos sugeridos a seguir, observando a correlação verbal adequada.
a. Ana Clara pediu que todos (vir) mais cedo amanhã.
b. Se nós (ter) o relatório, poderíamos começar o trabalho.
c. Os alunos esperam que a apresentação (ser) um sucesso.
d. Quando a comida (estar) pronta, o horário de almoço terá terminado.
e. Gabriel (quer) que seus pais tivessem entendido suas decisões.
3. Complete as lacunas com “onde” ou “aonde”.
a. vocês irão antes do jogo?
b. Viajamos parao país você nasceu.
c. sua família morava na década passada? 
d. A ilha o barco nos levou é famosa.
4. Complete as lacunas com “demais” ou “de mais”.
a. Ele faz as tarefas rápido .
b. Separe as roupas que vai doar e coloque as de volta no armário.
c. Há pessoas nesse elevador.
d. Não gosto de frutos do mar; , tenho alergia a camarão.
5. Complete as lacunas com “senão” ou “se não”.
a. O avô não escuta ninguém, a netinha.
b. Não poderá viajar, tiver o passaporte.
c. Ligue para sua mãe, ela ficará preocupada.
d. Nunca há um em suas redações.
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viessem
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seja
estiver
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se não
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demais.
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de mais
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Verbos de ação
Tragicomédia Farsa Melodrama
TEATRO
Ação dramática Comédia Tragédia
Correlação verbal
Pretérito perfeito 
do indicativo
Pretérito perfeito 
do indicativo
Presente do indicativo
Pretérito imperfeito 
do indicativo
Futuro do presente do 
subjuntivo 
Pretérito imperfeito 
do indicativo 
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo
Futuro do presente do 
subjuntivo
Presente do subjuntivo
Pretérito imperfeito 
do subjuntivo
Pretérito perfeito composto 
do subjuntivo
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo
Futuro do presente 
do indicativo
Futuro do pretérito 
do indicativo
Futuro do pretérito simples ou 
composto do indicativo
Futuro do presente composto 
do indicativo
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CAPÍTULOCAPÍTULO
26 MÚSICA ENCENADA
Módulos 154 e 155
ANÁLISE DE VIDEOCLIPE
Q uando escutamos uma canção popular, é comum que a asso-ciemos, automaticamente, a imagens do videoclipe que fez parte da sua divulgação. Videoclipes são vídeos musicais, 
ou seja, integram imagens à música, e têm como objetivo divulgar 
gravações musicais. Embora o lado comercial dos videoclipes te-
nha bastante valor, algumas produções tornaram-se tão grandio-
sas e experimentais que o lado artístico também ganhou destaque.
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Neste capítulo, serão vistos aspec-
tos do videoclipe, que, apesar de 
ter perdido espaço na televisão, re-
conquistou o público na era digital, 
por meio de serviços de streaming
de vídeo. Assim, espera-se que os 
alunos possam adquirir uma visão 
crítica, ainda que geral, sobre esse 
gênero midiático. Além disso, esse 
tema permite desenvolver dife-
rentes linguagens, como verbal, 
sonora, visual e corporal.
Nestes dois módulos, será visto 
um pouco da história dos video-
clipes, de modo que se possa co-
nhecer aspectos que os tornaram 
famosos. 
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Considera-se que as décadas de 1980 e 1990 foram uma “era de ouro” dos vi-
deoclipes. Eles eram ansiosamente aguardados pelos fãs de música, que só 
podiam vê-los quando transmitidos em alguma emissora televisiva, como 
a MTV, que era especializada nisso. Com o advento da internet e, posterior-
mente, de serviços de streaming, a visualização de videoclipes deixou de 
ser um evento com hora marcada, visto que as pessoas podem apreciá-los 
quando quiserem se estiverem on-line.
Leia, a seguir, um texto que aborda um pouco a trajetória inicial do 
videoclipe.
Conheça a história dos videoclipes e suas transformações
Quando, em 1975, a banda Queen lançou o videoclipe de Bohemian rhapsody
na televisão, iniciou-se um movimento irreversível na indústria fonográfica. 
Cada vez mais numerosos, os videoclipes, com os anos, migraram para as te-
las dos computadores e, posteriormente, para as verticais dos smartphones. 
Ganharam versões 3D e 360o nas mãos de personalidades que vão de Bjork a 
Ivete Sangalo. Dividiram coautoria com os espectadores em narrativas intera-
tivas. Mais recentemente, voltaram a ser confundidos com o cinema graças à 
ascensão dos chamados álbuns visuais, tendência iniciada por Beyoncé na era 
on-line. Depois da internet, a produção e a difusão de videoclipes tornaram-
-se acessíveis e deram fim ao domínio televisivo sobre o formato.
Essencialmente, os videoclipes sincronizam música e imagem, traduzindo 
imageticamente uma canção. Essa linguagem audiovisual avançou cada vez 
mais no mercado do entretenimento, envolvendo orçamentos milionários, 
premiações e se tornou peça de divulgação preciosa. Grandes cineastas co-
meçaram suas carreiras nos videoclipes, como David Fincher, Gus Van Sant e 
Spike Jonze.
A música Bohemian rhapsody, explica Thiago Soares, autor do livro A estética 
do videoclipe, inspirou o primeiro videoclipe produzido. O formato inaugurado 
pelo Queen diferencia-se das experiências anteriores, como a psicodélica dos 
Beatles em Strawberry fields forever, pelo caráter mercadológico e televisivo. 
Naquele ano, o quarteto foi convidado para se apresentar ao vivo no progra-
ma de TV britânico Top of the pops. Em vez de entrar no palco, o grupo enviou 
o vídeo para ir ao ar.
“Foi uma estratégia de marketing. Como o vídeo mostra a apresentação de 
um show do Queen, parecia que os integrantes estavam tocando ao vivo na 
televisão. No entanto, eles acrescentaram efeitos gráficos e sonoros. Pela pri-
meira vez, uma apresentação ao vivo de música foi substituída por um audio-
visual. Com essa exibição, os videoclipes deixaram de ser apenas uma referên-
cia estética ligada ao cinema”, analisa Thiago Soares.
Canal fundamental
A MTV estreou em 1981 de forma provocativa: o primeiro videoclipe exibido 
foi Video killed the radio star (O vídeo matou os astros do rádio), da banda The 
Buggles. E, de fato, vários músicos que não se adaptaram ao novo tipo de 
divulgação, que envolvia encenação diante das câmeras, ficaram para trás. 
Outros, ao contrário, construíram a carreira apoiados na imagem. Como Duran 
Duran, Michael Jackson e Madonna. Esses dois últimos abriram portas para 
que mais mulheres e negros aparecessem na mídia pelos videoclipes. A emis-
sora aumentou os números de venda de discos, que andavam baixos.
Coautoria: criação ou pro-
dução de algo em conjunto 
com outro(s).
Fonográfico: relativo à fo-
nografia, que é a represen-
tação gráfica dos sons das 
palavras.
Mercadológico: relativo à 
mercadologia; marketing.
Psicodélica: refere-se a lo-
cal, vestimenta, decoração, 
objeto etc. de cores muito 
vivas ou que fogem dos pa-
drões tradicionais.
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Antes de fazer a leitura e compreen-
são do texto com os alunos, perguntar 
quais são as bandas ou artistas favo-
ritos deles. Questioná-los também se 
eles gostam de assistir a videoclipes e 
por meio de quais suportes eles costu-
mam fazer isso (computador, televisão, 
smartphone). Depois da leitura do tex-
to, perguntar se eles conhecem algum 
dos artistas citados, se já assistiram a 
um videoclipe de um desses artistas e 
quais as diferenças entre esses video-
clipes e os que eles geralmente assis-
tem. Verifi car se os alunos compreen-
deram o texto e se há vocabulos que 
eles não conhecem.
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Em 1983, Michael Jackson levou às telas da MTV coreografias e efeitos espe-
ciais elaborados. Com 13 minutos de duração, Thriller despendeu o maior or-
çamento da época. O sucesso estrondoso rendeu a Michael vários prêmios, a 
maior venda de álbuns da década e o título de “o vídeo musicalmais famoso de 
todos os tempos” pelo Registro Nacional de Cinema da Biblioteca do Congresso 
dos Estados Unidos, que, em 2009, pela primeira vez, reconheceu um videoclipe 
entre as grandes obras fílmicas.
Produções tupiniquins
No Brasil, América do Sul, protagonizado por Ney Matogrosso, é considerado o 
primeiro videoclipe. Foi dirigido por Nilton Travesso, em 1975, e exibido e pro-
duzido pelo “Fantástico”, da Rede Globo. “América do Sul se destacou, porque o 
Ney não quis fazer o clipe em estúdio. Eles, então, gravaram a performance dele 
no meio da floresta. O marco do videoclipe brasileiro aconteceu quando o filme 
saiu do estúdio e foi para uma externa”, observa o especialista Thiago Soares.
Ney Matogrosso conta em entrevista ao Correio que não suspeitava de que 
estava fazendo revolução. “Quando fui chamado para gravar, fiquei um dia 
inteiro no helicóptero, pra cima e pra baixo. Eu estava fazendo algo para te-
levisão despreocupadamente, sem expectativa nenhuma”, lembra Ney. “Com 
os Secos & Molhados, fazíamos os números para ir ao ar na televisão, não 
eram videoclipes”.
Na época, ele não demorou a descobrir a relevância de América do Sul. “Che-
guei a ganhar prêmios internacionais por causa dele. A partir daquele momen-
to, todo mundo passou a fazer videoclipes. Então era uma coisa normal. Eu fiz 
muitos outros depois”, recorda-se o músico, hoje com 77 anos, que não descarta 
lançar novos videoclipes.
 Com a chegada da MTV em 1990, o Brasil passou a seguir a lógica radiofônica
de escoar as obras, em vez de produzi-las, como fazia o “Fantástico”. O primeiro 
videoclipe foi a versão de Garota de Ipanema de Marina Lima. Entre os trabalhos 
marcantes exibidos pela emissora estão Segue o seco (1994), de Marisa Monte, 
pela estética trabalhada e temática da seca, ainda atual; Diário de um detento
(1997), dos Racionais MCs, que agendou o rap na MTV Brasil ao tratar do massa-
cre em Carandiru; e Minha alma (1999), d’O Rappa, pelo caráter cinematográfico, 
que influenciou filmes como Cidade de Deus.
Revolução da internet
A internet aproximou os videoclipes do público e mudou ainda mais a relação 
dos artistas com os fãs. “As pessoas passaram a ter acesso a músicos com rea-
lidades muito diferentes e distantes do circuito comercial no Ocidente, como 
bandas K-pop”, explica a especialista Laura Josani, para quem a mudança na 
lógica de acesso tirou a relevância da TV no consumo de videoclipes.
[…]
“Penso que a internet influenciou a técnica de fazer o videoclipe. Com o uso 
dos smartphones, as pessoas passaram a ver os videoclipes nos celulares com 
telas bem menores que a televisão, então, os produtores de clipes passaram 
a pensar na captação de imagens de outra forma, com enquadramentos mais 
fechados, dando ainda mais ênfase aos cantores e aproveitando a qualidade da 
imagem digital”, analisa [...] Laura Josani. […]
 […]
RODRIGUES, Robson G. Conheça a história dos videoclipes e suas transformações. Correio 
Brasiliense, 4 jun. 2019. Disponível em: <https://coc.pear.sn/P1t3mQZ>. Acesso em: jun. 2020.
Despender: gastar; empre-
gar esforço na realização de 
algo.
Estrondoso: que causa es-
trondo; notável.
Fílmico: relativo a filme.
Radiofônico: relativo à 
transmissão de informação 
através do rádio.
Tupiniquim: usa-se na lin-
guagem coloquial para se 
referir ao que é brasileiro.
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Um dos videoclipes citados nesse texto é o famoso Thriller, de Michael 
Jackson. Com uma grande produção, essa obra aproxima-se de um peque-
no filme. Há uma narrativa, que trata de uma história de terror, o que é 
diretamente relacionada ao conteúdo da canção: a palavra inglesa thriller
significa “terror”/“suspense”. Michael Jackson é o protagonista da história, 
interpretando ao mesmo tempo o herói e o vilão, representados por um 
lobisomem e um zumbi. 
Embora, nesse clipe, as imagens estejam em harmonia com a música e a 
letra da canção, essa sincronia não precisa, obrigatoriamente, existir sem-
pre. Os recursos de imagem e de som podem ter uma existência indepen-
dente dentro do clipe. Assim, é possível que haja uma ação no vídeo que 
não condiz exatamente com a mensagem da letra, porém combina com o 
ritmo da música, por exemplo.
Classificar um videoclipe é uma tarefa difícil, pois trata-se de um gênero 
bastante experimental, que mistura técnicas e estilos de diferentes áreas, 
como a cinematográfica e a publicitária. Assim, ele pode apresentar carac-
terísticas de um documentário, uma animação, um filme fictício etc. ou, às 
vezes, simplesmente ser a apresentação de uma canção gravada ao vivo.
Veja, a seguir, alguns aspectos que podem ser analisados em um vi-
deoclipe.
• A relação entre a canção e as imagens (linguagens verbal e não 
verbal). Pode ser analisado, por exemplo, como elas se complemen-
tam para produzir sentido. Até mesmo a desconexão entre som e 
imagem também pode ter sentido no conjunto da obra: caso ela te-
nha sido feita de modo proposital, por exemplo, pode criar um efeito 
de estranhamento.
• A participação do artista da canção. Geralmente, o artista que 
está divulgando a canção é a figura central do videoclipe. No en-
tanto, quando há histórias narrativas, por exemplo, alguns artistas 
escolhem não participar delas ou assumem o papel de personagens 
secundárias.
• A narrativa ou o conceito do vídeo. Quando há uma narrativa, é 
possível identificar o enredo, as personagens, o tempo e o espaço da 
história. Às vezes, o vídeo não apresenta exatamente uma história, ex-
plorando somente um conceito presente na canção ou no álbum ao 
qual a canção pertence. Em casos de canções dançantes, o vídeo pode 
servir para divulgar suas coreografias.
• O contexto em que o videoclipe está inserido. É interessante sa-
ber em que ano o videoclipe foi feito para compreendê-lo melhor. 
Alguns são datados, ou seja, fazem sentido somente no momento 
em que são divulgados; outros conseguem ser atemporais, expres-
sando um significado em qualquer época. Como qualquer produção 
cultural, o videoclipe pode sugerir uma reflexão sobre a sociedade 
em que está inserido. Assim, é comum haver videoclipes que conte-
nham críticas sociais.
Videoclipe Thriller, de 
Michael Jackson
Assista à versão integral 
do videoclipe de Thriller, de 
Michael Jackson, em: <coc.
pear.sn/agm5lZW>.
EXPLORE MAIS
Atemporal: fora do domí-
nio do tempo.
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Este é o momento oportuno para apli-
car os exercícios 1, 2, 3 e 4 da seção 
“Para conferir”, referentes aos módu-
los 154 e 155. 
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PRODUÇÃO DE RESENHA
Em capítulos anteriores, você estudou a resenha crítica, que é um texto 
argumentativo. Ao emitir uma opinião sobre uma produção cultural, o re-
senhista faz uma análise com juízo de valores, indicando a qualidade da 
obra para o leitor. 
Ainda que seja a perspectiva de um indivíduo, a resenha tem de seguir 
critérios objetivos para avaliar se a obra é boa ou ruim. Por isso, deve ser 
escrita por especialistas da área do assunto em questão.
Além de filmes, peças teatrais, álbuns, espetáculos musicais, livros etc., 
também é possível fazer uma resenha sobre os videoclipes. Leia, a seguir, 
uma pequena resenha crítica sobre um videoclipe de Emicida. 
Módulo 156
Observe que a estrutura dessa resenha crítica é basicamente formada por 
contextualização e análise do videoclipe. Embora esse tipo de texto deva ser, 
necessariamente, opinativo, é importante que tenha uma parte expositiva, 
que forneça informações para situar o leitor sobre a obra em análise. Assim, 
logo no início dessa resenha, o autor informa que o videoclipe da música Pe-
quenas alegrias da vida adulta faz parte do álbum AmarElo, de Emicida. Além 
disso, há informaçõestécnicas: um dos atores é Aílton Graça.
No segundo parágrafo, há um pequeno resumo sobre o que é retratado 
no vídeo e, terceiro parágrafo, é dada uma opinião sobre o videoclipe. As 
resenhas do site citado como referência têm a proposta de serem breves. 
Assim, é comum que haja um recorte em suas análises, conferindo ênfase 
em poucos aspectos. No texto sobre o videoclipe de Emicida, o resenhista 
demonstra sutilmente sua opinião somente sobre a fala de um policial diri-
gida ao personagem de Aílton Graça (“Você é o único representante do seu 
sonho na face da Terra”), que para o resenhista, é uma cena impactante em 
meio a um clipe que considera divertido.
Emicida lança clipe de “Pequenas alegrias da vida adulta”
O videoclipe é estrelado pelo ator Aílton Graça e a faixa integra o disco ‘AmarElo’
Nesta quarta-feira (13/11), o rapper Emicida lançou o clipe da faixa “Pequenas ale-
grias da vida adulta”, que compõe o repertório do novo disco, “AmarElo”. A música 
traz uma reflexão sobre as pequenas satisfações do dia a dia.
Para encenar a faixa, o personagem de Aílton Graça encontra a felicidade plena ao 
lado da esposa e das duas filhas. Mesmo com a batalha diária, ao chegar em casa ou 
ligar para as crianças, a vida do protagonista ganha cor e diversão.
Em meio a um clipe divertido, a produção termina com uma cena impactante. Um 
policial dentro da viatura para o personagem de Aílton Graça e fala: “Você é o único 
representante do seu sonho na face da Terra”.
Além de “Pequenas alegrias da vida adulta”, o rapper já lançou os clipes de 
“AmarElo” e “Eminência parda”. 
Emicida lança clipe de "Pequenas alegrias da vida adulta". Correio Braziliense. 13 nov. 2019. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/UpBgWqy>. Acesso em: maio 2020.
Videoclipe de Pequenas 
alegrias da vida adulta
Para fazer uma análise mais 
profunda de um videoclipe, 
é interessante estabelecer 
uma relação entre as ima-
gens contidas nele e a can-
ção, o que requer a com-
preensão da letra. Assista 
ao videoclipe e leia a letra 
de Pequenas alegrias da 
vida adulta, disponível em: 
<coc.pear.sn/uu7nafX>.
EXPLORE MAIS
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Neste módulo, os alunos poderão apli-
car o que aprenderam sobre o video-
clipe, ao analisar um e escrever uma 
resenha sobre ele. 
Este é o momento oportuno para apli-
car o exercício 5 da seção “Para confe-
rir”, referente ao módulo 156.
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CAPÍTULO 2 6
MÚSICA ENCENADA
Módulos 154 e 155 | Análise de videoclipe
1. Quando você assiste a um videoclipe, quais elementos presentes nele costumam chamar sua aten-
ção? Justifique sua resposta.
Releia o texto “Conheça a história dos videoclipes e suas transformações” para responder às ques-
tões de 2 a 7.
2. Qual é o momento considerado um ponto de virada na história do videoclipe? Por quê?
3. O que o vídeo musical do Queen trazia de novo no cenário audiovisual?
4. Todos os artistas musicais conseguiram se adaptar à prática de encenar em videoclipes? Quem se 
destacou com essa nova característica desse estilo artístico?
5. Segundo o texto, as consequências do videoclipe Thriller, de Michael Jackson, foram
 falta de recursos para a divulgação de outras canções do cantor.
 grande venda de álbuns do cantor.
 conquista do título de “o vídeo musical mais famoso de todos os tempos”.
6. É possível afirmar que a MTV brasileira
a. estreou antes da norte-americana.
b. fez sua estreia com o videoclipe América do Sul.
c. era afiliada de outra emissora nacional.
d. tornou-se popular com o clipe da banda Queen.
e. surgiu em 1990.
Exercícios de aplicação
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Resposta pessoal.
O ano de 1975 é considerado um momento de virada na história do videoclipe, porque foi o ano em que se lançou o clipe 
de Bohemian rhapsody, canção da banda Queen.
Ao mostrar uma apresentação da banda, como se fosse um show ao vivo, o vídeo teve um apelo mais comercial e televisivo, 
o que o desvinculou de ser uma extensão do cinema.
Não, nem todos conseguiram se sair bem ao ter de encenar diante das câmeras. No entanto, houve aqueles que conseguiram 
se adaptar com bastante sucesso, como Duran Duran, Michael Jackson e Madonna.
5. Embora, no texto, haja a 
menção de que Thriller teve 
o maior orçamento da épo-
ca, não se pode inferir que 
isso resultou na falta de re-
cursos para outras promo-
ções musicais de Michael 
Jackson.
6. De acordo com o texto, 
a MTV chegou ao Brasil em 
1990. A alternativa a está 
incorreta, porque a MTV 
norte-americana estreou em 
1981, portanto antes da bra-
sileira. A alternativa b está 
incorreta, porque ela fez sua 
estreia com o clipe Garota 
de Ipanema, de Marina Lima. 
A alternativa c está incorre-
ta, porque não há, no texto, 
menção a essa associação 
entre outra rede nacional e 
a MTV. A alternativa d está 
incorreta, porque o clipe da 
banda Queen é anterior à 
emissora (1975).
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Exercícios propostos
7. Às vezes, um videoclipe pode conter críticas sociais. Que videoclipes mencionados no texto falam de 
aspectos sociais de seu tempo?
Releia o texto “Conheça a história dos videoclipes e suas transformações” para responder às ques-
tões 8 e 9.
8. Qual videoclipe é considerado o primeiro do Brasil? Qual é sua novidade no gênero?
9. O que fez diminuir a importância da televisão em relação aos videoclipes? Os videoclipes atuais são 
iguais aos da época em que passavam na televisão?
10. Observe o cartum e responda à questão.
Neste cartum, há um indivíduo em desta-
que e em oposição aos outros. Observe que 
esse indivíduo foi ilustrado sem a corda nas 
costas, ou seja, ao contrário dos outros, ele 
não é movido por ela. Dessa forma, ele se-
gue outra direção. Portanto, isso nos leva 
à reflexão de que ele, diferentemente da 
maioria, é responsável por suas escolhas.
Com base na charge e no texto, complete 
as lacunas.
Assim como um videoclipe, que pode suge-
rir uma reflexão sobre a sociedade em que 
está inserido, um cartum também pode fa-
zer uma . Além 
disso, este se assemelha àquele ao fazer 
uso da linguagem 
para transmitir uma mensagem.
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Pode-se considerar que Segue o seco e Diário de um detento são videoclipes que tratam de temas sociais: o primeiro trata da 
seca e o segundo, do massacre do presídio de Carandiru. Pode ser citado também o videoclipe Minha alma, caso os alunos 
conheçam a referência feita a Cidade de Deus (se os estudantes não tiverem visto o clipe).
A internet provocou a diminuição da importância da televisão para os videoclipes, pois, com ela, o acesso a eles foi ampliado, 
sendo possível conhecer canções de lugares distantes daquele em que vive o usuário ocidental. Além disso, em termos 
técnicos, houve grandes mudanças. Como as telas de celulares são menores, outras formas de captação de imagens estão 
sendo utilizadas, por exemplo, o enquadramento mais fechado.
O videoclipe América do Sul, de Ney Matogrosso, é considerado o primeiro do Brasil. Sua novidade é a gravação fora do 
estúdio, no meio de uma fl oresta.
crítica social
não verbal
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Exercícios de aplicação
Mó dulo 156 | Produção de resenha
1. Em que consiste a cena impactante citada na resenha do videoclipe de Pequenas alegrias da vida adulta?
2. Segundo a resenha, o que pode ser considerado, na canção, como uma pequena alegria da vida adulta?
3. O ator que vive, no videoclipe, o papel de pai de família é
a. Emicida.
b. AmarElo.
c. Aílton Graça.
d. O policial.
e. Eminência.
4. Agora que já viu alguns aspectos que podem ser analisados em um videoclipe, chegou o momentode você ser crítico de um. 
Como fazer
a. Escolha um videoclipe de sua preferência para que você possa analisá-lo e, depois, escreva suas 
percepções em forma de uma resenha crítica. Lembre-se de contextualizar a obra antes de dar 
sua opinião a respeito dela.
b. Use folha de produção de texto para escrever sua resenha. O limite de espaço para seu texto é de 
30 linhas. Com isso, é importante fazer um recorte detalhado do que será analisado, uma vez que 
não há espaço suficiente para tratar de todos os aspectos de um videoclipe. pág. 449Redação
Leia o seguinte trecho de uma resenha e responda às questões.
Exercícios propostos
[...]
Colocar as fantasias de bonecos é, ironicamente, uma humanização maior das per-
sonagens. Isso porque mesmo um sorriso nem sempre consegue comunicar a alegria 
que muita gente não espera encontrar em um retrato da periferia, daí a necessidade 
de apelar para um artifício lúdico.
MEDEIROS, André Felipe de. Emicida – Pequenas alegrias da vida adulta. Música pavê, 13 nov. 2019. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/UpBgWqy>. Acesso em: maio 2020.
5. Em que consiste a ironia citada na resenha do videoclipe de Pequenas alegrias da vida adulta?
6. Em que consiste a ironia citada na resenha do videoclipe de Pequenas alegrias da vida adulta? 
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Para o resenhista, a produção termina com uma cena impactante, quando um policial dentro da viatura para o personagem 
de Aílton Graça e fala: “Você é o único representante do seu sonho na face da Terra”.
Segundo o autor da resenha, é preciso apelar para um recurso lúdico porque muita gente não espera encontrar alegria 
em um retrato da periferia.
Para o resenhista, o uso de fantasias de bonecos humaniza as personagens da história. Assim, consiste em ironia pensar 
que as personagens parecem mais humanas quando estão vestidas de bonecos do quando estão, de fato, como pessoas.
Mesmo com a batalha diária, a vida do protagonista ganha cor e diversão, ao chegar em casa ou ligar para as crianças.
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Módulos 154 e 155
Módulo 156
1. Sobre as características gerais do videoclipe, é correto afirmar que ele
 integra imagens à música.
 tem caráter puramente comercial.
 apresenta variadas formas, como documentário, animação etc.
 não apresenta nenhum tipo de narrativa.
2. O(a) artista brasileiro(a) cuja canção marcou o início da trajetória do videoclipe no Brasil foi
a. Marisa Monte.
b. Ney Matogrosso. 
c. Emicida.
d. Mariana Lima
e. Michael Jackson
3. O videoclipe Thriller, de Michael Jackson
 foi feito com baixo orçamento.
 é uma narrativa.
 apresenta uma coreografia elaborada.
4. A televisão perdeu importância na disseminação dos videoclipes depois 
 do invento dos computadores.
 da difusão do acesso à internet.
 da criação do DVD.
5. A resenha crítica é, principalmente, um texto
 narrativo.
 argumentativo.
 injuntivo.
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Integra imagens 
a sons.
Análise de linguagem 
verbal e não verbal
MÚSICA ENCENADA
Videoclipe
Resenha crítica
Texto opinativo e 
expositivo
Os aspectos que podem ser analisados 
em um videoclipe são:
• a relação entre a canção e as imagens; 
• a participação do artista da canção; 
• a narrativa ou o conceito do vídeo;
• e o contexto em que o videoclipe 
está inserido. 
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Exercícios propostos
Nome:
Número: Ano: Módulo(s):
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
 pág. Redação 50
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1. Quanto ao primeiro critério, é importante que os alunos tenham escolhido um videoclipe para analisar.
2. Para o segundo critério, avalia-se se os alunos conseguiram apresentar características de uma resenha crítica; mais especifi camente, 
que tenham apresentado argumentos para sustentar seus pontos de vista.
3. O terceiro critério tem relação com o atendimento ao gênero textual, de maneira mais ampla. Assim, os alunos precisam deixar clara 
sua opinião sobre a qualidade do videoclipe.
4. Neste critério, é importante avaliar se os alunos desenvolveram o texto em parágrafos bem estruturados.
5. O quinto critério corresponde à coerência. É preciso avaliar a organização e a clareza das informações apresentadas, sem que uma se 
confunda com outra ou alguma não possa ser imediatamente compreendida pelos leitores.
6. Este critério avalia se os alunos conseguem desenvolver o texto sem a repetição desnecessária de palavras. É importante que eles 
sejam incentivados a ampliar seu vocabulário para desenvolver a coesão textual.
7. Deve-se verifi car o domínio que os alunos têm das regras ortográfi cas. Até esse momento, os alunos já analisaram todos os casos de re-
gularidades e irregularidades ortográfi cas – que ainda serão retomados e reforçados ao longo dos dois anos fi nais do Ensino Fundamental.
8. É importante que os alunos já desenvolvam o emprego correto de sinais de pontuação; no entanto, o estudo mais cuidadoso desse 
tópico será realizado no 8o e no 9o ano.
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31.
32.
33.
34.
35.
Módulo 156 | Produção de resenha
CRITÉRIOS GERAIS NOTA CRITÉRIOS DE ANÁLISE DO TEXTO ESCRITO/EVIDÊNCIA Sim Parcialmente Não
Tema 1. Atende ao tema proposto?
Gênero
2. Corresponde ao tipo textual argumentativo?
3. Emite uma opinião?
4. Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão?
Coesão e 
coerência
5. Expõe as ideias de modo claro?
6. Repete palavras sem necessidade?
Língua
7. Respeita as normas ortográficas?
8. Faz uso da pontuação corretamente?
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GRUPO
EVOLUÇÃO
“Se se pensa no domínio da escrita simplesmente como a 
capacidade básica de reconhecer símbolos ou decodificar 
letras, associando-as a sons ou palavras, a significados, as 
implicações da alfabetização, embora importantes, são forço-
samente limitadas. Mas se entendermos o domínio da escrita 
na acepção clássica – como a capacidade de entender e usar 
os recursos intelectuais oferecidos por cerca de três mil anos 
de diferentes tradições escritas –, as implicações de aprender 
a tirar partido desses recursos podem ser enormes: não só 
porque a escrita permitiu a acumulação de tesouros guarda-
dos em textos, mas também porque ela implica uma série de 
procedimentos para agir sobre a linguagem e pensar sobre 
ela, sobre o mundo e nós próprios.” 
David R. Olson 
VINCI, Leonardo. Estudos dos músculos da face e do braço, c.1480.
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MAPA INTERDISCIPLINAR
Este mapa mostra a ligação entre os conteúdos 
das disciplinas, sendo ponto de partida para 
um trabalho interdisciplinar.
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Evolução
LÍNGUA
PORTUGUESA 
Palavras invariáveis, verbos 
defectivos e abundantes, 
palavras denotativas, seleção 
de informações, organização 
de dados e do discurso MATEMÁTICA
Área, perímetro, 
volume e simetria
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
Esportes de invasão 
e rúgbi
ARTE
Moda e arte
CIÊNCIAS 
SOCIAIS
Globalização financeira
GEOGRAFIA
Integração regional, 
matriz energéticae 
disparidades regionais
HISTÓRIA
Expulsão dos holandeses 
e expansão territorial
CIÊNCIAS 
DA NATUREZA
Biologia e evolução 
dos mamíferos
EF GE
GE
CSCS
CS
HI
HIHI MA
CSCN
AR
CS LP
AR CS GEHIGE
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CAPÍTULO 27
Organizando os dados
CAPÍTULO 28
Relevância das informações
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CAPÍTULOCAPÍTULO
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OBJETIVOS DO GRUPO
• Refletir sobre a relação 
entre os contextos 
de produção dos 
gêneros de divulgação 
científica – verbete de 
enciclopédia, esquema, 
infográfico, relatório 
etc. – e os aspectos 
relativos à construção 
composicional e às 
marcas linguísticas 
características 
desses gêneros.
• Utilizar pistas 
linguísticas para 
compreender a 
hierarquização 
das proposições, 
sintetizando o conteúdo 
dos textos.
• Produzir, revisar e 
editar textos voltados 
para a divulgação do 
conhecimento e de 
dados e resultados de 
pesquisas, tais como 
verbete de enciclopédia, 
infográfico, infográfico 
animado, relatório, 
entre outros.
• Reconhecer e utilizar os 
critérios de organização e 
suas marcas linguísticas, 
de maneira a organizar 
mais adequadamente 
a coesão e a progressão 
temática ao produzir 
textos.
• Diferenciar as classes 
de palavras quanto às 
flexões que apresentam 
ou não.
ORGANIZANDO 
OS DADOS
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Módulos 157 e 158
ANÁLISE E PRODUÇÃO DE INFOGRÁFICO
Entre as importantes invenções do ser humano nos últimos tempos, está a 
internet. Criada em 1969, nos Estados Unidos, tendo como função primordial 
conectar laboratórios de pesquisa, essa rede de computadores – que inicial-
mente levou o nome de “Arpanet” – evoluiu de tal forma que, hoje, possivel-
mente não conseguiríamos mais viver sem ela – ou, pelo menos, viveríamos 
com imensas dificuldades. Evidência disso é a quantidade de horas que as 
pessoas passam navegando na internet, o que demonstra, muitas vezes, a 
dependência do uso de smartphones, tablets e afins. Não se pode negar, por-
tanto, que a sociedade contemporânea é, em grande medida, estruturada 
com base nas facilidades proporcionadas pela internet. 
O universo relacionado à internet ainda apresenta falhas 
no Brasil, por ser considerado um processo recente.
Contudo, apesar da consolidação dessa rede na atualidade (algo que 
parece irreversível), ainda se trata de um meio de comunicação recente, 
principalmente quando pensamos em países em desenvolvimento como 
o Brasil, onde grande parcela da população passou a ter fácil acesso a esse 
meio há relativamente pouco tempo. Isso, então, pode significar, em algu-
mas situações, um problema, o que se considera normal quando se trata de 
algo novo. Nesse sentido, os movimentos que buscam esse aprimoramento 
se destacam, a fim de que as vantagens do uso da internet prevaleçam so-
bre as desvantagens. Um desses movimentos é o estabelecimento do Marco 
Civil da Internet, que, oficialmente, consiste na Lei no 12.965/2014.
O projeto do Marco Civil da Internet surgiu em 2009, pela necessidade de 
se regularem as práticas virtuais, com o intuito de garantir, por exemplo, a 
privacidade dos usuários e a responsabilização dos agentes que cometem 
crimes por esse meio – os chamados cibercrimes. Entendia-se, então, que, 
no mundo digital, havia relações sociais cujos efeitos precisavam ser pre-
vistos em lei, de modo que a internet não fosse um território caótico. 
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Infográfi co já não é mais uma novidade 
para alunos do 7o ano. Os elementos 
essenciais desse gênero lhes foram 
apresentados em etapas anteriores 
do ensino de Língua Portuguesa. To-
davia, pelo fato de o infográfi co ser re-
correntemente encontrado em textos 
informativos atuais, sobretudo em sua 
versão animada e interativa, frequen-
tes no ambiente digital, considera-se 
necessária a revisão desse conteúdo. 
Assim, nestes módulos, será reprodu-
zido, ainda que em formato impresso, 
um infográfi co virtual publicado origi-
nalmente no site da Câmara dos Depu-
tados, a fi m de explicar à população, di-
daticamente, o Marco Civil da Internet, 
lei promulgada no ano de 2014 com o 
objetivo de regular o uso da internet 
no Brasil. Com isso, contempla-se, 
também, o tema que orienta o grupo 
11, “evolução”, já que esse conjunto de 
regras visa, exatamente, à evolução 
das dinâmicas virtuais da internet, 
para que o bem-estar de todos, no 
que se refere a esse tipo de uso, seja 
respeitado.
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Conheça os principais pontos do Marco Civil da Internet
O Senado aprovou o projeto Marco Civil da Internet 
nesta terça-feira [22/3/2014]. Após um acordo entre 
os senadores, todas as emendas foram retiradas, e o 
texto foi aprovado na íntegra. Sendo assim, o projeto 
vai para sanção presidencial da mesma forma que saiu 
da Câmara dos Deputados. Confira os principais itens.
Por Agência Câmara. Conheça os principais pontos do Marco Civil da Internet. EBC. 25 mar. 2014.
 Disponível em: <https://coc.pear.sn/jX6CXd8>. Acesso em: maio 2020. Adaptado. 
Emenda: proposta para al-
terar ou modificar o teor de 
um projeto de lei, no todo 
ou em parte.
Íntegra: texto completo e 
com as palavras originais 
(de documento, lei, decreto, 
regulamento etc.).
Sanção: aprovação ou con-
firmação que se dá ou se 
impõe a uma lei.
VOCABULÁRIO
Em 2014, o Marco Civil foi sancionado, regulamentando os usos da inter-
net, a fim de assegurar que essa rede seja livre e democrática. Contudo, 
em razão da linguagem técnica empregada na redação das leis, muitas 
pessoas não conseguiam compreender o Marco Civil, e isso consiste em 
um problema, pois saber o que regula as relações que se estabelecem 
na internet é uma forma de exercer a cidadania. Por isso, a Câmara dos 
Deputados disponibilizou, em seu site, um infográfico com a finalida-
de de explicar, de forma acessível, o conteúdo essencial dessa lei. No 
texto a seguir, publicado pouco antes de o Marco Civil da Internet ser 
sancionado pela presidência, reproduzem-se as telas que compõem esse 
infográfico.
• Controle sobre os dados pessoais
• Inviolabilidade e sigilo de das 
comunicações
• Manutenção da qualidade 
contratada da conexão
• Exclusão defi nitiva de dados 
pessoais após termino de 
contratos
• Informações claras e completas 
nos contratos
• Os provedores, mesmo que 
sediados no exterior, deverão 
respeitar a legislação brasileira, 
incluindo os direitos à privacidade 
e ao sigilo dos dados.
• Garantia de liberdade 
de expressão
• Proteção de privacidade e dos 
dados pessoais
• Neutralidade da rede
• Liberdade dos modelos 
de negócios
 • Provedores de conexão
Guardar, sob sigilo, os dados de 
conexão dos usuários (endereço IP, 
data e hora do início e término da 
conexão) pelo prazo de um ano.
• Provedores de aplicativos
Guardar, sob sigilo, os dados de 
navegação dos usuários pelo prazo 
de seis meses.
Retirar, a pedido das vítimas, 
imagens e vídeos contendo cenas 
de nudez, por exemplo, que não 
têm a autorização dos envolvidos.
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Esse tipo de infográfico pode ser manipulado da maneira como o usuário 
achar melhor e tem a peculiaridade de ser composto por áudios, vídeos e 
até mesmo animação, que costumam funcionar de maneira conjunta. Des-
se modo, pode-se afirmar que os infográficos interativos são multimodais, 
na medida em que são construídos por diversos tipos de linguagem. 
O infográfico interativo conta com movimentos administrados pelos usuários.
Os formatos de 
conteúdo de um 
infográfico
Saiba mais sobre o que é um 
infográfico e quais são seus 
formatos de conteúdo em: 
<coc.pear.sn/Es4nkvz>.
EXPLORE MAIS
NA PRÁTICA
Jornalismo e 
interatividade
Os infográficos interativos são 
uma comprovação de como o 
jornalismo praticado na era 
digital exige muito mais a par-
ticipação dos leitores do que 
nos tempos em que existia so-
mente a versão impressa. Se o 
recurso de publicar um comen-
tário sobre um texto, como uma 
notícia, fez com que os leitores 
pudessem ser mais ativos em 
seu contato com o jornal, algo 
semelhante se pode dizer a 
respeito dos infográficos inte-
rativos, visto que seus recursos 
tornam os leitores menos pas-
sivos diante das informações, 
quando se tece uma compara-
ção com os tradicionais infográ-
ficos estáticos.
Certamente, esse infográfico contribuiu para que muitas pessoas passassem 
a entender o Marco Civil da Internet, ao menos de forma básica. Isso se deve 
não apenas à forma resumida e clara como a lei foi apresentada aos leitores, 
mas também aos recursos de infográfico que foram explorados. Aliás, você 
se recorda do infográfico, gênero estudado em etapas escolares anteriores?
Infográfico é um gênero textual que tem a finalidade de apresentar informações, 
servindo-se de textos verbais relativamente curtos e/ou dados numéricos, asso-
ciados a elementos gráfico-visuais, como desenhos. Bastante divulgado em textos 
jornalísticos, tem o intuito de ilustrar determinado assunto de maneira didática e, 
geralmente, acompanha reportagens.
O infográfico sobre o Marco Civil da Internet é do tipo interativo – em 
contraposição ao infográfico estático presente em materiais impressos –, 
já que os usuários o manipulam da maneira como desejarem. Basta 
atentar-se ao fato de que os tópicos que explicam a lei – “Princípios”, 
“Direitos”, “Obrigações” e “Segurança” – ficam em destaque laranja e têm 
o conteúdo exposto (do lado direito da tela) pelo movimento de seleção 
do mouse, administrado pelos usuários. Trata-se, então, de um infográ-
fico que se destina exclusivamente ao ambiente digital, em que se pode 
explorar essa interatividade. 
Interativo: que possibilita 
ao indivíduo interagir com 
o emissor do conteúdo.
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Este é o momento oportuno para apli-
car o exercício 1 da seção “Para confe-
rir”, referente aos módulos 157 e 158.
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Classificação das 
palavras denotativas
Veja outros exemplos de 
palavras denotativas em: 
<coc.pear.sn/w0qBvkR>.
EXPLORE MAIS
Palavras denotativas são aquelas que não se classificam 
em nenhuma das dez classes morfológicas.
Eis que ele surge outra vez!
Fui repreendido por ter feito uma pergunta; ora, que mal há nisso?
E eu lá sei quem pegou a última fatia de pão!
• Substantivo
• Verbo
• Adjetivo
• Advérbio
• Artigo
• Pronome
• Numeral
• Preposição
• Conjunção
• Interjeição
PALAVRAS DENOTATIVAS
A gramática é dividida em três grandes frentes: Fonéti-
ca, Morfologia e Sintaxe. Em Morfologia, são estudadas 
as classes gramaticais, isto é, categorizam-se as palavras 
de acordo com a forma. Assim, é possível compreender 
que existem dez classes, conforme o quadro ao lado.
Há, no entanto, palavras que não se encaixam em ne-
nhuma dessas dez classes, de acordo com a Nomencla-
tura Gramatical Brasileira (NGB). São as chamadas pala-
vras denotativas.
Módulo 159
Para compreender isso melhor, leia as frases a seguir, prestando atenção 
ao que está em destaque.
As palavras em destaque – “eis”, “ora” e “lá” – são denotativas. Do ponto 
de vista sintático, elas não desempenham nenhuma função relacionada 
às demais que estão presentes na oração. Do ponto de vista morfológico, 
apesar de serem invariáveis e, sendo assim, assemelharem-se aos advér-
bios, não pertencem a nenhuma classe gramatical, conforme já se afirmou. 
Porém, do ponto de vista semântico, isto é, em relação ao significado, tais 
palavras são de extrema importância, já que agregam sentido à oração. 
A palavra “eis”, apresentada no primeiro exemplo, serve para indicar o 
indivíduo de quem se fala (“ele”); “ora” expressa uma continuidade em re-
lação ao que se estava expondo antes (“Fui repreendido por 
ter feito uma pergunta") e, finalmente, “lá” realça o sujeito 
da oração (“eu”). A retirada de tais palavras dessas orações 
afetaria, em certa medida, o sentido original. 
Ressalta-se, porém, que, apesar de as palavras denotativas 
não se enquadrarem em nenhuma das dez classes morfoló-
gicas, elas podem receber diferentes designações, a depen-
der do sentido transmitido. Ao lado, apresenta-se uma tabe-
la contendo algumas possibilidades e exemplos. 
Emprego de “eis” em 
uma composição
Um emprego real da palavra 
“eis” pode ser encontrado 
na letra de uma canção bra-
sileira. Trata-se de A volta do 
malandro, composta por Chi-
co Buarque para a Ópera do 
malandro, musical também 
de sua autoria, que, em 1985, 
foi transformado em filme 
pelo cineasta Ruy Guerra. O 
primeiro verso da canção co-
meça assim: “Eis o malandro 
na praça outra vez...”.
PARA IR ALÉM
Afastamento Embora
Continuação Ora; bem; ademais
Designação Eis; aqui está
Inclusão Até; também; além disso
Explicação Isto é; por exemplo; ou seja
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Neste módulo, serão apresentadas as 
palavras denotativas. Além de indicar 
que elas se diferenciam dos advérbios – 
confusão muito comum de ocorrer –, ob-
jetiva-se mostrar sua relevância semân-
tica, o que é útil não apenas para esse 
assunto em específi co, mas também para 
os estudos linguísticos de maneira geral. 
Quanto mais os alunos têm a oportunida-
de de perceber o peso sutil de cada pa-
lavra na construção de um texto, seja ele 
verbal ou não verbal, mais precisão eles 
podem alcançar nas diversas maneiras de 
utilização da linguagem.
Este é o momento oportuno para aplicar 
o exercício 2 da seção “Para conferir”, 
referente ao módulo 159.
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Módulos 160 e 161
HIERARQUIA DE PROPOSIÇÕES
Leia, a seguir, as acepções que o dicionário Aurélio apresenta para a palavra 
“evolução”.
NOTA
Charles Darwin 
(1809-1882)
Nasceu na Inglaterra, na cidade 
de Shrewsbury. Foi um impor-
tante naturalista – cientista 
dedicado ao estudo dos reinos 
vegetal e animal –, tendo se des-
tacado pela contribuição dada 
para compreender a evolução 
das espécies, teoria conhecida 
como “darwinismo”. Para enten-
der essa teoria, é preciso partir 
do princípio de que os seres, ain-
da que pertencentes à mesma 
espécie, não são exatamente 
iguais, apresentando, então, va-
riações entre si. Estando esses 
seres expostos a determinadas 
condições ambientais, apenas 
aqueles que tiverem caracterís-
ticas adaptáveis a esse ambien-
te serão capazes de sobreviver 
e repassar, como herança gené-
tica, tais características para as 
futuras gerações, enquanto os 
demais seres, não adaptáveis, 
serão extintos. A isso dá-se o 
nome de evolução das espécies. 
Os seres humanos de hoje, por 
exemplo, são resultado desse 
processo, popularmente sinte-
tizado pela frase “os mais aptos 
sobrevivem”.
e.vo.lu.ção sf. 1. Deslocamento progressivo. 2. Série de movimentos concatenados 
e harmônicos. 3. Sucessão de acontecimentos em que cada um está condicionado 
pelo(s) anterior(es). 4. Processo detransformação em que certas características ou 
elementos simples ou indistintos se tornam aos poucos mais complexos ou mais 
pronunciados; desenvolvimento. 5. Biol. Segundo o darwinismo, processo que, ao 
longo de sucessivas gerações, leva à diferenciação das espécies, determinado por 
mutações genéticas e por seleção natural.
Como se vê, a palavra “evolução” pode designar vários tipos de processo, 
desde que haja alguma espécie de desenvolvimento. Na nossa vida esco-
lar, por exemplo, conforme os anos vão passando, vamos evoluindo, já que, 
mesmo tendo nosso próprio ritmo, aprendemos coisas novas e, portanto, 
desenvolvemo-nos enquanto seres humanos. Contudo, evolução tem um 
sentido ainda mais específico do que esse, dizendo respeito a um processo 
biológico, o que fica evidente na acepção de número 5 apresentada ante-
riormente. Veja que, nessa acepção, mencionou-se a palavra "darwinismo". 
Você já ouviu falar sobre isso? 
A reportagem que você lerá a seguir trata de uma descoberta científica 
que tem relação com a teoria evolutiva darwinista. Busque atentar-se não 
apenas ao conteúdo, mas também aos termos que estão destacados e à fun-
ção que eles cumprem na organização do texto. 
Mudanças climáticas permitiram evolução 
dos primeiros Homo sapiens
Grandes alterações também ajudaram na formação de características marcantes 
da espécie, como a coleta de alimentos e o comércio
Por volta de 800 mil anos atrás, as várzeas que ocupavam boa parte do território 
onde hoje é o Quênia começaram a passar por uma transformação dramática. No 
lugar da umidade persistente, períodos de aridez se revezavam aos de chuva, 
fazendo com que as planícies inundadas se transformassem em um pasto. Essa 
mudança exigiu adaptações da fauna local. Ao longo do tempo, animais que de-
mandavam um consumo energético excessivo foram extintos. Por outro lado, os 
de estrutura física menor emergiram. Passado meio milhão de anos, o cenário 
era outro. Fértil, com uma grande variedade de alimentos e possibilitando des-
locamentos extensos, a região tornou-se ideal para o florescimento de uma nova 
espécie, que começava a se proliferar no leste africano: o homo sapiens.
Ao avaliar evidências arqueológicas e naturais da Bacia Olorgesailie, um dos mais 
ricos sítios com vestígios de ocupação humana da África, pesquisadores descobri-
ram que as alterações ecológicas moldadas, em primeiro lugar, pelas variações 
climáticas foram essenciais para a evolução do homem moderno e de caracterís-
ticas culturais marcantes da espécie, como a mobilidade, a coleta de alimentos, 
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Nestes dois módulos, pretende-se 
destacar alguns termos responsáveis 
pela organização do discurso, tendo 
como base a leitura de uma reporta-
gem. 
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a tecnologia e até o comércio. De acordo com os autores da pesquisa, publicada 
em três artigos na edição desta semana da revista Science, isso implica uma “re-
visão significativa do comportamento do hominídeo africano na época em que o 
Homo sapiens se originou”.
[...]
Redes sociais
[...] a equipe de pesquisadores encontrou pontas de pedras do Período Neolítico 
feitas com obsidiana, matéria-prima que não é natural da bacia. Também fo-
ram detectadas peças maiores e não trabalhadas retiradas de pedras vulcânicas. 
A avaliação da estrutura química desses artefatos apontou que viriam de diver-
sas fontes obsidianas provenientes de localidades de 25 km a 90 km distantes de 
Olorgesailie. Isso sugere a existência de redes sociais na região.
“Essas inovações comportamentais podem ter representado muito bem uma 
resposta às rápidas mudanças no ambiente”, disse, em nota, Tyle Faithy, curador 
de arqueologia no Museu de História Natural de Utah e coautor de um dos ar-
tigos. “Uma resposta como essa deve ter ajudado as populações humanas a su-
portar mudanças climáticas e ambientais que provavelmente contribuíram para 
o fim de outras espécies na região”, acredita.
Outra importante descoberta da equipe foram rochas pretas e vermelhas 
(manganês e ocre, respectivamente) associadas a evidências de que haviam sido 
processadas para serem usadas como pigmento. “Não sabemos a coloração que 
eles utilizaram, mas podemos dizer que é um indício de comunicação simbólica 
complexa. Assim como hoje as roupas ou bandeiras levam cores que expressam 
identidade, esses pigmentos podem ter ajudado as pessoas a manter vínculos e 
a formar alianças com grupos distantes”, suspeita Potts. “O transporte de obsi-
diana e a coleta e o processamento de pigmentos implica o desenvolvimento de 
redes sociais que conectavam membros de nossa espécie por longas distâncias. 
Essa prática é uma das características da nossa espécie”, ressalta Alison Brooks.
Isso levou a um conjunto de comportamentos muito sofisticados, que envolve-
ram grande habilidade mental e vidas sociais mais complexas. Talvez isso tenha 
sido o que nos distinguiu dos outros humanos primitivos”. 
Rick Potts, diretor do Programa de Origem Humana do Museu Nacional de 
História Natural do Instituto Smithsonian
OLIVETO, Paloma. Mudanças climáticas permitiram evolução dos primeiros Homo sapiens. 
Correio Braziliense. 16 mar. 2018. Disponível em: <https://coc.pear.sn/BRU4pYl>. 
Acesso em: maio 2020.
Esse texto, evidentemente, tem um caráter científico, sobretudo pelo as-
sunto de que trata. Entretanto, também devemos levar em conta sua for-
ma, isto é, o modo como foi escrito. Nenhum discurso, como você já deve 
ter percebido em seus estudos linguísticos, é construído de forma aleatória, 
isto é, as palavras, as frases e os parágrafos são dispostos em um texto de 
uma maneira intencional (mesmo que, muitas vezes, os autores sequer se 
deem conta disso), de modo que determinadas informações são prioriza-
das, outras têm menos relevância e há, ainda, algumas que são equipa-
radas em relação à importância que exercem no texto. Em um discurso 
científico, isso é particularmente importante na medida em que as infor-
mações divulgadas apresentam uma hierarquia, que deve ser evidenciada 
no texto a fim de que os leitores entendam o que é mais relevante.
Aridez: estado atmosférico 
observável em determina-
da área, quando as precipi-
tações pluviais são inferio-
res à evaporação.
Demandar: apresentar ne-
cessidade de; precisar de.
Emergir: aparecer, expres-
sar-se, manifestar-se.
Implicar: ter como conse-
quência.
Proliferar: multiplicar-se 
rapidamente; propagar-se, 
espalhar-se.
Várzea: grande extensão 
de terra plana.
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A seguir, retoma-se um trecho do texto anterior, no qual há termos em des-
taque, para que possamos analisar a contribuição deles para a articulação 
do discurso.
Ao longo do tempo, animais que demandavam um consumo ener-
gético excessivo foram extintos. Por outro lado, os de estrutura fí-
sica menor emergiram.
Ao longo do tempo, os animais de estrutura física menor emergiram. Por outro lado, os 
que demandavam um consumo energético excessivo foram extintos.
Ao avaliar evidências arqueológicas e naturais da Bacia Olorgesailie, um dos mais ricos 
sítios com vestígios de ocupação humana da África, pesquisadores descobriram que as 
alterações ecológicas moldadas, em primeiro lugar, pelas variações climáticas foram es-
senciais para a evolução do homem moderno e de características culturais marcantes da 
espécie, como a mobilidade, a coleta de alimentos, a tecnologia e até o comércio.
[...] a equipe de pesquisadores encontrou pontas de pedras do Período Neolítico feitas com 
obsidiana, matéria-prima que não é natural da bacia. Também foram detectadas peças 
maiores e não trabalhadas retiradas de pedras vulcânicas. [...] Outra importante desco-
bertada equipe foram rochas pretas e vermelhas (manganês e ocre, respectivamente) as-
sociadas a evidências de que haviam sido processadas para serem usadas como pigmento.
Veja que, considerando o todo da reportagem, a informação apresentada 
após o termo “por outro lado” é mais relevante do que a mostrada anterior-
mente. Afinal, o texto foca na evolução dos seres humanos, cujos ancestrais 
são os animais de estrutura menor que emergiram, isto é, que passaram 
a existir em maior quantidade. Veja, a seguir, como ficaria uma inversão 
dessas informações.
Observe que, dessa maneira, foi a informação secundária que alcançou 
destaque. Releia outro trecho.
Nesse outro caso, o termo destacado – “como” – serve para introduzir 
exemplos das “características culturais marcantes da espécie”. Se, ante-
riormente, no outro trecho reproduzido, o termo destacado introduzia a 
informação mais relevante, aqui ele introduz o que pode ser retirado do 
texto sem prejuízo ao sentido que se pretende transmitir, ainda que sua 
importância seja aparente.
Atente, agora, por fim, para esta outra passagem.
Veja que o termo “outra”, nesse contexto, indica uma equiparação feita 
pela autora entre as ideias apresentadas, já que não se expressa nenhuma 
espécie de juízo de valor. O que se faz, na realidade, é indicar que uma in-
formação está sendo acrescentada ao texto, sem apontar se sua relevância 
é alta ou baixa. Desse modo, podemos afirmar que esse termo organiza o 
discurso de forma quase neutra.
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Este é o momento oportuno para apli-
car o exercício 3 da seção “Para confe-
rir”, referente aos módulos 160 e 161.
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MODALIZADORES E OPERADORES DISCURSIVOS
A ideia de evolução costuma ser associada a benefícios: encaramos o ato 
de evoluir como um movimento necessário e positivo. Quando considera-
mos a evolução tecnológica, por exemplo, apenas levamos em conta, na 
maioria das vezes, a comodidade que os seres humanos conquistaram por 
meio dela. Contudo, mesmo o que evolui pode apresentar consequências 
danosas. É preciso, então, nutrir um olhar crítico mesmo em relação às 
inovações que causam euforia. O texto que a seguir faz esse alerta. Leia-o 
com atenção. 
Módulos 162 e 163
Os perigos de um futuro inteligente
A tecnologia avança cada vez mais rápido e a cada dia está mais relacionada com 
o nosso dia a dia, a ponto de a considerarmos uma mercadoria insubstituível. No 
entanto, cada inovação no mundo da informática já não é tão surpreendente como 
antes. Sejamos sinceros: uma taxa de transmissão de dados mais alta não nos fará 
mais feliz do que já somos.
Ainda assim, o impacto que pode gerar a mais nova geração de TVs inteligentes não
é produzido pela densidade de pixels que ela tenha, e sim pelo preço ou pelo tama-
nho do produto. Para dizer a verdade, ninguém se importa se os dispositivos móveis 
atuais são capazes de calcular a linha de voo de uma nave espacial que vai para Marte.
[...] Eu, pessoalmente, notei que essa overdose de tecnologia tem provocado um 
efeito secundário (e nocivo) entre os usuários: significativamente perdemos nossa 
cautela quando se trata de segurança e consciência com relação ao quão perigosa e 
comum são as ameaças cibernéticas. Pior ainda é não termos ideia de quantas amea-
ças teremos de enfrentar daqui a 5-10 anos se a tecnologia continuar avançando 
nesse mesmo ritmo.
Curiosamente, quanto mais sofisticada e desenvolvida é a tecnologia que nos ro-
deia, mais em risco estaremos nós e o mundo em que vivemos. Então, o quão perigo-
so é, de fato, o nosso futuro?
Estado e propriedade
Hoje, as casas inteligentes ainda são um luxo que não é conhecido pela gente co-
mum. Graças a gigantes da tecnologia como Google e Apple, o mais provável é que 
em alguns anos muitos de nós poderemos sentar em uma sala cheia de dispositivos 
inteligentes. A temperatura, a iluminação, os sistemas de alarme e outros aparelhos 
serão controlados através de qualquer dispositivo móvel.
O mesmo ocorre com os carros: Volvo e BMW já estão oferecendo capacidades básicas 
de controle e vigilância através do smartphone ou tablet e, em alguns anos, os últimos 
modelos fornecerão esses recursos aos usuários, inclusive nos carros populares. De qual-
quer forma, o custo da tecnologia a bordo é incomparável com os custos de todo o carro.
Independentemente do progresso técnico, a segurança desses sistemas se parece 
muito com um cadeado comum: não importa o quanto seja robusto, basta um golpe 
e ele se abrirá em um instante.
Mas tudo se torna ainda mais simples se o culpado tiver uma chave-mestra ou pelo 
menos uma oportunidade para obtê-la. Isso ocorre quando um smartphone funciona 
como uma ferramenta capaz de abrir as portas de uma casa ou as portas de um carro 
inteligente. As pesquisas recentes realizadas em casas e carros “smart” demonstra-
ram esse ponto perfeitamente.
Cautela: precaução para 
evitar dano, transtorno ou 
perigo.
Overdose: dose excessiva.
Pixel: menor partícula de 
uma imagem.
VOCABULÁRIO
GRUPO 
TEMÁTICO
Evolução e controle
O texto “Os perigos de um fu-
turo inteligente”, ao tratar de 
dados pessoais, menciona a 
manipulação que ocorre via 
internet por meio do controle 
das informações fornecidas pe-
los usuários. Vale refletir sobre 
isso para compreender que, ao 
nos deixarmos levar pela sedu-
ção das evoluções tecnológicas 
atuais, somos, consequen-
temente, controlados. Basta 
notar que, se, por exemplo, 
acessamos a página de venda 
de determinado produto, sere-
mos expostos a anúncios desse 
mesmo produto ou de produ-
tos similares por bastante 
tempo, enquanto estivermos 
navegando na internet. Em 
um mundo onde esse tipo de 
evolução ainda é recente, é im-
portante haver um esforço de 
tomada de consciência, a fim 
de que não sejamos facilmente 
influenciáveis à manipulação 
exercida sobre nós. 
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Todo discurso é construído com base 
em uma visão particular de mundo. 
Portanto, carrega, de forma mais ou 
menos expressiva, impressões de seus 
autores. Cabe aos leitores identifi car e 
compreender essas marcas discursi-
vas, nos diversos textos com os quais 
entram em contato. Afinal, mais do 
que assimilar o conteúdo que se pro-
duziu, é necessário reconhecer a for-
ma como ele foi produzido. O domínio 
desses dois aspectos contribui para 
uma leitura proficiente. Estes dois 
módulos buscam, portanto, explorar 
esse tópico.
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Além disso, experiências semelhantes mostraram que a pirataria de casas e carros 
não é necessariamente feita para uma única finalidade: o roubo. Depois de ter acesso 
ao sistema de controle central, os cibercriminosos são capazes de manipular proces-
sos, tais como: bloquear pessoas dentro da casa inteligente e inclusive alterar a tem-
peratura ou os componentes da água. Assim mesmo, no caso dos carros inteligentes, 
um hacker poderia manipular o sistema de freios ou da direção do carro a distância.
Dinheiro
Os clássicos assaltos a bancos com espingardas, reféns e requisitos de jato parti-
cular são coisas do passado. H oje em dia, os cibercriminosos se dedicam a analisar 
as vulnerabilidades dos sistemas bancários da web e pagamentos on-line, com o 
objetivo de concretizar os planos maliciosos.
Quando você vai realizar uma compra e leva o montante do dinheiro na carteira, você 
tem a possibilidade de controlar o dinheiro que está levando. Mas quando o paga-
mento é realizado pelo celular, isso não ocorre. Nesses casos, nem o comprador nem o 
vendedor podem estar 100% seguros de que o dinheiro chegará aonde deve.
A tendência de substituição completa do caixa por análogos virtuais é um pre-
sente de Natal para os cibercriminosos. A manipulação de informações é a maneira 
mais fácilde lidar com objetos reais.
Dados pessoais
Aqueles momentos em que nós guardávamos todas as lembranças da família (fo-
tos, vídeos etc.) em uma caixa de papelão grande desapareceram. Hoje, muitos 
usuários preferem utilizar as plataformas de armazenamento como a nuvem para 
preservar sua informação pessoal e seus documentos importantes.
É bastante provável que em poucos anos os dispositivos de armazenamento 
local (DVD, pendrives, HD) também se tornem uma relíquia do passado. Porque 
guardamos nossos dados mais valiosos em um aparelho que pode q uebrar ou se 
perder, se podemos tê-los em uma plataforma virtual na qual podemos acessar 
desde qualquer lugar do mundo?
Bom, há uma razão. Desde o instante em que nossos arquivos são armazenados 
na nuvem, eles deixam de ser exclusivamente nossos. Os termos do serviço es-
pecificam que tudo o que é armazenado na nuvem também é de propriedade do 
proprietário da plataforma.
Parece que não há volta atrás. De fato, toda essa informação é utilizada pelas 
corporações como Google, que usam esses dados para armar perfis específicos de 
cada usuário da internet. São dados como sua saúde, estilo de vida, preferências, 
gostos, misturados com milhares de imagens e mensagens de texto.
O jogo “Watch dogs” ou o filme Duro de matar 4.0 são exemplos claros de como 
funciona esse sistema de informação. Em ambos os casos, o enredo está baseado 
em uma cidade controlada por um sistema unificado. Muitas das coisas que o jogo 
e o filme mostram são reais.
Depois de mencionarmos tudo isso, acrescentemos o Malware que está em cons-
tante evolução, as infiltrações às redes e a total falta de responsabilidade e cons-
ciência por parte dos usuários. O panorama nos mostra uma imagem pouco feliz 
sobre o nosso provável futuro: um mundo frágil capaz de se converter em um 
caos com a simples ação de apertar um botão; corporações que se apropriam da 
informação dos usuários e milhões de dólares roubados por um adolescente que 
hackeia os sistemas bancários que não contam com sistemas fortes de segurança.
Ou será que estamos exagerando?
SAVITSKY, Alex. Os perigos de um futuro inteligente. Kaspersky darly. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/XFn6r67>. Acesso em: maio 2020. Adaptado.
Análogo: semelhante, pa-
recido, afim.
Malware: termo que desig-
na programas de computa-
dor maliciosos, capazes de 
causar danos e prejuízos.
VOCABULÁRIO
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Ao analisar o texto, vemos que ele contém muitas marcas argumentati-
vas, isto é, em várias passagens é possível perceber o posicionamento do 
autor. Para compreender isso melhor, deve-se levar em consideração que 
nenhum texto é plenamente imparcial, isto é, todo texto, oral ou escrito, 
inevitavelmente representa um olhar específico sobre as coisas do mun-
do. Nesse sentido, é válido afirmar que grande parte dos textos possuem, 
em menor ou maior medida, termos que funcionam como marcadores 
argumentativos, que também podem ser chamados de modalizadores 
discursivos.
Modalizadores discursivos são palavras ou expressões que revelam 
a atitude de quem enuncia diante daquilo que está comunicando.
Possibilidades significativas de modalizadores discursivos
No texto que você leu, as palavras ou expressões que funcionam como mo-
dalizadores discursivos estão em destaque. Nem todas, no entanto, apre-
sentam as mesmas significações. Nesse sentido, em se tratando de modali-
zadores discursivos, temos algumas possibilidades, listadas a seguir.
Com base nessa tabela, é possível organizar 
os marcadores discursivos presentes no texto, 
conforme suas significações. Veja ao lado.
Vale ressaltar, contudo, que os trechos 
marcados por modalizadores discursivos 
não são os únicos considerados argumen-
tativos. Todo o texto é construído com uma 
orientação argumentativa, o que se confir-
ma especialmente pelas ideias apresenta-
das. O uso de modalizadores, porém, evi-
dencia essa orientação de modo formal.
Afetivos
Expressam emoções e opiniões sobre 
o que é expresso.
Exemplos: felizmente, sinceramente, 
lamentavelmente.
Asseverativos
Expressam certeza, de forma afirmativa ou 
negativa, sobre o que é expresso.
Exemplos: certamente, sem dúvida, 
em hipótese alguma.
Delimitadores
Expressam os limites de 
entendimento de determinado assunto.
Exemplos: matematicamente, 
biologicamente, espécie de, quase.
Deontológicos
Expressam permissões, 
obrigações ou proibições.
Exemplos: necessariamente, 
obrigatoriamente.
Dubitáveis Expressam dúvida sobre o que se enuncia. Exemplos: talvez, provavelmente, é possível.
Sejamos sinceros Afetivo
Não Asseverativo
Sim Asseverativo
Para dizer a verdade Afetivo
Pessoalmente Delimitador
Curiosamente Afetivo
Necessariamente Deontológico
É bastante provável Dubitável
De fato Asseverativo
Provável Dubitável
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Este é o momento oportuno para apli-
car o exercício 4 da seção “Para confe-
rir”, referente aos módulos 162 e 163.
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PALAVRAS QUE NÃO SE FLEXIONAM 
Ao estudar a classe dos verbos, é possível perceber o quanto essas palavras 
são complexas. Isso se dá, sobretudo, pela quantidade de variações que eles 
sofrem, já que sua forma pode mudar quanto a pessoa, número, tempo e 
modo. Veja um exemplo.
Módulo 164
Nesse exemplo, foram dadas algumas 
possibilidades para o verbo “evoluir”, 
considerando-se as flexões que os ver-
bos sofrem. Vê-se, então, que essa classe 
de palavras é variável.
No entanto, existem também as palavras 
que não se flexionam. A elas dá-se o nome 
de invariáveis. Algumas classes morfoló-
gicas se caracterizam pela invariabilidade. 
São elas: os advérbios, as preposições, as 
conjunções e as interjeições.
Evoluir
Evoluo
1a pessoa do singular do 
presente do indicativo
Evoluirdes
2a pessoa do plural do 
futuro do subjuntivo
Evoluam
3a pessoa do plural do 
imperativo afi rmativo
Palavras variáveis são aquelas 
que podem sofrer alterações em 
sua forma, por meio do acréscimo 
de desinências nominais ou ver-
bais, a depender da classe morfo-
lógica. 
Palavras invariáveis são 
aquelas que não sofrem mu-
danças em sua estrutura, não 
se flexionando em gênero, 
grau ou número.
A seguir, será comentada cada uma das classes invariáveis.
Advérbio
É a palavra que indica a circunstância de uma ação verbal. Desse modo, o 
advérbio altera profundamente o sentido de uma mensagem. Além disso, 
a depender da circunstância indicada, ele pode receber variadas classifica-
ções. Nesta tabela, há alguns exemplos. 
Advérbio de lugar Exemplos: dentro; embaixo; longe; aqui
Advérbio de tempo Exemplos: amanhã; ontem; cedo; tarde
Advérbio de modo Exemplos: calmamente; depressa; generosamente
Advérbio de intensidade Exemplos: muito; pouco; bem; demais
O advérbio também pode modificar o adjetivo e o próprio advérbio, como 
em: “Ele é esperto demais”, em que demais intensifica o sentido do ad-
jetivo esperto, e em “Acordei cedo demais”, em que demais intensifica o 
sentido do advérbio cedo. 
A posição do advérbio 
na frase
O advérbio é fundamental-
mente uma palavra invariá-
vel que expressa a circuns-
tância em que ocorre a ação 
verbal. Além disso, alguns 
tipos de advérbios podem 
modificar o adjetivo, o ad-
vérbio e até mesmo toda a 
oração. Em geral, existe cer-
ta liberdade de colocação 
do advérbio na frase. No en-
tanto, ele costuma ocupar 
deter-minadas posições na 
oração, dependendo da pa-
lavra que modifica. Observe 
algumas possibilidades de 
posição do advérbio no arti-
go disponível em: <coc.pear.
sn/XwWcHRc>.
EXPLORE MAIS
Preposições acidentais
As preposições são pala-vras 
invariáveis que estabelecem 
uma relação entre dois ter-
mos da oração, um sendo 
o antecedente (regente) e 
o outro, o consequente (re-gido). Elas são chamadas 
de essenciais quando são 
palavras que sempre foram 
preposições, como: a, com, 
de, entre, para, sobre etc. 
No entanto, existem pala-
vras derivadas de outras 
classes gramaticais que 
podem funcionar como pre-
posições em determinados 
contextos: as chamadas 
preposições acidentais. 
Leia mais sobre esse assun-
to no artigo disponível em: 
<coc.pear.sn/WgLwbOU>.
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Neste módulo, serão abordadas as palavras invariáveis, isto é, aquelas que não sofrem fl exão de gênero, grau e/ou número. Especifi -
camente, serão contemplados advérbios, conjunções, preposições e interjeições, de modo a focar, justamente, em sua invariabilidade. 
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A preposição per não costuma aparecer sozi-
nha. Ela frequentemente ocorre em contração 
com o artigo definido. Assim, temos:
per + o = pelo
per + os = pelos
per + a = pela
per + as = pelas
Veja que tais palavras não podem se flexionar de modo algum. Em se 
tratando de advérbio, não é possível escrever "amanhãs", por exemplo.
Além disso, um advérbio pode modificar um adjetivo ou outro advérbio, 
como nos exemplos a seguir.
I. As evoluções da sociedade podem ser consideradas muito vagarosas.
II. As evoluções da sociedade sempre aconteceram muito vagarosamente.
No exemplo I, o advérbio “muito” se liga ao adjetivo “vagarosas”, modifi-
cando-o. Já no exemplo II, o mesmo advérbio, “muito”, modifica outro ad-
vérbio, a palavra “vagarosamente”. 
Preposição
É a palavra que conecta dois termos de uma oração. Ao primeiro termo, 
dá-se o nome de antecedente e, ao segundo, de consequente. Então, a pre-
posição liga um termo antecedente ao termo consequente. 
Por ser uma classe morfológica limitada, isto é, por apresentar uma 
quantidade fixa de palavras (diferentemente, por exemplo, do substantivo, 
que é uma classe aberta), é possível listar todas as preposições existente. 
Conheça-as a seguir.
• a, ante, após, até
• com, contra
• de, desde
• em, entre
• para, per, perante, por
• sem, sob, sobre
• trás
Palavras substantivadas
Há situações em que pala-
vras comumente classifica-
das como advérbios podem 
ser flexionadas. Nesse caso, 
porém, temos não um advér-
bio, mas uma palavra subs-
tantivada. Se, por exemplo, 
criássemos uma frase na qual 
a palavra “amanhã” fosse an-
tecedida por artigo, isso seria 
aceitável: “Os amanhãs são 
sempre assustadores”. Ob-
serve que a palavra “amanhã” 
é flexionada em número por-
que, nesse contexto, deixou 
de funcionar como advérbio 
e passou a ser umsubstantivo 
(que pode ser flexionado em 
número). Nesse sentido, é im-
portante ressaltar que toda 
palavra acompanhada de 
um determinante, como um 
artigo ou um numeral, por 
exemplo, passa a classificar-
-se como substantivo.
PARA IR ALÉM
Conjunção
É a expressão que conecta dois termos idênticos de uma 
oração ou duas orações. Quando relaciona termos ou ora-
ções que são independentes, ela é coordenativa. Se ela re-
laciona duas orações – sendo uma o complemento do sen-
tido da outra –, é subordinativa. A tabela ao lado apresenta 
exemplos dos dois tipos. 
CONJUNÇÕES 
COORDENATIVAS
CONJUNÇÕES 
SUBORDINATIVAS
e; todavia; ou; 
portanto; pois 
que, porque; se; 
conforme; como; embora; 
tão... que; 
a fim de que; 
à medida que; quando 
Interjeição
É uma palavra ou expressão empregada para expressar 
emoção, ordem ou apelo. Caracteriza-se, também, por 
não se relacionar a nenhum outro termo da oração e não 
modificar nenhuma palavra, como fazem, por exemplo, 
os pronomes. 
Nesta tabela, listam-se algumas das 
interjeições mais usadas.
Oh!; Ah!; Oba! Alegria
Cuidado!; Olha! Advertência
Socorro!; Aqui! Pedido de ajuda
Olá!; Alô!; Ei! Saudação
Ai!; Ui! Dor
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Este é o momento oportuno para aplicar o exercício 5 da 
seção “Para conferir”, referente ao módulo 164.
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CAPÍTULO 27
Exercícios de aplicação
ORGANIZANDO OS DADOS
Módulos 157 e 158 | Análise e produção de infográfico
1. Descreva os elementos gráfico-visuais que compõem o infográfico apresentado neste grupo de mó-
dulos.
2. Assinale os princípios que correspondem ao Marco Civil da Internet.
 Garantia da liberdade de expressão
 Proteção da privacidade e dos dados pessoais
 Parcialidade da rede
 Limite de modelos de negócios
3. Observe atentamente o ícone do infográfico que representa os princípios do Marco Civil da Internet.
a. Faça uma breve descrição desse ícone.
b. Explique por que ele se refere aos princípios do Marco Civil.
4. Relacione as duas colunas, classificando as situações apresentadas como direito ou obrigação.
A – Direito
B – Obrigação
 Controle sobre os dados pessoais.
 Informações claras e completas nos contratos.
 Guardar, sob sigilo, os dados de conexão dos usuários (endereço IP, 
data e hora do início e término da conexão) pelo prazo de um ano.
 Manutenção da qualidade contratada da conexão.
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O infográfi co sobre o Marco Civil da Internet é disposto dentro do desenho do que seriam as bordas de um tablet. 
Os tópicos que sintetizam a lei estão ao lado do desenho de um computador. A tela desse computador é o lugar onde 
se desmembram os tópicos, conforme os usuários movimentam o mouse. 
Trata-se de um envelope fechado com um cadeado.
Provavelmente, porque princípio pode ser defi nido por aquilo de que não se abre mão, isto é, algo que é inviolável. 
O envelope fechado com um cadeado representa esse caráter intocável.
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5. Enem
Mas boa parte dos cientstas ainda acha que, 
mesmo estando em contato com qualquer pessoa 
mais facilmente e a todo o momento, a distância 
contnuará prejudicando as amizades. “A internet 
faz com que você consiga desacelerar o processo, 
mas não salva as relações”, acredita o antopólogo 
Robin Dunbar. “No fim das contas, ainda precisa-
mos estar próximos das pessoas de vez em quando.” 
É verdade. A maioria dos especialistas em relacio-
namento humano acredita que a proximidade física 
é essencial para sentrmos os efeitos benéficos das 
amizades profundas. Só que o cérebro pode estar 
começando a mudar de opinião. 
Um estdo que está sendo realizado na Uni-
versidade da Califórnia começou a desvendar o 
efeito que as redes sociais produzem no organis-
mo. Mais precisamente, o que acontece com os 
níveis de ocitocina quando usamos o Twitter, por 
exemplo. É há um efeito. Os primeiros resultados 
mostaram que titar estmula a liberação desse 
hormônio, e consequentemente diminui os níveis 
de hormônios como cortsol e ACTH, associados 
ao estesse. 
Isso significa que o cérebro pode ter desenvolvi-
do uma nova maneira de interpretar as conversas 
no Twitter. “O cérebro entende a conexão eletônica 
como se fosse um contato presencial”, diz Paul 
Zak. Isso seria uma adaptação evolutva ao uso da 
internet. “O sistema de ocitocina está sempre se 
ajustando ao ambiente em você está”, diz. “Pode 
ser que, de tanto interagir em redes sociais, as 
pessoas estejam se tornando mais sintonizadas 
para a amizade. E aí elas acabam fazendo mais 
amigos, inclusive presencialmente.” Ou seja: além 
de mudar as amizades, a internet também pode 
acabar modificando o próprio cérebro humano. 
Mas ainda é cedo para dizer se acabaremos nos 
tornando seres hipersociais, com cérebros capazes 
de acomodar um número maior de amigos. O pró-
prio Paul Zak diz que não é possível desconsiderar 
a importância do contato físico – um dos mais 
importantes estmulantes da liberação de ocitocina 
no organismo. “No máximo, vamos ter mais pos-
sibilidades de manter relações íntmas a distância 
por maistempo”, diz. Outos, como Robin Dunbar, 
acham que a tecnologia ainda pode nos surpreen-
der, e romper a últma barreira da amizade online: 
“O Skype e outos serviços do tpo não são bons 
o suficiente, porque não nos permitem tocar um 
no outo em realidade virtal. Ainda.” S
amizade 
simétrica
É recíproca: se eu quiser 
ter você como amigo 
e acessar o seu perfl, 
você precisa autorizar o 
pedido e se tornar meu 
amigo também. 
PRÓ: Privacidade. Você decide 
quem terá acesso às suas 
informações.
PRÓ: Torna muito mais 
fácil a formação de laços 
e comunidades. 
CONTRA: Reduz a 
possibilidade de 
conhecer gente nova.
CONTRA: Mais difícil 
de virar amizade íntima, 
pois a interação é pública.
amizade 
assimétrica
Não é recíproca: 
eu posso adicionar 
ou seguir você sem precisar 
pedir permissão (e posso 
inclusive fazer isso sem 
que você saiba).
EXEMPLOS
Twitter Spotify
Tumblr Instagram
(conta padrão)
EXEMPLOS
Facebook
Instagram
(conta privada)
Linkedin
AMIZADE PóS-MODERNA
A internet e as redes sociais se baseiam em dois tipos de relação:
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COSTA, C. Superinteressante, fev. 2011. Adaptado.
Os amigos são um dos principais indicadores de bem-estar na vida social das pessoas. Da mesma 
forma que em outras áreas, a internet também inovou as maneiras de vivenciar a amizade. Da leitu-
ra do infográfico, depreendem-se dois tipos de amizade virtual, a simétrica e a assimétrica, ambas 
com seus prós e contras. Enquanto a primeira se baseia na relação de reciprocidade, a segunda
a. reduz o número de amigos virtuais, ao limitar o acesso à rede.
b. parte do anonimato obrigatório para se difundir.
c. reforça a configuração de laços mais profundos de amizade.
d. facilita a interação entre pessoas em virtude de interesses comuns.
e. tem a responsabilidade de promover a proximidade física.
Leia o texto a seguir para responder às questões 6 e 7.
Mãe cria infográfico para apresentar filho 
autista à escola e faz sucesso na rede
Crianças são muito curiosas. A presença de um colega 
da mesma idade, mas que se comporta de forma di-
ferente, tem dificuldades na fala ou um jeito peculiar 
de interagir com os outros gera muitas perguntas que, 
por vezes, pais e professores não estão preparados 
para responder. Dúvidas que, se não sanadas, geram 
estranhamento e prejuízos na socialização.
Antecipando-se a esse cenário, a jornalista e mãe 
Mariana Caminha criou uma forma simples, criativa e 
eficiente de apresentar o filho autista e suas singula-
ridades para a comunidade escolar. Ela desenhou uma 
espécie de panfleto virtual onde descreve as preferên-
cias, traços da personalidade e algumas dificuldades 
que Fabrício, de quatro anos, vem superando.
[...]
“Eu não esperava tanta repercussão, mas é muito le-
gal ver esse retorno dos pais. Muito do que se vê na 
internet sobre autismo remonta tristeza. É difícil achar 
alguma iniciativa bonita, criativa, animada. Acho que 
foi isso que cativou as pessoas”, opina Mariana.
O sucesso inesperado fez com que ela desejasse tra-
balhar ainda mais em função da causa. “Tem muita in-
formação ruim e mal escrita na internet. Além disso, 
é muito difícil alguém ler um texto científico de qua-
renta páginas. Muitas vezes, em inglês. Meu trabalho 
é traduzir e tornar essas informações acessíveis para 
as pessoas, nem que eu tenha de fazer infográficos, 
vídeos”.
[...]
FRANZIN, Adriana. Mãe cria infográfico para apresentar filho 
autista à escola e faz sucesso na rede. 2 abr. 2015. EBC. Disponível 
em: <https://coc.pear.sn/b7W5j93>. 
Acesso em: maio 2020.
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5. O ponto a favor da ami-
zade virtual assimétrica é 
o fato de ela tornar muito 
mais fácil a formação de 
laços e comunidades; isso 
signifi ca que ela é capaz de 
proporcionar interação en-
tre pessoas em virtude de 
interesses comuns.
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6. O que motivou a mãe de Fabrício a criar um infográfico para apresentar seu filho autista?
7. Por que, provavelmente, a mãe escolheu o infográfico e não outro gênero?
8. Agora que você pôde relembrar o gênero infográfico e conhecer aquele que pertence ao tipo intera-
tivo, chegou a vez de despertar sua criatividade. 
Como fazer
a. Na folha de produção de texto, você deverá desenhar quatro retângulos de dimensões relativa-
mente grandes (cada um ocupando quase toda a largura da folha e 1/4 de sua altura). pág. 451Redação
b. Depois, escolha um assunto de sua preferência, que, de algum modo, tenha relação com o 
tema “evolução”. Pesquise bastante sobre o tema e imagine o modo como um infográfico in-
terativo poderia explicá-lo. Visualize, especificamente, quatro telas diferentes que poderiam 
surgir para usuários conforme suas escolhas – use o infográfico sobre o Marco Civil da Internet 
como referência.
c. Finalmente, em cada um dos retângulos desenhados na folha de produção de texto, elabore a 
tela imaginada por você. Faça desenhos e escreva textos curtos e claros, sempre considerando 
que se trata de um projeto de infográfico interativo. 
Leia o texto a seguir para responder às questões 9 e 10.
Exercícios propostos
Inclusão digital exige renovação 
de pontos públicos de internet
Mesmo com o aumento no número de domicílios brasi-
leiros conectados à internet, os centros de inclusão di-
gital ainda são constantemente usados por aqueles que 
não têm nem computador nem banda larga fixa em casa.
De acordo com a última pesquisa TIC Domicílios 
(2016), que mede o acesso às Tecnologias da Informa-
ção e da Comunicação (TIC), 46% dos lares brasileiros 
ainda estão desconectados. O índice sobe para 54% 
entre as famílias com renda entre um e dois salários 
mínimos. Os desconectados são, na maioria, morado-
res de periferias das grandes cidades e zonas rurais e 
grande parte deles não conta com oferta do serviço 
em sua região. Em 14% das residências, o acesso à in-
ternet é feito exclusivamente por celular.
O autônomo Ismael Mendonça, de 63 anos, vai quase 
todos os dias a uma unidade do AcessaSP, programa de 
inclusão digital do governo paulista. “Sou bem atendi-
do, a conexão é boa, uso aqui em Pinheiros, em Barueri 
e na Barra Funda. Lá, como tem muito fluxo de pessoas, 
demora um pouco, mas é bom também”. Ele diz que só 
tem internet no celular e que as filhas também usam o 
local para procurar emprego pela internet.
[...]
A campanha Internet Direito Seu, iniciada em abril, 
pretende sensibilizar a sociedade sobre os problemas 
gerados pela falta de conexão (ou conexão precária) 
à internet num país de tamanha proporção como o 
Brasil e busca mobilizar a população para a disputa 
pela universalização do acesso, por conexão de qua-
lidade e preços justos.
[...]
Desde que o Marco Civil da Internet foi aprovado, em 
2014, o acesso à internet é considerado um serviço 
essencial para todos e condição fundamental de ga-
rantia da cidadania. Cada dia mais, aspectos da vida 
cotidiana dos cidadãos dependem da conexão à rede, 
por exemplo, o pagamento de contas, o acompanha-
mento sistemático da gestão pública e até mesmo a 
inscrição em concursos públicos.
SOUZA, Ludimila. Inclusão digital exige renovação de pontos 
públicos de internet. Agência Brasil. 1 maio 2018. Disponível em: 
<https://coc.pear.sn/syDDmnQ>. Acesso em: maio 2020.
CAPÍTULO 27
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O que a motivou a fazer esse infográfi co foram as possíveis dúvidas que os colegas de seu fi lho teriam sobre seu jeito 
diferente de ser e a provável difi culdade que pais e professores sentiriam para saná-las.
Porque o infográfi co tem o potencial de ilustrar determinado assunto de maneira didática, fácil de compreender.
8. Solicitar a pesquisa aos 
alunos com antecedência.
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9. O que você supõe que sejam os “centros de inclusão digital” mencionados no texto?
10. Qual é a relação entre esses centros de inclusão e o Marco Civil da Internet, segundo o texto?
11. De acordo com o texto “Inclusão digital exige renovação de pontos públicos de internet”, é possível 
dizer que o acesso à internet no Brasil é
a. bem distribuído em todo o território do país.
b. garantido por uma conexão de alta velocidade. 
c. restrito em lares de baixa renda familiar.
d. feito somente pelo celular em zonas urbanas.
e. dificultado pela campanha Internet Direito Seu.
12. Durante a pandemia da COVID-19, muitas escolas tiveram de aderir à educação a distância. Conside-
rando os dados apresentados pelo texto a respeito do acesso à Internet no Brasil, qual é o problema 
das aulas on-line?
13. Não se esqueça de que um infográfico é elaborado para alcançar um público maior – inclusive 
pessoas com menos conhecimento sobre o tema abordado –, organizando e simplificando assuntos 
complexos ou muito extensos. Pesquise um infográfico que trate de algum assunto que você con-
sidera complexo e/ou extenso e tem interesse de entender melhor. Analise-o e escreva, nas linhas 
a seguir, de que forma esse recurso facilitou a compreensão do assunto. Descreva quais elementos 
do infográfico você achou mais interessantes e como eles contribuíram para elucidar o assunto 
em questão.
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Centros de inclusão digital são lugares disponibilizados a pessoas de baixa renda com a fi nalidade de garantir-lhes acesso 
à internet.
Segundo o texto, pelo Marco Civil da Internet, entende-se que “o acesso à internet é considerado um serviço essencial 
para todos e condição fundamental de garantia da cidadania”. Desse modo, conclui-se que os centros de inclusão são uma 
forma de concretizar o que prescreve o Marco Civil.
No Brasil, o problema das aulas on-line é que existe uma grande parcela de jovens que não possui acesso à Internet, com 
isso, eles não poderiam assistir a esse modelo de aula. Assim, a exclusão digital gera exclusão escolar e, consequente-
mente, social.
Resposta pessoal.
11. Segundo o texto, “[...] 
46% dos lares brasileiros ain-
da estão desconectados. O 
índice sobe para 54% entre 
as famílias com renda entre 
um e dois salários mínimos 
[...]”. Assim, esses dados 
mostram que a maioria dos 
lares compostos de pessoas 
com baixa renda não tem 
acesso à Internet.
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Módulo 159 | Palavras denotativas
1. O que são palavras denotativas?
2. É correto afirmar que as palavras denotativas são irrelevantes em uma oração? Explique.
3. Leia a tirinha para responder à questão.
Exercícios de aplicação
A palavra “agora”, que aparece no segundo quadrinho, é denotativa. Quanto ao sentido transmitido, 
ela poderia ser classificada como palavra denotativa de
a. afetividade.
b. exclusão.
c. afastamento.
d. situação.
e. adição.
4. Leia a seguinte frase.
Exercícios propostos
Peguei minhas coisas e fui embora.
A palavra em destaque é denotativa. Qual é a classificação dela de acordo com o sentido pretendido?
5. Leia o texto a seguir, que anuncia o episódio de um programa de TV, para responder à questão.
CAPÍTULO 27
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Ensinar ou educar, eis a questão
O Bate-Papo Ponto Com desta quinta [12/06/2014] falou sobre educação
No dia dos namorados e início da Copa do Mundo no Brasil, os convidados debateram sobre a 
diferença entre educar e ensinar. A professora Sandra Santos, diretora-geral do Instituto Superior 
de Educação do Rio de Janeiro (ISERJ), foi entrevistada pelas universitárias Raíssa Ohana de Castro 
Espíndola e Deise de Fátima Oliveira (ex-aluna do ISERJ) do curso de Pedagogia do UniCarioca. 
O papo aprofundou as diferentes vertentes e pensadores sobre o tema. A participação dos ouvintes 
e internautas mostrou que a educação precisa estar presente em muitas pautas. [...]
Ensinar ou educar, eis a questão. EBC. Disponível em: <https://coc.pear.sn/9UfZBVu>. 12 jun. 2014. 
Acesso em: maio 2020.
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São palavras que não se enquadram em nenhuma das dez classes morfológicas, conforme a Nomenclatura Gramatical 
Brasileira (NGB).
Não. As palavras denotativas agregam sentido à oração e, por isso, são importantes.
3. Ainda que comumente 
seja tida como advérbio, a 
palavra “agora” é denotativa 
e expressa ideia de situação; 
basta ver que Lili a emprega 
em uma oração que serve 
para relatar a situação “de 
pedra de gelo” em que ela 
se encontra.
Trata-se de uma palavra denotativa de afastamento.
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Exercícios de aplicação
Não sabemos a coloração que eles utilizaram, mas podemos dizer 
que é um indício de comunicação simbólica complexa. [...]
[...] a equipe de pesquisadores encontrou pontas de pedras do Período Neolítico 
feitas com obsidiana, matéria-prima que não é natural da bacia. Também foram 
detectadas peças maiores e não trabalhadas retiradas de pedras vulcânicas.
No título do texto, aparece a palavra denotativa “eis”. Ela poderia ser substituída, sem afetar o sen-
tido da frase, por
a. “ou seja”.
b. “a saber”.
c. “aqui está”.
d. “ou melhor”.
e. “por volta de”.
Módulos 160 e 161 | Hierarquia de proposições
1. O título da reportagem que você leu é “Mudanças climáticas permitiram evolução dos primeiros 
Homo sapiens”. De que modo as mudanças climáticas favoreceram essa evolução, conforme o que o 
texto apresenta?
2. Releia esta passagem retirada do texto. 
Desse trecho, entende-se que a detecção das “peças maiores e não trabalhadas retiradas de pe-
dras vulcânicas”, em relação ao encontro das “pontas de pedras do Período Neolítico feitas com 
obsidiana”, foi
 mais relevante. menos relevante. igualmente relevante.
3. Que indícios fizeram pesquisadores acreditarem que, milhares de anos atrás, havia redes sociais?
4. Releia esta passagem.
É correto afirmar que a palavra em destaque introduz uma ideia mais relevante do que a anterior? 
Explique.
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As mudanças climáticas contribuíram para a existência de períodos de aridez onde hoje é o Quênia, o que fez com que as 
planícies, antes inundadas pelo excesso de umidade, virassem pasto. Com essa alteração ecológica, fruto das mudanças 
climáticas, alguns seres foram extintos enquanto outros sobreviveram, o que se confi gura como um processo evolutivo.
A descoberta, em determinado território, de artefatos originados de lugares relativamente distantes, o que mostra que 
havia comunicação e trocas. 
Sim, é correto fazer essa afi rmação. Quando se emprega a palavra “mas” (uma conjunção adversativa), introduz-se uma 
ideia que se destaca em relação à anterior.
5. A palavra denotativa “eis” 
expressa o sentido de desig-
nação. Equivale, portanto, a 
“aqui está”: “Ensinar ou edu-
car, aqui está a questão”.
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5. Enem
Exposição mostra as invenções de Charles Darwin em São Paulo
Começou hoje a exposição “Darwin: evolução para todos”. Além de painéis que explicam a 
teoria da evolução das espécies e réplicas de fósseis, a mostra apresenta ao público exem-
plos de animais coletados pelo cientista.
Repórter Brasil. Exposição mostra as invenções de Charles Darwin em São Paulo. EBC. 28 jan. 2015. Disponível 
em: <https://coc.pear.sn/hz0hyuT>. Acesso em: maio 2020.
[...] gostaria de manifestar os meus agradecimentos pela honra de vir 
outra vez à Galiza e conversar não só com os antigos colegas, alguns 
dos quais fazem parte da mesa, mas também com novos colegas [...].
No trechoda palestra proferida por Evanildo Bechara, na Academia Galega da Língua Portuguesa, 
verifica-se o uso de estruturas gramaticais típicas da norma-padrão da língua. Esse uso
a. torna a fala inacessível aos não especialistas no assunto abordado.
b. contribui para a clareza e a organização da fala no nível de formalidade esperado para a situação.
c. atribui à palestra características linguísticas restritas à modalidade escrita da língua portuguesa.
d. dificulta a compreensão do auditório para preservar o caráter rebuscado da fala.
e. evidencia distanciamento entre o palestrante e o auditório para atender os objetivos do gêne-
ro palestra.
6. No primeiro parágrafo do texto apresentado no exercício anterior, há o seguinte trecho.
Sobre os termos destacados, pode-se dizer que eles servem para indicar que
 uma informação é mais relevante do que a outra.
 uma informação é menos relevante do que a outra.
 as informações mostradas têm igual relevância.
Leia o texto para responder às questões 7 e 8.
CAPÍTULO 27
Exercícios propostos
Em primeiro lugar gost aria de manifestar os meus agradecimentos pela honra de vir outra vez à Galiza e 
conversar não só com os antigos colegas, alguns dos quais fazem parte da mesa, mas também com novos 
colegas, que pertencem à nova geração, em cujas mãos, com toda certeza, está também o destino do Galego 
na Galiza e, principalmente, o destino do Galego incorporado à grande família lusófona.
E, portanto, é com muito prazer que teço algumas considerações sobre o tema apresentado. Escolhi como 
tema como os fundadores da Academia Brasileira de Letras viam a língua portuguesa no seu tempo. Como 
sabem, a nossa Academia, fundada em 1897, está agora completando 110 anos, foi organizada por uma reu-
nião de jornalistas, literatos, poetas que se reuniam na secretaria da Revista Brasileira, dirigida por um crítico 
literário e por um literato chamado José Veríssimo, natural do Pará, e desse entusiasmo saiu a ideia de se criar 
a Academia Brasileira, depois anexada ao seu título: Academia Brasileira de Letras.
Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o primeiro presidente desde a sua inauguração até a data de sua 
morte, em 1908, imaginava que a nossa Academia deveria ser uma academia de Letras, portanto, de literatos.
BECHARA, E. Disponível em: <https://www.academiagalega.org>. Acesso em: 31 jul. 2012.CA
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5. Evanildo Bechara profere 
seu discurso em um contex-
to formal – uma palestra 
apresentada na Academia 
Galega da Língua Portu-
guesa. Desse modo, ele usa 
estruturas típicas da norma-
-padrão, a fi m de tornar sua 
fala clara e organizada.
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PALAVRAS 
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Palavras informam, libertam, destroem preconceitos. 
Palavras desinformam, aprisionam e criam preconceitos.
Liberdade de expressão. A escolha é sua. A responsabilida-
de, também.
A liberdade de expressão é uma conquista inquestionável. 
O que todos precisam saber é que liberdade traz respon-
sabilidades. Publicar informações e mensagens sensacio-
nalistas, explorar imagens mórbidas, desrespeitar os Di-
reitos Humanos e estimular o preconceito e a violência 
são atos de desrespeito à lei. Para promover a liberdade 
de expressão com responsabilidade, o Ministério Público 
de Pernambuco se une a vários parceiros nesta ação edu-
cativa. Colabore. Caso veja alguma mensagem que desres-
peite os seus direitos, denuncie.
0800 281 9455 – Ministério Público de Pernambuco
7. No segundo período do texto, o termo “além de” estabelece uma hierarquia entre “pain éis que expli-
cam a teoria da evolução das espécies e réplicas de fósseis” e “exemplos de animais coletados pelo 
cientista”? Por quê?
8. Levando em conta o que você aprendeu sobre darwinismo, explique o título da exposição – “Darwin: 
evolução para todos”. 
9. Enem
Pela análise do conteúdo, constata-se que essa campanha publicitária tem como função social
a. propagar mensagem positiva do Ministério Público.
b. conscientizar a população que direitos implicam deveres.
c. coibir violações de direitos humanos nos meios de comunicação.
d. divulgar políticas sociais que combatem a intolerância e o preconceito.
e. instruir as pessoas sobre a forma correta de expressão nas redes sociais.
10. Levando em conta o cartaz reproduzido no exercício anterior, especialmente o texto em destaque 
que aparece abaixo do título, indique a palavra que equipara a liberdade de expressão à responsa-
bilidade que se deve ter sobre as escolhas.
Disponível em: <http://palavrastempoder.org>. Acesso em: abr. 2015.
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9. O cartaz da campanha 
explora a ideia de que a li-
berdade de expressão é uma 
conquista importante, mas 
não anula a necessidade de 
tomarmos cuidado com ela, 
a fim de não desrespeitar-
mos os direitos dos outros. 
Sim. No período, o trecho “exemplos de animais coletados pelo cientista” se sobressai com o emprego do termo “além de”, 
introduzindo “painéis que explicam a teoria da evolução das espécies e réplicas de fósseis”.
Charles Darwin é bastante conhecido por sua teoria evolucionista. O título da exposição remete a essa teoria e indica a 
abertura para o público conhecê-la (“para todos”). 
Trata-se da palavra “também”. 
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Módulos 162 e 163 | Modalizadores e operadores discursivos
1. Todo texto argumentativo apresenta uma tese, isto é, uma ideia sobre a qual se tenta convencer os 
interlocutores. O texto “Os perigos de um futuro inteligente” consiste em um claro exemplo desse 
tipo de texto. Como você resume a tese dele?
2. Cite ao menos um argumento, presente no texto, que o autor usou para defender a tese que você 
identificou no exercício anterior.
3. Em qual destes trechos há indício de que o texto foi escrito com base em um ponto de vista especí-
fico?
 “Eu, pessoalmente, notei que essa overdose de tecnologia tem provocado um efeito secundá-
rio (e nocivo) entre os usuários. [...]”
 “[...] Volvo e BMW já estão oferecendo capacidades básicas de controle e vigilância através do 
smartphone ou tablet. […]”
 “Hoje em dia, os cibercriminosos se dedicam a analisar as vulnerabilidades dos sistemas 
bancários da web e pagamentos on-line, com o objetivo de concretizar os planos maliciosos.”
4. Justifique a escolha feita no exercício anterior.
5. Para tratar dos riscos causados pelos avanços tecnológicos, o autor dividiu o texto em tópicos. Quais 
são eles?
Exercícios de aplicação
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A tese do texto está expressa no quarto parágrafo: “quanto mais sofi sticada e desenvolvida é a tecnologia que nos rodeia, 
mais em risco estaremos nós e o mundo em que vivemos”.
Sugestão de resposta: “Quando você vai realizar uma compra e leva o montante do dinheiro na carteira, você tem a pos-
sibilidade de controlar o dinheiro que está levando. Mas quando o pagamento é realizado pelo celular, isso não ocorre. 
Nesses casos, nem o comprador nem o vendedor podem estar 100% seguros de que o dinheiro chegará aonde deve”.
O primeiro trecho reproduzido apresenta marcas inequívocas de pessoalidade, como o uso da primeira pessoa (“Eu… 
notei”) e do advérbio “pessoalmente”. 
Os tópicos pelos quais se divide o texto são: “Estado e propriedade”, “Dinheiro” e “Dados pessoais”. 
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Exercícios propostos
6. Leia a tirinha para responder à questão.
Um exemplo de modalizador discursivo deontológico presente nessa tirinha é
a. “É preciso”.
b. “compreensão, amor e paciência”.
c. “mas”.
d. “podem despertar”.
e. “estou falando”.
7. Releia esta passagem.
Curiosamente, quanto mais sofisticada e desenvolvidaé a tecnologia que 
nos rodeia, mais em risco estaremos nós e o mundo em que vivemos.
Por qual palavra seria possível substituir o modalizador discursivo destacado?
 Felizmente
 Admiravelmente
 Lamentavelmente
8. Segundo o texto, futuramente, dispositivos de armazenamento local, como DVD, pendrives e HD, 
deixarão de ser usados. Por qual motivo isso ocorrerá?
9. De acordo com o texto, as corporações do Google controlam as informações transmitidas pelos 
usuários. Para deixar isso claro, o autor apresenta um exemplo ilustrativo. Localize-o e transcreva-o 
a seguir.
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Esses dispositivos, provavelmente, deixarão de ser usados no futuro pelo fato de eles poderem se quebrar ou se perder, o 
que não acontece com a plataforma digital a que chamamos de nuvem. 
“O jogo ‘Watch dogs’ ou o fi lme Duro de matar 4.0 são exemplos claros de como funciona esse sistema de informação. Em 
ambos os casos, o enredo está baseado em uma cidade controlada por um sistema unifi cado. Muitas das coisas que o jogo 
e o fi lme mostram são reais”.
6. A expressão “É preciso” indica o indispensável, sendo, então, uma 
obrigatoriedade; por isso, trata-se de um modalizador deontológico. 
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10. Leia a tirinha para responder à questão. 
A palavra “infelizmente” é um modalizador discursivo
a. afetivo.
b. asseverativo.
c. delimitador.
d. deontológico.
e. dubitável.
Módulo 164 | Palavras que não se flexionam
1. A seguir, estão listadas as dez classes morfológicas. Marque aquelas que são invariáveis.
 Substantivo
 Verbo
 Adjetivo
 Advérbio
 Artigo
 Pronome
 Numeral
 Preposição
 Conjunção
 Interjeição
2. Das palavras apresentadas no quadro, selecione as invariáveis e escreva-as nas linhas seguintes.
Exercícios de aplicação
ontem progresso até mas este
o crescer frequentemente
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10. A palavra “infelizmente” 
expressa um sentimento do 
enunciador (pai de Armandi-
nho) em relação ao que ele 
enuncia; por isso, trata-se de 
um modalizador afetivo. 
Ontem; até; mas; frequentemente.
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Exercícios propostos
4. A palavra “não” é invariável. Contudo, há uma circunstância específica na qual ela pode ser flexiona-
da no plural. Explique e dê um exemplo ilustrativo.
5. Leia a tirinha para responder à questão.
No último quadrinho, os pontos de exclamação e interrogação poderiam ser substituídos por uma 
palavra ou expressão que pertença a uma classe invariável. Trata-se
a. do advérbio.
b. da preposição.
c. da conjunção.
d. da interjeição.
e. do verbo.
3. UM-SP
Na frase “As negociações estariam meio abertas só depois de meio período de trabalho”, as palavras 
destacadas são, respectivamente,
a. adjetivo e adjetivo.
b. advérbio e advérbio.
c. advérbio e adjetivo.
d. numeral e adjetivo.
e. numeral e advérbio.
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3. Tanto “meio” quanto “de-
pois” são advérbios (respec-
tivamente, de intensidade 
e tempo), ou seja, palavras 
invariáveis.
5. Os pontos de exclamação 
e interrogação poderiam ser 
substituídos por interjeição, 
mais especificamente por 
uma que expresse espanto, 
como “Oh!”, por exemplo. 
A palavra “não”, enquanto advérbio, de fato, não pode ser fl exionada. Porém, no caso de ela ser substantivada (sendo 
antecedida por um determinante, como um artigo), ela pode ir para o plural: “Os nãos são, muitas vezes, dolorosos”.
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Módulos 157 e 158
Módulos 160 e 161
Módulos 162 e 163
Módulo 159
Módulo 164
1. Os infográficos interativos são multimodais na medida em que se constituem
 apenas por linguagem não verbal.
 por diversos tipos de linguagem.
2. Qual destas palavras denotativas expressa ideia de inclusão?
a. Embora
b. Ademais
c. Eis
d. Também
e. Ou seja
3. Marque V para verdadeiro e F para falso.
 Os discursos, de maneira geral, são elaborados de forma aleatória, sem que seja estabelecida 
uma hierarquia entre as informações apresentadas.
 O termo “por outro lado” pode ser usado, em um discurso, para introduzir uma ideia para a 
qual se queira dar mais destaque.
 A depender do texto, os exemplos apresentados para explicar um assunto podem ter menos 
relevância em comparação a outras ideias expostas.
4. Relacione as colunas conforme as possibilidades significativas dos modalizadores discursivos.
AF – Afetivo
AS – Asseverativo
DEL – Delimitador
DEO – Deontológico
DUB – Dubitável
 Certamente
 Necessariamente
 Historicamente
 Francamente
 Possivelmente
5. A palavra “mas” é invariável, já que pertence à classe morfológica
a. dos advérbios.
b. das preposições.
c. das conjunções.
d. das interjeições.
e. dos verbos.
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Gênero textual que tem 
como finalidade apresentar 
informações, servindo-se de 
textos verbais relativamente 
curtos e/ou de dados numéricos, 
associados e a elementos 
gráfico-visuais.
Nenhum discurso é construído 
de forma aleatória; há sempre 
uma intenção: determinadas 
informações são priorizadas, 
outras têm menos relevância 
e há, ainda, algumas que são 
equiparadas em relação à 
importância que exercem no texto.
Palavras ou expressões que 
revelam a atitude de quem 
enuncia diante daquilo que está 
comunicando.
ORGANIZAÇÃO DO DISCURSO
Infográfico Hierarquia de proposições Modalizadores do discurso
Infográfico interativo: os usuários 
podem manipulá-lo da maneira 
como desejarem.
Termos como “por outro lado” 
contribuem para hierarquizar 
as informações.
Dentre os modalizadores 
discursivos, temos algumas 
palavras invariáveis (que não 
se flexionam), como o 
advérbio “felizmente”.
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CAPÍTULOCAPÍTULO
28 RELEVÂNCIA DAS INFORMAÇÕES
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Neste capítulo, os alunos apren-
derão a lidar com a imensa quanti-
dade de informações com as quais 
entram em contato diariamente. 
Por isso, seleção de informações 
e elaboração de esquemas serão 
os tópicos contemplados nestes 
módulos. Além disso, pela pers-
pectiva gramatical, serão apre-
sentados os verbos defectivos e 
abundantes, para que os alunos 
avancem na compreensão dessa 
classe gramatical.
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É importante saber lidar com a imensa quantidade de informações com as 
quais entramos em contato diariamente, já que vivemos em uma era na 
qual os conhecimentos são produzidos e circulam com extrema velocidade. 
Diante disso, cabe aos consumidores dessas informações saber distinguir 
o que serve e o que não serve, conforme propósitos estabelecidos.
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Módulos 165 e 166
SELEÇÃO DE INFORMAÇÕES E 
ELABORAÇÃO DE ESQUEMAS
Há muito tempo, bem antes de você nascer, 
a inteligência das pessoas era medida pela 
capacidade que elas tinham de memorizar 
conhecimentos adquiridos. Portanto, valo-
rizava-seo ato de decorar em detrimento 
das ações de refletir e compreender. Com o 
tempo e os avanços nos estudos acerca da 
inteligência humana, isso foi se inverten-
do. Passou-se, então, a entender que está 
em vantagem quem assimila de fato aqui-
lo que lhe é ensinado, em detrimento de 
quem meramente decora – e esquece pouco 
tempo depois. 
Pesquisas mais recentes têm demonstrado, no entanto, que a memorização 
não deve ser de todo desprezada. Isso porque o ato de guardar na memória 
vem sendo considerado, novamente, um movimento válido de aprendiza-
do, ainda que, evidentemente, não deva ser considerado fator determinante 
para medir a capacidade intelectual de uma pessoa. Resumindo: a medida 
está no meio-termo; afinal, a inteligência humana é algo extremamente 
complexo, apresentando múltiplas facetas. No texto que você lerá, explora-
-se esse resgate da importância da memória no aprendizado efetivo. 
A capacidade de decorar informações constitui-se em 
um grande medidor de inteligência.
Técnicas de memorização podem ser úteis 
na hora de estudar para o vestibular
Fazer pequenos resumos e testes é mais eficaz que reler textos, diz pesquisa
A era da “decoreba” nos vestibulares pode ter acabado – questões que exigem co-
nhecimento enciclopédico de uma gama de assuntos faz tempo têm cedido lugar a 
um modelo que privilegia o raciocínio e a reflexão. 
Mas anos de pesquisa da área da ciência cognitiva indicam que técnicas de me-
morização podem, sim, ajudar os alunos a absorver informações e retê-las por um 
tempo maior.
A estratégia mais estudada (e com melhores resultados) é chamada de “prática de 
recuperação”. 
Ela consiste simplesmente em sub meter os estudantes a baterias de testes sobre o 
conteúdo a que foram expostos, forçando-os a tentar puxar da memória (recuperar) 
respostas sobre o assunto.
Uma revisão de literatura de 118 artigos sobre o tema realizada em 2017 apontou 
que esse hábito é significativamente mais efetivo do que outros métodos de estu-
do, como a releitura de textos ou criação de mapas conceituais.
Esses testes podem ser em quase qualquer formato. O aluno pode responder ques-
tões abertas ou de múltipla escolha, usar uma folha em branco para escrever tudo o 
que se lembra da matéria, fazer cartões resumindo tópicos, explicar o conteúdo de 
cabeça para um colega ou até desenhar. 
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Quem é Alex Mullen?
O homem considerado a pes-
soa com a memória mais po-
tente do planeta é o americano 
Alex Mullen. Nascido em 1992, 
estudante de Medicina, Mullen 
afirma que, antigamente, sua 
memória era falha. Com o tem-
po, porém, a fim de aprimorar 
essa capacidade, o rapaz prati-
cou exercícios mentais propos-
tos no livro Moonwalking with 
Einstein (em português, A arte 
e a ciência de memorizar tudo), 
de Joshua Foer. Deu certo: hoje, 
o americano é capaz de deco-
rar as 52 cartas de um baralho 
em apenas 21,5 segundos. Tal 
avanço fez com que Mullen 
ganhasse o título de “melhor 
memória do mundo”.
PARA IR ALÉM
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O resumo é um excelente meio para se fazer seleção de informações. Trata-se de um gênero com o qual os alunos do 7o ano já estão 
habituados, visto que é comum fazermos sínteses no dia a dia, ainda que oralmente. Já esquemas visuais, por sua vez, são explorados 
com menos frequência pelos estudantes, sobretudo os mais jovens. Por isso, nestes módulos, destacam-se, de forma sistemática, 
dois métodos de estudo: o resumo e o mapa conceitual. Essa abordagem é compatível com as habilidades EF69LP32 e EF69LP34. 
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O importante é estimular a memória, segundo escrevem as professoras de 
psicologia cognitiva Yana Weinstein e Megan Sumeracki no livro Understanding 
how we learn (Taylor and Francis, sem edição no Brasil. Em português, “Enten-
dendo como aprendemos”).
Uma explicação para o porquê de esse método ser eficiente é que ele ajuda 
a “treinar” o cérebro. 
“Qua ndo você adquire o hábito de tentar se lembrar de uma informação, o 
acesso a ela é facilitado porque você reforça a conexão entre as regiões do 
cérebro envolvidas nessa lembrança, tornando-as mais capazes de resgatar 
memórias”, diz Christopher Madan, professor de Psicologia da Universidade de 
Nottingham, do Reino Unido.
“Para transformar uma informação em memória de longo prazo, é preciso 
reforçar o padrão de sinapses ligadas a ela. E esse fortalecimento acontece 
pelo uso”, explica Alfred Sholl-Franco, professor da UFRJ (Universidade Federal 
do Rio de Janeiro) e especialista em neuroeducação.
Sem saber da teoria, o estudante Gabriel Mattucci, 17, primeiro colocado no 
mais recente vestibular de medicina da USP (Universidade de São Paulo), per-
cebeu isso na prática. 
Ele conta que, quando começou o Ensino Médio, tentava se preparar para as 
provas anotando o que ouvia nas aulas e depois relendo seus cadernos. 
Após os primeiros exames, percebeu que o método não estava funcionando e 
mudou: passou a usar o tempo de estudo em casa para responder a questões 
de vestibulares passados e fazer exercícios práticos, modulando a quantidade 
de testes de acordo com suas afinidades acadêmicas.
“Eu sempre tive facilidade com Matemática, então só as questões da aula 
eram suficientes para eu entender o conteúdo. Mas sempre fui inseguro com 
História, então cheguei a fazer 50 exercícios por dia em alguns períodos”, diz.
A estratégia também ajudou Gabriel a perceber onde estavam as deficiências 
do seu aprendizado. 
Quando tinha dificuldades em alguma questão, consultava os livros e 
anotava a resposta certa em um post-it, que então colava em um painel no 
seu quarto.
Os avanços das últimas décadas na psicologia cognitiva e na neurociência 
põem em xeque a ideia comum de que aprendizado e memorização são de 
alguma forma opostos ou incompatíveis.
“A contraposição de decorar e aprender é de um discurso leigo. Na verdade, 
se você considera que aprender implica mudanças nas sinapses, tudo é formar 
memória”, diz o professor Edmilson Motta, coordenador do Grupo Etapa.
A questão, então, é como usar a formação de memória para registrar infor-
mações mais complexas do que uma simples fórmula, uma data ou outros da-
dos sem contexto, que têm pouca utilidade nos vestibulares atuais e que não 
levam a um aprendizado aprofundado.
[...]
Além dos testes regulares, também pode ajudar seguir outras técnicas de 
eficiência comprovada pela psicologia cognitiva, como distribuir os estudos 
ao longo do tempo, associar os conceitos estudados a exemplos concretos e 
visualizar informações em diferentes formatos.
FÁVERO, Bruno. Técnicas de memorização podem ser úteis na hora de estudar para 
o vestibular. Folha de S.Paulo. Disponível em: <https://coc.pear.sn/dYoIxRH>. 
Acesso em: maio 2020.
Acadêmico: relacionado à 
escolaridade.
Ceder: renunciar.
Cognitivo: relativo ao co-
nhecimento, à cognição.
Efetivo: capaz de produzir 
um efeito real.
Gama: série de ideias, teo-
rias etc.
Modular: moldar.
Sinapse: local de contato 
entre neurônios, onde ocor-
re a transmissão de impul-
sos nervosos de uma célula 
para outra.
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No subtítulo do texto, mencionam-se os resumos. Você, certamente, já sabe 
em que consiste isso: resumir nada mais é do que abreviar um texto, seja de 
maneira escrita ou oral. Quando, por exemplo, você conversa com uma pessoa 
e deseja, depois, relatar a outra o conteúdo dessa conversa, você obviamente 
não reproduz o diálogo na íntegra – o que, aliás, seria extremamente difícil. 
Ao contrário, o que se faz, nesse caso, é eleger os pontos mais relevantes da 
conversa e reproduzi-los por meio de palavras próprias. 
Mas não é apenas para abreviar o conteúdo de uma conversa para al-
guém que o resumo éutilizado. Enquanto método de estudo, como o pró-
prio texto sugere, ele também é eficaz. Por isso, ainda que sintetizar seja 
um movimento quase intuitivo, é importante ter consciência de como se 
realiza um bom resumo, a fim de aproveitar ao máximo as vantagens que 
esse gênero apresenta. Para isso, algumas etapas, discriminadas a seguir, 
devem ser consideradas.
• Compreender o texto lido ou ouvido
Dominar o conteúdo do texto a ser resumido é essencial para que a sínte-
se seja bem feita. Tal domínio pode exigir leitura e releitura do texto.
• Selecionar as informações mais relevantes para 
o objetivo que se traçou
Antes mesmo de realizar um resumo, é necessário definir o objetivo que 
se pretende alcançar. Isso porque resumir pressupõe saber selecionar as 
informações mais pertinentes para determinada finalidade. Um único tex-
to pode ser resumido de modos bastante diferentes conforme o olhar e a 
pretensão da pessoa que faz o resumo. Ressalta-se, ainda, que, para resu-
mir bem, é imprescindível descartar algumas informações – do contrário, 
não haverá um resumo, apenas a reformulação completa de um texto. 
• Ter cautela para não escrever uma interpretação 
em vez de um resumo
É possível, ao se fazer resumos, surgir a vontade de “dar uma pitada” 
nossa, ou seja, de acrescentar nossa própria percepção sobre o que foi lido 
ou ouvido. Porém, mesmo que a interpretação seja uma ação importante 
quando entramos em contato com um texto – já que ultrapassa a mera 
apreensão do conteúdo –, o gênero resumo presume objetividade: apenas 
as informações que estão contidas no texto original devem estar presentes 
no resumo. Vale lembrar que há outros tipos textuais em que a interpreta-
ção pessoal é aceitável, como a resenha crítica, por exemplo. 
Dessas três etapas, contudo, aquela que pode ser considerada a mais impor-
tante é a segunda, na medida em que, para selecionar devidamente as infor-
mações de um texto a ser resumido, necessariamente se deve compreendê-lo; 
além disso, é necessário evitar os acréscimos, fruto da interpretação pessoal. 
Resumo é a síntese, isto é, a abreviação de um conteúdo, de 
modo a destacar o que é mais relevante.
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Mapa conceitual é uma estrutura visual que permite apresentar detalhadamen-
te um conceito, por meio da interligação gráfica de ideias.
Ao longo do texto “Técnicas de memorização podem ser úteis na hora de 
estudar para o vestibular”, outro método de estudo é mencionado: o mapa 
conceitual. Ainda que ele seja apresentado, na reportagem, como menos 
eficaz do que a estratégia conhecida por “prática de recuperação”, sua re-
levância para o processo de aprendizagem é inegável. Por isso, enquanto 
estudante, é válido saber como esse gênero se define e constitui-se.
Para produzir um resumo, é essencial que as informações contidas nele sejam selecionadas adequadamente.
A seguir, há um exemplo simples de mapa conceitual, para que se possa 
compreender seus aspectos básicos.
as práticas de 
recuperação.
se preparar para 
o vestibular.
submeter os estudantes 
a baterias de testes sobre 
o conteúdo a que foram 
expostos, forçando-os a 
tentar puxar da memória 
respostas sobre o assunto.
Exemplo 
disso são
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São úteis para
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Técnicas de 
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Este é o momento oportuno para apli-
car os exercícios 1 e 2 da seção “Para 
conferir”, referentes aos módulos 165 
e 166.
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VERBOS DEFECTIVOS E ABUNDANTES
Conforme vimos em módulos anteriores, a evolução pode ser entendida, 
entre outros conceitos, como um processo de transformação. Para exem-
plificar esse conceito, pense na maneira como temos consumido produtos 
e serviços e como isso tem mudado ao longo dos anos. Se voltarmos no 
tempo, na década de 1980, por exemplo, veremos claramente que as ma-
neiras de consumir de antes diferem bastante das formas de hoje. Tempos 
atrás, quando a internet estava longe de ser popular como agora, o ato de 
comprar podia ser algumas vezes dificultoso, porque as pessoas tinham de 
se deslocar até a loja física de seu interesse para adquirir um produto – em 
alguns casos, esse deslocamento significava dirigir-se a outra cidade. 
Atualmente, essa dinâmica mudou bastante. Hoje, é muito fácil adquirir 
um produto, já que isso pode ser feito a distância, por meio da internet; 
pode-se até mesmo ver comentários feitos por outros consumidores, ava-
liando a compra que nos interessa e, dessa forma, não adquirir produtos 
mal avaliados. Pela leitura do texto apresentado a seguir, você poderá 
compreender melhor uma forma de analisar esse processo. 
Módulos 167 e 168
Como a tecnologia muda o comportamento do consumidor
Jonathan Levav, professor de Stanford especialista em tomada de decisão, defende 
que os dispositivos móveis transformaram os processos psicológicos
Jonathan Levav dedicou sua vida acadêmica a estudar o processo de tomada de de-
cisões. Professor da Universidade de Stanford, ele se concentra sobretudo no com-
portamento dos consumidores. O ex-presidente Barack Obama toma como base um 
dos estudos de Levav para justificar o fato de não ter variado muito as suas roupas 
durante o mandato. A lógica é simples: como a energia de tomada de decisão é 
limitada, você só deve gastá-la com o que for importante. Essa é uma das diversas 
teorias envolvendo as escolhas.
[…] Levav compartilhou seus conhecimentos, em particular sobre tecnologia, no 
Festival de Cultura Empreendedora […]. “Somos muito bons em fazer novas tecno-
logias, mas não tão bons em saber o que elas significam para as pessoas”, defende 
o acadêmico.
Os celulares, que dominaram a nossa vida, não são apenas dispositivos, ele explica. 
Esses aparelhos têm poder de influência, pois mudam a maneira como nos comu-
nicamos. E não se trata apenas de uma questão de canal, mas da mensagem em si. 
Portanto, muda a conversa.
O professor frisou o papel da experiência de usuário em mexer inconsciente-
mente com os nossos sentimentos. “Uma coisa que acontece com esses dispo-
sitivos é que você os toca com seus dedos, e isso também muda a forma como 
processamos psicologicamente as informações. Tocar os dispositivos deslizando o 
dedo na tela é prazeroso.”
Essa experiência do usuário tem uma função importante nas compras do consumi-
dor. Levav e sua equipe descobriram que usuários que utilizam o touchpad (em que 
você tem de deslizar o dedo, uma sensação prazerosa) no notebook, em vez de um 
mouse tradicional, tendem a gastar mais com compras on-line.
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Estes dois módulos são os que mais 
diretamente se dedicam ao estudo 
gramatical. Isso porque serão aborda-
dos dois tipos de verbo: o defectivo e 
o abundante. Conhecer os verbos que 
não se conjugam em todos os modos, 
tempos ou pessoas, além daqueles 
que apresentam mais de uma forma 
aceitável para o particípio (e não só), 
é um caminho necessário para que os 
alunos aprimorem seu domínio sobre 
a escrita, o que favorecerá a produção 
de textos, como o resumo, que foi de-
talhado há pouco. Antes disso, porém, 
eles deverão ler um texto que dialoga 
com o tema do grupo 11.
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Outro exemplo: imagine duas escalas de zero a dez. Você tem de dar uma nota 
a um hotel, por exemplo. Em uma das escalas, você pode clicar diretamente em 
um número. Na outra, tem de arrastar o cursor do zero até o número desejado. 
Acredite ou não, o resultado poderia ser diferente em cada um dos casos, porque 
a experiência é diferente.
Esses dispositivos eletrônicos, ele afirma, também permitem que as pessoas seexpressem de uma forma diferente. Em um formulário, dizer “sim” pode significar 
clicar em um botão. E esses detalhes fazem diferença. Ele diz que qualquer pessoa 
que usa ou trabalha com tecnologia deve ter isso em mente. “A tecnologia muda 
o processo psicológico e, quando você muda o processo psicológico, muda o com-
portamento do consumidor.”
Outro fator que faz diferença na tomada de decisão é a presença física (ou não) 
das pessoas em um mesmo ambiente. Um estudo de Levav descobriu que nós te-
mos mais ideias quando trabalhamos presencialmente com outras pessoas. Por 
outro lado, tomamos decisões mais assertivas e sinceras se não temos de encarar 
os outros de frente – em uma videoconferência, por exemplo.
Apesar de tudo isso, Levav desacredita que essas mudanças tecnológicas signifi-
quem que as pessoas tenham começado a fazer decisões ruins. “Afinal, você teria 
de […] partir do princípio [de] que estavam tomando boas decisões antes.”
CALDAS, Edson. Como a tecnologia muda o comportamento do consumidor. Revista Época Negócios. 
20 out. 2017. Disponível em: <https://coc.pear.sn/2VaXk8o>. Acesso em: maio 2020.
Além da compreensão de como o comportamento dos consumidores evo-
luiu com o passar dos anos, sobretudo pelo aprimoramento das tecnolo-
gias, o texto apresentado serve como ponto de partida para o entendimen-
to de outro assunto que se propõe aqui, dessa vez relacionado à gramática: 
verbos defectivos e abundantes.
Verbo defectivo
Quando aprendemos o básico sobre classe verbal, entendemos que os ver-
bos podem ser conjugados em modos, tempo e pessoas diferentes. Concluí-
mos, então, que, para cada associação possível de modo, tempo e pessoa, 
há sempre uma forma verbal correspondente. Contudo, há uma inverdade 
nisso, o que se torna compreensível quando levamos em conta os chama-
dos verbos defectivos.
Canal: na comunicação, é 
o meio físico em que uma 
mensagem se propaga.
Frisar: salientar; ressaltar.
Mandato: período de exer-
cício de um cargo eleitoral, 
como o de presidente da 
República.
VOCABULÁRIO
Verbo defectivo é aquele que não é conjugado em 
todos os modos, tempos ou pessoas.
O exemplo mais comum de verbo defectivo, por ser uma palavra bastante 
usual, é o verbo falir, como no enunciado criado a seguir com base no texto.
A forma “falirei” é uma das aceitas pela gramática normativa; porém não 
existem muitas formas para esse verbo. Para que isso fique mais claro, ob-
serve a tabela.
Preciso diminuir as compras que faço pela internet, senão falirei.
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Radical é o morfema básico de 
uma palavra, isto é, a parte do 
vocábulo que carrega seu sig-
nificado essencial. 
INDICATIVO SUBJUNTIVO IMPERATIVO
Presente Pretérito imperfeito Presente Afirmativo
– falia – –
– falias – –
– falia – –
falimos falíamos – –
falis falieis – fali
– faliam – –
Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Pretérito imperfeito Negativo
fali falira falisse –
faliste faliras falisses –
faliu falira falisse –
falimos falíramos falíssemos –
falistes falíreis falísseis –
faliram faliram falissem –
Futuro do presente Futuro do pretérito Futuro Gerúndio
falirei faliria falir
falindo
falirás falirias falires
falirá faliria falir
Particípio
faliremos faliríamos falirmos
falireis faliríeis falirdes
falido
falirão faliriam falirem
Observe que, no presente do indicativo e no imperativo afirmativo, a conju-
gação do verbo “falir” ocorre apenas em algumas pessoas (1a e 2a do plural 
no presente do indicativo e 2a do plural no imperativo afirmativo). Já no pre-
sente do subjuntivo e no imperativo negativo, esse verbo não é conjugado. 
Evidentemente, não é necessário memorizar essa tabela para saber quais 
formas do verbo “falir” são aceitáveis pela gramática normativa. Para isso, 
basta lembrar que esse verbo somente apresenta formas arrizotônicas, 
isto é, aquelas em que a tônica recai fora do radical da palavra.
Veja o esquema a seguir para compreender melhor esse conceito.
Radical do verbo
Forma verbal aceitável
Tônica da palavra
FALIMOS
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O verbo “falir”, entretanto, não é o único exemplo de verbo defectivo. 
A lista ao lado mostra alguns outros casos. 
MAIS ALGUNS VERBOS 
DEFECTIVOS
Doer
Reaver
Feder
Colorir
Explodir
Esculpir
Demolir
Eu hei
Tu hás
Ele há
Nós havemos (ou hemos)
Vós haveis (ou heis)
Eles hão
Saiba mais sobre 
verbos defectivos
Para aprofundar-se no tó-
pico dos verbos defectivos, 
leia o texto disponível na 
página da Academia Brasi-
leira de Letras: <coc.pear.
sn/vG8PsQE>. Acesso em: 
maio 2020. 
EXPLORE MAIS
O que orienta o uso do particípio regular ou do particípio irregular é o 
verbo auxiliar que o acompanha. Quando o verbo auxiliar é TER/HAVER, 
emprega-se a forma regular do particípio; quando é SER/ESTAR, empre-
ga-se a forma irregular. Observe.
Verbo abundante é aquele que apresenta mais de uma forma acei-
tável para parâmetros de conjugação equivalentes.
INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
Aceitar Aceitado Aceito
Entregar Entregado Entregue
Ganhar Ganhado Ganho
Limpar Limpado Limpo
Matar Matado Morto
Pagar Pagado Pago
TER/HAVER → particípio regular
SER/ESTAR → particípio irregular
TER PAGADO
SER PAGO
HAVER ENTREGADO
ESTAR ENTREGUE
Verbo abundante
Se o verbo defectivo é aquele que não 
apresenta todas as formas na conjuga-
ção, o verbo abundante, por outro lado, 
tem mais de uma forma aceitável para 
certos valores de conjugação. Isso se dá 
especialmente em se tratando de par-
ticípio, porém não apenas nesse caso. 
A conjugação do verbo haver, feita ao 
lado, comprova isso.
O fato de o verbo “haver” apresentar duas formas para a 1a e para a 2a pessoa 
do plural é responsável por sua classificação como verbo abundante.
Os exemplos que envolvem particípio são mais frequentes. Isso porque 
muitos verbos apresentam partcípios regular e irregular – são abundantes, 
portanto. Veja a tabela.
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Este é o momento oportuno para 
aplicar os exercícios de 3 a 5 da seção 
“Para conferir”, referentes aos módu-
los 167 e 168.
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CAPÍTULO 2 8
Exercícios de aplicação
RELEVÂNCIA DAS INFORMAÇÕES
Módulos 165 e 166 | Seleção de informações e elaboração de esquemas
1. O que pesquisas recentes descobriram sobre a memorização no processo de aprendizado?
2. Logo no início do texto, deparamo-nos com o termo “decoreba”. Ele costuma ser empregado de 
modo elogioso ou pejorativo para referir-se ao ato de memorizar? 
3. Qual estratégia de memorização é considerada a mais eficaz? Explique em que ela consiste.
4. Releia esta passagem do texto.
Esses testes podem ser em quase qualquer formato. O aluno pode responder 
questões abertas ou de múltipla escolha, usar uma folha em branco para escre-
ver tudo o que se lembra da matéria, fazer cartões resumindo tópicos, explicar 
o conteúdo de cabeça para um colega ou até desenhar.
Qual formato você escolheria para seguir esse método de estudo? Explique.
5. De acordo com especialistas, por que exercitar a memória favorece o aprendizado?
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Pesquisas recentes descobriram que a memorização tem papel importante no processo de aprendizado. De acordo com o 
texto: “anos de pesquisa da área da ciência cognitiva indicam que técnicas de memorização podem, sim, ajudar os alunos 
a absorver informações e retê-las por um tempo maior”.
A estratégia considerada a mais efi caz são as práticas de recuperação, que consistem em “submeter os estudantes a 
baterias de testes sobre o conteúdo a que foram expostos,forçando-os a tentar puxar da memória (recuperar) respostas 
sobre o assunto”.
Quando se tem “o hábito de tentar se lembrar de uma informação, o acesso a ela é facilitado porque você reforça a conexão 
entre as regiões do cérebro envolvidas nessa lembrança, tornando-as mais capazes de resgatar memórias”.
A palavra “decoreba” costuma ser empregada de modo pejorativo.
Resposta pessoal. 
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Exercícios propostos
Romanos usavam redes sociais há dois mil anos, diz livro
Ao tuitar ou comentar embaixo do post de um de seus vários amigos no Facebook, você prova-
velmente se sente privilegiado por viver em um tempo na história em que é possível alcançar 
de forma imediata uma vasta rede de contatos por meio de um simples clique no botão “en-
viar”. Você talvez também reflita sobre como as gerações passadas puderam viver sem mídias 
sociais, desprovidas da capacidade de verem e serem vistas, de receber, gerar e interagir com 
uma imensa carga de informações. Mas o que você talvez não saiba é que os seres humanos 
usam ferramentas de interação social há mais de dois mil anos. É o que afirma Tom Standage, 
autor do livro Writing on the wall – Social media, the first 2 000 years (Escrevendo no mural – 
mídias sociais, os primeiros 2 mil anos, em tradução livre).
Segundo Standage, Marco Túlio Cícero, filósofo e político romano, teria sido, junto com ou-
tros membros da elite romana, precursor do uso de redes sociais. O autor relata como Cíce-
ro usava um escravo, que posteriormente tornou-se seu escriba, para redigir mensagens em 
rolos de papiro, que eram enviados a uma espécie de rede de contatos. Essas pessoas, por 
sua vez, copiavam seu texto, acrescentavam seus próprios comentários e repassavam adiante. 
“Hoje temos computadores e banda larga, mas os romanos tinham escravos e escribas que 
transmitiam suas mensagens”, disse Standage à BBC Brasil. “Membros da elite romana es-
creviam entre si constantemente, comentando sobre as últimas movimentações políticas e 
expressando opiniões.”
Além do papiro, outra plataforma comumente utilizada pelos romanos era uma tábua de 
cera do tamanho e da forma de um tablet moderno, em que escreviam recados, perguntas ou 
transmitiam os principais pontos da acta diurna, um “jornal” exposto diariamente no Fórum de 
Roma. Essa tábua, o “iPad da Roma Antiga”, era levada por um mensageiro até o destinatário, 
que respondia embaixo da mensagem.
NIDECKER, F. Disponível em: <https://www.bbc.co.uk>. Acesso em: nov. 2013. Adaptado.
Para elaborar bons resumos, é necessário compreender bem um texto. Portanto, leia o texto a seguir 
e responda à questão.
6. Enem
Na reportagem, há uma comparação entre tecnologias de comunicação antigas e atuais. Quanto ao 
gênero mensagem, identifica-se como característica que perdura ao longo dos tempos o(a)
a. imediatismo das respostas.
b. compartilhamento de informações.
c. interferência direta de outros no texto original.
d. recorrência de seu uso entre membros da elite.
e. perfil social dos envolvidos na troca comunicativa.
7. Sobre a dinâmica de aprendizado do estudante Gabriel Mattucci, marque V para as afirmações ver-
dadeiras e F para as falsas.
 Anotar o que ouvia nas aulas e depois reler os cadernos funcionava como um ótimo preparo 
para as provas.
 Depois dos primeiros exames, Gabriel passou a usar o tempo de estudo em casa para respon-
der a questões de vestibulares passados e fazer exercícios práticos, modulando a quantidade 
de testes de acordo com suas afinidades acadêmicas.
 Gabriel chegou a fazer 50 exercícios por dia para estudar História, matéria em que sentia 
muita dificuldade.
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Verifi car se os alunos têm 
alguma dúvida em rela-
ção ao vocabulário.
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9. Elabore um resumo do texto “Técnicas de memorização podem ser úteis na hora de estudar para o 
vestibular”. Para isso, lembre-se das características apresentadas na teoria sobre esse gênero.
10. Enem
Técnicas de 
memorização
as práticas de 
recuperação.
se preparar para 
o vestibular.
submeter os estudantes 
a baterias de testes sobre 
o conteúdo a que foram 
expostos, forçando-os a 
tentar puxar da memória 
respostas sobre o assunto.
Exemplo 
disso são
Defi nem-se por
São úteis para
8. Reveja o mapa conceitual apresentado como exemplo neste grupo de módulos. Explique a função 
dos trechos que estão circulados em vermelho.
CAPÍTULO 2 8
CIPRIANI, F. Disponível em: 
<https://www.snmsolutions.com.br>. 
Acesso em: maio 2013. Adaptado.
CIPRIANI, F. Disponível em: 
<https://www.snmsolutions.com.br
Acesso em: maio 2013. Adaptado.
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NOVO CONSUMIDOR SOCIAL O consumidor do século XXI, chamado de novo consu-
midor social, tende a se comportar de modo diferente 
do consumidor tradicional. Pela associação das carac-
terísticas apresentadas no diagrama, infere-se que 
esse novo consumidor sofre influência da
a. cultura do comércio eletrônico.
b. busca constante pelo menor preço.
c. divulgação de informações pelas empresas.
d. necessidade recorrente de consumo.
e. postura comum aos consumidores tradicionais.
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Os trechos circulados em vermelho servem para mostrar a relação de signifi cado que há entre as partes que constituem 
o mapa conceitual.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos realizem o resumo orientados pelas três etapas descritas na teoria para a 
elaboração de uma síntese.
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Exercícios de aplicação
Módulos 167 e 168 | Verbos defectivos e abundantes
1. Que relação se estabelece, no texto “Como a tecnologia muda o comportamento do consumidor”, 
entre o pesquisador de que se fala e o ex-presidente norte-americano Barack Obama?
2. Relacione os itens a seguir, considerando a definição correta de cada tipo de verbo.
Def – Verbo defectivo
AB – Verbo abundante
 Aquele que não é conjugado em todos os modos, tempos ou pessoas.
 Aquele que tem mais de uma forma aceitável para parâmetros de conjugação equivalentes.
3. Ao conjugar o verbo “extorquir”, deve-se evitar a forma
a. extorquo.
b. extorques.
c. extorque.
d. extorquimos.
e. extorquem.
4. A forma que você assinalou no exercício anterior é rizotônica ou arrizotônica? Justifique sua resposta.
5. Analise o trecho a seguir, retirado do texto “Como a tecnologia muda o comportamento do consumidor”.
Apesar de tudo isso, Levav desacredita que essas mudanças tecnológicas 
signifiquem que as pessoas tenham começado a fazer decisões ruins.
Reescreva esse trecho, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, substituindo a for-
ma do verbo “começar” por uma forma adequada do verbo “aceitar”. Faça todas as adaptações 
necesssárias.
6. Justifique o emprego da forma verbal que você usou para reescrever o trecho no exercício anterior.
7. Segundo o texto “Como a tecnologia muda o comportamento do consumidor”, como a experiência 
de touchpad altera a relação dos usuários com a tecnologia?
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O ex-presidente norte-americano Barack Obama tomava como base um dos estudos do pesquisador Jonathan Levav para 
justifi car o fato de que não variou muito suas roupas duranteseu mandato.
Def
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A forma “extorquo” é rizotônica, já que a tônica recai no radical da forma verbal.
Apesar de tudo isso, Levav desacredita que essas mudanças tecnológicas signifi quem que as pessoas tenham aceitado 
fazer decisões ruins.
Como o verbo “aceitar”, que é abundante, foi usado em uma locução verbal com o verbo auxiliar “ter”, na forma “tenham”, 
foi empregado o particípio regular do verbo, ou seja, “aceitado”.
Segundo o texto, o fato de os usuários tocarem, literalmente, os aparelhos com que interagem, altera psicologicamente 
a relação que se estabelece com a tecnologia, justamente porque se tocam os aparelhos, numa experiência que parece 
mais prazerosa.
3. Se o verbo “extorquir” não 
pode ser conjugado na 1a
pessoa (mais precisamente 
do presente do indicativo), 
conclui-se que se deve evitar 
a forma “extorquo”. 
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Paralimpíada: tiro esportivo tem protagonismo das mulheres
A história do tiro esportivo nos Jogos Paralímpicos co-
meçou em 1976, em Toronto, no Canadá. A primeira edi-
ção foi disputada apenas por homens. Já as mulheres 
entraram na briga por medalhas na modalidade em 
1980. No Brasil, no entanto, o tiro esportivo paralímpi-
co deu seus primeiros passos apenas em 1997, no Cen-
tro de Reabilitação da Polícia Militar do Rio de Janeiro. 
O país fez sua primeira aparição nos Jogos Paralímpicos 
de Pequim, em 2008, com o atleta Carlos Garletti.
Na Paralimpíada de Londres (2012), os homens leva-
ram ampla vantagem: das 18 medalhas que estavam 
em jogo, 17 foram conquistadas por eles. Nessa ocasião, 
a única mulher que conseguiu um lugar no pódio foi a 
chinesa Cuiping Zhang.
Mas nessa quarta-feira (14) o protagonismo foi das 
mulheres. Na primeira prova, de 50 m deitado SH1 fi-
nal, a medalha de ouro foi conquistada novamente pela 
chinesa Cuiping Zhang, que obteve 206,8 pontos. Ela já 
havia ganho uma medalha de ouro na prova carabina 
3 posições e medalha de prata por carabina de ar 10 m 
em pé, na Rio 2016. [...]
OLIVEIRA, Cristiane de. Paralimpíada: tiro esportivo tem 
protagonismo das mulheres. EBC. 15 set. 2016.Disponível em: 
<https://coc.pear.sn/LfVZmk2>. Acesso em: maio 2020.
Assinale a(s) alternativa(s) em que a forma verbal apresentada está correta.
 “A história do tiro esportivo nos Jogos Paralímpicos começou em 1976, em Toronto, no Canadá.”
 “Já as mulheres entraram na briga por medalhas na modalidade em 1980.”
 “O país fez sua primeira aparição nos Jogos Paralímpicos de Pequim, em 2008, com o atleta 
Carlos Garletti.”
 “Mas nessa quarta-feira (14) o protagonismo foi das mulheres.” 
 “Ela já havia ganho uma medalha de ouro na prova carabina 3 posições e medalha de prata 
por carabina de ar 10 m em pé, na Rio 2016.”
8. Sobre o texto “Como a tecnologia muda o comportamento do consumidor”, assinale V para verda-
deiro e F para falso.
 A energia a ser gasta com tomadas de decisão é considerada infinita.
 Na forma como influenciam a vida dos usuários, os celulares não devem ser tidos como sim-
ples dispositivos.
 A forma como os usuários de dispositivos eletrônicos interagem com a tecnologia disponível 
não altera padrões de consumo.
 Pessoas trabalhando no mesmo ambiente tendem a ter mais ideias, embora as decisões mais 
assertivas sejam tomadas em videoconferências, por exemplo. 
9. Usando trechos do texto, justifique o que há de errado naquilo que você marcou como falso no 
exercício anterior. 
10. Você aprendeu que os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as formas. 
Desse modo, há contextos em que precisamos encontrar sinônimos que substituam esses verbos. Se 
uma pessoa quisesse usar o verbo “adequar” na 1a pessoa do presente do indicativo, por exemplo, 
ela poderia empregar a forma verbal
 “desajusto”. “adapto”. “desligo”.
11. Leia o texto para responder à questão.
Exercícios propostos
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11. O correto seria “havia 
ganhado”, já que o verbo 
auxiliar “haver” exige que o 
particípio de “ganhar” seja 
regular.
“A lógica é simples: como a energia de tomada de decisão é limitada, você só deve gastá-la com o que for importante.”; 
“Essa experiência do usuário tem uma função importante nas compras do consumidor.”
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Módulos 165 e 166
Módulos 167 e 168
1. Para realizar um bom resumo, deve-se evitar a
 síntese.
 interpretação.
2. Sobre o mapa conceitual, pode-se depreender que o aspecto gráfico tem
 tanta importância quanto o aspecto verbal.
 mais importância do que o aspecto verbal.
 menos importância do que o aspecto verbal.
3. Marque D se o verbo for defectivo e A se for abundante.
 Adequar
 Aceitar
 Pagar
 Doer
 Explodir
 Limpar
4. Existem muitos verbos que são abundantes, principalmente por apresentarem particípio regular 
e particípio irregular. Entretanto, nem todos os verbos têm duas formas para o particípio, embora 
os erros sejam frequentes nesse sentido. Levando isso em conta, assinale a alternativa que esteja 
incorreta pelo fato de o verbo apresentar apenas o particípio regular.
a. Pego (particípio irregular) – pegado (particípio regular)
b. Chego (particípio irregular) – chegado (particípio regular)
c. Aceito (particípio irregular) – aceitado (particípio regular)
d. Pago (particípio irregular) – pagado (particípio regular)
e. Ganho (particípio irregular) – ganhado (particípio regular)
5. O verbo “haver” é abundante. Com base nessa informação, complete os espaços a seguir.
Eu hei.
Tu hás.
Ele há.
Nós hemos ou .
Vóis heis ou .
Eles hão.
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4. Não existe a forma “che-
go” como particípio irregu-
lar; o verbo “chegar” tem 
como particípio apenas a 
forma “chegado”. 
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havemos
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• Compreender o texto lido 
ou ouvido.
• Selecionar as informações mais 
relevantes para o objetivo que 
se traçou.
• Atentar-se para não escrever 
uma interpretação em vez de 
um resumo.
Resumo
Emprego de verbos defectivos 
(falta alguma forma na 
conjugação) e/ou abundantes 
(apresenta) mais de uma 
forma para determinados 
valores iguais).
Estrutura visual que permite 
apresentar um conceito 
detalhadamente, por meio da 
interligação gráfica de ideias.
Mapa conceitual
Informações mais 
relevantes em um texto
Organização visual 
das informações
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Exercícios propostos
Nome:
Número: Ano: Módulo(s):
 pág. Redação 242
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1. Quanto ao primeiro critério, é importante que os alunos escolham um tema de sua preferência para compor um infográfi co com 
as orientações de organização visual disponíveis no material.
2. Para o segundo critério, deve-se avaliar se os alunos souberam apresentar informações visualmente.
3. O terceiro critério tem relação com o atendimento ao percurso explicativo de um infográfi co.
4. Neste critério, é importante avaliar se os alunos, ao elaborarem seus infográfi cos, atentaram-se ao emprego de elementos básicos, 
como desenhos e textos curtos e claros.
5. O quinto critério corresponde à coerência. É preciso avaliar a organização e a clareza das informações apresentadas, sem que uma 
se confunda com outra ou alguma não possa ser imediatamente compreendida pelos leitores.
6. Este critério avalia se os alunos conseguem desenvolver seu texto sem a repetição desnecessária de palavras. É importante que 
eles sejam incentivados a ampliar seuvocabulário para desenvolver a coesão textual.
7. O sétimo critério observa o quanto os alunos se servem de recursos gráfi cos para compor o todo de seus infográfi cos.
8. Deve-se verifi car o domínio, por parte dos alunos, das regras ortográfi cas. Até este momento, os alunos já analisaram todos os 
casos de regularidades e irregularidades ortográfi cas – que ainda serão retomadas e reforçadas ao longo dos próximos anos fi nais 
do Ensino Fundamental. Isso permite, portanto, uma análise mais criteriosa do que a se vinha fazendo até o 6o ano.
9. É importante que os alunos já desenvolvam o emprego correto de sinais de pontuação, em especial os sinais trabalhados neste 
grupo; no entanto o estudo mais cuidadoso desse tópico será realizado nos próximos anos.
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Módulos 157 e 158 | Análise e produção de infográfico
CRITÉRIOS GERAIS NOTA CRITÉRIOS DE ANÁLISE DO TEXTO ESCRITO/EVIDÊNCIA Sim Parcialmente Não
Tema 1. Atende ao tema proposto?
Gênero
2. Corresponde ao gênero infográfico?
3. Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão?
4. Usa elementos do infográfico interativo?
Coesão e 
coerência
5. Apresenta as ideias de modo claro?
6. Repete palavras sem necessidade?
7. Explora conectores gráficos?
Língua
8. Respeita as normas ortográficas?
9. Apresenta pontuação adequada?
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GRUPO
“O homem domina a natureza não pela força, mas pelo 
entendimento. É por isto que a ciência teve sucesso onde 
a magia falhou: porque ela não procurou encanto para 
lançar sobre a natureza. O alquimista e o feiticeiro da Idade 
Média pensavam, e pensa até hoje o fã de histórias em 
quadrinhos, que a natureza poderia ser dominada e suas 
leis ultrajadas por uma invenção. No entanto, aprendemos, 
em quatrocentos anos desde a Revolução Científica, que 
só alcançamos nossos objetivos pelas leis da natureza, 
controlando-a apenas por meio do entendimento de 
suas leis. Não podemos sequer intimidar a natureza por 
qualquer insistência em Invenções que detenham sobre 
ela. Devemos nos contentar com o poder como subproduto 
de sua compreensão.”
Jacob Bronowski 
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DIVERSIDADE
Pinturas rupestres encontradas na Região Nordeste do Brasil. 
Essas representações simbólicas foram deixadas pelas primeiras 
populações que lá viveram entre 10 000 e 1 000 anos atrás. 
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MAPA INTERDISCIPLINAR
Este mapa mostra a ligação entre os conteúdos 
das disciplinas, sendo ponto de partida para 
um trabalho interdisciplinar.
GRUPO
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Diversidade
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PORTUGUESA 
Apresentação oral, 
semântica, crônicas 
esportivas, entrevista, 
ortografia e pronomesMATEMÁTICA
Probabilidade, Estatística 
e gráficos 
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
Atividade física, controle 
da obesidade e conceitos 
básicos de musculação 
ARTE
Artes circenses 
CIÊNCIAS 
SOCIAIS
Globalização – 
Contradições
GEOGRAFIA
Geopolítica do Brasil 
e indicadores sociais 
brasileiros 
HISTÓRIA
Reações contra 
a metrópole
CIÊNCIAS 
DA NATUREZA
Ser humano, natureza, 
sociedade e avanços 
tecnológicos
CS EF
LPCS GE HI
MACS HI
CS EF CNAR
MACSCN
CSAR CN GE
MAHICN GE
CSEF HICN
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LÍNGUA
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CAPÍTULO 29
Organizar, escrever e apresentar
CAPÍTULO 30
Perguntar para saber
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CAPÍTULOCAPÍTULO
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OBJETIVOS DO GRUPO
• Organizar dados 
e informações 
pesquisados em 
painéis ou slides 
de apresentação, 
levando em conta as 
características do gênero 
apresentação oral.
• Usar adequadamente 
ferramentas de apoio a 
apresentações orais.
• Analisar e empregar com 
eficiência a sinonímia, 
a antonímia e a 
antonomásia.
• Ler e compreender 
crônicas esportivas.
• Criar crônicas 
observando os 
elementos estruturais 
próprios do gênero 
pretendido.
• Fazer uso consciente 
e reflexivo das regras 
da norma-padrão em 
situações de fala e 
escrita nas quais ela 
deve ser usada.
• Escrever palavras com 
correção ortográfica, 
obedecendo às 
convenções da língua 
escrita.
• Utilizar, ao produzir um 
texto, conhecimentos 
linguísticos e 
gramaticais: modos 
e tempos verbais, 
concordâncias verbal e 
nominal, pontuação etc.
APRESENTAÇÃO ORAL
Nos campos escolar e científico, fre-quentemente, é necessário apresen-tar os resultados de um estudo ou 
de uma pesquisa de modo oral, por meio de 
seminários, palestras, mesas-redondas etc. 
A apresentação oral é um gênero textual 
público, geralmente realizado de modo for-
mal, em que um expositor dirige-se a um 
público específico para transmitir informa-
ções de uma área de estudo analisada. 
Módulos 169 e 170
ORGANIZAR, ESCREVER 
E APRESENTAR
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Neste capítulo, serão vistos al-
guns aspectos da apresentação 
oral, que se refere ao desenvolvi-
mento do campo das práticas de 
estudo e pesquisa da BNCC. É im-
portante que o aluno esteja fami-
liarizado com esse gênero, que faz 
parte de praticamente toda a sua 
vida acadêmica. Além disso, na 
parte da semântica, serão abor-
dadas a sinonímia, a antonímia 
e a antonomásia. No estudo de 
leitura e produção textuais, será 
desenvolvida a crônica esportiva, 
que é tanto do campo jornalístico 
quanto do literário.
Nestes dois módulos, serão apre-
sentadas as características funda-
mentais do gênero apresentação 
oral. Além disso, como esse tópico 
é bastante abrangente e aborda-
do em quase todos os anos do En-
sino Fundamental – Anos Finais, 
optou-se, nesta ocasião, por dar 
ênfase aos recursos cinésicos e 
gráfi cos que compõem uma apre-
sentação oral.
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Nesse tipo de exposição, pressupõe-se que haja assimetria
de conhecimento entre o orador e o público, uma vez que 
o primeiro é um especialista no assunto a ser apresentado, 
enquanto o segundo é constituído por pessoas que buscam 
aprender algo sobre ele. Assim, para fazer uma boa apre-
sentação oral, além de dominar o assunto, o expositor deve 
preparar o conteúdo previamente. 
Após a pesquisa de informações sobre o assunto da apre-
sentação, o orador necessita selecioná-las e organizá-las de 
modo hierárquico e didático, podendo, por exemplo, fazer uso 
de infográficos ou de mapas conceituais – recursos estudados 
no grupo anterior. No momento da exposição oral, parte desse 
conteúdo pode ser mostrada em uma apresentação de slides.
Com o roteiro da apresentação definido, é importante ter alguns cuida-
dos com a configuração gráfica e visual dos slides. Veja-os a seguir.
Recursos gráficos, como slides e cartazes, ajudam a deixar a 
apresentação oral mais interessante.
• Não colocar textos muito longos em cada slide, pois o excesso de informação 
dificulta a visualização do público. Além disso, os slides servem mais como guia, 
portanto o conteúdo em si deve ser transmitido oralmente.
• Caso haja imagens, elas devem ter relação com o conteúdo da apresentação, não 
sendo meramente ilustrações para preencher espaço.
• Preferir o uso de cores neutras tanto para o fundo dos slidesquanto para as fontes 
dos textos. Algumas cores podem atrapalhar a leitura, dificultando enxergar as 
palavras ou cansando os olhos com o passar do tempo.
Além de ferramentas audiovisuais de apoio, uma apresentação oral trabalha 
com outros elementos, como os paralinguísticos (tom de voz, ritmo, pausa etc.) 
e os cinésicos (gestos, postura corporal, expressão facial etc.). No texto a seguir, 
você poderá saber mais sobre a importância dos elementos cinésicos.
7 dicas de linguagem corporal para apresentações
Uma boa apresentação não é feita apenas de slides des-
lumbrantes e palavras certas. Expressões faciais, pos-
turas e até os gestos que cada orador escolhe também 
contam (e muito) para a maneira como o público, do lado 
de lá do palco, irá processar cada informação.
Pensando nisso, os sócios da SOAP, consultoria especia-
lizada no assunto, compartilharam […] algumas regras 
básicas para usar a linguagem corporal do jeito certo du-
rante as apresentações. Confira.
1. Faça contato visual
Em uma apresentação, a plateia é a protagonista – não 
você, seus slides ou a lousa. Por isso, seu foco deve estar 
em quem está do lado de lá do palco ou da mesa.
Na prática, isso significa que seus olhos devem estar 
fitos neles – e não na sua apresentação de slides ou 
outro recurso.
“V ocê não pode interromper por muito tempo a cone-
xão com a audiência”, afirma Rogério Chequer, sócio da 
SOAP. “Sem conexão, não há empatia. Sem empatia, não 
há credibilidade”.
2. Direcione o olhar da audiência
Agora, como conciliar a troca de olhares com o público 
e os slides que você tem para mostrar? A resposta está 
na maneira como os maestros conduzem uma orquestra.
Apesar da multidão de notas na partitura, é o maestro 
quem determina em que ponto de toda harmonia cada 
músico deve focar. Faça o mesmo.
Assuma a postura de maestro da atenção da plateia. 
Segundo os especialistas, este processo começa antes de 
sua chegada ao palco – para ser mais preciso, no momen-
to em que você confecciona os slides que irão auxiliá-lo 
durante a apresentação.
Aguçar: estimular; inten-
sificar.
Assimetria: grande dife-
rença; disparidade, discre-
pância.
Fitar: olhar fixamente.
Insumo: todo e qualquer 
elemento diretamente ne-
cessário em um processo de 
produção, como matéria-
-prima, equipamento, ca-
pital, trabalho humano etc.
Subliminar: que não está 
explícito, mas pode ser en-
tendido pelas entrelinhas.
VOCABULÁRIO
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Fazer a leitura e a compreensão do texto com os alunos. Citar com quais outros elementos cinésicos devemos ter cuidado, como a expressão facial.
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Por meio das dicas apresentadas nesse texto, é possível ver que a produção 
de sentido de uma apresentação oral vai além da linguagem verbal. A pos-
tura corporal do expositor precisa estar alinhada com o que ele fala, para 
que não haja transmissão de mensagens contraditórias para o público. Em 
se tratando de conhecimento científico, quanto mais objetiva for a expli-
cação, melhor será a compreensão de quem ouve. Além disso, aprimorar 
os elementos cinésicos pode contribuir para que os ouvintes mantenham 
a atenção no discurso do expositor, não se distraindo, por exemplo, com 
gestos e expressões exageradas. 
“O conteúdo mais importante não é o 
que está no slide, mas sim o que você 
está falando. Então, mostre apenas 
imagens sobre o que você diz”, afirma 
Eduardo Adas, sócio da SOAP. “Se você 
mostrar tudo de uma vez, a audiência 
não vai saber para onde olhar”.
3. Fuja das posturas que incomodam
Os gestos e expressões faciais não são os 
únicos a desembocar significados duran-
te uma apresentação. A maneira como 
você dispõe os outros membros do seu 
corpo também fala – e muito.
Braços cruzados, mão na cintura ou 
nos bolsos, pernas muito abertas e por 
aí vai. Posturas assim passam “mensa-
gens subliminares para a audiência na 
direção de desleixo, falta de disciplina, 
organização ou profissionalismo”, afir-
ma Chequer.
4. Busque a neutralidade
A melhor estratégia para evitar isso é 
apostar em posturas e gestos neutros. 
“O que você busca em termos gestuais 
deve sempre visar à neutralidade e à 
complementariedade”, afirma Adas.
Ou seja, a maneira como você usa as 
mãos ou desloca o seu corpo não pode 
interferir na história que está contando –
antes, deve reforçá-la.
Manter as mãos ao lado do corpo, por 
exemplo, cumpre essa função. Fazer 
gestos abertos, por sua vez, mostra au-
sência de proteção e confiança. “A cone-
xão com a audiência é mais forte se seu 
gesto é natural”, diz Chequer.
5. Seja coerente
Neste ponto, a coerência entre o que se 
diz e como se age é fundamental. “Falar 
uma coisa e fazer outra cara compro-
mete a credibilidade”, diz o especialis-
ta. Agora, como conciliar conteúdo e 
expressão quando se está nervoso e o 
sorriso ou sobrancelhas arqueadas pa-
recem ter vida própria? A solução, de 
acordo com os especialistas, é treino. 
Por isso, não subestime a importância 
do preparo antes da apresentação.
6. Fuja dos gestos vilões
Batucar dedos na mesa, enrolar o cabelo 
ou apontar o dedo para a plateia pode 
atrapalhar sua plateia. Primeiro porque 
tais gestos distraem. Segundo, podem 
incomodar ou trazer insumos para pre-
julgamentos da plateia. Na dúvida, es-
colha gestos neutros e conscientes.
“Muita gente odeia que aponte o dedo 
para elas. Ao fazer isso, você quebra a 
empatia”, diz Chequer.
7. Em pé ou sentado?
“Quando você está de pé tem o corpo in-
teiro para lidar, tem mais mobilidade no 
palco, a interação fica mais rica”, descre-
ve o especialista. Sentado, ao contrário, 
o grau de liberdade é menor. “Você fica 
mais preso e tem menos recursos para 
complementar sua história”.
Quando o grupo é pequeno, contudo, 
muitas vezes, não faz sentido ficar em pé. 
Aí, a dica é aguçar os sentidos para per-
ceber qual postura é mais adequada para 
cada reunião.
ABRANTES, Talita. 7 dicas de linguagem corporal para apresentações. Exame. 13 set. 2016. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/1NDkwEd>. Acesso em: maio 2020.
TED talks: as palestras 
do momento
TED talks são palestras em 
que líderes mundiais, pen-
sadores e pessoas influentes 
tratam de um assunto espe-
cífico em um espaço de tem-
po de até 18 minutos, com o 
objetivo de difundir ideias. 
Inicialmente, os temas des-
sas apresentações estavam 
voltados a Tecnologia, En-
tretenimento e Design (por 
isso o nome TED). No entan-
to, posteriormente, houve 
uma expansão para outros 
temas, como ciência, cultura 
e política.
Assista a um TED talk no 
site <coc.pear.sn/32g5hIe> 
sobre “Como falar de forma 
com que as pessoas quei-
ram ouvir”. O palestrante 
Julian Treasure explica o 
que são os diversos elemen-
tos paralinguísticos usados 
na oralidade.
EXPLORE MAIS
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Este é o momento oportuno para apli-
car os exercícios 1 e 2 da seção “Para 
conferir”, referentes aos módulos 169 
e 170.
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SINONÍMIA, ANTONÍMIA, ANTONOMÁSIA 
Conhecer o significado das palavras é importante para que a comunica-
ção possa ocorrer de modo adequado, evitando-se mal-entendidos. Além 
de possibilitar melhor compreensão do texto, a ampliação do vocabulário 
contribui para aprimorar a escrita quando se exploram as diferentes pos-
sibilidades de sentido.
O conhecimento de palavras de significados semelhantes pode, por 
exemplo, ajudar a evitar que o texto seja repetitivo. Saber a diferença entre 
palavras de significados opostos pode fazer o texto se tornar mais expres-
sivo, por meio do contraste entre essas palavras. 
Quando duas ou mais palavras apresentam significados semelhantes, 
tem-se uma relação de sinonímia. Inversamente a isso, quando duas ou 
mais palavras têm significadosopostos, há uma relação de antonímia. 
Observe como essas relações de sentido são empregadas na tirinha do 
Horo, representada a seguir.
Módulo 171
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Neste módulo, será estudada a re-
lação semântica entre as palavras: a 
sinonímia e a antonímia. Além disso, 
será apresentada a antonomásia, uma 
fi gura de linguagem que também tem 
relação com o signifi cado das palavras.
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No primeiro quadrinho, a montanha expressa seus sentimentos a Horo por 
meio de palavras antônimas. Ela sente-se frágil, enquanto outros pare-
cem fortes. O par de adjetivos “frágil”/ “forte” constitui uma relação de an-
tonímia, pois são palavras de significados opostos.
No terceiro quadrinho, Horo retoma a ideia de “fortes” com o uso de um 
sinônimo, que é “poderosos”. Além disso, “medo” pode ter “segurança” como 
antônimo, o que também remete à fala da montanha sobre os indivíduos que 
parecem “seguros”. O substantivo “fraqueza” também pertence ao campo de 
sentido do adjetivo “frágil”; na forma adjetiva, seu sinônimo seria “fraco”. 
Uma figura de linguagem que trata das relações de sentido entre as pa-
lavras é a antonomásia. Ela ocorre quando se substitui um nome próprio 
por um nome comum (em geral, uma expressão que caracteriza esse ser) ou 
vice-versa. Nesse sentido, é como se houvesse uma relação de sinonímia, já 
que o nome próprio e seu substituto são equivalentes. Na linguagem colo-
quial, é comum que ela seja empregada em forma de apelidos. 
Veja, a seguir, um exemplo de antonomásia.
O Rei do futebol jogou no Peixe durante quase toda a carreira.
Ele se achava o dom Juan da turma.
Nessa frase, ocorrem duas substituições. Em primeiro lugar, empregou-se 
“Rei do futebol” para designar o jogador Edson Arantes do Nascimento, po-
pularmente conhecido também por seu apelido: Pelé. Além disso, empre-
gou-se o apelido “Peixe” em vez do nome próprio do time “Santos Futebol 
Clube”.
Veja um exemplo de quando ocorre o processo inverso na antonomásia, 
ou seja, quando se substitui um nome comum por um nome próprio.
Nessa frase, empregou-se “dom Juan” no lugar de “conquistador”. Essa re-
ferência vem de uma famosa personagem da literatura espanhola, descrita 
como um sedutor.
A antonomásia ocorre frequentemente com nomes de cidades. Por exemplo, substituem-se Paris 
por Cidade Luz, São Paulo por Terra da Garoa e Roma por Cidade Eterna.
GRUPO 
TEMÁTICO
Diversidade linguística
A diversidade da língua permi-
te que falemos a mesma coisa 
de diferentes maneiras. Em-
bora seja possível encontrar 
as diversas acepções de uma 
palavra no dicionário, às vezes, 
o significado dela só pode ser 
compreendido pelo contexto. 
Isso significa que as relações 
de sentido entre certas pala-
vras nem sempre estarão evi-
dentes. Por exemplo, uma gíria 
tem significado específico para 
um grupo de falantes que faz 
uso dela, portanto pode haver 
equívocos quando alguém de 
fora desse grupo busca um si-
nônimo para ela.
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Este é o momento oportuno para apli-
car os exercícios 3 e 4 da seção “Para 
conferir”, referentes ao módulo 171.
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Módulos 172, 173 e 174
ANÁLISE E PRODUÇÃO DE CRÔNICAS ESPORTIVAS
A paixão pelo esporte, muitas vezes, vai além das quatro linhas do campo 
ou da quadra esportiva. Ela motiva comentários, descrições e análises em 
textos escritos por especialistas e lidos pelos fãs do esporte. Trata-se da 
crônica esportiva, que apresenta características da crônica comum, porém 
tem o esporte como assunto principal.
A palavra “crônica” vem do grego krónos, que significa tempo, o que se 
relaciona com sua origem, que era, basicamente, abordar acontecimentos 
históricos. No Brasil, foi durante o século XIX, com a expansão do jornal im-
presso, que a crônica tornou-se um gênero do meio jornalístico, retratando 
aspectos do cotidiano. Inicialmente, era um texto de vida curta, afinal, ao 
ser publicada em revistas e em jornais, era lida e depois esquecida. No en-
tanto, o grande valor de algumas crônicas, como o tratamento de temas 
atemporais, transformou-as em um importante gênero literário. 
Sempre buscando fazer uma reflexão, ainda que de modo sutil, a crônica 
mostra a beleza ou a singularidade presente em um simples momento do 
dia a dia. Pode ser bem-humorada, filosófica ou poética, constituindo-se 
em um gênero bastante flexível. Embora se baseie em algo real do cotidia-
no, esse tipo de texto também pode apresentar fatos e personagens fictí-
cios, principalmente quando se enfatiza algum acontecimento de caráter 
narrativo. Além disso, é comum que seja empregada linguagem informal, 
por ser adequada às situações do dia a dia. No caso de crônica esportiva, o 
vocabulário costuma ser composto de termos específicos do esporte abor-
dado, o que requer do leitor algum conhecimento prévio para a compreen-
são total do texto.
Leia, a seguir, uma crônica esportiva do escritor José Roberto Torero. 
O dia em que eu voei
Não, não há coisa melhor do que voar, atirado pelo pai, depois de uma grande vitória
Por estes dias perguntei a mim mesmo: “Qual meu momento mais feliz no futebol?”
E eu me respondi: “Ora, você sabe qual foi”.
“Então por que nunca escreveu sobre ele?”
“Porque é muito piegas.”
“E daí?”
“E daí que a pieguice é literariamente reprovável e eu tenho um nome a zelar.”
“Seu nome parece mais um apelido, é quase uma piada.”
“Você entendeu. Eu quis dizer que tenho uma certa reputação a manter.”
“Tinha. Ela já foi pelo esgoto há muito tempo. Desembuche.”
“Está bem, vou falar sobre o campeonato de 2002 do Santos.”
“Ei, não vale mentir.”
“Tem razão, meu momento mais feliz foi naquele 5 a 2 sobre o Fluminense em 1995.”
“Aquilo foi bom, mas eu sei que há um momento melhor. Eu te conheço como se 
fosse eu.”
NOTA
José Roberto Toreto (1963-) 
José Roberto Torero nasceu em 
9 de outubro de 1963 em San-
tos. Formou-se em Jornalismo 
e em Letras na Universidade 
de São Paulo. Foi vencedor do 
Prêmio Jabuti de 1995 com seu 
romance O chalaça. Além de ser 
escritor de crônicas e de livros, 
é roteirista. 
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Neste conjunto de três módulos, será 
apresentada a crônica esportiva, bas-
tante popular no Brasil na área fute-
bolística. Por meio da leitura desse 
gênero, os alunos poderão analisar 
seus principais elementos e, com 
isso, espera-se que possam produzir 
sua própria crônica.
Verifi car se os alunos têm alguma dú-
vida em relação ao texto.
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Nesse texto, Torero escreve sobre futebol, tema mais frequente em se tra-
tando de crônica esportiva no Brasil. Antes de chegar a seu momento mais 
feliz nesse esporte, ele menciona dois momentos que o marcaram que têm 
relação com o time do Santos: o campeonato brasileiro de 2002 em que foi 
campeão e o jogo contra o Fluminense de 1995, em que o Santos ganhou 
de 5 a 2 no jogo de volta da semifinal do campeonato brasileiro, após ter 
perdido de 4 a 1 no jogo de ida. Apesar de esses jogos serem mais recen-
tes, e, portanto, devessem estar mais frescas em sua memória, o momento 
mais feliz de que se lembra é muito mais antigo: tem relação com a Copa do 
Mundo de futebol de 1970.
Nessa copa, que ocorreu no México, o Brasil conquistou seu terceiro título 
mundial, após vencer a Itália por 4 a 1 no jogo da final. O momento mais 
feliz do cronista foi quando seu pai atirou-o para cima em comemoração ao 
título do Brasil. Observe que a felicidade do cronista não vem da vitória em 
si, mas da consequência dela, com o voo proporcionado pelopai. 
“Você acha mesmo que eu devo contar?”
“Claro.”
Então tomei coragem e comecei a narrar meu momento mais feliz no futebol, 
que é também o primeiro do qual me lembro. Aconteceu no último jogo da Copa 
de 1970. Eu tinha seis anos e estava na sala de casa. Havia muita gente, e o único 
lugar que sobrara era no colo do meu pai. Já estava 4 a 1 e o clima era de total ale-
gria. Mas então, quando o juiz apitou o final do jogo, é que vivi meu momento mais 
feliz no futebol. É que meu pai atirou-me para cima. Ele era um mineiro um tanto 
contido, e não lembro de ele ter feito isso antes ou depois. Mas, naquele segundo, 
lá estava eu, flutuando no ar. Foi uma felicidade imensa. Por um instante era como 
se eu estivesse voando, observando todos lá de cima. Mas o melhor é que, após 
meu voo, meu pai me apanhou de volta. Foi um frio na barriga, uma sensação de 
liberdade e depois, segurança. Tudo junto.
Não, não há coisa melhor do que voar, atirado pelo pai, depois de uma grande 
vitória. Aquele voo durou apenas décimos de segundo, mas me lembro dele até 
hoje, quando meu pai já se foi e meu peso só me permite ser atirado para cima por 
um canhão de circo.
TORERO, José Roberto. “O dia em que eu voei”. Folha de S.Paulo. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/utwDcmt>. Acesso em: maio 2020.
Piegas: que é exagerada-
mente sentimental.
VOCABULÁRIO
Copa do Mundo de 
futebol de 1970
Saiba mais sobre como foi a 
Copa do Mundo de futebol 
de 1970 no site <coc.pear.
sn/JwQIlFc>.
EXPLORE MAIS
No Brasil, grande parte das crônicas esportivas aborda o futebol, um dos esportes mais populares do país.
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Este é o momento oportuno para 
aplicar o exercício 5 da seção “Para 
conferir”, referente aos módulos 172, 
173 e 174.
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ORGANIZAR, ESCREVER E APRESENTAR
Módulos 169 e 170 | Apresentação oral
Releia o texto “7 dicas de linguagem corporal para apresentações” para responder às questões 
de 1 a 4.
1. Por que é importante que o orador estabeleça contato visual com seu público?
2. Deve-se colocar, na apresentação de slides, todo o conteúdo que o orador vai expor? Explique.
3. De acordo com o texto, em uma apresentação oral, gestos neutros
a. devem ser evitados pelo orador.
b. podem gerar mensagens ambíguas.
c. aproximam o orador do público.
d. devem ser alternados com gestos exagerados.
e. mostram o desinteresse do orador.
4. O orador deve ficar sempre de pé em sua apresentação? Por quê?
5. Junto à turma, escolha um vídeo de uma apresentação oral (pode ser aula expositiva, palestra, se-
minário etc.) para que você possa analisá-la, preenchendo a tabela a seguir. Colaborativo
Exercícios de aplicação
SIM NÃO
Houve uso de ferramentas audiovisuais?
Caso tenha empregado slides, eles foram de fácil compreensão?
O expositor tentou manter sempre contato visual com o espectador 
(por exemplo, sem ficar de costas para ele)?
A maioria das expressões faciais e dos gestos do expositor foi neutra? 
O expositor manteve postura ereta?
A linguagem não verbal da apresentação esteve coerente com a linguagem verbal?
CAPÍTULO 29
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É importante, porque o contato visual permite que o orador estabeleça conexão com seu público, o que gera empatia. Esta, 
por sua vez, confere credibilidade ao palestrante.
Não, não se deve colocar todo o conteúdo na apresentação de slides. Estes devem auxiliar o orador, e não ser o principal 
objeto de sua exposição. Assim, o orador deve mostrar o conteúdo mais importante oralmente, de modo que os slides não 
fi quem cheios de informações, o que pode distrair o público.
Embora haja menos liberdade de expressão corporal quando se está sentado, fi car de pé não é obrigatório em todas as 
apresentações. De acordo com o texto, em apresentações para um grupo pequeno, pode ser estranho fi car de pé; no entanto, 
é importante que o próprio orador perceba a melhor posição para os diferentes tipos de contexto.
3. De acordo com o texto, 
gestos neutros passam uma 
imagem mais favorável do 
orador, o que gera empatia 
com o público, aproximan-
do as duas partes durante a 
apresentação. A alternativa 
a está incorreta, porque o 
orador deve preferir os ges-
tos neutros. A alternativa b 
está incorreta, porque, em 
geral, gestos neutros evi-
tam mensagens ambíguas, 
já que são mais difíceis de 
estar em contradição com o 
que o orador fala. A alterna-
tiva d está incorreta, porque 
gestos exagerados devem 
ser evitados. A alternativa e 
está incorreta, porque ges-
tos neutros tendem a mos-
trar uma imagem positiva do 
orador, o que não inclui seu 
desinteresse.
A apresentação oral pode ser uma TED talk, como a sugerida no boxe “Explore mais”, ou uma aula disponível em canais do Youtube, 
como este: <https://coc.pear.sn/El25MoJ>. Acesso em: jun. 2020.
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Exercícios propostos
6. Observe as duas imagens a seguir e indique qual delas seria a mais adequada como fundo para os 
slides de uma apresentação oral. Explique o motivo de sua escolha.
a. b.
7. Observe as expressões faciais e os gestos do homem na imagem a seguir.
Caso o expositor tivesse essa postura após ter feito uma afirmação na apresentação oral dele, você 
acha que ele daria maior ou menor credibilidade ao que disse? Explique.
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A imagem mais adequada para o fundo de slides seria a “a”. Para facilitar a visualização do conteúdo em slides, é melhor 
que sejam usadas cores neutras, como a da imagem “a”. Além da imagem “b” conter muitas cores fortes, seus ornamentos 
deixariam os slides visualmente poluídos, o que também atrapalharia a leitura.
Ele daria menor credibilidade ao que disse, pois sua expressão facial e seus gestos conferem a impressão de uma pessoa 
que está em dúvida. Assim, ele não passa segurança sobre o que disse ao público, afetando a credibilidade de seu discurso.
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CAPÍTULO 29
Leia o texto a seguir e responda às questões 8 e 9.
Como a linguagem corporal pode ajudar você a ter mais sucesso
Duas pessoas aguardam serem chamadas para uma entrevista de emprego. Sentadas no corredor, uma 
delas tem o queixo baixo, ombros para frente, está de braços cruzados. A segunda pessoa está sentada 
com a postura ereta, olha para frente, respira fundo. Não houve por enquanto nenhuma comunicação, 
mas não é preciso ser o recrutador para analisar quem está se mostrando mais confiante. “A nossa postura 
diz muito sobre a sensação de poder que temos ou não”, defende Amy Cuddy, psicóloga e professora da 
Universidade de Harvard, durante palestra no HSM, em São Paulo. “Temos de lembrar que nosso corpo e 
mente estão sempre conversando”. 
[…]
Os testes da psicóloga giram em torno da constatação de que quando nós nos sentimos poderosos e con-
fiantes, expandimos nosso corpo – e vice-versa. Uma postura aberta e um andar firme, de cabeça erguida, 
ajudam, sim, a ganhar confiança. É por essa razão que um ginasta, por exemplo, finaliza a prova erguendo 
firme os braços para frente – demonstrando confiança pelo que realizou. Vale lembrar também que o gesto 
mundial da vitória é levantar os braços. “As culturas e os esportes variam, mas não importa se é homem 
ou mulher, todo atleta comemora levantando os braços para cima e balançando”, diz. O comportamento 
de expansão como reflexo de confiança é algo que todos os animais também praticam. “Pense no pavão, 
inflando o peito, abrindo plumas, para mostrar poder e dominância, visando atrair a fêmea”, diz.[…]
BIGARELLI, Barbara. Como a linguagem corporal pode ajudar você a ter mais sucesso. Época. 13 nov. 2017. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/lxgaXBf>. Acesso em: maio 2020.
8. Além de ser um gesto de vitória, levantar os braços é um sinal de
a. cansaço.
b. fraqueza.
c. vulnerabilidade.
d. esperteza.
e. segurança.
9. Considerando as informações do texto, qual dos dois candidatos à entrevista de emprego seria o 
mais confiante? Por quê?
Módulo 171 | Sinonímia, antonímia e antonomásia
Leia a tirinha a seguir e responda às questões de 1 e 3.
Exercícios de aplicação
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8. De acordo com o texto, 
uma postura expansiva, 
como levantar os braços, 
demonstra confiança, por-
tanto, é um sinal de segu-
rança. As alternativas a, b e c 
são características que estão 
mais relacionadas à fragili-
dade; enquanto a alternativa 
d aborda um tópico que não 
é tratado no texto.
O mais confi ante seria o candidato que está sentado com a postura ereta, olhando para frente, pois ele tem uma postura 
aberta, que é sinal de confi ança, diferentemente do candidato com queixo baixo, ombros para frente e de braços cruzados, 
que apresenta postura retraída.
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Exercícios propostos
Azeite de oliva e óleo de linhaça: uma dupla imbatível
Rico em gorduras do bem, eles combatem a obesidade, dão um chega 
pra lá no diabete e ainda livram o coração de entraves
Ninguém precisa esquentar a cabeça caso não seja possível usar os dois óleos junti-
nhos, no mesmo dia. Individualmente, o duo também “bate um bolão”. Segundo um 
estudo recente do grupo EurOlive, formado por instituições de cinco países europeus, 
os polifenóis do azeite de oliva ajudam a frear a oxidação do colesterol LDL, considera-
do perigoso. Quando isso ocorre, reduz-se o risco de placas de gordura na parede dos 
vasos, a temida aterosclerose – doença por trás de encrencas como o infarto.
MANARINI, T. Saúde é vital, n. 347, fev. 2012. Adaptado.
Maior ícone da Cidade Maravilhosa, Cristo Redentor completa 88 anos
O maior ícone da Cidade Maravilhosa completou 88 anos, nesse sábado (12), com uma 
programação para os turistas, mas também para os pequenos cariocas, já que o aniver-
sário do Cristo Redentor coincide com o dia das crianças.
[...]
FREITE, Tâmara. Maior ícone da Cidade Maravilhosa, Cristo Redentor completa 88 anos. EBC. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/tnetSny>. Acesso em: maio 2020.
1. Quais são as palavras antônimas empregadas na tirinha? 
2. Uma expressão que poderia ser sinônima de “por dentro” é
 por fora. externamente. internamente.
3. Qual relação pode ser estabelecida entre essa tirinha e a tirinha do Horo?
4. Enem
Para divulgar conhecimento de natureza científica para um público não especializado, Manarini 
recorre à associação entre os vocabulários formal e informal. Altera-se o grau de formalidade do 
segmento no texto, sem prejudicar o sentido da informação, com a substituição de
a. “dá um chega pra lá no diabete” por “manda embora o diabete”.
b. “esquentar a cabeça” por “quebrar a cabeça”.
c. “bate um bolão” por “é um show”.
d. “juntinhos” por “misturadinhos”.
e. “por trás de encrencas” por “causadora de problemas”.
5. Identifique a antonomásia no texto a seguir, indicando quais substituições são feitas entre os termos.
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4. Na substituição de “por 
trás de encrencas” por 
“causadora de problemas”, 
mantém-se o sentido da 
informação, mas altera-se 
a formalidade, uma vez que 
a primeira expressão é in-
formal e a segunda, formal. 
Nas demais alternativas, 
as substituições sugeridas 
mantêm o sentido original, 
porém não alteram o grau de 
formalidade.
A antonomásia é “Cidade Maravilhosa”, que substitui “Rio de Janeiro”.
Ambas as tirinhas tratam da questão da essência versus aparência, apontando que a essência (o “ser”, em Horo, e o que 
“é por dentro” em Gonsales) é o mais importante. No entanto, na tirinha de Gonsales, há uma brincadeira com a essência, 
pois, no caso do cofrinho, a essência é dinheiro, ou seja, algo material.
São antônimas “feio” e “bonito”. 
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Caso haja questionamen-
to sobre a expressão “pe-
quenos cariocas”, explicar 
que segundo o Dicionário 
Houaiss (2001) o verbete an-
tonomásia é: “variedade de 
metonímia que consiste em 
substituir um nome de ob-
jeto, entidade, pessoa etc., 
por outra denominação, que 
pode ser um nome comum 
(ou uma perífrase), um gen-
tílico, um adjetivo etc., que 
seja sugestivo, explicativo, 
laudatório, eufêmico, irônico 
ou pejorativo e que caracte-
rize uma qualidade universal 
ou conhecida do possuidor.”
Dessa forma, “pequenos 
cariocas” também seria an-
tonomásia.
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6. Enem
O texto trata da diferença de sentido entre vocábulos muito próximos. Essa diferença é apresentada 
considerando-se a(s)
a. alternâncias na sonoridade.
b. adequação às situações de uso.
c. marcação flexional das palavras.
d. grafia na norma-padrão da língua.
e. categorias gramaticais das palavras.
Módulos 172, 173 e 174 | Análise e produção de crônicas esportivas
Nuances
Euforia: alegria barulhenta. Felicidade: alegria silenciosa.
Gravar: quando o ator é de televisão. Filmar: quando ele quer deixar claro que não é de televisão.
Grávida: em qualquer ocasião. Gestante: em filas e assentos preferenciais.
Guardar: na gaveta. Salvar: no computador. Salvaguardar: no Exército.
Menta: no sorvete, na bala ou no xarope. Hortelã: na horta ou no suco de abacaxi.
Peça: quando você vai assistir. Espetáculo: quando você está em cartaz com ele.
DUVIVIER, G. Folha de S.Paulo, 24 mar. 2014. Adaptado.
Exercícios de aplicação
Releia a crônica “O dia em que eu voei” e responda às questões de 1 a 8.
1. No texto, existe um diálogo, isto é, uma conversa entre duas pessoas. Com quem o cronista conversa?
2. É possível inferir que o cronista torce para qual time brasileiro de futebol? Explique.
3. Por que o cronista não queria escrever sobre o momento mais feliz dele no futebol?
4. Quantos anos o cronista tinha quando vivenciou o momento mais feliz dele no futebol?
5. Em que parte do texto o cronista diz uma expressão que pode ser considerada equivalente a esta 
“eu tenho um nome a zelar”?
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6. O texto apresenta pala-
vras que comumente são 
tidas como sinônimas; no 
entanto, como pode ser 
observado, elas são empre-
gadas em contextos diferen-
tes. A menção de adjuntos 
adverbiais e da conjunção 
“quando” ajuda a perceber 
que a defi nição das palavras 
foi feita de acordo com as 
circunstâncias de uso.
O cronista conversa consigo mesmo.
É possível inferir que ele torce para o Santos, pois cita dois momentos importantes desse time (2002 e 1995), ainda que, 
no fi nal das contas, não sejam seu momento mais feliz no futebol.
Ele não queria escrever sobre isso, porque achava que seria excessivamente sentimental, o que, segundo ele, é “literaria-
mente reprovável”.
No trecho “tenho uma certa reputação a manter”, pois tanto “ter um nome a zelar” como “ter uma reputação a manter” 
trazem a ideia de passar uma boa imagem para os outros.
Ele tinha seis anos.
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O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa 
de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, 
azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se 
diante de sua máquina, [...] olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um 
fato qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera,em que, com as 
suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
6. Sobre as afirmações a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
I. O cronista assistiu ao jogo da final da Copa de 1970 somente em companhia do pai.
II. O pai do cronista era mineiro.
III. O Brasil perdeu de 4 a 1 na Copa de 1970. 
7. O que o cronista sentiu quando o pai jogou-o para cima e depois apanhou-o de volta?
8. Assim como o cronista, você tem um momento muito feliz relacionado a algum esporte? Qual é a 
sua lembrança mais antiga de um evento esportivo que viu?
9. Enem
Nesse trecho, Vinicius de Moraes exercita a crônica para pensá-la como gênero e prática. Do ponto 
de vista dele, cabe ao cronista
a. criar fatos com a imaginação.
b. reproduzir as notícias dos jornais.
c. escrever em linguagem coloquial.
d. construir personagens verossímeis.
e. ressignificar o cotidiano pela escrita.
10. Agora que você viu as principais características de uma crônica esportiva, já tem as ferramentas 
necessárias para escrever a sua. 
Como fazer
a. Primeiramente, pense sobre qual esporte você gostaria de falar em seu texto. Pode ser um espor-
te a que goste de assistir ou praticar. 
b. Com o esporte escolhido, você deve desenvolver seu texto em torno de um acontecimento rela-
cionado a ele. Por exemplo: a primeira vez que você assistiu a um jogo no estádio, o feito de um 
atleta que admira, uma grande vitória ou derrota de seu time de escola etc. Narre o acontecimen-
to e faça uma reflexão sobre ele, que pode ser bem-humorada ou não ou até mesmo poética.
c. Utilize a folha de produção de texto disponível no final do livro para escrever sua crônica. pág. 207Redação
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9. Ao dizer que o cronis-
ta precisa “injetar sangue 
novo” a um fato que vê da 
janela ou na notícia, Vinicius 
de Moraes está tratando da 
necessidade de o escritor 
olhar de modo diferente 
para um acontecimento que 
poderia ser banal no dia a 
dia das pessoas.
6. I. Havia várias pessoas 
assistindo ao jogo com o 
cronista, por isso não havia 
onde ele se sentar e acabou 
fi cando no colo do pai.
III. O Brasil ganhou de 4 a 1.
Ele teve uma sensação de liberdade quando estava no ar (como se estivesse voando) e, depois, sentiu segurança quando 
o pai pegou-o de volta.
Resposta pessoal.
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Leia a crônica a seguir e responda às questões de 11 a 16.
Exercícios propostos
Herói na curva da memória: uma crônica da despedida de Senna
Dia 1o de maio de 1994.
O relógio marcava 9h40. Manhã de domin-
go, Fórmula 1.
Em dia de corrida, meu irmão Julio e eu 
acelerávamos.
Sem queimar a largada, ainda de pijama, nós 
saíamos correndo do quarto e disputávamos 
a pole-position – o melhor lugar em frente à 
tevê. Usava e abusava das meias, para fazer 
a curva entre a porta e a estante, para seguir 
em direção ao sofá.
Era paixão antiga. Quase uma tradição, ini-
ciada nos tempos do jardim de infância, na 
escola Vidinha em Grupo.
A brincadeira, em 1985 e 1986, era correr 
por aí rolando com um pneu pelo pátio da 
escola, imaginando que estávamos em uma 
Lotus preta e dourada.
Todos queríamos ser Ayrton Senna da Sil-
va – à época ainda um jovem e promissor 
piloto, sem nenhum título mundial.
O primeiro caneco veio em 1988, no GP de 
Suzuka, no Japão. Meu irmão e eu driblamos 
a vigilância materna e assistimos à prova, de 
ponta a ponta, de madrugada. No fim, nos 
abraçamos. Foi uma festa só! Senna era nos-
so herói. Julio e eu sonhávamos ter aquele 
boné azul ou o macacão vermelho.
Sinceramente, não sei qual de nós dois 
conseguiu a pole naquela manhã de maio 
de 1994. Mas não importa. Logo nos posicio-
namos no grid.
Luz vermelha.
Luz verde.
Foi dada a largada no GP de Ímola. Senna ti-
nha iniciado muito mal o campeonato, aban-
donando as primeiras provas. Só a vitória in-
teressava. E ela parecia encaminhada. Senna 
estava na ponta. Na sétima volta, quando a 
Williams entrou na curva a 320 km/h, o carro 
tornou-se incontrolável e foi reto, chocando-
-se violentamente a 216 km/h.
“Senna bateu forte”, narrou Galvão Bueno.
Em casa, a primeira reação foi frustração, 
porque ele não marcaria pontos de novo. 
Jamais imaginaria a gravidade do acidente. 
Afinal, Senna era um herói.
O meu herói. Ele parecia imortal.
Mas logo ficou claro que o caso era grave.
Senna havia sido levado ao hospital 
Maggiore, em Bolonha. Muita coisa se per-
deu aqui, na minha memória, que completa 
26 anos em 1o de maio. Me lembro, porém, que 
me refugiava em meu quarto depois de ouvir 
os boletins do plantão da Globo. Lá, fazia uma 
oração. Por volta de 13h40, a esperança deu 
lugar à tristeza devastadora. Ayrton Senna da 
Silva estava morto, aos 34 anos.
Por muito tempo, após a tragédia, tinha 
na carteira uma foto do campeão. Era uma 
tentativa, sufocada e silenciosa, de tentar 
manter viva a imagem do herói.
A manhã do dia 1o de maio de 1994 foi meu 
rito de passagem. Ali, ao entender que até 
mesmo heróis são sujeitos às curvas trai-
çoeiras da vida, deixei de ser criança. Parte 
do menino que eu fui também se perdeu na-
quele domingo.
Na curva Tamburello.
CODAZZI, Guilhermo. Herói na curva da memória: uma crônica da despedida de Senna. 
O vale. 25 abr. 2020. Disponível em: <https://coc.pear.sn/pJpwuk4>. Acesso em: maio 2020.
VOCABULÁRIO
Grid: colocação de lar-
gada dos carros.
Pole-position: primei-
ra colocação na largada 
de uma corrida.
11. O que aconteceu em 1o de maio de 1994, dia relembrado pelo cronista?
12. No quarto parágrafo, as ações do cronista e de seu irmão eram uma brincadeira que imitava o quê?
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Aconteceu o acidente fatal de Ayrton Senna.
Imitava uma corrida de Fórmula 1, em que os dois agiam como se fossem pilotos de carro, ao tentarem pegar o melhor 
lugar em frente à TV.
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13. Em crônicas esportivas, é comum fazer uso de termos específicos do esporte. A seguir, foram trans-
critos alguns trechos da crônica sobre Senna. Marque as alternativas que contêm termos típicos do 
automobilismo.
 “[...] disputávamos a pole-position.”
 “Usava e abusava das meias.”
 “Foi uma festa só!”
 “Logo nos posicionamos no grid.”
14. Ayrton Senna conquistou seu primeiro título na Fórmula 1 em
 1985. 1986. 1988. 1994.
15. O que fazia o cronista, quando menino, pensar que nada de grave ocorreria a Senna?
16. Essa crônica de Codazzi e a crônica de Torero discorrem sobre lembranças pessoais relacionadas a 
fatos históricos esportivos. No entanto, elas despertam emoções diferentes. Explique essa diferença.
17. Enem
Futebol de rua
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. Mas 
existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que 
a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qual-
quer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Mara-
canã em jogo noturno. Se você é brasileiro e criado em 
cidade, sabe do que eu estou falando. Futebol de rua é 
tão humilde que chama pelada de senhora. 
Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, 
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam 
mais ou menos assim: 
DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calça-
da, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e – nos 
clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se 
só no meio da rua. 
DA DURAÇÃO DO JOGO – Até a mãe chamar ou escure-
cer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém 
da vizinhança ameaçar chamar a polícia. 
DA FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores em 
cada equipe varia, de um a setenta para cada lado. 
DO JUIZ – Não tem juiz.
DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar 
brincando.
VERISSIMO, L.F. In: Para gostar de ler: crônicas 6. ed. 
São Paulo: Ática, 2002. Fragmento.
Nesse trecho de crônica, o autor estabelece a seguinte relação entre o futebol de rua e o futebol oficial:
a. As regras do futebol de rua descaracterizam o futebol de campo, uma vez que entre as duas 
práticas não há similaridades.
b. As condições materiais do futebol de rua impedem o envolvimento das pessoas e o caráter pra-
zeroso desta prática.
c. O futebol de rua expressa a possibilidade de autoria das pessoas para a prática de esporte e de lazer.
d. O futebol de rua é necessariamente um futebol de menor valor e importância em relação ao 
futebol oficial.
e. A ausência de regras formalizadas no futebol de rua faz o jogo ser desonesto em comparação 
com o futebol oficial.
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Pode-se dizer que as crônicas despertam emoções que são opostas. A crônica de Torero relembra momentos esportivos 
que o deixaram feliz, em especial seu “voo” após a vitória do Brasil na Copa de 1970. Já a crônica de Codazzi relembra um 
momento esportivo que o deixou triste, ao fazê-lo perder seu herói.
Ele pensava isso porque Senna era seu herói e, para o menino de então, heróis eram imortais. 
17. Uma vez que as regras 
no futebol de rua, quando 
existem, são flexíveis, isso 
permite que os participantes 
da partida tenham possibili-
dade de defi nir como será o 
jogo. Com exceção da alter-
nativa c, as alternativas con-
ferem um caráter negativo 
ao futebol de rua, o que não 
está presente na crônica.
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Módulos 169 e 170
Módulos 172, 173 e 174
Módulo 171
1. Em uma apresentação oral, o tipo textual predominante é o
 narrativo.
 descritivo.
 instrucional.
 expositivo.
2. Assinale V para verdadeiro e F para falso, a respeito das afirmações sobre o gênero apresentação oral.
 Caso se faça uso de slides, estes devem conter o maior número possível de informações.
 A linguagem corporal, como gestos e expressões faciais, produz sentido tanto quanto a lin-
guagem verbal.
 Uma postura ereta do expositor sugere autoconfiança.
3. Preencha as lacunas do texto a seguir.
Quando duas ou mais palavras apresentam significados semelhantes, há uma relação de 
 entre elas. No entanto, quando têm significados opostos, é estabelecida 
uma relação de .
4. Na seguinte frase “A Terra da Garoa recebeu, historicamente, diversos imigrantes, como os italianos, 
os japoneses e os libaneses.”, identifica-se a antonomásia, pois empregou-se “Terra da Garoa” em 
lugar de
 Rio de Janeiro.
 Paris.
 São Paulo.
 Roma.
5. Sobre a crônica esportiva, é correto afirmar que
 faz uso de termos específicos do esporte.
 os cronistas brasileiros raramente tratam do futebol.
 pode apresentar fatos e personagens fictícios.
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Linguagem 
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Elementos cinésicos
Crônica esportiva Linguagem verbal
Texto escrito Apresentação oral
ORGANIZAR, ESCREVER E APRESEN
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CAPÍTULOCAPÍTULO
30 PERGUNTAR PARA SABER
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Módulos 175 e 176
TRANSCRIÇÃO DE ENTREVISTA
A entrevista é basicamente um gênero oral que está presente em nosso dia a dia por diversos meios de comuni-
cação. Assim, podemos assistir a entrevis-
tas na televisão ou ouvi-las em rádios, em 
podcasts etc. No entanto, também lemos en-
trevistas em revistas e em jornais impressos 
ou on-line. Geralmente, isso é possível por-
que houve a transcrição dela, ou seja, suas 
informações orais foram convertidas em in-
formações escritas.
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31
Neste capítulo, será abordado um 
tópico relacionado ao campo jorna-
lístico/midiático e ao das práticas de 
estudo e pesquisa: a transcrição de 
entrevista. Assim, será trabalhada a 
relação da oralidade com a escrita. 
Além disso, haverá ênfase na parte 
gramatical da língua, com o estu-
do do emprego de pronomes e da 
ortografi a de certas palavras, que, 
por apresentarem pronúncia seme-
lhante, podem causar confusão no 
momento da escrita.
A entrevista é um gênero 
que os alunos já estuda-
ram em anos anteriores, 
portanto serão retomadas 
somente algumas de suas 
características gerais, im-
portantes para tratar do 
assunto transcrição de en-
trevista. Neste conjunto de 
módulos, é importante que 
o aluno possa perceber as 
diferenças linguísticas en-
tre a oralidade e a escrita.
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Para transcrever fielmente o que foi falado, é necessário escutar o áudio da 
entrevista atentamente, mais de uma vez. No caso de entrevista de vídeo, é 
possível tratar também da linguagem corporal dos participantes. A quanti-
dade de detalhes que é colocada no material escrito depende da finalidade 
dele. Ainda que toda entrevista seja um texto informativo, o conhecimento 
que se deseja adquirir dela pode variar, por isso sempre se faz um recorte, 
podendo haver uma transcrição original e uma editada.
Quando se trata do campo de pesquisa, às vezes, há entrevistas em que 
marcas de oralidade podem estar presentes ou não, por exemplo, em uma 
pesquisa sobre os diferentes falares do Brasil. O registro das marcas de 
oralidade será justamente o objeto de estudo. Neste caso, é importante que 
sejam transcritas as marcas de oralidade do discurso. No campo jornalísti-
co, contudo, o que se deseja, normalmente, é transmitir o conteúdo da res-
posta, de modo claro, para o leitor que não ouviu o áudio. Assim, é comum 
que a transcrição não apresente marcas de oralidade, podendo haver a 
correção de possíveis desvios gramaticais cometidos durante a entrevista.
Leia, a seguir, a versão escrita de uma entrevista oral e observe algumas 
marcas de oralidade. 
Br asileira explica tratado global de oceanos 
e expedição internacional que chegará aos 
corais da Amazônia
Uma campanha da organização ambiental Greenpeace 
em prol de oceanos é representada pela brasileira Julia 
Zanolli na conferência intergovernamental que negocia o 
tratado global de oceanos. Neste Destaque ONU News, a 
entrevistada fala sobre a iniciativa em que participa o ator 
espanhol Javier Bardem, que falou aos Estados-membros 
da ONU em paralelo à conferência, e uma expedição inter-
nacional que chegará aos corais da Amazônia.
Até 30% dos oceanos do mundo podem ser protegi-
dos até 2030. Para sabermos em que questões, está 
aqui a representante da ONG ambiental, da grande 
organização ambiental Greenpeace, Julia Zanolli. 
É um prazer ter você aqui. Bom, está aqui há semanas, 
acompanhando a negociação deste possível tratado 
global sobre os oceanos. Será a primeira vez, essa é 
a terceira de quatro rodadas de conversas. Você pode 
nos explicar sobre exatamente o que está se falando 
aqui nas Nações Unidas?
Claro. O que está sendo discutido aqui é um Tratado Glo-
bal de Oceanos, que poderia proteger até 30% dos mares 
até 2030. Hoje, não existe um instrumento para proteger 
as águas que estão além dos limites das fronteiras dos 
países. Então o que a gente espera dessas negociações é 
que as lideranças mundiais aprovem um Tratado Global 
de Oceanos forte que seja capaz de criar áreas marinhas 
protegidas ou santuários marinhos onde os animais pos-
sam se recuperar e onde a gente possater áreas que são 
livres de atividades humanas prejudiciais. E a gente preci-
sa de um tratado global forte que nos permita fazer isso.
Reunir 193 países e vocês, como uma das maiores 
organizações ambientais, portanto, é um assunto que 
leva muito debate, muita conversa. Nós conhecemos 
alguns dos desafios dos oceanos: são os plásticos, a 
questão dos desperdícios, a questão dos navios, ma s o 
que é que individualmente cada um de nós pode fazer 
para chegar até lá? 
Eu acho que, em primeiro lugar, nós precisamos repen-
sar nossa relação com o planeta. Eu acho que esse modelo 
de consumo que a gente vive hoje ele não é sustentável e 
estamos fazendo com que o planeta chegue ao limite. A 
questão dos plásticos naturalmente é muito importante, 
mas acho que nesse momento o que a gente pede para 
as pessoas é que pressionem seus governos para que se 
comprometam com a proteção do meio ambiente e, espe-
cificamente, dos oceanos, porque a gente sabe que muitas 
vezes, quando os representantes, os delegados que estão 
aqui na ONU durante essas negociações sabem que quan-
do eles voltarem para casa, eles vão ter que lidar com uma 
pressão das pessoas pedindo pela proteção dos oceanos 
a gente sabe que isso faz muita diferença. Então a gente 
tem uma petição disponível para quem quiser assinar e 
cobrar os seus governos para que protejam seus oceanos. 
Mas é muito importante que os governantes saibam que 
as pessoas querem ver os mares protegidos.
[…]
Brasileira explica tratado global de oceanos e expedição internacional 
que chegará aos corais da Amazônia. ONU News. 28 ago. 2019. Disponível 
em: <https://coc.pear.sn/p6zbvCK>. Acesso em: maio 2020. Adaptado.
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Para melhor aproveitamento deste 
conteúdo, recomenda-se que a entre-
vista a seguir seja trabalhada junto ao 
vídeo indicado no boxe “Explore mais”.
Destacar para os alunos que o entre-
vistador é português, por isso algumas 
palavras podem ser diferentes, como 
"rondas" no lugar de "rodadas".
Mostrar aos alunos que a coesão nas perguntas dessa entrevista teve comprometimento em razão de muitos traços de oralidade nas 
palavras e expressões do texto. Esses tópicos em excesso podem difi cultar bastante o entendimento de qualquer texto.
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Ainda que esse texto seja uma versão editada da entrevista oral, foram 
preservadas marcas de oralidade. Observe que, logo no início da entrevis-
ta, o entrevistador faz uso da interjeição “Bom”, que é típica da linguagem 
oral. Além disso, em sua segunda pergunta, há o emprego da expressão de 
realce “é que”:
[…] mas o que é que individualmente cada um de nós pode fazer para 
chegar até lá?
Essa expressão funciona para dar ênfase ao “que” anterior, não havendo 
alteração de sentido se fosse retirada da frase.
Quanto às respostas da entrevistada, também foram mantidas algumas 
marcas de oralidade, como no trecho apresentado a seguir.
Eu acho que esse modelo de consumo que a gente vive hoje ele não é 
sustentável.
Observe que houve a adição do pronome “ele” retomando o sujeito “esse 
modelo de consumo”. No entanto, na escrita, ele é desnecessário, pois não 
há uma fragmentação entre o sujeito anterior e o resto da frase.
Caso fosse analisada uma transcrição sem edição, haveria ainda mais 
marcas de oralidade. Veja um exemplo disso em uma transcrição mais fiel 
da primeira pergunta e resposta da entrevista.
Versão oral da 
entrevista
Assista ao vídeo dessa en-
trevista em <coc.pear.sn/
knniQB7>.
EXPLORE MAIS
[...] até 30% dos oceanos de todo o mundo podem 
ser protegidos até 2030... e… para sabermos em 
que questões... está aqui a representante da ONG 
ambiental... da grande organização ambiental 
Greenpeace... Julia Zanolli... é um prazer ter você 
aqui... bom... está aqui há semanas... acompanhan-
do a negociação deste possível tratado global sobre 
os oceanos... será a primeira vez... essa é a terceira 
de quatro rondas de conversações… você pode nos 
falar exatamente sobre o que é que está se falando 
aqui nas Nações Unidas?
claro… é… o que tá sendo discutido aqui é um Trata-
do Global de Oceanos que poderia proteger até 30% é… 
dos mares até 2030… hoje… é… hmm… não existe um 
instrumento pra proteger as águas que estão além dos li-
mites… das fronteiras dos países né… é… então o que 
a gente espera dessas negociações é que as lideranças 
mundiais aprovem um Tratado Global de Oceanos forte 
que seja capaz é… de criar áreas marinhas protegidas... 
ou santuários marinhos onde é… os animais possam se 
recuperar e onde a gente possa ter áreas que são livres de 
atividades humanas é… prejudiciais… e a gente precisa 
de um tratado global forte que nos permita fazer isso… 
As partes em destaque são as diferenças existentes entre essa e a primei-
ra transcrição que você viu. Na pergunta do entrevistador, houve algumas 
alterações de vocabulário, como “de todo o mundo” em vez de “do mundo” e 
“nos falar” em vez de “nos explicar”. Essa última mudança talvez possa ter 
sido feita para evitar repetição, visto que, logo em seguida, usa-se o mesmo 
verbo, porém no gerúndio. Além disso, no início, há a marca de oralidade 
“e…”, geralmente feita como uma breve pausa para pensar sobre o que o 
locutor falará depois.
Na resposta da entrevistada, é frequente o “é…”, o qual serve, basicamen-
te, para o mesmo propósito do “e…”. Observe como a presença disso no texto 
escrito prejudica a fluidez da leitura, embora seja algo que possa passar des-
percebido no texto oral. Outra marca de oralidade da entrevistada é o uso das 
abreviações “tá” (de “está”) e “pra” (de “para”) e do né (contração de “não é?”).
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car os exercícios 1 e 2 da seção “Para 
conferir”, referentes aos módulos 175 
e 176.
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EMPREGO DE PRONOMES PESSOAIS RETOS 
E DE TRATAMENTO
O pronome é uma classe gramatical que tem relação com o substantivo. Ele 
pode tanto substituí-lo como determiná-lo. Observe isso nas frases a seguir.
Módulos 177 e 178
I. João perguntou à mãe se ele poderia ir à casa do amigo.
Pronome substantivo
II. Meu filho está na casa do amigo.
Pronome adjetivo
• Tu e vós podem ser vocativos.
Na primeira frase, o pronome “ele” substitui o substantivo “João”, por 
isso é chamado de pronome substantivo. Na segunda frase, não ocor-
re uma substituição, visto que o pronome acompanha o substantivo 
“filho”, determinando-o, por isso é chamado de pronome adjetivo.
Os pronomes pessoais são, basicamente, pronomes substantivos, já 
que substituem um nome na oração. Eles indicam as pessoas grama-
ticais do discurso:
1a pessoa – quem fala: eu, nós;
2a pessoa – com quem se fala: tu, vós;
3a pessoa – de quem se fala: ele, ela, eles, elas.
Veja, a seguir, alguns casos de emprego dos pronomes pessoais retos 
e de tratamento. 
Emprego dos pronomes retos 
• Comumente, os pronomes pessoais retos exercem a função de sujeito da 
oração. 
Em diálogos, como uma entrevista, é 
importante estar atento ao uso adequado 
dos pronomes.
Eles eram um grupo de amigos muito unidos.
Ao ouvir o que ele dizia, não podíamos acreditar que aquilo era verdade.
Ó tu, que sentiste pena, deixa-me.
NA PRÁTICA
Pronome retos como 
objetos diretos
Na linguagem coloquial, é fre-
quente o uso dos pronomes re-
tos ele(s) e ela(s) como objetos 
diretos, embora isso não seja 
recomendado, pois devem ser 
usados os pronomes oblíquos. 
Observe.
X Vi elas. → Vi-as.
No entanto, eles são permiti-
dos quando antecedidos dos 
termos “apenas, “só”, “todo” 
ou quando seguidos de nume-
ral. Veja.
 Vi todas elas.
 Vi elas duas.
• Plural de modéstia: uso de nós em lugar de eu em situação formal, 
para emitir uma opinião pessoal menos impositiva, dando a impres-
são de sercompartilhada pelos ouvintes ou leitores. Exemplo:
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Na frase, o locutor emprega o verbo no plural, ainda que seja somente a 
percepção dele.
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Nestes dois módulos, será aprofunda-
do o estudo de pronomes, ao serem 
trabalhados casos de emprego dos 
pronomes pessoais retos e de trata-
mento. É importante que os alunos 
possam diferenciar em que situações, 
formais ou informais, é adequado o 
uso de cada pronome.
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Ana, Carlos e eu terminamos o projeto.
Eu, Ana e Carlos atrasamos a entrega do projeto.
Vossa Excelência sairá agora?
Nós fomos viajar ontem. → A gente foi viajar ontem.
Perguntei a Sua Excelência sobre isso, mas ele não me respondeu.
O senhor fará a palestra na próxima semana?
• Atualmente, o uso de vós é raro. Às vezes, ainda é empregado em dis-
cursos de modo cerimonioso.
• Quando há sujeito composto, em que um deles é a primeira pessoa do 
singular, é preferível colocar o pronome em último lugar da sequência, 
a não ser que seja uma ação desagradável ou que importe responsabi-
lidade, devendo, nesse caso, ser o primeiro núcleo do sujeito. Exemplos:
• Na linguagem coloquial, é comum o uso de “a gente” em lugar de “nós”.
Emprego dos pronomes de tratamento
• São pronomes usados para dirigir-se a quem se fala, ou seja, são da 2a pes-
soa. No entanto, as formas dos verbos usados com eles são da 3a pessoa.
Quando deixar explícito 
o pronome sujeito?
Para saber a resposta, leia o 
artigo disponível em: <coc.
pear.sn/QErDDdu>.
EXPLORE MAIS
• Os pronomes de tratamento na 3a pessoa, ou seja, de quem se fala, têm 
a forma “Sua” em vez de “Vossa”.
• Geralmente, os pronomes de tratamento 
são empregados para tratamento formal e 
cerimonioso. No entanto, o pronome “você” 
perdeu essa característica, sendo emprega-
do como forma de intimidade em situações 
informais, normalmente em substituição 
a “tu”.
• Os pronomes “senhor”, “senhora” e “senhori-
ta” expressam respeito ou cortesia:
• Há pronomes de tratamento que são em-
pregados de acordo com a posição social.
PRONOME DE TRATAMENTO 
(ABREVIATURA) POSIÇÃO
Vossa Alteza (V. A.) Príncipes, duques
Vossa Majestade (V. M.) Reis, rainhas
Vossa Magnificência (V. Mag.a) Reitores de universidades
Vossa Excelência (V. Ex.a)
Altas autoridades do governo 
(presidentes, senadores etc.)
Vossa Eminência (V. Em.a) Cardeais
Vossa Santidade (V. S.) Papa
Vossa Senhoria (V. S.a) Pessoas de cerimônia
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car os exercícios 3 e 4 da seção “Para 
conferir”, referentes aos módulos 177 
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ORTOGRAFIA: USO DE “E” E “I”, “O” E “U”, 
“U” E “L”; “MAL” E “MAU”
Quando você estudou transcrição de entrevista no início do capítulo, pôde 
ver que o texto escrito apresenta, muitas vezes, uma linguagem diferente 
da fala. Há diversas marcas de oralidade que não são colocadas na escrita. 
Além disso, o modo como falamos algumas palavras nem sempre corres-
ponde à maneira como as escrevemos, uma vez que a representação gráfi-
ca das letras não é necessariamente igual à pronúncia.
Tendo uma proposta de mostrar uma variação linguística regional, as 
histórias em quadrinhos do Chico Bento apresentam as conversas das per-
sonagens de modo próximo como elas falam, e não como devem ser escri-
tas, de acordo com as regras ortográficas da Língua Portuguesa. Observe 
um exemplo disso na tirinha a seguir. 
Módulos 179 e 180
NOTA
Gibi do Chico Bento
Chico Bento é uma personagem 
criada pelo cartunista Mauricio 
de Sousa, sendo de um nú-
cleo independente da Turma 
da Mônica. Ele mora na fictícia 
Vila Abobrinha, que fica no in-
terior de São Paulo. Apareceu, 
pela primeira vez, em 1963, em 
uma tirinha da Folha de S.Paulo. 
A primeira publicação de seu 
gibi ocorreu em 1982.
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Neste módulo, serão vistos pares de 
letras que são comumente confun-
didas no momento da escrita, por 
apresentarem pronúncia semelhante 
ou mesmo igual (como “u” e “l”). A ha-
bilidade da BNCC a ser desenvolvida é 
a EF67LP32 – “Escrever palavras com 
correção ortográfi ca, obedecendo às 
convenções da língua escrita.”
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— O que que você está fazendo, Zé Lelé?
— Plantando café!
— Mas você está plantando café torrado e moído?
— Claro!
— Assim, ele já nasce pronto e no saquinho!
O modo como Chico Bento e seu amigo Zé Lelé expressam-se seria similar 
ao dialeto caipira, uma variação do português que é comum em algumas 
partes do interior. Para ver claramente a diferença entre a escrita da tiri-
nha e a da norma-padrão, leia o texto a seguir, que está de acordo com as 
regras ortográficas.
Uma das diferenças perceptíveis entre a fala de Chico Bento e a escrita 
apresentada anteriormente são algumas trocas entre “e” e “i”. Em vez de 
“que”, ele fala “qui” e, em vez de “e”, fala “i”. De maneira geral, a pronúncia 
de “i” em vez de “e” não é exclusiva da turma do Chico Bento, sendo algo fre-
quente em alguns lugares do Brasil. Com isso, às vezes, a forma oral pode 
causar confusão no momento da escrita, gerando palavras com a letra “i” 
quando deveriam ser escritas com “e”.
Embora essa troca seja admitida em um texto que tenha a intenção de mos-
trar a variação linguística, deve-se conhecer a ortografia padrão para empre-
gá-la em outros contextos. A melhor maneira de não confundir as duas letras 
é a prática de leitura de textos em linguagem formal, pois isso possibilita a 
memorização visual. Não existem muitas regras exatas para saber quando se 
emprega uma ou outra letra. No entanto, conhecer algumas palavras que cos-
tumam ser confundidas pode ajudar. Veja alguns casos a seguir.
Uso de “e” e “i”
1. Verbos terminados em -oar e -uar são escritos com “e” na 3a pessoa do 
singular do presente do subjuntivo:
» abençoar: abençoe;
» doar: doe;
» magoar: magoe;
» atuar: atue;
» continuar: continue;
» pontuar: pontue.
2. Verbos terminados em -uir são escritos com “i” na 3a pessoa do singular 
do presente do indicativo:
» contribuir: contribui;
» destruir: destrói;
» evoluir: evolui.
3. Ditongos nasais, em geral, são escritos com “e”:
» pães; » mãe; » balões.
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4. “Ante” x “anti”: o prefixo “ante” significa anterioridade, enquanto o prefi-
xo “anti” significa posição contrária:
» antebraço;
» anteontem;
» anti-herói;
» antirrepublicano.
5. Alguns exemplos de palavras parônimas, ou seja, que apresentam pro-
núncia e escrita semelhantes, mas significados diferentes:
» descrição: ato de descrever;
» discrição: quem é discreto; reserva;
» emergir: sair;
» imergir: mergulhar;
» emigrante: que ou aquele que sai do país de origem;
» imigrante: que ou aquele que entra em país estrangeiro;
» eminente: alto; sublime;
» iminente: que parece que ocorrerá em breve.
Uso de “o” e “u”
Outro par de letras que costuma ser confundido é “o”/“u”. Similarmente ao 
caso de “e”/“i”, a confusão decorre da oralidade, pois é comum que a letra “o” 
seja pronunciada com o som de “u”. Veja, a seguir, alguns casos que podem 
gerar dúvida.
1. Algumas palavras que costumam ser confundidas quanto à grafia de “o” 
e “u”:
» abolir, bolacha, botijão, chover, mágoa, névoa, moleque;
» cutucar, entupir, jabuticaba, tábua.
2. Há ditongos em “oi” e “ou” que podem ser escritosnas duas formas:
» agouro – agoiro;
» cousa – coisa;
» louro – loiro.
3. Alguns exemplos de parônimos:
» comprido: longo;
» cumprido: executado;
» comprimento: extensão;
» cumprimento: execução ou saudação;
» soar: produzir som;
» suar: transpirar.
Uso de “u” e “l”
Além de “e”/“i” e “o”/“u”, costuma haver confusão no par “u”/“l”, porque a 
letra “l”, em final de sílaba, é, geralmente, pronunciada com o som de “u”. 
Veja alguns casos a seguir.
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» Mau: é o antônimo de “bom”. Em geral, é um adjetivo, mas pode fun-
cionar como substantivo também.
• Como adjetivo é sinônimo de “malvado”, “ruim”, “malfeito”, “prejudicial” etc.
Maria dormiu mal ontem. (Maria dormiu bem ontem.)
O bem venceu o mal.
Os males da sociedade ficam evidentes nos momentos de crise.
No final da história, os maus foram punidos.
Renato fez um mau negócio. (Renato fez um bom negócio.)
• Como substantivo é sinônimo de “infelicidade”, “maldade”, “doença”, 
“aflição”, “defeito” etc.
• Como substantivo, significa “quem pratica o mal”.
1. Em verbos, a forma da 3a pessoa do singular do pretérito perfeito do 
indicativo sempre é escrita com “u”:
» jogou, comeu, lavou, partiu, falou.
2. Quando a palavra termina em “u”, seu plural é feito com o acréscimo 
de “s” após o “u”. Quando a palavra termina em “l”, seu plural é feito, em 
geral, com o acréscimo de “is” no lugar do “l” (há exceções, como “mal”– 
“males”):
» céu: céus;
» europeu: europeus;
» jornal: jornais;
» legal: legais.
3. Um exemplo de palavras com mesma pronúncia, mas que diferem na 
escrita exatamente pelas letras “l” e “u”, é “mal” e “mau”. Veja a diferença 
entre elas.
» Mal: é o antônimo de “bem”. Pode ser um advérbio ou um substantivo.
• Como advérbio, é sinônimo de “de modo ruim”, “insatisfatoriamen-
te”, “com muita dificuldade”, “de forma cruel”, “erradamente” etc.
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car o exercício 5 da seção “Para confe-
rir”, referente aos módulos 179 e 180.
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CAPÍTULO 30
PERGUNTAR PARA SABER
Módulos 175 e 176 | Transcrição de entrevista
Releia o texto “Brasileira explica tratado global de oceanos e expedição internacional que chegará 
aos corais da Amazônia” para responder às questões de 1 a 4.
1. O que é o Tratado Global de Oceanos?
2. De acordo com Julia Zanolli, o que cada pessoa pode fazer para contribuir para a proteção do meio 
ambiente?
3. Neste trecho da transcrição da entrevista “você pode nos falar exatamente sobre o que é que está se 
falando aqui nas Nações Unidas?”, qual expressão funciona como realce, podendo ser retirada sem 
que haja alteração de sentido da frase?
4. Considerando o conteúdo da entrevista, qual seria o perfil do público que teria interesse nela?
5. Assinale as frases que apresentam marcas de oralidade.
 Preciso de ajuda pra carregar tudo isso pro carro.
 Gostaríamos de que as políticas públicas fossem mais bem planejadas.
 Eu acho é…. que talvez isso não seja uma boa ideia.
 Até a metade da história, o filme tava interessante. 
Exercícios de aplicação
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É um tratado voltado para a proteção de águas que estão além dos limites fronteiriços dos países. Com esse tratado, há 
possibilidade de se proteger até 30% dos mares até 2030, com a criação, por exemplo, de áreas marinhas livres de ativi-
dades humanas prejudiciais.
Para ela, é importante que cada pessoa pressione os governantes em relação ao comprometimento com medidas de 
proteção do meio ambiente. Sabendo que serão cobrados por isso, é mais fácil eles aderirem a acordos como o Tratado 
Global de Oceanos.
O perfi l do público da entrevista seria de pessoas preocupadas com a preservação do meio ambiente, em especial dos 
oceanos. Assim, pode ser uma grande faixa da população, como jovens estudantes, ativistas, políticos etc.
É a expressão “é que”.
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6. O texto a seguir tem marcas de oralidade. Faça a edição dele, de modo que fique mais próximo da 
linguagem escrita.
então expliquei a história do livro pra um amigo… mas… é… ele pareceu desinteressado… sabe… 
ele não fez nenhum comentário… bom… já tinha esquecido isso quando ele apareceu outro dia 
e… hmm… começou a falar sobre o livro…
7. Enem
eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e minha mãe vieram se conhe-
cer... né... que... minha mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... meu avô... 
materno no caso... era maquinista... ele sofreu um acidente... infelizmente morreu... 
minha mãe tinha cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho... tinha 
dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... 
no caso... estava... com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro 
local e pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde 
eles moravam e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... né... e meu... e minha 
família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga 
pra funcionário do Banco do Brasil e: ela foi parar na rua do meu pai... né... e começa-
ram a se conhecer... namoraram onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é 
lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito 
interessante porque foi uma coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer... 
namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete anos de casados…
CUNHA, M. A. F. (Org.). Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade de Natal. 
Natal: EdUFRN, 1998.
Na transcrição da fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente 
repetição do termo “né”. Essa repetição é um(a)
a. índice de baixa escolaridade do falante. 
b. estratégia típica de manutenção da interação oral. 
c. marca de conexão lógica entre conteúdos na fala. 
d. manifestação característica da fala regional nordestina. 
e. recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.
8. Que tal transcrever uma entrevista? Colaborativo
Como fazer
a. Junto à classe, escolha um vídeo ou um áudio de uma entrevista de duração máxima de cinco 
minutos. 
b. Forme dupla com um colega para trabalharem juntos na transcrição. 
c. Primeiramente, faça uma transcrição literal da entrevista. 
d. Em seguida, faça a edição dela para que seja acessível a quem não pôde ouvir/ver a entrevista, 
de modo que não haja muitas marcas de oralidade e tenha pontuação adequada a um texto 
escrito. No entanto, evite fazer muitas alterações, que possam produzir a descaracterização do 
entrevistado e fornecer informações tendenciosas.
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Sugestão: Expliquei a história do livro para um amigo, mas ele pareceu desinteressado, pois não fez nenhum comentário. 
Já tinha esquecido esse assunto quando ele apareceu, outro dia e começou a falar sobre o livro.
7. A expressão “né” é típica 
da oralidade, sendo uma 
espécie de pedido de con-
cordância em um diálogo. A 
alternativa a está incorreta, 
porque o emprego de “né” 
não indica a escolaridade do 
falante, sendo meramente 
uma variação de registro lin-
guístico. A alternativa c está 
incorreta, porque a expres-
são “né” não é um marcador 
de conexão, sendo uma for-
ma de interação do falante 
com seu interlocutor. A alter-
nativa d está incorreta, por-
que não se trata de variação 
regional. A alternativa e está 
incorreta, porque “né” não é 
um recurso de ênfase.
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Leia o texto a seguir e responda às questões 9 a 12.
Exercícios propostos
9. As entrevistas publicadas na coluna de Deborah Solomon são transcrições literais? Explique.
10. Todas as entrevistas de Deborah são feitas oralmente?
Sobre entrevistas e regras de edição
Em sua coluna deste domingo [14/10/07], o ombudsman do New York Times, Clark Hoyt, 
avaliou a coluna “Questions For”, de Deborah Solomon, publicada na revista do diário. 
A rubrica foi criticada recentemente quando um repórter do New York Press, semanário 
gratuito, entrevistou dois jornalistas – Amy Dickinson, do Chicago Tribune, e Ira Glass, 
criador do programa de rádio This American Life – que revelaram que suas entrevistas 
publicadas na coluna de Deborah continham perguntas que ela não havia feito.
Segundo Hoyt, alguns leitores podem imaginar que as entrevistas que a colunista 
realiza fluem tão bem como bate-papos na varanda, pois o texto sugere uma transcri-
ção literal. No entanto, a realidade é bem diferente: Deborah tem de entregar uma co-
luna com aproximadamente 700 palavras a cada semana, o que significa que ela deve 
sintetizar uma entrevista que dura, às vezes, mais de uma hora e que rende mais de 
10 mil palavras. A ordem das perguntas e respostas é alterada em alguns momentos, 
para dar mais clareza, alegam os editores. Pelo menos três entrevistas já foram feitas 
por e-mail, porque os entrevistados não falavam inglês ou tinham dificuldade de fala.
Sem mãe
Ainda assim, a maior parte dos entrevistados não reclamou destas pequenas alte-
rações, embora os dois jornalistas não tenham sido os primeiros. No ano passado, a 
revista publicou uma carta de Tim Russert, da NBC, que reclamou que a entrevista 
de Deborah com ele foi “insensível, enganosa e danosa”. Russert, autor de dois livros 
sobre seu pai, contou ao ombudsman que Deborah lhe disse que a entrevista seria 
uma oportunidade de falar sobre sua mãe no Dia das Mães. No entanto, a coluna teve 
como título “Tudo sobre o meu pai” e foi apresentada de modo a parecer que ele evitou 
responder às perguntas sobre a mãe. “Falei muito sobre a minha mãe, mas nada foi 
publicado”, conta.
Gerald Marzorati, editor da revista, analisou o caso e disse que ele tinha “mais ou 
menos” razão. “Ele falou sobre sua mãe e Deborah fez parecer que não”, concordou 
Marzorati. A colunista confessa que errou ao não colocar o que Russert falou sobre 
a mãe. Depois deste episódio, uma nova regra foi colocada em prática, exigindo que 
Deborah entregue as fitas de suas entrevistas para seu editor ou para um pesquisador 
da revista, caso algo parecido volte a ocorrer.
[…]
Sobre entrevistas e regras de edição. Observatório de imprensa. 16 out. 2007. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/lJ8bj2e>. Acesso em: maio 2020.
VOCABULÁRIO
Ombudsman: jorna-
lista, contratado de 
fora ou pertencente 
ao quadro de funcio-
nários da empresa, 
que, de maneira in-
dependente, critica o 
material publicado e 
responde às queixas 
dos leitores.
Rubrica: coluna, seção 
de jornal ou revista.
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Não. As transcrições sofrem cortes, já que a coluna de Deborah deve conter apenas 700 palavras e, em alguns casos, a 
entrevista completa pode ter, aproximadamente, 10 mil palavras. 
Não, nem todas são feitas oralmente. Há casos de entrevistas realizadas por e-mail, em razão da difi culdade de fala do 
entrevistado ou de ele não ter domínio do idioma inglês.
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Exercícios de aplicação
eu gostava muito de passeá... saí com as minhas colegas... brincá na porta di casa di 
vôlei... andá de patins... bicicleta... quando eu levava um tombo ou outro... eu era a::... a 
palhaça da turma... ((risos))... eu acho que foi uma das fases mais... assim... gostosas da 
minha vida foi... essa fase de quinze... dos meus treze aos dezessete anos...
A. P. S., sexo feminino, 38 anos, nível de Ensino Fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG, 2010. Inédito.
11. Qual foi a reclamação de Tim Russert sobre sua entrevista com Solomon?
12. Considerando o texto lido, qual é o problema em se editar uma entrevista?
13. Enem
Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A. P. S. como modalidade 
falada da língua é
a. predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas. 
b. vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português. 
c. realização do plural conforme as regras da tradição gramatical. 
d. ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados. 
e. presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.
Módulos 177 e 178 | Emprego de pronomes pessoais retos e de tratamento
1. Indique a qual substantivo se refere o pronome destacado nas frases a seguir.
a. Pedro e Mariana adotaram duas cachorrinhas. Elas haviam sido abandonadas pelo antigo dono.
b. Perguntei à minha filha sobre a viagem, mas ela ainda não sabia se iria.
c. Bruno fez uma bela declaração à Clara, ainda que ele não tivesse ensaiado.
Leia a tirinha do Armandinho a seguir e responda às questões de 2 a 4.
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O pronome “elas” se refere ao substantivo “cachorrinhas”.
O pronome “ela” se refere ao substantivo “fi lha”.
O pronome “ele” se refere ao substantivo próprio “Bruno”.
Tim Russert considera que a entrevista que foi publicada não condiz totalmente com a entrevista que deu, pois pareceu 
que ele somente falou sobre o pai, quando, na realidade, ele falou muito sobre a mãe.
A edição de uma entrevista pode distorcer a realidade dos fatos. Como não apresenta todas as informações reveladas na 
entrevista, uma publicação editada pode ser tendenciosa ao mostrar somente determinada perspectiva do entrevistado.
13. Na transcrição, as re-
ticências indicam pausas. 
Além disso, há diversos 
exemplos do emprego de 
linguagem informal, como 
“passeá”, “brincá”, “andá”, 
em que o “r” está ausente, ou 
a fala de “i” em lugar de “e”.
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2. Por que o modo como Armandinho emprega os pronomes de tratamento produz efeito de humor?
3. Relacione os pronomes de tratamento mencionados na tirinha à pessoa adequada.
a. Vossa Excelência
b. Vossa Magnificência
c. Vossa Majestade
 Reitor de universidade
 Presidente da República
 Rei
4. Se Armandinho substituísse “Vossa” por “Sua”, ele estaria fazendo uso correto dos pronomes de 
tratamento? Explique.
5. Leia as frases a seguir.
O pai comprou um bolo para a sobremesa.
O pai comprou ele para a sobremesa.
O pai comprou-o para a sobremesa.
A substituição de “um bolo” por um pronome é adequada nas duas últimas frases?
6. Enem
Quando Rubem Braga não tinha assunto, ele abria a janela 
e encontrava um. Quando não encontrava, dava no mes-
mo, ele abria a janela, olhava o mundo e comunicava que 
não havia assunto. Fazia isso com tanto engenho e arte 
que também dava no mesmo: a crônica estava feita. Não 
tenho nem o engenho nem a arte de Rubem, mas tenho 
a varanda aberta sobre a Lagoa – posso não ver melhor, 
mas vejo mais. [...] Nelson Rodrigues não tinha problemas. 
Quando não havia assunto, ele inventava. Uma tarde, 
estacionei ilegalmente o Sinca-Chambord na calçada do 
jornal. Ele estava com o papel na máquina e provisoria-
mente sem assunto. Inventou que eu descia de um relu-
zente Rolls Royce com uma loura suspeita, mas equiva-
lente à suntuosidade do carro. Um guarda nos deteve, eu 
tentei subornar a autoridade com dinheiro, o guarda não 
aceitou o dinheiro, preferiu a loura. Eu fiquei sem a multa 
e sem a mulher. Nelson não ficou sem assunto.
CONY, C. H. Folha de S.Paulo. 2 jan. 1998. Adaptado.
O autor lançou mão de recursos linguísticos que o auxiliaram na retomada de informações dadas 
sem repetirtextualmente uma referência. Esses recursos pertencem ao uso da língua e ganham 
sentido nas práticas de linguagem. É o que acontece com os usos do pronome “ele” destacados no 
texto. Com essa estratégia, o autor conseguiu
a. confundir o leitor, que fica sem saber quando o texto se refere a um ou a outro cronista. 
b. comparar Rubem Braga com Nelson Rodrigues, dando preferência ao primeiro. 
c. referir-se a Rubem Braga e a Nelson Rodrigues, usando igual recurso de articulação textual. 
d. sugerir que os dois autores escrevem crônicas sobre assuntos semelhantes. 
e. produzir um texto obscuro, cujas ambiguidades impedem a compreensão do leitor.
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Porque ele os emprega de modo inadequado. Armandinho não os usa de acordo com a posição social de seu interlocutor, 
visto que este é sempre o mesmo, seu pai. Assim, nos dois primeiros quadrinhos, ao relacionar um adjetivo ao pronome 
de tratamento, tem-se um efeito cômico.
Não, seria um emprego inadequado, pois “Sua” é usado para a terceira pessoa, ou seja, de quem se fala; no entanto, na 
tirinha, ele está falando diretamente com o pai, ou seja, deve-se usar a segunda pessoa.
Só é adequada na terceira frase, pois o pronome pessoal do caso reto (“ele”) não pode ser objeto direto. Como “um bolo” 
é o objeto direto do verbo “comprar”, o pronome que se refere a ele deve ser um pronome pessoal do caso oblíquo: “o” 
da terceira frase.
6. No texto, o pronome pes-
soal reto “ele” é empregado 
como um recurso de coesão. 
Ao fazer a referência anafóri-
ca aos nomes dos cronistas, 
evita repetição. Pela dispo-
sição dos nomes no texto, 
é evidente que os dois pri-
meiros “ele” retomam “Ru-
bem Braga”, enquanto os 
dois últimos “ele” retomam 
Nelson Rodrigues.
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Exercícios propostos
Leia a tirinha a seguir para responder às questões 8 e 9.
7. Por que o emprego do pronome pessoal “ele” pode causar ambiguidade na seguinte frase: “Rafael 
combinou de ir à festa com Paulo, mas ele não apareceu no horário marcado.”?
8. O que expressa o pronome de tratamento “senhor” empregado na tirinha? Por que esse pronome 
gera efeito de humor?
9. No último quadrinho, a fala do vendedor apresenta “senhor” duas vezes. As duas formas de uso de 
“senhor” exercem a mesma função sintática? Explique.
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O pronome “ele” pode referir-se a qualquer nome masculino mencionado anteriormente, portanto, como há dois substan-
tivos masculinos (Rafael e Paulo) antes dele, o pronome pode estar retomando tanto um quanto o outro nome.
O pronome “senhor” é uma forma de o locutor expressar respeito ou cortesia com o interlocutor. O que gera humor na 
tirinha é o homem pedir para não ser chamado de senhor e o garoto concordar, usando a palavra, porém fazendo uso 
desse pronome.
Não, eles exercem função sintática diferente. O primeiro “senhor” é o sujeito da oração, enquanto o segundo é vocativo.
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10. Enem
O senhor
Carta a uma jovem que, estando em uma roda em que dava aos presentes o tratamen-
to de você, dirigiu-se ao autor chamando-o “o senhor”.
Senhora: 
Aquele a quem chamastes senhor aqui está, de peito magoado e cara triste, para vos 
dizer que senhor ele não é, de nada nem de ninguém. 
Bem o sabeis, por certo, que a única nobreza do plebeu está em não querer esconder 
sua condição, e esta nobreza tenho eu. Assim, se entre tantos senhores ricos e nobres 
a quem chamáveis você escolhestes a mim para tratar de senhor, é bem de ver que só 
poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa e na prata de meus ca-
belos. Senhor de muitos anos, eis aí; o território onde eu mando é no país do tempo que 
foi. Essa palavra “senhor”, no meio de uma frase, ergueu entre nós um muro frio e triste. 
Vi o muro e calei: não é de muito, eu juro, que me acontece essa tristeza; mas também 
não era a vez primeira.
BRAGA, R. A borboleta amarela. Rio de Janeiro: Record, 1991.
A escolha do tratamento que se queira atribuir a alguém geralmente considera as situações espe-
cíficas de uso social. A violação desse princípio causou mal-estar no autor da carta. O trecho que 
descreve essa violação é
a. “Essa palavra, ‘senhor’, no meio de uma frase ergueu entre nós um muro frio e triste.” 
b. “A única nobreza do plebeu está em não querer esconder a sua condição.” 
c. “Só poderíeis ter encontrado essa senhoria nas rugas de minha testa.” 
d. “O território onde eu mando é no país do tempo que foi.” 
e. “Não é de muito, eu juro, que acontece essa tristeza; mas também não era a vez primeira.”
11. Quanto ao uso do pronome “senhor”, qual é a semelhança entre a tirinha de Willtirando e o texto de 
Rubem Braga?
Módulos 179 e 180 | Ortografia: Uso de “e” e “i”, “o” e “u”, “u” e “l”; “mal” e “mau”
Exercícios de aplicação
1. Reescreva as frases a seguir, passando os verbos para o presente e mantendo o modo verbal original.
a. A empresa construiu mais prédios que casas.
b. O diretor queria que o rapaz atuasse em sua peça.
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10. O emprego de “senhor” 
pela locutora criou um afas-
tamento entre ela e o inter-
locutor, como pode ser visto 
no trecho “Essa palavra, ‘se-
nhor’, no meio de uma frase 
ergueu entre nós um muro 
frio e triste.”
Em ambos os textos, os homens sentem-se incomodados ao serem chamados de “senhor”. Esse pronome é um modo 
de respeito, portanto é sinal de uma relação mais distante entre locutor e interlocutor. Além disso, é comum ver pessoas 
sentirem-se ofendidas com seu uso por acharem que quem os usa se refere ao envelhecimento delas, e não exatamente 
a um tratamento respeitoso.
A empresa constrói mais prédios que casas.
O diretor quer que o rapaz atue em sua peça.
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c. Ana Carolina pediu que o filho doasse seus brinquedos antigos.
d. A ajuda do especialista contribuirá para a finalização do projeto.
2. Leia a tirinha a seguir.
a. Qual é a classe gramatical das palavras “mal” e “mau” empregadas na tirinha?
b. O que gera efeito de humor no último quadrinho?
3. Assinale a alternativa que contém as palavras que completam adequadamente as lacunas do texto 
a seguir.
Após os entre os membros, iniciou-se a reunião. Fazia muito calor no dia e não havia 
ar-condicionado: todos . Quando a fala do diretor parecia não acabar, as seis 
horas da tarde , e todos puderam ir embora.
a. comprimentos; suavam; cumprida; soaram
b. cumprimentos; soavam; comprida; suaram
c. comprimentos; soavam; cumprida; suaram
d. cumprimentos; suavam; comprida; soaram
e. cumprimentos; suavam; cumprida; suaram
4. Passe as palavras seguintes para o plural.
a. Céu: 
b. Mal: 
c. Mau: 
d. Jornal: 
e. Girassol: 
f. Degrau: 
g. Animal: 
h. Chapéu: 
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3. “Cumprimentos”: sau-
dações; “suavam”: transpi-
ravam; “comprida”: longa; 
“soaram”: anunciaram-se 
por som.
O humor decorre da brincadeira com o termo “bom”, ao se escolher a palavra “bombom”. Ainda que ela seja formada 
de dois “bom”, não tem relação alguma com o sentido de “bom”, sendo apenas um tipo de chocolate.
“Mal” é substantivo, e “mau” é adjetivo.
Ana Carolina pede que o fi lho doe seus brinquedos antigos.
A ajuda do especialista contribui para a fi nalização do projeto.
céus girassóis
degraus
animais
chapéus
males
maus
jornais
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5. Assinale a alternativa que contém as palavras que preenchem adequadamente as lacunasdo texto 
a seguir.
O rapaz não falava muito de sua vida pessoal e agia sempre com . Dúvidas 
sobre o que ele fazia. Diziam que ele ocupava uma posição no governo. 
a. descrição; imergiam; iminente
b. discrição; emergiam; eminente
c. discrição; imergiam; iminente
d. descrição; emergiam; iminente
e. descrição; imergiam; eminente
6. Complete as palavras a seguir, usando e ou i.
a. b souro 
b. t soura 
c. abenço 
d. caqu 
e. ant biótico 
f. possu 
g. ant ontem
h. m ndigo
i. squeiro
j. antipát co
7. Observe a tabela e marque a letra que completa corretamente a palavra. 
Exercícios propostos
PALAVRA COM “O” COM “U” ESCRITA CORRETA
Táb a
M squito
C zinha
Ch visco
B eiro
Ent pir
Gas lina
Cam ndongo
Sin site
Expl dir
8. Em qual alternativa ambas as palavras estão escritas de forma correta?
a. Pincel, coucha
b. Aumoço, jornal
c. Mingau, painel
d. Soldado, saudade
e. Degral, astronauta
9. Assinale a alternativa em que o uso de mal e mau está de acordo com a norma culta de nossa língua.
a. Os alunos se sentiram mau depois da viagem.
b. Ele não é mal! Só um pouco bravo.
c. O mau humor daquele instrutor estava além do normal.
d. A mesa tinha ficado mau arrumada ontem.
e. Este visual não ficou mal! 
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5. “Discrição”: reserva; 
“emergiam”: apareciam; 
“eminente”: alta.
X Tábua
X Mosquito
X Cozinha
X Chuvisco
X Bueiro
X Entupir
X Gasolina
X Camundongo
X Sinusite
X Explodir
e
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8. As palavras incorretas 
devem ser corrigidas da se-
guinte forma: colcha, almoço 
e degrau.
9. Na alternativa a, o correto 
é “mal”: Os alunos se senti-
ram bem depois da viagem. 
Na alternativa b, o correto é 
mau: Ele não é mau! Só um 
pouco bravo. Na alternativa 
d, o correto é mal: A mesa 
tinha fi cado bem arrumada 
ontem. Na alternativa e, o 
correto é mau: Esse visual 
não fi cou bom!
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Módulos 175 e 176
Módulos 177 e 178
Módulos 179 e 180
1. Sobre as características da transcrição de entrevista, pode-se afirmar que
 é a prática de traduzir um texto.
 é feita a passagem de um documento oral para um escrito.
 nem sempre as publicações impressas representam a transcrição literal da entrevista.
2. As frases a seguir apresentam marcas de oralidade. Assinale aquela que aponta uma expressão de 
realce como marca de oralidade.
 Nossa, você escreveu isso pra ela?
 O que é que faremos agora?
 Você não concorda com ele, né?
3. Preenchas as lacunas com o pronome de tratamento adequado.
a. O cidadão perguntou ao senador:
— , qual lado apoiará na questão sobre a reforma econômica?
b. Um dos padres falava com outro sobre a decisão do Papa:
— Achei que foi sábia.
4. Leia a frase a seguir e assinale V para as afirmações verdadeiras F para as falsas.
Olívia, Vítor e eu conquistamos o prêmio de melhor invenção do ano.
 Embora, em um sujeito composto, o pronome “eu” possa ser o primeiro da sequência, reco-
menda-se colocá-lo nessa posição somente quando se trata de uma ação desagradável ou 
que importa responsabilidade.
 Caso se substituísse o sujeito composto da frase por um único pronome, este seria o pro-
nome “nós”.
 Em linguagem coloquial, é comum trocar o pronome “nós” por “a gente”. Se houvesse essa tro-
ca, a forma verbal não mudaria, ou seja, continuaria “conquistamos”, de acordo com a norma-
-padrão da Língua Portuguesa.
5. Preencha as lacunas das frases com uma das palavras do par sugerido, de modo que fique de acordo 
com o sentido do texto.
a. O atleta estava na corrida, mas conseguiu recuperar-se nos metros finais. 
(mal/mau)
b. A sua não foi fiel ao que realmente ocorreu. (descrição/discrição)
c. O do sofá era de 1,5 metro. (comprimento/cumprimento)
d. O cheiro do rio fazia as pessoas evitarem aquele caminho. (mal/mau)
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Vossa Excelência
Sua Santidade
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descrição
comprimento
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Linguagem escrita
Transcrição de 
entrevista
ENTREVISTA
Texto informativo
Passagem do texto oral 
para o texto escrito
Ortografia
Uso de “e” e “i”
Uso de “o” 
e ”u”
Uso de “u” e “l”
Uso de “mal” 
e “mau”
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Exercícios propostos
Nome:
Número: Ano: Módulo(s):
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5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
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 pág. Redação 25
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1. Quanto ao primeiro critério, é importante que os alunos tenham escolhido tratar de um evento esportivo.
2. Para o segundo critério, avalia-se se os alunos conseguiram apresentar características gerais de uma crônica esportiva, como narrar e 
comentar um acontecimento esportivo, de modo descontraído e mais informal.
3. O terceiro critério tem relação com o atendimento ao gênero textual de maneira mais ampla. Embora uma crônica não precise ser, 
necessariamente, narrativa, na orientação da redação é solicitado que os alunos contem o acontecimento esportivo. Assim, alguns ele-
mentos narrativos – como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador – devem estar presentes no texto.
4. Neste critério, é importante avaliar se os alunos conseguiram fazer em seus textos não apenas a narração do acontecimento, mas 
também uma refl exão sobre o assunto.
5. O quinto critério corresponde à coerência. É preciso avaliar a organização e a clareza das informações apresentadas, sem que uma se 
confunda com outra ou alguma não possa ser imediatamente compreendida pelo leitor.
6. Este critério avalia se os alunos conseguem desenvolver seu texto sem a repetição desnecessária de palavras. É importante que eles 
sejam incentivados a ampliar seu vocabulário para desenvolver a coesão textual.
7. Deve-se verifi car o domínio que os alunos têm das regras ortográfi cas. 
8. É importante que os alunos já desenvolvam o emprego correto de sinais de pontuação, no entanto, o estudo mais cuidadoso desse 
tópico será realizado no 8o e no 9o ano.
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29.
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31.
32.
33.
34.
35.
Módulos 172, 173 e 174 | Análise e produção de crônicas esportivas
CRITÉRIOS GERAIS NOTA CRITÉRIOS DE ANÁLISE DO TEXTO ESCRITO/EVIDÊNCIA Sim Parcialmente Não
Tema 1. Atende ao tema proposto?
Gênero
2. Corresponde a uma crônica esportiva?
3. Apresenta elementos narrativos?
4. Propõe uma reflexão?
Coesão e 
coerência
5. Expõe ideias de modo claro?
6. Repete palavras sem necessidade?
Língua
7. Respeita as normas ortográficas?
8. Faz uso da pontuação adequadamente?
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PROJETO INTERDISCIPLINAR
GRUPOS 10, 11 E 12 | 
AÇÃO E EVOLUÇÃO 
Objetivo
Refletir, juntamente com o grupo, sobre a evolução hu-
mana como fruto de um movimento cultural, histórico 
e constante no qual novas necessidades e condições 
são impostas a todas as práticas sociais e áreas do co-
nhecimento.
Áreas trabalhadas
Ciências Sociais, Ciências da Natureza e Língua Por-
tuguesa
Justificativa
Discutir sobre a questão e a trajetória da evolução huma-
na é elemento fundamental para nos entendermos como 
seres culturais, históricos e sociais que somos e como ne-
cessidades, desejos e interesses abrem perspectivas, ofe-
recendo, muitas vezes, soluções para problemas eminen-
tes da humanidade. 
Material necessário
Lousa
Giz ou pincel adequado à lousaComputador conectado à internet 
Material para escrita
Procedimento
Propor ao grupo uma reflexão como a humanidade, 
desde a descoberta do fogo e/ou da roda, por exem-
plo, vem evoluindo para encarar os desafios de todo 
fazer humano: cotidiano, ciências, tecnologias etc. 
Exemplificar de que maneira a realidade enfrenta-
da mundialmente pela presença da covid-19 impôs 
pesquisas à corrida para obter uma vacina de com-
bate à doença. Outros pontos podem ser levantados 
como o fato de as novas tecnologias criarem formas 
de comunicação, de geração de energia, de evolu-
ção na pesquisa de medicamentos e de tratamentos 
para diversas doenças, que podem e devem atender 
às mais diversas comunidades. 
Após introduzir a temática da discussão, pedir aos 
alunos que, em roda, proponham outros exemplos 
que contribuam para a elucidação do tema tratado. 
Anotar as sugestões em tópicos no quadro, pedindo 
que seja feita uma breve exposição de cada um dos 
tópicos encaminhados. Finalizada a etapa de levan-
tamento, solicitar que os alunos se organizem em 
grupos de três participantes, realizem uma pesqui-
sa a respeito do tema determinado a cada grupo e, 
por fim, escrevam um texto, cujo título sugerimos 
“Ação e evolução”, para ser, posteriormente, lido e 
discutido com os demais grupos.
Conclusão
Realizar com os alunos um processo de autoavaliação, 
considerando as seguintes perguntas:
Sugestões de perguntas
— O que você achou mais interessante sobre as dis-
cussões e reflexões nesse projeto?
— O que mais lhe chamou atenção nas apresentações 
dos demais grupos?
— O que a discussão desse tema mais acrescentou 
a você?
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