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LÍ N G U A P O R TU G U ES A G ru po s: 1 0, 1 1 e 12 www.coc .com.br Ensino Fundamental - Anos Finais SÉTIMO ANO Volume4 LIVRO DO PROFESSOR 101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR CAPA_G10 G11 e G12.indd 1 25/06/2020 18:21 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C DA DO S ESCOLA: NOME: TURMA: NÚMERO: HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO 101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR CAPA_G10 G11 e G12.indd 2 25/06/2020 18:21 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Ensino Fundamental - Anos Finais SÉTIMO ANO Volume4 LIVRO DO PROFESSOR LÍ N G U A P O R TU G U ES A G ru po s 10 , 1 1 e 12 101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR INICIAIS_G10 G11 e G12.indd 1 13/07/2020 14:27 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C EDITORIAL Todos os direitos desta publicação são reservados à Pearson Education do Brasil S.A. Fone: (16) 3238.6300 Av. Dr. Celso Charuri, 6391 Jardim São José – Ribeirão Preto - SP CEP 14098-510 www.coc.com.br Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa Direção editorial de Educação Básica e Universidades Alexandre Ferreira Mattioli Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli Gerência de design Cleber Figueira Carvalho Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro Coordenação de design Vanessa Cavalcanti Autoria Fábia Alvim Editoria responsável Erika Akime Tawada Boldrin Editoria pedagógica Anita Adas Editoria de conteúdo Éverton Silva, Juliana Fernandes Rosa, Miriam Margarida Grisolia, Thalita Andrade da Silva Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida Assistência de editoria Ana Beatriz Rodrigues Ferrari, Mariana Paulino Silva, Mariane de Mello Genaro Feitosa Preparação e revisão gramatical Ivone Teixeira, Leandro Requena Pereira, Mariane Genaro de Mello Feitosa, Milena Contador Lotto, Miriam Margarida Grisolia Organização de originais Marisa Aparecida dos Santos e Silva Editoria de arte Natália Gaio Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla Pesquisa e licenciamento Heraldo Colon Jr., Maricy Queiroz, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini Editoria de Ilustração Carla Viana Ilustração Danilo Dourado | Red Dragon Ilustrações Capa e projeto gráfico APIS design Diagramação e arte final APIS design PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr. SISTEMA COC DE ENSINO 101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR INICIAIS_G10 G11 e G12.indd 2 13/07/2020 14:27 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 10 GRUPO “Com os modernos, consagram-se os princípios da liberdade individual e da igualdade de todos perante a lei: o indivíduo se afirma como o referencial último da ordem democrática. Pela primeira vez na história, as regras da vida social, a lei e o saber não são mais recebidos de fora, da religião ou da tradição, mas construídos livremente pelos homens, únicos autores legíti- mos de seu modo de ser coletivo. Enquanto o poder deve ema- nar da livre escolha de cada um e de todos, ninguém deve ser mais coagido a adotar esta ou aquela doutrina e submeter-se as regras de vida ditadas pela tradição. Direito de eleger seus governantes, direito de se opor ao poder estabelecido, direito de buscar por si mesmo a verdade, direito de conduzir a vida segundo sua própria vontade: o individualismo aparece como o código genético das sociedades democráticas modernas. Os direitos humanos são sua tradução institucional. […] É inegá- vel que, ao celebrar o sempre novo e os gozos do aqui-agora, a civilização consumista opera continuadamente para enfra- quecer a memória coletiva, acelerando o declínio da continui- dade e da repetição ancestral. [...] A essência do individualismo é mesmo o paradoxo. Ante a desestruturação dos controles sociais, os indivíduos em contexto pós-disciplinar têm a opção de assumir a responsabilidade ou não, de autocontrolar-se ou deixar-se levar. ” Gilles Lipovetsky AÇÃO E CONQUISTA W IL LI A M _P O TT ER /I ST O CK CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 11 03/07/2020 08:51 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C CONHEÇA SEU LIVRO EXERCÍCIOS Agrupados para facilitar o estudo e a revisão de conteúdos, são divididos em exercícios de aplicação, trabalhados em sala, e exercícios propostos, realizados em casa ou em outros momentos. ABERTURA DE CAPÍTULO Traz elementos que dialogam com o texto introdutório, buscando contextualização e estimulando a reflexão sobre o assunto em estudo. MÓDULO Reunido em capítulos, sistematiza a teoria que será trabalhada no grupo. Os exercícios referentes aos módulos são organizados após a teoria para facilitar a rotina de estudos. OBJETIVOS DO GRUPO Relação dos objetivos de aprendizagem a serem desenvolvidos no grupo. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 6 03/07/2020 08:50 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C ORGANIZADOR VISUAL Propõe uma revisão dos conceitos e estabelece conexões entre eles, proporcionando uma articulação entre os conteúdos do capítulo. PRODUÇÃO DE TEXTO As folhas de redação são destacáveis, facilitando o uso pelo aluno e a correção pelo professor. ENCARTES E ADESIVOS Apresentam recursos complementares que enriquecem o desenvolvimento dos módulos. PARA CONFERIR Momento indicado para conferir a aprendizagem de conteúdos. Pode ser aplicado ao final do capítulo ou durante seu desenvolvimento. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 7 03/07/2020 08:50 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C EXPLORE MAIS São dicas de sites, textos e links, em ambiente digital, relacionados ao conteúdo estudado, possibilitando ampliação e aprofundamento. NOTA Traz informações históricas ou sobre estudiosos que se destacaram no contexto do conteúdo em estudo. Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive. Ricardo Reis QUADRO DE TEXTO Com referência direta ao que está sendo trabalhado, permite o contato com diversos autores. VOCABULÁRIO Explica, de maneira mais acessível e dentro do contexto, termos e conceitos, favorecendo sua assimilação, compreensão e apropriação. CONHEÇA SEU LIVRO As miniaturas são um recurso discursivo que facilitam a contextualização dos quadros com o texto principal, indicando nele em que ponto a informação adicional está relacionada. MINIATURAS DOS ÍCONES BOXES E ÍCONES Eurocêntrico: centrali- zado na Europa e nos eu- ropeus; interpretação do mundo segundo valores da Europa Ocidental. Sociedade estamental: sociedade organizada em estamentos, ou seja, em grupos sociais, e que não comportava mobilidade entre os grupos. VOCABULÁRIO NOTA Isaac Newton (1643-1727) Um dos grandes nomes da ciência foi o cientista inglês Isaac Newton, que publicou inúmeras obras, sendo uma das mais importantes para a humanidade o livro Princípios Matemáticos da Filosofia Na- tural (1687), trazendo contri- buições para a área da Mate- mática e da Física. Nesse livro, Newton apresenta a relação entre a mudança da velocida- de ao longo do tempo com a massa do corpo em questão. Parque Nacional da Serra da Capivara Saiba mais sobre um dos sítios arqueológicos mais importantes do continente, considerado um Patrimô- nio Cultural da Humanida- de pela Unesco, situado no Piauí, acessando o site em: <coc.pear.sn/ovjGrlo>. EXPLORE MAIS CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 8 03/07/2020 08:50 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C SELOS pág. Encarte 399 pág. Redação399 Colaborativo PARA IR ALÉM Oportunidade de aprofundar o conteúdo e desenvolver uma postura investigativa, estimulando a reflexão ao despertar a curiosidade e o interesse. GRUPO TEMÁTICO Momento em que o grupo temático é trabalhado, por meio do qual as ligações entre as disciplinas são evidenciadas. NA PRÁTICA Apresenta conceitos da disciplina aplicados em situações do cotidiano ou em outras áreas do conhecimento, servindo também à divulgação científica. Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados materiais complementares ao desenvolvimento do módulo. E também em partes da página: O selo colaborativo indica exercícios que exploram estratégias diferenciadas de aprendizagem: pág. 399Redação pág. 399Encarte Adesivo Eles podem aparecer no texto: Conhecimentos e técnicas Na obra A virgem dos roche- dos, Leonardo da Vinci de- monstra seus conhecimen- tos matemáticos, utilizando a geometria para dispor as figuras humanas em forma de triângulo (ou pirâmide), que concentram a atenção do olhar. Além disso, explo- ra a técnica da perspectiva, em que o ponto de luz que brilha além da escuridão das pedras é usado como ponto de fuga, a fim de provocar sensação de profundidade. PARA IR ALÉM A virgem dos rochedos, de Leonardo da Vinci, 1483. Óleo sobre madeira. Museu do Louvre, Paris, França. NA PRÁTICA Internet A internet foi uma das prin- cipais invenções da Idade Contemporânea, revolucio- nando os meios de comuni- cação e as relações em nossa sociedade. Ela foi criada em 1969 pelo governo dos Estados Unidos, durante a Guerra Fria. Nessa época, o governo americano temia que ataques da União Soviética às suas bases mili- tares trouxessem a público in- formações valiosas e sigilosas do governo. GRUPO TEMÁTICO Origem da maratona Você sabia que a prova da maratona baseia-se na histó- ria de Fidípides, um soldado ateniense que, por volta de 490 a.C., teria corrido 40 km, que correspondem à distân- cia entre Maratona e Atenas, para levar uma notícia aos atenienses? O soldado era considerado um ótimo cor- redor e, por isso, durante a Guerra de Maratona, foi buscar reforços em Atenas a pedido comandante grego Milcíades. Fidípides voltou à Maratona com dez mil sol- dados e venceram a guerra. Então, seu comandante teria pedido que retornasse à Ate- nas para levar a informação de que haviam vencido a guerra contra os persas. Fidí- pides teria retornado sempre correndo e, após anunciar a vitória, teria caído morto, de- vido à exaustão. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 9 03/07/2020 08:51 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C MAPA INTERDISCIPLINAR Este mapa mostra a ligação entre os conteúdos das disciplinas, sendo ponto de partida para um trabalho interdisciplinar. GRUPO 10 Ação e conquista LÍNGUA PORTUGUESA Leitura de peça teatral, correlação verbal, ortografia, análise de videoclipe, produção de resenhaMATEMÁTICA Triângulos e quadriláteros EDUCAÇÃO FÍSICA Práticas corporais urbanas de aventura e parkour ARTE Danças tradicionais brasileiras CIÊNCIAS SOCIAIS Globalização e consumo GEOGRAFIA Região Nordeste – Aspectos gerais e subregiões HISTÓRIA Desdobramentos da colonização CIÊNCIAS DA NATUREZA Répteis e aves CSAR HI LPGE CS GEAR EF GEAR HICSAR CSCNARHICS HIGE EF CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 12 03/07/2020 08:51 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C POR TU GUE SA LÍNGUA PÁG. 14 42 CAPÍTULO 25 Textos dramáticos CAPÍTULO 26 Música encenada CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 13 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C CAPÍTULOCAPÍTULO 25 OBJETIVOS DO GRUPO • Analisar, entre textos literários, e entre estes e outras manifestações artísticas, referências implícitas e/ou explícitas a outros textos em relação a temas, personagens e recursos literários e semióticos. • Identificar, em texto dramático, personagem, ato, cena, fala e indicações cênicas, e a organização do texto: enredo, conflitos, ideias principais, pontos de vista e universos de referência. • Escrever palavras de acordo com as regras ortográficas, obedecendo às convenções da língua escrita. • Planejar resenhas, com base na escolha de uma produção, para analisar e sintetizar informações sobre a obra, destacando nela aspectos positivos e negativos. • Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: modos e tempos verbais, concordâncias verbal e nominal, pontuação etc. TEXTOS DRAMÁTICOS Ator: interpreta uma personagem. Diretor: coordena toda a peça teatral (pode haver subdivisões, como diretor de arte, diretor musical etc.). Iluminador: planeja a colocação de luzes no palco do espetáculo. Elenco: conjunto de atores da peça teatral. Contrarregra: responsabiliza-se pelo desenvolvimento do espetáculo, deslocamento de peças do cenário, indicação da entrada e saída dos atores, verifi cação da parte técnica etc. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 14 Neste capítulo, será aprofundado o estudo sobre texto dramático, já visto em anos anteriores. Na parte gramatical, a ênfase será dada ao estudo da correlação en- tre os tempos verbais e da grafi a de palavras que costumam gerar confusão, por apresentarem se- melhança fonética. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 14 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Cenógrafo: cria o espaço cênico. Figurinista: cria os trajes e acessórios usados pelas personagens. Maquiador: faz a maquiagem dos atores. Sonoplasta: cria os efeitos sonoros do espetáculo teatral. Dramaturgo: escreve o texto dramático. Coreógrafo: elabora a sequência de movimentos e gestos dos atores. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 15 CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 15 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C LEITURA DE PEÇA TEATRAL Em anos anteriores, você já estudou que um texto dramático é basicamente feito para ser encenado. Quando assistimos a uma peça, vemos uma versão de um texto dramático que foi devidamente elaborado por diretor, atores e outros membros da produção. Apesar de sua principal característica ser a representação – ou encenação –, ele pode ser apenas lido, como um texto li- terário, mas o leitor precisará de bastante criatividade para perceber o texto como se ele estivesse sendo representado em um palco. Originalmente, na Grécia Antiga, o gênero dramático era dividido em dois subgêneros: tragédia e comédia. Módulos 145, 146 e 147 Os símbolos do teatro na Grécia Antiga eram as máscaras. Na imagem, a máscara da esquerda representa a comédia e a da direita, a tragédia. SA D EU G R A /I ST O CK Tragédia: embora atualmente a tragédia se refira a um evento triste ou desastroso, na Grécia Antiga ela era relacionada àquilo que causava pieda- de e terror no espectador. Eram representadas como personagens centrais apenas pessoas de alta posição social, como reis, generais, nobres, deuses mitológicos etc. Comédia: enquanto a tragédia clássica tende a representar a queda de uma pessoa – da prosperidade à decadência –, a comédia tem como objeti- vo provocar risos no espectador, ao mesmo tempo em que faz críticas a cer- tos aspectos da sociedade, como costumes, cargos e projetos políticos, entre outros. Como os temas desse gênero eram mais acessíveis à população em geral, aproximando-se do cotidiano de todos os cidadãos, era possível, na Grécia Antiga, que personagens centrais fossem representadas por pessoas pertencentes a estratos sociais mais baixos, como os escravizados. CA P ÍT U LO 2 5 16 Escravizados e pessoas de estratos so- ciais mais baixos eram representados, mas não ocupavam posição central nas tragédias.“[...] A epopeia e a tragédia, bem como a comédia e a poesia ditirâm- bica e ainda a maior parte da música de fl auta e de cítara são todas, vistas em conjunto, imitações. Diferem en- tre si em três aspectos: ou porque imitam por meios diversos ou objetos diferentes ou de outro modo e não do mesmo. [… ], todas realizam imita- ção por meio do ritmo, das palavras e da harmonia, separadamente ou combinadas. [… ] Uma vez que quem imita representa os homens em ação, é forçoso que es- tes sejam bons ou maus (os caracteres quase sempre se distribuem por estas categorias, isto é, todos distinguem os caracteres pelo vício e pela virtude) e melhores do que nós ou piores ou tal e qual somos, como fazem os pinto- res: [… ] Também a tragédia se dis- tingue da comédia neste aspecto: esta quer representar os homens inferiores, aquela superiores aos da realidade. Há ainda uma terceira di- ferença: o modo como se imita cada um destes objetos. Com os mesmos meios podem imitar-se os mesmos objetos, ora narrando – seja toman- do outra personalidade como faz Ho- mero, seja mantendo a sua identidade sem alteração – ora representando todos em movimento e em atuação. A imitação existe, pois, com estas três diferenças, como dissemos no início: os meios, (os objetos) e o modo.”. Tre- cho extraído de Poética, de Aristóteles. Disponível em: <https://coc.pear.sn/ N6uBALj>. Acesso em: maio 2020. Portanto, os aspectos que diferem os gêneros são basicamente a métrica, o que imitam (os temas heroicos ou cotidianos) e o modo de imitação (nar- rando ou encenando). CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 16 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Leia, a seguir, uma adaptação da peça A megera domada, considerada uma comédia romântica, escrita originalmente pelo dramaturgo inglês William Shakespeare. Verossimilhança: caracte- rística do que é verossímil, ou seja, do que se aproxima da realidade. VOCABULÁRIO Para relembrar Os textos do gênero dramático apresentam o discurso direto das persona- gens e as indicações cênicas (rubricas ou didascálias) que contêm informa- ções sobre o cenário, os movimentos, as características físicas e psicológicas das personagens, entre outras. Esses textos estão subdivididos em atos, que correspondem a ciclos de ação em determinados espaços – troca-se de ato, por exemplo, quando se muda de cenário –, e cenas, que são os momentos da ação em que os atores estão representando. Os textos dramáticos apresentam o nome da personagem que dialoga antes de sua fala, indicando, dessa forma, sua entrada em cena, e, geralmente, uma sequência linear, com situação ini- cial, complicações com um ponto culminante (tensão) e desfecho. Tipos de fala das personagens As falas das personagens podem ser apresentadas na forma de: • monólogo – uma persona- gem fala consigo mesma. • diálogo – as personagens falam umas com as outras. • aparte – uma personagem faz um comentário para os espectadores. PARA IR ALÉM A megera domada Personagens CATARINA, a megera, é voluntariosa, estressada e irada. PETRÚQUIO, o domador, vem a Pádua para se casar com moça bem rica. BATISTA MINOLA, o pai de Catarina, é um comerciante muito rico de Pádua. BIANCA, a irmã mais nova e boazinha de Catarina. LUCÊNCIO, o estudante apaixonado por Bianca. Finge ser o professor de Lite- ratura Câmbio. BIONDELLO, o segundo criado de Lucêncio. Finge ser Trânio. TRÂNIO, o primeiro criado e comparsa de Lucêncio. Finge ser Lucêncio. GRÊMIO, o pretendente mais velho e rico de Bianca. HORTÊNSIO, o pretendente mais pobre de Bianca. Finge ser o professor de música Lício. GRÚMIO, o primeiro criado de Petrúquio. MERCADOR, o viajante envolvido na armação de Trânio. Finge ser Vicêncio. VICÊNCIO, o pai de Lucêncio. OUTROS: padre, viúva dinamarquesa, costureiro; Nicolas, Natanael, José e Felipe (outros criados de Petrúquio). D U N CA N 18 90 /I ST O CK Conforme o teatro ocidental foi se desenvolvendo, surgiram derivações desses dois subgêneros. Veja algumas delas a seguir. Tragicomédia: combina aspectos da tragédia e da comédia, misturando na história personagens dos estratos sociais alto e baixo. Além disso, con- flitos sérios – típicos da tragédia – podem ter finais felizes, que são carac- terísticos da comédia. Farsa: assim como a comédia, visa provocar o riso. É comum retratar personagens caricatas em situações exageradas; por isso, há pouca preocu- pação com a verossimilhança. Melodrama: em sua origem, era um drama misturado a elementos mu- sicais. Atualmente, a intensidade emotiva ainda é característica desse sub- gênero, mas a música não é mais obrigatória. Pode-se considerar que se aproxima das novelas de televisão. NOTA William Shakespeare (1564-1616) Foi poeta e dramaturgo inglês, considerado um dos maiores escritores e o mais influente dramaturgo do mundo. No início, suas obras eram princi- palmente comédias com base em eventos e personagens his- tóricas, atingindo grande su- cesso em peças teatrais desse gênero. Depois desse sucesso, por volta de 1608, escreveu as tragédias Hamlet e Macbeth, classificadas posteriormente como romances. Até hoje suas obras servem como base para escritores de livros, peças, no- velas, entre outros. 17 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Fazer a leitura e a interpretação do texto com os alunos. Como o texto é relativamente longo, se julgar perti- nente, a cada cena lida, contextualizá- -la e/ou explicá-la, verifi cando se eles têm dúvidas em relação ao vocabulá- rio e se estão compreendendo o texto até o momento. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 17 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Primeiro ato Cena I – Rua diante da mansão de Batista Minola Trânio entra na frente do palco e se dirige ao público. TRÂNIO — Minhas mais sinceras saudações, senhoras e senhores. Sejam bem-vindos a Pádua, esta bela cidade da Lombardia, o jardim da Itália, ao final do século XVI. Meu nome é Trânio e vou ser seu guia nesta visita. Bem, o bom do teatro é que quem está aqui prega uma peça em quem está aí. Nós aqui fingimos que estamos em outro tem- po e outro lugar, e vocês aí fingem que acreditam. Vez por outra al- guém pode atravessar (indica) a quarta parede e falar direto com os espectadores. É o que estou fazendo neste momento, para lhes contar uma história hilária e, como narro e participo de cenas, vou entrar e sair desta trama cheia de pessoas que fingem ser outra pessoa ou fin- gem que são de um jeito e depois fingem que passaram a ser de outro. Lucêncio entra e olha em volta, maravilhado. TRÂNIO — Tudo começou quando (indicando Lucêncio) meu amo Lucêncio, que é de Pisa, aquela cidade da torre inclinada, chegou a esta cidade de Pádua, acompanhado de (indicando-se) seu fiel criado Trânio e de seu estúpido criado Biondello, para estudar e, quem sabe, amar! Com sua licença… Trânio se junta à ação, que acontece na rua em frente da casa de Batista. LUCÊNCIO — Onde está o tolo do Biondello? Precisamos achar logo um lugar para morar nesta cidade tão bonita. Preciso, quanto antes, me concentrar nos estudos. TRÂNIO — Claro que precisa, amo. Mas lembre-se de que, além da Matemática, da Filosofia e da Geografia, existem neste mundo a As- tronomia, a Música e a Anatomia! LUCÊNCIO — Eu sei o que você quer dizer, mas esqueça! Nesta mi- nha estada em Pádua faltará tempo para a Érica, a Renata ou a Prisci- la, porque só terei olhos para a Ética, a Retórica e a Poética! TRÂNIO — Caro mestre, esquente a cabeça com Aristóteles, mas não se esqueça de aquecer o coração com Ovídio. LUCÊNCIO — Esquecerei, porque não trouxe meu exemplar de A arte de amar. TRÂNIO — (Pegando o livro no bolso) Mas eu trouxe o meu! (Len- do) “Procure o objeto de seu amor. Achou? Agora concentre seus es- forços em cativar a jovem que lhe agradar e, depois, para que seu amor dure.” LUCÊNCIO — Desista detentar me desviar de meu objetivo. É impos- sível que aconteça de eu me apaixonar… Lucêncio vê alguém que vem se aproximando, põe a mão sobre o coração. LUCÊNCIO — Oh! Fui atingido! TRÂNIO — No coração? LUCÊNCIO — Por uma flecha! TRÂNIO — Flecha? Não! LUCÊNCIO — Sim! Atirada por Cupido! Quarta parede: parede imaginária na frente do palco, diante da qual fica a plateia que assiste à peça. VOCABULÁRIO NOTA Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) Foi um filósofo grego da Grécia Antiga. Escreveu sobre diversos assuntos, como política, ética, retórica, física etc. Foi aluno do filósofo Platão e professor do futuro rei da Macedônia, Alexandre, o Grande. Sua obra Poética é uma grande fonte de conhecimento sobre o início do gênero dramático, em especial sobre a tragédia, constituindo- -se em uma leitura fundamen- tal para os estudos literários até os dias atuais. PA N O SK A R A PA N AG IO TI S/ IS TO CK CA P ÍT U LO 2 5 18 Este é o momento oportuno para aplicar o exercício 1 da seção “Para conferir”, referente aos módulos 145, 146 e 147. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 18 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C A megera domada é estruturada em cinco atos e, nessa adaptação, há um narrador, Trânio, que se apresenta no começo do primeiro ato. A participa- ção dele contribui para situar imediatamente a história aos leitores/espec- tadores: ela se passa em Pádua (Itália), no século XVI. As personagens são apresentadas antes do início dos diálogos, com as principais – Catarina e Petrúquio – listadas primeiro. O trecho que você leu anteriormente é o início da peça, em que a perso- nagem Lucêncio se apaixona, à primeira vista, por Bianca. Logo a seguir, é dada a informação de que o obstáculo para que pretendentes se casem com Bianca é sua irmã Catarina, a “megera”. Assim, o conflito da história é a ten- tativa de fazer Catarina se comportar de acordo com o que a sociedade da época esperava da mulher, permitindo uma discussão atual sobre o papel de homens e mulheres em um casamento. Cortejo: qualquer acompa- nhamento que se faz a al- guém por ocasião de uma cerimônia. Dote: conjunto de bens, dado pela família da noi- va ao noivo, trazido pela mulher quando se casa. VOCABULÁRIO NOTA Públio Ovídio Naso (43 a.C.-17 ou 18 d.C.) Ovídio, como é conhecido nos países de Língua Portuguesa, foi um poeta romano que viveu durante o reinado do imperador Otávio Augusto. Destacou-se com seus poemas sobre amor, embora se possa considerar Me- tamorfoses sua mais importan- te obra, a qual narra a história do mundo, desde sua criação até o reinado de Júlio César, permeada por mitos. R O M AO SL O /I ST O CK TRÂNIO — Ah!… O deus do amor! Parece que o impossível acabou de acontecer. LUCÊNCIO — Quem pode ser aquela deusa? TRÂNIO — Não sei, mas parece que ela faz parte de um cortejo que vem para nos recepcionar! Entram Batista, Catarina, Bianca, Hortênsio e Grêmio. HORTÊNSIO — Meu caro senhor! GRÊMIO — Amigo Batista! BATISTA — Basta, cavalheiros! Vocês não me farão mudar de ideia. CATARINA — Que vergonha, lavar a roupa suja fora de casa, na frente de (indicando Grêmio) uma múmia que fugiu da tumba e (indicando Hor- tênsio) um espantalho que pensa que é gente! Lucêncio e Trânio se afastam, assistem à cena e falam só entre eles. HORTÊNSIO — Alguém deveria lavar com sabão sua língua de trapo! GRÊMIO — Eu suplico que reconsidere, Batista! BATISTA — Vejam bem: por enquanto ninguém poderá se casar com Bianca, minha filha caçula, porque decidi que isso só acontecerá depois que Catarina, a mais velha, tenha um marido. Portanto, se um de vocês se candidatar a esse posto, terá todo o meu apoio e consideração, além do generoso dote. TRÂNIO — Daquela leoa irada é mais fácil vir um bote! LUCÊNCIO — Quieto, Trânio. GRÊMIO — Essa desvairada? Não é para o meu barquinho, eu me afo- garia nesse tsunami. E você, Hortênsio? HORTÊNSIO — Prefiro entrar numa jaula com uma ursa faminta! CATARINA — Qual é sua intenção, meu pai, ao me humilhar assim, em plena rua, me oferecendo como seu eu fosse uma mula… […] SHAKESPEARE, William. A megera domada. Tradução e adaptação de Flávio de Souza. São Paulo: FTD, 2013. 19 LÍ N G U A P O R TU G U ES A CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 19 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Módulos 148, 149 e 150 CORRELAÇÃO VERBAL Quando você estudou verbo, aprendeu que ele se flexiona em pessoa, modo, tempo e número. Para a construção adequada de um período, é importan- te que os verbos estejam em harmonia entre si e não apenas conjugá-los isoladamente. A articulação temporal entre as formas verbais é chamada de correlação verbal. Isso significa que os verbos que compõem um período devem estar em tempos e modos correspondentes uns aos outros, o que contribui para que as ideias estejam bem conectadas, garantindo a clareza do texto. Como falantes nativos da língua portuguesa, tendemos a fazer essa relação de modo intuitivo. Observe, a seguir, uma fala retirada da peça A megera domada, que você leu nos módulos anteriores. GRÊMIO — Eu suplico que reconsidere, Batista! Nessa frase, há emprego de dois verbos, “suplicar” e “reconsiderar”, que estão no mesmo tempo verbal – presente –, porém em modos diferentes. A forma verbal “suplico” está flexionada no presente do modo indicativo, enquanto “reconsidere” está no presente do modo subjuntivo. Como, em uma peça teatral, a ação ocorre no momento da fala, “suplico” é a forma adequada para exprimir essa temporalidade. Já a forma “reconsidere” ex- prime um fato que ainda não foi realizado no momento da fala, por isso não haveria lógica se fosse dito, por exemplo, “Eu suplico que reconsideras- se.”, com o verbo no pretérito. Veja, na página seguinte, alguns casos comuns de correlação verbal. M ES Q U IT A FM S/ IS TO CK GRUPO TEMÁTICO Para conquistar algo, é necessário agir “Conquistar” e “agir” são verbos de ação. Também são denominados signi- ficativos ou nocionais, pois apresentam signi- ficado próprio e estão relacionados a um sujei- to que realiza ou sofre a ação descrita no verbo. Além disso, compõem o núcleo do predicado verbal. Outros exem- plos de verbos de ação: comer, dançar, acreditar, sair etc. Articulação temporal entre os verbos Para saber mais sobre correlação verbal, acesse: <coc.pear.sn/seoGTz7>. EXPLORE MAIS Tempos verbais compostos São formados por mais de uma palavra: um verbo auxi- liar e um verbo principal, dos quais resulta uma locução verbal, conforme já visto. O verbo auxiliar sofre flexão em tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no par- ticípio. Os tempos compos- tos do modo indicativo são: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pre- térito. Os tempos compos- tos do modo subjuntivo são: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito e futuro. Para saber mais sobre esses tempos, acesse: <coc.pear. sn/SNJ1RyR>. CA P ÍT U LO 2 5 20 Neste conjunto de módulos, será estudada a correlação verbal, que é um tópico bastante importante para que o texto tenha coesão e coerência. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 20 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C TEMPO VERBAL DA PRIMEIRA ORAÇÃO TEMPO VERBAL DA SEGUNDA ORAÇÃO Presente do indicativo Presente do subjuntivo Recomendo que assista a essa peça teatral. Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo Pedi que atuassem de modo mais intenso. Presente do indicativo Pretérito perfeito composto do subjuntivo Esperamos que ele tenha ganhado o prêmio de melhor ator. TEMPO VERBAL DA PRIMEIRA ORAÇÃO TEMPO VERBAL DA SEGUNDA ORAÇÃO Pretérito imperfeito do indicativo Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo Queria que o público tivesse gostado da apresentação.Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente do indicativo Se esquecer sua fala, terá dificuldade na atuação. Pretérito imperfeito do subjuntivo Futuro do pretérito do indicativo Se conversasse com o diretor, compreenderia a perspectiva dele. Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo Futuro do pretérito simples do indicativo Se ele não tivesse se aposentado, viraria o melhor jogador do país. Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo Futuro do pretérito composto do indicativo Se tivéssemos ensaiado mais, a apresentação teria sido melhor. Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente do indicativo Quando formos ao teatro, convidaremos você. Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente composto do indicativo Quando chegarmos, o segundo ato da peça terá acabado. O uso da forma “tenha ganhado” significa que o acontecimento já foi con- cluído no momento da fala. Caso fosse usado “ganhe” (presente do subjun- tivo), a premiação ainda não teria ocorrido no momento da fala. 21 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Este é o momento oportu- no para aplicar o exercício 2 da seção “Para conferir”, referente aos módulos 148, 149 e 150. Indicar aos alunos que a po- sição das orações pode ser invertida, mantendo-se a correlação. Exemplo (último caso apresentado na tabela anterior): “O segundo ato da peça terá acabado quando chegarmos.”. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 21 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C USO DE “ONDE” E “AONDE”, “DEMAIS” E “DE MAIS”, “SENÃO” E “SE NÃO” Há palavras e expressões que geram dúvidas no momento da escrita, es- pecialmente quando elas pouco se diferem sonoramente. Isso ocorre, por exemplo, com os pares “onde”/“aonde”, “demais”/“de mais” e “senão”/“se não”. Leia, a seguir, um texto sobre o teatro de Shakespeare e observe em que situação a palavra “onde” foi empregada. Módulos 151, 152 e 153 Teatro onde Romeu e Julieta foi encenado pela primeira vez é encontrado em Londres Arqueólogos do Museu de Londres descobriram ruínas do espaço The Curtain Theatre, teatro onde peças como Romeu e Julieta e Henry V, do dramaturgo inglês William Shakespeare, foram encenadas pela primeira vez. […] […] Como parte de um trabalho de restauração, os arqueólogos do museu en- contraram vestígios do teatro “em bom estado de conservação”, como o pátio e os muros de uma galeria, a três metros de profundidade. […] Com as escavações, que deverão seguir adiante, os arqueólogos encontraram o teatro (The Curtain) em uma rua do bairro de Shoreditch. O local fica a pou- cos metros do lugar onde o “The Theatre”, teatro onde Shakespeare estreou como ator e onde representou suas primeiras peças, foi encontrado em 2008. […] Teatro onde “Romeu e Julieta” foi encenado pela primeira vez é encontrado em Londres. UOL, jun. 2012. Disponível em: <https://coc.pear.sn/VSQ1ITo>. Acesso em: jun. 2020. Logo no título da notícia é possível observar que foi usada a palavra “onde”. Teatro onde Romeu e Julieta foi encenado pela primeira vez é encontrado em Londres O local fica a poucos metros do lugar onde o “The Theatre” [...] foi encontrado em 2008. [...] teatro onde Shakespeare estreou como ator e onde representou suas primeiras peças […]. Nesse exemplo, “onde” funciona como um pronome relativo, o qual faz referência a “teatro”. Além disso, está associado a um verbo, “encenar”, que não traz ideia de movimento para algum lugar. Veja como esses mesmos aspectos também estão presentes em outras partes do texto em que “onde” foi usado. CA P ÍT U LO 2 5 22 Neste conjunto de módulos, serão estudadas algumas expressões que geram dúvidas no momento da escrita. Assim, conhecer a diferença entre elas e, principalmente, estimular seu uso, con- tribui para que se evite essa confusão. A habilidade da BNCC a ser trabalhada é a EF67LP32 – “Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo às convenções da língua escrita.”. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 22 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Onde você mora? Fomos à cidade onde nasci. Aonde você vai? O restaurante aonde fomos ontem está fechado hoje. Em ambos os trechos apresentados, “onde” indica lugar e é empregado com verbos que sugerem uma ideia de permanência: “encontrar”, “estrear” e “re- presentar”. A seguir, serão relacionadas outras situações que exigem o emprego de “onde”, bem como as diferenças entre essa expressão e a palavra “aonde”. Onde × aonde Tanto “onde” quanto “aonde” são palavras que indicam lugar. O que dife- rencia o uso delas são os tipos de verbo a que estão associadas. Onde Pode ser um pronome relativo ou um advérbio interrogativo, e é usado com verbos de sentido estático, indicando o lugar em que ocorre algo. Aonde É a combinação da preposição “a” com o advérbio (ou pronome relativo) “onde”. É usada com verbos que sugerem um sentido de dinamismo, exi- gindo essa preposição. Indica movimento ou deslocamento em direção a algum lugar. Dinamismo: característica do que é ativo; movimento. Estático: aspecto que ex- prime a ideia de ausência de movimento ou mudança. VOCABULÁRIO Demais × de mais Além de “onde” e “aonde”, existem outras expressões que geram dúvidas quanto à grafia. “Demais” e “de mais” são duas dessas expressões. “Onde” como pronome relativo PARA IR ALÉM Quando “onde” é pronome relativo, pode ser substituído por “em que” ou “no(a) qual”, sem que haja alteração de sentido. Observe os exemplos a seguir. Visitei a cidade onde meus pais moraram. Visitei a cidade em que meus pais moraram. Visitei a cidade na qual meus pais moraram. Lembre-se de que “onde” indica lugar. Assim, embora esse termo possa ser substituído por “em que” e “no(a) qual”, essas expressões não podem ser substituídas por “onde” quando não há ideia de lugar. Veja. No dia em que completou um ano de idade, começou a andar. No dia onde completou um ano de idade, começou a andar. Antecedentes dos pronomes relativos Os pronomes relativos são denominados assim porque fazem referência a um termo expresso ante- riormente. Leia mais sobre esse o assunto no artigo disponível em: <coc.pear.sn/iaGFKCN>. EXPLORE MAIS Pronomes interrogativos e advérbios interrogativos Quando formulamos per- guntas, há alguns termos que frequentemente estão presentes, como Quem?, Por quê?, Quanto?, Onde? etc. Apesar de todos esses exemplos serem empre- gados para introduzir uma pergunta, seja direta seja indireta, eles não perten- cem a uma única classe gramatical, pois podem ser advérbios ou pronomes. Leia mais sobre esse assun- to no artigo disponível em: <coc.pear.sn/OA2niNq>. 23 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Este é o momento oportuno para apli- car o exercício 3 da seção “Para conferir”, referente aos módulos 151, 152 e 153. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 23 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C b. Como advérbio, também pode ter sentido de “além disso”, “ademais”. Não achei que a protagonista atuasse bem. Demais, o enredo era ruim. Dois funcionários viajarão amanhã, os demais irão hoje à noite. c. Como pronome indefinido, tem valor de “os outros”, “os restantes”. “Demais”, como advérbio de intensidade, exprime ideia de excesso. SI PH O TO G R A PH Y/ IS TO CK Demais Pode ser um advérbio ou um pronome indefinido. a. Como advérbio de intensidade, pode modificar adjetivos, advérbios e verbos, e equivale a “excessivamente”, “demasiadamente”. Ela é inteligente demais. Adjetivo Chegamos cedo demais. Advérbio O anfitrião fala demais. Verbo CA P ÍT U LO 2 5 24 Este é o momento oportuno para apli- caro exercício 4 da seção “Para conferir”, referente aos módulos 151, 152 e 153. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 24 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CLUS IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Há palavras de mais na minha redação. Não tinha nada de mais na peça que vimos ontem. Correremos no parque, se não chover. (= caso não chova.) Apresse-se, senão chegaremos atrasados. Não queria ser jogador, senão bombeiro. Ninguém o ajuda, senão você. O único senão dele é ser exigente demais. De mais É uma locução adjetiva que acompanha substantivos, exprimindo, em ge- ral, ideia de quantidade. Equivale a “a mais” e é o contrário de “de menos”. Senão × se não Senão Pode ser uma conjunção, uma preposição ou um substantivo. a. Como conjunção, pode ter sentido de “do contrário”, “de outro modo”. b. Como conjunção, também pode significar “mas”, “mas sim”. c. Como preposição, tem sentido de “à exceção de”, “exceto”, “a não ser”, “salvo”. d. Como substantivo, exprime a ideia de “defeito”. Se não É a conjunção “se” com o advérbio “não”. Em geral, é usada para situações em que se é estabelecida uma condição, podendo ser substituída por “caso não”. Observe. 25 LÍ N G U A P O R TU G U ES A Este é o momento oportuno para aplicar os o exercício 5 da seção “Para conferir”, referente aos módulos 151, 152 e 153. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 25 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C CAPÍTULO 25 TEXTOS DRAMÁTICOS Módulos 145, 146 e 147 | Leitura de peça teatral Para responder às questões a seguir, releia o excerto de A megera domada apresentado na teoria. 1. Embora não seja tão comum em textos dramáticos, A megera domada apresenta um narrador. Qual é seu nome e sua relação com as outras personagens da história? 2. De acordo com o texto, Biondello é a. pai de Catarina. b. pretendente de Bianca. c. professor de Câmbio. d. criado de Lucêncio. e. irmão de Petrúquio. 3. Na conversa entre Lucêncio e Trânio, os autores Aristóteles e Ovídio são relacionados a que tipo de atividade? 4. De que modo a rubrica é essencial para o entendimento do leitor (ou do ator que vai encenar o texto) na passagem a seguir? Exercícios de aplicação Cena II — Na frente da casa de Hortênsio Petrúquio e Grúmio vêm chegando. TRÂNIO — (para o público) Este é Petrúquio, que acaba de chegar de Verona, aquela cidade onde os jovens Romeu e Julieta, filhos de duas famílias inimigas, os Montéquio e os Capuleto, vivem um amor impossível que, na minha modesta opinião, não vai acabar bem… mas essa é uma outra história. Nesta, o intrépido Petrúquio chega, com seu criado Grúmio, à casa de seu amigo Hortênsio em Pádua. […] CATARINA — Que vergonha, lavar a roupa suja fora de casa, na frente de (indicando Grêmio) uma múmia que fugiu da tumba e (indicando Hortênsio) um espantalho que pensa que é gente! 5. Qual foi a reclamação feita por Catarina a seu pai? Leia, a seguir, outro trecho de A megera domada, em que surge uma possibilidade para que Catarina se case e, com isso, a irmã também o possa fazer. CA P ÍT U LO 2 5 26 O narrador é Trânio. Ele é criado e comparsa de Lucêncio. Aristóteles é relacionado ao estudo e Ovídio, ao amor. Caso não houvesse as rubricas “indicando Grêmio” e “indicando Hortênsio” não daria para identifi car quem Catarina estava chamando de “múmia que fugiu da tumba” e de “espantalho que pensa que é gente”, o que causaria confusão nessa passagem do texto. Ela reclamou que seu pai a oferece para casamento a qualquer homem que possa aceitá-la, como se ela fosse uma mula. 2. De acordo com a apre- sentação das personagens, Biondello é o segundo cria- do de Lucêncio. A alternati- va a está incorreta, porque o pai de Catarina é Batista. A alternativa b está incorreta, porque os pretendentes de Bianca são Grêmio e Hor- tênsio. A alternativa c está incorreta, porque Câmbio é Lucêncio fingindo ser professor de Literatura. A alternativa e está incorreta, porque não há menção, no trecho apresentado, de que Petrúquio tem um irmão. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 26 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Hortênsio entra. […] HORTÊNSIO — Mas o que trouxe você a Pádua, Petrúquio? PETRÚQUIO — A vontade de me casar com uma moça de grande dote. HORTÊNSIO — Como você é meu amigo, vou ser sincero. Conheço uma moça de dote bem grande, muito grande mesmo, enorme, colossal. No entanto… PETRÚQUIO — Tinha de ter um “no entanto”! HORTÊNSIO — Sim. No entanto, esse “no entanto” talvez seja apenas um tanto desani- mador para um sujeito destemido, vigoroso, matreiro e pimpão como você. PETRÚQUIO — Espero que sim. Agora pare de falar de mim e conte tudo sobre essa can- didata à minha esposa. Ela é muito feia? HORTÊNSIO — Nem um pouco! PETRÚQUIO — Muito velha? HORTÊNSIO — Não, só um pouco. GRÚMIO — Então é porca? PETRÚQUIO — Fedida? GRÚMIO — Desleixada? PETRÚQUIO — Descabelada? HORTÊNSIO — Não, não e não. GRÚMIO — Careca? HORTÊNSIO — Não! Grúmio vai continuar falando, mas Petrúquio tapa sua boca. PETRÚQUIO — Então qual é o problema com essa moça? HORTÊNSIO — É simplesmente a mais antipática, intratável e enfezada de Pádua. Você é um amigo tão bom, e eu não desejaria ver nem meu pior inimigo atado a ela até que a morte os separe! PETRÚQUIO — Hortênsio, você me conhece suficientemente para saber que não existe pessoa ou besta que eu não possa enfrentar. HORTÊNSIO — Com certeza! Eu, no entanto, não me casaria com aquela criatura nem por uma mina inteira de ouro. PETRÚQUIO — Chega de papo, vamos ao fato: quem é ela? HORTÊNSIO — Catarina, a primogênita de Batista Minola, um dos senhores mais ricos desta terra, que é famosa por ser mais azeda que limão, mais amarga que almeirão, mais ardida que pimenta e mais intragável que óleo de fígado de bacalhau! GRÚMIO — Credo! É essa monstra que vai ser minha patroa? PETRÚQUIO — Cale-se, Grúmio! HORTÊNSIO — Se você realizar essa façanha, eu pago uma recompensa. PETRÚQUIO — Então me leve imediatamente para onde mora minha futura noiva. HORTÊNSIO — Agora mesmo. Eu só peço que você me ajude, me apresentando ao pai dela como professor de música. Foi esse o jeito que arrumei para ter como fazer a corte a Bianca, a irmã mais nova, amável e tudo que é bom, além de ser tão rica quanto a sua megera. […] SHAKESPEARE, William. A megera domada. Tradução e adaptação de Flávio de Souza. São Paulo: FTD, 2013. VOCABULÁRIO Colossal: muito gran- de, gigantesco, vastís- simo; de grande valor. Intrépido: que não tem medo; corajoso. Matreiro : esperto; perspicaz. Pimpão: que ou quem é presunçoso, vaidoso. Vigoroso: que tem vi- gor físico; forte. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 27 CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 27 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 6. Nesse trecho, é feita uma referência a qual outra obra de Shakespeare? Que relação há entre essa obra e A megera domada? 7. Ao tentar descobrir qual seria o problema de Catarina, Petrúquio e Grúmio privilegiam aspectos da aparência ou da essência dela? Justifique sua resposta. 8. Petrúquio e Hortênsio agem de forma desinteressada no excerto apresentado? Explique. 9. No início da cena 1 do primeiro ato, Trânio menciona que, nessa história, há várias pessoas que fingem ser o que não são. Em que momento da cena 2 é possível identificar essa possiblidade? 10. Leia o fragmento a seguir. CAPÍTULO 25 HORTÊNSIO — Catarina, a primogênita de Batista Minola, um dos senhores mais ricos desta terra, que é famosa por ser mais azeda que limão, mais amarga que almeirão, mais ardida que pimenta e mais intragável que óleo de fígado de bacalhau! Nesse fragmento, a figura de linguagem usada para descrever Catarina foi a. a personificação. b. a onomatopeia. c. a comparação. d. a ironia. e. o eufemismo. 11. Considerando a peça A megera domada, cite elementos que permitem sua classificação como texto do gênero comédia? Justifique sua resposta. CA P ÍT U LO 2 5 28 É feita uma referênciaa Romeu e Julieta. A relação entre essas duas obras é que a história de Romeu e Julieta se passa em Verona, que é a cidade de onde Petrúquio, de A megera domada, vem. Eles privilegiam aspectos da aparência de Catarina, pois fazem perguntas a respeito de seu físico, por exemplo, se é feia, desleixada, descabelada, careca etc. Não, ambos têm interesses próprios. Petrúquio quer casar-se com alguém que tenha um grande dote, portanto a sugestão de Hortênsio lhe possibilitaria isso, e Hortênsio ainda diz que lhe dará uma recompensa se ele o fi zer. Hortênsio faz essa sugestão a Petrúquio, porque deseja casar-se com Bianca, que só pode se casar depois que a irmã mais velha casar. Assim, os dois poderiam ser privilegiados com esse acordo. Considerando a peça A megera domada, podem ser citados como elementos que permitem sua classifi cação como comédia a narração de fatos do cotidiano e a representação de pessoas comuns, pois, apesar de as protagonistas pertencerem à elite local, são retratadas em situações do dia a dia e não agem heroicamente, muito pelo contrário, estão envolvidas em peripécias e armações incomuns às tragédias, por exemplo. É possível identifi car essa possibilidade quando Hortênsio pede a Petrúquio que o apresente a Batista como sendo um professor de música. 10. A descrição de Catarina é feita por meio de compa- ração. A moça é comparada a alguns alimentos azedos e/ou amargos, como limão, almeirão, pimenta e óleo de fígado de bacalhau. Caso os alunos não conhe- çam a obra Romeu e Julieta, explicar resumidamente que se trata de uma história em que dois jovens se apaixo- nam, porém não podem fi car juntos porque suas famílias são inimigas há anos. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 28 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Exercícios propostos É comum que clássicos da literatura inspirem produções cinematográficas. Leia, a seguir, a resenha de um filme de 1999 inspirado na história de A megera domada. Comédia acerta com Shakespeare teen Fazer Shakespeare no cinema destinado a adolescentes é uma missão que até agora só tinha rendido duas boas e bem diferentes versões de Romeu e Julieta – a comportada, de Franco Zeffirelli –, e a moderninha, estrelada por Leonardo Di Caprio. Agora, 10 coisas que eu odeio em você traz A megera domada para o universo de uma high school. E acerta na mosca. Muitos dos garotos que vão sentar nas poltronas dos cinemas de shopping e dar muitas risadas com o filme não devem ter a menor ideia de que estão acompanhando uma releitura razoavelmente fiel do texto shakespeariano. O roteiro, escrito por duas garotas de menos de 30 anos, mantém o fio principal da história e manipula com criatividade o humor estilo sitcom. O elenco é um punhado de desconhecidos, exceto, para os fãs de seriados, o engraçado Joseph Gordon-Levitt (o mais jovem dos alienígenas de Third rock from the sun). Cabe ao personagem dele, Cameron, desencadear toda a trama do filme. Novato na Padua High School, Cameron cai de paixão pela patricinha Bianca, objeto do desejo da rapaziada. Mas a bela tem um pai que é uma fera. A re- gra paterna é clara: Bianca só pode namorar se sua irmã mais velha, Katarina, também estiver namorando. O pai confia na insociabilidade da primogênita, intelectual rebelde que não dá bola para ninguém. Cameron e seu amigo Michael (David Krumholtz, jovem revelação cômica) armam um plano. Eles convencem o bonitão ricaço Joey, que também deseja Bianca, a pagar alguém para [namorar] Katarina, o que liberaria a irmã para seus pretendentes. O escolhido para a missão é o bad boy Patrick (interpretado por Heath Ledger, uma razoável versão pós-adolescente do roqueiro Jim Morrison). Temido na es- cola, com fama de ter matado um homem, Patrick aceita o dinheiro e parte para cima da garota. Enquanto isso, Cameron vai tentar passar a perna em Joey e ficar com Bianca. A partir daí o roteiro tece muitas reviravoltas, costuradas por diálogos inteli- gentes, situações engraçadas, afinada interpretação da molecada e uma trilha sonora esperta, com bandas alternativas, como a bacana Letter to Cleo, que acaba participando de algumas sequências, inclusive da cena final. Fugindo da carnificina que invade quase todas as escolas dos filmes recentes, 10 coisas que eu odeio em você prova que um roteiro bem escrito também cai bem para menores de 20 anos. MENEZES, Thales de. Comédia acerta com Shakespeare teen. Folha de S.Paulo, 13 ago. 1999. Disponível em: <https://coc.pear.sn/3a4l1fR>. Acesso em: jun. 2020. 12. Nessa versão de A megera domada para o cinema, há uma referência ao lugar onde se passa a histó- ria original? Justifique sua resposta. VOCABULÁRIO High school: segmen- to correspondente aos últimos anos da educação básica nos Estados Unidos, que equivale ao Ensino Médio no Brasil. Sitcom: contração da expressão em inglês situation comedy, que pode ser traduzida como “comédia de situação”. O termo faz referência a um subgênero da comé- dia, surgido no Rei- no Unido, nos anos 1940, primeiramente produzido para rádio e caracterizado por abordar temas do cotidiano, em que as histórias são ambien- tadas e encenadas como peças de tea- tro, até mesmo com plateia, que reage ao texto, mas com a es- pecificidade de serem gravadas e, posterior- mente, editadas para a televisão. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 29 Sim. Há referência à cidade de Pádua: no fi lme, a escola em que se passa a história tem esse nome (Padua High School). CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 29 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 13. Embora as irmãs da peça de Shakespeare tenham praticamente o mesmo nome no filme 10 coisas que eu odeio em você, outras personagens tiveram o nome alterado. Considerando as informações do texto, descreva, para cada personagem do filme listada a seguir, a personagem correspondente da peça de Shakespeare. a. Cameron: b. Joey: c. Patrick: 14. O filme 10 coisas que eu odeio em você é a única versão cinematográfica voltada para o público jovem das obras de Shakespeare? Justifique sua resposta. 15. O resenhista parece ter gostado do filme? Retire trechos do texto que comprovem sua resposta. Módulos 148, 149 e 150 | Correlação verbal 1. Retire todos os verbos do texto apresentado a seguir. Exercícios de aplicação O soldadinho de saco às costas Tolentino Esteves da Silva nasceu, por assim dizer, soldado. […] Quando completou dezoito anos, o pai mandou-o inscrever-se no exército, conforme prometera à sua nascença. E poucos meses volvidos chegou a carta que mandava To- lentino apresentar-se no quartel mais próximo. A mãe juntou-lhe alguma roupa, um pedaço de presunto, meia dúzia de chouriças, um naco de pão e enfiou tudo num saco. Lág rima de mãe no canto do olho, disse-lhe que fosse em paz e pediu-lhe que nunca se esquecesse dela. […] LOPES, Teresa. Histórias que acabam aqui. Domínio público. Disponível em: <https://coc.pear.sn/RSPrfvB>. Acesso em: jun. 2020. CAPÍTULO 25 VOCABULÁRIO Chouriça: embutido feito com carne de porco picada. Naco: grande pedaço ou fatia. Volver: decorrer, passar. CA P ÍT U LO 2 5 30 Não, não é a única. De acordo com o texto, já houve duas versões de Romeu e Julieta voltadas para o público jovem. Lucêncio Hortênsio Petrúquio Sim, o resenhista parece ter achado o fi lme uma boa releitura da obra de Shakespeare. Sua avaliação positiva do fi lme pode ser identifi cada em várias partes do texto, como no título ou nos trechos “E acerta na mosca.”, “O roteiro, escrito por duas garotas de menos de 30 anos, mantém o fi o principal da história e manipula com criatividade o humor estilo sitcom.”, “A partir daí o roteiro tece muitas reviravoltas, costuradas por diálogos inteligentes, situações engraçadas, afi nada inter- pretação da molecada e uma trilha sonora esperta […].” etc. “Nasceu”, “dizer”,“completou”, “mandou”, “inscrever”(-se), “prometera”, “chegou”, “mandava”, “apresentar”(-se), “juntou”, “enfi ou”, “disse”, “fosse”, “pediu”, “esquecesse”. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 30 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 2. Neste trecho: “Lágrima de mãe no canto do olho, disse-lhe que fosse em paz e pediu-lhe que nunca se esquecesse dela.”, há correlação verbal? Em caso afirmativo, descreva qual é. 3. Indique em que modo verbal estão flexionados os verbos destacados a seguir. a. O diretor avisou aos funcionários que chegassem mais cedo no dia do evento. b. Desde que treinemos todos os dias, decoraremos os passos da dança. c. A mãe desejava que os filhos tivessem tomado melhores decisões. d. Quando terminar a lição de casa, brincarei com os vizinhos da rua. 4. Indique a pessoa e o número das formas verbais destacadas na questão anterior. a. b. c. d. 5. Identifique os verbos dos períodos a seguir e classifique o tempo e o modo em que eles estão flexionados. a. Disse-lhe que me contasse a verdade. b. Quando voltarmos das férias, iremos à casa da vovó. c. Caso o paciente tivesse dúvidas, perguntaria ao médico. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 31 Há correlação pretérito perfeito do indicativo - pretérito imperfeito do subjuntivo (disse/pediu - fosse/esquecesse). “avisou”: indicativo “chegassem”: subjuntivo “treinemos”: subjuntivo “decoraremos”: indicativo “desejava”: indicativo “tivessem tomado”: subjuntivo “terminar”: subjuntivo “brincarei”: indicativo “avisou”: 3a pessoa do singular “chegassem”: 3a pessoa do plural “treinemos”: 1a pessoa do plural “decoraremos”: 1a pessoa do plural “desejava”: 3a pessoa do singular “tivessem feito”: 3a pessoa do plural “terminar”: 1a pessoa do singular “deixarei”: 1a pessoa do singular “disse”: pretérito perfeito do indicativo “contasse”: pretérito imperfeito do subjuntivo “voltarmos”: futuro do presente do subjuntivo “iremos”: futuro do presente do indicativo “tivesse”: pretérito imperfeito do subjuntivo “perguntaria”: futuro do pretérito do indicativo CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 31 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C CAPÍTULO 25 6. Sem alterar a pessoa das formas verbais da questão anterior, passe-as para o plural, se elas estive- rem no singular, ou para o singular, se estiverem no plural. a. b. c. 7. Assinale a alternativa que contenha todas as formas verbais adequadas para preencher as lacunas do período a seguir. O pai que toda a família à apresentação teatral do filho mais novo, no en- tanto nem todos comprar ingressos. a. pede – assistisse – conseguiu b. pediu – assista – conseguiram c. pediu – assistisse – conseguiram d. pedira – assista – conseguiu e. pede – assista – conseguiram Leia a tirinha a seguir para responder às questões 8 e 9. 8. Qual o efeito de humor que se dá no último quadrinho? 9. Que correlação verbal está presente no primeiro quadrinho da tirinha? 10. Reescreva o período do primeiro quadrinho, de modo que a correlação verbal dele seja “futuro do presente do indicativo → futuro do presente do subjuntivo”. A LE XA N D R E B EC K CA P ÍT U LO 2 5 32 “dissemos”; “contassem” “voltar”; “irei” “tivessem”; “perguntariam” Armandinho confunde a palavra “fl exível” com o ato de se dobrar com facilidade, quando, na verdade, “fl exível” está no sentido de sermos mais abertos a opiniões diferentes das nossas. Haverá mais justiça quando formos menos egoístas e mais fl exíveis. Há a correlação futuro do pretérito do indicativo (“haveria”) com pretérito imperfeito do subjuntivo (“fôssemos”). 7. A escolha de “pediu” – ver- bo no pretérito perfeito do indicativo – implica que, de- pois, seja usada a forma “as- sistisse” (pretérito imperfeito do subjuntivo). Além disso, o verbo “conseguir” deve estar no plural, para concordar com o sujeito “todos”. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 32 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Exercícios propostos 11. As frases seguintes estão no tempo presente. Reescreva-as no passado, sem que se perca a relação harmônica entre as formas verbais (pretérito perfeito do indicativo com pretérito imperfeito do subjuntivo). a. Desejo que seu novo projeto tenha muito sucesso. b. Os atores pedem que o diretor compreenda suas reivindicações. c. Duvidamos que essa informação seja verdadeira. d. Pedro tem medo de que faça escolhas ruins. 12. Observe as imagens a seguir. Construa frases que estejam relacionadas a elas, seguindo a correlação verbal sugerida. b. Pretérito imperfeito do indicativo → pretérito mais-que- -perfeito composto do subjuntivo A M PA K/ IS TO CK CO K A D A /I ST O CK a. Presente do indicativo → pretérito perfeito composto do subjuntivo LÍ N G U A P O R TU G U ES A 33 Desejei que seu novo projeto tivesse muito sucesso. Os atores pediram que o diretor compreendesse suas reivindicações. Resposta pessoal. Sugestão: O garoto espera que seus pais tenham conseguido ver sua apresentação. Resposta pessoal. Sugestão: A leitora queria que o fi nal do livro tivesse sido diferente. Duvidamos que essa informação fosse verdadeira. Pedro teve medo de que fi zesse escolhas ruins. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 33 16/07/2020 15:27 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C c. Futuro do presente do subjuntivo → futuro do presente do indicativo d. Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo → pretérito do presente composto do indicativo 13. Assinale a frase em que houve correlação verbal adequada. a. Pedi para que a viagem tivesse durado mais tempo. b. Espero que você possa vir ao evento amanhã. c. Quando amanhecer, terá ouvido o canto dos pássaros. d. Se você tivesse prestado atenção no filme, lembrará essa cena. e. Júlia pensa que a consulta fosse às 14h. D A N IE L CH ET R O N I/ IS TO CK A ZM A N L/ IS TO CK A IT O R M M FO TO /I ST O CK CAPÍTULO 25 e. Futuro do presente do subjuntivo → futuro do pretérito composto do indicativo CA P ÍT U LO 2 5 34 Resposta pessoal. Sugestão: Se virar à esquerda, chegarei mais rápido ao meu destino. Resposta pessoal. Sugestão: Se tivéssemos cuidado de nossas fl orestas, tantas queimadas não teriam ocorrido. Resposta pessoal. Sugestão: Quando você acordar, já teremos ido à praia. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 34 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Leia a tirinha a seguir e responda às questões de 14 a 16. 14. No primeiro e no último quadrinho, há correlação verbal? Em caso afirmativo, descreva qual é. 15. Caso a forma verbal “fosse” seja passada para o futuro do presente do subjuntivo, como ficarão os textos do primeiro, do segundo e do último quadrinho? 16. Crie orações para continuar as frases a seguir, fazendo a correlação verbal adequada. a. Se você tivesse sido meu amigo de verdade, . b. Quando você for meu amigo de verdade, . FA B IO C O A LA LÍ N G U A P O R TU G U ES A 35 Há correlação “pretérito imperfeito do subjuntivo com futuro do pretérito do indicativo”. Se você for meu amigo de verdade, ouvirá meus conselhos. Sairá mais, usará cores mais alegres, fará novos amigos e trocará alguns hábitos. Se você for meu amigo de verdade, não tentará mudar quem eu sou. Resposta pessoal. Deve-se fazer uso do futuro do pretérito simples ou composto do indicativo. Resposta pessoal. Deve-se fazer uso do futuro do presente simples ou composto do indicativo. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 35 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 1. Preencha as lacunas a seguir com as palavras “onde” ou “aonde”. a. vamos amanhã? b.Marcamos o jantar no restaurante meu filho trabalha. c. fica aquele famoso teatro? d. Não sei você vai com esses passos de tartaruga. 2. Preencha adequadamente as lacunas seguintes com as expressões “demais” ou “de mais”. a. Havia pratos na mesa e talhares de menos. b. Passageiros preferenciais podem embarcar imediatamente, os devem aguardar a próxima chamada. c. O jogador chutou a bola forte . 3. Preencha os espaços a seguir com os termos “se não” ou “senão”. a. Decore suas falas, terá de improvisar na hora da apresentação. b. Não irei à festa conseguir carona. c. O professor disse que o do seu trabalho é a pontuação. d. Pedro não tem boas lembranças, as de sua infância. 4. Indique a que lugar o pronome relativo “onde” se refere nas frases a seguir. a. Fomos à praia onde as tartarugas depositam seus ovos. b. Conheci a cidade onde você nasceu. c. O estádio onde o time jogou a final do campeonato de 1970 não existe mais. d. Vendemos a casa onde passamos nossa infância. Leia a tirinha a seguir para responder às questões 5 e 6. Exercícios de aplicação Módulos 151, 152 e 153 | Uso de “onde” e “aonde”, “demais” e “de mais”, “senão” e “se não” CU ST Ó D IO CAPÍTULO 25 CA P ÍT U LO 2 5 36 Aonde Onde aonde de mais senão se não senão senão demais demais onde Refere-se a “a praia”. Refere-se a “a cidade”. Refere-se a “o estádio”. Refere-se a “a casa”. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 36 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 5. Explique por que é usado “onde” no primeiro quadrinho e “aonde” no segundo. 6. Considerando a linguagem verbal e a não verbal do último quadrinho da tira, elabore uma frase que indique em que tipo de lugar Beto se encontra. Inclua, obrigatoriamente, o pronome relativo “onde” em sua frase. 7. Considerando a frase: “João não gosta de maçã nem de laranja, senão de uva e de morango.”, quais doces ilustrados a seguir João comeria? Justifique sua resposta. a. b. c. d. PA LO M A D EL O SR IO S/ IS TO CK R U IZ LU Q U EP A Z/ IS TO CK D O N TS TO P/ IS TO CK YU M EH A N A /I ST O CK 8. Assinale a alternativa em que a frase “Caso não corra, perderá o ônibus” foi reescrita corretamente. a. Senão correr, perderá o ônibus. b. Se não correr, perderá o ônibus. c. Se não corresse, perderá o ônibus. d. Se não correr, perderia o ônibus. e. Senão corra, perderá o ônibus. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 37 De acordo com a frase, João gosta de uva e de morango. Assim, é possível inferir que ele comeria os doces retratados nas alternativas b e d, que são feitos, respectivamente, de morango e de uva. O doce da alternativa a é de maçã, fruta de que João não gosta, portanto não se pode dizer que ele iria comê-lo. O doce da alternativa c é de laranja, fruta da qual João também não gosta. No primeiro quadrinho, é usado “onde”, porque ele está relacionado a um verbo de permanência (“estar”). No segundo quadrinho, é usado “aonde”, porque ele está relacionado a um verbo que indica movimento (“ir”). Resposta pessoal. Sugestão: Beto está em um lugar onde faz frio./Beto está em um lugar onde há pinguins. 8. A conjunção “caso”, utiliza- da na primeira oração, indica uma condição para que a se- gunda oração ocorra. Como a conjunção “se” equivale a “caso”, a alternativa correta é a b, porém é necessário passar o verbo “correr” para o futuro do presente do sub- juntivo, que se correlaciona com o futuro do presente do indicativo, usado na frase. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 37 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 9. Nas frases a seguir, indique quais palavras são modificadas pelo advérbio “demais”. Dê a classifica- ção gramatical de cada uma delas. a. Essa casa é grande demais para nós dois. b. A sobremesa estava tão gostosa que comi demais. c. Chegamos tarde demais para a festa surpresa. d. Marília está com os pés inchados, porque andou demais ontem. Leia, a seguir, a versão de Olavo Bilac da fábula “O lobo e o cão”, de Esopo, e responda às questões de 10 a 12. Exercícios propostos O lobo e o cão Encontraram-se na estrada Um cão e um lobo. E este disse: “Que sorte amaldiçoada! Feliz seria, se um dia Como te vejo me visse. Andas gordo e bem tratado, Vendes saúde e alegria: Ando triste e arrepiado, Sem ter onde cair morto! Gozas de todo o conforto, E estás cada vez mais moço; E eu, para matar a fome, Nem acho às vezes um osso! Esta vida me consome... Dize-me tu, companheiro: Onde achas tanto dinheiro?” Disse-lhe o cão: “Lobo amigo! Serás feliz, se quiseres Deixar tudo e vir comigo; Vives assim porque queres... Terás comida à vontade, Terás afeto e carinho, Mimos e felicidade, Na boa casa em que vivo!” Foram-se os dois em caminho, Disse o lobo, interessado: “Que é isto? Por que motivo Tens o pescoço esfolado” — “É que, às vezes, amarrado Me deixam durante o dia...” “Amarrado? Adeus, amigo! (Disse o lobo.) Não te sigo! Muito bem me parecia Que era demais a riqueza... Adeus! Inveja não sinto: Quero viver como vivo! Deixa-me, com a pobreza! — Antes livre, mas faminto, Do que gordo, mas cativo!” BILAC, Olavo. O lobo e o cão. Poesias infantis. Disponível em <https://coc.pear.sn/npULHCg>. Acesso em: maio 2020. VOCABULÁRIO Gozar: desfrutar. CAPÍTULO 25 CA P ÍT U LO 2 5 38 “grande”: adjetivo “comi”: verbo “tarde”: advérbio “andou”: verbo CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 38 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C 10. No verso “Onde achas tanto dinheiro?”, a palavra “onde” foi usada adequadamente ou o correto seria usar “aonde”? Justifique sua resposta. 11. No trecho “Na boa casa em que vivo!”, a expressão “em que” poderia ser substituída por qual termo sem que houvesse prejuízo de sentido? 12. No trecho “Muito bem me parecia/Que era demais a riqueza...”, o termo “demais” exprime ideia de a. falta. b. simplicidade. c. restrição. d. excesso. e. deficiência. 13. Crie duas frases, uma com “onde” e outra com “aonde”. 14. Crie duas frases, uma com “demais” e outra com “de mais”. 15. Crie duas frases, uma com “senão” e outra com “se não”. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 39 O termo “onde” foi usado adequadamente, pois o verbo “achar” não expressa ideia de movimento em direção a algum lugar, não sendo possível, portanto, usar a expressão “aonde”. A expressão “em que” poderia ser substituída por “onde” ou “na qual”, pois ambos funcionam como pronome relativo, que remete a “casa”. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. 12. O termo “demais” expri- me ideia de estar “em exces- so”. As outras alternativas apontam características opostas a excesso, pois es- tão relacionadas à ideia de escassez. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 39 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Módulos 145, 146 e 147 Módulos 148, 149 e 150 Módulos 151, 152 e 153 1. Assinale as alternativas que apresentam características da comédia teatral. É composta por personagens de alta posição social, como reis e generais. Personagens que ocupam a base da pirâmide social podem ser protagonistas das narrativas. Tem o intuito de provocar o riso e de criticar costumes da sociedade. Surgiu no século XX. 2. Preencha as lacunas com os verbos sugeridos a seguir, observando a correlação verbal adequada. a. Ana Clara pediu que todos (vir) mais cedo amanhã. b. Se nós (ter) o relatório, poderíamos começar o trabalho. c. Os alunos esperam que a apresentação (ser) um sucesso. d. Quando a comida (estar) pronta, o horário de almoço terá terminado. e. Gabriel (quer) que seus pais tivessem entendido suas decisões. 3. Complete as lacunas com “onde” ou “aonde”. a. vocês irão antes do jogo? b. Viajamos parao país você nasceu. c. sua família morava na década passada? d. A ilha o barco nos levou é famosa. 4. Complete as lacunas com “demais” ou “de mais”. a. Ele faz as tarefas rápido . b. Separe as roupas que vai doar e coloque as de volta no armário. c. Há pessoas nesse elevador. d. Não gosto de frutos do mar; , tenho alergia a camarão. 5. Complete as lacunas com “senão” ou “se não”. a. O avô não escuta ninguém, a netinha. b. Não poderá viajar, tiver o passaporte. c. Ligue para sua mãe, ela ficará preocupada. d. Nunca há um em suas redações. CA P ÍT U LO 2 5 40 X X viessem tivéssemos seja estiver queria Aonde onde Onde aonde senão se não senão senão demais. demais de mais demais CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 40 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Verbos de ação Tragicomédia Farsa Melodrama TEATRO Ação dramática Comédia Tragédia Correlação verbal Pretérito perfeito do indicativo Pretérito perfeito do indicativo Presente do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo Futuro do presente do subjuntivo Pretérito imperfeito do indicativo Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo Futuro do presente do subjuntivo Presente do subjuntivo Pretérito imperfeito do subjuntivo Pretérito perfeito composto do subjuntivo Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo Futuro do presente do indicativo Futuro do pretérito do indicativo Futuro do pretérito simples ou composto do indicativo Futuro do presente composto do indicativo → → → → → → → → LÍ N G U A P O R TU G U ES A 41 CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 41 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C CAPÍTULOCAPÍTULO 26 MÚSICA ENCENADA Módulos 154 e 155 ANÁLISE DE VIDEOCLIPE Q uando escutamos uma canção popular, é comum que a asso-ciemos, automaticamente, a imagens do videoclipe que fez parte da sua divulgação. Videoclipes são vídeos musicais, ou seja, integram imagens à música, e têm como objetivo divulgar gravações musicais. Embora o lado comercial dos videoclipes te- nha bastante valor, algumas produções tornaram-se tão grandio- sas e experimentais que o lado artístico também ganhou destaque. LÍ N G U A P O R TU G U ES A 42 Neste capítulo, serão vistos aspec- tos do videoclipe, que, apesar de ter perdido espaço na televisão, re- conquistou o público na era digital, por meio de serviços de streaming de vídeo. Assim, espera-se que os alunos possam adquirir uma visão crítica, ainda que geral, sobre esse gênero midiático. Além disso, esse tema permite desenvolver dife- rentes linguagens, como verbal, sonora, visual e corporal. Nestes dois módulos, será visto um pouco da história dos video- clipes, de modo que se possa co- nhecer aspectos que os tornaram famosos. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 42 13/07/2020 14:22 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C D IE G O _C ER VO /I ST O CK LÍ N G U A P O R TU G U ES A 43 CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 43 13/07/2020 14:23 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Considera-se que as décadas de 1980 e 1990 foram uma “era de ouro” dos vi- deoclipes. Eles eram ansiosamente aguardados pelos fãs de música, que só podiam vê-los quando transmitidos em alguma emissora televisiva, como a MTV, que era especializada nisso. Com o advento da internet e, posterior- mente, de serviços de streaming, a visualização de videoclipes deixou de ser um evento com hora marcada, visto que as pessoas podem apreciá-los quando quiserem se estiverem on-line. Leia, a seguir, um texto que aborda um pouco a trajetória inicial do videoclipe. Conheça a história dos videoclipes e suas transformações Quando, em 1975, a banda Queen lançou o videoclipe de Bohemian rhapsody na televisão, iniciou-se um movimento irreversível na indústria fonográfica. Cada vez mais numerosos, os videoclipes, com os anos, migraram para as te- las dos computadores e, posteriormente, para as verticais dos smartphones. Ganharam versões 3D e 360o nas mãos de personalidades que vão de Bjork a Ivete Sangalo. Dividiram coautoria com os espectadores em narrativas intera- tivas. Mais recentemente, voltaram a ser confundidos com o cinema graças à ascensão dos chamados álbuns visuais, tendência iniciada por Beyoncé na era on-line. Depois da internet, a produção e a difusão de videoclipes tornaram- -se acessíveis e deram fim ao domínio televisivo sobre o formato. Essencialmente, os videoclipes sincronizam música e imagem, traduzindo imageticamente uma canção. Essa linguagem audiovisual avançou cada vez mais no mercado do entretenimento, envolvendo orçamentos milionários, premiações e se tornou peça de divulgação preciosa. Grandes cineastas co- meçaram suas carreiras nos videoclipes, como David Fincher, Gus Van Sant e Spike Jonze. A música Bohemian rhapsody, explica Thiago Soares, autor do livro A estética do videoclipe, inspirou o primeiro videoclipe produzido. O formato inaugurado pelo Queen diferencia-se das experiências anteriores, como a psicodélica dos Beatles em Strawberry fields forever, pelo caráter mercadológico e televisivo. Naquele ano, o quarteto foi convidado para se apresentar ao vivo no progra- ma de TV britânico Top of the pops. Em vez de entrar no palco, o grupo enviou o vídeo para ir ao ar. “Foi uma estratégia de marketing. Como o vídeo mostra a apresentação de um show do Queen, parecia que os integrantes estavam tocando ao vivo na televisão. No entanto, eles acrescentaram efeitos gráficos e sonoros. Pela pri- meira vez, uma apresentação ao vivo de música foi substituída por um audio- visual. Com essa exibição, os videoclipes deixaram de ser apenas uma referên- cia estética ligada ao cinema”, analisa Thiago Soares. Canal fundamental A MTV estreou em 1981 de forma provocativa: o primeiro videoclipe exibido foi Video killed the radio star (O vídeo matou os astros do rádio), da banda The Buggles. E, de fato, vários músicos que não se adaptaram ao novo tipo de divulgação, que envolvia encenação diante das câmeras, ficaram para trás. Outros, ao contrário, construíram a carreira apoiados na imagem. Como Duran Duran, Michael Jackson e Madonna. Esses dois últimos abriram portas para que mais mulheres e negros aparecessem na mídia pelos videoclipes. A emis- sora aumentou os números de venda de discos, que andavam baixos. Coautoria: criação ou pro- dução de algo em conjunto com outro(s). Fonográfico: relativo à fo- nografia, que é a represen- tação gráfica dos sons das palavras. Mercadológico: relativo à mercadologia; marketing. Psicodélica: refere-se a lo- cal, vestimenta, decoração, objeto etc. de cores muito vivas ou que fogem dos pa- drões tradicionais. VOCABULÁRIO CA P ÍT U LO 2 6 44 Antes de fazer a leitura e compreen- são do texto com os alunos, perguntar quais são as bandas ou artistas favo- ritos deles. Questioná-los também se eles gostam de assistir a videoclipes e por meio de quais suportes eles costu- mam fazer isso (computador, televisão, smartphone). Depois da leitura do tex- to, perguntar se eles conhecem algum dos artistas citados, se já assistiram a um videoclipe de um desses artistas e quais as diferenças entre esses video- clipes e os que eles geralmente assis- tem. Verifi car se os alunos compreen- deram o texto e se há vocabulos que eles não conhecem. CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 44 13/07/2020 14:23 MA TE RI AL D E US O EX CL US IV O SI ST EM A DE E NS IN O CO C Em 1983, Michael Jackson levou às telas da MTV coreografias e efeitos espe- ciais elaborados. Com 13 minutos de duração, Thriller despendeu o maior or- çamento da época. O sucesso estrondoso rendeu a Michael vários prêmios, a maior venda de álbuns da década e o título de “o vídeo musical
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