Buscar

COC lingua portuguesa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 160 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 160 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 160 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
G
ru
po
s:
 1
0,
 1
1 
e 
12
www.coc .com.br
Ensino Fundamental - Anos Finais
SÉTIMO ANO
Volume4
LIVRO DO 
PROFESSOR
101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR CAPA_G10 G11 e G12.indd 1 25/06/2020 18:21
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
DA
DO
S
ESCOLA:
NOME:
TURMA: NÚMERO:
HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
HORÁRIO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR CAPA_G10 G11 e G12.indd 2 25/06/2020 18:21
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Ensino Fundamental - Anos Finais
SÉTIMO ANO
Volume4
LIVRO DO 
PROFESSOR
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
 G
ru
po
s 
10
, 1
1 
e 
12
101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR INICIAIS_G10 G11 e G12.indd 1 13/07/2020 14:27
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
EDITORIAL
Todos os direitos desta publicação são reservados à 
Pearson Education do Brasil S.A.
Fone: (16) 3238.6300
Av. Dr. Celso Charuri, 6391
Jardim São José – Ribeirão Preto - SP
CEP 14098-510
www.coc.com.br
Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa
Direção editorial de Educação Básica e Universidades Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro
Coordenação de design Vanessa Cavalcanti
Autoria Fábia Alvim
Editoria responsável Erika Akime Tawada Boldrin 
Editoria pedagógica Anita Adas
Editoria de conteúdo Éverton Silva, Juliana Fernandes Rosa, Miriam Margarida Grisolia, 
Thalita Andrade da Silva
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida
Assistência de editoria Ana Beatriz Rodrigues Ferrari, Mariana Paulino Silva, 
Mariane de Mello Genaro Feitosa 
Preparação e revisão gramatical Ivone Teixeira, Leandro Requena Pereira, 
Mariane Genaro de Mello Feitosa, Milena Contador Lotto, 
Miriam Margarida Grisolia 
Organização de originais Marisa Aparecida dos Santos e Silva
Editoria de arte Natália Gaio
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Heraldo Colon Jr., Maricy Queiroz, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini
Editoria de Ilustração Carla Viana
Ilustração Danilo Dourado | Red Dragon Ilustrações 
Capa e projeto gráfico APIS design
Diagramação e arte final APIS design
PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr.
SISTEMA COC DE ENSINO
101375061 CO EF 07 INFI 02 4B LV 04 MI DLPO PR INICIAIS_G10 G11 e G12.indd 2 13/07/2020 14:27
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
10
GRUPO
“Com os modernos, consagram-se os princípios da liberdade 
individual e da igualdade de todos perante a lei: o indivíduo se 
afirma como o referencial último da ordem democrática. Pela 
primeira vez na história, as regras da vida social, a lei e o saber 
não são mais recebidos de fora, da religião ou da tradição, mas 
construídos livremente pelos homens, únicos autores legíti-
mos de seu modo de ser coletivo. Enquanto o poder deve ema-
nar da livre escolha de cada um e de todos, ninguém deve ser 
mais coagido a adotar esta ou aquela doutrina e submeter-se 
as regras de vida ditadas pela tradição. Direito de eleger seus 
governantes, direito de se opor ao poder estabelecido, direito 
de buscar por si mesmo a verdade, direito de conduzir a vida 
segundo sua própria vontade: o individualismo aparece como 
o código genético das sociedades democráticas modernas. Os
direitos humanos são sua tradução institucional. […] É inegá-
vel que, ao celebrar o sempre novo e os gozos do aqui-agora,
a civilização consumista opera continuadamente para enfra-
quecer a memória coletiva, acelerando o declínio da continui-
dade e da repetição ancestral. [...] A essência do individualismo 
é mesmo o paradoxo. Ante a desestruturação dos controles
sociais, os indivíduos em contexto pós-disciplinar têm a opção 
de assumir a responsabilidade ou não, de autocontrolar-se ou 
deixar-se levar. ”
Gilles Lipovetsky 
AÇÃO E CONQUISTA
W
IL
LI
A
M
_P
O
TT
ER
/I
ST
O
CK
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 11 03/07/2020 08:51
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
CONHEÇA SEU LIVRO
EXERCÍCIOS
Agrupados para facilitar o 
estudo e a revisão de conteúdos, 
são divididos em exercícios 
de aplicação, trabalhados em 
sala, e exercícios propostos, 
realizados em casa ou em 
outros momentos.
ABERTURA DE CAPÍTULO
Traz elementos que 
dialogam com o texto 
introdutório, buscando 
contextualização e 
estimulando a reflexão 
sobre o assunto em estudo.
MÓDULO
Reunido em capítulos, 
sistematiza a teoria que 
será trabalhada no grupo. 
Os exercícios referentes aos 
módulos são organizados 
após a teoria para facilitar a 
rotina de estudos.
OBJETIVOS DO GRUPO
Relação dos objetivos de 
aprendizagem a serem 
desenvolvidos no grupo.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 6 03/07/2020 08:50
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
ORGANIZADOR VISUAL
Propõe uma revisão dos 
conceitos e estabelece conexões 
entre eles, proporcionando 
uma articulação entre os 
conteúdos do capítulo.
PRODUÇÃO DE TEXTO
As folhas de redação são 
destacáveis, facilitando 
o uso pelo aluno e a
correção pelo professor.
ENCARTES E ADESIVOS
Apresentam recursos 
complementares 
que enriquecem o 
desenvolvimento 
dos módulos.
PARA CONFERIR
Momento indicado para 
conferir a aprendizagem de 
conteúdos. Pode ser aplicado 
ao final do capítulo ou durante 
seu desenvolvimento.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 7 03/07/2020 08:50
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
EXPLORE MAIS
São dicas de sites, textos 
e links, em ambiente 
digital, relacionados 
ao conteúdo estudado, 
possibilitando ampliação 
e aprofundamento.
NOTA
Traz informações 
históricas ou sobre 
estudiosos que se 
destacaram no contexto 
do conteúdo em estudo.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. 
Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
Ricardo Reis
QUADRO DE TEXTO
Com referência direta 
ao que está sendo 
trabalhado, permite 
o contato com
diversos autores.
VOCABULÁRIO
Explica, de maneira 
mais acessível e dentro 
do contexto, termos e 
conceitos, favorecendo sua 
assimilação, compreensão 
e apropriação.
CONHEÇA SEU LIVRO
As miniaturas são um 
recurso discursivo que 
facilitam a contextualização 
dos quadros com o texto 
principal, indicando nele 
em que ponto a informação 
adicional está relacionada.
MINIATURAS DOS ÍCONES
BOXES E ÍCONES
Eurocêntrico: centrali-
zado na Europa e nos eu-
ropeus; interpretação do 
mundo segundo valores 
da Europa Ocidental.
Sociedade estamental:
sociedade organizada em 
estamentos, ou seja, em 
grupos sociais, e que não 
comportava mobilidade 
entre os grupos.
VOCABULÁRIO
NOTA
Isaac Newton (1643-1727)
Um dos grandes nomes da 
ciência foi o cientista inglês 
Isaac Newton, que publicou 
inúmeras obras, sendo uma 
das mais importantes para a 
humanidade o livro Princípios 
Matemáticos da Filosofia Na-
tural (1687), trazendo contri-
buições para a área da Mate-
mática e da Física. Nesse livro, 
Newton apresenta a relação 
entre a mudança da velocida-
de ao longo do tempo com a 
massa do corpo em questão. 
Parque Nacional da 
Serra da Capivara
Saiba mais sobre um dos 
sítios arqueológicos mais 
importantes do continente, 
considerado um Patrimô-
nio Cultural da Humanida-
de pela Unesco, situado no 
Piauí, acessando o site em: 
<coc.pear.sn/ovjGrlo>.
EXPLORE MAIS
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 8 03/07/2020 08:50
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
SELOS
pág. Encarte 399 pág. Redação399
Colaborativo
PARA IR ALÉM
Oportunidade de 
aprofundar o conteúdo 
e desenvolver uma 
postura investigativa, 
estimulando a reflexão 
ao despertar a 
curiosidade e o interesse.
GRUPO TEMÁTICO
Momento em que 
o grupo temático é
trabalhado, por meio 
do qual as ligações 
entre as disciplinas são 
evidenciadas. 
NA PRÁTICA
Apresenta conceitos da 
disciplina aplicados em 
situações do cotidiano ou em 
outras áreas do conhecimento, 
servindo também à 
divulgação científica.
Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados 
materiais complementares ao desenvolvimento do módulo. 
E também em partes da página:
O selo colaborativo indica exercícios que exploram 
estratégias diferenciadas de aprendizagem:
pág. 399Redação pág. 399Encarte Adesivo
Eles podem aparecer no texto:
Conhecimentos 
e técnicas
Na obra A virgem dos roche-
dos, Leonardo da Vinci de-
monstra seus conhecimen-
tos matemáticos, utilizando 
a geometria para dispor as 
figuras humanas em forma 
de triângulo (ou pirâmide), 
que concentram a atenção 
do olhar. Além disso, explo-
ra a técnica da perspectiva, 
em que o ponto de luz que 
brilha além da escuridão das 
pedras é usado como ponto 
de fuga, a fim de provocar 
sensação de profundidade.
PARA IR ALÉM
A virgem dos rochedos, de 
Leonardo da Vinci, 1483. Óleo 
sobre madeira. Museu do 
Louvre, Paris, França.
NA PRÁTICA
Internet
A internet foi uma das prin-
cipais invenções da Idade 
Contemporânea, revolucio-
nando os meios de comuni-
cação e as relações em nossa 
sociedade. 
Ela foi criada em 1969 pelo 
governo dos Estados Unidos, 
durante a Guerra Fria. Nessa 
época, o governo americano 
temia que ataques da União 
Soviética às suas bases mili-
tares trouxessem a público in-
formações valiosas e sigilosas 
do governo. 
GRUPO 
TEMÁTICO
Origem da maratona
Você sabia que a prova da 
maratona baseia-se na histó-
ria de Fidípides, um soldado 
ateniense que, por volta de 
490 a.C., teria corrido 40 km, 
que correspondem à distân-
cia entre Maratona e Atenas, 
para levar uma notícia aos 
atenienses? O soldado era 
considerado um ótimo cor-
redor e, por isso, durante 
a Guerra de Maratona, foi 
buscar reforços em Atenas 
a pedido comandante grego 
Milcíades. Fidípides voltou à 
Maratona com dez mil sol-
dados e venceram a guerra. 
Então, seu comandante teria 
pedido que retornasse à Ate-
nas para levar a informação 
de que haviam vencido a 
guerra contra os persas. Fidí-
pides teria retornado sempre 
correndo e, após anunciar a 
vitória, teria caído morto, de-
vido à exaustão.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 9 03/07/2020 08:51
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
MAPA INTERDISCIPLINAR
Este mapa mostra a ligação entre os conteúdos 
das disciplinas, sendo ponto de partida para 
um trabalho interdisciplinar.
GRUPO
10
Ação e conquista
LÍNGUA
PORTUGUESA 
Leitura de peça teatral, 
correlação verbal, 
ortografia, análise de 
videoclipe, produção 
de resenhaMATEMÁTICA
Triângulos e 
quadriláteros
EDUCAÇÃO 
FÍSICA
Práticas corporais 
urbanas de aventura 
e parkour
ARTE
 Danças tradicionais 
brasileiras
CIÊNCIAS 
SOCIAIS
Globalização 
e consumo
GEOGRAFIA
Região Nordeste – 
Aspectos gerais 
e subregiões
HISTÓRIA
Desdobramentos 
da colonização
CIÊNCIAS 
DA NATUREZA
Répteis e aves
CSAR HI
LPGE
CS GEAR
EF GEAR
HICSAR
CSCNARHICS
HIGE
EF
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI INICIAIS_G10.indd 12 03/07/2020 08:51
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
POR
TU
GUE
SA
LÍNGUA
PÁG.
14
42
CAPÍTULO 25
Textos dramáticos
CAPÍTULO 26
Música encenada
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 13 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
CAPÍTULOCAPÍTULO
25
OBJETIVOS DO GRUPO
• Analisar, entre textos 
literários, e entre estes 
e outras manifestações 
artísticas, referências 
implícitas e/ou explícitas 
a outros textos em 
relação a temas, 
personagens e recursos 
literários e semióticos.
• Identificar, em texto 
dramático, personagem, 
ato, cena, fala e 
indicações cênicas, e a 
organização do texto: 
enredo, conflitos, ideias 
principais, pontos de 
vista e universos de 
referência.
• Escrever palavras de 
acordo com as regras 
ortográficas, obedecendo 
às convenções da 
língua escrita.
• Planejar resenhas, com 
base na escolha de 
uma produção, para 
analisar e sintetizar 
informações sobre a 
obra, destacando nela 
aspectos positivos e 
negativos.
• Utilizar, ao produzir 
texto, conhecimentos 
linguísticos e 
gramaticais: modos 
e tempos verbais, 
concordâncias verbal e 
nominal, pontuação etc.
TEXTOS DRAMÁTICOS
Ator: interpreta 
uma personagem.
Diretor: coordena toda 
a peça teatral (pode 
haver subdivisões, 
como diretor de arte, 
diretor musical etc.).
Iluminador: planeja a 
colocação de luzes no 
palco do espetáculo.
Elenco: conjunto de 
atores da peça teatral.
Contrarregra: responsabiliza-se pelo 
desenvolvimento do espetáculo, 
deslocamento de peças do cenário, 
indicação da entrada e saída dos 
atores, verifi cação da parte técnica etc.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
14
Neste capítulo, será aprofundado 
o estudo sobre texto dramático, 
já visto em anos anteriores. Na 
parte gramatical, a ênfase será 
dada ao estudo da correlação en-
tre os tempos verbais e da grafi a 
de palavras que costumam gerar 
confusão, por apresentarem se-
melhança fonética.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 14 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Cenógrafo: cria 
o espaço cênico.
Figurinista: cria os trajes 
e acessórios usados 
pelas personagens.
Maquiador: faz 
a maquiagem 
dos atores.
Sonoplasta: cria os 
efeitos sonoros do 
espetáculo teatral.
Dramaturgo: escreve 
o texto dramático.
Coreógrafo: elabora a 
sequência de movimentos 
e gestos dos atores.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
15
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 15 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
LEITURA DE PEÇA TEATRAL
Em anos anteriores, você já estudou que um texto dramático é basicamente 
feito para ser encenado. Quando assistimos a uma peça, vemos uma versão 
de um texto dramático que foi devidamente elaborado por diretor, atores e 
outros membros da produção. Apesar de sua principal característica ser a 
representação – ou encenação –, ele pode ser apenas lido, como um texto li-
terário, mas o leitor precisará de bastante criatividade para perceber o texto 
como se ele estivesse sendo representado em um palco. 
Originalmente, na Grécia Antiga, o gênero dramático era dividido em 
dois subgêneros: tragédia e comédia. 
Módulos 145, 146 e 147
Os símbolos do teatro na Grécia Antiga eram as máscaras. Na imagem, 
a máscara da esquerda representa a comédia e a da direita, a tragédia.
SA
D
EU
G
R
A
/I
ST
O
CK
Tragédia: embora atualmente a tragédia se refira a um evento triste ou 
desastroso, na Grécia Antiga ela era relacionada àquilo que causava pieda-
de e terror no espectador. Eram representadas como personagens centrais 
apenas pessoas de alta posição social, como reis, generais, nobres, deuses 
mitológicos etc.
Comédia: enquanto a tragédia clássica tende a representar a queda de 
uma pessoa – da prosperidade à decadência –, a comédia tem como objeti-
vo provocar risos no espectador, ao mesmo tempo em que faz críticas a cer-
tos aspectos da sociedade, como costumes, cargos e projetos políticos, entre 
outros. Como os temas desse gênero eram mais acessíveis à população em 
geral, aproximando-se do cotidiano de todos os cidadãos, era possível, na 
Grécia Antiga, que personagens centrais fossem representadas por pessoas 
pertencentes a estratos sociais mais baixos, como os escravizados.
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
16
Escravizados e pessoas de estratos so-
ciais mais baixos eram representados, 
mas não ocupavam posição central 
nas tragédias.“[...] A epopeia e a tragédia, bem 
como a comédia e a poesia ditirâm-
bica e ainda a maior parte da música 
de fl auta e de cítara são todas, vistas 
em conjunto, imitações. Diferem en-
tre si em três aspectos: ou porque 
imitam por meios diversos ou objetos 
diferentes ou de outro modo e não do 
mesmo. [… ], todas realizam imita-
ção por meio do ritmo, das palavras 
e da harmonia, separadamente ou 
combinadas. [… ]
Uma vez que quem imita representa 
os homens em ação, é forçoso que es-
tes sejam bons ou maus (os caracteres 
quase sempre se distribuem por estas 
categorias, isto é, todos distinguem os 
caracteres pelo vício e pela virtude) e 
melhores do que nós ou piores ou tal 
e qual somos, como fazem os pinto-
res: [… ] Também a tragédia se dis-
tingue da comédia neste aspecto: 
esta quer representar os homens 
inferiores, aquela superiores aos da 
realidade. Há ainda uma terceira di-
ferença: o modo como se imita cada 
um destes objetos. Com os mesmos 
meios podem imitar-se os mesmos 
objetos, ora narrando – seja toman-
do outra personalidade como faz Ho-
mero, seja mantendo a sua identidade 
sem alteração – ora representando 
todos em movimento e em atuação. 
A imitação existe, pois, com estas três 
diferenças, como dissemos no início: 
os meios, (os objetos) e o modo.”. Tre-
cho extraído de Poética, de Aristóteles. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/
N6uBALj>. Acesso em: maio 2020.
Portanto, os aspectos que diferem os 
gêneros são basicamente a métrica, 
o que imitam (os temas heroicos ou 
cotidianos) e o modo de imitação (nar-
rando ou encenando).
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 16 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Leia, a seguir, uma adaptação da peça A megera domada, considerada uma 
comédia romântica, escrita originalmente pelo dramaturgo inglês William 
Shakespeare. 
Verossimilhança: caracte-
rística do que é verossímil, 
ou seja, do que se aproxima 
da realidade. 
VOCABULÁRIO
Para relembrar
Os textos do gênero dramático apresentam o discurso direto das persona-
gens e as indicações cênicas (rubricas ou didascálias) que contêm informa-
ções sobre o cenário, os movimentos, as características físicas e psicológicas 
das personagens, entre outras. Esses textos estão subdivididos em atos, que 
correspondem a ciclos de ação em determinados espaços – troca-se de ato, 
por exemplo, quando se muda de cenário –, e cenas, que são os momentos da 
ação em que os atores estão representando. Os textos dramáticos apresentam 
o nome da personagem que dialoga antes de sua fala, indicando, dessa forma, 
sua entrada em cena, e, geralmente, uma sequência linear, com situação ini-
cial, complicações com um ponto culminante (tensão) e desfecho. 
Tipos de fala das 
personagens
As falas das personagens 
podem ser apresentadas na 
forma de:
• monólogo – uma persona-
gem fala consigo mesma.
• diálogo – as personagens 
falam umas com as outras.
• aparte – uma personagem 
faz um comentário para os 
espectadores.
PARA IR ALÉM
A megera domada
Personagens
CATARINA, a megera, é voluntariosa, estressada e irada.
PETRÚQUIO, o domador, vem a Pádua para se casar com moça bem rica.
BATISTA MINOLA, o pai de Catarina, é um comerciante muito rico de Pádua.
BIANCA, a irmã mais nova e boazinha de Catarina.
LUCÊNCIO, o estudante apaixonado por Bianca. Finge ser o professor de Lite-
ratura Câmbio.
BIONDELLO, o segundo criado de Lucêncio. Finge ser Trânio.
TRÂNIO, o primeiro criado e comparsa de Lucêncio. Finge ser Lucêncio.
GRÊMIO, o pretendente mais velho e rico de Bianca.
HORTÊNSIO, o pretendente mais pobre de Bianca. Finge ser o professor de música Lício.
GRÚMIO, o primeiro criado de Petrúquio.
MERCADOR, o viajante envolvido na armação de Trânio. Finge ser Vicêncio.
VICÊNCIO, o pai de Lucêncio.
OUTROS: padre, viúva dinamarquesa, costureiro; Nicolas, Natanael, José e Felipe 
(outros criados de Petrúquio).
D
U
N
CA
N
18
90
/I
ST
O
CK
Conforme o teatro ocidental foi se desenvolvendo, surgiram derivações 
desses dois subgêneros. Veja algumas delas a seguir.
Tragicomédia: combina aspectos da tragédia e da comédia, misturando 
na história personagens dos estratos sociais alto e baixo. Além disso, con-
flitos sérios – típicos da tragédia – podem ter finais felizes, que são carac-
terísticos da comédia.
Farsa: assim como a comédia, visa provocar o riso. É comum retratar 
personagens caricatas em situações exageradas; por isso, há pouca preocu-
pação com a verossimilhança.
Melodrama: em sua origem, era um drama misturado a elementos mu-
sicais. Atualmente, a intensidade emotiva ainda é característica desse sub-
gênero, mas a música não é mais obrigatória. Pode-se considerar que se 
aproxima das novelas de televisão.
NOTA
William Shakespeare 
(1564-1616)
Foi poeta e dramaturgo inglês, 
considerado um dos maiores 
escritores e o mais influente 
dramaturgo do mundo. No 
início, suas obras eram princi-
palmente comédias com base 
em eventos e personagens his-
tóricas, atingindo grande su-
cesso em peças teatrais desse 
gênero. Depois desse sucesso, 
por volta de 1608, escreveu as 
tragédias Hamlet e Macbeth, 
classificadas posteriormente 
como romances. Até hoje suas 
obras servem como base para 
escritores de livros, peças, no-
velas, entre outros.
17
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
Fazer a leitura e a interpretação do 
texto com os alunos. Como o texto é 
relativamente longo, se julgar perti-
nente, a cada cena lida, contextualizá-
-la e/ou explicá-la, verifi cando se eles 
têm dúvidas em relação ao vocabulá-
rio e se estão compreendendo o texto 
até o momento.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 17 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Primeiro ato
Cena I – Rua diante da mansão de Batista Minola
Trânio entra na frente do palco e se dirige ao público.
TRÂNIO — Minhas mais sinceras saudações, senhoras e senhores. 
Sejam bem-vindos a Pádua, esta bela cidade da Lombardia, o jardim 
da Itália, ao final do século XVI. Meu nome é Trânio e vou ser seu guia 
nesta visita. Bem, o bom do teatro é que quem está aqui prega uma 
peça em quem está aí. Nós aqui fingimos que estamos em outro tem-
po e outro lugar, e vocês aí fingem que acreditam. Vez por outra al-
guém pode atravessar (indica) a quarta parede e falar direto com os 
espectadores. É o que estou fazendo neste momento, para lhes contar 
uma história hilária e, como narro e participo de cenas, vou entrar e 
sair desta trama cheia de pessoas que fingem ser outra pessoa ou fin-
gem que são de um jeito e depois fingem que passaram a ser de outro.
Lucêncio entra e olha em volta, maravilhado.
TRÂNIO — Tudo começou quando (indicando Lucêncio) meu amo 
Lucêncio, que é de Pisa, aquela cidade da torre inclinada, chegou a 
esta cidade de Pádua, acompanhado de (indicando-se) seu fiel criado 
Trânio e de seu estúpido criado Biondello, para estudar e, quem sabe, 
amar! Com sua licença…
Trânio se junta à ação, que acontece na rua em frente da casa de Batista.
LUCÊNCIO — Onde está o tolo do Biondello? Precisamos achar logo 
um lugar para morar nesta cidade tão bonita. Preciso, quanto antes, me 
concentrar nos estudos.
TRÂNIO — Claro que precisa, amo. Mas lembre-se de que, além da 
Matemática, da Filosofia e da Geografia, existem neste mundo a As-
tronomia, a Música e a Anatomia!
LUCÊNCIO — Eu sei o que você quer dizer, mas esqueça! Nesta mi-
nha estada em Pádua faltará tempo para a Érica, a Renata ou a Prisci-
la, porque só terei olhos para a Ética, a Retórica e a Poética!
TRÂNIO — Caro mestre, esquente a cabeça com Aristóteles, mas não 
se esqueça de aquecer o coração com Ovídio. 
LUCÊNCIO — Esquecerei, porque não trouxe meu exemplar de A arte 
de amar.
TRÂNIO — (Pegando o livro no bolso) Mas eu trouxe o meu! (Len-
do) “Procure o objeto de seu amor. Achou? Agora concentre seus es-
forços em cativar a jovem que lhe agradar e, depois, para que seu 
amor dure.”
LUCÊNCIO — Desista detentar me desviar de meu objetivo. É impos-
sível que aconteça de eu me apaixonar…
Lucêncio vê alguém que vem se aproximando, põe a mão sobre o coração.
LUCÊNCIO — Oh! Fui atingido!
TRÂNIO — No coração?
LUCÊNCIO — Por uma flecha!
TRÂNIO — Flecha? Não!
LUCÊNCIO — Sim! Atirada por Cupido! 
Quarta parede: parede 
imaginária na frente do 
palco, diante da qual fica a 
plateia que assiste à peça.
VOCABULÁRIO
NOTA
Aristóteles 
(384 a.C.-322 a.C.)
Foi um filósofo grego da Grécia 
Antiga. Escreveu sobre diversos 
assuntos, como política, ética, 
retórica, física etc. Foi aluno do 
filósofo Platão e professor 
do futuro rei da Macedônia, 
Alexandre, o Grande. Sua obra 
Poética é uma grande fonte de 
conhecimento sobre o início do 
gênero dramático, em especial 
sobre a tragédia, constituindo-
-se em uma leitura fundamen-
tal para os estudos literários até 
os dias atuais.
PA
N
O
SK
A
R
A
PA
N
AG
IO
TI
S/
IS
TO
CK
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
18
Este é o momento oportuno para 
aplicar o exercício 1 da seção “Para 
conferir”, referente aos módulos 145, 
146 e 147.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 18 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
A megera domada é estruturada em cinco atos e, nessa adaptação, há um 
narrador, Trânio, que se apresenta no começo do primeiro ato. A participa-
ção dele contribui para situar imediatamente a história aos leitores/espec-
tadores: ela se passa em Pádua (Itália), no século XVI. As personagens são 
apresentadas antes do início dos diálogos, com as principais – Catarina e 
Petrúquio – listadas primeiro. 
O trecho que você leu anteriormente é o início da peça, em que a perso-
nagem Lucêncio se apaixona, à primeira vista, por Bianca. Logo a seguir, é 
dada a informação de que o obstáculo para que pretendentes se casem com 
Bianca é sua irmã Catarina, a “megera”. Assim, o conflito da história é a ten-
tativa de fazer Catarina se comportar de acordo com o que a sociedade da 
época esperava da mulher, permitindo uma discussão atual sobre o papel 
de homens e mulheres em um casamento.
Cortejo: qualquer acompa-
nhamento que se faz a al-
guém por ocasião de uma 
cerimônia.
Dote: conjunto de bens, 
dado pela família da noi-
va ao noivo, trazido pela 
mulher quando se casa.
VOCABULÁRIO
NOTA
Públio Ovídio Naso 
(43 a.C.-17 ou 18 d.C.)
Ovídio, como é conhecido nos 
países de Língua Portuguesa, 
foi um poeta romano que viveu 
durante o reinado do imperador 
Otávio Augusto. Destacou-se 
com seus poemas sobre amor, 
embora se possa considerar Me-
tamorfoses sua mais importan-
te obra, a qual narra a história 
do mundo, desde sua criação 
até o reinado de Júlio César, 
permeada por mitos.
R
O
M
AO
SL
O
/I
ST
O
CK
TRÂNIO — Ah!… O deus do amor! Parece que o impossível acabou de 
acontecer.
LUCÊNCIO — Quem pode ser aquela deusa?
TRÂNIO — Não sei, mas parece que ela faz parte de um cortejo que 
vem para nos recepcionar!
Entram Batista, Catarina, Bianca, Hortênsio e Grêmio.
HORTÊNSIO — Meu caro senhor!
GRÊMIO — Amigo Batista!
BATISTA — Basta, cavalheiros! Vocês não me farão mudar de ideia.
CATARINA — Que vergonha, lavar a roupa suja fora de casa, na frente 
de (indicando Grêmio) uma múmia que fugiu da tumba e (indicando Hor-
tênsio) um espantalho que pensa que é gente!
Lucêncio e Trânio se afastam, assistem à cena e falam só entre eles.
HORTÊNSIO — Alguém deveria lavar com sabão sua língua de trapo!
GRÊMIO — Eu suplico que reconsidere, Batista!
BATISTA — Vejam bem: por enquanto ninguém poderá se casar com 
Bianca, minha filha caçula, porque decidi que isso só acontecerá depois 
que Catarina, a mais velha, tenha um marido. Portanto, se um de vocês 
se candidatar a esse posto, terá todo o meu apoio e consideração, além 
do generoso dote.
TRÂNIO — Daquela leoa irada é mais fácil vir um bote!
LUCÊNCIO — Quieto, Trânio.
GRÊMIO — Essa desvairada? Não é para o meu barquinho, eu me afo-
garia nesse tsunami. E você, Hortênsio?
HORTÊNSIO — Prefiro entrar numa jaula com uma ursa faminta!
CATARINA — Qual é sua intenção, meu pai, ao me humilhar assim, em 
plena rua, me oferecendo como seu eu fosse uma mula…
[…]
SHAKESPEARE, William. A megera domada. Tradução e adaptação 
de Flávio de Souza. São Paulo: FTD, 2013.
19
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 19 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Módulos 148, 149 e 150
CORRELAÇÃO VERBAL
Quando você estudou verbo, aprendeu que ele se flexiona em pessoa, modo, 
tempo e número. Para a construção adequada de um período, é importan-
te que os verbos estejam em harmonia entre si e não apenas conjugá-los 
isoladamente. 
A articulação temporal entre as formas verbais é chamada de correlação 
verbal. Isso significa que os verbos que compõem um período devem estar 
em tempos e modos correspondentes uns aos outros, o que contribui para 
que as ideias estejam bem conectadas, garantindo a clareza do texto. Como 
falantes nativos da língua portuguesa, tendemos a fazer essa relação de 
modo intuitivo. 
Observe, a seguir, uma fala retirada da peça A megera domada, que você 
leu nos módulos anteriores.
GRÊMIO — Eu suplico que reconsidere, Batista!
Nessa frase, há emprego de dois verbos, “suplicar” e “reconsiderar”, que 
estão no mesmo tempo verbal – presente –, porém em modos diferentes. 
A forma verbal “suplico” está flexionada no presente do modo indicativo, 
enquanto “reconsidere” está no presente do modo subjuntivo. Como, em 
uma peça teatral, a ação ocorre no momento da fala, “suplico” é a forma 
adequada para exprimir essa temporalidade. Já a forma “reconsidere” ex-
prime um fato que ainda não foi realizado no momento da fala, por isso 
não haveria lógica se fosse dito, por exemplo, “Eu suplico que reconsideras-
se.”, com o verbo no pretérito. 
Veja, na página seguinte, alguns casos comuns de correlação verbal.
M
ES
Q
U
IT
A
FM
S/
IS
TO
CK
GRUPO TEMÁTICO
Para conquistar algo, 
é necessário agir
“Conquistar” e “agir” são 
verbos de ação. Também 
são denominados signi-
ficativos ou nocionais, 
pois apresentam signi-
ficado próprio e estão 
relacionados a um sujei-
to que realiza ou sofre a 
ação descrita no verbo. 
Além disso, compõem 
o núcleo do predicado 
verbal. Outros exem-
plos de verbos de ação: 
comer, dançar, acreditar, 
sair etc.
Articulação temporal 
entre os verbos
Para saber mais sobre 
correlação verbal, acesse: 
<coc.pear.sn/seoGTz7>.
EXPLORE MAIS
Tempos verbais 
compostos
São formados por mais de 
uma palavra: um verbo auxi-
liar e um verbo principal, dos 
quais resulta uma locução 
verbal, conforme já visto. O 
verbo auxiliar sofre flexão 
em tempo e pessoa, e o verbo 
principal permanece no par-
ticípio. Os tempos compos-
tos do modo indicativo são: 
pretérito perfeito, pretérito 
mais-que-perfeito, futuro 
do presente e futuro do pre-
térito. Os tempos compos-
tos do modo subjuntivo são: 
pretérito perfeito, pretérito 
mais-que-perfeito e futuro. 
Para saber mais sobre esses 
tempos, acesse: <coc.pear.
sn/SNJ1RyR>.
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
20
Neste conjunto de módulos, será estudada a correlação verbal, que é um tópico bastante 
importante para que o texto tenha coesão e coerência. 
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 20 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
TEMPO VERBAL DA PRIMEIRA ORAÇÃO TEMPO VERBAL DA SEGUNDA ORAÇÃO
Presente do indicativo Presente do subjuntivo
Recomendo que assista a essa peça teatral.
Pretérito perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo
Pedi que atuassem de modo mais intenso.
Presente do indicativo Pretérito perfeito composto do subjuntivo
Esperamos que ele tenha ganhado o prêmio de melhor ator.
TEMPO VERBAL DA PRIMEIRA ORAÇÃO TEMPO VERBAL DA SEGUNDA ORAÇÃO
Pretérito imperfeito do indicativo Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo
Queria que o público tivesse gostado da apresentação.Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente do indicativo
Se esquecer sua fala, terá dificuldade na atuação.
Pretérito imperfeito do subjuntivo Futuro do pretérito do indicativo
Se conversasse com o diretor, compreenderia a perspectiva dele.
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo Futuro do pretérito simples do indicativo
Se ele não tivesse se aposentado, viraria o melhor jogador do país.
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo Futuro do pretérito composto do indicativo
Se tivéssemos ensaiado mais, a apresentação teria sido melhor.
Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente do indicativo
Quando formos ao teatro, convidaremos você.
Futuro do presente do subjuntivo Futuro do presente composto do indicativo
Quando chegarmos, o segundo ato da peça terá acabado. 
O uso da forma “tenha ganhado” significa que o acontecimento já foi con-
cluído no momento da fala. Caso fosse usado “ganhe” (presente do subjun-
tivo), a premiação ainda não teria ocorrido no momento da fala.
21
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
Este é o momento oportu-
no para aplicar o exercício 
2 da seção “Para conferir”, 
referente aos módulos 148, 
149 e 150.
Indicar aos alunos que a po-
sição das orações pode ser 
invertida, mantendo-se a 
correlação. Exemplo (último 
caso apresentado na tabela 
anterior): “O segundo ato da 
peça terá acabado quando 
chegarmos.”.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 21 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
USO DE “ONDE” E “AONDE”, “DEMAIS” E 
“DE MAIS”, “SENÃO” E “SE NÃO”
Há palavras e expressões que geram dúvidas no momento da escrita, es-
pecialmente quando elas pouco se diferem sonoramente. Isso ocorre, por 
exemplo, com os pares “onde”/“aonde”, “demais”/“de mais” e “senão”/“se não”. 
Leia, a seguir, um texto sobre o teatro de Shakespeare e observe em que 
situação a palavra “onde” foi empregada.
Módulos 151, 152 e 153
Teatro onde Romeu e Julieta foi encenado pela primeira vez é 
encontrado em Londres
Arqueólogos do Museu de Londres descobriram ruínas do espaço The Curtain 
Theatre, teatro onde peças como Romeu e Julieta e Henry V, do dramaturgo 
inglês William Shakespeare, foram encenadas pela primeira vez. […]
[…] 
Como parte de um trabalho de restauração, os arqueólogos do museu en-
contraram vestígios do teatro “em bom estado de conservação”, como o pátio 
e os muros de uma galeria, a três metros de profundidade. […] 
Com as escavações, que deverão seguir adiante, os arqueólogos encontraram 
o teatro (The Curtain) em uma rua do bairro de Shoreditch. O local fica a pou-
cos metros do lugar onde o “The Theatre”, teatro onde Shakespeare estreou 
como ator e onde representou suas primeiras peças, foi encontrado em 2008.
[…]
Teatro onde “Romeu e Julieta” foi encenado pela primeira vez é encontrado em Londres. UOL, 
jun. 2012. Disponível em: <https://coc.pear.sn/VSQ1ITo>. Acesso em: jun. 2020.
Logo no título da notícia é possível observar que foi usada a palavra 
“onde”.
Teatro onde Romeu e Julieta foi encenado pela 
primeira vez é encontrado em Londres
O local fica a poucos metros do lugar onde o “The Theatre” [...] foi 
encontrado em 2008.
[...] teatro onde Shakespeare estreou como ator e onde representou 
suas primeiras peças […].
Nesse exemplo, “onde” funciona como um pronome relativo, o qual faz 
referência a “teatro”. Além disso, está associado a um verbo, “encenar”, que 
não traz ideia de movimento para algum lugar. Veja como esses mesmos 
aspectos também estão presentes em outras partes do texto em que “onde” 
foi usado.
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
22
Neste conjunto de módulos, serão 
estudadas algumas expressões que 
geram dúvidas no momento da escrita. 
Assim, conhecer a diferença entre elas e, 
principalmente, estimular seu uso, con-
tribui para que se evite essa confusão. 
A habilidade da BNCC a ser trabalhada 
é a EF67LP32 – “Escrever palavras com 
correção ortográfica, obedecendo às 
convenções da língua escrita.”.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 22 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Onde você mora?
Fomos à cidade onde nasci.
Aonde você vai?
O restaurante aonde fomos ontem está fechado hoje.
Em ambos os trechos apresentados, “onde” indica lugar e é empregado com 
verbos que sugerem uma ideia de permanência: “encontrar”, “estrear” e “re-
presentar”. 
A seguir, serão relacionadas outras situações que exigem o emprego de 
“onde”, bem como as diferenças entre essa expressão e a palavra “aonde”.
Onde × aonde
Tanto “onde” quanto “aonde” são palavras que indicam lugar. O que dife-
rencia o uso delas são os tipos de verbo a que estão associadas.
Onde 
Pode ser um pronome relativo ou um advérbio interrogativo, e é usado 
com verbos de sentido estático, indicando o lugar em que ocorre algo. 
Aonde
É a combinação da preposição “a” com o advérbio (ou pronome relativo) 
“onde”. É usada com verbos que sugerem um sentido de dinamismo, exi-
gindo essa preposição. Indica movimento ou deslocamento em direção a 
algum lugar.
Dinamismo: característica 
do que é ativo; movimento.
Estático: aspecto que ex-
prime a ideia de ausência 
de movimento ou mudança.
VOCABULÁRIO
Demais × de mais
Além de “onde” e “aonde”, existem outras expressões que geram dúvidas 
quanto à grafia. “Demais” e “de mais” são duas dessas expressões.
“Onde” como pronome relativo
PARA IR ALÉM
Quando “onde” é pronome relativo, pode ser substituído por “em que” ou “no(a) qual”, 
sem que haja alteração de sentido. Observe os exemplos a seguir.
Visitei a cidade onde meus pais moraram.
Visitei a cidade em que meus pais moraram.
Visitei a cidade na qual meus pais moraram.
Lembre-se de que “onde” indica lugar. Assim, embora esse termo possa ser substituído 
por “em que” e “no(a) qual”, essas expressões não podem ser substituídas por “onde” 
quando não há ideia de lugar. Veja.
 No dia em que completou um ano de idade, começou a andar. 
 No dia onde completou um ano de idade, começou a andar.
Antecedentes dos 
pronomes relativos
Os pronomes relativos 
são denominados assim 
porque fazem referência a 
um termo expresso ante-
riormente. Leia mais sobre 
esse o assunto no artigo 
disponível em: 
<coc.pear.sn/iaGFKCN>.
EXPLORE MAIS
Pronomes 
interrogativos 
e advérbios 
interrogativos
Quando formulamos per-
guntas, há alguns termos 
que frequentemente estão 
presentes, como Quem?, 
Por quê?, Quanto?, Onde? 
etc. Apesar de todos esses 
exemplos serem empre-
gados para introduzir uma 
pergunta, seja direta seja 
indireta, eles não perten-
cem a uma única classe 
gramatical, pois podem ser 
advérbios ou pronomes. 
Leia mais sobre esse assun-
to no artigo disponível em: 
<coc.pear.sn/OA2niNq>.
23
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
Este é o momento oportuno para apli-
car o exercício 3 da seção “Para conferir”, 
referente aos módulos 151, 152 e 153.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 23 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
b. Como advérbio, também pode ter sentido de “além disso”, “ademais”.
Não achei que a protagonista atuasse bem. Demais, o enredo era ruim.
Dois funcionários viajarão amanhã, os demais irão hoje à noite.
c. Como pronome indefinido, tem valor de “os outros”, “os restantes”.
“Demais”, como advérbio de intensidade, exprime ideia de excesso.
SI
PH
O
TO
G
R
A
PH
Y/
IS
TO
CK
Demais 
Pode ser um advérbio ou um pronome indefinido. 
a. Como advérbio de intensidade, pode modificar adjetivos, advérbios e 
verbos, e equivale a “excessivamente”, “demasiadamente”.
Ela é inteligente demais.
Adjetivo
Chegamos cedo demais.
Advérbio
O anfitrião fala demais.
Verbo
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
24
Este é o momento oportuno para apli-
caro exercício 4 da seção “Para conferir”, 
referente aos módulos 151, 152 e 153.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 24 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CLUS
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Há palavras de mais na minha redação.
Não tinha nada de mais na peça que vimos ontem.
Correremos no parque, se não chover. (= caso não chova.)
Apresse-se, senão chegaremos atrasados.
Não queria ser jogador, senão bombeiro.
Ninguém o ajuda, senão você.
O único senão dele é ser exigente demais.
De mais
É uma locução adjetiva que acompanha substantivos, exprimindo, em ge-
ral, ideia de quantidade. Equivale a “a mais” e é o contrário de “de menos”.
Senão × se não
Senão
Pode ser uma conjunção, uma preposição ou um substantivo.
a. Como conjunção, pode ter sentido de “do contrário”, “de outro modo”.
b. Como conjunção, também pode significar “mas”, “mas sim”.
c. Como preposição, tem sentido de “à exceção de”, “exceto”, “a não ser”, “salvo”.
d. Como substantivo, exprime a ideia de “defeito”.
Se não
É a conjunção “se” com o advérbio “não”. Em geral, é usada para situações 
em que se é estabelecida uma condição, podendo ser substituída por “caso 
não”. Observe.
25
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
Este é o momento oportuno para 
aplicar os o exercício 5 da seção “Para 
conferir”, referente aos módulos 151, 
152 e 153.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 25 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
CAPÍTULO 25
TEXTOS DRAMÁTICOS
Módulos 145, 146 e 147 | Leitura de peça teatral
Para responder às questões a seguir, releia o excerto de A megera domada apresentado na teoria. 
1. Embora não seja tão comum em textos dramáticos, A megera domada apresenta um narrador. Qual 
é seu nome e sua relação com as outras personagens da história?
2. De acordo com o texto, Biondello é
a. pai de Catarina.
b. pretendente de Bianca.
c. professor de Câmbio.
d. criado de Lucêncio.
e. irmão de Petrúquio.
3. Na conversa entre Lucêncio e Trânio, os autores Aristóteles e Ovídio são relacionados a que tipo de 
atividade?
4. De que modo a rubrica é essencial para o entendimento do leitor (ou do ator que vai encenar o 
texto) na passagem a seguir?
Exercícios de aplicação
Cena II — Na frente da casa de Hortênsio
Petrúquio e Grúmio vêm chegando.
TRÂNIO — (para o público) Este é Petrúquio, que acaba de chegar de Verona, aquela 
cidade onde os jovens Romeu e Julieta, filhos de duas famílias inimigas, os Montéquio e 
os Capuleto, vivem um amor impossível que, na minha modesta opinião, não vai acabar 
bem… mas essa é uma outra história. Nesta, o intrépido Petrúquio chega, com seu 
criado Grúmio, à casa de seu amigo Hortênsio em Pádua.
[…]
CATARINA — Que vergonha, lavar a roupa suja fora de casa, na frente de (indicando 
Grêmio) uma múmia que fugiu da tumba e (indicando Hortênsio) um espantalho que 
pensa que é gente!
5. Qual foi a reclamação feita por Catarina a seu pai?
Leia, a seguir, outro trecho de A megera domada, em que surge uma possibilidade para que Catarina 
se case e, com isso, a irmã também o possa fazer.
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
26
O narrador é Trânio. Ele é criado e comparsa de Lucêncio.
Aristóteles é relacionado ao estudo e Ovídio, ao amor.
Caso não houvesse as rubricas “indicando Grêmio” e “indicando Hortênsio” não daria para identifi car quem Catarina 
estava chamando de “múmia que fugiu da tumba” e de “espantalho que pensa que é gente”, o que causaria confusão 
nessa passagem do texto.
Ela reclamou que seu pai a oferece para casamento a qualquer homem que possa aceitá-la, como se ela fosse uma mula.
2. De acordo com a apre-
sentação das personagens, 
Biondello é o segundo cria-
do de Lucêncio. A alternati-
va a está incorreta, porque o 
pai de Catarina é Batista. A 
alternativa b está incorreta, 
porque os pretendentes de 
Bianca são Grêmio e Hor-
tênsio. A alternativa c está 
incorreta, porque Câmbio 
é Lucêncio fingindo ser 
professor de Literatura. A 
alternativa e está incorreta, 
porque não há menção, no 
trecho apresentado, de que 
Petrúquio tem um irmão.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 26 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Hortênsio entra.
[…]
HORTÊNSIO — Mas o que trouxe você a Pádua, Petrúquio?
PETRÚQUIO — A vontade de me casar com uma moça de grande dote.
HORTÊNSIO — Como você é meu amigo, vou ser sincero. Conheço uma moça de dote 
bem grande, muito grande mesmo, enorme, colossal. No entanto…
PETRÚQUIO — Tinha de ter um “no entanto”!
HORTÊNSIO — Sim. No entanto, esse “no entanto” talvez seja apenas um tanto desani-
mador para um sujeito destemido, vigoroso, matreiro e pimpão como você.
PETRÚQUIO — Espero que sim. Agora pare de falar de mim e conte tudo sobre essa can-
didata à minha esposa. Ela é muito feia?
HORTÊNSIO — Nem um pouco!
PETRÚQUIO — Muito velha?
HORTÊNSIO — Não, só um pouco.
GRÚMIO — Então é porca?
PETRÚQUIO — Fedida?
GRÚMIO — Desleixada?
PETRÚQUIO — Descabelada?
HORTÊNSIO — Não, não e não.
GRÚMIO — Careca?
HORTÊNSIO — Não!
Grúmio vai continuar falando, mas Petrúquio tapa sua boca.
PETRÚQUIO — Então qual é o problema com essa moça?
HORTÊNSIO — É simplesmente a mais antipática, intratável e enfezada de Pádua. Você 
é um amigo tão bom, e eu não desejaria ver nem meu pior inimigo atado a ela até que a 
morte os separe!
PETRÚQUIO — Hortênsio, você me conhece suficientemente para saber que não existe 
pessoa ou besta que eu não possa enfrentar.
HORTÊNSIO — Com certeza! Eu, no entanto, não me casaria com aquela criatura nem por 
uma mina inteira de ouro.
PETRÚQUIO — Chega de papo, vamos ao fato: quem é ela?
HORTÊNSIO — Catarina, a primogênita de Batista Minola, um dos senhores mais ricos 
desta terra, que é famosa por ser mais azeda que limão, mais amarga que almeirão, mais 
ardida que pimenta e mais intragável que óleo de fígado de bacalhau!
GRÚMIO — Credo! É essa monstra que vai ser minha patroa?
PETRÚQUIO — Cale-se, Grúmio!
HORTÊNSIO — Se você realizar essa façanha, eu pago uma recompensa.
PETRÚQUIO — Então me leve imediatamente para onde mora minha futura noiva.
HORTÊNSIO — Agora mesmo. Eu só peço que você me ajude, me apresentando ao pai dela 
como professor de música. Foi esse o jeito que arrumei para ter como fazer a corte a Bianca, 
a irmã mais nova, amável e tudo que é bom, além de ser tão rica quanto a sua megera.
[…]
SHAKESPEARE, William. A megera domada. Tradução e adaptação de Flávio de Souza. São Paulo: FTD, 2013.
VOCABULÁRIO
Colossal: muito gran-
de, gigantesco, vastís-
simo; de grande valor.
Intrépido: que não 
tem medo; corajoso.
Matreiro : esperto; 
perspicaz.
Pimpão: que ou quem 
é presunçoso, vaidoso.
Vigoroso: que tem vi-
gor físico; forte.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
27
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 27 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
6. Nesse trecho, é feita uma referência a qual outra obra de Shakespeare? Que relação há entre essa 
obra e A megera domada?
7. Ao tentar descobrir qual seria o problema de Catarina, Petrúquio e Grúmio privilegiam aspectos da 
aparência ou da essência dela? Justifique sua resposta.
8. Petrúquio e Hortênsio agem de forma desinteressada no excerto apresentado? Explique.
9. No início da cena 1 do primeiro ato, Trânio menciona que, nessa história, há várias pessoas que 
fingem ser o que não são. Em que momento da cena 2 é possível identificar essa possiblidade?
10. Leia o fragmento a seguir.
CAPÍTULO 25
HORTÊNSIO — Catarina, a primogênita de Batista Minola, um dos senhores mais ricos 
desta terra, que é famosa por ser mais azeda que limão, mais amarga que almeirão, 
mais ardida que pimenta e mais intragável que óleo de fígado de bacalhau!
Nesse fragmento, a figura de linguagem usada para descrever Catarina foi
a. a personificação.
b. a onomatopeia.
c. a comparação.
d. a ironia.
e. o eufemismo.
11. Considerando a peça A megera domada, cite elementos que permitem sua classificação como texto 
do gênero comédia? Justifique sua resposta.
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
28
É feita uma referênciaa Romeu e Julieta. A relação entre essas duas obras é que a história de Romeu e Julieta se passa em 
Verona, que é a cidade de onde Petrúquio, de A megera domada, vem.
Eles privilegiam aspectos da aparência de Catarina, pois fazem perguntas a respeito de seu físico, por exemplo, se é feia, 
desleixada, descabelada, careca etc.
Não, ambos têm interesses próprios. Petrúquio quer casar-se com alguém que tenha um grande dote, portanto a sugestão 
de Hortênsio lhe possibilitaria isso, e Hortênsio ainda diz que lhe dará uma recompensa se ele o fi zer. Hortênsio faz essa 
sugestão a Petrúquio, porque deseja casar-se com Bianca, que só pode se casar depois que a irmã mais velha casar. Assim, 
os dois poderiam ser privilegiados com esse acordo.
Considerando a peça A megera domada, podem ser citados como elementos que permitem sua classifi cação como comédia 
a narração de fatos do cotidiano e a representação de pessoas comuns, pois, apesar de as protagonistas pertencerem à 
elite local, são retratadas em situações do dia a dia e não agem heroicamente, muito pelo contrário, estão envolvidas em 
peripécias e armações incomuns às tragédias, por exemplo.
É possível identifi car essa possibilidade quando Hortênsio pede a Petrúquio que o apresente a Batista como sendo um 
professor de música.
10. A descrição de Catarina 
é feita por meio de compa-
ração. A moça é comparada 
a alguns alimentos azedos 
e/ou amargos, como limão, 
almeirão, pimenta e óleo de 
fígado de bacalhau.
Caso os alunos não conhe-
çam a obra Romeu e Julieta, 
explicar resumidamente que 
se trata de uma história em 
que dois jovens se apaixo-
nam, porém não podem fi car 
juntos porque suas famílias 
são inimigas há anos.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 28 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Exercícios propostos
É comum que clássicos da literatura inspirem produções cinematográficas. Leia, a seguir, a resenha 
de um filme de 1999 inspirado na história de A megera domada.
Comédia acerta com Shakespeare teen
Fazer Shakespeare no cinema destinado a adolescentes é uma missão que até 
agora só tinha rendido duas boas e bem diferentes versões de Romeu e Julieta – 
a comportada, de Franco Zeffirelli –, e a moderninha, estrelada por Leonardo 
Di Caprio. Agora, 10 coisas que eu odeio em você traz A megera domada para o 
universo de uma high school. E acerta na mosca.
Muitos dos garotos que vão sentar nas poltronas dos cinemas de shopping 
e dar muitas risadas com o filme não devem ter a menor ideia de que estão 
acompanhando uma releitura razoavelmente fiel do texto shakespeariano. 
O roteiro, escrito por duas garotas de menos de 30 anos, mantém o fio principal 
da história e manipula com criatividade o humor estilo sitcom.
O elenco é um punhado de desconhecidos, exceto, para os fãs de seriados, o 
engraçado Joseph Gordon-Levitt (o mais jovem dos alienígenas de Third rock 
from the sun). Cabe ao personagem dele, Cameron, desencadear toda a trama 
do filme.
Novato na Padua High School, Cameron cai de paixão pela patricinha Bianca, 
objeto do desejo da rapaziada. Mas a bela tem um pai que é uma fera. A re-
gra paterna é clara: Bianca só pode namorar se sua irmã mais velha, Katarina, 
também estiver namorando. O pai confia na insociabilidade da primogênita, 
intelectual rebelde que não dá bola para ninguém.
Cameron e seu amigo Michael (David Krumholtz, jovem revelação cômica) 
armam um plano. Eles convencem o bonitão ricaço Joey, que também deseja 
Bianca, a pagar alguém para [namorar] Katarina, o que liberaria a irmã para 
seus pretendentes.
O escolhido para a missão é o bad boy Patrick (interpretado por Heath Ledger, 
uma razoável versão pós-adolescente do roqueiro Jim Morrison). Temido na es-
cola, com fama de ter matado um homem, Patrick aceita o dinheiro e parte para 
cima da garota. Enquanto isso, Cameron vai tentar passar a perna em Joey e 
ficar com Bianca.
A partir daí o roteiro tece muitas reviravoltas, costuradas por diálogos inteli-
gentes, situações engraçadas, afinada interpretação da molecada e uma trilha 
sonora esperta, com bandas alternativas, como a bacana Letter to Cleo, que 
acaba participando de algumas sequências, inclusive da cena final.
Fugindo da carnificina que invade quase todas as escolas dos filmes recentes, 
10 coisas que eu odeio em você prova que um roteiro bem escrito também cai 
bem para menores de 20 anos.
MENEZES, Thales de. Comédia acerta com Shakespeare teen. Folha de S.Paulo, 13 ago. 1999. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/3a4l1fR>. Acesso em: jun. 2020.
12. Nessa versão de A megera domada para o cinema, há uma referência ao lugar onde se passa a histó-
ria original? Justifique sua resposta.
VOCABULÁRIO
High school: segmen-
to correspondente 
aos últimos anos da 
educação básica nos 
Estados Unidos, que 
equivale ao Ensino 
Médio no Brasil.
Sitcom: contração da 
expressão em inglês 
situation comedy, que 
pode ser traduzida 
como “comédia de 
situação”. O termo 
faz referência a um 
subgênero da comé-
dia, surgido no Rei-
no Unido, nos anos 
1940, primeiramente 
produzido para rádio 
e caracterizado por 
abordar temas do 
cotidiano, em que as 
histórias são ambien-
tadas e encenadas 
como peças de tea-
tro, até mesmo com 
plateia, que reage ao 
texto, mas com a es-
pecificidade de serem 
gravadas e, posterior-
mente, editadas para 
a televisão.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
29
Sim. Há referência à cidade de Pádua: no fi lme, a escola em que se passa a história tem esse nome (Padua High School).
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 29 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
13. Embora as irmãs da peça de Shakespeare tenham praticamente o mesmo nome no filme 10 coisas 
que eu odeio em você, outras personagens tiveram o nome alterado. Considerando as informações 
do texto, descreva, para cada personagem do filme listada a seguir, a personagem correspondente 
da peça de Shakespeare.
a. Cameron: 
b. Joey: 
c. Patrick: 
14. O filme 10 coisas que eu odeio em você é a única versão cinematográfica voltada para o público jovem 
das obras de Shakespeare? Justifique sua resposta.
15. O resenhista parece ter gostado do filme? Retire trechos do texto que comprovem sua resposta.
Módulos 148, 149 e 150 | Correlação verbal
1. Retire todos os verbos do texto apresentado a seguir.
Exercícios de aplicação
O soldadinho de saco às costas
Tolentino Esteves da Silva nasceu, por assim dizer, soldado.
[…]
Quando completou dezoito anos, o pai mandou-o inscrever-se no exército, conforme 
prometera à sua nascença. E poucos meses volvidos chegou a carta que mandava To-
lentino apresentar-se no quartel mais próximo. 
A mãe juntou-lhe alguma roupa, um pedaço de presunto, meia dúzia de chouriças, 
um naco de pão e enfiou tudo num saco. Lág rima de mãe no canto do olho, disse-lhe 
que fosse em paz e pediu-lhe que nunca se esquecesse dela.
[…]
LOPES, Teresa. Histórias que acabam aqui. Domínio público. 
Disponível em: <https://coc.pear.sn/RSPrfvB>. Acesso em: jun. 2020.
CAPÍTULO 25
VOCABULÁRIO
Chouriça: embutido 
feito com carne de 
porco picada.
Naco: grande pedaço 
ou fatia.
Volver: decorrer, passar.
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
30
Não, não é a única. De acordo com o texto, já houve duas versões de Romeu e Julieta voltadas para o público jovem.
Lucêncio
Hortênsio
Petrúquio
Sim, o resenhista parece ter achado o fi lme uma boa releitura da obra de Shakespeare. Sua avaliação positiva do fi lme 
pode ser identifi cada em várias partes do texto, como no título ou nos trechos “E acerta na mosca.”, “O roteiro, escrito por 
duas garotas de menos de 30 anos, mantém o fi o principal da história e manipula com criatividade o humor estilo sitcom.”, 
“A partir daí o roteiro tece muitas reviravoltas, costuradas por diálogos inteligentes, situações engraçadas, afi nada inter-
pretação da molecada e uma trilha sonora esperta […].” etc.
“Nasceu”, “dizer”,“completou”, “mandou”, “inscrever”(-se), “prometera”, “chegou”, “mandava”, “apresentar”(-se), “juntou”, 
“enfi ou”, “disse”, “fosse”, “pediu”, “esquecesse”.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 30 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
2. Neste trecho: “Lágrima de mãe no canto do olho, disse-lhe que fosse em paz e pediu-lhe que nunca 
se esquecesse dela.”, há correlação verbal? Em caso afirmativo, descreva qual é.
3. Indique em que modo verbal estão flexionados os verbos destacados a seguir.
a. O diretor avisou aos funcionários que chegassem mais cedo no dia do evento.
b. Desde que treinemos todos os dias, decoraremos os passos da dança.
c. A mãe desejava que os filhos tivessem tomado melhores decisões.
d. Quando terminar a lição de casa, brincarei com os vizinhos da rua.
4. Indique a pessoa e o número das formas verbais destacadas na questão anterior.
a. 
b. 
c. 
d. 
5. Identifique os verbos dos períodos a seguir e classifique o tempo e o modo em que eles estão 
flexionados.
a. Disse-lhe que me contasse a verdade.
b. Quando voltarmos das férias, iremos à casa da vovó.
c. Caso o paciente tivesse dúvidas, perguntaria ao médico.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
31
Há correlação pretérito perfeito do indicativo - pretérito imperfeito do subjuntivo (disse/pediu - fosse/esquecesse).
“avisou”: indicativo
“chegassem”: subjuntivo
“treinemos”: subjuntivo
“decoraremos”: indicativo
“desejava”: indicativo
“tivessem tomado”: subjuntivo
“terminar”: subjuntivo
“brincarei”: indicativo
“avisou”: 3a pessoa do singular
“chegassem”: 3a pessoa do plural
“treinemos”: 1a pessoa do plural
“decoraremos”: 1a pessoa do plural
“desejava”: 3a pessoa do singular
“tivessem feito”: 3a pessoa do plural
“terminar”: 1a pessoa do singular
“deixarei”: 1a pessoa do singular
“disse”: pretérito perfeito do indicativo
“contasse”: pretérito imperfeito do subjuntivo
“voltarmos”: futuro do presente do subjuntivo
“iremos”: futuro do presente do indicativo
“tivesse”: pretérito imperfeito do subjuntivo
“perguntaria”: futuro do pretérito do indicativo
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 31 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
CAPÍTULO 25
6. Sem alterar a pessoa das formas verbais da questão anterior, passe-as para o plural, se elas estive-
rem no singular, ou para o singular, se estiverem no plural.
a. 
b. 
c. 
7. Assinale a alternativa que contenha todas as formas verbais adequadas para preencher as lacunas 
do período a seguir.
O pai que toda a família à apresentação teatral do filho mais novo, no en-
tanto nem todos comprar ingressos.
a. pede – assistisse – conseguiu
b. pediu – assista – conseguiram
c. pediu – assistisse – conseguiram
d. pedira – assista – conseguiu
e. pede – assista – conseguiram
Leia a tirinha a seguir para responder às questões 8 e 9.
8. Qual o efeito de humor que se dá no último quadrinho?
9. Que correlação verbal está presente no primeiro quadrinho da tirinha? 
10. Reescreva o período do primeiro quadrinho, de modo que a correlação verbal dele seja “futuro do 
presente do indicativo → futuro do presente do subjuntivo”.
A
LE
XA
N
D
R
E 
B
EC
K
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
32
“dissemos”; “contassem”
“voltar”; “irei”
“tivessem”; “perguntariam”
Armandinho confunde a palavra “fl exível” com o ato de se dobrar com facilidade, quando, na verdade, “fl exível” está no 
sentido de sermos mais abertos a opiniões diferentes das nossas.
Haverá mais justiça quando formos menos egoístas e mais fl exíveis.
Há a correlação futuro do pretérito do indicativo (“haveria”) com pretérito imperfeito do subjuntivo (“fôssemos”).
7. A escolha de “pediu” – ver-
bo no pretérito perfeito do 
indicativo – implica que, de-
pois, seja usada a forma “as-
sistisse” (pretérito imperfeito 
do subjuntivo). Além disso, o 
verbo “conseguir” deve estar 
no plural, para concordar 
com o sujeito “todos”.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 32 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Exercícios propostos
11. As frases seguintes estão no tempo presente. Reescreva-as no passado, sem que se perca a relação 
harmônica entre as formas verbais (pretérito perfeito do indicativo com pretérito imperfeito do 
subjuntivo).
a. Desejo que seu novo projeto tenha muito sucesso.
b. Os atores pedem que o diretor compreenda suas reivindicações.
c. Duvidamos que essa informação seja verdadeira.
d. Pedro tem medo de que faça escolhas ruins.
12. Observe as imagens a seguir. Construa frases que estejam relacionadas a elas, seguindo a correlação 
verbal sugerida.
b. Pretérito imperfeito do indicativo → pretérito mais-que-
-perfeito composto do subjuntivo
A
M
PA
K/
IS
TO
CK
CO
K
A
D
A
/I
ST
O
CK
a. Presente do indicativo → pretérito perfeito composto 
do subjuntivo
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
33
Desejei que seu novo projeto tivesse muito sucesso.
Os atores pediram que o diretor compreendesse suas reivindicações.
Resposta pessoal. Sugestão: O garoto espera que seus pais tenham 
conseguido ver sua apresentação.
Resposta pessoal. Sugestão: A leitora queria que o fi nal do livro tivesse 
sido diferente.
Duvidamos que essa informação fosse verdadeira.
Pedro teve medo de que fi zesse escolhas ruins.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 33 16/07/2020 15:27
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
c. Futuro do presente do subjuntivo → futuro do presente 
do indicativo
d. Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo → 
pretérito do presente composto do indicativo
13. Assinale a frase em que houve correlação verbal adequada.
a. Pedi para que a viagem tivesse durado mais tempo.
b. Espero que você possa vir ao evento amanhã.
c. Quando amanhecer, terá ouvido o canto dos pássaros.
d. Se você tivesse prestado atenção no filme, lembrará essa cena.
e. Júlia pensa que a consulta fosse às 14h.
D
A
N
IE
L 
CH
ET
R
O
N
I/
IS
TO
CK
A
ZM
A
N
L/
IS
TO
CK
A
IT
O
R
M
M
FO
TO
/I
ST
O
CK
CAPÍTULO 25
e. Futuro do presente do subjuntivo → futuro do pretérito composto do indicativo
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
34
Resposta pessoal. Sugestão: Se virar à esquerda, chegarei mais rápido 
ao meu destino.
Resposta pessoal. Sugestão: Se tivéssemos cuidado de nossas fl orestas, 
tantas queimadas não teriam ocorrido.
Resposta pessoal. Sugestão: Quando você acordar, já teremos ido à praia.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 34 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Leia a tirinha a seguir e responda às questões de 14 a 16.
14. No primeiro e no último quadrinho, há correlação verbal? Em caso afirmativo, descreva qual é.
15. Caso a forma verbal “fosse” seja passada para o futuro do presente do subjuntivo, como ficarão os 
textos do primeiro, do segundo e do último quadrinho?
16. Crie orações para continuar as frases a seguir, fazendo a correlação verbal adequada.
a. Se você tivesse sido meu amigo de verdade, 
 .
b. Quando você for meu amigo de verdade, 
 .
FA
B
IO
 C
O
A
LA
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
35
Há correlação “pretérito imperfeito do subjuntivo com futuro do pretérito do indicativo”.
Se você for meu amigo de verdade, ouvirá meus conselhos. Sairá mais, usará cores mais alegres, fará novos amigos e 
trocará alguns hábitos.
Se você for meu amigo de verdade, não tentará mudar quem eu sou.
Resposta pessoal. Deve-se fazer uso do futuro do pretérito simples ou composto do indicativo.
Resposta pessoal. Deve-se fazer uso do futuro do presente simples ou composto do indicativo.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 35 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
1. Preencha as lacunas a seguir com as palavras “onde” ou “aonde”.
a. vamos amanhã?
b.Marcamos o jantar no restaurante meu filho trabalha.
c. fica aquele famoso teatro?
d. Não sei você vai com esses passos de tartaruga.
2. Preencha adequadamente as lacunas seguintes com as expressões “demais” ou “de mais”.
a. Havia pratos na mesa e talhares de menos.
b. Passageiros preferenciais podem embarcar imediatamente, os devem 
aguardar a próxima chamada.
c. O jogador chutou a bola forte .
3. Preencha os espaços a seguir com os termos “se não” ou “senão”.
a. Decore suas falas, terá de improvisar na hora da apresentação.
b. Não irei à festa conseguir carona.
c. O professor disse que o do seu trabalho é a pontuação.
d. Pedro não tem boas lembranças, as de sua infância.
4. Indique a que lugar o pronome relativo “onde” se refere nas frases a seguir.
a. Fomos à praia onde as tartarugas depositam seus ovos.
b. Conheci a cidade onde você nasceu.
c. O estádio onde o time jogou a final do campeonato de 1970 não existe mais.
d. Vendemos a casa onde passamos nossa infância.
Leia a tirinha a seguir para responder às questões 5 e 6.
Exercícios de aplicação
Módulos 151, 152 e 153 | Uso de “onde” e “aonde”, “demais” e “de mais”, “senão” e “se não”
CU
ST
Ó
D
IO
CAPÍTULO 25
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
36
Aonde
Onde
aonde
de mais
senão
se não
senão
senão
demais
demais
onde
Refere-se a “a praia”.
Refere-se a “a cidade”.
Refere-se a “o estádio”.
Refere-se a “a casa”.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 36 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
5. Explique por que é usado “onde” no primeiro quadrinho e “aonde” no segundo.
6. Considerando a linguagem verbal e a não verbal do último quadrinho da tira, elabore uma frase que 
indique em que tipo de lugar Beto se encontra. Inclua, obrigatoriamente, o pronome relativo “onde” 
em sua frase.
7. Considerando a frase: “João não gosta de maçã nem de laranja, senão de uva e de morango.”, quais 
doces ilustrados a seguir João comeria? Justifique sua resposta.
a.
b.
c.
d.
PA
LO
M
A
D
EL
O
SR
IO
S/
IS
TO
CK
R
U
IZ
LU
Q
U
EP
A
Z/
IS
TO
CK
D
O
N
TS
TO
P/
IS
TO
CK
YU
M
EH
A
N
A
/I
ST
O
CK
8. Assinale a alternativa em que a frase “Caso não corra, perderá o ônibus” foi reescrita corretamente.
a. Senão correr, perderá o ônibus.
b. Se não correr, perderá o ônibus.
c. Se não corresse, perderá o ônibus.
d. Se não correr, perderia o ônibus.
e. Senão corra, perderá o ônibus.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
37
De acordo com a frase, João gosta de uva e de morango. Assim, é possível inferir que ele comeria os doces retratados 
nas alternativas b e d, que são feitos, respectivamente, de morango e de uva. O doce da alternativa a é de maçã, fruta 
de que João não gosta, portanto não se pode dizer que ele iria comê-lo. O doce da alternativa c é de laranja, fruta da 
qual João também não gosta.
No primeiro quadrinho, é usado “onde”, porque ele está relacionado a um verbo de permanência (“estar”). No segundo 
quadrinho, é usado “aonde”, porque ele está relacionado a um verbo que indica movimento (“ir”).
Resposta pessoal. Sugestão: Beto está em um lugar onde faz frio./Beto está em um lugar onde há pinguins. 
8. A conjunção “caso”, utiliza-
da na primeira oração, indica 
uma condição para que a se-
gunda oração ocorra. Como 
a conjunção “se” equivale a 
“caso”, a alternativa correta 
é a b, porém é necessário 
passar o verbo “correr” para 
o futuro do presente do sub-
juntivo, que se correlaciona 
com o futuro do presente do 
indicativo, usado na frase.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 37 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
9. Nas frases a seguir, indique quais palavras são modificadas pelo advérbio “demais”. Dê a classifica-
ção gramatical de cada uma delas.
a. Essa casa é grande demais para nós dois.
b. A sobremesa estava tão gostosa que comi demais.
c. Chegamos tarde demais para a festa surpresa. 
d. Marília está com os pés inchados, porque andou demais ontem.
Leia, a seguir, a versão de Olavo Bilac da fábula “O lobo e o cão”, de Esopo, e responda às questões 
de 10 a 12.
Exercícios propostos
O lobo e o cão
Encontraram-se na estrada
Um cão e um lobo. E este disse:
“Que sorte amaldiçoada!
Feliz seria, se um dia
Como te vejo me visse.
Andas gordo e bem tratado,
Vendes saúde e alegria:
Ando triste e arrepiado,
Sem ter onde cair morto!
Gozas de todo o conforto,
E estás cada vez mais moço;
E eu, para matar a fome,
Nem acho às vezes um osso!
Esta vida me consome...
Dize-me tu, companheiro:
Onde achas tanto dinheiro?”
Disse-lhe o cão:
 “Lobo amigo!
Serás feliz, se quiseres
Deixar tudo e vir comigo;
Vives assim porque queres...
Terás comida à vontade,
Terás afeto e carinho,
Mimos e felicidade,
Na boa casa em que vivo!”
Foram-se os dois em caminho,
Disse o lobo, interessado:
“Que é isto? Por que motivo
Tens o pescoço esfolado”
— “É que, às vezes, amarrado
Me deixam durante o dia...”
“Amarrado? Adeus, amigo!
(Disse o lobo.) Não te sigo!
Muito bem me parecia
Que era demais a riqueza...
Adeus! Inveja não sinto:
Quero viver como vivo!
Deixa-me, com a pobreza!
— Antes livre, mas faminto,
Do que gordo, mas cativo!”
BILAC, Olavo. O lobo e o cão. 
Poesias infantis. Disponível em 
<https://coc.pear.sn/npULHCg>. 
Acesso em: maio 2020.
VOCABULÁRIO
Gozar: desfrutar.
CAPÍTULO 25
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
38
“grande”: adjetivo
“comi”: verbo
“tarde”: advérbio
“andou”: verbo
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 38 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
10. No verso “Onde achas tanto dinheiro?”, a palavra “onde” foi usada adequadamente ou o correto seria 
usar “aonde”? Justifique sua resposta.
11. No trecho “Na boa casa em que vivo!”, a expressão “em que” poderia ser substituída por qual termo 
sem que houvesse prejuízo de sentido?
12. No trecho “Muito bem me parecia/Que era demais a riqueza...”, o termo “demais” exprime ideia de 
a. falta.
b. simplicidade.
c. restrição.
d. excesso.
e. deficiência.
13. Crie duas frases, uma com “onde” e outra com “aonde”.
14. Crie duas frases, uma com “demais” e outra com “de mais”.
15. Crie duas frases, uma com “senão” e outra com “se não”.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
39
O termo “onde” foi usado adequadamente, pois o verbo “achar” não expressa ideia de movimento em direção a algum 
lugar, não sendo possível, portanto, usar a expressão “aonde”.
A expressão “em que” poderia ser substituída por “onde” ou “na qual”, pois ambos funcionam como pronome relativo, 
que remete a “casa”.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
Resposta pessoal.
12. O termo “demais” expri-
me ideia de estar “em exces-
so”. As outras alternativas 
apontam características 
opostas a excesso, pois es-
tão relacionadas à ideia de 
escassez.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 39 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Módulos 145, 146 e 147
Módulos 148, 149 e 150
Módulos 151, 152 e 153
1. Assinale as alternativas que apresentam características da comédia teatral.
 É composta por personagens de alta posição social, como reis e generais.
 Personagens que ocupam a base da pirâmide social podem ser protagonistas das narrativas.
 Tem o intuito de provocar o riso e de criticar costumes da sociedade.
 Surgiu no século XX.
2. Preencha as lacunas com os verbos sugeridos a seguir, observando a correlação verbal adequada.
a. Ana Clara pediu que todos (vir) mais cedo amanhã.
b. Se nós (ter) o relatório, poderíamos começar o trabalho.
c. Os alunos esperam que a apresentação (ser) um sucesso.
d. Quando a comida (estar) pronta, o horário de almoço terá terminado.
e. Gabriel (quer) que seus pais tivessem entendido suas decisões.
3. Complete as lacunas com “onde” ou “aonde”.
a. vocês irão antes do jogo?
b. Viajamos parao país você nasceu.
c. sua família morava na década passada? 
d. A ilha o barco nos levou é famosa.
4. Complete as lacunas com “demais” ou “de mais”.
a. Ele faz as tarefas rápido .
b. Separe as roupas que vai doar e coloque as de volta no armário.
c. Há pessoas nesse elevador.
d. Não gosto de frutos do mar; , tenho alergia a camarão.
5. Complete as lacunas com “senão” ou “se não”.
a. O avô não escuta ninguém, a netinha.
b. Não poderá viajar, tiver o passaporte.
c. Ligue para sua mãe, ela ficará preocupada.
d. Nunca há um em suas redações.
CA
P
ÍT
U
LO
 2
5
40
X
X
viessem
tivéssemos
seja
estiver
queria
Aonde
onde
Onde
aonde
senão
se não
senão
senão
demais.
demais
de mais
demais
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 40 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Verbos de ação
Tragicomédia Farsa Melodrama
TEATRO
Ação dramática Comédia Tragédia
Correlação verbal
Pretérito perfeito 
do indicativo
Pretérito perfeito 
do indicativo
Presente do indicativo
Pretérito imperfeito 
do indicativo
Futuro do presente do 
subjuntivo 
Pretérito imperfeito 
do indicativo 
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo
Futuro do presente do 
subjuntivo
Presente do subjuntivo
Pretérito imperfeito 
do subjuntivo
Pretérito perfeito composto 
do subjuntivo
Pretérito mais-que-perfeito 
composto do subjuntivo
Futuro do presente 
do indicativo
Futuro do pretérito 
do indicativo
Futuro do pretérito simples ou 
composto do indicativo
Futuro do presente composto 
do indicativo
→
→
→
→
→
→
→
→
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
41
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 41 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
CAPÍTULOCAPÍTULO
26 MÚSICA ENCENADA
Módulos 154 e 155
ANÁLISE DE VIDEOCLIPE
Q uando escutamos uma canção popular, é comum que a asso-ciemos, automaticamente, a imagens do videoclipe que fez parte da sua divulgação. Videoclipes são vídeos musicais, 
ou seja, integram imagens à música, e têm como objetivo divulgar 
gravações musicais. Embora o lado comercial dos videoclipes te-
nha bastante valor, algumas produções tornaram-se tão grandio-
sas e experimentais que o lado artístico também ganhou destaque.
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
42
Neste capítulo, serão vistos aspec-
tos do videoclipe, que, apesar de 
ter perdido espaço na televisão, re-
conquistou o público na era digital, 
por meio de serviços de streaming
de vídeo. Assim, espera-se que os 
alunos possam adquirir uma visão 
crítica, ainda que geral, sobre esse 
gênero midiático. Além disso, esse 
tema permite desenvolver dife-
rentes linguagens, como verbal, 
sonora, visual e corporal.
Nestes dois módulos, será visto 
um pouco da história dos video-
clipes, de modo que se possa co-
nhecer aspectos que os tornaram 
famosos. 
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 42 13/07/2020 14:22
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
D
IE
G
O
_C
ER
VO
/I
ST
O
CK
LÍ
N
G
U
A
 P
O
R
TU
G
U
ES
A
43
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 43 13/07/2020 14:23
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Considera-se que as décadas de 1980 e 1990 foram uma “era de ouro” dos vi-
deoclipes. Eles eram ansiosamente aguardados pelos fãs de música, que só 
podiam vê-los quando transmitidos em alguma emissora televisiva, como 
a MTV, que era especializada nisso. Com o advento da internet e, posterior-
mente, de serviços de streaming, a visualização de videoclipes deixou de 
ser um evento com hora marcada, visto que as pessoas podem apreciá-los 
quando quiserem se estiverem on-line.
Leia, a seguir, um texto que aborda um pouco a trajetória inicial do 
videoclipe.
Conheça a história dos videoclipes e suas transformações
Quando, em 1975, a banda Queen lançou o videoclipe de Bohemian rhapsody
na televisão, iniciou-se um movimento irreversível na indústria fonográfica. 
Cada vez mais numerosos, os videoclipes, com os anos, migraram para as te-
las dos computadores e, posteriormente, para as verticais dos smartphones. 
Ganharam versões 3D e 360o nas mãos de personalidades que vão de Bjork a 
Ivete Sangalo. Dividiram coautoria com os espectadores em narrativas intera-
tivas. Mais recentemente, voltaram a ser confundidos com o cinema graças à 
ascensão dos chamados álbuns visuais, tendência iniciada por Beyoncé na era 
on-line. Depois da internet, a produção e a difusão de videoclipes tornaram-
-se acessíveis e deram fim ao domínio televisivo sobre o formato.
Essencialmente, os videoclipes sincronizam música e imagem, traduzindo 
imageticamente uma canção. Essa linguagem audiovisual avançou cada vez 
mais no mercado do entretenimento, envolvendo orçamentos milionários, 
premiações e se tornou peça de divulgação preciosa. Grandes cineastas co-
meçaram suas carreiras nos videoclipes, como David Fincher, Gus Van Sant e 
Spike Jonze.
A música Bohemian rhapsody, explica Thiago Soares, autor do livro A estética 
do videoclipe, inspirou o primeiro videoclipe produzido. O formato inaugurado 
pelo Queen diferencia-se das experiências anteriores, como a psicodélica dos 
Beatles em Strawberry fields forever, pelo caráter mercadológico e televisivo. 
Naquele ano, o quarteto foi convidado para se apresentar ao vivo no progra-
ma de TV britânico Top of the pops. Em vez de entrar no palco, o grupo enviou 
o vídeo para ir ao ar.
“Foi uma estratégia de marketing. Como o vídeo mostra a apresentação de 
um show do Queen, parecia que os integrantes estavam tocando ao vivo na 
televisão. No entanto, eles acrescentaram efeitos gráficos e sonoros. Pela pri-
meira vez, uma apresentação ao vivo de música foi substituída por um audio-
visual. Com essa exibição, os videoclipes deixaram de ser apenas uma referên-
cia estética ligada ao cinema”, analisa Thiago Soares.
Canal fundamental
A MTV estreou em 1981 de forma provocativa: o primeiro videoclipe exibido 
foi Video killed the radio star (O vídeo matou os astros do rádio), da banda The 
Buggles. E, de fato, vários músicos que não se adaptaram ao novo tipo de 
divulgação, que envolvia encenação diante das câmeras, ficaram para trás. 
Outros, ao contrário, construíram a carreira apoiados na imagem. Como Duran 
Duran, Michael Jackson e Madonna. Esses dois últimos abriram portas para 
que mais mulheres e negros aparecessem na mídia pelos videoclipes. A emis-
sora aumentou os números de venda de discos, que andavam baixos.
Coautoria: criação ou pro-
dução de algo em conjunto 
com outro(s).
Fonográfico: relativo à fo-
nografia, que é a represen-
tação gráfica dos sons das 
palavras.
Mercadológico: relativo à 
mercadologia; marketing.
Psicodélica: refere-se a lo-
cal, vestimenta, decoração, 
objeto etc. de cores muito 
vivas ou que fogem dos pa-
drões tradicionais.
VOCABULÁRIO
CA
P
ÍT
U
LO
 2
6
44
Antes de fazer a leitura e compreen-
são do texto com os alunos, perguntar 
quais são as bandas ou artistas favo-
ritos deles. Questioná-los também se 
eles gostam de assistir a videoclipes e 
por meio de quais suportes eles costu-
mam fazer isso (computador, televisão, 
smartphone). Depois da leitura do tex-
to, perguntar se eles conhecem algum 
dos artistas citados, se já assistiram a 
um videoclipe de um desses artistas e 
quais as diferenças entre esses video-
clipes e os que eles geralmente assis-
tem. Verifi car se os alunos compreen-
deram o texto e se há vocabulos que 
eles não conhecem.
CO EF 07 INFI 02 4B LV 08 MI DLPO_G10.indd 44 13/07/2020 14:23
MA
TE
RI
AL
 D
E 
US
O 
EX
CL
US
IV
O 
SI
ST
EM
A 
DE
 E
NS
IN
O 
CO
C
Em 1983, Michael Jackson levou às telas da MTV coreografias e efeitos espe-
ciais elaborados. Com 13 minutos de duração, Thriller despendeu o maior or-
çamento da época. O sucesso estrondoso rendeu a Michael vários prêmios, a 
maior venda de álbuns da década e o título de “o vídeo musical

Continue navegando