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9 Imunidade adaptativa humoral

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Millena Fernandes l @medmillena 
 
Imunidade adaptativa humoral 
CASO CLÍNICO 
Paciente do sexo feminino, 63 anos, do caso clínico da aula de 
imunidade adaptativa celular se recuperou do voltou para casa. 
Recebeu alta após o real time PCR para SARS-CoV-2 ser negativo, 
acompanhado com o resultado da sorologia que está na tabela 
abaixo. 
Como ela mora com filho e a nora, ambos fizeram o teste sorológico 
para o SARS-CoV-2 e o resultado também está na tabela abaixo. 
 
 IgG reagente= indivíduo pode ter tido contato com o 
reagente em algum momento da sua vida. Anticorpo 
produzido pelas células de memória. Significa, em termos 
gerais, a presença de imunidade a determinado patógeno 
Ter IgG contra os SARS-CoV não significa que nunca iremos pegar 
COVID-19, pois há determinadas variantes 
Um único exame não dá um diagnóstico completo contra a doença 
Contato mais tardio contra os vírus, já faz mais tempo que 
entramos em contato. IgG= faz um tempo 
Infecção mais tardia (curado/imune)= CRÔNICA 
 IgM reagente= está com a doença. Primeiro anticorpo a 
ser produzido, marcador de infecção recente. Para dar o 
diagnóstico que o indivíduo estiver doente, é necessário 
realizar o PCR. Se der – no PCR, ou foi um falso positivo 
ou o paciente não tem a doença mais ativa 
ASSOCIAR o sorológico com a clínica (história clínica, sinais e 
sintomas) 
Infecção RECENTE= ativa= AGUDA 
 DIFERENÇA entre IgG e IgM 
A produção de IgG depende da ativação do linfócito TCD4 (produção 
tardia), enquanto a do IgM não depende (primeiro anticorpo a ser 
produzido, não necessitando do linfócito TCD4 para a sua produção) 
- IgG= anticorpo com maior afinidade; o quanto o anticorpo reage 
com o antígeno 
É formado por4 cadeias polipeptídicas 
- IgM= é formado por 5 anticorpos. PENTAMÉRICO, ficando na 
corrente sanguíneo devido a dificuldade em afetar o endotélio e 
cair no tecido para realizar a função 
TODOS OS ANTICORPOS SÃO PRODUZIDOS PELO LINFÓCITO B, mas 
para produzir o IgG precisa do auxílio do linfócito TCD4 
 Resultado de um indivíduo vacinado 
- IgG positivo (reagente) e IgM negativo (não reagente) 
RESPOSTA IMUNE HUMORAL 
 Pode ser ativa ou passiva; ocorre via anticorpos 
produzidos pelo linfócito B 
 IMUNIZAÇÃO ATIVA (vacinação e infecção)= estímulo da 
produção de anticorpos e células de memória 
 IMUNIZAÇÃO PASSIVA (imunoterapia e amamentação)= 
transferência de anticorpos 
- Imunoterapia (soro)= utiliza anticorpos prontos; é uma proteína e 
será degradada. Não possui memória 
- Amamentação/placenta 
ANTICORPOS ( IMUNOGLOBULINAS) 
 Proteína de estrutura quaternária, formada por 4 cadeias 
polipeptídicas 
 Formado de Y 
 Composição 
 
Extremidade carboxiterminar= pé= região reconhecida pelo nosso 
sistema imunológico (receptores de macrófagos, sistema 
complemento) REGIÃO CONSERVADA Fc 
Tipos 
 Imunoglobulina do tipo A (IgA) 
Dimérico, é secretrado e encontrado na região da mucosa 
 IgM 
Pentamérico, bem grande e fica circulante no corpo 
É o primeiro a ser produzido 
 IgG 
Monomérico, produzido pelas células de memória 
 IgE 
Monomérico, produzido em reações alérgicas e combate aos 
helmintos 
 IgD 
Monomérico, mas só existe associado à membrana do linfócito B 
IgA 
 De mucosa 
 Baixa concentração no sangue 
 Alta concentração em mucosa (lágrima, colesterol, saliva, 
muco) e todas mucosas do trato respiratório e 
gastrintestinal 
- Secretado no lúmen, para impedir a entrada de qualquer tipo de 
patógeno antes de ele atravessa a mucosa 
 Dímero= mucosas e fluídos 
- São iguais e se associam via a região central 
 Associada à imunidade de mucosas 
- 2 cadeias leves 
- 2 cadeias pesadas 
- Região variável Fab 
- Região conservada Fc 
Extremidade 
aminoterminal= bracinho= 
onde se liga ao antígeno. 
REGIÃO VARIÁVEL Fab 
 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
 Relacionado à imunidade passiva (neonatal, de recém 
nascidos) 
- Anticorpos no leite materno 
 
Plasmócito (linfócito B ativado), produzindo anticorpos (IgA) 
IgA produz dímeros 
Na membrana basal do epitélio há receptores, no qual o IgA se liga 
para ser transportado para o lúmen da mucosa (TRANSCITOSE), 
sem sofrer qualquer tipo de alteração 
Ao ser secretada no lúmen, se liga a um microrganismo para 
impedi-lo de atravessar a barreira e causar uma infecção 
CONTRIBUI COM AS BARREIRAS 
Lúmen intestinal (exemplo) 
Vacina de gotinha= para a mucosa (via oral), estimulam a secreção 
e IgA. Simula a porta de entrada do patógeno com o objeto de 
produzir IgG e IgA (poliomielite e rotavírus) 
OBS= vacinação também estimula a produção de IgA 
IgM 
 Primeiro anticorpo secretado no sangue durante os 
estágios iniciais da resposta imune; 
 Primeiro anticorpo a ser formado na vida, sendo 
sintetizado no organismo fetal 
 Pentamérico no soro (5 IgMs); 
 Alto peso molecular, não é capaz de atravessar a 
placenta!!!! E outras barreiras. 
 ↓ concentração no tecido, já que não consegue 
atravessar a barreira 
 FUNÇÃO: Ativação do sistema complemento 
IgG 
 FUNÇÃO: opsonização (revestimento do patógeno por 
anticorpos neutralizantes – facilita a fagocitose pelos 
macrófagos) 
 Principal imunoglobulina presente no soro/sangue 
(monômero) 
- Parte não celular do sangue 
 Atravessa a placenta (MÃE-FILHO)= imunidade passiva 
ÚNICO anticorpo que atravessa a placenta 
 Mais abundante nos recém-nascidos 
 Presente em pacientes após cura (indicador de infecção 
tardia – cura) 
Indivíduo com HIV sempre possui IgG mas não possui cura 
 Presente em pacientes imunizados 
 É o anticorpo que confere imunidade!!! 
IgE 
 FUNÇÃO: Principal linha de defesa contra helmintos 
(vermes) e relacionado com reações alérgicas (anafilaxia). 
 Afinidade por receptores presentes na superfície 
presente em basófilos (sangue) e mastócitos (nos tecidos) 
 IgE → mastócitos → liberação de histamina contra o 
alérgeno 
Dreganulação de mastócitos e liberação de histamina 
 ↑ reações de hipersensibilidade: alérgica; reações 
parasitárias (helmintos); 
 ↓ concentração no sangue 
 Não cruza a placenta (IgG é o ÚNICO QUE FAZ ISSO) 
 Está em pequena concentração no sangue, pois o IgG está 
em maior concentração 
 VERME e ALERGIA= eleva a concentração 
 
- Degranulação, liberação de histamina e resposta inflamatória e 
alérgica 
RESPOSTA ADAPTATIVA HUMORAL 
1. Reconhecimento do antígeno por linfócitos B naive 
- Linfócito B já resolve o problema sozinho, uma vez que possui na 
sua superfície BCR (receptor de célula B), que é um anticorpo 
- Porções que reconhecem os antígenos 
- BCR reconhece o antígeno sozinho e precisa ser ativado. Para 
isso, depende de citocinas 
- IgD e IgM= funcionam como receptor. Por isso motivo o IgM já é 
produzido, uma vez que já está presente na membrana da célula 
2. Ativação e proliferação (expansão clonal) 
- Produz/secreta IgM (primeiro anticorpo) 
OBS= se o Linfócito B tem ajuda do linfócito (TCD4) Tfh, ele faz 
expansão clonal e uma troca de isotipo (deixa de produzir IgM, para 
produzir IgE, IgA) 
Tfh= produz maturação= formação de célula de memória 
IMPORTANTE= PRECISA DE LINFÓCITO TCD4 para produzir células 
de memória 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
 
Ativação da célula B 
Conformação nativa= sem nenhuma alteração 
 O antígeno que é reconhecido pelas células B está, em 
geral, em sua conformação nativa, intacta, e não é 
processado por células apresentadoras de antígenos. 
 Importante diferença entre as formas de 
reconhecimento de antígenos por linfócitos B e T 
 
Ativação T- independente 
 Os antígenos multivalentes (não protéicos) iniciam a 
proliferação e a diferenciação da célula B 
 Reconhece um antígeno não proteico, produzindo IgM. Não 
consegue trocar o isotipo 
 
Ativação T-dependente 
 Os antígenos protéicos preparam as células B para 
interações subsequentes com as células T auxiliares. 
 Os antígenos protéicos são internalizados pelo BCR, 
processados e apresentados como peptídeos ligados a 
moléculas de MHC II a células T auxiliares, que, por sua vez, 
são potentes estimuladores da proliferaçãoe 
diferenciação dos linfócitos B. 
IgM é secretado por plasmócitos 
ATIVAÇÃO T INDEPENDENTE (T1) 
 Os anticorpos que são produzidos na ausência da célula T 
auxiliar são, geralmente, de baixa afinidade e consistem 
principalmente de IgM, com troca de isotipo limitada a 
alguns subtipos de IgG e também a IgA. 
 Os antígenos TI mais importantes são polissacarídeos, 
glicolipídios e ácidos nucleicos. Esses antígenos não podem 
ser processados e apresentados em associação a 
moléculas de MHC e, portanto, não podem ser 
reconhecidos pelas células T auxiliares CD4+. 
ORIGEM NÃO PROTEICA!! 
Capsula da bactéria protege o patógeno 
Com iGg não é possível fazem a opsonização 
 O significado prático de antígenos TI é que muitos 
polissacarídeos da parede celular bacteriana pertencem a 
esta categoria e a imunidade humoral é o principal 
mecanismo de defesa do hospedeiro contra infecções por 
essas bactérias encapsuladas. 
 
 
ATIVAÇÃO T DEPENDENTE 
TCD4 efetor 
Linfócito B também é um apresentador de antígeno e produz 
MHC2 
- O LINFÓCITO B APRESENTA ANTÍGENOS PARA O LINFÓCITO T 
EFETOR E O LINFÓCITO T ATIVA O LINFÓCITO B 
 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
 
 Ocorrem em centros germinativos que são formados nos 
folículos linfoides e exigem a participação de célula T 
auxiliar do tipo especializado (Tfh). 
O Tfh ativa o linfócito B 
 Tfh: Expressam altos níveis do receptor de quimiocina 
CXCR5, que atrai essas células T para os folículos 
adjacentes. 
 As células T CD4+ que migram para os folículos ricos em 
células B são chamadas de células T auxiliares foliculares 
(Tfh). 
 As células Tfh podem secretar citocinas, como (IFN)-γ, 
interleucina IL-4 ou IL-17, que são características dos 
subgrupos Th1, Th2 e Th17. 
 
Está ocorrendo no linfonodo 
o B manda cartinha pro T e o T devolve outra cartinha, o B fica 
apaixonado (ativado). (minha anotaçao) kkkkkk 
 Para a ativação T-dependente dos linfócitos B é 
necessário o reconhecimento do antígeno através da IgM 
e do MHC. 
 
 As moléculas co-estimuladoras e citocinas também são 
importantes para a ativação dos linfócitos B. 
 
Troca de isotipo 
 
 De acordo com a citocina secretada pelo linfócito T 
ocorrerá a geração de diferentes anticorpos e célula de 
memória 
 IL-4: IgE; 
 TGF-β: IgA; 
 IFN-γ: IgG 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
 A célula de memória sofre mudança de classe de 
anticorpo, no segundo contato não secreta mais IgM 
Resposta secundária 
 
 Na primeira vez quem reconhece o antígeno é o linfócito 
B naíve que expressa em sua superfície IgM. Logo, o 
primeiro anticorpo secretado pelo linfócito B ativado é 
IgM. 
 Na resposta humoral T-dependente, como houve ajuda do 
linfócito T, o linfócito B de memória expressa outro 
anticorpo (IgG, IgE ou IgA): RESPOSTA SECUNDÁRIA 
 Estes anticorpos possuem mais especificidade e afinidade 
pelo patógeno e conseguem ultrapassar membranas 
 Janela imunológica (soroconversão): compreende ao 
intervalo entre o contato e o aparecimento de níveis 
detectáveis de anticorpos (14 dias após a vacinação) 
A PRODUÇÃO DE ANTICORPOS NUMA RESPOSTA SECUNDÁRIA É 
MAIS IMPORTANTE. A PRESENÇA DE IGG CARACTERIZA IMUNIDADE 
E PROTEÇÃO 
 IMPORTANTE 
 Células de memória podem sobreviver por vários anos 
 Estes linfócitos de memória representam uma grande 
proporção das células do sistema imunitário 
 A outra progênie do linfócito virgem ativado diferencia-se 
em células efetoras, que sobrevivem apenas alguns dias, 
mas que, durante este período, executam atividade que 
resultam em defesa. 
AÇÃO DOS ANTICORPOS 
São proteínas que possuem mecanismos para proteção 
 
 
Soroconversão= indivíduo possui anticorpos e IgG para determinada 
doença 
Neutralização 
Millena Fernandes l @medmillena 
 
 Os anticorpos contra microrganismos e toxinas 
microbianas bloqueiam a ligação desses agentes e suas 
toxinas aos receptores celulares. 
 Os anticorpos inibem, ou neutralizam, a infectividade de 
microrganismos, bem como os potenciais efeitos lesivos 
das toxinas microbianas. 
 
 IgG: > anticorpos neutralizantes no sangue 
 IgA: > anticorpos neutralizantes nos órgãos mucosos 
 Quanto > a afinidade do anticorpo, > a atividade 
neutralizante. 
Opsonização 
 Marcar para fagocitar 
 
Citotoxicidade mediada por ADCC 
 
 Células dependentes de anticorpos 
 Quando o anticorpo se liga ao antígeno na superfície de 
uma célula infectada, a célula NK reconhece a porção Fc 
do anticorpo e induz a apoptose da célula infectada 
recoberta por anticorpos (marcadoras) 
Ativação do sistema complemento 
 
IMUNIDADE NEONATAL 
 Neonatos mamíferos são protegidos contra a infecção 
por anticorpos produzidos pela mãe que atravessam a 
placenta, e pelos anticorpos ingeridos no leite. 
 Os recém-nascidos não têm a capacidade de montar 
respostas imunes eficazes contra microrganismos e, 
durante vários meses após o nascimento, sua principal 
defesa contra a infecção é a imunidade passiva fornecida 
pelos anticorpos maternos. 
 Anticorpos IgG produzidos são capazes de se ligar a um 
receptor especializado de Fc chamado de receptor 
neonatal de Fc (FcRn). O FcRn expresso na placenta 
medeia a transferência da IgG materna ao feto. 
 A IgA e IgG presentes no leite materno são ingeridas pelo 
lactente. Esses anticorpos neutralizam organismos 
patogênicos que tentam colonizar o intestino do bebê. 
 Os anticorpos IgG ingeridos também são transportados 
através do epitélio intestinal para a circulação sanguínea 
do neonato, através do FcRn. Assim, um recém-nascido 
possui, essencialmente, os mesmos anticorpos IgG que sua 
mãe.

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