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TRABALHO AEROPORTOS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - DEC 
 
 
ISAN MATOS JÚNIOR 
STACY ANA DA SILVA 
THAIS FURTADO GONÇALVES 
 
 
 
 
PROJETO GEOMÉTRICO AEROPORTOS – ÁREAS DE POUSO E 
DECOLAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Boa Vista - RR 
2016 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA - CCT 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - DEC 
 
 
ISAN MATOS JÚNIOR 
STACY ANA DA SILVA 
THAIS FURTADO GONÇALVES 
 
 
 
 
PROJETO GEOMÉTRICO AEROPORTOS – ÁREAS DE POUSO E 
DECOLAGEM 
 
 
 
 
Trabalho apresentado como exigência para obtenção de 
nota na disciplina de Aeroportos do curso de 
Engenharia Civil da Universidade Federal de Roraima. 
 
Prof. Emanoel Raimundo da Silva Sá Júnior 
 
 
 
 
 
Boa Vista – RR 
2016 
 
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Sumário 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 4 
1 - PISTAS DE POUSO E DECOLAGEM ...................................................................................... 5 
1.1 Definição ....................................................................................................................... 5 
1.2 Orientação e número de pistas de pouso e decolagem .............................................. 5 
1.3 Classificação de Pistas .................................................................................................. 6 
1.4 Localização da cabeceira .............................................................................................. 6 
1.5 Comprimento real de pistas de pouso e decolagem ................................................... 7 
1.6 Largura de pistas de pouso e decolagem ........................................................................... 7 
1.7 Distância mínima entre pistas de pouso e decolagem paralelas ...................................... 7 
1.8 - Declividades em pistas de pouso e decolagem ............................................................... 8 
1.9 Resistência da pistas de pouso e decolagem .............................................................. 8 
1.10 Superfície de pistas de pouso e decolagem .................................................................... 8 
1.11 Distâncias Declaradas ................................................................................................... 8 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 10 
REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
O projeto geométrico inclui as pistas de pouso e decolagem, as faixas de pista, as pistas 
de táxi ou rolamento e o pátio de estacionamento das aeronaves. No presente trabalho 
abordaremos as áreas de pouso e decolagem. Utilizando como referência básica o 
Regulamento Brasileiro da Aviação Civil 154 (ANAC, 2012) que se baseia nas 
recomendações do Anexo 14 da ICAO, onde Fica evidenciado que os requisitos 
geométricos são em função da classificação da pista. 
 
5 
 
O Regulamento Brasileiro da Aviação Civil – RBAC 154 (ANAC, 2012) e o Anexo 14 
(ICAO, 2006) são as referências legais para se estabelecer a geometria do aeródromo, a 
qual se divide em duas partes: a Geometria do Lado Aéreo e do Lado Terrestre. 
A Geometria do Lado Aéreo, constitui as pistas de pouso e decolagem, as faixas de pista, 
as pistas de táxi ou rolamento e o pátio de estacionamento das aeronaves, enquanto que a 
Geometria do Lado Terrestre constitui-se das “outras instalações”. 
 
1 - PISTAS DE POUSO E DECOLAGEM 
 
1.1 Definição 
A pista de pouso e decolagem é o elemento fundamental do aeródromo. Seu comprimento, 
além de outras características como direção, largura, resistência do piso, tipo de superfície 
etc., é determinante para o pouso e decolagem da aeronave. O comprimento de pista para 
decolagem deve ser tal que uma vez iniciada, a aeronave possa, se preciso, abortar a 
decolagem e para com segurança ou completar a decolagem e iniciar a subida, também 
com segurança. No caso do pouso a situação é similar, mas mais simples. 
 
1.2 Orientação e número de pistas de pouso e decolagem 
 
As pistas devem ser orientadas de modo que as aeronaves possam pousar pelo menos 95% 
do tempo com componente de vento de través menor ou igual a: 
Comprimento de Referência da 
Pista 
Componente de Vento de través 
permitido 
> 1.500 m 20 nós 
1.200 a 1.499 m 13 nós 
< 1.200 m 10 nós 
 
Para determinação gráfica da orientação da pista devemos seguir as seguintes 
recomendações do RBAC 154 (Ano 2012): 
- Obter os dados de vento (de pelo menos 5 anos); 
- Analisar e agrupar os dados por direção e velocidade; 
- Marcar as porcentagens de vento no setor apropriado na Rosa dos Ventos; 
- Traçar numa tira transparente 3 retas paralelas equidistantes, na mesma escala da Rosa 
de Ventos(com largura em escala = 2 x vento través(T) = (T+T); 
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- Colocar a tira transparente sobre a Rosa dos Ventos de forma que a linha paralela 
mediana passe pelo seu centro; 
- Observar, girando a tira transparente, a direção para a qual a soma das porcentagens fora 
das linhas externas corresponda a um mínimo; 
- Ler a orientação da pista, na escala externa da Rosa dos Ventos, indicada pela linha 
central da tira transparente; 
- Ajustar a orientação à declinação magnética, a fim de obter o rumo correto da pista; 
- Se a porcentagem obtida no “passo n° 6” for maior que 5%, determinar a orientação da 
pista para vento de través (pista secundária) do mesmo modo, com exceção de que deverá 
ser observada nesse caso a soma das porcentagens de vento que ficarem fora das paralelas 
que definiram a 1ª orientação e das que dfinirem a 2ª orientação da pista. 
O número de pistas é definido pela demanda de tráfego previsto, disponibilidade física 
do sitio aeroportuário. Um dos mais importantes é o fator de utilização, determinado pela 
distribuição do vento. Outro fator importante é o alinhamento da pista para permitir 
aproximações em conformidade com as Superfícies Limitadoras de Obstáculos. 
Quando uma nova pista para operação por instrumento estiver sendo planejada, especial 
atenção deve ser prestada nas áreas sobre as quais as aeronaves terão que voar ao executar 
os procedimentos de aproximação por instrumentos e de aproximação perdida, de forma 
a garantir que os obstáculos nessas áreas, ou outros fatores, não restrinjam as operações 
das aeronaves para as quais a pista é destinada. 
 
1.3 Classificação de Pistas 
 
A classificação depende do Comprimento Básico da Pista (também denominado 
Comprimento de Referência de Pista) e das dimensões da aeronave crítica, conforme 
mostram as tabelas a seguir: 
Número-Código 
 
Comprimento de Referência de Pista de 
uma Aeronave 
 
1 Menos de 800 m 
 2 De 800 m até 1.199 m 
 3 De 1.200 m até 1.799 m 
4 Mais de 1.800 
 
1.4 Localização da cabeceira 
 
7 
 
A cabeceira deve estar localizada na extremidade da pista de pouso e decolagem, a menos 
que considerações operacionais justifiquem a escolha da cabeceira em outra localização. 
 
1.5 Comprimento real de pistas de pouso e decolagem 
 
O comprimento real de pista a ser disponibilizado para uma pista principal deve satisfazer 
os requisitos operacionais das aeronaves para as quais a pista é destinada e não deve ser 
inferior ao maior comprimento determinado ao se aplicarem as correções de condições 
locais para as operações e características de desempenho das aeronaves relevantes. 
 Para uma pista secundária, o comprimento deve ser determinado de forma semelhante ao 
da pista principal, com exceção de que necessita estar adequada unicamente àquelas 
aeronaves que precisam utilizar esta pista secundária além das outras pistas,de modo a 
se obter um fator de utilização de, no mínimo 95 %. 
1.6 Largura de pistas de pouso e decolagem 
 
A largura de uma pista de pouso e decolagem não deve ser inferior à dimensão apropriada 
especificada na seguinte tabela: 
 
Letra do código 
Númer
o do 
código 
A B C D E F 
1ª 18 m 18 m 23 m – – – 
2ª 23 m 23 m 30 m – – – 
3 30 m 30 m 30 m 45 m – – 
4 – – 45 m 45 m 45 m 60 m 
 
1.7 Distância mínima entre pistas de pouso e decolagem paralelas 
 
A separação de pistas paralelas vai depender do tipo de operação a ser utilizada, 
determinando as distâncias mínimas entre os eixos. Se houver a previsão de pistas 
paralelas operando simultaneamente somente em condições meteorológicas de 
visibilidade , a mínima distância entre seus eixos deverá ser: 
- 210 m, onde o maior número de código for 3 ou 4; 
- 150 m, onde o maior número de código for 2; e 
- 120 m, onde o maior número de código for 1. 
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Outras distâncias serão necessárias caso essas pistas tiverem que operar simultaneamente 
em condições meteorológicas instrumentais. 
 
 1.8 - Declividades em pistas de pouso e decolagem 
 
O desempenho na decolagem é afetado pela declividade longitudinal da pista: se o avião 
tem que decolar em rampa ascendente ou seja, na subida, terá uma resistência de rampa 
contrária ao seu esforço de aceleração. È um trabalho contra a gravidade. A declividade 
longitudinal é característica da pista, sendo expressa em porcentagem. As pistas de 
aeródromos em geral são construídas com uma ou mais rampas, cujas declividades podem 
chegar até 1,25% para grandes aeroportos e 2% para pistas onde operam pequenas 
aeronaves. 
 
1.9 Resistência da pistas de pouso e decolagem 
 
Uma pista de pouso e decolagem deve ser capaz de resistir ao tráfego de aeronaves para 
o qual é destinada. 
 
1.10 Superfície de pistas de pouso e decolagem 
 
A superfície de uma pista deve ser construída sem irregularidades que possam resultar na 
perda das características de atrito ou afetar adversamente a decolagem ou pouso de uma 
aeronave. 
 
1.11 Distâncias Declaradas 
 
Para cada pista de pouso e decolagem devem ser especificadas os comprimentos ou 
distâncias disponíveis para que o operador da aeronave possa planejar as operações. São 
as distâncias declaradas, que caracterizam cada pista. Para cada pista deve ser declarada: 
- Pista disponível para corrida de decolagem (TORA); 
- Distância disponível para decolagem (TODA); 
- Distância disponível para aceleração e parada (ASDA); 
- Distância disponível para pouso (LDA). 
 
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STOPWAY –SWY (ZONA DE PARADA) 
É uma área existente ao prolongamento da pista e com a mesma largura, na qual seja 
capaz de suportar a completa desaceleração, em caso de uma abortiva na decolagem, sem 
causar danos estruturais à aeronave. A principal diferença entre a pista e a stopway 
geralmente é verificada na estrutura do pavimento, sendo a da stopway 
consideravelmente mais econômica. 
 
CLEARWAY- CWY (ZONA LIVRE DE OBSTÁCULOS) 
É uma área além da pista pavimentada, livre de obstáculos e sob o controle da 
autoridade aeroportuária. É recomendada que a clearway comece no extremo da pista 
oposta à cabeceira de decolagem e seu comprimento deve ser no máximo igual a metade 
do comprimento da pista e estender-se lateralmente a partir do eixo da pista, a uma 
distância mínima de 75 m. 
 
RESA (RUNWAY END SAFETY AREA) 
Conhecida no Brasil como “área de escape”, a RESA é uma área simetricamente 
estendida do final da faixa de pista para a maior distância que for praticável. Sua largura 
deve ser no mínimo duas vezes a da pista associada. A principal finalidade é reduzir os 
riscos de danos à aeronave no caso de uma aterragem antes da pista ou de uma 
ultrapassagem dos seus limites. 
Figura- Representação da pista de pouso 
 
CTA Franco STACCIOLI 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente item tem como objetivo, apresentar algumas considerações da pista de pouso 
e decolagem, que para a execução do projeto geométrico necessita atender padrões 
estabelecidos no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil, formulada pela ANAC. 
Com base nisso, entende-se, que uma simples posição da pista, ou inclinação do terreno, 
pode acarretar em graves acidentes. Pois cada um deles é de suma importância as ações 
em terra da aeronave. 
As características observadas neste trabalho, servem para auxilias em diversos fatores 
que podem ser remediados, por exemplo, se uma dada região não possuir constantes 
ventos, são instalados birutas, para auxiliar a torre de controle. 
A construção de uma nova pista, paralela à outra, pode ser requerida quando um certo 
limite de operações de pouso e decolagem por hora é alcançado. Pistas paralelas permitem 
um número maior de operações horárias, e quando possuem distância suficiente entre 
si,735 metros, pelo menos, permitem operações simultâneas de pouso e decolagem. 
Muitos aeroportos de grande porte possuem várias pistas que correm em várias direções 
diferentes e/ou várias pistas que correm paralelamente entre si, para permitir uma 
maximização segura da capacidade de operações horárias. 
Compreende-se que as características apresentadas são pequenas, se compararmos aos 
inúmeros fatores que o Regulamento estabelece. 
 
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REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Notas de Alua: Projeto geométrico de Aeroportos - Profª. Daniane F. Vicentini. 
 
Regulamento Brasileiro da Aviação Civil. 
 
Notas de Aula: Comprimento de Pista – Profº Manoel Henrique Alba.

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