Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PARAMENTAÇÃO ETAPAS DO PREPARO DE UMA CIRURGIA 1. Preparação Inicial da Equipe Cirúrgica: vestiário: pijama cirúrgico, gorro, máscara e propé. 2. Recepção do paciente: tricotomia, anestesia e posicionamento. 3. Preparo do cirurgião, auxiliar(es) e instrumentador: lavagem e desinquinação das mãos, avental e luvas. 4. Montagem da mesa de instrumental (principal e auxiliar): tempos cirúrgicos fundamentais e especiais. 5. Preparo do campo operatório: antissepsia da pele do paciente (pintar) e campos. PREPARAÇÃO INICIAL DA EQUIPE CIRURGICA ► Toda a equipe: troca de roupas 1. Privativo/pijama cirúrgico → Não estéril; só lavagem especial. 2. Touca/gorro: cobrir todo o cabelo. 3. Máscara: cobrir nariz e boca. 4. Troca de calçados ou uso de propé. • Obs.: itens 2, 3 e 4 = cirúrgicos descartáveis/algodão. • Obs.: trocar gorro, máscara e propé em toda operação • Obs.: o instrumentador é sempre o primeiro a se paramentar! PREPARO DO CIRURGIÃO, AUXILIAR(ES) E INSTRUMENTADOR 1. LAVAGEM DAS MÃOS COM ÁGUA E SABÃO: com água corrente em abundância, de torneira com haste longa ou com pedal ou automática → essa primeir lavagem da mão é para tirar o “grosso”, pode ser a primeira lavagem com antisséptico, mas o comum é fazer a primeira lavagem com água e sabão mesmo Objetivo: retirada da sujeira e redução da oleosidade da pele, melhorando a ação do antisséptico na desinquinação/degermação. 2. DESINQUINAÇÃO/DEGERMAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS: lavagem com antisséptico (PVPI ou Clorexidina Degermantes) com escovação (cerdas macias e estéril). Tempo total de 3-5min → é uma das etapas mais importantes, é a lavagem das mãos sob escovação. Obs.: contar até 20-30 nas unhas (começar pela ponta das unhas) e 10-20 nas demais partes. 3. ENXAGUE DAS MÃOS E ANTEBRAÇO: com água corrente. 4. ANTISSEPSIA FINAL: álcool 70%, quando do uso de iodo. Obs.: sentido da ponta dos dedos para o cotovelo (distal para proximal) e mãos acima do nível da cintura. Objetivo: eliminação da flora transitória e redução parcial da flora residente (saprófita) Lavabo: local onde faço a lavagem das mãos, tem as torneiras, antissépticos, escovinhas... e podem ter vários modelos de dispensários. DESINQUINAÇÃO OU DEGERMAÇÃO Algumas torneiras ainda tem essa alavanca, na qual abrimos e fechamos com o cotovelo Obs.: após a desinquinação/degermação no lavabo, o elemento mantém as mãos para cima e cotovelo flexionado, adentrando à sala cirúrgica para a colocação da vestimenta cirúrgica. 5. SECAGEM DAS MÃOS E ANTEBRAÇO: com compressa estéril. Obs.: sentido da ponta dos dedos para o cotovelo. Secagem das mãos, dígitos e antebraço PARAMENTAÇÃO 1. Vestimenta do avental ou capote cirúrgico ou opa: estéril e com auxílio do circulante. 2. Calçamento das luvas cirúrgicas (6-9,5): estéreis. Objetivo: barreira microbiológica contra a penetração de microrganismos no sítio cirúrgico e proteção da equipe cirúrgica. Obs.: caso a cirurgia não inicie de imediato, com exceção do instrumentador, se manter isolado e “MÃOS DE ANJO”. CALÇAR DAS LUVAS: MÉTODO ASSISTIDO USO DE AVENTAL COM COSTAS ESTÉREIS INSTRUMENTAL CIRÚRGICO CONHECIMENTO E USO DO INSTRUMENTAL DE MODO CORRETO Tempos cirúrgicos fundamentais (diérese, hemostasia e síntese) e Auxiliares (preensão, exposição e especiais). Obs.: exérese, drenagem, implantação de próteses etc. 1. Diérese: primeira manobra (incisão/afastamento dos tecidos). ► Bisturi: lâmina móvel e/ou elétrico (termocautério); ► Tesoura (ponta fina/romba, curva/reta): Mayo, Metzenbaun e de uso geral. Bisturi menorzinho: cabo de nº 3 e bisturi maior: cabo de número 4 (se encaixam lâminas maiores). Lâminas de 9-17 vão no cabo nº 3, lâminas de 18- 26 vão no cabo de nº 4 INSTRUMENTAL CIRÚRGICO: BISTURI ELÉTRICO/TERMOCAUTÉRIO Quando utilizar o bisturi elétrico é importante ter um contato com a placa (eletrodo de dispersão) INSTRUMENTAL CIRÚRGICO: MANUSEIO DO BISTURI Se eu pego como na imagem A (como segurando um violino) é para incisões maiores. A imagem B é para pequenas incisões (mvimenta o punho e não o braço) Esse posicionamento é para incisões médias Também posso fazer punções com o bisturí → INSTRUMENTAL CIRÚRGICO: TESOURA Tesoura reta Tesoura curva *As mais comuns são a tesoura de Mayo (usa mais em estruturas superficiais) e a tesoura de Metzenbaun (usa em locais profundos) INSTRUMENTAL CIRÚRGICO: MANUSEIO DA TESOURA Sempre vai o dedo anular no 2º anel da tesoura. O dedo indicador pode se posicionar bem na articulação da lâmina ou mais abaixo – depende do tanto de força que você quer colocar. outro jeito de pegar a tesoura: corte invertido Uma tesoura também pode ser usada para afastar tecidos – processo chamado de divulsão (que também pode ser feita com pinça hemostática) Tesoura de uso geral Tesoura de Mayo Tesoura de Metzenbaun Tesoura de Iris Tesoura endoscópica Pinça endoscópica INSTRUMENTAL CIRÚRGICO: PINÇAS HEMOSTÁTICAS 2. Hemostasia: evitar, prevenir ou conter uma hemorragia. ► Pinça hemostática de Halsted ou mosquito: pequena com ranhuras e com ponta fina; ► Pinça hemostática de Kelly: mais robusta, apenas 2/3 com ranhuras; ► Pinça hemostática de Crile / Rochester Pean: mais robusta que a Kelly e com ranhuras em toda a superfície; ► Pinça hemostática de Kocher: mais robusta que a Rochester e ponta com dente de rato. ► Obs.: curvas e retas. ► Outras: Moynihan, Mixter, Crafoord etc. Observe que começamos a montagem da mesa pela pinça mais delicada. Começamos a montar a mesa pela pinça de Hasted. Depois vem a pinça hemostática de Kelly. Depois vem a pinça crile e em seguida bem a rochester pean. PINÇA KELLY PINÇA DE HALSTED (MOSQUITO) PINÇA DE ROCHESTER-PEAN PINÇA CREAFOORD 3. Síntese: restabelecimento ou reconstituição anatômica dos órgãos e tecidos. ► porta-agulha de Mathieu: “fácil manipulação”. ► porta-agulha de Mayo-Hegar: locais profundos. ► agulhas: reta ou circular, cilíndrica / atraumática e trifacetada / traumática, dividida em ponta, corpo e fundo (sem olho, olho único e duplo olho fechado ou aberto); ► fios de sutura: absorvíveis e não absorvíveis. Obs.: colas biológicas, tiras de fitas adesivas ou enfaixamento. INSTRUMENTAL CIRÚRGICO: SÍNTESE Porta agulha de Mathieu PINÇA CRILE PINÇA KOCHER PINÇA MOYNIHAN PINÇA MIXTER Porta agulha Mayo-Hegar (ele só prende a agulha) (Esse é o mayo-hegar, porém tem um pedacinho de uma tesoura) USO CORRETO DO PORTA-AGULHA AGULHAS Não é comum utilizar agulhas retas, o comum são as semicirculares. Também devemos saber se a agulha já vai vir com o fio ou não. A melhor agulha é aquela que já vem com o fio, pois causa menos trauma. 4. Auxiliares: gerais e especiais ► pinças de antissepsia: Cheron e Foerster. ► pinça Backaus ou de campo (pontas que beliscam o pano e a pele). A) Preensão: segura e suspende vísceras/órgãos, e disseca tecidos. ► Pinças anatômica e dente de rato (auxiliam na diérese ou síntese). ► Pinça traumáticas: de Allis, Collin, Museux e Pozzi. ► Pinças atraumáticas: de Doyen (de intestino) e Babcook. B) Exposição: afasta estruturas e expõe órgãos. ► afastadores manuais e auto-estáticos. C) Específico ou especial: específicos do tipo de cirurgia. ► materiais específicos para cirurgias oftálmicas, ortopedia e cardíacas. INSTRUMENTAL CIRURGICO: ANTISSEPSIA PINÇA DE PREENSÃO PINÇA CHERON PINÇA COLLIN PINÇA FOERSTER PINÇA DE CAMPO PLANA BACKHAUS PINÇA ANATÔMICA PINÇA DENTE DE RATOPINÇA DE ALLIS PINÇA BABCOOK PINÇA DUVAL PINÇA MUSEUX AFASTADORES: EXPOSIÇÃO AASTADORES AUTO-ESTÁTICOS INSTRUMENTAL CIRURGICO: ESPECÍFICOS MONTAGEM DA MESA DE INSTRUMENTAL MONTAGEM DA MESA DE INSTRUMENTAL (COM/SEM VARAL) • Instrumental sobre pano de mesa duplo e simples, • Quadrantes básicos: diérese, hemostasia, auxiliares e síntese. • Ponta voltada para o instrumentador e para baixo nos curvos. PINÇA DOYEN PINÇA POZZI Devemos dividir em 4 quadrantes na hora de montar a mesa. A diérese e a hemostasia fica mais próxima do instrumentador porque são as primeiras etapas da cirurgia, então fica mais fácil se ficar mais próximo do orientador. MONTAGEM DA MESA DE INSTRUMENTAL: PRINCIPAL MONTAGEM DA MESA DE INSTRUMENTAL: PRINCIPAL E AUXILIAR DE MAYO Mesa auxiliar: usada em cirurgias mais complexas MONTAGEM DA MESA DE INSTRUMENTAL COM VARAL Também utilizada em cirurgias bem complexas na qual o instrumental não caberia no varal PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO 1. Passagem da cuba-rim, com antisséptico, e 2-3 gazes dobradas na Pinça Cheron ou Foerster. 2. Auxiliar pinta o campo operatório, iniciando do centro para as laterais e de cima para baixo, trocando as gazes. 3. Colocação dos campos operatórios: quatro duplos e/ou simples ou um fenestrado → Obs.: campo de borracha ou plástico por baixo. 4. Fixação dos campos operatórios com Pinças Backaus. POSICIONAMENTO DO PANO DE CAMPO Fazemos a antissepsia do paciente e depois posicionamos os panos de campos. O pano pode ser fenestrado (1 pano só com um buraco no meio) e também tenho os panos de campos que são 4, e menores, na qual deixo o campo operatório do tamanho que eu quero (sempre em angulo reto um do outro) Entre um pano de campo e outro nos colocamos as pinças backaus (ela pinça o paciente, então terminou a cirurgia já tem que tirar para não machucar o paciente) INSTRUMENTAÇÃO CIRURGICA EQUIPE CIRURGICA Está faltando o anestesista e o volante (infermeiro responsável por sempre ir pegar alguma coisa que faltar) – tem anestesista, volante, auxiliares e intrumentadores É um trabalho ORDENADO, ORGANIZADO E EM GRUPO, onde cada qual tem sua função, sem omissões. Exige ATENÇÃO E PERFEIÇÃO!! COMPOSIÇÃO: 1. Cirurgião 2. 1º Auxiliar 3. 2º Auxiliar (s/n) 4. Instrumentador 5. Anestesista Obs.: Enfermeira(o) e Circulante (auxiliar de enfermagem). CIRURGIÃO • Responsável maior pelo ato; • Executor; • Necessita conhecimento profundo de anatomia, fisiologia, fisiopatologia e anatomopatologia; • Exige destreza manual – habilidade – dom e talento; • Exige experiência e segurança. AUXILIAR • Posiciona paciente na mesa; • Prepara campo cirúrgico; • Coloca-se na frente do cirurgião; • Auxilia em suturas, ligaduras, • hemostasias, afastamentos etc. INSTRUMENTADOR • Monta a mesa cirúrgica; • Coloca-se na frente e à direita do cirurgião; • Entrega instrumentais; • Conta instrumentos, compressas e separa peças; • Antecede pedido do cirurgião; • Mantem limpeza e organização do campo. ANESTESISTA • Controle e monitorização do paciente; • Aplicação de anestésicos; • Permanece do início ao fim; • Interrompe qualquer sinal externo de risco; • Arruma o foco!!! POSICIONAMENTO DA EQUIPE CIRURGICA
Compartilhar