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TORCHS
Torchs consiste em um acrônimo para as principais infecções congênitas, adquiridas intraútero ou durante o trabalho de parto, sendo, elas:
· Toxoplasmose;
· Rubéola;
· Citomegalovírus; 
· Herpes simples vírus;
· Sífilis. 
Toxoplasmose congênita
O toxoplasma gondii consiste em um parasita intracelular obrigatório, o qual afeta cerca de 1/3 da população mundial. A infecção aguda em pacientes imunocompetentes é assintomática, enquanto que a infeção durante a gestação, pode resultar na transmissão para o feto, o que ocorre em 40% das gestações, sendo a incidência maior nas gestações de maior duração. No entanto, se por um lado o risco de transmissão é menor no início da gestação, quando ela ocorre, o grau de comprometimento do feto é muito maior do que quando a transmissão ocorre no final da gestação. 
Infecção: 
Ocorre através da ingestão de cistos ou de oocistos do Toxoplasma gondii, através da ingestão de carne crua ou mau cozida, ou pela ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes de gatos que possuem o protozoário. Os gatos são os hospedeiros definitivos do toxoplasma gondii enquanto que os humanos, ovinos e bois são os hospedeiros intermediários. 
Quadro clínico:
70% das crianças acometidas são assintomáticas ao nascimento, enquanto 10% tem manifestações sistêmicas graves nos primeiros dias, afetando SNC ou a forma ocular. As principais alterações que podem ocorrer são:
· Prematuridade;
· Restrição do crescimento intrauterino; 
· Coriorretinite, catarata, glaucoma;
· Hepatoesplenomegalia;
· Calcificações cranianas;
· Alterações liquóricas hidrocefalia, macrocefalia;
· Convulsões;
· Rash cutâneo;
· Icterícia. 
A tríade clássica da toxoplasmose congênita, hidrocefalia, calcificações cerebrais e coriorretinite não é comum. A forma subclínica é a mais comum, com aparecimento de sequelas neurológicas (retardo psicomotor, convulsões, paralisias) e oculares (microftalmia, catarata, estrabismo) posteriormente. 
Tratamento: 
· Gestante infectada com infecção fetal não comprovada Espiramicina: reduz a transmissão da mãe para o feto em 60%;
· Infecção fetal comprovada sulfadiazina + pirimetamina;
· Recém nascido sulfadiazina + pirimetamina durante todo o 1º ano de vida. Quanto tiver comprometimento de SNC e/ou ocular, associa-se prednisona por 4 semanas. 
Sífilis congênita
A sífilis congênita é causada pela disseminação transplacentária do Treponema Pallidum. O treponema provoca um processo inflamatório comprometendo todos os órgãos do recém-nascido, com lesões viscerais, ósseas, pele, mucosas e SNC. A taxa de transmissão de gestantes não tratadas para o feto é de 10%. 
Quadro clínico:
· Prematuridade;
· Restrição do crescimento intrauterino; 
· Hepatomegalia com ou seme splenomegalia;
· Condiloma plano;
· Rinite serossanguinolenta;
· Petéqueias, púrpuras;
· Glaucoma, catarata;
· Anemia, plaquetopenia, leucopenia ou leucocitose e hiperbilirrubinemia. 
Sífilis congênita tardia:
Ocorre após o 2º ano de vida e se caracteriza pelas seguintes manifestações:
· Tíbia em lâmina de Sabre;
· Dentes de Hutchinson; 
· Arco palatino elevado; 
· Nariz em sela;
· Surdez. 
Diagnóstico:
· Teste não treponêmico (VDRL) 4x acima o valor da mãe (mas abaixo disso não exclui, portanto, nos casos de alta suspeita, devemos repetir o exame no primeiro mês de vida;
· Neurossífilis: VDRL no liquor positivo. 
Rubéola congênita:
Consiste em uma doença causada por um vírus de RNA, transmitida via placenta para o feto. A taxa de transmissão da rubéola é maior quando a infecção materna ocorre nas primeiras 10 semanas de gestação, sendo que, após a 20ª semana, os defeitos congênitos são raros. 
Quadro clínico:
· Glaucoma, catarata (ocorre em 25% dos casos); 
· Perda auditiva: 2/3 dos neonatos tem algum grau de perda auditiva bilateral; 
· Cardiopatias congênitas: 50% apresentam algum defeito cardíaco estrutural, sendo os mais comuns a persistência do canal arterial e a estenosa de ramos da artéria pulmonar;
· Hepatomegalia;
· Icterícia;
· Meningoencefalite. 
Diagnóstico:
A infecção congênita da rubéola deve ser suspeitada em:
· Todos os RN de mãe com rubéola documentada ou mesmo suspeitada em qualquer tempo da gestação. O uso de imunoglobulina materna não garante proteção contra a infecção do feto; 
· Todos os RB com crescimento intrauterino retardado;
· Todos os RN com alterações significativas no teste de triagem auditiva. 
As sorologias devem ser feitas ante da criança completar um ano de idade, uma vez que, os anticorpos tendem a diminuir com o passar o tempo. 
Tratamento:
Não existe tratamento específico para a infecção congênita pelo vírus da rubéola. 
Prevenção:
· A vacinação é a única forma de prevenir a rubéola. A vacina é recomendada para todas as mulheres em idade fértil ou que pretendem engravidar. 
Herpes vírus simples:
O herpes vírus simples consiste em um vírus de DNA, o qual, após infectar uma pessoa, é transportado via axônios até os gânglios, onde permanece latente durante toda a vida do hospedeiro. 
Transmissão:
As três formas de transmissão da infecção pelo HVS, são:
· Intrauterina: muito rara;
· Perinatal: corresponde por 85% dos casos. Ocorre por meio do contato do RN com o trato genital materno infectado, com lesões ou não;
· Pós-natal: cerca de 10% dos casos. Em geral decorre do contato com pessoas com lesão ativa. 
Quadro clínico:
· Acometimento da pele: vesículas agrupadas sob base eritematosa;
· Acometimento dos olhos: hiperemia conjuntival, lacrimejamento intenso, coriorretinite; 
· Acometimento de SNC: convulsão, letargia, irritabilidade.

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