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1 Eliane Regina Godinho, Francielly Formento Welter, khetheleen Gouveia Teixeira Martins, Sandra Mara Damas Taborda, Tamara Luz Domingos Beber - Academicos 2 Juliana Tristao Pasquini – Turtor Externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Pedagogia (FLC15085PED) – Prática do Módulo III - 20/04/2023 Acadêmicos: Eliane Regina Godinho¹ Francielly Formento Welter¹ Khetheleen Gouveia Teixeira Martins¹ Sandra Mara Damas Taborda¹ Tamara Luz Domingos Beber¹ Juliana Tristao Pasquini² 1. INTRODUÇÃO A relação entre a escola e a família tem sido um tema amplamente discutido e estudado por pesquisadores e gestores educacionais em todo o mundo. A presença da escola na vida cotidiana das famílias é inegável, e as interações entre essas duas instituições são influenciadas por uma variedade de fatores, como a estrutura familiar, a tradição educacional, a classe social e o ambiente em que vivem. Professores e gestores escolares frequentemente buscam promover uma maior participação dos pais na educação dos filhos, muitas vezes considerando essa ação como uma tarefa formativa da escola em relação à família. No entanto, essa abordagem pode refletir uma visão escolarizada do problema, sem questionar o papel construído para a escola em relação às demais instituições sociais, incluindo a própria família. No passado, houve um afastamento da família em relação à escola, resultado, em grande parte, dos esforços de defensores e promotores da educação formal. Nessa época, educadores expressavam preocupação com o suposto desinteresse dos pais, especialmente das camadas populares, pela educação de seus filhos. Para remediar essa situação, foram projetadas ações para O PAPEL DA ESCOLA NA SOCIEDADE 2 reaproximar a família da escola, muitas vezes com uma abordagem colonizadora, em que a escola assumia o papel de reformadora da realidade social. Em suma, a relação entre a escola e a família é um tema complexo e multifacetado, envolvendo uma série de dinâmicas sociais, expectativas e influências. Compreender essa relação e promover uma parceria saudável entre escola e família é essencial para o desenvolvimento educacional e bem-estar dos estudantes. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A sociedade tem passado por mudanças estamos vivendo em um mundo altamente tecnológico, sendo que esse acesso fácil e rápido a informações tem refletido na estrutura da família e consequentemente na escola. Apesar das mudanças a escola exerce papel fundamental na sociedade exercendo a função de transmitir conhecimento e formar cidadãos, deste modo torna-se muito importante encontrar formas de integração entre escola, sociedade e famílias, para que juntas desenvolvam métodos eficazes buscando atingir objetivos educativos e sociais, respeitando a autonomia e competências profissionais do professor. Quando pensamos na relação escola e sociedade percebemos que ambas caminham juntas, por isso a importância de se criar iniciativas para que essa relação ocorra etorne-se mais frequente no dia a dia. “A educação exerce forte influência nas transformações da sociedade. A nosso ver, a educação reforça a capacidade crítica do indivíduo e atesta o grau de desenvolvimento de uma sociedade’’(Dias, Ferreira Pinto,2019,p2). Ou seja, quanto mais desenvolvida a sociedade melhor será o papel da educação e transmissão de conhecimento e defesa de direitos humanos e sociais. No entanto, podemos verificar que a escola tem em suas mãos um grande desafio a tarefa de fornecer educação e informação para toda vida pois não é somente a formação do aluno, mas sim, de um cidadão. Por isso que a escola precisa romper seus limites, inovar e estar atenta as informações e mudanças no contexto a qual ela está inserida. Mas para que haja essa integração entre escola e sociedade não é uma tarefa única e exclusivamente da escola, a comunicação entre pais e professores é fundamental. 3 É preciso participar da vida escolar dos filhos e da escola. A contínua colaboração entre escola e os pais fazem com que se tornem parceiros no processo educacional. A falta de comunicação entre escola e os pais leva ao comprometimento do sucesso escolar (CODY; SIQUEIRA, 1997, p 15). A relação entre a escola e a família é uma das questões mais discutidas por pesquisadores e/ou gestores dos sistemas e unidades de ensino em quase todo o mundo. Este fato é comprovado pelo expressivo número de pesquisas e publicações sobre o assunto. Montandon e Perrenoud (1987, p.7), diz que "de uma maneira ou de outra, onipresente ou discreta, agradável ou ameaçadora, a escola faz parte da vida cotidiana de cada família". Todos estes estudos e a prática pedagógica dos professores e gestores da escola põe em evidência um fato: a forma e a intensidade das relações entre escolas e famílias variam, estando relacionadas aos mais diversos fatores (estrutura e tradição de escolarização das famílias, classe social, meio urbano ou rural, número de filhos, ocupação dos pais, etc.). Os professores e os gestores das unidades escolares alimentam, ainda, a ilusão de uma maior participação dos pais na escola, que seria resultado de uma ação formativa da escola em relação à família. Centrados em uma visão escolarizada do problema, eles não põem em dúvida o lugar construído para e pela escola, em relação às demais instituições sociais, dentre elas a família. Por outro lado, estudos têm detectado também que, nas primeiras décadas do século XX, o afastamento da família da escola, resultante em boa parte da ação dos defensores e instituidores da escolarização, é uma preocupação constante destes mesmos agentes, os professores e outros agentes da educação passam a reclamar do desinteresse dos pais, principalmente das camadas populares, para com a educação dos filhos. A partir de diagnósticos os mais variados, baseados na premissa de que, embora seja fundamental a participação das famílias na educação dos filhos, estas demonstravam, naquele momento, um profundo desinteresse e despreparo para lidar com o assunto, buscava-se projetar e desenvolver ações que visavam reaproximar a família da escola. No seu conjunto, em suas mais diversas elaborações, estas ações mostram uma intenção colonizadora da escola em relação à família, entendida esta tarefa como um momento fundamental da ação reformista da escola em face da realidade social mais ampla. 4 Dewey na sua concepção, diz que a educação é uma necessidade que garante a continuidade da vida humana, através da transmissão constante das experiências acumuladas pelo grupo às novas gerações, que deve cumprir a função social de produzir um ser humano “plenamente desenvolvido”. Por isso é considerado por ele uma instancia social positiva. Para Durkheim: A educação cabe a função de constituir um ser social solidário em cada novo indivíduo, “ não há povo em que não exista certo número de ideias, de sentimentos e de práticas que a educação 3 deve inculcar a todas as crianças”. De outro lado, a diversidade educacional justifica-se inteiramente numa sociedade na qual é imperativo formar indivíduos diferentes para o exercício de funções diferentes. No pensamento durkheimiano, o critério para destinar um educando a um determinado tipo de educação não é a sua origem social, mas sim as suas aptidões individuais (coerência com o seu modelo orgânico de explicação do social). A escola, ao mesmo tempo em que ensina técnicas e conhecimentos a partir da ótica da ideologia dominante, ensina também as regras dos bons costumes ou, nas palavras de Althusser, transmite a ideologia dominante em estado puro (moral, civismo, etc.). Além de cumprir o papel de qualificador da mão-de-obra, na medida das necessidades do sistema, (neste papel distribuir os cidadãos pelos vários tipos de atividades produtivas existentes na sociedade, através de mecanismos nadaneutros ou liberais) a escola prepara do ponto de vista de atitudes, crenças e valores, os agentes para respeitar a divisão social-técnica do trabalho e as regras da ordem estabelecida pela dominação de classe. A escola pode ser um meio da passagem entre a família e a sociedade. Na escola, tanto as famílias quanto à comunidade pode lançar visão e cobranças à escola. Assim é indispensável dizer que a história brasileira nos leva a um resultado que não existe um exemplo de família e sim uma grandeza de modelos familiares, com descrição em comum. Mas também cada família há uma identificação própria, como afirmam vários criadores. As famílias permanecem atualizadas dessa maneira, sentimentos pertinentes ao dia-a-dia de qualquer aglomeração como afeição, aborrecimento, ciúme, cobiça, entre outros. Em relação às esperanças da família com relação à escola com seus filhos, o desejo de que o estabelecimento adequado ao seu filho naquilo que a família não se julga apropriado como, por exemplo, limite e 5 sexualidade; que ele seja preparado para a aria profissional e financeiro, entrarem em uma boa universidade. Dewey dizia: Educação e democracia formam parte de uma totalidade, definem a democracia com palavras liberais, onde os indivíduos deveriam ter chances iguais. Em outras palavras, igualdade de oportunidades dentro de um universo de diferenças individuais. (DEWEY, 1971: 29) A reverência disso reservava-se à escola, os direitos sobre a experiência científica acerca dos espaços disciplinares, como também sobre aqueles que respeito a aprendizagem das crianças e 4 adolescentes, conhecimentos, psicologia e noções sociais reservando a escola, desta forma gerenciamento dos temas pedagógico educativos. Agora estamos em outros tempo, bem mais complicado do que há algumas décadas, a escola enfrentam os desafios e o domínio do conhecimento, em permanente mudança, também o desafio da relação com seus alunos, sejam eles crianças pequenas ou jovens. Entre a família e a escola que continua sendo um espaço de desenvolvimento que deve se preocupar com a formação dos seus educadores para que os mesmos ajuntem recursos que os aceitem lidar com os tumultos do dia-a-dia escolar. Logo, para que a transformação democrática aconteça, propomos, ainda, a construção de políticas públicas educacionais que oportunizem e incentivem a participação popular como forma de desenvolver hábitos de cidadania, mesmo que, inicialmente, em esferas menores. Nesse sentido, defendemos a escola que deixa de ser uma instituição separada da realidade, sendo, ao contrário disso, o espaço de uma comunidade educativa que interage com a sociedade civil. Conforme destaca Gohn (2014), vivendo a prática da participação nos órgãos deliberativos da escola, os pais, os professores e os alunos vão aprendendo a se sentir responsáveis pelas decisões que os afetam em um âmbito mais amplo da sociedade. Também é válido lembrar que a escola é lugar de formação de habilidades para a participação na vida social, econômica e cultural. Segundo Gohn(2014), fala-se sobre a importância da participação da sociedade juntamente com a escola na participação de tomadas de decisões através de conselhos deliberativos envolvendo pais de alunos, professores gestores e comunidades. Exercendo a democracia mesmo sendo em grupos menores. 6 Então podemos concluir que é de extrema importância que a escola consiga criar ações pedagógicas que envolvam sua comunidade e que essa troca reflita no ensino aprendizagem do docente. QUEM AMA EDUCA Fonte: http://soepcsl.blogspot.com/2015/10/juntos-escrevemos-um-futuro-melhor.html?m=1 Acesso em: 01 maio 2023. Educar depende de uma relação mais ampla entre os pais do aluno e os professores do que a prevista em uma mera prestação de serviços. O primeiro passo para que isso aconteça é estabelecer uma via de mão dupla e o segundo é estabelecer regras que fortalecerão essa parceria permitindo que a aprendizagem dos filhos e alunos seja a prioridade a ser tratada, sendo assim, na identificação das falhas, ambos – escola e família, devem se unir em busca das soluções. http://soepcsl.blogspot.com/2015/10/juntos-escrevemos-um-futuro-melhor.html?m=1 7 3. METODOLOGIA Buscamos conduzir este presente trabalho aplicando da pesquisa científica. Desempenhando analises e compreendendo-as, com base nas conexões identificadas e pesquisando fundamentação em teorias existentes. Portanto, na procura da analise e compreensão do tema exposto, de forma exploratório, praticamos uso do método qualitativo e descritivo para conclusão desta pesquisa. Como participantes da pesquisa, utilizamos materiais, livros e artigos, como embasamento. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao concluir este trabalho constatou-se que é o papel tanto dos pais quanto da escola, o trabalho de transformar a criança imatura e ingênua em cidadão maturo, participativo e influente, consciente de seus direitos e deveres. Então, este ser em desenvolvimento será futuramente consciente, crítico com valores éticos e espírito arrojado, capaz de interagir no meio em onde habita. Nessa perspectiva, família e escola deve ter êxito, as possibilidade de acertos, afinidade entre si, a união de ações que estimulam a instrução de crianças e adolescentes deve resultar em ambiente de aprendizagem e desenvolvimento dos humanos. 8 REFERÊNCIAS ALTHUSSER, Louis, (moral, civismo, filosofia 1985, p.32). BORDIEU, P. Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense, 1987. DICKMANN, Ivo; DICKMANN, Ivanio. Primeiras palavras em Paulo CODY, Frank; SIQUEIRA, Silvia Escola e comunidade: Uma parceria necessária. São Paulo: IBIS, 1997. DIAS, Erica; FERREIRA PINTO, Fatima Cunha. 2019,p2): Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 10 de jul.2019 Disponível em https://www.scielo.br/j/ep/ Acesso em 09 de maio 2023. DEWEY, John, (Vida e educação. 7 Ed. São Paulo 1971, p.29). DURKHEIM, Emile ( Definição de educação e sociedade, 1952, p.29). EDUCACAO E SOCIEDADE. Portal Educacao, 2021. Disponivel em: http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/7450/educacao-e-sociedade-para-entender-a-r Acesso em: 21/04/2023. MONTANDON E PERRENOUD (1987, p.7). Freire. 3a ed., Chapecó: Editora Livrologia, 2019. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra, 2011. GOHN, M. G. Educação não formal, aprendizagens e saberes em processos participativos. Investigar em Educação - Revista da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação, 11a série, n. 1, 2014. IVENICKI, A. A escola e seus desafios na contemporaneidade. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro , v. 27, n.102, p. 1-8, mar. 2019. https://doi.org/10.1590/s0104-40362018002700001. PINTO, F. C. F.; DIAS, E. Educação e pesquisa. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro , v. 26, n. 100, p. 505-8, jul. 2018. https://doi.org/10.1590/s0104- 40362018002610001. RELAÇÃO ESCOLA SOCIEDADE. Psicologiamsn, 2021. Disponível em: http://www.psicologiamsn.com/2012/12/a-relacao-escola-sociedade.html> Acesso em: 21/04/2023. https://www.scielo.br/j/ep/ http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/7450/educacao-e-sociedade-para-entender-a-r https://doi.org/10.1590/s0104-40362018002700001 https://doi.org/10.1590/s0104-40362018002610001 https://doi.org/10.1590/s0104-40362018002610001 http://www.psicologiamsn.com/2012/12/a-relacao-escola-sociedade.html