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Resenha crítica " A Influência do Princípio da Dignidade da Pessoa Humana na Construção de um Novo Modelo de Contrato".

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RESENHA CRÍTICA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: HERMENÊUTICA JURÍDICA
ALUNOS: Erika Tavares, Gabriel Moraes, Gabriel Soares Araújo, Giovanna Cavalcante e Jordana Pontes
VIEIRA, Fernandes Lara. A INFLUÊNCIA DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA NA CONSTRUÇÃO DE UM NOVO MODELO DE CONTRATO. Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC, Ceará: 2013. 
1. CREDENCIAIS DA AUTORA 
Lara Fernandes Vieira possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Ceará (1994), especialização em Ordem Jurídica Constitucional pela Universidade Federal do Ceará (1997) e em Responsabilidade Civil e Direito do Consumidor (2009) pela Universidade Estácio de Sá, mestrado em Direito pela Universidade Federal do Ceará (2013) e doutorado em Direito pela Universidade Federal do Ceará (2022). Atualmente exerce as funções de professora e coordenadora do Curso de Direito da Universidade de Fortaleza- UNIFOR, com experiência na área de Direito, com ênfase em Direito do Consumidor e Direito Civil, atuando principalmente nos seguintes temas: obrigações, responsabilidade civil e sucessões.
2. RESUMO DA OBRA
O artigo “A influência do princípio da dignidade da pessoa humana na construção de um modelo de contrato”, obra da autora Lara Fernandes Vieira, aborda a evolução do instituto jurídico do contrato, destacando como o princípio da dignidade da pessoa humana, adotado pela Constituição Federal de 1988 no Brasil, influenciou essa evolução e deu origem ao contrato de consumo.
A Constituição de 1988 introduziu uma nova ordem de valores no sistema jurídico brasileiro, tendo como base a dignidade da pessoa humana, afetando tanto as relações do Estado como as privadas. A ideia de dignidade da pessoa humana não é recente, tendo influências do Cristianismo, kantismo e da Segunda Guerra Mundial.
No Cristianismo, a dignidade humana é fundamentada nas Escrituras, que afirmam que o ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, conferindo à pessoa humana um valor inerente e divino. Na visão de Immanuel Kant, a dignidade é baseada na autonomia da vontade e na consideração da pessoa como um fim em si mesma. Após a Segunda Guerra Mundial, a filosofia de Kant serviu como base para a Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pelas Nações Unidas em 1948. 
A Carta Magna de 1988 consagrou o princípio da dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, o qual possui duas dimensões: uma negativa e outra positiva. A dimensão negativa consiste na abstenção do Estado e da sociedade em causar danos à dignidade da pessoa humana, protegendo-a de atos que possam prejudicá-la. Já a dimensão positiva implica na promoção de condições materiais e morais mínimas para que a pessoa possa desenvolver plenamente sua personalidade e potencialidades.
Quanto à evolução do contrato contrato, a autora sinaliza que esse instituto jurídico passou por mudanças significativas devido às transformações sociais e jurídicas ocorridas ao longo do tempo. O modelo clássico de contrato, baseado na autonomia da vontade e na igualdade formal entre as partes, deixou de atender às demandas da sociedade moderna, marcada pela industrialização, consumo, massificação, informação e globalização.
Apesar de alguns autores argumentarem a "morte do contrato", o instituto continua sendo uma das principais fontes de obrigação na contemporaneidade. No entanto, ele sofreu transformações e incorporou novos fundamentos, como a boa-fé objetiva, a função social e o equilíbrio econômico. O novo modelo de contrato surge da influência dos valores constitucionais no direito civil, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. Percebeu-se a necessidade de considerar conteúdo axiológico nas normas jurídicas, estabelecido pela Constituição e irradiado por todo o ordenamento jurídico.
Não se trata de abolir o modelo clássico de contrato, mas de um processo evolutivo que concilia o contrato com os valores constitucionais, especialmente o princípio da dignidade da pessoa humana. 
Em resumo, o contrato passou por transformações para se adequar à realidade social e jurídica. O modelo clássico de contrato baseado na autonomia da vontade foi complementado por fundamentos como a boa-fé objetiva, a função social e o equilíbrio econômico. O contrato ainda é uma fonte de obrigação, mas seus fundamentos e alcance foram ampliados para atender às demandas da sociedade contemporânea.
A autora também aponta o surgimento da crise do modelo contratual clássico no século XX com o advento da revolução tecnocientífica informacional, período em que os conflitos sociais foram crescendo e o sistema jurídico civil não era adequado para solucionar esses litígios, de modo que surgiu a necessidade de intervenção do Estado na economia e relações contratuais particulares.
Ocorre que, ainda que o Estado tenha agido de forma intervencionista, somente com a instituição da Constituição Federal de 1988 o ramo do Direito Privado passou a se adequar aos preceitos fundamentais e os contratos particulares se adequaram aos princípios constitucionais, em destaque, o da boa-fé objetiva, o do equilíbrio econômico do contrato e o da função social do contrato.
A boa-fé objetiva, que fora recepcionada pelo Código de Defesa do consumidor em 1990 e Código Civil de 2002, consiste no estabelecimento de um padrão de condutas entre as partes da relação contratual, o qual deve ser baseado na lealdade e confiança para que seja adimplida a obrigação e consequentemente o contrato cumpra sua função inicial. Logo, os fundamentos do contrato deixam de ser baseados unicamente na autonomia da vontade e passam a adotar o referido princípio. 
Por sua vez, o equilíbrio econômico se baseia na ideia de que o contrato, para servir como instrumento de negociações jurídicas, deve ser proporcional para as partes, a partir da análise da capacidade econômica de cada um. A autora cita a teoria da lesão como exemplo do que vem sendo adotado nas relações consumeristas, a qual permite a modificação do contrato quando há quebra do equilíbrio que pode ocasionar em um dano. 
A função social do contrato, baseada na ideia da solidariedade, passa a determinar o pacto contratual como um meio que vai além do interesse das partes, observando, portanto, as circunstâncias sociais que o atingem. O princípio é colocado de forma expressa no Código Civil de 2002, especificamente em seu artigo 421, o qual aborda os limites da liberdade de contratar, ao passo que, ainda que a autonomia da vontade e os interesses das partes seja um elemento substancial do vínculo contratual, esses não possuem caráter absoluto, devendo ser observada a função social que ele deve atingir.
Por fim, no tocante aos contratos nas relações de consumo, a autora aponta que a Carta Magna de 1988 elevou a proteção ao consumidor como uma garantia fundamental e determinou que o Poder Legislativo elaborasse uma lei infraconstitucional para resguardar esse direito fundamental. Isso porque, antes da promulgação da Constituição Federal de 1988 e do surgimento do Código de Defesa do Consumidor em 1990, as relações de consumo e seus pactos eram regidos pelo Código Civil de 1916, o qual não oferecia a segurança dos princípios supramencionados, os quais surgiram somente com a promulgação da Constituição de 1988 e estabeleceram aos contratos de consumo o tratamento diferenciado com escopo na proteção do consumidor, parte mais vulnerável da relação.
3. Conclusão do resenhista
A obra contextualiza historicamente a evolução do contrato e a necessidade das relações de consumo se adequarem ao momento social em que estavam inseridas. O enfoque principal do artigo é demonstrar como as relações privadas se adequaram aos princípios constitucionais, em especial, como a dignidade da pessoa humana foi inserida nessas negociações.
É perceptível que durante o século XIX os pactos contratuais foram regidos unicamente pela autonomia da vontade dos particulares, sem que houvesse um controle externo que pudesse fiscalizar e proporcionar o bem estar dos negociantes.No entanto, a partir do surgimento de conflitos com a evolução da sociedade, o Estado visualizou a necessidade de intervir nas relações contratuais particulares, a fim de proporcionar um equilíbrio social, sendo que, com o advento da Constituição Federal de 1988, os contratos, em especial os de consumo, passaram adotar princípios balizadores que alteram esse modelo tradicional de negócios no Direito Privado.
A vulnerabilidade do consumidor e a necessidade de proteção nas relações de consumo fizeram com que a Carta Cidadã inserisse a defesa do consumidor no rol de direitos e garantias fundamentais e determinasse a elaboração de uma lei para reger os vínculos consumeristas, de modo que, em 1990 o Código de Defesa do Consumidor é sancionado.
Nota-se, portanto, que o contrato passou por diversas alterações e hodiernamente tem como base a dignidade da pessoa humana e se apoia em três princípios constitucionais, quais sejam, o da boa-fé objetiva, o do equilíbrio econômico e o da função social, os quais inseriram nas relações de consumo limites que visam a proteção às partes e a terceiros.
4. Crítica do Resenhista
	O artigo traz uma visão histórica sobre o instituto jurídico dos contratos, mostrando suas evoluções significativas com os séculos desde suas primeiras aparições com os romanos, sendo sempre moldada pela sua realidade social. Porém, apesar de ser um antigo instituto jurídico, foi nos séculos XVII e XIX, com as influências do individualismo filosófico e liberalismo, que o modelo clássico de contrato foi concebido.
Tendo sua clássica concepção representada no século XIX com o Código de Napoleão, em 1804, o contrato tinha como principal princípio a autonomia da vontade, onde a livre opção de contratar e da livre determinação do conteúdo disciplinado no instrumento de contrato eram os princípios norteadores na concepção de um contrato. Até os dias atuais a doutrina traz o princípio da autonomia da vontade como uma das engrenagens essenciais que fazem o instituto funcionar. 
Apesar de até hoje o contrato ser uma das principais fontes obrigacionais do direito e ainda ser influenciado pelo princípio da autonomia da vontade, as mudanças sociais em que esse instituto está inserido fez com que a sua estrutura sofresse mudanças significativas. Se antes as influências sobre os contratos vinham do individualismo e liberalismo, hoje, a proteção da vida humana e da dignidade do cidadão, ideias advindas após a Segunda Guerra mundial, aplicam grande influência sobre a confecção dos contratos modernos e seus efeitos na relação bilateral entre as partes, ou em terceiros.
Como demonstra a autora, o modelo clássico de contrato sofreu grandes mudanças e onde prevalecia o individualismo sem a interferência do Estado hoje já sofre influência dos princípios presentes na Constituição. Fica evidente no texto que desde a década de 1930, leis excepcionais foram sendo criadas para disciplinar questões que antes não eram debatidas pelo Código Civil brasleiro da época, incorporando consigo princípios divergentes aos já trazidos pelo código. Entretanto, foi com a Constituição Cidadã de 1988 que o instituto suas maiores influências, principalmente com a positivação do princípio da dignidade humana (art. 1º, inciso III, da Constituição Federal). 
Com a nova Constituição Federal, e sua influência sobre todo ordenamento jurídico brasileiro, os contratos passaram a ter um novo direcionamento, influenciados não somente pela liberdade individual mas também pela força jurídica e solidariedade social. Como retratado no artigo em análise, novos princípios começam a nortear os contratos, seguidos pelo princípio da dignidade da pessoa humana, são eles: a boa fé, o equilíbrio econômico do contrato e da função social. É a partir dessa nova realidade na qual o instituto dos contratos brasileiros está inserido que nasce o seguinte debate: até que ponto a autonomia da vontade entre as partes é maior do que o princípio da dignidade da pessoa humana e demais princípios constitucionais?
A fim de debater sobre a influência dos princípios constitucionais sobre o acordo entre as partes em um contrato, vejamos o que traz um julgado atual, do Superior Tribunal de Justiça, sobre o tema: 
RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL. LIBERDADE NEGOCIAL CONDICIONADA AOS FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS. CPC/2015. NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL. FLEXIBILIZAÇÃO DO RITO PROCEDIMENTAL. REQUISITOS E LIMITES. IMPOSSIBILIDADE DE DISPOSIÇÃO SOBRE AS FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELO JUIZ. 1. A liberdade negocial deriva do princípio constitucional da liberdade individual e da livre iniciativa, fundamento da República, e, como toda garantia constitucional, estará sempre condicionada ao respeito à dignidade humana e sujeita às limitações impostas pelo Estado Democrático de Direito, estruturado para assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais e a Justiça. 2. O CPC/2015 formalizou a adoção da teoria dos negócios jurídicos processuais, conferindo flexibilização procedimental ao processo, com vistas à promoção efetiva do direito material discutido. Apesar de essencialmente constituído pelo autorregramento das vontades particulares, o negócio jurídico processual atua no exercício do múnus público da jurisdição. 3. São requisitos do negócio jurídico processual: a) versar a causa sobre direitos que admitam autocomposição; b) serem partes plenamente capazes; c) limitar-se aos ônus, poderes, faculdades e deveres processuais das partes; d) tratar de situação jurídica individualizada e concreta. 4. O negócio jurídico processual não se sujeita a um juízo de conveniência pelo juiz, que fará apenas a verificação de sua legalidade, pronunciando-se nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou ainda quando alguma parte se encontrar em manifesta situação de vulnerabilidade. 5. A modificação do procedimento convencionada entre as partes por meio do negócio jurídico sujeita-se a limites, dentre os quais ressai o requisito negativo de não dispor sobre a situação jurídica do magistrado. As funções desempenhadas pelo juiz no processo são inerentes ao exercício da jurisdição e à garantia do devido processo legal, sendo vedado às partes sobre elas dispor. 6. Recurso especial não provido. 
(STJ - REsp: 1810444 SP 2018/0337644-0, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 23/02/2021, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe 28/04/2021)
Considerando que a liberdade negocial é considerada pela doutrina e jurisprudência como uma garantia constitucional, depreende-se do primeiro ponto da ementa que há um choque entre o princípio da livre iniciativa e autonomia da vontade individual e o princípio da dignidade humana. Os contratos são a principal manifestação das vontades entre particulares em realizarem um negócio, compromisso, entre si, sem a interferência estatal. Porém, apesar da liberdade individual ser um direito também garantido na Constituição, o conteúdo disposto no contrato tem que respeitar o princípio da dignidade humana, permitindo então que o conteúdo seja analisado por um juízo e, em alguns casos, descaracterizado.
 Uma das consequências da influência do princípio da dignidade humana, retratado pela autora, foi a criação do Código de Defesa do Consumidor, de 1991. No CDC a equidade entre as partes é desconsiderada e é trazido à tona a primazia da parte mais fraca, o consumidor. Tal situação é idêntica à trazida a ementa supracitada, onde, apesar de existir a vontade individual das partes que realizaram o contrato, prevalece outro princípio estatal diverso que regula o contrato.
Fica então evidenciado um confronto entre os princípios que regem o contrato e sobre os princípios constitucionais que regem o ordenamento jurídico brasileiro. Na jurisprudência trazida percebe-se que o princípio da dignidade humana é priorizado em desfavor da autonomia da vontade e liberdade individual dos indivíduos, porém, isso valeria para todos os contratos firmados? Há caso em que a autonomia da vontade dos particulares poderia prevalecer sobre o princípio da dignidadehumana?
O que se percebe, portanto, é que autonomia da vontade, inicialmente vista como essência dos contratos privados, não mais tem papel de destaque nos atuais contratos, sendo então valorizados sua função social dentro da comunidade em que estão inseridos e seu equilíbrio econômico entre as partes, não podendo ser realizado negócio jurídico com prestação desproporcional entre agentes do contrato, fato que traz uma limitação ao princípio da liberdade negocial.
Por fim, apesar do artigo não trazer casos concretos onde possa ser evidenciado de maneira clara a influência Constitucional sobre os contratos, ele é bem conciso quanto às mudanças que ocorreram nesse instituto, mostrando uma visão histórica que ambienta bem o leitor para entender sobre o tema e para entender em como as mudanças sociais influenciaram para que tivéssemos os modelos de contratos que temos atualmente no ordenamento jurídico brasileiro. No entanto, o artigo se prolonga muito ao dispor sobre os princípios que hoje norteiam os contratos, mas não apresenta exemplos práticos dessa mudança, sendo que a autora poderia apresentar quadros comparativos durante o texto para que facilitasse a visualização do leitor 	quanto ao tema. Em relação ao conteúdo trazido, a autora escolhe bem as citações e ambienta de forma coerente à realidade dos instituto jurídico dos contratos. 
5. Indicações do Resenhista
O artigo tem por objetivo discutir alternativas e oferecer sugestões para estudantes, profissionais e universitários e pesquisadores, sobre a evolução do instituto jurídico do contrato, estabelecendo novos paradigmas que culminaram no surgimento do contrato de consumo, de natureza protetiva, a fim de que possam realizar e desenvolver trabalhos profissionais e pesquisas, na graduação, pós-graduação e após suas especializações estudantis, utilizando-se do rigor necessário à produção de conhecimentos confiáveis. Para tanto, conceitua-se o referido princípio, por meio de revisão de literatura, e ressalta-se a sua importância como núcleo valorativo de todo o Ordenamento Jurídico Brasileiro.
Por não se tratar de um estudo somente da letra jurídica do Código Civil, Constituição e Código de Defesa do Consumidor, o artigo se torna relevante para os estudantes que buscam uma visão mais ampla sobre o instituto jurídico do contrato, engrenagem fundamental para funcionamento do direito obrigacional. Aos que buscam conhecer as influências que moldam a forma dos contratos vigentes hoje nas relações de consumo, o trabalho é indicado para estudo e entendimento dos princípios que afetam a construção desse instituto jurídico de direito privado obrigatório.

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