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Parasitologi� - Pa�t� III
Estrongiloidías�
→ Strongyloides stercoralis e Strongyloides
fuelleborni.
Strongyloides stercoralis:
→ Afeta indivíduos imunossuprimidos. É um
geo-helminto.
→ Parasitose emergente, precisa de ambientes
quentes e úmidos.
Ciclo Monoxênico:
Indivíduo infectado libera um ovo, que vai liberar
uma larva rabditóide (também pode ser liberada
diretamente do corpo do indivíduo). Precisa de
características climáticas específicas: solo
arenoso, umidade, 25-30ºC, sem luz solar direta.
As larvas vão evoluir em macho ou fêmea e se
reproduzir, formando ovos que vão liberar mais
larvas rabditóides, que vai evoluir para sua forma
filarióide, que vai infectar o indivíduo penetrando
sua pele. Dentro do ser humano, ela está em sua
forma parasita e infecta vários sistemas. No
intestino delgado ela se transforma em uma fêmea
adulta, que coloca ovos, depositados na parede do
intestino, que vão liberar larvas rabditóides, que
serão liberadas no ambiente.
Forma infectante: larvas filarióides.
Forma diagnóstica: larvas rabditóides.
OBS: ovos não são utilizados para diagnóstico
pois são iguais aos ovos de outros parasitas.
Morfologia:
Fêmea Partenogenética Parasita: maior,
transparente, produz ovos 3n, 2n e n. Vive até 5
anos, produz de 30 a 40 ovos por dia
assexuadamente.
Fêmea de Vida livre: um pouco menor, boca com 3
lábios, esôfago curto, 2n.
Macho de Vida livre: cauda curvada, 3 lábios,
menor, n.
Ovos: iguais aos ancilostomídeos. Fêmea um
pouco maior que macho.
Larva rabditóide: esôfago curto, primórdio genital
nítido, cauda pontiaguda. Liberadas nas fezes.
Tipos de rabditóides:
3n: se transformam em larvas filarióides triploides
infectantes, completando o ciclo direto.
2n: originam fêmeas de vida livre.
n: evoluem para machos de vida livre, estas duas
últimas completam um ciclo indireto.
Larva filarióide: esôfago longo, cauda afunilada e
“entalhada”.
Habitat: intestino delgado.Mais graves no
estômago e intestino grosso.
Hetero ou Primoinfecção: Larvas filarióides
infectantes (L3) penetram na pele, ou
ocasionalmente, pelas mucosas, principalmente da
boca e do esôfago;
Autoinfecção Externa: Larvas rabditóides na região
perianal transformam-se em larvas filarióides
infectantes e aí penetram, completando o ciclo.
Autoinfecção Interna: Larvas rabditóides viram
larvas filarióides e penetram a mucosa intestinal
(íleo ou cólon): Processo de cronificação! Pulmões
em imunodeprimidos (hiperinfecção).
Sintomas:
→ Podem ser assintomáticos/oligossintomáticos
→ Ações mecânica, traumática, irritativa, tóxica e
antigênica.
Doença cutânea: por onde elas penetram. Reação
apenas nos locais onde tem larvas mortas.
Ocorrência de cordão eritematoso em tecido
subcutâneo com presença de prurido: Larva
currens, 5 a 15 cm hora.
Doença pulmonar: Tosse, febre, dispnéia,
hemorragia pela travessia das larvas e formação
de infiltrado inflamatório de linfócitos e eosinófilos.
Doença intestinal:
• Enterite catarral: parasito localizado nas criptas
glandulares (inflamação leve, aumento de muco)
• Enterite edematosa: parasitos localizados na
parede intestinal (reação inflamatória com edema,
Síndrome de má-absorção)
• Enterite ulcerosa: Inflamação com intensa
eosinofilia, ulceração, produção de tecido fibrótico
e alteração do peristaltismo, invasão bacteriana.
Doença disseminada: Rins (larvas na urina),
coração (larvas no líquido pericárdico), cérebro
(LCR), pâncreas, adrenais, linfonodos, tireoide,
próstata. Complicações decorrentes de infecções
bacterianas secundárias.
Diagnóstico: clínico, parasitológico, imunológicos,
moleculares, citológicos, microscopia…
Tratamento: tiabendazol, albendazol.
Esquist�ssom�s�:
→ Schistosoma. Parasitas de vasos sanguíneos de
mamíferos e aves.
Schistosoma mansoni: mais comum no Brasil,
“xistose”, “barriga-d’água” ou “mal do caramujo”.
Schistosoma haematobium: eliminados na urina.
Morfologia:
Verme adulto:
Macho: ventosa oral e ventral, esbranquiçado.
Fêmea: mais escura, ventosa oral e ventral
Ovos: oval, com espículo. Forma diagnóstica.
Miracídio: cilíndrico, cílios na superfície, é o ovo
quando estiver em meio aquático, móveis e
contráteis.
Cercária: Cauda bifurcada, ventosa oral e ventral
(se fixa no hospedeiro durante a penetração). A
cauda é perdida rapidamente. Forma infectante.
Habitat: Esquistossômulos migram para os ramos
terminais da veia mesentérica inferior. Vermes
adultos entram no sistema porta.
Ciclo Heteroxênico:
Ovos nas fezes/urina eclodem e liberam
miracídios, que penetram nos caracóis e
desenvolvem esporocistos. Estes se transformam
em cercárias, que nadam e penetram na pele do
humano onde viram esquistossômulos, que vão
pela circulação venosa até os
pulmões/coração/fígado/veia porta após maduros.
Estes vermes adultos copulam e vivem nas
vênulas mesentéricas.
Transmissão: Penetração das cercárias na pele,
normalmente pés.
Sintomas: causados pela reação do corpo aos
ovos. Podem ser assintomáticos ou ter
hipersensibilidade cutânea local. Lesões no SNC e
complicações hepáticas.
→ Esquistossomose aguda (febre Katayama):
sintomas/sinais sistêmicos, incluindo febre, tosse,
dor abdominal, diarreia, hepatoesplenomegalia e
eosinofilia.
Diagnóstico: parasitológico - Método de Hoffman
ou de MIFC - clínico, biópsia, imunologia, PCR,
ultrassonografia.
Tratamento: oxamniquina, praziquantel.
Tênia�:
→ Vermes platelmintos (corpo achatado);
3 classes:
● Tubellaria (planária)
● Cestoda
● Trematodae (Schistosoma mansoni)
“Solitárias”: a partir do momento que um verme
infecta o trato digestório de um hospedeiro, ele
mesmo inibirá, através de substâncias químicas, o
desenvolvimento de outro da sua mesma espécie.
Teníase:
4 principais espécies causadoras:
● Taenia solium (porco)
● Taenia saginata (boi)
● Hymenolepis nana (anã)
● Diphyllobothrium latum (peixe)
→ A doença é causada pelo verme na forma
ADULTA. Fica no intestino delgado humano e vai
soltando “pedaços” de seu corpo.
OBS: cisticercose é a doença causada pelo
estágio LARVÁRIO do parasita no organismo
humano.
Fase adulta do verme: o homem é o único
hospedeiro definitivo.
Fase larvária: hospedeiro intermediário.
T. solium: 1,5 a 4 m (beem menor)
T. saginata: 4 a 8 m
→ Sistema nervoso e de excreção/secreção muito
desenvolvidos. Se alimentam através da própria
pele (microvilosidades). São hermafroditas.
→ Nas fezes é comum encontrar pedacinhos de
tênia esbranquiçados, estão cheios de ovos.
→ 3 porções do corpo: cabeça, colo (pescoço) e
estróbilo (corpo).
Cabeça/escólex:
→ Extremidade mais fina com pequena dilatação.
Responsável pela fixação na mucosa do intestino
delgado.
T. solium: 4 ventosas e 1 rostro bem no meio
(possui acúleos - “ganchos”) responsável pela
fixação.
T. saginata: 4 ventosas sem o rostro, as ventosas
fazem a fixação (“aparelho de barbear”).
Corpo/estróbilo:
→ É onde conseguimos enxergar a segmentação
do parasita (proglotes).
T. solium: 1000-2000 proglotes, libera 8 a 9 por dia.
T. saginata: 700-900 proglotes, libera 3 a 6 por dia.
• Proglotes jovens: mais largas, localizadas logo
após o pescoço, sem aparelho reprodutor;
• Proglotes maduras: a cerca de 1 m da cabeça,
sexualmente maduras e hermafroditas;
• Proglotes grávidas: mais afastadas do escólex,
ocorre involução dos órgãos sexuais femininos e
masculinos e hipertrofia do útero, ramificando-se e
enchendo de ovos.
OBS: As proglotes grávidas são bem mais longas
do que largas!
T. solium: poucas ramificações e mais volumosas.
T. saginata: mais ramificada, menos volume,
melhor distribuído.
→ Movimentação através de contração, o que
permite que o verme resista aos movimentos
peristálticos do intestino e aos movimentos dos
líquidos da luz intestinal que iriam expulsá-los.
Também proporciona mais contato com a
superfície para extrair nutrientes.
→ Após 3 meses, as proglotes se desprendem da
cabeça por ruptura dos sulcos e começam a
aparecer nas fezes.
Ovos: muito semelhante nas duas espécies.
→ As proglotes não possuem orifícios laterais para
liberar os ovos, por isso só serão liberados quando
as proglotesse soltarem. Isto explica a presença
de ovos de tênias nas fezes e região perianal dos
pacientes.
Cisticerco: Vesícula translúcida com líquido claro,
contendo invaginado no seu interior um escólex
com quatro ventosas, rostelo e colo (apenas o
início de uma tênia). Muito comum nos bois e
porcos.
Ciclo biológico:
O ser humano libera os ovos ou proglotes nas
fezes. Os porcos e bois ingerem os ovos do
ambiente e dentro desses animais esses ovos
viram cisticercose (forma infectante). Estes
cisticercos ficam na carne desses animais, e o ser
humano se infecta novamente ao ingerir a carne. O
escólex (cisticerco) vai para o intestino delgado do
ser humano, onde se desenvolve em um verme
adulto, que vai engravidar, sofrer a ruptura e liberar
os ovos nas fezes do ser humano, que vai infectar
o ambiente e infectar novamente os animais.O ser
humano também pode se contaminar ingerindo os
ovos diretamente e desenvolver uma cisticercose.
Forma infectante: cisticercos.
Forma diagnóstica: ovos e/ou proglotes nas fezes.
Patogenia: é solitária mas pode haver mais de um
verme às vezes. Reações alérgicas, destruição do
epitélio por conta da fixação na mucosa, secreção
de muco, tontura, astenia, apetite excessivo,
náuseas, alargamento do abdome, dores de vários
graus variados, perda de peso, obstrução
intestinal.
Diagnóstico laboratorial:
• Pesquisa de proglotes nas fezes: método de
tamisação (peneirar as fezes);
• Pesquisa de ovos nas fezes: diferentes técnicas;
• Imunológicos: detecção de antígenos
Tratamento: Mebendazol, Albendazol,
Praziquantel
Prevenção: Cozinhar bem a carne a mais de 65º
ou congelar a -20º.
Cisticercose:
→ Infecção de pessoas pelo estágio larvário de T.
solium: cisticerco.
→ Migração através da circulação para os tecidos.
OBS: Os ovos da T. saginata não causam
cisticercose!!!!!
Heteroinfecção: ingestão acidental de ovos através
da água ou alimentos contaminados.
Auto-infecção externa: ingestão de ovos por
indivíduos já contaminados (ocorre por maus
hábitos higiênicos).
→ Cisticercos são muito mais perigosos que os
vermes adultos pois invadem as mucosas! Podem
se alojar em vários locais do organismo (mais
perigoso: no cérebro).
Patogenia: Dor, fadiga, nódulos subcutâneos.
Lesões oculares e perda de visão. Cefaleia,
pressão intracraniana (neurocisticercose). Pode
levar à morte.
Diagnóstico: por tomografia (TC) ou ressonância
(RNM).
Tratamento: Albendazol + metilprednisolona,
remoção cirúrgica.
Prevenção: descarte controlado de fezes e
limpeza de frutas e vegetais, manter a água
tratada.
A�trópode�:
→ Inseto com pés articulados. Maior em número
do reino animal!! Esqueleto externo, simetria
bilateral.
→ Hematofagia: sucção de sangue do hospedeiro.
→ Como o hospedeiro (nós) promove
vasoconstrição no local da lesão, agregação
plaquetária e formação de coágulo, o mosquito,
para conseguir ingerir o sangue, precisa ter
vasodilatadores na saliva, inibidores de agregação
plaquetária e anticoagulantes.
Ciclo: maioria das espécies é ovípara, algumas
larvíparas.
Doenças relevantes:
Miíases:
→ Larvas que completam seu ciclo ou
desenvolvem parte dele, dentro ou na superfície do
corpo de um hospedeiro vertebrado.
Cochliomyia hominivorax: mosca varejeira.
Deposita ovos que formam a “bicheira”. Colocam
de 10 a 300 ovos. Climas quentes e úmidos.
Alimentam-se vorazmente dos tecidos,
destruindo-os rapidamente.
Ciclo: o mosquito adulto transmite os ovos para o
humano (infectante) que se desenvolve e vira uma
larva, que vai sair pela pele.
Dermatobia hominis: mosca robusta, mosca do
“berne”. Deposita um ovo por picada, larva grande
e amarelada.
→ Lesão com pequeno orifício que se parece com
um furúnculo. Tapar o buraco para deixar ela sem
ar, vai tentar sair para “respirar” e nesse momento
é que tentamos puxá-la. Higienizar bem a ferida
com antisséptico e tampar.
Pediculose:
→ Lesão causada por piolhos.
● Pediculus humanos capitis (de cabeça)
● Pediculus humanos corporis (de corpo)
● Phthirus pubis (“chato”)
Pediculus humanos capitis: inseto sem asas, se
fixa no fio do cabelo, substância pegajosa
chamada de “lêndea” (larvas).
→ Passar pente fino para retirá-las, shampoos
adequados também ajudam. Ovos eclodem de 4 a
14 dias, originando ninfas: piolhos jovens.
Ciclo: de cabeça para cabeça, passando pelos
estágios de desenvolvimento.
→ Pediculose é comum em crianças, causa
inflamação e coceira no couro cabeludo.
Phthirus pubis: infesta os pelos pubianos.
“pediculose pubiana” ou “fitiríase”. Seus ovos
também se fixam nos pêlos.
Ciclo: via genital-genital, em torno de 300 ovos por
dia. Pode transmitir por roupa, toalhas, roupas de
cama…
→ Muita coceira, manchas, causa escoriações e
pode causar infecções secundárias. Retirar os
pêlos, remoção manual do piolho, ivermectina.
Tunga penetrans: “pulga da areia”, conhecida
como “bicho de pé” - Tungíase. Comumente entra
entre as unhas do hospedeiro ou por feridas
abertas.
Ciclo: O inseto adulto penetra o pé, as fêmeas vão
desenvolver a “batata” (lesão - bolota), que se
rompe e libera os ovos no ambiente, que se
rompem e liberam larvas que se desenvolvem em
inseto adulto.
Sintomas: desde prurido até reação inflamatória
que prejudica a deambulação. Pode levar a
infecções secundárias.
Sarcoptes scabiei: Ácaro causador da escabiose
humana → SARNA.
→ Suas duas pernas anteriores possuem
ventosas. A doença se desenvolve em 15 a 17 dias
após a infestação.
→ Eclosão dos ovos ocorre em 3 dias + formação
das larvas, ninfas e adultos. Os adultos cavam
túneis na epiderme, onde as fêmeas colocam seus
ovos. Pode causar inflamação por conta das
perfurações na pele, escoriações, vesículas,
urticária, prurido intenso, disseminação e aumento
dos linfonodos.
Tratamento: apenas escabicidas (ex: escabin).
Difilobotrías�:
→ Diphyllobothrium latum, “tênia do peixe”. Maior
parasita humano conhecido - 8 a 10 metros.
→ Carnes de peixe crua!! Salmão e Truta.
→ Verme adulto até 4 mil proglotes! Proglotes
muito mais largas e achatadas.
→ Região masculina e feminina na mesma
proglote, autofecundação.
→ Seu escólex/cabeça possui fendas laterais que
ajudam na fixação da larva no intestino.
Ovos: elíptico, de casca lisa.
Opérculo —------>
(tampa)
Tubérculo —----->
(protuberância)
Ciclo Heteroxeno:
Humano infectado libera ovos não embrionados
nas fezes, que entram em contato com a água
(doce ou salgada) e ficam embrionados. De dentro
do ovo saem os Coracídeos, que são liberados na
água e são ingeridos pelos crustáceos. Os
Coracídeos se desenvolvem em larvas
prócercóides. O crustáceo é consumido por um
peixe pequeno, e dentro do peixe ele se
desenvolve em larva plerocercóide/esparganos. O
peixe pequeno junto com a larva é consumido por
um peixe maior, que é consumido pelo ser
humano. O peixe também pode ser consumido por
gaivotas, focas, cachorros, etc, onde vai se
desenvolver em tênia, que vai colocar ovos no
organismo e reiniciar o ciclo.
Forma infectante: Larvas plerocercóides/
esparganos.
Forma diagnóstica: ovos nas fezes do humano.
Transmissão: ingestão de peixes crus ou mal
cozidos contendo larvas plerocercóides.
Sintomas: Maioria dos casos assintomáticos.
Pode causar distensão abdominal, flatulência,
cólica abdominal intermitente, náuseas, vômitos,
emagrecimento, diarreia.
OBS: 2% dos casos pode ocorrer anemia
perniciosa, por conta da competição entre o
parasita e do hospedeiro em absorver a vitamina
B12.
Diagnóstico: Pesquisa de ovos nas fezes por:
● Sedimentação espontânea (Hoffman)
● Sedimentação por centrifugação
● Kato-Katz
Tratamento: Praziquantel, vitamina B12 para
anemias, evitar peixe cru.
OBS: para consumo de peixe cru, recomenda-se
que sejam congelados a -20°C por 7 dias ou -35°C
por 12 horas, o que torna os parasitos inviáveis.
Himenolepías�:
→ Hymenolepis nana. Tênia anã. Menor dos
cestódeos - 3 a 5 cm.
→ Hymenolepis diminuta - Tênia do rato.
Raramente causa infecções.
→ Possui escólex, proglotes muito finas e
pequenas (100 a 200).
Escólex: possui 4 ventosas, rosto retrátil com
ganchos.
Rosto projetado (retrátil - se projeta parafora e
para dentro para auxiliar na movimentação):
Ovos: semi esféricos, transparentes, membrana
externa fina. Membrana interna com 2 “mamelões”
claros, em posições opostas. “Chapéu de
mexicano, visto por cima”
Ciclo biológico:
Ovos são eliminados pelas fezes, sobrevivendo 10
dias fora. São ingeridos por um artrópode
(besouros e pulgas), onde se desenvolvem em
cisticercóides, que podem reinfectar humanos ou
infectar roedores e se desenvolver em vermes
adultos no intestino delgado. Quando os ovos são
ingeridos, as oncosferas são liberadas, e se
desenvolvem em larvas hexacantais, que penetram
as vilosidades intestinais e se desenvolvem em
cisticercóides.Os vermes adultos produzem
proglotes grávidas no íleo do intestino, e os ovos
liberados pelas proglotes são liberados pelas
fezes, reiniciando o ciclo.
Sintomas: dores abdominais, irritabilidade,
diarréia, inapetência, má absorção.
OBS: Infecção em adulto é autolimitante visto a
imunidade protetora desenvolvida pelo hospedeiro!
Diagnóstico: clínico e laboratorial, pesquisa de
ovos nas fezes. Pode ser por:
● Sedimentação espontânea (Hoffman)
● Sedimentação por centrifugação
Tratamento: Praziquantel + niclosamida.
Nitazoxanida (“Anita”).
Fasciol�s�:
→ Fasciola hepática. Parasito de canais biliares de
ovinos, bovinos, caprinos, suínos e vários
mamíferos silvestres.
→ “Baratinha do Fígado”.
Verme adulto: aspecto foliáceo, ventosa oral,
acetábulo, ramos cecais, tegumento.
Amarronzado.
Ovos: 20 mil liberados por dia. Saem junto com a
bile até o intestino, liberados nas fezes. Possuem
tampa e opérculo, assim como os ovos da tênia do
peixe.
Caramujo: Lymnaea columela, realiza o transporte
da fasciola.
Miracídio: forma livre, de movimentação.
Metacercária: forma infectante.
Cercária: forma livre de movimentação.
Habitat: Interior da vesícula biliar e dos canais
biliares dos hospedeiros, parênquima pulmonar e
às vezes outros locais.
Ciclo Heteroxeno:
Ovos não-embrionados liberados pelas fezes do
ser humano, cai na água e se torna ovo
embrionado. O ovo vira miracídio, que infecta o
caramujo (hospedeiro intermediário). No caramujo,
atinge formas intermediárias, quando atinge a
forma de cercária, que é liberada do caramujo
(forma livre). Na água, a cercária sofre um
encistamento, virando um cisto chamado de
Metacercária. O ser humano ou outros animais
(bovinos, caprinos, ovinos) ingerem a
vegetação/água contaminada com a metacercária
e se infectam. Ela passa pelo sistema digestório e,
ao chegar ao duodeno, ela sofre um
desencistamento, perdendo sua cápsula e voltando
a ser cercária. A cercária penetra a parede
intestinal e atinge o sangue e o fígado, onde coloca
seus ovos, que são liberados no duodeno e saem
pelas fezes, reiniciando o ciclo.
OBS: o ser humano é um hospedeiro “acidental”!
Não era para fazer parte do ciclo.
Patogenia: Processo inflamatório crônico do
fígado e dos ductos biliares. Grave perda de peso,
diminuição da produção de leite nos bovinos e até
a morte.
→ 2 tipos de lesões:
1. Migração de formas imaturas no parênquima
hepático;
2. Verme adulto nas vias biliares.
Diagnóstico: Pesquisa de ovos nas fezes ou na
bile
● Sedimentação espontânea (Hoffman)
● Sedimentação por centrifugação (MIFC ou
Ritchie)
ou
Diagnóstico sorológico:
● Imunofluorescência
● ELISA
OBS: Reações cruzadas com esquistossomose e
hidatidose!!
Tratamento: Bithionol, Deidroemetina, Albendazol.
Hidatid�s�:
→ Echinococcus granulosus. Equinococose
humana.
Hospedeiros definitivos: cães domésticos e
animais silvestres.
Hospedeiros intermediários: ovinos e bovinos.
Hospedeiro acidental: ser humano.
Verme adulto: muito pequeno. Escólex globoso ou
piriforme, com quatro ventosas e um rostro com 30
a 40 ganchos. Possui 3 a 6 proglotes.
• 1ª proglote: imatura;
• 2ª proglote: madura: órgãos genitais masculinos e
femininos + poro genital na margem;
• 3ª proglote: metade do estróbilo, útero ocupa todo
o espaço, contendo 500 a 800 ovos.
Ovos: pequenos e meio esféricos, membrana
espessa, oncosfera. Forma infectante.
Cisto hidático: Forma arredondada, com
dimensões variadas, dependendo da idade do cisto
e do tecido onde está. Resultante de uma reação
do hospedeiro a presença da larva e seus
metabólitos: membrana adventícia. Forma
diagnóstica. Dentro possui um líquido.
Ciclo do cisto: Oncosfera eclode do ovo e invade
o organismo, migrando pela corrente sanguínea.
Fixa e cresce nos órgãos, normalmente pulmões e
fígado.
→ Estruturas que formarão o protoescólex: fixação
da larva adulta.
→ A hidátide gera uma fibrose no tecido do
hospedeiro intermediário. Cria uma membrana
adventícia (do hospedeiro)
OBS: A transmissão ao cão é consumir vísceras
dos animais contaminados com cistos hidáticos!
Ciclo Heteroxeno:
O verme adulto no intestino de um cachorro
(hospedeiro definitivo) libera ovos, que são
liberados nas fezes do cão. Os ovos contaminam o
solo, e o ser-humano pode acabar se infectando.
Dos ovos, é liberado um embrião, que cai na
corrente sanguínea e vai parar nos tecidos e
órgãos e formar cistos hidáticos (forma
diagnóstica). O ser humano não libera nada pelas
fezes e nem transmite, pois é acidental, o embrião
não se desenvolve dentro dele.
Transmissão e sintomas:
Cães: ingestão de vísceras dos hospedeiros
intermediários contendo cistos hidáticos férteis.
Humanos: ingestão de ovos eliminados no
ambiente por cães parasitados.
OBS: Evolução dos cistos é lenta. Lesões e
sintomas podem levar anos para serem
percebidos.
Diagnóstico: ELISA, testes rápidos, escarro,
imagenologia, cirurgia.
Hidatidose hepática
Distúrbios
hepatogástricos,
congestão porta e estase
biliar, icterícia e ascite
Hidatidose
pulmonar
Cansaço ao esforço
físico, dispneia e tosse
com expectoração
Hidatidose
cerebral
Cistos evoluem rápido,
com sintomas de acordo
com a localização
Hidatidose óssea
Fraturas, reações
alérgicas
(extravasamento) com
choque anafilático,
muitas vezes fatal
Tratamento: Albendazol sozinho ou associado ao
Praziquantel. PAIR (punção, aspiração, injeção e
respiração do cisto).

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