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Imunologi� II - Pa�t� 3 Diagn�stic� d� Tubercul�s�: → Bacilo Mycobacterium tuberculosis, acomete os pulmões. Transmissão: pessoa-pessoa, pelo ar, inoculação de gotículas. → Coinfecção tuberculose e HIV é muito grave! Tuberculose é a principal causa de morte entre os infectados pelo HIV! Tuberculose pulmonar: infecção primária, formação do granuloma, calcificação. ● Primária: disseminação via linfática (SNC, pulmões e órgão linfáticos); ● Secundária: tosse prolongada, febre, sudorese noturna, emagrecimento; Tuberculose extra pulmonar: linfonodos, sistema urogenital, ossos e articulações, fígado e baço, SNC, pele. Tuberculose disseminada: comprometimento sistêmico generalizado. Semeadura bacilar (lesões semelhantes à “grão de milho”). Vacina BCG: Bacilo atenuado. Desde o nascimento até 5 anos. Contraindicada para imunodeprimidos e recém-nascidos. Dose única intradérmica. Diagnóstico: → Encontro inicial de BAAR (bacilos álcool-ácido resistentes) em material biológico + crescimento em cultura do MO + quadro clínico sugestivo. BAAR não é diagnóstico definitivo!! Diagnóstico Etiológico: - Escarro de expectoração ao acordar; - Lavado gástrico: hospitalização; - Lavado brônquico; - Expectoração induzida: inala salina hipertônica - Urina: primeira da manhã; - Sangue; - Biópsia; - Outros materiais. Baciloscopia: Coloração Ziehl-Neelsen: BAAR coram-se em vermelho. Resultado em cruzes. Sensibilidade de 50 a 80%. Métodos de imagem: radiografia Cultura: é o padrão-ouro! Sensibilidade de 80 a 96%, porém demora cerca de 40 dias para crescimento das colônias (Meio Lowenstein-Jensen). Teste rápido molecular para tuberculose (TRM TB): recomendado pelo WHO e ANVISA (GeneXpert®MTB). É um teste de amplificação de ácidos nucleicos pela técnica de PCR real time. Confirma a presença do M. tuberculosis em 95% dos pacientes que possuem genes resistentes à rifampicina (RIF), com resultado em até 2 horas! Detecção Ag-Ac: ELISA. Pesquisa de novos antígenos que evidenciem diretamente a doença: sistemas point of care (difícil acesso e pouca infraestrutura). Detecção de resposta celular: Teste tuberculínico: → Tuberculina. Pacientes infectados pelo M. tuberculosis (ou os vacinados com a BCG) desenvolvem uma reação de hipersensibilidade tardia para a tuberculina. OBS: um positivo no teste tuberculínico não é diagnóstico para doença, apenas indica que já houve sensibilização! → PPD (derivado proteico purificado). 100uL PPD por via intradérmica no antebraço e “induração” após 48-72hrs. → Hipersensibilidade tardia (tipo IV). Mecanismo de ação: 12hrs após o estímulo, em um indivíduo sensibilizado, há uma migração de linfócitos para as regiões perivasculares; em 48 horas, são encontrados macrófagos que começam a migrar para fora de epiderme (são provavelmente as principais células apresentadoras de antígeno na reação de hipersensibilidade tuberculínica!) → Persistência do antígeno no tecido pode provocar o desenvolvimento da lesão tuberculínica em uma reação granulomatosa! Reações adversas: eritema, enduração acentuada e, raramente, necrose local. Efeitos sistêmicos como febre e anafilaxia não são comuns. Raramente ocorre sensibilização. Diagn�stic� d� Chaga�: → Trypanosoma cruzi. Alto grau de heterogeneidade: dificulta estudos epidemiológicos, clínicos, patológicos e laboratoriais. Amastigota: intracelular Tripomastigota: sanguíneo → Transmitido pelo inseto Triatoma infestans (“barbeiro”). Transmissão: Vetores, transfusão, vertical (congênita), acidental (laboratórios) e oral (alimentos - principalmente açaí!!). ● Oral: 75,34% ● Vetorial: 6,85% 2 apresentações clínicas: Congênita: nascimento prematuro ou aborto. É difícil de evitar. Adquirida: Aguda: é mais comum em crianças, dura cerca de 2 meses, parasita está no sangue. Causa febre, hepatoesplenomegalia, náuseas, vômitos, diarréia, dor, linfadenopatia. Intermediária: Fase de equilíbrio entre hospedeiro e parasita. Menos parasitas em circulação e menos sintomas, “fase de latência”. Diagnóstico difícil, sorologia positiva. Crônica: cardíaca e digestiva. Pode causar miocardite crônica difusa (15%) + megacólon e megaesôfago. Diagnóstico com eletrocardiograma, radiografia, quadro clínico e testes sorológicos (Ac IgG anti-T. cruzi). Diagnóstico laboratorial: Fase aguda: DIRETA: faz direto a fresco, Giemsa, gota espessa, hemocultura. Possui 50 a 90% de sensibilidade. → Microhematócrito: tem alta sensibilidade, já que utiliza-se método de concentração (centrifugação). Indicado caso haja forte suspeita da doença e negatividade no teste direto a fresco. INDIRETA: ● Sorológico: pode-se utilizar: ● Precipitação (pouco sensível) ● Aglutinação direta (cara, precisa de mais parasitas para fazer). ● Aglutinação indireta: Hemaglutinação, em látex. Fase crônica: diagnóstico difícil pela ausência de parasitemia. DIRETA: PCR. INDIRETA: ● Imunofluorescência indireta (IFI): muito sensível! Detecta epimastigotas, IgG ou IgM. ● ELISA: muito específico! A quantidade de Acs é proporcional à intensidade de cor. ● Testes rápidos: imunocromatografia. ● Western blot: 100% sensível e específico. Confirma IgG. PADRÃO OURO! MS em 1987: obrigatoriedade de 2 testes sorológicos de princípios diferentes. 1º ELISA 2º Imunofluorescência indireta 3º Hemaglutinação indireta OBS: se nenhum deles for conclusivo, fazer o Western Blot!! Diagnóstico doença congênita: IgG no recém-nascido: foi passado pela mãe, é anticorpo “protetor”. IgG e IgM no recém-nascido: o bebê está infectado e precisa de tratamento. → Caso o exame da mãe dê positivo e o do bebê der negativo, o bebê deve voltar depois de 6 ou 9 meses para realizar novos testes sorológicos, para pesquisa de IgG. Diagn�stic� d� T�xoplasm�s�: → Toxoplasma gondii, transmissão por ingestão de oocistos eliminados nas fezes de gatos, frutas e legumes mal lavados e consumo de carnes cruas. Fase aguda: níveis subclínicos, pode desenvolver formas graves: acometimento pulmonar, renal, hepático, cardíaco. Fase crônica: forma ocular, forma cística na retina + fenômenos imunológicos. OBS: em imunodeficientes pode haver invasão de órgãos e tecidos. Congênita: maioria dos fetos é assintomática ao nascer. 1° trimestre aborto 2° trimestre aborto/nascimento prematuro, bebê normal ou anomalias graves 3° trimestre bebê normal, sintomas em dias, semanas ou meses. Pode causar: Hidrocefalia, calcificação cerebral, retardo mental, miocardite aguda, pneumonia, hepatite, retinocoroidite e estrabismo. Diagnóstico: Fase Aguda: DIRETA: busca por taquizoítos em biópsia. Fase Crônica: DIRETA: biópsia. INDIRETAS (aguda e crônica): sorológicas, no mínimo 2 métodos para confirmar. IgM: Pode dar falsos positivos para pacientes com Acs nucleares. Surge após 5 dias de infecção e fica por uns 18 meses. IgG: Surge depois de 1 ou 2 semanas, com pico em 1 a 2 meses e fica por toda a vida. IgA: associado com a mucosa. Ficam de meses a anos. Para infecções congênitas, é mais sensível. Da diagnóstico em recém-nascidos junto com o IgM. 1º ELISA 2º Imunofluorescência indireta 3º Hemaglutinação indireta → ELISA de avidez (Teste de avidez de IgG): Dissociação dos complexos Ag-Ac formados e liberação dos IgGs de baixa avidez. Estima a época que a toxoplasmose foi adquirida pela gestante. Avidez = força de ligação. Quanto mais tempo o anticorpo está ali, mais forte a ligação! Até 3-4 meses: IgG ↓ avidez Mais de 4 meses: IgG ↑ avidez → Importante pois o 1º trimestre do feto é o mais perigoso de se adquirir, portanto o teste de avidez informa a quanto tempo a mãe se infectou e se já estava grávida. Define a necessidade de tratamento caso a infecção tenha ocorrido durante a gravidez (toxoplasmose congênita), ou tranquilizar caso a infecção tenha ocorrido antes da gravidez. Vacina�: Objetivo: geração de imunidade de longa duração e protetora. Uma infecção simples é muitas vezes (mas nem sempre - doses de reforço) suficiente para gerar imunidade protetora contra um patógeno. Guerra do Peloponeso: 2 surtos de praga sucessivos, pessoas que sobreviveramao primeiro surto estavam imunes ao segundo surto. Variolação: inoculação de pequena quantidade de material seco de uma pústula de varíola foi usada para produzir uma infecção leve que levou a proteção duradoura contra a reinfecção. → Varíola é a única doença erradicada! Poliomielite, sarampo, rubéola e difteria já chegaram a zerar os casos no Brasil. Vacinas atuais: indução da formação de anticorpos neutralizantes. Características da vacina ideal: 1. Conter antígenos alvos do sistema imunológico; 2. Gerar imunidade efetiva (anticorpos e células T) 3. Produzir imunidade protetora; 4. Proteção sem necessidade de reforço (ex: BCG); 5. Não pode causar a doença ou morte! 6. Baixo custo, fácil administração, estável, poucos/nenhum efeito colateral. Vacinas produzidas no Brasil: Tríplice, poliomielite, meningites A e C, febre amarela, rotavírus, DTP, tuberculose, hepatite B, raiva, influenza, Hib… OBS: vacinas não são injetadas em acesso venoso pois a corrente sanguínea rapidamente levaria ao fígado, que tentaria destruir as células. A intramuscular, intradérmica, nasal e oral demora muito mais no organismo. Imunógenos: substância injetada propositalmente para ativar e estimular o sistema imune. → Células B são estimuladas e viram plasmócitos que liberam anticorpos. Vacina de Organismo Atenuado: → Por ter sua virulência atenuada, estimulam apenas a imunidade protetora. Maior risco de efeitos adversos. Exemplos: ● Febre amarela ● Poliomielite oral (Sabin) ● Rubéola ● Sarampo ● Caxumba (tríplice) ● Varicela ● Catapora ● Tuberculose (BCG) Vantagens: Baixo custo, fácil administração (Sabin), imunidade duradoura, capaz de induzir forte resposta de linfócitos T CD8. Desvantagens: Instabilidade da preparação (sensível a temperatura), mutação à reversão da virulência, não deve ser dada a indivíduos imunocomprometidos. → Vacina viva atenuada oral contra a poliomielite praticamente erradicou a doença, mas em casos raros o vírus da vacina é reativado e provoca a poliomielite paralítica! Vacina de Organismo inativado/morto: → Não tem risco de reativação e indução da doença, efeitos adversos de inflamação. Exemplos: ● Tríplice bacteriana ● Gripe ● Pólio injetável (Salk) ● Hepatite A ● Raiva ● Cólera ● Febre tifóide Vantagens: sem mutação/reversão, utiliza antígenos na sua conformação nativa (Acs neutralizantes), pode ser utilizada em imunocomprometidos; Desvantagens: somente imunidade humoral, repetidas doses (o vírus não multiplica), alto custo, bactérias inativadas podem causar inflamação. → Vacina da gripe: vírus influenza cultivados em ovos de galinha. Mais comum é trivalente inativada (morta) intramuscular. 3 das cepas de influenza mais frequentemente encontradas são selecionadas a cada ano e incorporadas nesta vacina (devido a mutações). Vacina de DNA: → Inoculação de um plasmídeo que contém o DNA complementar (cDNA) que codifica um antígeno protéico leva às respostas imunes humoral e celular contra o antígeno. APCs são transfectadas pelo plasmídeo e o cDNA é transcrito e traduzido em uma proteína imunogênica que induz respostas específicas. Vantagens: imunogenicidade, segurança, facilidade de manipulação, baixo custo, fácil escalonamento, termoestáveis; Desvantagens: Baixa expressão, o DNA pode se incorporar ao DNA genômico do hospedeiro ou ao genoma de células da linhagem germinativa, aparecimento de anticorpos anti-DNA. Adjuvantes e Imunomoduladores: respostas dependentes de células T imunológicas contra os antígenos requer que os antígenos sejam administrados com adjuvantes. Devido a inflamação local, não deve ser usado em humanos. 2 aprovados: ● Hidróxido de alumínio em gel (promove respostas de células B); ● Formulação lipídica chamada de Squalene (ativa fagócitos). Vias de administração: ● Intramuscular ● Subcutânea ● Intradérmica ● Intranasal/aerosol ● Oral Diagn�stic� d� Rubéol�: → Doença exantematosa aguda, viral. Causa febre, acometimento da mucosa do trato respiratório e erupção papular avermelhada, sem descamação. 1941: 1º caso teratogênico, aumento da catarata congênita em crianças nascidas de mães infectadas no início da gestação. SRC: Síndrome da rubéola congênita. → Vírus entra pela via respiratória superior, período de incubação de 2 a 3 semanas. Depois de 7 a 9 dias o vírus entra na circulação e alcança a placenta. → Gênero Rubivirus, da família Togaviridae. Vacina: → Vírus atenuado por meio de passagens sucessivas em cultivos celulares. Contém a cepa RA 27/3, apresenta menor frequência de artropatias pós vacinação. Imunidade dura por toda a vida! → Acs neutralizantes entre 14 e 21 dias, soroconversão em níveis protetores em 95 e 99%. → Em gestantes: Vírus atenuado não é teratogênico, a vacina não é indicada durante a gestação! Fazer a vacina pelo menos 1 mês antes da gravidez. Recém-nascido apresentando IgM está infectado! Diagnóstico: Clínico: Exantema máculo-papular, inicia na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando para tronco e membros; Laboratorial: sorologia para anticorpos IgM específicos para rubéola, do início até o 28º dia após o exantema; Epidemiológico: viagens ao exterior do Brasil, ou contato direto com pessoas que viajaram, notificação compulsória! Indivíduo suspeito: Todo paciente que apresente febre e exantema maculo-papular, com linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior. Diagnóstico sorológico: ELISA: mais usada, indireto IgG e captura de IgM. Reação cruzada com fator reumatóide, pacientes com mononucleose podem dar falsos positivos. Avidez de acs IgG: distingue infecção primária e reinfecções. A avidez do IgG vai aumentando com o tempo. IgG ↑ avidez: infecções antigas e reinfecções; IgG ↓ avidez: até 15 meses - 40% até 3 anos Imunofluorescência indireta: define as classes de Ig. Utiliza o antígeno do próprio vírus ("antígeno selvagem1”), e não da vacina! São diferentes! RT-PCR: para infecções congênitas e dar diagnóstico intrauterino, através do líquido amniótico. OBS: último caso de rubéola foi em 2008 e rubéola congênita em 2009. Em 2014 registrou-se caso de infecção por um viajante (rubéola “importada”). → Detecção de IgG normalmente depois que desaparece o exantema. Pico máximo entre 10 e 20 dias após exantema, permanecendo detectáveis por toda a vida. → Amostras dos casos suspeitos devem ser coletadas, sempre que possível, no primeiro atendimento ao paciente. Amostras oportunas Amostras inoportunas entre 1° e 28° dias do aparecimento do exantema após o 28°dia do início do exantema IgM + ou indeterminado: comunicar imediatamente a Vigilância Epidemiológica Estadual, para a realização da investigação e coleta da 2ª amostra (obrigatória), 15 a 20 dias depois. IgM identificado na 2ª coleta: comparar IgG da 1ª e 2ª amostra: verificar se houve aumento significativo! Confirmado: Laboratorial: um caso suspeito cujo exame deu “reagente” ou “positivo para IgM”; Vínculo epidemiológico: quando o caso suspeito teve contato com um ou mais casos de rubéola, confirmados por laboratório, e apresentou os primeiros sintomas da doença entre 12 a 23 dias após esse contato ou exposição à doença. Diagn�stic� d� Saramp�: → Viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa. Causa vasculite generalizada. Secreções nasofaríngeas expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar são MUITO contagiosas! → Gênero Morbillivirus, Vírions pleomórficos (2 ou + formas). → Em 2019, o Brasil perdeu a certificação de “País livre do vírus do sarampo” , dando início a novos surtos. 2020: 8.448 casos 2021: 676 casos Movimento anti-vacina: em 1998, Andrew Wakefield publicou um estudo apontando possível relação entre a vacina tríplice e o desenvolvimento do autismo, sem fundamentos e com dados alterados!! Movimento “anti-vaxxer”: na Ucrânia, 1 morte após vacinação, falta de vacinas. Imunização de rebanho:Se todas as outras que podem tomar a vacina (não suscetíveis, fora do grupo de risco) forem imunizadas, sua resposta vacinal será ótima e elas protegerão os suscetíveis. Sintomas: Período de infecção: 2° ao 4° dia: manchas vermelhas, irritação na pele que inicia atrás da orelha. 7 dias: febre, tosse seca, coriza, conjuntivite e fotofobia. Remissão: diminuição dos sintomas e da febre, erupção na pele escurece e surge descamação fina (“furfurácea”). Período toxêmico: doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. Frequentes complicações, principalmente em crianças até 2 anos, desnutridas e adultos jovens. Diagnóstico sorológico: → Detecção de IgM e soroconversão IgG. ELISA: Detecção IgM: fase aguda da doença, primeiros dias até 4 semanas após aparecimento do exantema Detecção IgG: às vezes aparecem na fase aguda e costumam ser detectados anos após a infecção. Amostras oportunas Amostras inoportunas 1º e o 30º dia do aparecimento do exantema Após o 30º dia do início do exantema → A maioria das suas proteínas provoca respostas imunes de células T e B. Resposta T baixa em poucos meses, chegando a níveis inferiores ao limiar detectável (não dá resultados indicativos do estado imune). Resposta B inclui anticorpos (IgA, IgG e IgM). → O protocolo do Brasil é pesquisar os anticorpos IgM e IgG para sarampo em amostras de soro, e a detecção viral em amostras de urina e swabs combinados da orofaringe e da nasofaringe (RT-PCR). HIV : → Gênero Lentivirus e família Retroviridae. RNA cadeia simples, encapsulado, com capsídeo. → Infecção através das mucosas do trato genital/retal durante a relação sexual (microlesões) e vertical (gestação, parto e amamentação). FASES: Fase de Eclipse: período de 10 dias, antes que RNA viral seja detectável. Vírus é disseminado inicialmente para os linfonodos locais, em nº suficiente para estabelecer e manter a produção de vírus nos tecidos linfóides (estabelece um reservatório viral latente - linfócitos TCD4 + de memória). Pico de viremia: Replicação viral ativa e livre circulação do vírus na corrente sanguínea, de 21 a 28 dias após a exposição. Viremia associada a um declínio acentuado de TCD4 +! Fase de expansão e disseminação: Indução da resposta imunológica (tardia e insuficiente para erradicar a infecção). → Ativação imune produz mais linfócitos TCD4 + ativados que servem de alvo para novas infecções! Aumento dos TCD8 + controla parte da infecção, não suficiente para impedir a progressiva depleção de linfócitos TCD4 + e progressão para AIDS. → Maioria das proteínas do HIV é imunogênica. resposta de anticorpos é induzida contra as glicoproteínas do envelope (gp120 e gp41) e contra a proteína do capsídeo viral (P24). 1º anticorpo produzido: IgM Mais tarde: IgG, que perdura por anos. Diagnóstico imunológico: Imunoensaios de triagem (ELISA): 1ª geração (1985): ELISA indireto. Ensaios que usavam Ags virais, obtidos da lise viral em cultura de células. Menos sensível e pouco específico, detectavam apenas IgG. 35-45 dias após infecção. 2ª geração (1987): empregavam o mesmo formato indireto da 1ª geração. Usa Ags recombinantes e peptídeos sintéticos, originados de regiões específicas de proteínas do vírus: mais sensibilidade e especificidade! 25-35 dias após infecção. OBS: Quanto maior a quantidade de epítopos imunodominantes no ensaio, mais sensível ele se torna. 3ª geração (1994): ELISA sanduíche. Usa Ags recombinantes/peptídeos sintéticos, tanto na fase sólida quanto na de conjugado. Detecção de anti-HIV IgG e IgM + qualquer classe! Mais sensíveis e específicos. 20-30 dias após a infecção (redução na janela imunológica). 4ª geração (1994): ELISA sanduíche. Detecta Ag p24, Acs anti-HIV e todas as classes de Igs contra proteínas e peptídeos derivados das gp41 e gp120. 15 dias após infecção. Testes rápidos: Imunocromatografia: simples e rápido. Feita em laboratórios e outros locais também. Amostra de sangue ou fluido oral. DOI: ● 4 etapas ● 1 reagente ● Armazenamento ● Máximo de 30minutos ● Não precisa de muita capacitação → Testes rápidos são bons para locais com falta de infraestrutura laboratorial e regiões de difícil acesso. Especificidade: 99% Sensibilidade: 99,5% Ensaios complementares: Imunofluorescência indireta: está sendo substituída pelo Western Blot. Western Blot: tiras de membrana com proteínas nativas do HIV, separadas por eletroforese; Tiras incubadas com soro/plasma; Acs na amostra se ligam às proteínas das tiras de WB; Acs anti-HIV ligados às proteínas são detectados por Acs conjugados + substrato = cor! 1 banda não é positivo, é reagente para 2 bandas ou mais! Hepatite�: → Inflamação aguda no fígado. Vírus são os principais causadores! Blumberg (1960): antígeno no soro de um australiano → “Antígeno Austrália”. Transmissão: Fecal-oral: A e E Sanguínea: B, C e D Hepatite A: → ELISA, ELFA. Anti-HAV IgM: infecção recente, surge na fase aguda, declina após a 2ª semana e desaparece após 3 meses. Anti-HAV IgG: presente na fase de convalescença e persiste indefinidamente; importante marcador epidemiológico por demonstrar a circulação do vírus em determinada população. Hepatite B: HBsAg (Ag de superfície): “antígeno Austrália”. Primeiro marcador a surgir (30 a 45 dias), permanecendo detectável por até 120 dias! Infecções agudas e crônicas (Testes rápidos). Anti-HBc total (contra Ag do capsídeo): indica contato prévio com o vírus. Detectável por toda a vida (mesmo os que eliminaram o vírus). Importante marcador para estudos epidemiológicos (ELISA). HBsAg Anti-HBC Interpretação + - Fase aguda / FP + + Aguda ou crônica - + Janela imunológica / FP - - Não infectado ELISA: Anti-HBc IgM (contra Ag do capsídeo): infecção recente! Pode persistir por até 6 meses. Anti-HBs (contra Ag de superfície): imunidade contra o HBV! Aparece de 1 a 10 semanas após desaparecimento do HBsAg, indicando bom prognóstico. Encontrado sozinho em pacientes vacinados, junto de outros Acs indica contato! HBeAg (Ag nuclear): indica replicação viral (alta infectividade). Fase aguda, surge após o HBsAg e permanece por até 10 semanas. Na hepatite crônica, indica replicação viral e atividade da doença (↑ chances de evoluir para cirrose). Anti-HBe (contra Ag nuclear): marcador de bom prognóstico na aguda; soroconversão HBeAg para anti-HBe indica alta probabilidade de resolução da infecção nos casos agudos. Na hepatite crônica, indica ausência de replicação do vírus. Hepatite C: Anti-HCV (contra o vírus): marcador de triagem, indica contato prévio, mas não define infecção aguda, crônica ou curada. Diagnóstico de infecção aguda é feito com viragem sorológica documentada: paciente anti-HCV negativo que converte para anti-HCV positivo e HCV-RNA positivo, detectado por biologia molecular. Infecção crônica confirmada pela pesquisa de HCV-RNA. (ELISA e teste rápido). HCV-RNA (RNA): 1º marcador a aparecer (1 a 2 semanas), confirma a infecção em casos crônicos, monitora a resposta ao tratamento e confirma resultados sorológicos indeterminados (PCR). Hepatite D: ELISA: Anti-HDV (total): é incompleto, não consegue reproduzir seu próprio antígeno de superfície. Precisa do vírus B, havendo duas possibilidades: ● Superinfecção: já tinha HBC e contrai o HDV. ● Co-infecção: infecção simultânea pelo HBV e HDV. HBsAg Anti- HBc Anti-HB C IgM Anti- HDV Anti- HBS Co-inf + + + + - Super + + - + - Cura - + - + + Hepatite E: ELISA: Conversão sorológica para anti-HEV ou detecção de anti-HEV IgM Exames inespecíficos: bilirrubinas, proteínas, FAL, ALT, AST, GGT, protrombina, hemograma. E�stei�-Bar�: → Síndrome de mononucleose infecciosa (febre, faringite e linfadenopatia). Família Herpesviridae → Herpes vírus humano 4 (HHV-4). Mononucleose infecciosa: → “Doença do Beijo”, infecta os linfócitos T! Transmissão: saliva, compartilhamento de copos, transfusão de sangue e transplante de órgãos, sêmen. Incubação: 4 a 7 semanas. Vírus Epstein-Barr: Forte indício de que exerça papel fundamental na patogênesede várias doenças autoimunes: LES, AR, EM, DM tipo I + doenças linfoproliferativas (linfoma de Hodgkin e Burkitt). Diagnóstico: → Hematológico e aumento de TGO e TGP. - Linfocitose absoluta e relativa (70%); - Linfócitos atípicos; - Neutropenia (60-90%); - Trombocitopenia (50%; <140.000/mm³); → Sorológico: Teste de Paul-Bunnell-Davidsohn (aglutinação), IFI, ELISA, RT-PCR. O anticorpo que mais agrega valor é o anti-VCA! Anti-VCA IgM e IgG positiva em 1 a 2 semanas IgM anti-VCA perdura por 4 a 8 semanas IgG anti-VCA pico em 2 a 4 semanas, fica a vida toda Confirmação de diagnóstico: linfocitose com linfócitos atípicos (tem que estar aumentado também! Só atipia com valores normais não é) e anti-VCA. OBS: Anti-VCA podem desaparecer após alguns meses, fazer RT-PCR para detecção do DNA viral! Citomegalovíru�: → Família Herpesviridae. Fica latente no organismo, se reativando em doenças imunossupressoras. → Causa mais comum de infecção congênita. Infecta o feto mesmo com a mãe já apresentando anticorpos, infecção pode ocorrer em qualquer época da gestação! A forma mais grave de infecção congênita é a “Doença de inclusão citomegálica”, que pode causar hepatoesplenomegalia, icterícia, petéquias, microcefalia, calcificações cerebrais… Infecção perinatal: O vírus pode passar para o bebê durante o trabalho de parto e também pelo leite materno. Infecção adquirida: por secreções como urina, saliva, sêmen. Maioria assintomática, pode causar mononucleose infecciosa com febre, sudorese e hepatoesplenomegalia. Achados: Linfocitose, linfócitos atípicos, aumento TGO e TGP. → É oportunista para imunocomprometidos e pode ser fatal! Causa alterações hematológicas, retinite, diarreia, hepatoesplenomegalia, pneumonia, encefalite. Diagnóstico laboratorial: linfocitose, aumento de TGO e TGP, microscopia eletrônica, imuno-histoquímica, cultura, sorologia: ● Aglutinação indireta em látex (triagem) ● Imunofluorescência indireta (detecção de IgM para infecções congênitas) ● ELISA (IgM ou IgG) Anti-CMV IgM: surge até 2 semanas após quadro clínico. Detectáveis por 3 meses. Não ultrapassa a placenta, portanto a presença no bebê indica infecção congênita. IFI ou ELISA. Anti-CMV IgG: infecção passada ou recente. Recoleta após 15 dias indica viragem sorológica ou aumento de 4 vezes ou mais na convalescença. ELISA. Anti-CMV IgG avidez: no início da infecção os acs possuem baixa avidez, aumenta com o tempo progressivamente. Muito utilizado para saber quando foi que ocorreu a infecção, principalmente para grávidas. Reaçõe� d� Hipe�sensibilidad� � Imunologi� Clínic� da� Alergia�: Sistema Imune: Conjunto integrado de moléculas, células e órgãos que formam uma rede responsável pela coordenação de mecanismos envolvidos na defesa do hospedeiro. Funções: ● Reconhecimento de estruturas estranhas, com a manutenção da integridade do organismo. ● Habilidade de diferenciar o “self” do "non self". ● Doenças alérgicas e autoimunes, imunodeficiências e neoplasias. Hipersensibilidade: Distúrbios causados por respostas imunes. A imunidade é uma “sensibilidade”, quando um indivíduo é exposto a um antígeno e exibe uma reação detectável, ou torna-se sensível, a encontros subsequentes com esse antígeno. ● Resposta normal à antígenos estranhos: microrganismos não-infecciosos do ambiente ● Autoimunidade: Respostas autólogas, contra auto antígenos. Hipersensibilidade tipo 1: imediata, mediada por mastócitos e acs IgE (total ou específicas). Hipersensibilidade tipo 2: auto imunidade, mediada por anticorpos (ex: hipertireoidismo). Hipersensibilidade tipo 3: imunocomplexos, mediada por anticorpos (ex: lúpus). Complexos podem se depositar em vasos sanguíneos. Hipersensibilidade tipo 4: reações de linfócitos T, contra auto-Ags dos tecidos (ex: diabetes tipo 1). Hipe�sensibilidad� imediat� – Tip� I: Rápida reação vascular e do músculo liso, mediada por IgE e por mastócitos, geralmente seguida por inflamação que ocorre em alguns indivíduos expostos a Ags estranhos aos quais eles já tinham sido expostos. Alergias: → Herança genética poligênica. Quanto mais antígenos a criança tiver contato na infância, menos chance de desenvolver uma atopia quando adulto! TH1: contra microrganismos TH2: contra alérgenos e helmintos → Respostas imunológicas à antígenos ambientais não microbianos, que envolvem: ● Células T auxiliares (IL-4, IL-5, IL-13); ● IgE; ● Mastócitos; ● Eosinófilos. Alérgenos: antígenos que produzem resposta alérgena. → Reação pode envolver: ● Pele (urticária e eczema) ● Olhos (conjuntivite) ● Nasofaringe (rinorréia, rinite) ● Tecidos broncopulmonares (asma) ● Trato gastrointestinal (gastroenterite) → Normalmente leva 15-30 minutos para o período de exposição ao antígeno, embora às vezes possa ter início mais demorado (10-12 horas). Etapas: 1: Primeira exposição ao antígeno 2: IgE para o antígeno é produzida e guardada na memória 3: Exposição subsequente ao antígeno resulta em produção maciça de IgE que liga-se ao receptor Fc dos mastócitos 4: O antígeno liga-se ao IgE do mastócito, ativando-o 5: O mastócito ativado degranula, liberando histamina e outros compostos vasoativos. Produção de Acs IgE: Em indivíduos propensos a alergias, a exposição à alguns Ags, resulta na ativação de células Th2 e na produção de IgE. Resposta imediata: mediadores dos mastócitos causam rápido aumento da permeabilidade vascular e na contração do músculo liso (pode ocorrer em minutos após a reintrodução do Ag em um indivíduo pré-sensibilizado). Resposta tardia: liberação de citocinas, recrutando neutrófilos e eosinófilos ao local da reação (lesão tecidual). Mastócitos maduros: não são encontrados na circulação, migram para os tecidos periféricos como células imaturas e se diferenciam, em resposta aos sinais bioquímicos do microambiente local. Ficam em todo o corpo (próximo aos vasos sanguíneos). Segregam uma variedade de mediadores responsáveis pelas manifestações alérgicas, possuem substâncias armazenadas em grânulos e rapidamente liberadas após a ativação. Basófilos: granulócitos sanguíneos parecidos com mastócitos, podem ser recrutados em alguns locais com inflamação. Assim como os mastócitos, expressam Fc, ligam-se à IgE e podem ser ativados através da ligação do antígeno à IgE. Basófilos recrutados em locais onde o antígeno está podem contribuir para as reações de hipersensibilidade imediata. → Acs IgE produzidos em resposta a um alérgeno ligam-se a receptores Fc, expressos nos mastócitos. Esse processo de revestimento dos mastócitos com IgE é denominado “sensibilização”, porque os mastócitos revestidos por IgE estão prontos para ser ativados no encontro com o antígeno. → Quando os mastócitos sensibilizados por IgE são expostos ao alérgeno, as células são ativadas para secretar os seus mediadores. A ativação do mastócito resulta da ligação do alérgeno a dois ou mais Acs IgE no mastócito. Ativação dos mastócitos resulta em três tipos de resposta biológica: ● Secreção do conteúdo dos grânulos pré formados por exocitose (degranulação); ● Síntese e secreção dos mediadores lipídicos; ● Síntese e secreção de citocinas. Mediadores mais potentes: ● Aminas vasoativas (HISTAMINA) e proteases liberadas dos grânulos; ● Produtos do metabolismo do ácido araquidônico; ● Citocinas. Mediadores dos mastócitos e basófilos: aminas biogênicas e enzimas, citocinas e mediadores lipídicos. → Aminas biogênicas e mediadores lipídicos induzem derrame vascular, broncoconstrição, e hipermotilidade intestinal. → Citocinas e mediadores lipídicos contribuem para a inflamação, que faz parte da reação de fase tardia. Enzimas provavelmente contribuem para o dano tecidual Diagnóstico clínico: Manifestações alérgicas pela produção de acs IgE específicos para alérgenos do ambiente: proteínas de ácaros, alimentos, venenos de insetos, pólens e fungos. Primário: história clínica detalhada + exame físico. Confirmatório: presença de IgE específica contra alérgenos inalantes ou outros alérgenos envolvidos na história clínica. IgE total: → Determinado porELISA, nível varia com a idade. Indivíduos com concentrações séricas de IgE acima do limite frequentemente são portadores de doença alérgica mediada por IgE, como rinite alérgica, asma e dermatite atópica. OBS: Deficiência parcial ou total de IgA é bastante prevalente nos pacientes portadores de doenças atópicas! → Níveis elevados de IgE não são sinônimo de alergia. Necessários para indicação ou não de terapêutica com Acs monoclonais (omalizumabe). IgE específica: RAST = radioallergosorbent test. Determinado por imunoensaios enzimáticos e de fluorescência. Seleção dos alérgenos a serem solicitados deve se basear na história clínica e no exame do paciente. ImmunoCAP System: Acoplamento covalente do alérgeno à uma superfície fixa, que reage com a IgE específica da amostra de soro. MUITO sensível: detecta baixíssimas quantidades de Acs! Condições com indicação para testar RASTS: ● Doenças atópicas (rinite alérgica, asma, conjuntivite alérgica, dermatite atópica) ● Manifestações desencadeadas por IgE (anafilaxia por insetos, reações a alimentos ou medicamentos). Vantagens do in vitro: Pacientes que fazem uso de anti-histamínico, ou que estão em período pós-anafilaxia. Opções de avaliação de RASTS: ● Alérgenos isolados, individuais ● Pool de alérgenos ● Painéis de alérgenos Testes in vivo: ● Puntura (prick test) ● Puntura (prick to prick) ● Intradérmico ● De contato (patch test) ● Testes mucosos Puntura - Prick test: Teste cutâneo de leitura imediata considerado o principal método para confirmar sensibilização alérgica mediada por IgE. Pouco invasivo e boa reprodutibilidade. Como fazer: → Antissepsia com álcool 70% + secagem com algodão + uma gota de cada extrato a ser testado; → Perfura-se a gota com objeto pontiagudo (agulha, lanceta de plástico ou metal) → Controle positivo (histamina) + controle negativo (SF 0,9%), geralmente as 1ª e 2ª gotas. → 15-20 minutos: leitura é feita com régua em mm, pontuando em cruzes (0 a 4 cruzes). → Podem ser testados aeroalérgenos: Ácaros, fungos, insetos, pêlos de animais, penas, algodão, alimentos e látex, medicamentos, etc. Puntura - prick to prick: modalidade da puntura realizada com alimentos frescos, como frutas. Como fazer: → Agulha de insulina (hipodérmica) perfura algumas vezes o alimento e depois perfura a pele a ser testada sem provocar sangramento. Faz-se a leitura da mesma forma que o prick test. Intradérmico: Seringa com agulha hipodérmica, formando ângulo de 45º com a pele. Histamina / fosfato de codeína como controle positivo, injeta-se 0,01 - 0,05ml no braço/antebraço). Leitura em cruzes de 1 a 4. OBS: Não deve ser usado de rotina, inclusive para alérgenos com potencial maior de reações adversas (veneno de abelhas, marimbondos, camarão). Vantagem: apresenta reação com alérgenos de baixa concentração (50 a 100 vezes mais diluídos que os prick test). Desvantagem: maior número de falsos positivos: positividade nem sempre indica um verdadeiro caso de alergia. De contato: Bateria padrão de 30 substâncias em forma de pomada e líquidas, que são colocadas em câmaras de alumínio ou plástico fixadas em fita adesiva hipoalergênica e aplicadas no dorso, cerca de 2,5 cm da coluna vertebral. Resultado em cruzes de 0 a 3. OBS: Cosméticos podem ser utilizados em testes in natura, aplicados diretamente sobre a pele. Substâncias cáusticas e ácidas (potencial para lesões na pele) e aquelas com composição desconhecida, não devem ser utilizadas para teste. Testes mucosos: Oftálmico: Extrato alergênico é instilado no saco conjuntival. Solução milesimal de adrenalina é utilizada para controlar reações positivas. Nasal: Extratos alergênicos são introduzidos na mucosa nasal. Reação positiva por congestão, espirros e coriza. Análise da secreção evidência eosinófilos em casos positivos. Doença� Autoimune�: Hipe�sensibilidad� Tip� II → Normalmente Acs IgM e IgG que atacam Ags próprios, e commenos frequência Acs estranhos. → A produção de autoAcs resulta de uma falha de autotolerância! Mecanismo de lesão: Acs específicos de Ags celulares e teciduais podem depositar-se nos tecidos e causar lesões ao induzir uma inflamação local, ou podem interferir nas funções celulares normais. Autoimunidade: Acs contra autoAgs ou por células T reativas com Ags próprios. Rearranjo gênico: linfócitos com afinidade por ags próprios (autorreativos) têm que ser destruídos! Autotolerância: nosso sistema imune não ataca nossos tecidos! Fatores da autoimunidade: Herança de genes Estímulos ambientais interferem nas vias de autotolerância e levam à persistência de linfócitos T e B autorreativos; podem causar lesões nas células, tecidos, inflamações, ativar linfócitos autorreativos, gerando células T efetoras e autoAcs responsáveis pela doença auto imune. → Anticorpos que estimulam ou bloqueiam receptores! Pesquisa por anticorpos anti-receptores (específicos). Miastenia Gravis: Acs contra o receptor de Ach, bloqueiam sua função no nível da JNM→ Síndrome de fraqueza muscular! → Acs detectáveis em 85% das pessoas. → Diagnóstico e monitoramento terapêutico. Concentração de acs não tem relação com a gravidade!!! Diagnóstico: pesquisa de acs contra receptores de Ach por imunoprecipitação. Nova classe: anti-MuSK (estão em 50% dos casos que não apresentam acs contra o receptor de Ach). Doença de Graves: AutoAcs (anti-rTSH) estimulam os receptores de TSH, que acabam produzindo hormônios demais! Principal causa do hipertireoidismo. → Doença auto-imune de etiologia não esclarecida, multifatorial e com evidente predisposição genética. → Praticamente todos os doentes têm níveis séricos detectáveis de anti-rTSH. Ac anti-rTSH: sensibilidade 99%, especificidade 99% Diagnóstico: radioimunoensaios, ELISA, imunofluorescência, com diferentes padrões e valores de referência. Outros: exames de imagem. Achados laboratoriais: - TSH (diminuído); - T4 total/livre (elevado); - T3 total/livre (elevado); Tratamentos: Anticorpos monoclonais (Rituximab), agentes depletores de células B: 6-12 meses a depleção de células B já apresenta eficácia! Anemia perniciosa: Anemia macrocítica por deficiência de B12 secundária à deficiência de fator intrínseco. ● Ac anti-Fator Intrínseco (AFI) ● Ac anti-Célula Parietal (ACP) ACP: sensibilidade 80-90%, especificidade 90% AFI: sensibilidade 37-50%, especificidade 100% Diagnóstico: ELISA (anti-intrinsic factor ELISA IgG). Hipe�sensibilidad� Tip� III Acs contra Ags solúveis que formam imunocomplexos. Ex: Lúpus. Imunocomplexo: estrutura circulante Lúpus Eritematoso Sistêmico: 1º autoantiorpo. atinge órgãos diversos (dentre eles os rins) e de formas diversas em cada indivíduo. → Produção crônica de Acs IgG contra Ags próprios presentes em todas as células nucleadas: ampla cadeia de auto Ac contra constituintes celulares! → Atinge principalmente mulheres jovens! Afeta articulações, rins, coração e pele. Primeiros sintomas: febre, cansaço, anorexia, perda de peso (inespecíficos). Sintomas que aparecem depois: artralgias e mialgias, eritema em forma de borboleta na face. Exame: padrões de FAN (fatores antinúcleo) por IFI (imunofluorescência indireta). → Causa glomerulonefrite, devido a deposição de imunocomplexos no rim, espessamento da membrana dos vasos sanguíneos e proliferação celular, o que dificulta a filtração glomerular. → Pode também causar hematúria e proteinúria, e até insuficiência renal. Nestes casos pode ser feito transplante renal! Diagnóstico: exame físico, clínico e laboratoriais. Exame de urina, creatinina sanguínea e outros. Precisa de pelo menos 4 critérios para ser considerado Lúpus: ● Anti-DNA nativo ou Anti-SM ● Anemia hemolítica-leucopenia ● Anticorpos antinucleares ● Comprometimento renal → Pesquisa de auto-acs (acs antinúcleo - ANA) e padrões de FAN por IFI ou ELISA. ● Anti-dsDNA ● Anti-nucleossomo Padrão nuclear homogêneo (A), ;nuclear pontilhado grosso (B), centromérico (C), nucleolar (D), citoplasmático (E), misto citoplasmático pontilhado fino e nucleolar (F), fuso mitótico (G). Exames: Urinálise: Sangue,cilindros ou proteínas; Hemograma: Anemia com diminuição das contagens de leucócitos e plaquetas; Eletroforese de proteínas: Aumento da gamaglobulina VHS, PCR e FR aumentados, indicando inflamação! Crioglobulinas: reação de precipitação simples Exames da coagulação: auto Acs podem prejudicar a coagulação Exames não laboratoriais: radiológicos Hipe�sensibilidad� Tip� IV : Reações dos linfócitos T contra auto ags. Hipersensibilidade tardia. Mecanismos de lesão: Reação inflamatória lesiva mediada por citocinas que resultam da ativação de células T, principalmente TCD4+, ou por lise das células do hospedeiro pelas TCD8+. Diabetes mellitus tipo I: Uma célula T reconhece peptídeos de uma proteína específica de célula beta, matando a célula β. O glucagon e somatostatina são produzidos pelas células alfa e gama, porém não há produção de insulina sem a β. ● Acs anti-insulina ● Acs anti-ilhotas de Langerhans citoplasmático Acs anti-insulina (IAA): está em 50% dos pacientes. Detectada por radioimunoensaio para diagnóstico precoce e ELISA indireto pra dosar IgG. Acs anti-ilhotas de Langerhans citoplasmático (ICA): detectado por IGI (padrão ouro: IgG). Seu aparecimento no soro é indicação de destruição das células β pelas células T. → Uma D.M tipo 2 pode evoluir para uma tipo 1. Exames: glicemia de jejum, hemoglobina glicada (complementares a pesquisa de Acs). Artrite reumatóide: Doença crônica com inflamação da sinóvia, danifica cartilagem e causa erosão óssea! Causa dor crônica, perda da função e incapacitação. Artrose Artrite Cartilagem (-) produção de colágeno e proteoglicanos devido a envelhecimento Membrana sinovial Acs se depositam na membrana sinovial, por autoimunidade, gota, bactérias ou vírus Dor nas articulações, perda de função muscular Mãos, joelhos, quadril e coluna Dor nas articulações e inchaço, aumento de ºC Mãos, joelhos, pés, cotovelos e ombros Diagnóstico: clínico, laboratorial e exames de imagem. Fator reumatóide: Encontrado em pessoas com A.R, pode estar presente em outras doenças e pessoas saudáveis. Ac contra porção Fc dos IgG-Imunocomplexos. Teste de aglutinação. Anticorpo anti peptídeo citrulinado cíclico (CCP): ocorre nas fases iniciais da doença (80%). Muito importante se achado na fase inicial, tratamento precoce evita lesões severas! Pode estar presente em outras condições auto imunes (LES, hipertireoidismo) e infecções virais (hepatite C). *Citrulina: aminoácido não padrão. *Ciclização: melhor exposição de epítopos relevantes! PCR: proteína C reativa, avalia intensidade de qualquer inflamação no corpo, aumentada na artrite reumatóide e fica normal na osteoartrite. Classe de proteínas cuja concentração plasmática ↑ (proteínas de fase aguda positivas) ou ↓ (proteínas de fase aguda negativas) em resposta à inflamação. Hemograma: apresenta anemia ou leucopenia (8 em cada 10). Não dá diagnóstico! Tratamento: Anticorpos terapêuticos contra TNF-α. Esclerose múltipla: Doença neurológica, crônica e autoimune, células T atacam o próprio SNC, provocando lesões cerebrais e medulares. Destrói: proteína básica da mielina, proteína proteolipídica, glicoproteína mielina. → Atinge pacientes jovens, mulheres de 20 a 40 anos. Não tem cura!! Sintomas: fadiga intensa, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga. Diagnóstico: Clínico e ressonância magnética: sintomas e sinais, 2 ou + lesões cerebrais, doença cerebral ou da medula, 2 ou + episódios com sintomas de mais de 24hrs com 1 mês de intervalo. Exame de líquor: aumento de proteínas totais, dosa IgG e imunoglobulinas totais (fração gama), identifica natureza inflamatória e imunológica.