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Extincao das Obrigacoes 2

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Extinçã� da� Obrigaçõe� 2
→ Artigos 334 a 388, CC
Regras Especiais de Pagamento
Pagament� e� consignaçã�
→ A consignação libera o devedor do vínculo
obrigacional, isentando-o dos riscos e de eventual
obrigação de pagar os juros moratórios e a
cláusula penal (ou multa contratual). Em suma,
esse depósito afasta a eventual aplicação das
regras do inadimplemento, seja ele absoluto ou
relativo.
Art. 334, CC: “Considera-se pagamento, e
extingue a obrigação, o depósito judicial ou em
estabelecimento bancário da coisa devida, nos
casos e forma legais”.
Art. 539, CC: “Nos casos previstos em lei, poderá
o devedor ou terceiro requerer, com efeito de
pagamento, a consignação da quantia ou da
coisa devida”.
a) deposito judicial ou em estabelecimento
bancário
b) depósito deve ocorrer no local do
pagamento
c) cientificado, o autor tem o prazo de 10
dias para manifestar a recusa, sob pena
de liberação do devedor da obrigação
d) manifestada a recusa, o devedor deverá
promover a ação de consignação no prazo
de 30 dias
Cabimento do pagamento em consignação
● obrigações de dar (móveis e imóveis) e
obrigações pecuniárias
● hipóteses de cabimento: artigo 335 do CC
● defesas do credor: art. 544 do CPC
→ Julgado procedente o pedido, o juiz declarará
extinta a obrigação e condenará o réu ao
pagamento de custas e honorários advocatícios
(art. 546 do CPC/2015)
→ A insuficiência do depósito não conduz à
improcedência do pedido, mas à extinção parcial
da obrigação (Recurso Especial Repetitivo nº
1.108.058/DF);
Art. 330, CPC: [...] § 2º “Nas ações que tenham
por objeto a revisão de obrigação decorrente de
empréstimo, de financiamento ou de alienação de
bens, o autor terá de, sob pena de inépcia,
discriminar na petição inicial, dentre as
obrigações contratuais, aquelas que pretende
controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso
deverá continuar a ser pago no tempo e modo
contratados”.
Pagament� co� su�-rogaçã�
→ Substituição de uma coisa por outra, com os
mesmos ônus e atributos ou de uma pessoa por
outra, que terá os mesmos direitos e ações
daquela, hipótese em que se configura a
sub-rogação pessoal de que trata o Código Civil
no capítulo referente ao pagamento com
sub-rogação;
a) sub-rogação legal: art. 346 do CC (regra
especial de pagamento – ato unilateral);
b) sub-rogação convencional: art. 347 do CC
(pagamento indireto – negócio jurídico);
→ A sub-rogação transfere ao novo credor todos
os direitos, ações, privilégios e garantias do
primitivo, em relação à dívida, contra o devedor
principal e os fiadores (art. 349 do CC)
→ Na sub-rogação legal o sub-rogado pode
exercer os direitos e as ações do credor apenas
até à soma que tiver desembolsado para
desobrigar o devedor (art. 350 do CC (*também
na sub-rogação convencional, segundo doutrina
majoritária).
PAGAMENTO COM
SUB-ROGAÇÃO (246 -
351, cc)
CESSÃO DE CRÉDITO
(286 - 298, cc)
Regra especial de
pagamento ou forma
de pagamento
indireto, com
substituição do credor,
mantendo-se os
demais elementos
obrigacionais.
Forma de transmissão
de obrigações.
Não há necessidade
de notificação do
devedor, a não ser na
hipótese do art. 347, I,
do CC
Há necessidade de
notificação do devedor
para que o mesmo
saiba a quem
pagar.(art. 290, CC)
Caráter gratuito. Caráter gratuito e
oneroso.
Imputaçã� d� pagament�
Art. 352, CC: “A pessoa obrigada por dois ou
mais débitos da mesma natureza, a um só credor,
tem o direito de indicar a qual deles oferece
pagamento, se todos forem líquidos e vencidos”.
Imputaçã� lega�
→ Capital e juros: o pagamento será feito primeiro
nos juros vencidos e depois no capital (art. 354
do CC);
→ Dívidas líquidas e vencidas: imputação se fará
na mais antiga ou, se simultâneas, na mais
onerosa;
Pagamento Indireto
Daçã� e� pagament�
→ Forma de pagamento indireto em que há um
acordo privado de vontades entre os sujeitos da
relação obrigacional, pactuando-se a substituição
do objeto obrigacional por outro. Para tanto é
necessário o consentimento expresso do credor,
o que caracteriza o instituto como um negócio
jurídico bilateral.
Art. 356, CC: “O credor pode consentir em
receber prestação diversa da que lhe é devida”.
Art. 357, CC: “Determinado o preço da coisa dada
em pagamento, as relações entre as partes
regular-se-ão pelas normas do contrato de
compra e venda”.
→ Desse modo, de acordo com os ensinamentos
transcritos, a substituição pode ser de dinheiro
por bem móvel ou imóvel (datio rem pro pecuni),
de uma coisa por outra (datio rem pro re), de
dinheiro por título, de coisa por fato, entre outros,
desde que o seu conteúdo seja lícito, possível,
determinado ou determinável.
Novaçã�
→ Tratada entre os arts. 360 a 367 do CC, pode
ser conceituada como uma forma de pagamento
indireto em que ocorre a substituição de uma
obrigação anterior por uma obrigação nova,
diversa da primeira criada pelas partes. Seu
principal efeito é a extinção da dívida primitiva,
com todos os acessórios e garantias, sempre que
não houver estipulação em contrário (art. 364 do
CC).
Elementos
● a obrigação anterior (obrigação antiga ou
dívida novada)
● uma nova obrigação (dívida novadora)
● a intenção de novar (animus novandi)
Espécies de novação
a) novação objetiva ou real: o devedor contrai
com o credor nova dívida para extinguir a primeira
(art. 360, I, do CC);
b) novação subjetiva ou pessoal: ocorre a
substituição dos sujeitos da relação jurídica
obrigacional, criando-se uma nova obrigação,
com um novo vínculo entre as partes;
Novaçã� subjetiv�
Ativa: substituição do credor, criando uma nova
obrigação com o rompimento do vínculo primitivo
(art. 360, III, do CC)
Passiva: substituição do devedor que sucede ao
antigo, ficando este último quite com o credor
(art. 360, II, do CC).
● por expromissão: um terceiro assume a
dívida do devedor originário,
substituindo-a sem o consentimento deste
(art. 362 do CC);
● por delegação: ocorre quando a
substituição do devedor é feita com o
consentimento do devedor originário;
Súmula nº 286 do STJ: A renegociação de
contrato bancário ou a confissão da dívida não
impede a possibilidade de discussão sobre
eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
Compensaçã�
→ Ocorre a compensação quando duas ou mais
pessoas forem ao mesmo tempo credoras e
devedoras umas das outras, extinguindo-se as
obrigações até o ponto em que se encontrarem,
onde se equivalerem (art. 368 do CC).
Pressupostos:
● dívidas certas quanto à existência, e
determinadas quanto ao valor (líquidas)
● dívidas vencidas ou atuais
● dívidas constituídas por coisas
substituíveis (ou consumíveis, ou
fungíveis)
Compensação
● prazos de favor não obstam a
compensação (tu quoque)
● o fiador pode compensar sua dívida com a
de seu credor ao afiançado (art. 371 do
CC)
Não é cabível a compensação
a) se a dívida provier de esbulho, furto ou
roubo
b) se uma dívida se originar de comodato,
depósito ou alimentos (inclusive
honorários advocatícios)
c) se uma dívida for de coisa não suscetível
de penhora
Compensação quanto à origem
● legal
● convencional
● judicial
→ Plena, total ou extintiva (envolve a
totalidade de duas dívidas);
→ Compensação restrita, parcial ou propriamente
dita (envolve parte de uma dívida e a totalidade
de outra; uma dívida é extinta e a outra é
compensada);
Confusã�
→ Concurso em uma mesma pessoa das
qualidades de credor e devedor, por ato inter vivos
ou mortis causa, operando a extinção do crédito,
pois ninguém pode ser credor e devedor de si
mesmo. Esta é a acepção no direito das
obrigações, e que nos interessa no presente
momento, tratada entre os arts. 381 e 384 do CC
e que pode ser denominada confusão
obrigacional.
Art. 381, CC: “Extingue-se a obrigação, desde que
na mesma pessoa se confundam as qualidades
de credor e devedor”.
Remissã�
→ A remissão é o perdão de uma dívida,
constituindo um direito exclusivo do credor de
exonerar o devedor, estando tratada entre os arts.
385 a 388 do CC em vigor. Não se confunde com
remição, que, para o Direito Civil, significa resgate.Art. 385, CC: “A remissão da dívida, aceita pelo
devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo
de terceiro”.
a) total ou parcial
b) expressa ou tácita (ex. art. 386 do CC)
c) concedida a um dos codevedores extingue
a dívida na parte a ele correspondente,
não atingindo a solidariedade em relação
aos demais (art. 388 do CC)
Transação e Compromisso
→ Não são formas de pagamento indireto, mas
sim negócios jurídicos típicos (contratos) que
extinguem a obrigação de natureza patrimonial.
Transaçã�
→ Ocorre a transação quando, por um contrato,
as partes resolvem a extinção de uma obrigação
por meio de concessões mútuas ou recíprocas. E
isso ocorrerá desde que a obrigação tenha
conteúdo essencialmente patrimonial. O instituto
está tratado entre os arts. 840 a 850 do CC.
Compromiss� (arbitrage�)
→ No compromisso (ou arbitragem) as partes
pretendem resolver litígio envolvendo a obrigação
mediante a nomeação de um ou mais árbitros de
confiança das partes. A matéria tem natureza
mista, de Direito Civil e Direito Processual Civil, e
está regulamentada pelos arts. 851 a 853 da
atual codificação e pela Lei 9.307/1996
Extinção Sem Pagamento
→ Em algumas situações a obrigação pode não
ser cumprida, sem que isso gere qualquer
consequência ao devedor. Mesmo havendo o
inadimplemento, não terá o credor direito de
cobrar a dívida. Em casos tais, ocorrerá a
extinção da obrigação sem o pagamento.
● Prescrição
● Impossibilidade da prestação sem culpa
do devedor
● Advento de condição resolutiva ou termo
extintivo
SUB-
ROGAÇÃO
Regra
especial de
pagamento
Indireto.
Substituição
do credor por
um terceiro
que paga a
dívida. Não
cria nova
obrigação.
DAÇÃO EM
PAGAMENTO
Forma de
pagamento
indireto.
Entrega de
uma coisa
móvel ou
imóvel como
pagamento.
Não cria nova
obrigação.
NOVAÇÃO Forma de
pagamento
indireto.
Cria nova
obrigação
pela
substituição
do objeto, do
credor ou do
devedor.
CESSÃO DE
CRÉDITO
Forma de
transmissão
das
obrigações.
Transmissão
da condição
de credor,
gratuita ou
onerosa. O
devedor não
precisa
concordar,
mas deve ser
notificado.
ASSUNÇÃO
DE DÍVIDA
Forma de
transmissão
das
obrigações.
Transmissão
da condição
de devedor, a
qual deve
concordar o
credor. Forma
gratuita ou
onerosa.

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