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Pós graduação em Fitoterapia e Prescrição de Fitoterápicos Fernanda Vanessa de Sousa Favareto Farmacognosia Pura I – Heterosídeos Cianogenéticos 1. Baseado nos fatos acima, imagine que você é o profissional da área. Que antídoto você poderia aplicar nessa situação? Como você caracterizaria a intoxicação da criança pela mandioca-brava? Defina qual a dose letal de HCN para o ser humano. A criança apresentou intoxicação por linamarina (2-β-D-glucopyranosyloxy-2- methylpropanenitrile), provavelmente, pela ingestão da massa de mandioca brava. Isso ocorreu devido à hidrolização do glicosídeo cianogenético por meio da enzima endógena linamarase (β-glicosidase), que formou o ácido cianídrico (HCN). Esse composto é tóxico e sua letalidade depende de fatores como: dose, tempo até o atendimento médico, estado de saúde e peso corporal. Estudos demonstram que a ingestão de 0,5 a 3,5 mg/kg pode ser letal para humanos. Após a constatação da ingestão de mandioca brava ou o início dos sintomas, o paciente deve ser levado rapidamente ao hospital para que a desintoxicação seja realizada. Os profissionais de saúde responsáveis pelo caso podem indicar a indução do vômito a fim de eliminar a substância; a administração de carvão ativado para absorver a substância no conteúdo estomacal; a administração de enxofre com formação de tiocianato, menos tóxico e eliminado por via renal em cerca de 2,5 dias; e a administração de antídoto como o nitrito de amila, o nitrito de sódio ou o tiossulfato de sódio para a neutralização do cianeto. O atendimento rápido e de qualidade é essencial para a evolução positiva do caso. REFERÊNCIAS MODESTO JÚNIOR, Moisés de Souza; ALVES, Raimundo Nonato Brabo. Cultura da mandioca: apostila. Embrapa Amazônia Oriental, 2014. DA SILVA, Maria Tamires et al. Os riscos de intoxicação por ácido cianídrico provenientes do consumo de mandioca. Encontro de Extensão, Docência e Iniciação Científica (EEDIC), v. 7, 2020. JUFFO, Gregory D. et al. Intoxicação espontânea por Sorghum sudanense em bovinos leiteiros no Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 32, p. 217-220, 2012.
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