Buscar

TRABALHO ANTINUTRIENTES E MICOTOXINAS


Continue navegando


Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE REVISÃO DA SEGUNDA ETAPA SOBRE FATORES 
ANTINUTRICIONAIS E MICOTOXINAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriele Almeida Moraes1 
Pedro Silva de Oliveira2 
Nutrição Animal3 
 
1 Acadêmica do curso de Medicina Veterinária na Fundação Presidente Antônio Carlos 
2 Professor do curso de Medicina Veterinária na Fundação Presidente Antônio Carlos 3 
Matéria referente 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A nutrição animal é um aspecto fundamental para garantir o crescimento, 
desenvolvimento e saúde dos animais. No entanto, a presença de fatores antinutricionais e 
micotoxinas em alimentos para ruminantes e monogástricos pode afetar significativamente a 
saúde e o desempenho dos animais. Fatores antinutricionais são compostos presentes nos 
alimentos que podem interferir na digestibilidade, absorção e utilização de nutrientes pelos 
animais, enquanto as micotoxinas são substâncias produzidas por fungos que podem causar 
intoxicações em animais que consomem alimentos contaminados. 
Nesse contexto, é essencial conhecer os diferentes tipos de fatores antinutricionais e 
micotoxinas presentes nos alimentos para animais, bem como seus efeitos no organismo dos 
animais, para evitar prejuízos na saúde e no desempenho desses animais. Diante disso, o 
objetivo deste trabalho é revisar os principais fatores antinutricionais, tais como ácido 
cianídrico, fitato, gossipol, inibidores de proteases, lectina, mimosinas, polímeros fenólicos e 
saponinas, e discutir as principais micotoxinas de importância na medicina veterinária e as 
respectivas consequências das micotoxicoses. 
Essa revisão visa fornecer informações importantes sobre os fatores antinutricionais e 
micotoxinas presentes em alimentos, a fim de promover a saúde e o bem-estar e garantir uma 
produção animal segura e de qualidade. 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
2.1 Fatores antinutricionais 
Os fatores antinutricionais são substâncias presentes em alimentos para ruminantes e 
monogástricos que podem interferir na digestibilidade, absorção e utilização de nutrientes pelos 
animais. (Jayasena & Jo, 2013). Muitos fatores antinutricionais são produzidos pelas plantas 
como uma forma de defesa contra predadores (Nicácio et al., 2015) 
De acordo com Jayasena e Jo (2013), esses fatores podem reduzir ou impedir totalmente 
a utilização de elementos nutritivos no nível digestivo e metabólico. Em geral, os fatores 
antinutricionais são metabólitos secundários produzidos por plantas, como terpenoides, fenóis, 
compostos nitrogenados e alcaloides (Demirtaş et al., 2018). 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Embora essas substâncias sejam frequentemente associadas a efeitos adversos no trato 
gastrointestinal dos animais, é importante lembrar que elas também podem apresentar efeitos 
benéficos. Portanto, a caracterização e a compreensão desses compostos são essenciais para 
uma nutrição animal adequada e eficiente (Nicácio et al., 2015) 
 
2.1.1 Ácido Cianídrico 
Existem mais de 2.000 espécies de plantas cianogênicas que têm a capacidade de 
produzir ácido cianídrico (HCN), distribuídas em 250 gêneros e 80 famílias, e também presentes 
em animais, fungos e bactérias (Galindo et al., 2017; Stangarlin et al., 2011). A exposição ao 
HCN pode ser fatal para seres humanos e animais, pois o composto inibe a atividade de 
metaloenzimas essenciais para o transporte de elétrons respiratórios (Gleadow & Møller, 2014). 
O HCN é liberado pela hidrólise de glicosídeos cianogênicos, que são metabólitos secundários 
das plantas que têm a função de defesa contra herbívoros e fitopatógenos (Galindo et al., 2017). 
Entre os glicosídeos cianogênicos encontrados em alimentos, estão a amigdalina em frutos da 
família Rosaceae, linamarina e lotaustralina em mandioca e linhaça e durrina em grãos jovens 
de sorgo (Benevides et al., 2011; Stangarlin et al., 2011). A liberação do HCN ocorre pela 
hidrólise de carboidratos por enzimas hidrolíticas da planta e a concentração de compostos 
cianogênicos varia em diferentes partes da planta (Benevides et al., 2011). Segundo Galindo et 
al. (2017), o HCN é rapidamente absorvido pelo trato digestivo e distribuído pelo corpo através 
da corrente sanguínea após o consumo. Os ruminantes são mais suscetíveis à intoxicação do 
que os animais não-ruminantes devido ao pH baixo do estômago dos monogástricos, o qual 
interrompe a hidrólise dos glicosídeos cianogênicos. A liberação de HCN nos ruminantes 
depende das condições do rúmen e da proporção de microrganismos envolvidos na digestão, 
hidrólise e detoxificação. Pelo menos 30 cepas de bactérias ruminais são capazes de hidrolisar 
os glicosídeos cianogênicos, sendo que as maiores taxas de produção de HCN foram observadas 
em bovinos em jejum por 24 horas e em pH ruminal entre 5 e 6, o qual é favorecido por uma 
dieta composta por forragem de alta qualidade. 
2.1.2 Fitato 
O ácido fítico é um composto presente em vegetais que possui baixa disponibilidade 
para monogástricos e não ruminantes. No entanto, as bactérias do rúmen produzem a enzima 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
fitase, que é capaz de hidrolisar o fitato, liberando o fósforo e tornando-o disponível para os 
animais (Nicácio et al., 2015) 
O fitato é um composto natural presente nos vegetais e é responsável pelo 
armazenamento de nutrientes (Stech et al., 2010). No entanto, sua capacidade de formar íons 
divalentes em complexos solúveis resistentes a digestão do TGI, como o magnésio e o cálcio, 
diminui a disponibilidade desses minerais (Kumar et al., 2012; Snow et al., 2004). Além disso, 
o fitato pode interagir com resíduos básicos das proteínas, inibindo a digestão de enzimas como 
pepsina, pancreatina e α-amilase (Silva & Silva, 1999). Embora o fitato possa prejudicar a 
absorção de minerais, ele também pode se ligar a eles e oferecer benefícios à saúde humana, 
como na prevenção de câncer e cálculos renais (Silva & Silva, 1999). 
O fitato é encontrado em maiores quantidades em oleaginosas do que em cereais e 
leguminosas, mas seu consumo é geralmente menor devido ao preço desses alimentos. A soja 
concentrada, em particular, possui alto teor de fitato e é consumida cada vez mais (Stech et al., 
2010). A molécula de fitato tem carga negativa devido aos inúmeros grupamentos fosfato que 
possui e é capaz de se ligar a minerais com valência positiva, como cálcio, ferro, zinco e 
magnésio. Isso pode afetar a absorção desses minerais e reduzir a digestibilidade de proteínas e 
aminoácidos em até 10% (Silva & Silva, 1999). 
 
2.1.3 Gossipol 
 O pigmento fenólico amarelado conhecido como gossipol é produzido pelas glândulas 
de pigmento do algodão encontrado nas raízes, partes aéreas e sementes. De acordo com 
Gadelha et al. (2011), existem pelo menos outros quinze compostos fenólicos produzidos pelas 
glândulas de pigmento, mas eles são de pouca importância toxicológica em comparação com o 
gossipol. Esse pigmento pode estar presente nas sementes do algodão em duas formas: livre e 
conjugada. A forma livre é a mais tóxica, enquanto a conjugada é considerada fisiologicamente 
inativa (Prado et al., 1995). 
O gossipol livre pode se ligar aos grupos amino da lisina e arginina e ao grupo tiol da 
cisteína. A forma conjugada, chamada lisinagossipol, é desenvolvida durante a produção do 
farelo de algodão, onde o gossipol livre se liga a proteínas e aminoácidos essenciais, como a 
lisina, e desenvolve um complexo indigestível que diminui a digestibilidade da proteína 
(Gadelha et al., 2011). 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
O consumo de gossipol livre pode resultar em sérios problemas de saúde emanimais, 
como perda de apetite, edema pulmonar e fígado hipertrofiado, necrose muscular cardíaca e 
problemas reprodutivos, podendo, em alguns casos, levar à morte (Lima Júnior et al., 2010). A 
intensidade do efeito tóxico varia de acordo com o nível e o período de consumo, a idade do 
animal e as condições de estresse do animal. No entanto, o consumo de alimentos com gossipol 
raramente resulta em aspectos patológicos devido à capacidade de ligação do gossipol com as 
proteínas solúveis do rúmen (Lima Júnior et al., 2010). 
O farelo de algodão é um subproduto do algodão, utilizado na alimentação animal como 
uma importante fonte de suplemento proteico e é rico em proteínas de boa qualidade (Gadelha 
et al., 2011). O gossipol é tóxico para espécies ruminantes e não ruminantes, quando ingerido 
em altas concentrações, e a intoxicação natural por este pigmento ocorre tipicamente por meio 
de ingestão prolongada (Gadelha et al., 2011). A toxicidade do gossipol é muito maior em 
espécies não ruminantes, como suínos e aves, e pré-ruminantes, que podem apresentar redução 
na capacidade de carregamento de oxigênio no sangue, resultando em respirações curtas e 
edema pulmonar (Gadelha et al., 2011). 
 
2.1.4 Inibidores de proteases 
 As proteases possuem diversas funções reguladoras complexas e são fundamentais para 
funções metabólicas e regulatórias em todos os tipos de organismos vivos (Stangarlin et al., 
2011). Entre os inibidores encontrados em alimentos de origem vegetal, destacam-se os 
inibidores de enzimas proteolíticas (tripsina e quimotripsina) e amilolíticas (α-amilase), que são 
produzidas pelo pâncreas. Esses componentes têm a capacidade de inibir as enzimas tripsina e 
quimotripsina, que são responsáveis pelos mecanismos de proteínas (Benevides et al., 2011). 
Em microrganismos, as proteases desempenham papéis importantes em processos 
fisiológicos, tais como turnover de proteínas, esporulação e germinação de esporos, 
transformação enzimática, nutrição e regulação da expressão gênica. Já os inibidores de 
proteases são proteínas produzidas e armazenadas em sementes e tubérculos, com a finalidade 
de proteger a planta contra a predação (Stangarlin et al., 2011). 
Na soja, os inibidores de tripsina e lecitinas são conhecidos como Aglutinina de Soja 
(SBA). A SBA presente na soja in natura é resistente às enzimas digestivas do trato 
gastrointestinal (GI) e tem a capacidade de se ligar ao epitélio intestinal, afetando as vilosidades 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
e prejudicando a digestão, absorção e utilização de nutrientes. Além de impedir a utilização 
completa de suas proteínas pelo organismo dos monogástricos, gerado na paralisação da ação 
da tripina responsável pelo mecanismo das proteínas. A presença desses inibidores no trato 
intestinal de monogástricos pode levar ao aumento na produção de enzimas pelo pâncreas e à 
hipertrofia desse órgão, bem como à diminuição da digestibilidade da proteína em peixes 
(Benevides et al., 2011). Como as lecitinas, os inibidores de proteínas também têm a função de 
impedir que a semente da planta, que contém seu embrião, seja consumida. Dessa forma, ao 
inibir a digestão da semente pelo predador, a planta aumenta suas chances de sobrevivência. No 
entanto, quanto maior a ingestão de inibidores de protease, menor será a digestibilidade, a 
absorção e, consequentemente, o aproveitamento das proteínas ingeridas (Benevides et al., 
2011; Prado et al., 1989) Estes anti-nutrientes apresentam especificidade de inibir as enzimas 
proteolíticas e, consequentemente, reduzem a digestão proteica de alimentos, proporcionando 
diminuição no ganho de peso e crescimento dos animais (Benevides et al., 2011; Prado et al., 
1989a; Prado et al., 1989b; Prado et al., 1988; Prado & Von Tiesenhauser, 1987). 
 
2.1.5 Lectina 
 As lecitinas são capazes de consumir certos tipos de açúcares encontrados nas 
membranas celulares de vários tipos de tecidos, tanto em humanos quanto em outros animais. 
Elas são classificadas como proteínas ou glicoproteínas de origem não imunológica que têm a 
capacidade de formar ligações reversíveis com cadeia de sacarídeos (Benevides et al., 2011). 
As lecitinas são abundantes nos vegetais, especialmente nas sementes, mas também 
podem ser encontradas em menor quantidade em outras partes, como raízes, folhas, caules e 
rizomas. Além disso, elas podem ser produzidas por outros seres vivos, incluindo animais e 
seres humanos (Benevides et al., 2011). Acredita-se que as lecitinas têm funções regulatórias 
importantes para as plantas, como a proteção contra bactérias, fungos, nematódeos e insetos, o 
que pode ser tóxico para esses organismos. 
As lecitinas estão presentes em praticamente todos os vegetais, sendo mais concentradas 
em cereais e leguminosas. Entre as lecitinas mais estudadas estão as fito-hemaglutininas (PHA) 
e a aglutinina do gérmen de trigo (WGA). Os feijões são a principal fonte de PHA, enquanto o 
trigo é rico em WGA, especialmente em seu grão (Stech et al., 2010). 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Apesar de ingerirmos lecitinas diariamente em diversos alimentos, é importante ressaltar 
que os efeitos tóxicos só são observados quando os alimentos ricos nesses componentes são 
consumidos crus ou mal cozidos, e nem sempre causam toxicidade. Portanto, é fundamental 
que as leguminosas e os cereais sejam bem cozidos para que se tornem comestíveis e seguros 
para consumo, tanto em humanos quanto em animais (Benevides et al., 2011). 
 
2.1.6 Mimosinas 
 A mimosina é um aminoácido que apresenta efeitos tóxicos para animais ruminantes e 
monogástricos, mas é degradado a 3,4 dihidroxipiridona por bactérias ruminais e do ceco do 
coelho (Dominguez-Bello & Stewart, 1990; Scapinello et al., 2003). A leucena (Leucaena 
leucocephala) é uma leguminosa arbórea/arbustiva utilizada como opção às leguminosas 
herbáceas (Ramos et al., 1997; Salviano, 1983). Embora altamente nutritiva, palatável e de boa 
digestibilidade, seu uso na alimentação animal é limitado devido à presença de mimosina 
(Gupta & Atreja, 1998; Rincón et al., 1998; Scapinello et al., 2003). A mimosina apresenta 
efeitos tóxicos, como alopecia, catarata, atrofia de gengiva, ulcerações da língua e esôfago, 
bócio, infertilidade e menor ganho de peso em ruminantes e não ruminantes. Almeida et al. 
(2006) avaliaram o efeito tóxico de L. leucocephala em ovinos. Dois adultos e seis cordeiros 
foram submetidos a sete tratamentos com a planta. Observou-se que os cordeiros de 4-5 meses 
se mostraram sensíveis à toxicidade da L. leucocephala, apresentando queda de lã acentuada 
cerca de seis dias após o início do consumo, mas ganharam peso durante o experimento. As 
ovelhas adultas não apresentaram sinais clínicos de intoxicação e também ganharam peso no 
decorrer do experimento. A idade dos ovinos sugere que os adultos possuem certa resistência e 
os jovens são mais suscetíveis à intoxicação por L. leucocephala. A adição de 1% de ração na 
dieta não interferiu nos efeitos tóxicos da planta em cordeiros de 4-5 meses. 
 
2.1.7 Polímeros fenólicos 
Os compostos fenólicos desempenham um papel fundamental no crescimento e 
reprodução das plantas, sendo produzidos como resposta a condições de estresse, como 
tolerantes, lesões e radiações UV (Naczk & Shahidi, 2004; Angelo & Jorge, 2007). Eles são 
definidos quimicamente como substâncias que possuem anel aromático com um ou mais 
substituintes hidroxilados, incluindo seus grupos funcionais (Lee et al., 2005), e apresentam 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
variável estrutural, o que lhes confere multifuncionalidade. Existem cerca de cinco mil 
compostos fenólicos diferentes, entre eles os flavonoides, fenóis simples, cumarinas, taninos, 
ligninas e tocoferóis (Naczk & Shahidi, 2004; Angelo &Jorge, 2007). 
A propriedade antimicrobiana dos compostos fenólicos está relacionada à sua 
capacidade de regular o metabolismo intermediário, ativando ou bloqueando reações 
enzimáticas, afetando diretamente a síntese enzimática em nível nuclear ou ribossomal, ou 
mesmo alterando a estrutura de membranas de microrganismos (Singh et al., 2010), o que 
impede seu crescimento ou multiplicação. Na química orgânica, os compostos fenólicos são 
uma classe de compostos químicos que consistem em um grupo hidroxilo ligado diretamente a 
um grupo hidrocarboneto aromático. O mais simples é a classe do fenol, também conhecido 
como ácido carbólico. Os compostos fenólicos são classificados como fenóis simples ou 
polifenóis, dependendo do número de unidades de fenol na molécula (Mueller-Harvey, 2006). 
Os compostos fenólicos são amplamente conhecidos por suas propriedades fungitóxicas, 
antibacterianas e antivirais (Shahidi & Ambigaipalan, 2015), e seu efeito inibitório na 
germinação de esporos, crescimento micelial e produção/atividade de enzimas microbianas 
varia entre os diferentes grupos de fenóis. Portanto, os compostos fenólicos estão envolvidos 
nos processos bioquímicos e de resistência das plantas (Stangarlin et al., 2011). As substâncias 
fenólicas são amplamente distribuídas nos tecidos vegetais e são importantes na alimentação 
humana. Os resíduos fenólicos, cumarinas e flavonoides pertencem a uma classe de metabólitos 
secundários que são amplamente distribuídos em plantas (Pansera et al., 2003; Santos et al., 
2011b; Silva & Silva, 1999). 
Embora por muito tempo tenha sido considerado que os compostos fenólicos são tóxicos 
ou prejudiciais ao desempenho dos animais de produção (Makkar, 2003; Mueller-Harvey, 
2006), hoje reconhece-se que esses compostos podem ter efeitos protetores ou adversos, 
dependendo de sua concentração, natureza e das particularidades de cada animal (Goel & 
Makkar, 2012; Aerts et al., 1999). 
O efeito potencialmente negativo, neutro ou químico de uma substância dependerá de 
sua estrutura química, da espécie vegetal da qualidade dela provém, da quantidade ingerida e 
das características do animal que a consome (Makkar, 2003; Mueller-Harvey, 2006). 
Os polímeros solúveis em água que precipitam proteínas, apresentam sabor amargo e 
adstringente, e possuem a capacidade de inibir enzimas e formar complexos com carboidratos 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
e outros polímeros não proteicos, são conhecidos por compostos fenólicos. Esses compostos 
são divididos em três grupos: absorção de fenólicos, flavonoides e taninos (Walker, 1999), 
sendo o último grupo o que mais afeta a digestibilidade e a palatabilidade das dietas. 
 
2.1.8 Saponinas 
As saponinas são compostas glicosiladas de grande variedade estrutural amplamente 
distribuídas nas plantas e podem ser classificadas em três grupos, dependendo da estrutura da 
aglicona: triterpenoides, esteróides e glicoalcalóides (Stangarlin et al., 2011). São produzidos 
principalmente em plantas como alfafa, soja, leucena, trevo, quilaia e mandioca, e também em 
menor quantidade em animais marinhos, como pepino do mar e estrela do mar (Das et al., 2012). 
Sua estrutura tem um caráter anfifílico, com uma parte lipofílica (triterpeno ou esteróide) e outra 
hidrofílica (açúcares) (Das et al., 2012; Goel & Makkar, 2012). 
As saponinas são derivadas do metabolismo secundário das plantas e atuam como 
defesa, sendo encontradas em tecidos mais originados ao ataque fúngico, bacteriano ou 
predatório dos insetos, existiam como parte do sistema de defesa das plantas, sendo 
consideradas como "fitoprotetoras" (Monteiro et al., 2005; Patra & Saxena, 2010; Silva & Silva, 
1999). A palavra "saponina" vem do latim 'sapo', que significa sabão, e tradicionalmente plantas 
que continham saponinas eram usadas para limpeza (Das et al., 2012). 
Elas possuem uma variedade de agentes hipocolesterolêmicos, e tornaram-se muito 
populares devido às suas atividades de redução do colesterol. Estes glicósidos triterpenoides e 
esteróides estão amplamente distribuídos na natureza e apresentam propriedades anti-
carinogênicas, anti-inflamatórias e antioxidantes. Além disso, devido às suas características 
surfactantes, estas saponinas podem reduzir a tensão superficial em torno das membranas 
celulares, contribuindo para a absorção de nutrientes (Afrose et al., 2011). Elas também têm 
múltiplas aplicações em diversos setores, incluindo a indústria fotográfica, cosmética, 
alimentícia e farmacêutica (Monteiro et al., 2005; Patra & Saxena, 2010; Silva & Silva, 1999). 
Estas saponinas são as principais fontes de aditivos em rações, tendo como objetivos a 
melhoria do desempenho e a redução da produção de amônia e odor de fezes. Embora não seja 
completamente conhecido, o mecanismo de ação envolve alterações na microbiota intestinal, 
atuação no metabolismo de nitrogênio, aumento da permeabilidade de células da mucosa 
intestinal e taxa de absorção intestinal (Monteiro et al., 2005; Patra & Saxena, 2010; Silva & 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Silva, 1999). Gee et al. (1997) relataram que as saponinas alteram a absorção intestinal, o que 
pode trazer consequências negativas, uma vez que substâncias presentes nas dietas normalmente 
não absorvidas podem aumentar o risco de sensibilização por antígenos. Além disso, possuem 
atividade surfactante e antiprotozoária, formando complexos com o colesterol das membranas 
celulares causando lise celular (Monteiro et al., 2005; Patra & Saxena, 2010; Silva & Silva, 
1999). O uso de saponinas na dieta nos últimos dias de gestação e lactação de porcas resultou 
em melhor escore corporal no final da lactação, leitegadas mais pesadas ao nascer e ao desmame 
e fezes 11% mais duras (Monteiro et al., 2005; Patra & Saxena, 2010; Silva & Silva, 1999). 
Santos et al. (2011a) também testaram a inclusão de Yucca schidigera em gatos e não foram 
observados efeitos adversos na saúde e na digestibilidade. Estas saponinas também estão sendo 
pesquisadas para cães, aves, ruminantes e equinos com os principais benefícios sendo 
adiminuição do odor das excretas, redução da prevalência de artrite e melhoria no desempenho 
dos animais. Além disso, inibem o crescimento in vitro de Escherichia coli (Arabski et al., 
2012). No caso específico de suínos, as saponinas reduzem a mortalidade pré e pós-natal, 
melhoram as respostas imunológicas dos leitões quando fornecidas na dieta de porcas gestantes 
e lactantes (Hauptli & Lovatto, 2006). 
Su et al. (2016) também avaliaram os efeitos do extrato de yucca na eficiência alimentar, 
função imune e antioxidativa. Dietas adicionando 100 e 200 mg/kg de extrato de yucca 
aumentaram os níveis médios de ganho de peso corporal, eficiência alimentar, IgG, IgM, T-
AOC, CAT e SOD, além de terem efeitos positivos na indução da maturação dos órgãos 
imunológicos. Por sua vez, Alagawany et al. (2016) em seu trabalho com galinhas poedeiras, 
avaliaram o efeito do extrato de Yucca schidigera sobre o desempenho produtivo, qualidade do 
ovo, metabolitos sanguíneos, função imune e parâmetros antioxidantes, e constataram que a 
suplementação até 100 mg / kg de extrato de Yucca pode ser utilizada como aditivo alimentar 
efetivo para melhorar o desempenho produtivo, perfil sanguíneo e atividades enzimáticas 
antioxidantes nas galinhas poedeiras. Por fim, Canul-Solis et al. (2014), ao avaliar a 
suplementação com Yucca schidigera em dietas a base de Pennisetum purpureum sobre ingestão 
voluntária, fermentação ruminal e produção de metano (CH4) em ovinos, notaram que a 
suplementação de até 6 g por dia de saponinas da Yucca schidigera para ovinos alimentados 
com pastagem de Pennisetum purpureum não tem efeito sobre a produção de metano ruminal 
devido à ausência de efeito na ingestão e digestibilidade dos nutrientes na dieta, e os padrõesde 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
fermentação no rúmen. No entanto, os efeitos adversos das saponinas são diminuição do 
crescimento, consumo e produção de ovos, redução da motilidade intestinal e da digestibilidade 
da proteína, sabor adstringente e irritante. 
 
2.2 Micotoxinas 
As micotoxinas são produtos naturais encontrados em grãos de cereais e outros 
subprodutos usados como matéria-prima na fabricação de rações. Estas toxinas podem ser 
influenciadas por fatores ambientais, localização geográfica e métodos de produção e 
armazenagem dos grãos. Sua estabilidade química permite que, mesmo após a remoção dos 
fungos na industrialização, elas ainda possam permanecer no alimento (OLIVEIRA, 2014; 
GONÇALVES; SANTANA; PELEGRINI, 2017; GUTERRES et al., 2017; SILVA, 2019). A 
maioria dos fungos produtores de micotoxinas são aeróbicos, ou seja, desenvolvem-se em 
atmosferas com baixos níveis de oxigênio (0,1% a 0,2%), umidade entre 70% e 90% e 
temperaturas de 25 a 30°C. Por isso, é mais comum encontrar essas toxinas em alimentos de 
regiões tropicais e semitropicais, onde o clima e a umidade relativa do ar favorecem o seu 
desenvolvimento (CRUZ, 2010; OLIVEIRA, 2014). Mais de 300 micotoxinas são reconhecidas 
(Diaz, 2005), produzidas por aproximadamente uma centena de fungos. Estas podem ser 
divididas em três grupos principais: as aflatoxinas são produzidas por fungos do gênero 
Aspergillus; as ocratoxinas, que são produzidas por algumas espécies dos gêneros Aspergillus 
e Penicillium; e as fusariotoxinas, representadas principalmente pela fumonisina, zearalenona e 
os tricotecenos, produzidas por diversas espécies do gênero Fusarium (Diaz, 2005). No Brasil, 
ainda há uma carência de normas instituídas para o controle de intoxicações por micotoxinas. 
Além disso, a população economicamente menos favorecida ainda não está totalmente 
consciente da qualidade das rações comerciais, o que leva a preferência por aquisição de 
produtos de baixa qualidade e procedência duvidosa (CRUZ, 2010; GUTERRES et al., 2017). 
Os efeitos da ingestão variam de acordo com a quantidade ingerida, tempo de exposição e 
características ligadas a cada um dos componentes, que podem agravar o quadro clínico devido 
a interações sinérgicas (CRUZ, 2010; GONÇALVES; SANTANA; PELEGRINI, 2017; 
GUTERRES et al. 2017; SILVA, 2019). 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
2.2.1 Aflatoxinas 
Uma aflatoxina é um grupo de toxinas produzidas por fungos do gênero Aspergillus, 
principalmente A. flavus e A. parasiticus. Estas toxinas são altamente cancerígenas e podem 
contaminar alimentos e produtos de origem animal. As aflatoxinas são consideradas o agente 
tóxico natural mais conhecido, com potenciais efeitos adversos graves para a saúde humana e 
animal (Castro et al., 2015). As aflatoxinas são conhecidas por serem substâncias tóxicas, 
mutagênicas, teratogênicas e carcinogênicas, sendo apontadas como agentes causadores de 
câncer hepático e outros tipos de câncer em humanos (Jager et al., 2011). A formação das 
aflatoxinas pode ocorrer na maioria dos substratos utilizados na alimentação humana e animal, 
principalmente o milho e amendoim, mas também trigo, sementes de algodão, arroz, entre 
outros. A toxicidade das aflatoxinas está relacionada com a sua biotransformação pelo 
organismo tornando-as mais hidrofílicas a fim de que sejam excretadas facilmente. Assim, a 
AFB1 é considerada um pró-carcinógeno que requer uma ativação metabólica para manifestar 
seus efeitos tóxicos (Rawal, 2010). 
Leeson et al. (1995) mencionaram que os efeitos tóxicos da aflatoxina são variáveis entre 
as espécies animais. Variações também podem ser observadas dentro da mesma espécie, 
dependendo da idade, sexo, raça e composição da dieta. Normalmente, a sensibilidade da dieta 
é muito maior nos animais jovens. 
Uma intoxicação crônica por Aflatoxinas pode ocasionar danos ao fígado e redução do 
consumo da matéria seca, além de dores abdominais, cólica e diarreia (Pierezan et al., 2010; 
Vedovatto et al., 2020). A intoxicação aguda por AFB1 caracteriza-se pela rápida deterioração 
do estado geral do animal, perda de apetite, hepatite aguda, icterícia, hemorragias e morte. O 
fígado apresenta lesões decorrentes de necrose hemorrágica, congestão centrolobular, 
proliferação das células dos ductos biliares e infiltração gordurosa dos hepatócitos (LEESON, 
1995; OSWEILER 1990). 
Em aves, a absorção da aflatoxina (AFL) pelo trato gastrointestinal é muito rápida, 
tornando-a altamente tóxica. Após ser absorvida, ela se liga a uma proteína (albumina) e, em 
menor proporção, a outras proteínas, espalhando-se pelos tecidos, especialmente o tecido 
hepático. Doerr et al. (1983) avaliaram os efeitos da AFL em planteis de frango de corte e 
observaram diminuição significativa no peso das aves alimentadas com ração contendo 2,7 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
mg/kg de aflatoxina. Por essa razão, é fundamental controlar a contaminação da ração, pois ela 
pode ser responsável por prejuízos no desempenho produtivo. A ingestão de aflatoxinas pode 
levar ao desenvolvimento de esteatorréia nos frangos, que se caracteriza pela presença excessiva 
de gordura nas fezes. Esta alteração está associada à diminuição das atividades metabólicas e 
da lipase pancreática, que é a principal enzima necessária para a digestão e a absorção de 
gordura (Mallmann et al., 2007). 
 
2.2.2 Fumosininas 
As Fumonisinas (FUMs) são micotoxinas produzidas predominantemente por espécies 
do gênero Fusarium, com destaque para F. verticillioides que é encontrado naturalmente no 
milho (Cruz, 2010). Essas toxinas podem causar danos hepáticos e renais, além de 
comprometimento neurológico e da função imunológica (Dias, 2018; Gomes et al., 2014). Os 
sinais clínicos registrados nos cães intoxicados por FUMs são observados a partir de uma 
semana após a contaminação e consistem em apatia, perda de peso, tremores musculares, 
paralisia do lábio inferior e língua e, em casos graves, óbito (Dias, 2018). 
 
2.2.3 Zearalona 
A Zearalenona (ZEA) atua como fraco agente genotóxico, porém apresenta potente 
efeito estrogênico; assim, os seus níveis devem ser cuidadosamente monitorados em alimentos 
e rações (Dias, 2019). Essa micotoxina é produzida principalmente por espécies de Fusarium, 
como F. moniliforme e F. graminearum, contaminantes de cereais e grãos. Alta umidade e 
baixas temperaturas são condições que favorecem a sua produção (Dias, 2019). 
Essa é uma micotoxina que induz hiperestrogenismo em fêmeas bovinas. Tais sintomas 
incluem aumento uterino, inchaço da vulva, glândulas mamárias e mamilos, prolapso da vagina 
ou reto, prolongamento ou interrupção do cio e pseudociese. A fumonisina é outra micotoxina 
descrita, tóxica para o metabolismo ruminal, quando ingerida em doses altas (Vedovatto et al., 
2020). O edema pulmonar suíno (EPS) é o principal sintoma da toxicidade das fumonisinas em 
suínos (24), descoberto após a eclosão de uma doença fatal em animais que consumiram milho 
contaminado com F. verticillioides da safra de grãos de 1989 nos Estados Unidos (23). A 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
patogênese do EPS está relacionada a danos no endotélio pulmonar, no epitélio alveolar e 
falência cardíaca, resultando em óbito dentro de 4-7 dias de ingestão diária de fumonisinas em 
concentrações maiores ou iguais a 92 μg/g ou 6 mg/kg de peso corporal/dia (24). Durante a 
gestação, as fêmeas contaminadas com ZEA apresentam redução da sobrevivência embrionária 
e fetal, dilatação vulvar e vermelhidão, vulvovaginite, pseudogestação, retenção ou ausência de 
leite e prolapso retal (39). Nos machos, ZEA pode diminuir os níveis de testosterona, 
diminuição do peso dos testículos e espermatogênese, induzir a feminizaçãoe apresentar 
redução da libido (39). 
 
2.2.4 Deoxinivalenol 
A Deoxinivalenol (DON) ou vomitoxina é a micotoxina tricoteceno, produzida pelo 
Fusarium sp., principalmente por F. graminearum, comumente encontrada em sementes de 
milho, trigo e em misturas de alimentos (Cruz, 2010). A intoxicação por DON pode causar 
redução de peso, recusa alimentar e redução no crescimento (Santana, 2012). Os sinais clínicos 
de toxicidade aguda em cães incluem vômito, náuseas, anorexia, dermatites, diarreia, 
hemorragia gastrintestinal, aborto e distúrbios neurológicos (Dias, 2018). o DON tem maior 
frequência de ocorrência e é capaz de desencadear alterações dose-dependente, como vômitos, 
náuseas, diarreia e redução alimentar em doses mais baixas (Freire et al., 2007; Furlong, 1992; 
Marochi et al., 1996). 
 
2.2.5 Ocratoxinas 
 As Ocratoxinas (OTAs) consistem em um grupo de, no mínimo, sete metabólitos 
secundários, dos quais a ocratoxina A (OA) é a mais conhecida e tóxica. Produzida pelos 
gêneros Aspergillus e Penicillium, ela é encontrada em aproximadamente 50% das amostras de 
milho, trigo e arroz (Santana, 2012). Exibe propriedades carcinogênicas, teratogênicas, 
hepatotóxicas e neurotóxicas, podendo, quando ingerida em quantidade considerável, causar 
efeito renal, ocasionando alterações na filtração glomerular e perda da capacidade de 
concentração urinária (Silva, 2019). Em ruminantes a OTA é degradada no rúmen por 
protozoários, reduzindo assim a toxicidade. Ao receber alimento concentrado, a degradação 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
desta micotoxina aumenta, contudo, se a quantidade presente na dieta não for muito alta, a 
ruminação consegue proteger os animais dos efeitos tóxicos. Neste caso, a ocratoxina passa a 
ser absorvida no intestino delgado e se liga à albumina, sendo então levada para diversos 
tecidos, especialmente os rins. Ela interfere na transcrição de proteínas e, quando oxida, gera a 
ocratoxina A-quinona, que se liga ao DNA e causa mutações e tumores. Em bovinos, os 
principais efeitos da ocratoxina são os neurotóxicos, carcinogênicos e hepatotóxicos. Além 
disso, existe a patulina, outra micotoxina produzida pelo fungo Penicillium, que possui uma 
ação antimicrobiana no rúmen, afetando negativamente a fermentação ruminal. Quanto aos 
sintomas de intoxicação animal, destacam-se a agitação, convulsões e hemorragia na forma 
aguda; enquanto na crônica, os efeitos são neurotóxicos, cancerígenos e imunotóxicos. No 
entanto, como a ocratoxina é altamente degradada no rúmen, os riscos de intoxicação são 
menores. (Vedovatto et al., 2020) 
 
2.2.6 Citrinina 
A CIT, produzida principalmente pelo fungo Penicillium citrinum, é hepato e 
nefrotóxica e uma das principais causadoras de intoxicação em filhotes de cães. Os sinais 
observados são tremores, redução da ingestão de alimentos, perda de peso, vômito, respiração 
ofegante e sialorreia (CRUZ, 2010; SILVA, 2019). Em função do volume ingerido, os animais 
podem desenvolver lesões hemorrágicas com necrose hepática e renal, pois o túbulo proximal 
é o alvo da citrinina (CRUZ, 2010; SILVA, 2019). 
 A PTA é produzida por fungos dos gêneros Penicillium e Aspergillus, como P. 
claviforme, P. expansum, A. clavatus e A. terreus, encontrados principalmente no solo e nos 
cereais (SANTOS, 2012). Entre seus efeitos nocivos estão a mutagenicidade, a 
teratogenicidade, a carcinogenicidade, a imunossupressão e as intoxicações agudas com edema 
pulmonar, hemorragias, danos ao fígado, baço e rins. Além disso, determina alterações na 
mucosa intestinal, que podem provocar agitação, ulceração, vômitos e inflamação (SANTOS, 
2012). 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
3 CONCLUSÃO 
A revisão dos fatores antinutricionais e micotoxinas presentes nos alimentos para 
animais revelou a importância de entender os efeitos desses compostos sobre a saúde e nutrição 
dos animais, especialmente em sistemas de produção animal intensiva. A presença de fatores 
antinutricionais, como ácido cianídrico, fitato, gossipol, inibidores de proteases, lectina, 
mimosinas, polímeros fenólicos e saponinas pode limitar a disponibilidade de nutrientes, afetar 
o desenvolvimento e saúde dos animais, além de comprometer a qualidade e produtividade da 
produção animal. Por outro lado, as micotoxinas, como a aflatoxina, fumonisina e ocratoxina, 
podem ter efeitos tóxicos agudos e crônicos em animais, incluindo perda de peso, supressão do 
sistema imunológico, disfunção hepática e até mesmo morte. 
Diante desses fatores, é essencial que sejam realizados estudos para a avaliação da 
presença de fatores antinutricionais e micotoxinas nos alimentos para animais, bem como a 
adoção de medidas preventivas e terapêuticas para minimizar os efeitos desses compostos sobre 
a saúde deles. Além disso, é importante conscientizar os produtores sobre a importância da 
escolha de ingredientes de alta qualidade e seguros para alimentação animal, bem como o 
monitoramento constante dos níveis de fatores antinutricionais e micotoxinas nos alimentos. 
Somente assim será possível garantir a saúde e nutrição dos animais, bem como a produção de 
alimentos de alta qualidade e seguros para o consumo humano. 
 
4 REFERÊNCIAS 
Aerts, R. J., Barry, T. N. & McNabb, W. C. (1999). Polyphenols and agriculture: beneficial 
effects of proanthocyanidins in forages. Agriculture, Ecosystems & Environment, 75(1):1-12. 
 
Alagawany, M., El-Hack, M. E. A. & El-Kholy, M. S. (2016). Productive performance, egg 
quality, blood constituents, immune functions, and antioxidant parameters in laying hens fed 
diets with different levels of Yucca schidigera extract. Environmental Science and Pollution 
Research, 23(7):6774-6782. 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Almeida, A. P. M. G., Kommers, G. D., Nogueira, A. P. A., Júnior, B. M. F. & Lemos, R. A. 
A. (2006). Avaliação do efeito tóxico de Leucaena leucocephala (Leg. Mimosoideae) em 
ovinos. Pesquisa Veterinária Brasileira, 26(3):190-194. 
 
Arabski, M., Węgierek-Ciuk, A., Czerwonka, G., Lankoff, A. & Kaca, W. (2012). Effects of 
saponins against clinical E. coli strains and eukaryotic cell line. BioMed Research 
International, 2862161-6. 
 
Benevides, C. M. J., Souza, M. V., Souza, R. D. B. & Lopes, M. V. (2011). Fatores 
antinutricionais em alimentos: revisão. Segurança Alimentar e Nutricional, 18(2):67-79. 
 
Canul-Solis, J. R., Piñeiro-Vázquez, A. T., Briceño-Poot, E. G., Chay-Canul, A. J., Alayón- 
Gamboa, J. A., Ayala-Burgos, A. J., Ku-Vera, J. C. (2014). Effect of supplementation with 
saponins from Yucca schidigera on ruminal methane production by Pelibuey sheep fed 
Pennisetum purpureum grass. Animal Production Science, 54(10):1834-1837. 
 
Castro, M. M., Freitas, J. F., & Botelho, A. M. (2015). Aflatoxinas: uma revisão sobre a sua 
toxicologia e controle. Ciência & Saúde Coletiva, 20(7), 2059–2070. doi:10.1590/1413-
81232015207.24532014Uma 
 
CRUZ, L. C. H. Micologia Veterinária. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2010. 348 
p.OLIVEIRA, J. C. de. Tópicos em micologia médica. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em: 
https://docero.com.br/doc/n1ss0cs 
 
Demirtaş, A., Öztürk, H. & Pişkin, İ. (2018). Overview of plant extracts and plant secondary 
metabolites as alternatives to antibiotics for modification of ruminal fermentation. Ankara 
Üniversitesi Veteriner Fakültesi Dergisi, 65(2):213-217. 
 
DIAS, A. S. Micotoxinas em produtos de origem animal. Revista Científica de Medicina 
Veterinária, v. 30, jan. 2018. Disponível em: 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/2d0q7unkplade0w_2018-7-10-
8-20-59.pdf. 
 
Diaz DE. The mycotoxin blue book. Nottingham: Nottingham University Press; 2005. 
Dominguez-Bello, M. G.& Stewart, C. S. (1990). Degradation of mimosine, 2,3-dihydroxy 
pyridine and 3-hydroxy-4(1H)-pyridine by bacteria from the rumen of sheep in Venezuela. 
FEMS Microbiology Letters, 73(4):283-289. 
 
Freire, F. dChagas O., Vieira, I. G. P., Guedes, M. I. F., & Mendes, F. N. P. (2007). 
Micotoxinas: importância na alimentação e na saúde humana e animal. Fortaleza: Embrapa 
Agroindústria Tropical, 48. 
 
Furlong, E. B. (1992). Tricotecenos em trigo: um estudo de metodologia analítica, incidência, 
contaminação simultânea por outras micotoxinas e de alguns fatores que influem na produção 
no campo. [sn]. 
 
Gadelha, I. C. N., Rangel, A. H. N., Silva, A. R. & Soto-Blanco, B. (2011). Efeitos do 
gossipol na reprodução animal. Acta Veterinaria Brasilica, 5(2):129-135. 
 
Galindo, C. M., Hemckmeier, D., Biondo, N., Parizotto, L. H., Ogliari, D. & Gava, A. (2017). 
Spontaneous and experimental poisoning by tifton 68 (Cynodon nlemfuensis Vanderyst) in 
cattle. Pesquisa Veterinária Brasileira, 37(5):441-446. 
 
Gee, J. M., Wal, J. M., Miller, K., Atkinson, H., Grigoriadou, F., Wijnands, M. V. W. & 
Johnson, I. T. (1997). Effect of saponin on the transmucosal passage of β-lactoglobulin across 
the proximal small intestine of normal and β-lactoglobulin-sensitised rats. Toxicology, 117(2-
3):219-228. 
 
Gleadow, R. M. & Møller, B. L. (2014). Cyanogenic glycosides: synthesis, physiology, and 
phenotypic plasticity. Annual Review of Plant Biology, 65155-185 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Goel, G. & Makkar, H. P. (2012). Methane mitigation from ruminants using tannins and 
saponins. Tropical Animal Health and Production, 44(4):729-739. 
 
GOMES, A. R. et al. Aflatoxicose em cães na região Sul do Rio Grande do Sul. Pesquisa 
Veterinária Brasileira, v. 34, n. 2, p. 162-166, fev. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-
736X2014000200011. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-
736X2014000200011&script=sci_arttext. 
 
GONÇALVES, B.; SANTANA, L.; PELEGRINI, P. Micotoxinas: uma revisão sobre as 
principais doenças desencadeadas no organismo humano e animal. Revista de Saúde - RFS, v. 
4, n. 1, jan.-jul. 2017. Disponível em: 
http://revista.faciplac.edu.br/index.php/RSF/article/view/226/154. 
 
Gupta, H. K. & Atreja, P. P. (1998). Influence of gradual adaptation of cattle to Leucaena 
leucocephala leaf meal on biodegradation of mimosine and 3- hydroxy-4(1H)-pyridone 
(3,DHP) in rumen, their levels in blood, fate and influence of absorbed DHP on thyroid 
hormones and liver enzymes. Animal Feed Science and Technology, 74(1):29-43 
 
GUTERRES, K. et al. Surto de aflatoxicose aguda em cães no município de Pelotas/RS. 
Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 37, n. 11, p. 1281-1286, nov. 2017.. Disponível em: 
https://www.scielo.br/pdf/pvb/v37n11/1678-5150-pvb-37-11-01281.pdf 
 
HASLAM, E. Plant Polyphenols, Vegetable Tannins Revisited. Cambridge University Press, 
Cambridge,1989. 
 
Jager AV, Ramalho FS, Ramalho LNZ, Oliveira CAF. Biomarkers of aflatoxin 
exposure and its relationship with the hepatocellular carcinoma. In: Guevara-Gonzalez 
RG. Aflatoxins -Biochemistry and molecular biology. Rijeka: Intech; 2011. p.104-26. 
 
Jayasena, D. D. & Jo, C. 2013. Essential oils as potential antimicrobial agents in meat and 
meat products: A review. Trends in Food Science & Technology, 34, 96-108. 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-736X2014000200011&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-736X2014000200011&script=sci_arttext
http://revista.faciplac.edu.br/index.php/RSF/article/view/226/154
https://www.scielo.br/pdf/pvb/v37n11/1678-5150-pvb-37-11-01281.pdf
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Kumar, V., Sinha, A. K., Makkar, H. P. S., De Boeck, G. & Becker, K. (2012). Phytate and 
phytase in fish nutrition. Journal of Animal Physiology and Animal Nutrition, 96(3):335-364. 
 
Leeson S, Diaz GJ, Summers JD. Poultry metabolic disorders and mycotoxins. Guelph: 
University Books; 1995. 
 
Lima Júnior, D. M., Monteiro, P. d. B. S., Rangel, A. H. N., Maciel, M. V., Oliveira, S. E. O. 
& Freire, D. A. (2010). Fatores anti-nutricionais para ruminantes. Acta Veterinaria Brasilica, 
4(3):132-143 
 
Makkar, H. P. S. (2003). Effects and fate of tannins in ruminant animals, adaptation to tannins, 
and strategies to overcome detrimental effects of feeding tannin-rich feeds. Small Ruminant 
Research, 49(3):241-256. 
 
Marochi, M. A., Sores, L. M. V., & Furlani, R. P. Z. (1996). Testes confirmatórios para 
tricotecenos. Revista Do Instuto Adolfo Lutz, 56(2), 17–20. 
 
Monteiro, J. M., Albuquerque, U. P., Araujo, E. & Amorim, E. L. C. (2005). Taninos: uma 
abordagem da química à ecologia. Química Nova, 28(5):892-896. 
 
Mueller‐Harvey, I. (2006). Unravelling the conundrum of tannins in animal nutrition and 
health. Journal of the Science of Food and Agriculture, 86(13):2010-2037 
 
NICACIO, A. C.; NUÑEZ, A. J. C.; MARINO, C. T.; NOGUEIRA, E.; FELTRIN, G. B.; 
OLIVEIRA, L. O. F.; ALBERTINI, T. Z. Nutrição de bovinos de corte: fundamentos e 
aplicações. Brasília, DF: Embrapa, 2015. 
 
Osweiler GD. Mycotoxins and livestock: what role do fungal toxins play in illness and 
production losses? Vet Med. 1990;85:89-94 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Pansera,M. R., Santos, A. C., Paese,K.,Wasum,R.,Rossato,M.,Rota,L. D., . . . Serafini,L. A. 
(2003). Análise de taninos totais em plantas aromáticas e medicinais cultivadas no Nordeste 
do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Farmacognosia, 13(1):17-22. 
 
Patra, A. K. & Saxena, J. (2010). A new perspective on the use of plant secondary metabolites 
to inhibit methanogenesis in the rumen. Phytochemistry, 71(11–12):1198-1222. 
 
Pierezan, F., Oliveira Filho, J. C., Carmo, P. M., Lucena, R. B., Rissi, D. R., Togni, M., & 
Barros, C. S. L. (2010). Surto de aflatoxicose em bezerros no Rio Grande do Sul. Pesquisa 
Veterinária Brasileira, 30, 418–422. 
 
Prado, I. N., Toullec, R., Guilloteau, P. & Guguen,J. (1989a). Digestion de protèines de pois et 
de soja chez le veau preruminant. II. Digestibilité apparente à la fin d'ileon et du tube digestif. 
Reproduction Nutrition Development, 29425-439. 
 
Prado, I. N., Toullec, R., Lalles, J. P., Guguen, J. & Hingand, H. (1989b). Digestion de 
protèines de pois et de soja chez le veau preruminant. I. Taux circulants de nutriments, 
formation d'anticorps et permeabilité intestinale aux macromolécules. Reproduction Nutrition 
Development, 29413-424. 
 
Prado,I. N. &Von Tiesenhauser,I. M. E. V. (1987). Desempneho de bezerros submetidos ao 
desmame precoce e alimentados com sucedâneos à base de soja, enriquecido ou não com 
gordura de porco. Revitsa Unimar, 9(1):123-131 
 
Prado,I. N.,Branco, A. F., Zeoula,L. M., Pinto, A. A., Moraes, G. V. &Moreira, H. L. M. 
(1995). Desempenho e características de carcaça de bovinos Nelore confinados, recebendo 15 
ou 30% de caroço integral de algodão, bagaço auto-hidrolisado de cana-de-açúcar ou capim 
elefante. Brazilian Archives of Biology and Technology, 38(2):353-365. 
 
Ramos, G., Italiano, E., Nascimento, M. & Araujo Neto, R. (1997). Recomendações sobre o 
cultivo e uso da leucena na alimentação animal (Vol. 16): EMBRAPA-CPAMN. 
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
 
Ramos, G., Italiano, E., Nascimento, M. & Araujo Neto, R. (1997). Recomendações sobre o 
cultivo e uso da leucena na alimentação animal (Vol. 16): EMBRAPA-CPAMN. 
 
Rawal S, Kim JE, Coulombe-JR R. Aflatoxin B1 in poultry: toxicology, metabolism and 
prevention. Res Vet Sci. 2010;89:325-31 
 
Salviano, L. M. C. (1983). Leucena, fonte de proteína para os rebanhos. EMBRAPA-
CPATSA, 11(1). 
 
SANTANA, M. C. A. Principais tipos de micotoxinas encontradas nosalimentos de animais 
domésticos. REDVET Revista Electrónica de Veterinaria, v. 13, n. 7, p. 1-18, jul. 2012. 
Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/636/63624404012.pdf. 
 
Santos, J. P., Saad, F. M. O., Roque, N. C., Aquino, A. A., Pires, C. P. & Geraldi, L. F. 
(2011a). Yucca schidigera e zeólita em alimento para gatos adultos e seus efeitos na excreção 
de minerais. Arquivo Brasileiro de Medecina Veterinária e Zootecnia, 63(3):687-693. 
 
Santos, L. P., Morais, D. R., Souza, N. E., Cottica, S. M., Boroski, M. & Visentainer, J. V. 
(2011b). Phenolic compounds and fatty acids in different parts of Vitis labrusca and V. 
vinifera grapes. Food Research International, 44(5):1414-1418. 
 
SANTOS, T. L. Patulina: ocorrência em alimentos e potenciais efeitos inflamatórios. 2012. 
Dissertação (Mestrado em Biologia Humana e Ambiente) - Faculdade de Ciências, 
Universidade de Lisboa, Lisboa, 2012. Disponível em: 
https://repositorio.ul.pt/handle/10451/7829. 
 
Scapinello, C., Antunes, E. B., Furlan, A. C., Jobim, C. C. & Faria, H. G. (2003). Fenos de 
leucena (Leucaena leucocephala e Leucaena leucocephala cv. Cunningham) para coelhos em 
crescimento: digestibilidade e desempenho. Acta Scientiarum. Animal Sciences, 25(2):301-
306. 
https://www.redalyc.org/pdf/636/63624404012.pdf
https://repositorio.ul.pt/handle/10451/7829
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
 
Shahidi, F. & Ambigaipalan, P. (2015). Phenolics and polyphenolics in foods, beverages and 
spices: Antioxidant activity and health effects–A review. Journal of functional foods, 18820-
897. 
 
Silva, M. R. & Silva, M. A. A. P. d. (1999). Aspectos nutricionais de fitatos e taninos. Revista 
de Nutrição, 1221-32 
 
Snow,J. L.,Baker, D. H. & Parsons,C. M. (2004). Phytase, citric acid, and 1α-
hydroxycholecalciferol improve phytate phosphorus utilization in chicks fed a corn-soybean 
meal diet. Poultry Science, 83(7):1187-1192. 
 
SOUZA, K. K. de; SCUSSEL, V. M. Occurrence of dogs and cats diseases records in the 
veterinary clinics routine in South Brazil and its relationship to mycotoxins. International 
Journal of Applied Science and Technology, v. 2, n. 8, p. 129-134, out. 2012. Disponível em: 
http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.1065.9297&rep=rep1&type=pdf. 
 
Stangarlin, J. R., Kuhn, O. J., Toledo, M. V., Portz, R. L. & Pascholati, S. F. (2011). A defesa 
vegetal contra fitopatógenos. Scientia Agraria Paranaensis, 10(1):18-46. 
 
Stangarlin, J. R., Kuhn, O. J., Toledo, M. V., Portz, R. L. & Pascholati, S. F. (2011). A defesa 
vegetal contra fitopatógenos. Scientia Agraria Paranaensis, 10(1):18-46. 
 
Stech, M. R., Carneiro, D. J. & Carvalho, M. R. B. (2010). Fatores antinutricionais e 
coeficientes de digestibilidade aparente da proteína de produtos de soja para o pacu (Piaractus 
mesopotamicus). Acta Scientiarum. Animal Sciences, 32(3):255-262. 
 
Su, J.-L., Shi, B.-L., Zhang, P.-F., Sun, D.-S., Li, T.-Y. & Yan, S.-M. (2016). Effects of yucca 
extract on feed efficiency, immune and antioxidative functions in broilers. Brazilian Archives 
of Biology and Technology, 591-8. 
 
http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.1065.9297&rep=rep1&type=pdf
 
 
 
FUNDAÇÃO PRESEIDENTE ANTONIO CARLOS DE 
CONSELHEIRO LAFAIETE 
 
 
Vedovatto, M. G., Bento, A. L., Kiefer, C., Souza, K. M. R., & Franco, G. L. (2020). 
Micotoxinas na dieta de bovinos de corte: revisão. Archivos de Zootecnia, 69(266), 
 
WALKER, T. Grão de sorgo para suínos e aves. ASA TechnicalBuletin, v.20, p.01-10, 1999