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DIREITO PENAL 
AUTORIA E PARTICIPAÇÃO 
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1 
 
 
 
 
 
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Autoria e participação. 
Material de apoio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROJETO ALVO CERTO 
TEMAS IMPORTANTES PARA CARREIRAS POLICIAIS EM 30 MINUTOS 
 
Futuro(a) Policial, 
Nesse ano, iniciaremos, em nosso canal no Youtube, o projeto Alvo Certo – Temas 
Importantes para Carreiras Policiais em 30 minutos. 
Como o próprio nome já sinaliza, o nosso objetivo é que, em apenas 30 minutos, você tenha 
uma aula completa acerca de um tópico relevante para concursos das Carreiras Policiais. 
Além da aula gratuita, você terá acesso a um material de apoio completo, com o resumo 
da aula e questões para treinamento. 
Semanalmente, serão liberados 2 vídeos das matérias que compõem o Núcleo Duro das 
Carreiras Policiais: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Processo Penal 
e Legislação Penal Especial. 
Iniciaremos o nosso projeto com as matérias de Direito Penal e Legislação Penal Especial. 
Vejam só a nossa dupla de professores: 
 
 
Tudo isso de forma gratuita e permanente, pois, fiquem tranquilos, as aulas não serão 
retiradas do canal após determinado tempo. 
 
Bons estudos! 
 
Equipe @dedicacaodelta 
 
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AUTORIA E PARTICIPAÇÃO 
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ASSISTA A ESSA AULA EM NOSSO YOUTUBE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Autoria e participação. 
 
MATERIAL DE APOIO 
 
Marcelo Veiga – Direito Penal 
 
1 - Introdução 
 
Conceito de autor: esse é um tema muito importante, é um tema que continua caindo por 
um motivo simples: porque a gente continua errando. Então, como nós continuamos errando o 
conceito de autor em concurso, o concurso continua cobrando, não tem jeito, né? Não é um tema 
abandonado pelas bancas. Vamos trabalhar isso hoje trazendo teorias e trazendo muita informação 
importante. Vamos lá? 
 
2 – Teorias que explicam a autoria e a participação 
 
É uma concepção extensiva porque ela traz uma fórmula simples para identificar o autor. Ela 
não distingue autor e partícipe. Essa teoria então parte de um ponto importante de que não há 
distinção entre autor e partícipe. E que as diferenças objetivas e subjetivas da contribuição de cada 
um deles não são matérias do tipo penal, muito menos da ilicitude. É um problema de aplicação da 
pena. Então, essa diferença vai ser tratada na aplicação da pena. Como medida da culpabilidade 
individual. Trata-se de uma teoria muito influenciada pela teoria da conditio sine qua non, que 
considera causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Essa ideia de que 
todos aqueles que contribuem de alguma forma para o resultado são autores do crime, é uma 
influência da teoria da conditio sine qua non ou teoria da equivalência dos antecedentes causais. 
 
O segundo conceito já parte de uma construção restritiva. Porque ele faz uma distinção entre 
autor e participe. É por isso que essas teorias que nós vamos estudar são chamadas de teorias 
restritivas do conceito de autor, porque elas partem de um pressuposto que vai fazer essa distinção 
entre o conceito unitário. 
 
Na teoria unitária trabalhamos com um conceito extensivo de autor. Não há distinção entre 
autor e participe. A contribuição de cada um, seja essa diferença objetiva ou subjetiva, vai ser 
analisada na aplicação da pena. Como medida da culpabilidade individual. No conceito restritivo 
não, partiremos de um pressuposto simples: da existência de uma diferença entre autor e partícipe. 
E a primeira teoria que faz essa distinção é a teoria subjetiva que vai discernir autor e partícipe pelo 
critério da vontade. 
 
 Para essa teoria, o autor é aquele que realiza o comportamento com vontade de autor, ou 
como diz a doutrina “animus auctoris”, ou seja, animus de autor, enquanto que o participe vai 
praticar essa conduta com vontade de participe, ou seja, com “animus socci.” 
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 E o que é o animus de sócio do Partícipe? O dolo de ser sócio? É porque o partícipe enxerga 
o fato como alheio. E o autor enxerga o fato como próprio. Então no caso do homicídio mercenário, 
aquele que executa a ação, para essa teoria não é autor, é participe. Porque aquele crime realizado 
por ele, é visto, também por ele, como um crime de outra pessoa. Em que ele tem um papel ali de 
contribuir ou de executar, mas que aquele resultado é querido por outra pessoa. 
 
 Então a teoria subjetiva ela vai discernir autor e participe sobre o critério da vontade, o autor 
tem vontade de ser autor, dolo de autor, enxerga o fato como o próprio enquanto partícipe tem 
vontade de partícipe, dolo de partícipe. Ele enxerga o fato como alheio. Um outro exemplo também 
trazido pela doutrina é aquele indivíduo que mata em nome do seu país, é o espião assassino. Esse 
espião assassino, para essa teoria deve ser considerado partícipe. Porque ela aquela morte faz 
sentido paro seu governo e não para ele individualmente. Às vezes ele mata uma pessoa que ele 
sequer conhece. Não tem nada contra a pessoa, mas pratica o crime para atender os anseios do seu 
Estado. Então, para essa teoria, aquele que enxerga o fato como um fato, um produto da vontade 
alheia é partícipe. Para ser autor, a conduta deve ser praticada com dolo, com vontade de autor. Essa 
teoria não foi adotada. 
 
 A teoria objetivo material é aquela que majoritariamente é adotada no nosso 
ordenamento jurídico. Para essa teoria, o autor pratica o núcleo do tipo. O autor é aquele que realiza 
o núcleo do tipo. Ou seja, ele realiza a ação expressa pelo verbo contido no tipo penal. O núcleo do 
tipo é o verbo que descreve o comportamento que se quer evitar e aquele que o realiza é o autor 
do crime, ou ao menos autor da tentativa caso inicie a execução desse verbo núcleo do tipo. O 
partícipe, para essa teoria, contribui sem realizar o núcleo do tipo. Então a conduta do partícipe é 
sempre acessória, porque ele não realiza o verbo núcleo do tipo. Essa teoria também traz, segundo 
Frank, um paradigma causal porque é o autor aquele que ainda causa o resultado. Tem um 
fundamento causal ligado a teoria da conditio sine qua non. 
 
 Ela possui um elemento causal porque considera o autor do crime aquele que efetivamente 
deu causa ao resultado e o comportamento do partícipe é causal, porque se exige na participação 
uma relevância causal, mas a relevância causal do comportamento do partícipe é diferente da 
relevância causal do comportamento do autor, porque a relevância causal do partícipe é uma 
relevância causal que é ligada a contribuição, é ligada a conduta do autor. Existe uma relação de 
causa e efeito entre aquilo que o participe faz e o auxílio ao autor, e, a partir daí o autor produz o 
resultado com a sua conduta, mas a conduta do participe ela não é causal de forma direta ao 
resultado, mas quem produz essa conduta causal diretamente relacionada ao resultado é o autor. 
 
 A teoria Objetivo material é aquela teoria que vai discernir autor e partícipe com base na 
lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Aquele participante que pratica uma conduta mais próxima 
de lesionar bem jurídico ou que efetivamente lesiona o bem jurídico, é o autor, e aquele participante 
em que a sua conduta representa um perigo ou uma lesão menos intensa ao bem jurídico, é o 
partícipe. 
 
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 É uma teoria muito imprecisa porque ela não propõe o estabelecimento de um critério 
predefinido. Deve ser feita uma análise no caso concreto para saber quem éa autor e quem é o 
partícipe. 
 
 3 - Teoria do domínio do fato/teoria do domínio final do fato/final-objetiva: 
 
Para essa teoria, o autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos de 
execução. O autor para a teoria do domínio do fato deve controlar a execução do crime. E o partícipe 
é aquele que colabora sem possuir o domínio do fato. 
 
 O autor para a teoria do domínio do fato, deve ter a possibilidade de continuar ou 
interromper o desenvolvimento da execução do crime. É ele quem controla a paralisação, a retomada 
dos atos de execução, ele controla a execução do crime. Só por isso já conseguimos discernir que a 
teoria do domínio do fato não identifica o mandante do crime como autor. O simples fato de uma 
pessoa ser mandante do crime não a qualifica como o autor pela teoria do domínio do fato. Porque 
ela deve exercer um controle sobre a realização do crime. Então é importante não misturar: Uma 
coisa é o mandante, outra coisa é o autor para a teoria do domínio do fato. Agora eventualmente o 
mandante pode se tornar o autor imediato da realização do crime, mas desde que ele controle a 
execução, a realização e a paralisação do tipo ou seja, a realização e a paralisação dos atos de 
execução propriamente. Não basta ordenar que outro pratique o crime. 
 
Esse conceito de autor para teoria do domínio do fato se desenvolve em três momentos: 
 
 Domínio da vontade 
 Domínio da ação 
 Domínio funcional do fato. 
 
Iremos começar pelo domínio da ação. Para a teoria do domínio do fato é autor quem 
domina a ação. Ou seja, quando o autor pessoalmente pratica o comportamento descrito no tipo 
ele é autor. Agora, ele também é autor quando não pratica o comportamento descrito no tipo, mas 
se vale de um instrumento. 
 
O autor pelo domínio da vontade para teoria do domínio do fato é aquele autor que 
consegue instrumentalizar uma pessoa. Então surge surgem as figuras do autor mediato 
pelo domínio da vontade e o autor imediato. O autor mediato é aquele que domina a realização dos 
atos de execução e para isso ele se vale de um instrumento que é o autor imediato. 
 
Agora um ponto é importantíssimo para tratarmos aqui é de que esse instrumento para a 
teoria do domínio do fato é um instrumento que não é punido. Esse instrumento não é punido pela 
existência de um déficit de imputação. Nas hipóteses de autoria mediata o instrumento não é punido 
porque falta a ele algum dos elementos do crime. Quais são os exemplos trazidos pela doutrina? 
Primeiro, erro determinado por terceiro. O erro determinado por terceiro é uma hipótese de autoria 
mediata. Por quê? Porque aquele que determina o erro é quem responde pelo crime. Está previsto 
lá NO artigo 20, §2º do Código Penal. Agora, quem executa o crime não responde porque está em 
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erro. Então quem responde pelo crime é o terceiro que determina o erro. Então essa é a primeira 
hipótese de autoria mediata. 
 
 A segunda hipótese de autoria mediata são as hipóteses em que o agente se vale de um 
inimputável. A utilização de um inimputável como um instrumento. A pessoa que tem uma 
inimputabilidade por doença mental, por falta de compreensão, inclusive por menoridade. Então, 
primeira forma de autoria mediata, erro determinado por terceiro, instrumento não responde, quem 
responde é o terceiro que determina o erro. Segundo a hipótese de autoria imediata utilização de 
um incapaz para realização do crime. E essa incapacidade pode se dar por critérios biológicos ou 
biopsicológicos. 
 
 E a terceira hipótese trazida pela doutrina de autoria mediata é a coação moral irresistível, que 
está prevista no artigo 22 do Código Penal, causa legal de inexigibilidade de conduta diversa. Então 
o instrumento não responde pelo crime porque falta a ele culpabilidade. Então nas hipóteses de 
autoria mediata nós temos um déficit de imputação para o instrumento, o instrumento não responde 
pelo crime. Quem responde pelo crime é o autor mediato. No caso do erro determinado por terceiro 
responde aquele que determina o erro, no caso da utilização de incapaz pra realização do crime, 
responde ao autor mediato e no caso da coação moral irresistível responde o autor da coação e não 
coagido. Esse coagido não responde porque o próprio artigo 22 do Código Penal inclui como uma 
causa legal de exclusão da culpabilidade. É por isso que a doutrina afirma que o instrumento não 
responde pelo crime na autoria mediata. Há um déficit de imputação. 
 
 Existe uma exceção: é que é na teoria dos aparatos de poder, que é aquela teoria em que 
quando há uma estrutura hierarquicamente organizada, dividida em tarefas compartimentalizadas, 
o autor da ordem se vale de um instrumento responsável. Roxin desenvolve essa teoria para explicar 
as organizações criminosas e, no Brasil e em alguns países do mundo passou também a ser aplicada 
nas hipóteses de organizações lícitas de empresas, crimes empresariais. Para a teoria dos aparelhos 
organizados de poder ou dos aparatos de poder o instrumento é punível. Essa é a exceção. 
 
 Roxin utiliza para explicar essa teoria, o exemplo da execução de prisioneiros num campo de 
concentração, onde as pessoas que estavam no topo da hierarquia do Partido Nazista davam a 
ordem de execução independentemente de quem fosse executá-las e o executor é um executor 
responsável. 
 
 Por fim, eu nós temos a teoria do domínio funcional do fato, que corresponde as hipóteses de 
coautoria. Nessa hipótese há uma divisão de tarefas para realização do tipo penal. 
 
 No tocante a essa divisão de tarefas, é importantíssimo fazer aqui uma observação: 
no caso da coautoria não é necessário que todos os coautores realizem um pedaço do verbo núcleo 
do tipo. Muitas vezes há uma realização do tipo por um só indivíduo, mas há uma divisão de tarefas 
para essa realização, o que vai se discernir da figura do partícipe, porque o partícipe não tem o 
domínio funcional do fato. Aqui, nós estamos diante de participantes que têm o domínio funcional 
do fato e dividem tarefas. Mas não se exige que cada um realize um pedacinho do verbo núcleo do 
tipo. O que vai identificar o autor não é a realização do verbo núcleo do tipo, mas é o domínio 
funcional do fato, é um domínio dividido desse fato. Então é possível que um coautor não realize o 
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verbo núcleo do tipo mas que ele pratique uma conduta em um sistema de divisão de tarefas em 
que ele possua o domínio funcional do fato, de forma que seria autor. 
 
Então nós temos aqui o domínio do fato que se divide em domínio da vontade, a hipótese 
da utilização do autor imediato por um instrumento que em regra não é punido, o domínio da ação 
quando esse autor realiza pessoalmente o tipo penal e o domínio funcional do fato que corresponde 
as hipóteses de coautoria onde há uma divisão de tarefas. 
 
4 - Hipóteses em que não cabem aplicação da teoria do domínio do fato: 
 
O Roxin parte de uma ideia de uma divisão simples de que existem delitos de domínio 
e delitos de infração de um dever. O que são esses delitos de infração de um dever? São aqueles 
delitos em que o autor não é identificado pelo domínio do fato, mas pela infração há um dever. Esse 
dever que é um dever jurídico. Para esse autor, não se aplica a teoria do domínio do fato aos crimes 
omissivos sejam eles próprios ou impróprios porque o que vai identificar o autor no crime omissivo 
não é o domínio do fato, mas a violação de um dever que é jurídico, que é o dever de agir. 
 
 Não vai caber também a aplicação nos crimes culposos porque há violação também de um 
dever. Delitos de violação ou delitos de infração de um dever. Então o autor do crime culposo não 
domina o fato, ele é identificado pela violação de um dever de cuidado. 
 
 Nos crimes especiais ou próprios. Aquio que vai identificar o autor não é a realização do tipo 
ou o domínio do fato. Mas a violação de um dever funcional, como na hipótese do peculato. Esses 
são delitos de violação de infração de um dever. 
 
Nos crimes de mão própria, porque para esses há uma exigência de uma realização pessoal 
do tipo penal. 
 
QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 
 
Julgue Verdadeiro ou Falso: 
 
01 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
A concepção extensiva de autor não diferencia autor do partícipe. Trata-se de uma teoria 
influenciada pela teoria da conditio sine qua non. Ela basicamente preconiza que todos aqueles que 
contribuem para o resultado são autores do crime. 
 
02 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
O conceito restritivo de autor faz distinção entre autor e partícipe. É denominada teoria unitária. 
 
03 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
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A teoria subjetiva de autor vai discernir autoria e participação pelo critério da vontade. Para essa 
teoria, autor é aquele que realiza o comportamento com “animus auctoris”. 
 
04 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
No homicídio mercenário, aquele que executa ação, para a teoria subjetiva, é partícipe e não autor. 
 
05 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a teoria objetivo material, autor é aquele que realiza o núcleo do tipo. Ela difere autor e partícipe 
com base na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Essa teoria é adotada minoritariamente no 
Brasil. 
 
06 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a teoria do domínio do fato, autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos 
de execução. O partícipe colabora também possuindo esse poder, mas de forma menos influente. 
 
07 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a teoria do domínio do fato, na vertente “domínio da ação”, autor é somente quem pratica 
pessoalmente o comportamento descrito no tipo penal. 
 
08 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
O autor mediato é aquele que domina a realização dos atos de execução e para isso ele se vale de 
um instrumento que é o autor imediato. O instrumento não é punido por causa da ausência de 
algum dos elementos do crime. 
 
09 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a doutrina, o art. 20, §2º do Código Penal que dispõe que aquele que determina o erro é quem 
responde pelo crime é uma hipótese expressa de autoria mediata. 
 
10 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Na teoria do domínio funcional do fato, que corresponde às hipóteses de coautoria, há uma divisão 
de tarefas para realização do tipo penal. Então o agente mesmo não realizando o verbo núcleo do 
tipo pode ser considerado autor. 
GABARITO COMENTADO 
 
 
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01 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
A concepção extensiva de autor não diferencia autor do partícipe. Trata-se de uma teoria 
influenciada pela teoria da conditio sine qua non. Ela basicamente preconiza eu todos aqueles que 
contribuem para o resultado são autores do crime. 
 
GABARITO: CERTO. 
Essa teoria então parte de um ponto importante de que não há distinção entre autor e partícipe. E 
que as diferenças objetivas e subjetivas da contribuição de cada um deles não são matérias do tipo 
penal, muito menos da ilicitude. É um problema de aplicação da pena. Então, essa diferença vai ser 
tratada na aplicação da pena. Como medida da culpabilidade individual. Trata-se de uma teoria 
muito influenciada pela teoria da conditio sine qua non, que considera causa toda ação ou omissão 
sem a qual o resultado não teria ocorrido. Essa ideia de que todos aqueles que contribuem de 
alguma forma para o resultado são autores do crime, é uma influência da teoria 
da conditio sine qua non ou teoria da equivalência dos antecedentes causais. 
 
02 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
O conceito restritivo de autor faz distinção entre autor e partícipe. É denominada teoria unitária. 
 
GABARITO: ERRADO. 
Na teoria unitária trabalhamos com um conceito extensivo de autor. Não há distinção entre autor e 
participe. A contribuição de cada um, seja essa diferença objetiva ou subjetiva, vai ser analisada na 
aplicação da pena. Como medida da culpabilidade individual. No conceito restritivo não, partiremos 
de um pressuposto simples: da existência de uma diferença entre autor e partícipe. E a primeira 
teoria que faz essa distinção é a teoria subjetiva que vai discernir autor e partícipe pelo critério da 
vontade. 
 
03 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
A teoria subjetiva de autor vai discernir autoria e participação pelo critério da vontade. Para essa 
teoria, autor é aquele que realiza o comportamento com “animus auctoris”. 
 
GABARITO: CERTO. 
A primeira teoria que faz essa distinção é a teoria subjetiva que vai discernir autor e partícipe pelo 
critério da vontade. Para essa teoria, o autor é aquele que realiza o comportamento com vontade de 
autor, ou como diz a doutrina “animus auctoris”, ou seja, animus de autor. 
 
04 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
No homicídio mercenário, aquele que executa ação, para a teoria subjetiva, é partícipe e não autor. 
 
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GABARITO: CERTO. 
No caso do homicídio mercenário, aquele que executa a ação, para essa teoria não é autor, é 
participe. Porque aquele crime realizado por ele, é visto, também por ele, como um crime de outra 
pessoa. Em que ele tem um papel ali de contribuir ou de executar, mas que aquele resultado é 
querido por outra pessoa. 
 
05 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a teoria objetivo material, autor é aquele que realiza o núcleo do tipo. Ela difere autor e partícipe 
com base na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Essa teoria é adotada minoritariamente no 
Brasil. 
 
GABARITO: ERRADA. 
A teoria objetivo material é aquela que majoritariamente é adotada no nosso ordenamento 
jurídico. Para essa teoria, o autor pratica o núcleo do tipo. O autor é aquele que realiza o núcleo do 
tipo. Ou seja, ele realiza a ação expressa pelo verbo contido no tipo penal. A teoria Objetivo material 
é aquela teoria que vai discernir autor e partícipe com base na lesão ou perigo de lesão ao bem 
jurídico. 
 
06 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a teoria do domínio do fato, autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos 
de execução. O partícipe colabora também possuindo esse poder, mas de forma menos influente. 
 
GABARITO: ERRADO. 
Para essa teoria, o autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos de execução. O 
autor para a teoria do domínio do fato deve controlar a execução do crime. E o partícipe é aquele 
que colabora sem possuir o domínio do fato. O autor para a teoria do domínio do fato, deve ter a 
possibilidade de continuar ou interromper o desenvolvimento da execução do crime. É ele quem 
controla a paralisação, a retomada dos atos de execução, ele controla a execução do crime. 
 
07 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a teoria do domínio do fato, na vertente “domínio da ação”, autor é somente quem pratica 
pessoalmente o comportamento descrito no tipo penal. 
 
GABARITO: ERRADO. 
Para a teoria do domínio do fato é autor quem domina a ação. Ou seja, quando o autor pessoalmente 
pratica o comportamento descrito no tipo ele é autor. Agora, ele Também é autor quando não pratica 
o comportamento descrito no tipo, mas se vale de um instrumento. 
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08 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
O autor mediato é aquele que domina a realização dos atos de execução e para isso ele se vale de 
um instrumento que é o autor imediato. O instrumento não é punido por causa da ausência de 
algum dos elementos do crime. 
 
GABARITO: CERTO. 
O autor pelo domínio da vontade para teoria do domínio do fato é aquele autor que consegue 
instrumentalizar uma pessoa. Então surge surgem as figuras do autor mediato pelo domínioda 
vontade e o autor imediato. O autor mediato é aquele que domina a realização dos atos de execução 
e para isso ele se vale de um instrumento que é o autor imediato. Agora um ponto é importantíssimo 
para tratarmos aqui é de que esse instrumento para a teoria do domínio do fato é um instrumento 
que não é punido. Esse instrumento não é punido pela existência de um déficit de imputação. Nas 
hipóteses de autoria mediata o instrumento não é punido porque falta a ele algum dos elementos 
do crime. 
 
09 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Para a doutrina, o art. 20, §2º do Código Penal que dispõe que aquele que determina o erro é quem 
responde pelo crime é uma hipótese expressa de autoria mediata. 
 
GABARITO: CERTO. 
Primeiro, erro determinado por terceiro. O erro determinado por terceiro é uma hipótese de autoria 
mediata. Por quê? Porque aquele que determina o erro é quem responde pelo crime. Está previsto 
lá NO artigo 20, §2º do Código Penal. Agora, quem executa o crime não responde porque está em 
erro. Então quem responde pelo crime é o terceiro que determina o erro. Então essa é a primeira 
hipótese de autoria mediata. 
 
10 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA 
Na teoria do domínio funcional do fato, que corresponde às hipóteses de coautoria, há uma divisão 
de tarefas para realização do tipo penal. Então o agente mesmo não realizando o verbo núcleo do 
tipo pode ser considerado autor. 
 
GABARITO: CERTO. 
No tocante a essa divisão de tarefas, é importantíssimo fazer aqui uma observação: 
no caso da coautoria não é necessário que todos os coautores realizem um pedaço do verbo núcleo 
do tipo. Muitas vezes há uma realização do tipo por um só indivíduo, mas há uma divisão de tarefas 
para essa realização, o que vai se discernir da figura do partícipe, porque o partícipe não tem o 
domínio funcional do fato. Aqui, nós estamos diante de participantes que têm o domínio funcional 
do fato e dividem tarefas. Mas não se exige que cada um realize um pedacinho do verbo núcleo do 
tipo. O que vai identificar o autor não é a realização do verbo núcleo do tipo, mas é o domínio 
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funcional do fato, é um domínio dividido desse fato. Então é possível que um coautor não realize o 
verbo núcleo do tipo mas que ele pratique uma conduta em um sistema de divisão de tarefas em 
que ele possua o domínio funcional do fato, de forma que seria autor.

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