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DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 1 DIREITO PENAL Autoria e participação. Material de apoio DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 2 PROJETO ALVO CERTO TEMAS IMPORTANTES PARA CARREIRAS POLICIAIS EM 30 MINUTOS Futuro(a) Policial, Nesse ano, iniciaremos, em nosso canal no Youtube, o projeto Alvo Certo – Temas Importantes para Carreiras Policiais em 30 minutos. Como o próprio nome já sinaliza, o nosso objetivo é que, em apenas 30 minutos, você tenha uma aula completa acerca de um tópico relevante para concursos das Carreiras Policiais. Além da aula gratuita, você terá acesso a um material de apoio completo, com o resumo da aula e questões para treinamento. Semanalmente, serão liberados 2 vídeos das matérias que compõem o Núcleo Duro das Carreiras Policiais: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Processo Penal e Legislação Penal Especial. Iniciaremos o nosso projeto com as matérias de Direito Penal e Legislação Penal Especial. Vejam só a nossa dupla de professores: Tudo isso de forma gratuita e permanente, pois, fiquem tranquilos, as aulas não serão retiradas do canal após determinado tempo. Bons estudos! Equipe @dedicacaodelta DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 3 ASSISTA A ESSA AULA EM NOSSO YOUTUBE DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 4 DIREITO PENAL Autoria e participação. MATERIAL DE APOIO Marcelo Veiga – Direito Penal 1 - Introdução Conceito de autor: esse é um tema muito importante, é um tema que continua caindo por um motivo simples: porque a gente continua errando. Então, como nós continuamos errando o conceito de autor em concurso, o concurso continua cobrando, não tem jeito, né? Não é um tema abandonado pelas bancas. Vamos trabalhar isso hoje trazendo teorias e trazendo muita informação importante. Vamos lá? 2 – Teorias que explicam a autoria e a participação É uma concepção extensiva porque ela traz uma fórmula simples para identificar o autor. Ela não distingue autor e partícipe. Essa teoria então parte de um ponto importante de que não há distinção entre autor e partícipe. E que as diferenças objetivas e subjetivas da contribuição de cada um deles não são matérias do tipo penal, muito menos da ilicitude. É um problema de aplicação da pena. Então, essa diferença vai ser tratada na aplicação da pena. Como medida da culpabilidade individual. Trata-se de uma teoria muito influenciada pela teoria da conditio sine qua non, que considera causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Essa ideia de que todos aqueles que contribuem de alguma forma para o resultado são autores do crime, é uma influência da teoria da conditio sine qua non ou teoria da equivalência dos antecedentes causais. O segundo conceito já parte de uma construção restritiva. Porque ele faz uma distinção entre autor e participe. É por isso que essas teorias que nós vamos estudar são chamadas de teorias restritivas do conceito de autor, porque elas partem de um pressuposto que vai fazer essa distinção entre o conceito unitário. Na teoria unitária trabalhamos com um conceito extensivo de autor. Não há distinção entre autor e participe. A contribuição de cada um, seja essa diferença objetiva ou subjetiva, vai ser analisada na aplicação da pena. Como medida da culpabilidade individual. No conceito restritivo não, partiremos de um pressuposto simples: da existência de uma diferença entre autor e partícipe. E a primeira teoria que faz essa distinção é a teoria subjetiva que vai discernir autor e partícipe pelo critério da vontade. Para essa teoria, o autor é aquele que realiza o comportamento com vontade de autor, ou como diz a doutrina “animus auctoris”, ou seja, animus de autor, enquanto que o participe vai praticar essa conduta com vontade de participe, ou seja, com “animus socci.” DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 5 E o que é o animus de sócio do Partícipe? O dolo de ser sócio? É porque o partícipe enxerga o fato como alheio. E o autor enxerga o fato como próprio. Então no caso do homicídio mercenário, aquele que executa a ação, para essa teoria não é autor, é participe. Porque aquele crime realizado por ele, é visto, também por ele, como um crime de outra pessoa. Em que ele tem um papel ali de contribuir ou de executar, mas que aquele resultado é querido por outra pessoa. Então a teoria subjetiva ela vai discernir autor e participe sobre o critério da vontade, o autor tem vontade de ser autor, dolo de autor, enxerga o fato como o próprio enquanto partícipe tem vontade de partícipe, dolo de partícipe. Ele enxerga o fato como alheio. Um outro exemplo também trazido pela doutrina é aquele indivíduo que mata em nome do seu país, é o espião assassino. Esse espião assassino, para essa teoria deve ser considerado partícipe. Porque ela aquela morte faz sentido paro seu governo e não para ele individualmente. Às vezes ele mata uma pessoa que ele sequer conhece. Não tem nada contra a pessoa, mas pratica o crime para atender os anseios do seu Estado. Então, para essa teoria, aquele que enxerga o fato como um fato, um produto da vontade alheia é partícipe. Para ser autor, a conduta deve ser praticada com dolo, com vontade de autor. Essa teoria não foi adotada. A teoria objetivo material é aquela que majoritariamente é adotada no nosso ordenamento jurídico. Para essa teoria, o autor pratica o núcleo do tipo. O autor é aquele que realiza o núcleo do tipo. Ou seja, ele realiza a ação expressa pelo verbo contido no tipo penal. O núcleo do tipo é o verbo que descreve o comportamento que se quer evitar e aquele que o realiza é o autor do crime, ou ao menos autor da tentativa caso inicie a execução desse verbo núcleo do tipo. O partícipe, para essa teoria, contribui sem realizar o núcleo do tipo. Então a conduta do partícipe é sempre acessória, porque ele não realiza o verbo núcleo do tipo. Essa teoria também traz, segundo Frank, um paradigma causal porque é o autor aquele que ainda causa o resultado. Tem um fundamento causal ligado a teoria da conditio sine qua non. Ela possui um elemento causal porque considera o autor do crime aquele que efetivamente deu causa ao resultado e o comportamento do partícipe é causal, porque se exige na participação uma relevância causal, mas a relevância causal do comportamento do partícipe é diferente da relevância causal do comportamento do autor, porque a relevância causal do partícipe é uma relevância causal que é ligada a contribuição, é ligada a conduta do autor. Existe uma relação de causa e efeito entre aquilo que o participe faz e o auxílio ao autor, e, a partir daí o autor produz o resultado com a sua conduta, mas a conduta do participe ela não é causal de forma direta ao resultado, mas quem produz essa conduta causal diretamente relacionada ao resultado é o autor. A teoria Objetivo material é aquela teoria que vai discernir autor e partícipe com base na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Aquele participante que pratica uma conduta mais próxima de lesionar bem jurídico ou que efetivamente lesiona o bem jurídico, é o autor, e aquele participante em que a sua conduta representa um perigo ou uma lesão menos intensa ao bem jurídico, é o partícipe. DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 6 É uma teoria muito imprecisa porque ela não propõe o estabelecimento de um critério predefinido. Deve ser feita uma análise no caso concreto para saber quem éa autor e quem é o partícipe. 3 - Teoria do domínio do fato/teoria do domínio final do fato/final-objetiva: Para essa teoria, o autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos de execução. O autor para a teoria do domínio do fato deve controlar a execução do crime. E o partícipe é aquele que colabora sem possuir o domínio do fato. O autor para a teoria do domínio do fato, deve ter a possibilidade de continuar ou interromper o desenvolvimento da execução do crime. É ele quem controla a paralisação, a retomada dos atos de execução, ele controla a execução do crime. Só por isso já conseguimos discernir que a teoria do domínio do fato não identifica o mandante do crime como autor. O simples fato de uma pessoa ser mandante do crime não a qualifica como o autor pela teoria do domínio do fato. Porque ela deve exercer um controle sobre a realização do crime. Então é importante não misturar: Uma coisa é o mandante, outra coisa é o autor para a teoria do domínio do fato. Agora eventualmente o mandante pode se tornar o autor imediato da realização do crime, mas desde que ele controle a execução, a realização e a paralisação do tipo ou seja, a realização e a paralisação dos atos de execução propriamente. Não basta ordenar que outro pratique o crime. Esse conceito de autor para teoria do domínio do fato se desenvolve em três momentos: Domínio da vontade Domínio da ação Domínio funcional do fato. Iremos começar pelo domínio da ação. Para a teoria do domínio do fato é autor quem domina a ação. Ou seja, quando o autor pessoalmente pratica o comportamento descrito no tipo ele é autor. Agora, ele também é autor quando não pratica o comportamento descrito no tipo, mas se vale de um instrumento. O autor pelo domínio da vontade para teoria do domínio do fato é aquele autor que consegue instrumentalizar uma pessoa. Então surge surgem as figuras do autor mediato pelo domínio da vontade e o autor imediato. O autor mediato é aquele que domina a realização dos atos de execução e para isso ele se vale de um instrumento que é o autor imediato. Agora um ponto é importantíssimo para tratarmos aqui é de que esse instrumento para a teoria do domínio do fato é um instrumento que não é punido. Esse instrumento não é punido pela existência de um déficit de imputação. Nas hipóteses de autoria mediata o instrumento não é punido porque falta a ele algum dos elementos do crime. Quais são os exemplos trazidos pela doutrina? Primeiro, erro determinado por terceiro. O erro determinado por terceiro é uma hipótese de autoria mediata. Por quê? Porque aquele que determina o erro é quem responde pelo crime. Está previsto lá NO artigo 20, §2º do Código Penal. Agora, quem executa o crime não responde porque está em DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 7 erro. Então quem responde pelo crime é o terceiro que determina o erro. Então essa é a primeira hipótese de autoria mediata. A segunda hipótese de autoria mediata são as hipóteses em que o agente se vale de um inimputável. A utilização de um inimputável como um instrumento. A pessoa que tem uma inimputabilidade por doença mental, por falta de compreensão, inclusive por menoridade. Então, primeira forma de autoria mediata, erro determinado por terceiro, instrumento não responde, quem responde é o terceiro que determina o erro. Segundo a hipótese de autoria imediata utilização de um incapaz para realização do crime. E essa incapacidade pode se dar por critérios biológicos ou biopsicológicos. E a terceira hipótese trazida pela doutrina de autoria mediata é a coação moral irresistível, que está prevista no artigo 22 do Código Penal, causa legal de inexigibilidade de conduta diversa. Então o instrumento não responde pelo crime porque falta a ele culpabilidade. Então nas hipóteses de autoria mediata nós temos um déficit de imputação para o instrumento, o instrumento não responde pelo crime. Quem responde pelo crime é o autor mediato. No caso do erro determinado por terceiro responde aquele que determina o erro, no caso da utilização de incapaz pra realização do crime, responde ao autor mediato e no caso da coação moral irresistível responde o autor da coação e não coagido. Esse coagido não responde porque o próprio artigo 22 do Código Penal inclui como uma causa legal de exclusão da culpabilidade. É por isso que a doutrina afirma que o instrumento não responde pelo crime na autoria mediata. Há um déficit de imputação. Existe uma exceção: é que é na teoria dos aparatos de poder, que é aquela teoria em que quando há uma estrutura hierarquicamente organizada, dividida em tarefas compartimentalizadas, o autor da ordem se vale de um instrumento responsável. Roxin desenvolve essa teoria para explicar as organizações criminosas e, no Brasil e em alguns países do mundo passou também a ser aplicada nas hipóteses de organizações lícitas de empresas, crimes empresariais. Para a teoria dos aparelhos organizados de poder ou dos aparatos de poder o instrumento é punível. Essa é a exceção. Roxin utiliza para explicar essa teoria, o exemplo da execução de prisioneiros num campo de concentração, onde as pessoas que estavam no topo da hierarquia do Partido Nazista davam a ordem de execução independentemente de quem fosse executá-las e o executor é um executor responsável. Por fim, eu nós temos a teoria do domínio funcional do fato, que corresponde as hipóteses de coautoria. Nessa hipótese há uma divisão de tarefas para realização do tipo penal. No tocante a essa divisão de tarefas, é importantíssimo fazer aqui uma observação: no caso da coautoria não é necessário que todos os coautores realizem um pedaço do verbo núcleo do tipo. Muitas vezes há uma realização do tipo por um só indivíduo, mas há uma divisão de tarefas para essa realização, o que vai se discernir da figura do partícipe, porque o partícipe não tem o domínio funcional do fato. Aqui, nós estamos diante de participantes que têm o domínio funcional do fato e dividem tarefas. Mas não se exige que cada um realize um pedacinho do verbo núcleo do tipo. O que vai identificar o autor não é a realização do verbo núcleo do tipo, mas é o domínio funcional do fato, é um domínio dividido desse fato. Então é possível que um coautor não realize o DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 8 verbo núcleo do tipo mas que ele pratique uma conduta em um sistema de divisão de tarefas em que ele possua o domínio funcional do fato, de forma que seria autor. Então nós temos aqui o domínio do fato que se divide em domínio da vontade, a hipótese da utilização do autor imediato por um instrumento que em regra não é punido, o domínio da ação quando esse autor realiza pessoalmente o tipo penal e o domínio funcional do fato que corresponde as hipóteses de coautoria onde há uma divisão de tarefas. 4 - Hipóteses em que não cabem aplicação da teoria do domínio do fato: O Roxin parte de uma ideia de uma divisão simples de que existem delitos de domínio e delitos de infração de um dever. O que são esses delitos de infração de um dever? São aqueles delitos em que o autor não é identificado pelo domínio do fato, mas pela infração há um dever. Esse dever que é um dever jurídico. Para esse autor, não se aplica a teoria do domínio do fato aos crimes omissivos sejam eles próprios ou impróprios porque o que vai identificar o autor no crime omissivo não é o domínio do fato, mas a violação de um dever que é jurídico, que é o dever de agir. Não vai caber também a aplicação nos crimes culposos porque há violação também de um dever. Delitos de violação ou delitos de infração de um dever. Então o autor do crime culposo não domina o fato, ele é identificado pela violação de um dever de cuidado. Nos crimes especiais ou próprios. Aquio que vai identificar o autor não é a realização do tipo ou o domínio do fato. Mas a violação de um dever funcional, como na hipótese do peculato. Esses são delitos de violação de infração de um dever. Nos crimes de mão própria, porque para esses há uma exigência de uma realização pessoal do tipo penal. QUESTÕES PARA FIXAÇÃO Julgue Verdadeiro ou Falso: 01 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA A concepção extensiva de autor não diferencia autor do partícipe. Trata-se de uma teoria influenciada pela teoria da conditio sine qua non. Ela basicamente preconiza que todos aqueles que contribuem para o resultado são autores do crime. 02 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA O conceito restritivo de autor faz distinção entre autor e partícipe. É denominada teoria unitária. 03 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 9 A teoria subjetiva de autor vai discernir autoria e participação pelo critério da vontade. Para essa teoria, autor é aquele que realiza o comportamento com “animus auctoris”. 04 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA No homicídio mercenário, aquele que executa ação, para a teoria subjetiva, é partícipe e não autor. 05 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a teoria objetivo material, autor é aquele que realiza o núcleo do tipo. Ela difere autor e partícipe com base na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Essa teoria é adotada minoritariamente no Brasil. 06 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a teoria do domínio do fato, autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos de execução. O partícipe colabora também possuindo esse poder, mas de forma menos influente. 07 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a teoria do domínio do fato, na vertente “domínio da ação”, autor é somente quem pratica pessoalmente o comportamento descrito no tipo penal. 08 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA O autor mediato é aquele que domina a realização dos atos de execução e para isso ele se vale de um instrumento que é o autor imediato. O instrumento não é punido por causa da ausência de algum dos elementos do crime. 09 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a doutrina, o art. 20, §2º do Código Penal que dispõe que aquele que determina o erro é quem responde pelo crime é uma hipótese expressa de autoria mediata. 10 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Na teoria do domínio funcional do fato, que corresponde às hipóteses de coautoria, há uma divisão de tarefas para realização do tipo penal. Então o agente mesmo não realizando o verbo núcleo do tipo pode ser considerado autor. GABARITO COMENTADO DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 10 01 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA A concepção extensiva de autor não diferencia autor do partícipe. Trata-se de uma teoria influenciada pela teoria da conditio sine qua non. Ela basicamente preconiza eu todos aqueles que contribuem para o resultado são autores do crime. GABARITO: CERTO. Essa teoria então parte de um ponto importante de que não há distinção entre autor e partícipe. E que as diferenças objetivas e subjetivas da contribuição de cada um deles não são matérias do tipo penal, muito menos da ilicitude. É um problema de aplicação da pena. Então, essa diferença vai ser tratada na aplicação da pena. Como medida da culpabilidade individual. Trata-se de uma teoria muito influenciada pela teoria da conditio sine qua non, que considera causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Essa ideia de que todos aqueles que contribuem de alguma forma para o resultado são autores do crime, é uma influência da teoria da conditio sine qua non ou teoria da equivalência dos antecedentes causais. 02 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA O conceito restritivo de autor faz distinção entre autor e partícipe. É denominada teoria unitária. GABARITO: ERRADO. Na teoria unitária trabalhamos com um conceito extensivo de autor. Não há distinção entre autor e participe. A contribuição de cada um, seja essa diferença objetiva ou subjetiva, vai ser analisada na aplicação da pena. Como medida da culpabilidade individual. No conceito restritivo não, partiremos de um pressuposto simples: da existência de uma diferença entre autor e partícipe. E a primeira teoria que faz essa distinção é a teoria subjetiva que vai discernir autor e partícipe pelo critério da vontade. 03 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA A teoria subjetiva de autor vai discernir autoria e participação pelo critério da vontade. Para essa teoria, autor é aquele que realiza o comportamento com “animus auctoris”. GABARITO: CERTO. A primeira teoria que faz essa distinção é a teoria subjetiva que vai discernir autor e partícipe pelo critério da vontade. Para essa teoria, o autor é aquele que realiza o comportamento com vontade de autor, ou como diz a doutrina “animus auctoris”, ou seja, animus de autor. 04 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA No homicídio mercenário, aquele que executa ação, para a teoria subjetiva, é partícipe e não autor. DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 11 GABARITO: CERTO. No caso do homicídio mercenário, aquele que executa a ação, para essa teoria não é autor, é participe. Porque aquele crime realizado por ele, é visto, também por ele, como um crime de outra pessoa. Em que ele tem um papel ali de contribuir ou de executar, mas que aquele resultado é querido por outra pessoa. 05 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a teoria objetivo material, autor é aquele que realiza o núcleo do tipo. Ela difere autor e partícipe com base na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. Essa teoria é adotada minoritariamente no Brasil. GABARITO: ERRADA. A teoria objetivo material é aquela que majoritariamente é adotada no nosso ordenamento jurídico. Para essa teoria, o autor pratica o núcleo do tipo. O autor é aquele que realiza o núcleo do tipo. Ou seja, ele realiza a ação expressa pelo verbo contido no tipo penal. A teoria Objetivo material é aquela teoria que vai discernir autor e partícipe com base na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico. 06 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a teoria do domínio do fato, autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos de execução. O partícipe colabora também possuindo esse poder, mas de forma menos influente. GABARITO: ERRADO. Para essa teoria, o autor é aquele que controla a realização e a paralisação dos atos de execução. O autor para a teoria do domínio do fato deve controlar a execução do crime. E o partícipe é aquele que colabora sem possuir o domínio do fato. O autor para a teoria do domínio do fato, deve ter a possibilidade de continuar ou interromper o desenvolvimento da execução do crime. É ele quem controla a paralisação, a retomada dos atos de execução, ele controla a execução do crime. 07 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a teoria do domínio do fato, na vertente “domínio da ação”, autor é somente quem pratica pessoalmente o comportamento descrito no tipo penal. GABARITO: ERRADO. Para a teoria do domínio do fato é autor quem domina a ação. Ou seja, quando o autor pessoalmente pratica o comportamento descrito no tipo ele é autor. Agora, ele Também é autor quando não pratica o comportamento descrito no tipo, mas se vale de um instrumento. DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 12 08 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA O autor mediato é aquele que domina a realização dos atos de execução e para isso ele se vale de um instrumento que é o autor imediato. O instrumento não é punido por causa da ausência de algum dos elementos do crime. GABARITO: CERTO. O autor pelo domínio da vontade para teoria do domínio do fato é aquele autor que consegue instrumentalizar uma pessoa. Então surge surgem as figuras do autor mediato pelo domínioda vontade e o autor imediato. O autor mediato é aquele que domina a realização dos atos de execução e para isso ele se vale de um instrumento que é o autor imediato. Agora um ponto é importantíssimo para tratarmos aqui é de que esse instrumento para a teoria do domínio do fato é um instrumento que não é punido. Esse instrumento não é punido pela existência de um déficit de imputação. Nas hipóteses de autoria mediata o instrumento não é punido porque falta a ele algum dos elementos do crime. 09 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Para a doutrina, o art. 20, §2º do Código Penal que dispõe que aquele que determina o erro é quem responde pelo crime é uma hipótese expressa de autoria mediata. GABARITO: CERTO. Primeiro, erro determinado por terceiro. O erro determinado por terceiro é uma hipótese de autoria mediata. Por quê? Porque aquele que determina o erro é quem responde pelo crime. Está previsto lá NO artigo 20, §2º do Código Penal. Agora, quem executa o crime não responde porque está em erro. Então quem responde pelo crime é o terceiro que determina o erro. Então essa é a primeira hipótese de autoria mediata. 10 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA Na teoria do domínio funcional do fato, que corresponde às hipóteses de coautoria, há uma divisão de tarefas para realização do tipo penal. Então o agente mesmo não realizando o verbo núcleo do tipo pode ser considerado autor. GABARITO: CERTO. No tocante a essa divisão de tarefas, é importantíssimo fazer aqui uma observação: no caso da coautoria não é necessário que todos os coautores realizem um pedaço do verbo núcleo do tipo. Muitas vezes há uma realização do tipo por um só indivíduo, mas há uma divisão de tarefas para essa realização, o que vai se discernir da figura do partícipe, porque o partícipe não tem o domínio funcional do fato. Aqui, nós estamos diante de participantes que têm o domínio funcional do fato e dividem tarefas. Mas não se exige que cada um realize um pedacinho do verbo núcleo do tipo. O que vai identificar o autor não é a realização do verbo núcleo do tipo, mas é o domínio DIREITO PENAL AUTORIA E PARTICIPAÇÃO CUPOM DE 10% DE DESCONTO NO SITE: DEDICACAO-10 13 funcional do fato, é um domínio dividido desse fato. Então é possível que um coautor não realize o verbo núcleo do tipo mas que ele pratique uma conduta em um sistema de divisão de tarefas em que ele possua o domínio funcional do fato, de forma que seria autor.
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