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N1
Processo Civil
16/03/2023
Remember:
Qual a diferença entre processo e procedimento?
Processo é um conjunto ordenado de atos.
Imaginemos um trem saindo da primeira estação, percorrendo dias de trajeto, diversas
estações, e finalmente chegando à estação final. Os trilhos percorridos pelo trem seriam atos
do processo. Logo:
Processo é um ordenado de vários atos.
Já o procedimento é a ritualística, é o modo de como os atos são praticados.
Algumas notas sobre procedimento:
Cada processo tem seus próprios procedimentos. Há procedimentos mais céleres e outros com
mais atos processuais,mais específicos.
É matéria de ordem pública, ou seja, não pode ser objeto de escolha das partes.
No novo código civil:
Não há mais a diferença entre o rito sumário e o rito ordinário, que foi substituído pelo rito
comum. Ou seja, não existe mais a distinção entre sumário e ordinário. Resta apenas o
procedimento comum, previsto no art. 318.
2
Conceitos:
O rito sumário visa acelerar o processo e não possui recursos cabíveis quanto às suas
decisões, ou seja, são causa de única instância e quando um processo segue esse rito, não há
como recorrer de uma decisão proferida.
O rito comum é o procedimento padrão a ser utilizado na maior parte das causas. É uma
espécie de processo "coringa".
No novo código de processo civil:
1. Estímulo a outros métodos de resolução de conflitos.
2. Procedimento comum, que trouxe como principal mudança, a alteração do momento da
audiência de conciliação. Agora, essa é realizada antes do início do prazo para
apresentação da contestação.
As fases:
O procedimento comum é composto por quatro fases: postulatória, saneadora, instrutória e
decisória.
Há quem diga que são três fases, pois a saneadora está inserida dentro da instrutória,
entretanto, para fins didáticos isso não surte nenhuma diferença.
Tem início com a petição inicial, que é o instrumento processual por meio do qual o autor
veicula sua pretensão em juízo, provocando a atividade jurisdicional do Estado.
Postulatória: Onde ocorre a propositura da ação;
Saneadora: Fase de organização do processo, na qual o magistrado resolve questões e toma
providência para prepará-lo para a fase de produção de provas (instrução) necessária para o
julgamento (sentença).
3
Instrutória: É destinada à colheita de provas. A doutrina destaca que o processo alcança a
fase instrutória, pois os elementos de prova, sobretudo documentos, apresentados na fase
postulatória não foram suficientes para formar a convicção do juiz.
Decisória: É o momento em que o juiz, com a sentença, coloca fim a fase cognitiva do rito
comum.
A petição inicial:
Arts. 319, 320 e 321
Para ajuizar uma petição inicial, a parte precisa ter capacidade civil plena, ou seja, ser maior de
18 anos, e, na maioria dos casos, há necessidade de um advogado. Apenas em casos
excepcionalíssimos a lei permite a substituição processual, ou seja, que terceiro possa
apresentar em juízo direito de outro (exemplo: sindicatos e associações).
Nos casos de competência dos juizados especiais ou de pequenas causas, regulados pela Lei
9.099/95, as ações com valor inferior a 20 salários mínimos podem ser ajuizadas sem o
acompanhamento de um advogado.
1. Dá o impulso inicial para o Poder Judiciário;
2. É instrumento da demanda, ou seja, é meio para pedir a tutela jurisdicional, exercendo o
direito da ação perante o Estado que é in casu representado pelo juiz. O autor ao
reclamar a prestação jurisdicional, deduz pretensão não apenas perante o juiz, mas
também em face do réu.
3. O princípio da demanda, no processo civil brasileiro, limita a atuação jurisdicional
qualitativa e quantitativamente, preconizando que descabe ao magistrado conceder
aquilo que não consta do pedido ou da causa de pedir, bem como impõe o
enfrentamento de todas as questões essenciais suscitadas.
4
Requisitos da petição inicial:
Art. 319 CPC
Os requisitos da petição inicial são os seguintes: o juízo a que se destina; a qualificação das
partes (os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu) ; a causa de pedir;
o pedido; o valor da causa; as provas que pretende produzir; a opção pela realização da
audiência de conciliação ou mediação; e a apresentação dos documentos indispensáveis.
As partes:
1. Deve o autor indicar as partes.
2. Caso haja informações insuficientes: Haverá pedido de diligências.
3. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial. (Art. 321)
4. Citação possível: Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu
ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de
improcedência liminar do pedido.
Causa de pedir:
Art. 319 CPC
Previsto no art. 319, inciso III do CPC/15, a causa de pedir é um importante elemento da petição
inicial, já que se refere aos fatos e fundamentos jurídicos que levaram o jurisdicionado a acionar
o Poder Judiciário.
Ou seja, a causa de pedir deve conter:
1. O motivo pelo qual está em juízo;
2. Razão fático-jurídica que fundamenta o pedido;
5
3. Demonstração da pretensão do autor; 
Se divide em:
1. Remota: Origem do direito; 
2. Próxima: Ameaça ou lesão do direito;
A causa de pedir deve descrever o fato ou os fatos constitutivos do direito do autor, e a
ausência da causa de pedir na petição inicial, nos termos do art. 330, § 1º, inciso I do CPC/15, é
causa para o reconhecimento da inépcia da petição e o seu indeferimento, caso o autor não a
complete no prazo de 15 dias, conforme reza o art. 321 do CPC/15.
Pedido:
Art. 319 CPC
O pedido engloba: As pretensões do autor e deve ser feito em ordem. O autor deve incluir tudo
que pretende, além das obrigações sucessivas que também integram o pedido principal.
Princípio da correlação pedido e sentença: 
1. Sentença deve exprimir o pedido formulado na inicial; 
2. Sentença é nula se decidir de maneira diferente do pedido realizado;
Imediato: técnica processual a ser empregada; 
Mediato: bem jurídico protegido.
O autor pede ao órgão jurisdicional que tome determinada providência: 
Declaratória: A sentença declaratória tem por objeto simplesmente a declaração da existência
ou inexistência de relação jurídica, ou da autenticidade ou falsidade de documento (art. 19, I e II,
CPC/2015). No exemplo da reparação de danos, pode ser que o interesse do autor se restrinja a
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obter, pela sentença, a declaração de um tempo de serviço. Nesse caso o comando judicial
(dispositivo) será no sentido de “julgar procedente para declarar…”.
Constitutiva: Na sentença constitutiva, além da declaração do direito, há a constituição de novo
estado jurídico, ou a criação ou a modificação de relação jurídica. Exemplos: divórcio; anulatória
de negócio jurídico; rescisão de contrato e anulação de casamento.
No dispositivo, geralmente, o juiz utiliza a expressão “julgo procedente o pedido para decretar…”.
A sentença constitutiva não implica a abertura da fase de cumprimento. Se, no entanto, a
sentença de divórcio, por exemplo, fixar os alimentos para um dos ex-cônjuges, poderá haver
execução desse capítulo da sentença que, na verdade, terá caráter condenatório.
Em regra, as sentenças constitutivas têm efeito ex nunc (para o futuro). Exemplo: a sentença
que decreta o divórcio que se tem por extinto o casamento. Exceção: sentença que anula
negócio jurídico pode ter efeito ex tunc (art. 182 do CC).
Condenatória: Sentença condenatória é aquela que, além de promover o acertamento do direito,
declarando-o, impõe ao vencido uma prestação passível de execução. A condenação consiste
numa obrigação de dar, de fazer ou de não fazer. Exemplo: na ação de reparação de danos o juiz
declara a culpa do réu e condenado a indenizar (obrigação de dar). O comando judicial expresso
no dispositivo costuma vir da seguinte forma:“Julgo procedente o pedido para condenar…”.
Exemplos: os juros moratórios fixados na sentença são devidos a partir da citação (data em que
o devedor é constituído em mora, nos termos do art. 240, CPC/2015); a correção monetária na
ação de reparação de danos morais deve incidir a partir da data do arbitramento, ou seja, da
data em que o valor for fixado na sentença; os juros compensatórios na desapropriação são
devidos desde a imissão na posse.
Mandamental: Sentença mandamental é aquela que, além de declaração, contém uma ordem.
Exemplos: reintegração de funcionário público no seu cargo por força de mandado de
segurança e ordem para expedição de certidão.
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Executiva “latu sensu”: Nas sentenças executivas lato sensu, o preceito determina o que
deve ser cumprido. É o caso da sentença que determina o despejo, a reintegração de posse e a
imissão de posse. No caso, o comando jurisdicional determina, por ele mesmo, o cumprimento
satisfativo da pretensão.
Compreende-se no pedido principal: Juros legais; Correção Monetária; Sucumbência; 
Honorários Advocatícios.
Recurso Especial Repetitivo: “A correção monetária é matéria de ordem pública, integrando o
pedido de forma implícita, razão pela qual sua inclusão ex officio, pelo juiz ou tribunal, não
caracteriza julgamento extra ou ultra petita, hipótese em que prescindível o princípio da
congruência entre pedido e decisão judicial.” (Resp nº 1.112.524/DF, Rel. Min. Luiz Fux, j. em
01/09/2010, Corte Especial, STJ) .
Pedido
SUBSIDIÁRIO E SUCESSIVO:
a) subsidiário: Pedido que se faz para o caso de que pedido anterior não seja acolhido.
Quando, pela natureza da obrigação, o réu puder cumprir a obrigação por mais de um modo. Os
pedidos têm a mesma hierarquia, pois, cumprindo de qualquer maneira, o réu se exime da
obrigação. A escolha cabe ao réu.
Exemplo: Pedro vende para João um cavalo. Um dia após a aquisição do semovente, João
verifica que o cavalo não tem os dentes de trás. Ingressa com uma ação formulada com pedido
alternativo para o réu. Ou bem se devolve o dinheiro, o autor devolve o cavalo ou se faz um
abatimento no preço, pois se comprou o cavalo com todos os dentes.
Enunciado nº 287 do FPPC: “O pedido subsidiário somente pode ser apreciado se o juiz não
puder examinar ou expressamente rejeitar o principal.”
8
b) sucessivo (art. 289 do CPC): o autor formula mais de um pedido em ordem sucessiva,
para que o Juiz conheça do posterior se não puder conhecer do anterior. Não se confunde com
o pedido alternativo, porque o sucessivo contém um pedido principal e o outro, subsidiário, em
caráter de prejudicialidade. É o famoso “caso vossa excelência não entenda”.
Exemplo: João financiou um apartamento e vem pagando as parcelas. Decorrido um ano, o
proprietário do referido apartamento aliena o imóvel a um terceiro. João formula um pedido
sucessivo. O principal deseja o apartamento e, se o Juiz não entender cabível requer, ao menos,
a devolução das parcelas pagas.
Cumulação de pedidos:
Art. 327 CPC
A cumulação dos pedidos é a possibilidade prevista pela legislação para que em uma mesma
ação se tenha vários pedidos, mesmo que não haja conexão entre os pedidos. Nesse sentido,
caso haja um processo, com as mesmas partes e os mesmos fatos, pode a parte fazer diversos
pedidos para serem decididos pelo juízo na sentença.
Dessa forma, discorre a presente doutrinas:
“O art. 327 do CPC autoriza a cumulação de pedidos, em um único processo. É a chamada
cumulação objetiva, que se distingue da subjetiva, em que há mais de um autor ou de um réu
(litisconsórcio). Há controvérsia doutrinária a respeito do cúmulo objetivo, que para uns implica
verdadeira cumulação de ações em um único processo e para outros constitui apenas
cumulação de vários pedidos ou pretensões, em uma única ação e processo.”
“É o conjunto de ações cumuladas, em cúmulo objetivo ou subjetivo. Podem existir várias ações
num único processo, como ocorre no caso sob análise. A norma deixa clara essa ideia, quando
permite a cumulação de ações, num único processo”
Exemplo: Com uma mesma ação de guarda, a parte pode pleitear pedidos de guarda, pensão e
visitação dos filhos.
9
Tipos de cumulação de pedidos:
a) cumulação simples: Em que o acolhimento de um pedido não depende do acolhimento ou da
rejeição de outro (eles devem ser compatíveis entre si). O autor quer uma coisa e outra, o juiz
pode conceder uma e não conceder a outra, ou conceder ambas. Procedimento comum.
Exemplo: Indenização por danos morais e materiais (pode haver cumulação de danos morais e
estéticos).
Exemplo 2: cobrança simultânea de duas dívidas oriundas de fatos ou atos diversos;
Exemplo 3: em uma ação, pede-se o despejo do inquilino e o pagamento de multa rescisória. A
sentença pode deferir um, os dois ou nenhum dos pedidos.
b) cumulação sucessiva: Em que o acolhimento de um pedido depende do acolhimento de
outro.
Exemplo: investigação de paternidade e petição de herança.
Exemplo 2: Envolve ação onde o indivíduo busca a indenização pelo preço total do produto e,
subsidiariamente, o abatimento proporcional do preço, em caso de vício oculto.
Exemplo 3: Investigação de paternidade e alimentos. Para dar alimentos tem que declarar a
paternidade.
c) cumulação superveniente: ocorre no curso do processo e nos casos de denunciação à lide
ou no chamamento ao processo. Algumas doutrinas abordam essa terceira modalidade de
cumulação. A cumulação superveniente aplica-se à reconvenção, prevista no art. 343 do CPC.
Na reconvenção a cumulação é heterogênea, pois os pedidos cumulados com o principal são
da outra parte da relação processual. O juiz deverá analisar não só os pedidos do autor, mas
também os do réu (feitos na reconvenção).
10
Alteração do pedido e da causa de pedir:
A parte tem a liberdade de alterar a causa de pedir e o pedido (CPC, art. 319, inc. III). Tal
proceder é também conhecido como mutatio libeli. Entrementes, não se deve confundir a
emenda (ou correção) ou complementação da inicial (novo CPC, art. 321) com a alteração
(mudar algo antes existente) ou aditamento (aumentar algo ao que antes existia) do pedido
e/ou da causa de pedir formulado na petição inicial (novo CPC, art. 329).
Nesse caso, o CPC delimita prazos para tais desideratos: (a) até antes de acontecido ato
citatório (CPC, art. 231 c/c art. 329, inc. I) — porque ainda não completada a relação processual
—, poderá existir modificação do pedido ou da causa de pedir, sem necessidade do
11
consentimento da outra parte; (b) após a citação (CPC, art. 231 c/c art. 329, inc. II)— ou
seja, agora completa a relação processual —, somente com a autorização do réu (por meio
de intimação do seu patrono).
A permissão pode ocorrer com o simples silêncio da parte adversa.
Essas disposições também se aplicam à reconvenção (novo CPC, art. 329, parágrafo único), em
que pese aqui se trate de intimação da parte adversa (e não citação). De outro modo, uma vez
estabilizado o processo e ainda assim com o consentimento do réu, é vedada a transmudação
do pedido com o saneamento do processo (CPC, art. 329, inc. II c/c CPC, art. 357).
12
Oportuno gizar algumas considerações acerca da situações processuais “de fato ou direito
superveniente” (CPC, art. 493 c/c CPC, art. 342, inc. II).
Nesses casos, excepcionais, até mesmo ao juiz é dado tomá-los de ofício (no entanto,
oportunizando-se o contraditório). Assim, não é evento processual iguais aos ora tratados.
Vamos compreender como seria um pleito de alteração do pedido ou causa de pedir:
13
Valor da Causa:
Art. 291 e 292 CPC
É uma forma de impulsionar o processo, além de ter impactos na competência e nas custas
processuais.
O que é o valor da causa?:
É o potencial proveito econômico para as partes que demandam a tutela jurisdicional. E
equivale, então, à monetarização dos fatos e fundamentos jurídicos da causa.
Isto possibilita não apenas o andamento do processo, enquanto estímulo econômico às partes,
como também permite que os interesses sejamatingidos por outras vias na impossibilidade de
resolução do conflito nos exatos moldes da pretensão inicial.
Como calcular o valor da causa
O art. 292, Novo CPC, indica como o valor da causa será calculado a depender da espécie de
ação. Dessa forma, ele estabelece que será o valor:
1. na ação de cobrança de dívida: a soma monetariamente corrigida do principal, dos
juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da
ação;
2. na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a
resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico: o valor do ato ou o de sua parte
controvertida;
3. na ação de alimentos: a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;
4. na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação: o valor de avaliação da área ou
do bem objeto do pedido;
5. na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral: o valor pretendido;
14
6. na ação em que há cumulação de pedidos: a quantia correspondente à soma dos
valores de todos eles;
7. na ação em que os pedidos são alternativos: o de maior valor;
8. na ação em que houver pedido subsidiário: o valor do pedido principal;
9. nas prestações vencidas e vincendas: considerar-se-á o valor de umas e outras, sendo
que o valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação
for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo
inferior, será igual à soma das prestações (art. 292, § 1º e 2º).
Apesar disso, o valor da causa muitas vezes causa discussões no ordenamento jurídico. Isto
porque existem variedades de ações e de peculiaridades nas causas e pedidos, o que pode
impactar no valor econômico atribuído a eles.
Retificação do valor da causa
A incorreta atribuição de valor da causa, contudo, não implica inépcia da inicial, ao contrário do
que ocorre com a ausência de valor atribuído. Assim, se o valor auferido não corresponder às
previsões do Novo CPC, a própria parte poderá juntar petição pedindo a sua retificação.
No entanto, também dispõe o parágrafo 3º do art. 292, Novo CPC:
§ 3o O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não
corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo
autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Ou seja, o juiz corrigirá de ofício e por arbitramento o valor da causa caso a parte não o faça.
Isto ocorrerá quando verificar que o valor atribuído não corresponde:
ao conteúdo patrimonial, quando a causa versar sobre bens patrimoniais; ou ao proveito
econômico intencionado pelo autor.
Nesses casos, então, deverão ser recolhidas as custas correspondentes, uma vez que
calculadas com base no valor da causa, exceto quando for beneficiado pela justiça gratuita.
Impugnação ao valor da causa
15
Ademais, a parte contrária também poderá discutir o valor da causa, impugnando-o em
preliminar da contestação. De acordo com o art. 293, Novo CPC:
Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo
autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a
complementação das custas.
Esta é uma modificação significativa do CPC/2015 em relação ao CPC/1973. Isto porque, no
código anterior, a impugnação ao valor da causa era realizada em autos apartados, aumentando
o tempo do andamento processual. A previsão de que a oportunidade de impugnação é no
momento da contestação não apenas facilita a defesa do réu, como contribui para a celeridade
do processo.
Caso a impugnação não seja realizada, entretanto, a pretensão será atingida pela preclusão. Ou
seja, implicará a perda do direito de discussão posterior.
O juiz, então, decidirá acerca da impugnação. E, caso haja modificações e seja o caso,
determinará a complementação das custas processuais.
Competência em relação ao valor da causa
Segundo o Novo CPC, existem cinco espécies de competências, entre aquelas absolutas e
aquelas relativas. Desse modo, são elas:
1. funcional (absoluta);
2. em razão da matéria (absoluta) ;
3. em razão da pessoa (absoluta) ;
4. territorial (relativa);
5. valor da causa (relativa).
Como se percebe, portanto, o valor da causa pode influenciar a competência para
processamento. E isto envolve, sobretudo, os Juizados Especiais.
Juizados Especiais Estaduais
16
Segundo a Lei 9.099/1995, serão de competência dos Juizados Especiais Estaduais as
causas que não superarem 40 salários mínimos e que não se enquadrem nos incisos II, III e IV
do art. 3º, os quais dispõem:
II – as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III – a ação de despejo para uso próprio;
IV – as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I
deste artigo.
De igual modo, ficam excluídas da competência do Juizado Especial, segundo o parágrafo 2º do
art. 3º da Lei 9.099/1995, as causas:
1. de natureza alimentar;
2. de natureza falimentar;
3. de natureza fiscal;
4. de interesse da Fazenda Pública;
5. relativas a acidentes de trabalho;
6. relativas a resíduos; e
7. relativas ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial.
Juizados Especiais Federais
A competência para processamento nos Juizados Especiais Federais é regulada pela Lei
10.259/2001. Podem, então, ser de sua competência causas que não excedam 60 salários
mínimos. Ainda, devem versar sobre conteúdo de competência da Justiça Federal, exceto as
causas e ações:
1. referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal;
2. as de mandado de segurança;
3. de desapropriação;
4. de divisão e demarcação;
5. populares;
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6. execuções fiscais e por improbidade administrativa;
7. as demandas sobre direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais
homogêneos;
8. sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais;
9. para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza
previdenciária e o de lançamento fiscal;
10. que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores
públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares.
Enfim, o valor da causa é um elemento imprescindível não apenas para a garantia do
recebimento da inicial, mas também para a definição da competência. Contudo, também é
essencial na advocacia para o cálculo, inclusive, dos honorários advocatícios.
O advogado, portanto, precisa estar atento às previsões do Novo CPC e às peculiaridades do
caso. Ferramentas como um software jurídico auxiliam nos cálculos e contribuem para que as
informações necessárias sejam também repassadas aos clientes, de modo a esclarecer as
pretensões e possibilidades
Imparcialidade: O que é isso? E é possível?
Aí temos um assunto difícil, extremamente complexo. Os juristas ficam se digladiando nessa
palavrinha (briga de palavras, sem socos e pontapés). Mas, tem uma definição aceita pela
maioria deles: a imparcialidade ocorre quando o sujeito não tem interesse na decisão.
O juiz de futebol não pode ser parente do centroavante do time ou torcedor fanático daquele
time. Se ele gosta do time, que julgue outra partida! A ideia é que toda vez que alguém tem
interesse, se beneficia ou prejudica daquela decisão ele é parcial, portanto, não serve para
decidir sobre aquele caso. Resumo: o juiz pode apitar outra partida, mas aquele em que seu
time joga não dá, vai acabar favorecendo o seu time do coração. Vai ser parcial!
Cuidado: ninguém é neutro! Toda pessoa nasce numa família, num determinado contexto social,
econômico, de crença, etc. O juiz também tem posições políticas, tem ou não uma crença, etc.
18
Isso não é problema. Afinal, ninguém é uma folha de papel em branco! O que a
imparcialidade impede é que ele se beneficie ou prejudique da causa que está julgando. Ele
não deve ter interesse nela!
“É insustentável pretender que um juiz não seja cidadão, que não participede certa ordem de
ideias, que não tenha uma compreensão do mundo, uma visão da realidade. Não é possível
imaginar um juiz que não a tenha, simplesmente porque não há homem que não a tenha.”
(Zaffaroni). Ver em A neutralidade é um mito, mas a imparcialidade é um dever!
Suspeição: que “bicho” é esse?
Bom, depois de uma breve introdução, ainda fica a dúvida: que “bicho” é essa suspeição? A
suspeição e o impedimento são mecanismos jurídicos usados para afastar o juiz de um
determinado julgamento. Busca-se garantir a imparcialidade.
O impedimento (art. 144 do CPC) traz as possibilidades em que o juiz está PROIBIDO de
participar do julgamento. Se ele antes de ser juiz foi advogado, por exemplo, e participou da
defesa de uma das partes (autor ou réu), ele não pode decidir. Estaria sendo parcial, afinal, tem
interesse, tanto que já defendeu um dos conflitantes.
O mesmo ocorre se ele já tiver decidido aquela causa anteriormente. Vamos supor que ele era
juiz em uma cidade pequenina e decidiu o caso. Logo depois foi promovido ao Tribunal e a
causa caiu no seu colo novamente, nesse caso não pode decidir o recurso. Seria estranho ele
mesmo decidir sobre algo que já decidiu. Afinal o juiz erra e pode abusar do poder. O recurso é
justamente a análise realizada por uma pessoa diferente, por um novo juiz.
Uma outra hipótese proibida é se uma das partes tem como seu advogado o cônjuge,
companheiro ou parente do juiz. Nesse caso, como ele será imparcial? Afinal quer que seu
cônjuge ganhe aquela causa!
A suspeição segue a mesma linha, mas com diferenças. O impedimento é mais grave. O juiz é
proibido de participar. Já a suspeição é uma situação de gravidade menor, mas que também
permite afastar o juiz. O impedimento tem hipóteses objetivas, ou seja, é aquilo e pronto (o juiz
19
é cônjuge, não tenho que analisar nada, mas só afastar o juiz). Já a suspeição é subjetiva,
ou seja, tem que analisar caso a caso.
Resumo: a suspeição é a hipótese em que se pode afastar o juiz do caso. Ele pode ser suspeito,
mas nem sempre é. Vamos ver as hipóteses para facilitar (art. 145 do CPC).
Primeira hipótese
A primeira hipótese de suspeição ocorre quando o juiz é amigo íntimo ou inimigo de qualquer
das partes ou de seu advogado. Pense no juiz de futebol. Ele vive de futebol, apita jogos até
duas vezes por semana. Por óbvio ele terá amigos no meio de futebol. Assim, ele pode ser
amigo do goleiro ou do atacante. Isso não quer dizer, necessariamente, que ele vai favorecer
seu amigo. Imagine que ele tenha expulsado o jogador na partida anterior. Será que ele nunca
mais pode apitar a partida do jogador?
Assim teríamos que afastar todo juiz de futebol que expulsasse alguém. Tá certo que muitos
não gostam dos árbitros, mas isso é inviável. Agora imagine o juiz do tribunal. A lógica é a
mesma. Ele pode ter sido colega de faculdade de um advogado, conhece ele há anos por
sempre julgar causas na mesma cidade em que o advogado atua. Não dá para afirmar que
necessariamente ele é suspeito em todas as causas que o advogado atua. A lógica então é: tem
que analisar caso a caso e verificar se é o caso de suspeição.
Um detalhe importante: quando um advogado acredita que o juiz é suspeito ele pode fazer essa
alegação. O juiz indicado como suspeito pode aceitar a alegação e sair do caso. Se ele não
concordar, outro juiz diferente decide sobre a suspeição.
Segunda hipótese
A segunda hipótese de suspeição ocorre quando o juiz recebe presentes de pessoas que
tiverem interesse na causa, quando aconselha alguma das partes ou que ajudar nas despesas
da causa. Por óbvio que aquele juiz de futebol que ganhou uma grana de presente no dia
anterior à final do campeonato é, no mínimo, suspeito. O mesmo ocorre com o juiz no tribunal e,
assim, ele poderá ser afastado do julgamento. Agora, pode ser que ele tenha ganhado o
presente do amigo advogado em seu aniversário, aí não necessariamente ele é suspeito.
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Terceira hipótese
A terceira hipótese de suspeição ocorre quando uma das partes é credora ou devedora do juiz.
Se for devedor ou credor do cônjuge, companheiro ou de parentes do juiz também há
suspeição. Opa! Nesse caso é impedimento, não? Imagine que o réu é dono do banco e o juiz
pegou um empréstimo nesse banco. Complicou?! Cuidado, nem sempre há suspeição. Há
necessidade de analisar cada caso.
Quarta hipótese
A quarta e última hipótese de suspeição ocorre quando o juiz é interessado no julgamento do
processo em favor de qualquer uma das partes. Bom, se ele quer que alguém ganhe, deve
necessariamente se afastar daquela decisão. Ele é bem suspeito, não é?!
“Não basta, outrossim, que o juiz, na sua consciência, sinta se capaz de exercitar o seu ofício
com a habitual imparcialidade. Faz se necessário que não suscite em ninguém a dúvida de que
motivos pessoais possam influir sobre seu ânimo” (Liebman)
Impedimento
Juiz PROIBIDO de participar
Objetivo (situações expressas)
Suspeição
Juiz PODE não participar
Subjetivo (depende de análise de cada caso)
Caso Lula e suspeição do ex-juiz Moro
E o caso Lula? O ex juiz Sérgio Moro foi imparcial ou não? Bom, esse caso é polêmico e
emblemático, mas nós do politize buscamos a pluralidade, então sem posicionamentos. Só
queremos que entenda o que é suspeição.
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O Supremo Tribunal Federal recebeu um HC proposto pelos advogados do ex-presidente
Lula no caso do triplex do Guarujá. Os advogados alegaram que o ex-juiz Sérgio Moro teria sido
parcial no julgamento e pediram a sua suspeição. A alegação é de que ele teria aconselhado
uma das partes e de que teria interesse na decisão desfavorável a Lula.
A corte decidiu que houve suspeição no caso, ou seja, entendeu que o julgamento não foi
imparcial. Sendo assim, o juiz do caso deveria ser afastado e deveria ser realizado novo
julgamento ao caso.
TEORIA GERAL DAS PROVAS
Verossimilhança dos fatos: Análise provas até segunda instância – Duplo grau de jurisdição; 
Processo Cível
Verdade Formal: A verdade formal deve atingir o conhecimento da verdade real.
A verdade formal baseia-se na noção de que a reprodução jurídica do fato se exaure nas provas
e manifestações trazidas aos autos pelas partes, sendo mínimo e, por vezes, até inexistente, a
iniciativa do julgador na produção de prova com o objetivo de se descobrir a verdade.
Qual o conceito de prova? 
Qualquer representação material que demonstre a veracidade de um fato!. Ex: Papéis, fotos,
vídeos, áudios, documentos, depoimentos, laudos e etc.
Como provar conteúdo de internet?
Novo CPC confere força probante à prova digital! 
Art. 422, §1º do CPC; 
No caso de dúvida: 
Autenticação Eletrônica; 
Perícia.
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Princípios atinentes ao direito probatório: 
Dispositivo ou Poder Instrutório do Juiz; 
Livre Convencimento Motivado; 
Licitude das Provas;
Princípio Dispositivo ou Poder Instrutório do Juiz: 
Proveniente do dever do Estado em julgar todos os conflitos; 
Prerrogativa conferida ao magistrado em produzir provas; 
Objetivo: Encontrar a verdade;
Art. 370 CPC
O juiz pode determinar a produção de provas de ofício.
Princípio da imparcialidade:
O Princípio da Imparcialidade no Direito prevê esta imparcialidade do juiz durante sua atuação
em qualquer processo, no qual deve ser julgado sem qualquer pretensão por ele, de modo que
não deva favorecer alguma parte em detrimento de outra, causando desequilíbrio de igualdade
entre elas.
Princípio do Livre Convencimento Motivado 
O juiz tem liberdade para decidir da maneira que se convencer, desde que o faça com base nas
provas produzidas nos autos! 
Somente pode ser utilizado como razão de decisão aquilo que está nos autos e foi produzido
mediante contraditório! 
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a
tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento. 
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Dever de apreciar, analisar e valorar a prova!
Dever de fundamentar: 
 Fundamentar é analisar as provas em relação às teses jurídicasapresentadas; 
Juiz deve apreciar todas as teses apresentadas em juízo garantia do contraditório!
Art. 489, parágrafo 1º CPC
Para garantia do livre convencimento motivado o juiz deve: 
Analisar todas as provas; 
Confrontar com as teses; 
Decidir conforme o que consta no processo, manifestando sobre todas as teses!
Princípio da Licitude das Provas :
O processo deve ser instruído com base em provas lícitas; 
Objetivo: Garantir uma decisão justa!
Art. 5°, inc. LVI da CF: “São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas (retiradas) do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
O processo enquanto instrumento de pacificação social deve ser seguro; 
Legitima a atuação da função jurisdicional; 
Garantia do devido processo legal.
Formas de Ilicitude: 
Material: Ex: prova testemunhal coagida. A prova é ilícita pois quebrou alguma regra de direito
material;
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Processual: 1) admissão da prova; 2) produção da prova.
Admissão: deferida a produção da prova em momento inoportuno; 
Produção: não seguiu algum rito, ex: falta de contraditório.
Interceptação telefônica e gravação telefônica:
 Interceptação: registro do áudio sem anuência de qualquer dos interlocutores. Interceptação só
é admissível com autorização judicial; 
Gravação telefônica: conversa gravada por um dos interlocutores. É meio de prova lícito.
Art. 5º, inc. XII da CF: “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal”.
“Não é considerada ilícita a prova obtida através de gravação telefônica ou por vídeo, realizada
por um dos interlocutores. No caso, não se trata de gravação de conversa alheia (interceptação
telefônica, que depende de autorização judicial), não havendo que se falar em ilicitude. Nesse
sentido: “é lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores
sem conhecimento do outro” (STF, RE 583937 QO-RG, j. 19.11.2009, rel. Min. Cezar Peluso). 
Teoria da Árvore dos Frutos Envenenados: 
1. Análise da origem da prova; 
2. Se uma prova decorrer de outra que seja ilícita, essa também o será;
3. Teoria do Descobrimento Inevitável ou Descobrimento Provavelmente Independente 
4. Análise se a prova derivada de meio ilícito poder anulada; 
5. Entende-se que a prova seria produzida independentemente da prova ilícita
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Quando é necessário instruir o processo? 
For necessário comprovar a verdade dos fatos; 
Quando não for possível julgar o feito somente com base em provas documentais
Julgamento Antecipado de Mérito: 
 Art. 355 do CPC; 
Não houver necessidade de produção de outras provas; 
Réu revel e poderem surtir os efeitos da revelia;
Para o prosseguimento a fase de instrução é necessário a realização do saneamento do
processo; 
Despacho Saneador; 
Art. 357 do CPC.
Despacho Saneador: 
 Resolver questões pendentes; 
Fixar os pontos controvertidos; 
Definir a distribuição do ônus da prova; 
Delimitar as questões de direito relevantes para a decisão de mérito; 
Designar audiência de instrução e julgamento;
15 dias para as partes apresentarem rol de testemunhas; 
Com requisição de prova pericial, deve o juiz no despacho saneador estabelecer o calendário
para produção da prova.
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Quais fatos precisam ser provados? 
Fatos controvertidos: 
Fatos principais: objeto do litígio; 
Fatos simples: Fatos reflexos ao objeto do litígio.
Quais fatos não precisam ser provados? 
Art. 374 do CPC: 
1. Notórios; 
2. Confessados; 
3. Incontroversos; 
4. Presunção legal de veracidade.
5. Espécies de Prova: 
6. Documentais; 
Orais: 
Testemunhas e Depoimento Pessoal; 
Técnicas: 
Perícia e Inspeção Judicial;
Classificação das Provas conforme sua admissibilidade: 
 Pré-constituídas: prova produzida espontaneamente pela parte na fase postulatória da defesa.
Não sujeitas a juízo de admissibilidade, pois compõem o instrumento da petição inicial ou da
resposta do réu.
Constituendas: provas que estão sujeitas ao juízo de admissibilidade do juiz. Cabe ao juiz
ponderar quais provas serão produzidas a fim de constatar a veracidade dos fatos
controvertidos.
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Art. 373 do CPC; 
Em resumo, o ônus é de quem alega o direito; 
Autor – fato constitutivo do seu direito; 
Réu – fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito do autor;
Fundamentos da repartição do ônus:
Igualdade de posição dos litigantes; 
“Autorresponsabilidade” dos litigantes; 
Garantir a boa-fé processual;
Novo CPC e a possibilidade de inversão do ônus da prova: 
Adoção da Teoria da Carga Dinâmica das Provas; 
Antes do Novo CPC era admissível no CDC; 
Art. 373, §1º do CPC.
Redistribuição do Ônus da Prova: 
 Análise de qual parte do processo tem melhor condição de provar o fato; 
Princípios envolvidos: 
1. Igualdade; 
2. Cooperação;
3. Possibilidade de convenção entre as partes; 
4. Momento: 
5. Saneamento do processo; 
6. Decisão fundamentada.
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Súmula 301 do STJ: “Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao
exame de DNA induz presunção iuris tantum de paternidade.” 
PROCURAÇÃO ANTECIPADA DE PROVA
Art. 381 e ss do CPC; 
Procedimento de natureza cautelar; 
Objetivo: assegurar a integralidade de uma determinada prova.
Cabimento: 
Impossível ou inútil a verificação de fatos no curso da ação; 
Viabilizar a autocomposição; 
Prévio conhecimento dos fatos; 
Evitar ajuizamento da ação.
Pode ser manejado de forma autônoma ou incidentalmente; 
Competência: 
Onde a prova deva ser produzida; 
Domicílio do Réu; 
Não torna o juízo prevento.
PROVA DOCUMENTAL
Conceito: expressão material de um fato; 
Escritos, vídeos, áudios; 
Deve ser produzida no primeiro momento em que a parte se manifestar nos autos .
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Autenticidade: 
 Quando a lei exigir o documento por instrumento público, nenhuma outra prova supre tal vício:.
Ex: escritura imobiliária.
 Documento particular: 
Deve ser reconhecida autenticidade pela parte contrária; 
Com a assinatura de duas testemunhas;
Documentos são admitidos em sua totalidade; 
Impossível a divisão do documento para selecionar fatos; 
Nota escrita no documento, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedor.
Documento Público: 
Perda de validade se houver declaração judicial de falsidade. Cessa fé do documento público: 
Impugnada autenticidade e não comprovada veracidade; 
Em branco por preenchimento abusivo.
 Falsidade: 
Não verdadeiro; 
Alteração de documento verdadeiro;
Ônus da Prova em relação a autenticidade do documento: 
 Falsidade de documento ou preenchimento abusivo: quem arguiu; 
Impugnação da autenticidade: quem produziu o documento; 
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Arguição de Falsidade – 430 e ss do CPC: 
 Momento processual: 
Contestação; 
Réplica; 
15 dias da juntada;
Arguição de Falsidade: 
 Resolve-se como incidente processual; 
Deve ser resolvido em sentença; 
15 dias para manifestação da parte contrária; 
Perícia, exceto se a parte retirá-lo dos autos; 
Faz coisa julgada.
Exibição de Documento ou Coisa 
 Arts. 396 e ss do CPC; 
Pode ser requerida pela parte ou determinada de ofício pelo juiz – art. 370 do CPC; 
Incidental ou autônoma.
Exibição de Documento ou Coisa 
Incidental: 
No curso do processo; 
Finalidade de produzir prova; 
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Ação autônoma: 
Obrigação de fazer – art. 497 do CPC.
Exibição de Documento ou Coisa 
Deve ser requerido pela parte: 
Descrição completa do documento e da coisa; 
Finalidade; 
Circunstâncias que o documento se encontra em poder da outra parte; 
5 dias para resposta.
Em caso de recusa, pode o requerente provar que a afirmação é falsa; 
Não se admitirá a recusa – art. 399 do CPC: 
Obrigação legal de exibir; 
Citado o documento no processo como prova; 
Conteúdo comum àspartes.
No momento da sentença o juiz presumirá contra o requerido se: 
Não exibir o documento ou coisa; 
A recusa apresentada for considerada ilegítima; 
Inovação: Pode o juiz adotar medidas coercitivas para apresentação do documento;
 Par. Único do art. 400 x Súm. 372 do STJ: 
“Art. 400, Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.” 
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“Súm. 372 STJ: Na ação de exibição de documentos, não cabe a aplicação de multa
cominatória.” 
Documento em posse de terceiro: 15 dias para apresentação 
Havendo negativa do terceiro: Não possui o documento: Audiência; 
Recusa sem justo motivo: 5 dias para depósito; 
Busca e Apreensão 
Justos motivos para recusa – art. 404 do CPC: 
Negócios da família; 
Puder violar dever de honra; 
Puder desonrar parte ou terceiro ou perigo de ação penal; 
Sigilo profissional; 
Motivos graves que justifiquem ao juiz; 
Disposição de lei que permita a recusa.
PROVA TESTEMUNHAL
Espécie de prova oral; 
É o depoimento de pessoa estranha ao processo sobre os fatos narrados; 
Cabível quando não existir outro documento que comprove a veracidade dos fatos;
Conceito: Pessoa física, distinta das partes do processo, que, admitida pela lei, vem informar o
juiz – a pedido das partes e/ou por determinação do juiz – sobre fatos que necessitam ser
provados. 
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Não cabível: 
Já provados; 
Confessados; 
Somente por documento ou perícia possam ser provados
Testemunha deve pessoa estranha ao litígio; 
Se possuir proximidade com o litígio não pode prestar compromisso; 
Informante;
Distinção do tratamento entre partes e testemunhas: 
Partes: não comparecimento em juízo – presume-se enquanto confessados os fatos; 
Testemunha: é conduzida coercitivamente a juízo para depor
Distinção entre perito e testemunha: 
Perito: 
Conhecimento posteriores dos fatos; 
Conhecimento técnico para comprovação; 
Testemunha:
Conhecimento inicial;
Não pode ser considerada a prova ideal; 
Possível distorção dos fatos pelas pessoas; 
Passível de que a testemunha minta – art. 342 do CP 
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Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em
juízo arbitral. Pena: reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
O crime de falso testemunho tem como núcleos do tipo a conduta de fazer afirmação falsa e
negar ou calar a verdade, consumando-se no momento em que a testemunha termina de fazer
as suas declarações e o depoimento é encerrado. (CC 90947/RS, rel. Min. Arnaldo Esteves Lima,
j. em 20/5/2009) 
Crime Formal:
Basta alegação inverídica no processo. 
Valor Probante: 
 Obrigação que se exige prova escrita: 
Admissível prova testemunhal; 
Início de prova escrita; 
Documento deve ter sido emanado contra a parte que pretende produzir a prova;
Contratos simulados divergência entre a vontade real e a declarada; 
Contratos em geral vício de consentimento; 
Súmula nº 149 do STJ: “A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da
atividade rurícola, para efeitos da obtenção de benefício previdenciário.” 
Qualquer pessoa pode ser testemunha, exceto se for incapaz, impedido ou suspeito: 
Incapazes: 
Interditado; 
Acometido por enfermidade mental no tempo dos fatos ou no momento do depoimento; 
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Menor de 16 anos; 
O cego ou surdo, quando a ciência do fato depender do sentido que lhes falta;
Impedidos: 
Cônjuge, ascendente, descendente em qualquer grau, ou colateral, até o terceiro grau de alguma
das partes; 
Exceção: 
Interesse público; 
Causa relativa ao estado da pessoa, caso não seja possível outra forma de prova;
Parte na causa; 
Aquele que intervém em nome da parte enquanto advogado, tutor, curador, representante legal
de pessoa jurídica, juiz e outras pessoas que assistam ou tenham assistido as partes; 
Suspeitos: 
Inimigo capital ou amigo íntimo da parte; 
Tiver interesse no litígio;
Testemunha não é obrigada a depor – art. 448 do CPC: 
Fatos que acarretem grave dano ao cônjuge, companheiro, parentes até o terceiro grau; 
Deva guardar sigilo;
Produção da Prova 
 Rol de testemunhas: 
Nome, profissão, estado civil, idade, CPF, RG, endereço; 
Até 10 testemunhas; 
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Juiz é obrigado a ouvir somente 3 testemunhas; 
15 dias para apresentação;
Substituição de Testemunhas – art. 451 do CPC; 
Falecimento; 
Enfermidade; 
Tenha se mudado e não encontrada
Local do depoimento: 
Audiência de Instrução e Julgamento; 
Exceção: depoimento antecipado ou inquiridas por carta; 
Possibilidade de inquirição mediante videoconferência - §1º, art. 453 do CPC;
Juiz arrolado: 
Declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento dos fatos; 
Se não souber nada, riscará seu nome; 
 Autoridades – art. 454 CPC: 
São inquiridas em sua residência ou local onde exercem função ;
Intimação: 
Extrajudicial: 
Mediante A.R.; 
Juntar cópia da intimação e do comprovante de intimação em até 3 dias antes da Audiência; 
Sem intimação, a parte tem o dever de levar a testemunha; 
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Não comparecimento: desistência da prova;
N3