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ENDOCARDITE INFECCIOSA

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@katiellemasc 
 
• ENDOCARDITE INFECCIOSA 
➢ É uma infecção microbiana da superfície endotelial do coração, normalmente acometendo as 
valvas cardíacas; 
➢ Pacientes usuários de drogas são fatores de risco para endocardite 
➢ Doença grave associada a diversas complicações; 
➢ Pode acometer todo o sistema do tecido cardíaco 
➢ Paciente com endocardite pode ter AVC isquêmico 
➢ Acomete 3-10 casos para cada 100.000 habitantes 
 
➢ Nota-se vegetação no tecido valvar 
• CLASSIFICAÇÃO 
➢ A endocardite pode ser classificada pela localização 
➢ Pode acontecer em valva nativa, própria valva do paciente ou em valva protética (tanto 
biológica quanto metálica); 
➢ Endocardite do lado direito: o principal fator de risco é o usuário de droga 
 
• ETIOLOGIA 
➢ Agente etiológico mais frequente é o Streptococcus viradans; 
➢ Outros MO comuns: stapylococcus aureus, enterobactrérias 
➢ MO menos comum: 
➢ Bactéria do grupo HACEK (Haemophilus, actinobacilus, eikinella, kingella, cardiobacterium) 
➢ Coxiella burneti, Bartonella spp, Clamydia spp 
➢ Fungos; 
Endocardite infecciosa 
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• FATORES DE RISCO 
➢ Doença valvar reumática 
➢ Portadores de prótese valvar 
➢ Portadores de dispositivos intracardiacos (marcapasso) 
➢ Paciente imunossuprimidos 
➢ Histórico de endocardite previa 
➢ Usuários de drogas endovenosas 
➢ Portadores de cardiopatias congênitas (comunicação interventricular e tetralogia de fallot) 
• FISIOPATOLOGIA 
➢ O que vai gerar a endocardite? 
➢ Tem que ter uma lesão predisponente no tecido endotelial, essa lesão endocárdica leva ao 
turbilhonamento de fluxo secundários naquela região e terá uma expansão da matriz proteica 
celular, chamando para o local inflamação e depósitos de fibrinas, formando a vegetação 
trombótica não bacteriana. Quando ocorre episódio não transitório de bacteremia ocasionado 
por procedimentos invasivos como extração dentaria, pode ocorrer colonização de bactérias, 
causando invasão tecidual e crescimento na vegetação, levando a endocardite. 
• QUADRO CLÍNICO 
➢ Paciente começa com febre, é o sintoma mais frequente (presente em 90% dos casos) 
➢ Perda de peso, calafrios e anorexia; 
➢ Pode apresentar-se forma aguda (evolução rapidamente progressiva <2 semanas) ou subaguda 
(> 2 semanas a meses); 
➢ Sinais de insuficiência cardíaca, como dispneia aos esforços 
➢ Palpitações 
➢ Idosos podem apresentar febre baixa e rebaixamento do nível de consciência 
• EXAME FÍSICO 
➢ Presença de sopro valvar novo ou piora de sopro preexistente 
➢ Podem apresentar fenômenos embólicos e imunológicos: 
➢ Presença de fenômenos embólicos: 
➢ Podem acontecer: 
➢ Lesões de Janeway: acontece na palma das mãos e planta dos pés, é comum nas extremidades, 
microembolos indolores. 
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➢ São maculas eritematosas, indolores 
➢ Decorrentes de microembolizações sépticas; 
➢ Hemorragia conjutival 
➢ Alterações neurológicas (déficit focal pode ocorrer em 10-20% dos casos) 
➢ Presença de fenômenos imunológicos: 
➢ Nódulos de Osler: reações de imunocomplexos, são dolorosos, podem pegar palma das mãos e 
planta dos pés; 
 
➢ São pequenas lesões nodulares violáceas, dolorosas; 
➢ Decorrentes de uma vasculite mediada por imunocomplexos; 
➢ Manchas de Roth: 
 
➢ Manchas hemorrágicas com centro esbranquiçado; 
➢ Caracterizada pela deposição de imunocomplexos; 
➢ Avaliado na fundoscopia; 
• COMPLICAÇÕES DA ENDOCARDITE 
➢ Insuficiência cardíaca aguda 
➢ Abcesso perivalvar 
➢ Perfuração valvar 
➢ Insuficiência renal 
➢ Acometimento neurológico 
➢ Podem fazer tanto AVCI como AVCH 
• EXAMES COMPLEMENTARES 
➢ 2 exames iniciais hemocultura e ecocardiograma 
➢ Hemocultura: 
➢ Nem sempre a hemocultura é positiva 
➢ Fundamental para confirmar o diagnóstico: 
➢ Deve-se solicitar três pares de hemocultura 
➢ Cada par de hemocultura deve ser coletado de uma veia periférica diferente; 
➢ O ideal é aguardar pelo menos 30 minutos entre a coleta de cada par de hemocultura; 
➢ Depois da coleta começa antibiótico 
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➢ Repetir hemocultura com 48-72 horas do início do tratamento 
➢ Hemoculturas negativas podem ocorrer até 31% dos casos de endocardite infecciosa; 
➢ Geralmente são negativas quando ocorre administração prévia de antibióticos antes da coleta 
da cultura; 
➢ Em casos de endocardite por fungos ou bactérias fastidiosas (coxiella burnetti, bartonella spp, 
brucella, mycoplasma); 
• ECOCARDIOGRAMA 
➢ Endocardite é do lado direito do coração, na valva tricúspide 
➢ Tem papel fundamental para diagnóstico de endocardite: 
➢ Avalia a presença de vegetação 
➢ Avalia as complicações (abcesso perivalvar é a mais grave) 
➢ Avalia repercussão hemodinâmica 
➢ O exame inicial deve ser o ecocardiograma transitório 
➢ Ecocardiograma transesofágico deve ser indicado quando o ecocardiograma transtoracico não 
foi conclusivo e a suspeita de endocardite persiste; 
➢ O inicial é o transtorácico 
➢ Só pode transesofagico quando o transtoracico não for elucidativo 
 
➢ Ver a valva mitral, na facie externa da valva tem uma presença de massa 
➢ Principal suspeita de endocardite 
➢ Deposição de vegetação 
• EXAMES COMPLEMENTARES 
➢ Hemograma: anemia ocorre em 90% dos casos, tem leucocitose, pode ter leucopenia; 
➢ Prova de atividade inflamatória (proteína C reativa e velocidade de hemossedimentação) 
➢ Hipocomplementemia (5-10% dos casos) 
➢ Fator reumatoide positivo (até 50% dos casos) 
➢ Sumário de urina (pode ocorrer hematúria, proteinúria ou bacteriúria- causando glomerulonefrite) 
• CRITÉRIOS DE DUKE MODIFICADOS 
 
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➢ Para fechar o diagnóstico de endocardite: 
➢ Clinico: 2 critérios maiores e 1 menor; 1 maior e 3 menores; e 5 menores; 
• TRATAMENTO 
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• TRATAMENTO CIRÚRGICO 
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• PROFILAXIA PARA ENDOCARDITE INFECCIOSA 
➢ Procedimentos odontológicos que provoquem lesão gengival; 
➢ Extração dentária; cirurgia periodontal; implantes dentários; tratamento de endodôntico 
➢ Procedimentos que lese a mucosa do trato respiratório: 
➢ Broncoscopia com broncospia rígido 
➢ Amigdalectomia e adenoidectomia 
➢ Procedimento em trato genitourinário em portadores de ITU 
➢ Cistoscopia 
➢ Prostatectomia 
➢ Biópsias 
➢ Manipulação uretral (dilatação) 
➢ Procedimentos em trato digestivo 
➢ Dilatação esofágica por balão 
➢ Escleroterapia de varizes de esôfago

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