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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL PARA ENGENHARIA SEMESTRE 2023.1 PRÁTICA 7: VELOCIDADE DO SOM ALUNO: Ingride Silva de Sousa MATRÍCULA: 542571 CURSO: Engenharia de Petróleo TURMA: 18 PROFESSOR: Afonso Moura Fortaleza - Ce 1 - OBJETIVOS - Determinação da velocidade do som no ar como uma aplicação de ressonância. - Determinação da frequência de um diapasão. 2 - MATERIAL - Cano de PVC com êmbolo; - Celular com o aplicativo “Gerador de Freqüência”, que pode ser obtido em: para Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.boedec.hoel.frequencygenerator&hl=pt_B R, Para IOS: https://apps.apple.com/app/id1561496708 - Diapasão de frequência desconhecida; - Martelo de borracha; - Termômetro digital; - Paquímetro; - Trena. 3 - PROCEDIMENTO. Toda corda, todo fio de ar, ou em geral cada objeto tem uma ou mais frequências naturais de vibração, ou seja, frequências que vibram mais facilmente, ou seja, fazem melhor uso da energia que recebe. Com esta propriedade, se um objeto está em repouso e uma onda com frequência igual a uma de suas frequências naturais de vibração o atinge, o objeto também passa a vibrar na frequência considerada. Diz-se então que ressoa com a onda recebida. Portanto, um objeto pode melhorar o som que ressoa com ele. As condições de ressonância são encontradas em mecânica, óptica, física atômica e nuclear. Em todos os casos, quando o sistema está em ressonância, ele absorve a maior parte da energia da fonte e, quando não está em ressonância, absorve relativamente menos energia. É chamado de tubo de som: qualquer massa de ar, geralmente confinada por uma superfície cilíndrica fechada, que, quando ajustada para vibrar, produz um efeito sonoro. Segundo a página web https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos.php : “Assim como as cordas ou molas, o ar ou gás contido dentro de um tubo pode vibrar com frequências sonoras. Este é o princípio que constitui instrumentos musicais como a flauta, corneta, clarinete, etc. que são construídos basicamente por tubos sonoros.” Esses tubos sonoros possuem ou podem possuir duas extremidades abertas ou fechadas, como na imagem a seguir Figura 3.1 e Figura 3.2. Figura 3.1 - Representação de ondas estacionárias em tubos sonoros: com duas extremidades abertas. 2 https://play.google.com/store/apps/details?id=com.boedec.hoel.frequencygenerator&hl=pt_BR https://play.google.com/store/apps/details?id=com.boedec.hoel.frequencygenerator&hl=pt_BR https://apps.apple.com/app/id1561496708 https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos.php Fonte: https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos.php Acesso em 31 de maio de 2023. Figura 3.2 - Representação de ondas estacionárias em tubos sonoros: com duas extremidades fechadas. Fonte: https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos2.php . Acesso em 31 de maio de 2023. Quando o som é produzido no bocal e a frequência é alterada, há um momento em que a coluna de ar entra em ressonância, potencializando o som produzido. As ondas sonoras que entram no tubo e as ondas sonoras refletidas nas extremidades (mesmo nas extremidades abertas) criam ondas estacionárias. A Figura 3.3 mostra as ondas estacionárias para os três primeiros modos de ressonância para cada configuração de tubo de som. Observe a formação de nós de deslocamento (pontos fixos - onde existe interferência destrutiva) e antinodos (pontos de deslocamento máximo, onde existe interferência construtiva). Na ressonância, há sempre um nó de deslocamento na extremidade fechada e um antinodo na extremidade aberta. Figura 3.3 indica os nós e os ventres em um tubo sonoro com uma extremidade fechada. Figura 3.3 - Representação de uma onda estacionária, mostrando os nós e os ventres. Fonte: produzido pelo autor do “Roteiro - prática 7” disponível pelo classroom turma 29 acesso dia 31 de maio de 2023. Podemos usar a ressonância para medir a velocidade do som no ar. Por esta razão, em um tubo fechado em uma extremidade, o comprimento da coluna de ar é diferente, Figura 3.3. Em nosso laboratório utilizamos tubos de PVC, Figura 3.4, onde o comprimento da 3 https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos.php https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos2.php coluna de ar pode ser alterado movendo o êmbolo localizado em seu interior. Na Figura 3.5, mostramos um diagrama esquemático do dispositivo da Figura 3.4, mostrando o pistão por dentro. Figura 3.4 - Fotografia do equipamento utilizado em nosso laboratório para a determinação da velocidade do som no ar; na extremidade aberta está posicionado um celular como fonte sonora. Fonte: produzido pelo autor do “Roteiro - prática 7” disponível pelo classroom turma 29. acesso dia 31 de maio de 2023. Figura 3.5 - Representação do equipamento da Figura 3.4 mostrando o êmbolo no seu interior. Fonte: produzido pelo autor do “Roteiro - prática 7” disponível pelo classroom turma 29, acesso dia 31 de maio de 2023. O primeiro procedimento foi a determinação da velocidade do som no ar. Baixamos o app “Gerador de Frequência” nos nossos celulares, após ajustamos a frequência em 500Hz no Gerador de frequência. Colocamos o alto-falante do celular próximo da boca do cano de PVC, em 1,0 cm de distância. Mantendo o celular soando na boca do cano, movimentamos o êmbolo de modo a aumentar o comprimento da coluna de ar no cano. No procedimento ficamos atentos na intensidade do som, pois ele aumenta em uma certa largura dentro do cano. Quando a intensidade atingir uma sonorização máxima medimos o comprimento que de h1 seria medir diretamente na cavidade dentro do cano, para poder saber quantos cm teria ido. Assim dá continuidade obtendo após h2 e h3. Cada um da equipe fez a medida. Tabela 4.1 - Medidas realizadas pelo estudante 1. h1 (cm) h2 (cm) h3 (cm) 16,4 cm 50,0 cm 84,0 cm fonte: o próprio autor. Tabela 4.2 - Medidas realizadas pelo estudante 2. h1 (cm) h2 (cm) h3 (cm) 16,1 cm 50,5 cm 85,5 cm fonte: o próprio autor. 4 Tabela 4.3 - Medidas realizadas pelo estudante 3. h1 (cm) h2 (cm) h3 (cm) 16,3 cm 51,2 cm 83,5 cm fonte: o próprio autor. Logo após de cada tabela mostrada anteriormente (tabela 4.1, tabela 4.2 e tabela 4.3), iremos juntar em uma só e fazer a média para cada comprimento da cavidade na tabela 4.4. Tabela 4.4 - Medidas individuais e valores médios dos comprimentos das cavidades. Estudante 1 Estudante 2 Estudante 3 Média (cm) h1 (cm) 16,4 cm 16,1 cm 16,3 cm 16,3 cm h2 (cm) 50,0 cm 50,5 cm 51,2 cm 50,6 cm h3 (cm) 84,0 cm 85,5 cm 83,5 cm 84,3 cm fonte: o próprio autor. Temperatura ambiente: tA = 23,8 ºC. Medimos o comprimento máximo que a coluna de ar pode ter no cano utilizado: hmax = 110,8 cm e medimos com um paquímetro, o diâmetro interno do cano: dint = 47,45 mm No segundo procedimento determinamos a frequência de um diapasão. Que foi basicamente a mesma coisa do procedimento anterior, apenas substituindo o celular pelo o diapasão e anotamos as medidas de cada aluno na tabela 4.5, e colocamos a média de cada medida. Tabela 4.5 - Medidas individuais e valores médios para o diapasão. Estudante 1 Estudante 2 Estudante 3 Média (cm) h1 (cm) 19,0 cm 18,6 cm 19,2 cm 18,9 cm h2 (cm) 57,7 cm 57,5 cm 56,6 cm 57,3 cm h3 (cm) 96,2 cm 97,5 cm 96,9 cm 96,8 cm fonte: o próprio autor. 5. QUESTIONÁRIO 1- Determine a velocidade do som: V (m/s) A partir dos valores médios de h1 e h2 343 m/s A partir dos valores médios de h2 e h3 337 m/s Valor médio 340 m/s R= V=2(h2-h1)f V=2(50,6-16,3)f V=2(34,3)500 V=343m/s 5 ——————————— V=2(h2-h3)f V=2(84,3-50,6)f V=2(33,7)500 V=337 m/s 2- Calcule a velocidade teórica do som no ar, utilizando a equação termodinâmica: R= V = 331+ T em m/s 2 3 V = 331+ 23,8 2 3 V = 331+15,8 V = 346,8 m/s 3- Calcule o erro percentual entre o valor da velocidade de propagação do som no ar obtido experimentalmente (questão 1) e o calculado teoricamente (questão 2). Erroa =valor teórico-valor médio Erroa = 346,8-343,0 Erroa= 3,8 Error= 3,8 346,8 Error= 0,011 Error= 0,11% 4- Quais as causas prováveis dos erros cometidos na determinação experimental da velocidade do som nesta prática? R= A percepção do operador quanto à intensidade do som ao identificar a ressonância ao movimentar o êmbolo, a paralaxe ao medir a profundidade do cano ao êmbolo e até mesmo o fato do êmbolo poder se mover podem interferir na medição. Há também a distração de outros sons do ambiente, então é difícil praticar no começo. 5- Nesta prática foram observadas experimentalmente três posições de máximos de intensidade sonora. Calcule as posições esperadas para o quarto e o quinto máximos de intensidade sonora. Esses máximos poderiam ser observados com o material utilizado nesta experiência? Justifique. R= considerando que a velocidade do som teórica é 34681 cm /s e de h3 = 84,3 cm temos que: 34681 = 2 * (h4 - 84,3) * 500 h4 = 118,9 cm→ 34681 = 2 * (h5 - 118,9 ) * 500 h5 = 153,6 cm→ A cerca de 118,9 cm a 153,6 cm, esses valores não poderiam ser observados pois o comprimento do cano em questão seria de 110,8 cm. 6- Qual a frequência do diapasão fornecido? Utilize a velocidade do som calculada na questão 2. Sabendo-se que a velocidade do som teórica, segundo a questão 2, para uma temperatura de 23,8℃ é 34681 cm /s, tem-se que: 34681 = 2*(h2 - h1)*f1 e 34681 = 2*( h3 e h2)*f2 logo: 34681 = 2*(57,3-18,9)*f1 451,57 Hz→ 34681 = 2*(96,8-57,3)*f2 439,00 Hz→ então: f = 445,28 Hz 𝑓1+𝑓22 = 451,57+439,00 2 = 7- Quais seriam os valores de h1, h2 e h3 se o diapasão tivesse a frequência de 880 Hz? 6 (não considerar a correção de extremidade) V= 4 (h1 )880 343,0 = 4(h1)880 h1= 343,03,520 0,097 mℎ1 = Dev = 2(h2-h1).f, temos = 0,389 = 2.h2 2*0,097343,0880 → h2=(0,389+0,194)/2= 0,583/2 = h2 = 0,292 m ou 29,2 cm. h2= 0,292 m e h3 = 0,486 m De v = 2(h3 - h2)*f temos: (0,389 - 2*0,292)/2 = h3 = 0,486 ou 48,6 cm Figura 7.4 – Tubo com água e diapasão, para as questões 8, 9 e 10 a seguir. fonte: o autor do relatório “PRÁTICA 7: VELOCIDADE DO SOM” 8- Na extremidade aberta do tubo da Figura 7.4 é colocado um diapasão que emite um som puro (frequência 1705 Hz). Abrindo-se a torneira, a água escoa lentamente, sendo que para certos valores de h ocorre um aumento da intensidade sonora que sai do tubo. Alguns desses valores de h, iniciando pelo menor valor, são: 5,0 cm, 15,0 cm e 25,0 cm. Determine o comprimento de onda do som emitido pelo diapasão. Desconsidere a correção de extremidade. R= Frequência ( f ) = 1705 Hz h1 = 5,0 cm → 0, 05 𝑚 h2 = 15,0 cm h3 = 25,0 cm→ 0, 15 𝑚 → 0, 25 𝑚 R= = = = 0,2 m 20 cmλ = 𝑣𝑓 341 1705 λ 9- Determine a velocidade do som no ar com os dados da questão anterior. V=2(h2-h1)f V = 2*(15,0-5,0)*1705 V = 2*10*1705 V = 341 m/s 10- Determine a temperatura do ar considerando a velocidade do som obtido na questão anterior e considerando a equação termodinâmica para a velocidade do som em função da temperatura (questão 2). 7 R= V = 331+ T 2 3 341-331 = *T23 10 = *T =23 T = = 15 T = 15°C102 3 → 6. CONCLUSÃO. Concluímos que através da experimentação, o efeito da ressonância pode ser visualizado na prática quando o som emitido é consistente com a frequência do meio de propagação. A prática também permite usar as propriedades teóricas do som para determinar sua velocidade usando o sistema experimental utilizado. Sua confiabilidade foi testada comparando os valores obtidos na prática com os obtidos na teoria, e os resultados se mostraram aceitáveis. Ainda nesse sentido, são verificados possíveis erros de medição causados por fatores externos interferentes, como ruídos do local onde o teste é realizado. 7. REFERÊNCIAS. DE SOUSA, Ingride Silva. Prática 07 - Velocidade do som Classrom - Google, 26 set. 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1b2vw_TZwPpMqmmO8AQYhw_3xgEjdc9tJ/view?usp=shar e_link. Acesso em: dia 31 de maio de 2023 8 https://drive.google.com/file/d/1b2vw_TZwPpMqmmO8AQYhw_3xgEjdc9tJ/view?usp=share_link https://drive.google.com/file/d/1b2vw_TZwPpMqmmO8AQYhw_3xgEjdc9tJ/view?usp=share_link
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