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TUTELA JURISDICIONAL COGNITIVA Processo de Conhecimento → Cognição judicial = forma em que o julgador realiza a análise racional do processo e das regras procedimentais para tomar uma decisão → Rito comum ou especial (CPC ou Leis Extravagantes - quando rito comum é insuficiente) → Cognitivo - "o juiz conhece" . tese = inicial (autor) . antítese = contestação (réu) . síntese = sentença - título executivo presencial (juiz) → Relação Jurídica = tipo de relação interpessoal, regulamentada pela Lei, com direitos e obrigações . material = lei material - ex Código Civil (regulamenta o Direto) . formal = lei formal . pode ser de ordem privada ou pública Obs: questões principais = afetas ao pedido (o que a parte quer definitivamente) Questões incidentais = causa de pedir (o que precisa ser discutido para conseguir o pedido) → relação jurídica processual = envolve o Estado, sendo portanto de caráter público → Provocar a Tutela Jurisdicional . exercer o direito de ação = prática da demanda (ato jurídico) . a demanda é exercida através de uma petição inicial → Demanda = ato que introduz o objeto litigioso e define o objeto do ato final do procedimento - pode ser inicial ou ulterior . obs: a petição inicial é a forma da demanda, e não ela em si . PI é distribuída e é encaminhada para um juízo →instauração da 2ª relação jurídica = relação processual . contém atos . relação material - dentro do processo → Processo = instrumento de formação gradual: é a relação jurídica que se desenvolve numa dialética entre pessoas e é regulamentada por lei . o processo é algo mais amplo que o procedimento . relação jurídica pública . juiz "conversa" com autor e réu por meio de despacho . doutrinas = relação linear, triangular ou linear . a relação jurídica se inicia com a distribuição da petição inicial demanda) = relação entre Juiz e autor - Na data da distribuição, passa a existir uma relação processual entre o autor e o juiz; a relação se estabiliza com a citação válida do réu - A partir daí, existe uma litispendência, e os efeitos ocorrem para o autor; para o réu, a litispendência só produz efeitos com citação . a citação tem que ser válida, senão a sentença não existe para o réu . citação é imposição! . terceiro interessado também sofre efeitos da relação jurídica Lesão Jurídica → interesse de agir → direito de ação → demanda → petição inicial → poder judiciário Art. 329. O autor poderá: I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu; II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. → rito = como os atos processuais são ordenados → sentença trânsita = título executivo, que pode ser imposto ao outro lado ou aos dois Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 depois que for validamente citado. Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) . § 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação. § 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º. § 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. § 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica- se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei. → Alteração . Partes = autor, réu, terceiro . Causa de pedir = fatos - próxima (lesão) e remota (direito) . Pedido = Pedido, Lide, Objeto, Mérito, Pretensão PLOMP - mediato - relação material = bem da vida - dano moral ou material ou lucro cessante - imediato - relação processual = procedência do pedido . Juízo = Competência → Juiz julga procedente o pedido → não se pede procedência de execução! → art 329, CPC . antes da citação, o autor pode alterar o pedido, causa de pedir, partes . depois da citação, é necessário o consentimento do réu . até o saneador - Juiz depois disso não autoriza mais, pois está pronto para instruir o processo (mais à frente da contestação) → as ações são juntados pela mesma causa de pedir - exercer várias ações em um mesmo processo . associar . juntar por apenso → Prescrição - perdão, salvo em casos de serem imprescritíveis - mata o direito pela inércia . dano ao erário → O que mata direito é lei material! → alteração do Juízo somente se prevista na Lei . impedimento → substituto legal - suspeição - impedimento - incompetência - absoluta ou relativa → procedimentos comum, especial e sumaríssimo . o procedimento comum também é utilizado de forma residual → coisa julgada = algo que não se altera mais Suspensão do Processo → paralisação da marcha processual, mas sem deixar de existir - decorre da vontade das partes ou para solucionar algum impedimento → mantém os vínculos processuais, efeitos da litispendência → durante a suspensão, não se praticam atos jurídicos, mas existe a exceção para atos jurídicos urgentes, disposta no art 314, CPC A suspensão do processo depende de decisão judicial. → a decisão que suspende o processo é constitutiva, pois paralisa a atividade processual . salvo decisão em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo Hipóteses de suspensão → morte ou perda da capacidade processual da parte, representante legal ou advogado . morte de uma das partes também equivale à extinção de uma pessoa jurídica . a morte do autor pode dar ensejo à extinção do processo, se o direito litigioso for intransmissível → convenção das partes . a suspensão convencional do processo nunca poderá passar de 6 meses . o magistrado não pode, em regra, recusar a homologação Art 314, CPC = proibida a prática de qualquer ato processual durante a suspensão do processo, ressalvando a possibilidade de o magistrado determinar a realização de atos urgentes, para evitar dano irreparável. Art. 313. Suspende-se o processo: I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador; II - pela convenção das partes; III - pela arguição de impedimento ou de suspeição; IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas repetitivas; V - quando a sentença de mérito: a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o objeto principal de outro processo pendente; b) tiver de ser proferida somente após a verificação de determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a outro juízo; VI - por motivo de força maior; VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo; VIII - nos demais casos que este Código regula. IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o único patrono da causa e tornar-se pai. § 1º Na hipótese do inciso I, o juiz suspenderá o processo, nos termos do art. 689 . § 2º Não ajuizada ação de habilitação, ao tomar conhecimento da morte, o juiz determinaráa suspensão do processo e observará o seguinte: I - falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que promova a citação do respectivo espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) meses; II - falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio, determinará a intimação de seu espólio, de quem for o sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, pelos meios de divulgação que reputar mais adequados, para que manifestem interesse na sucessão processual e promovam a respectiva habilitação no prazo designado, sob pena de extinção do processo sem resolução de mérito. § 3º No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de instrução e julgamento, o juiz determinará que a parte constitua novo mandatário, no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual extinguirá o processo sem resolução de mérito, se o autor não nomear novo mandatário, ou ordenará o prosseguimento do processo à revelia do réu, se falecido o procurador deste. § 4º O prazo de suspensão do processo nunca poderá exceder 1 (um) ano nas hipóteses do inciso V e 6 (seis) meses naquela prevista no inciso II. § 5º O juiz determinará o prosseguimento do processo assim que esgotados os prazos previstos no § 4º. § 6º No caso do inciso IX, o período de suspensão será de 30 (trinta) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. § 7 º No caso do inciso X, o período de suspensão será de 8 (oito) dias, contado a partir da data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que haja notificação ao cliente. → art 313, CPC - explicação = causas suspensivas I. morte ou perda da capacidade processual - partes - representante legal - procurador . morte - ação personalíssima = extingue o processo ação patrimonial = sucessão processual . morte do autor = Juiz intima os sucessores do autor para habilitação nos autos (alteração do nome no Siscom) - petição no processo pedindo habilitação dos sucessores (coativa) . procedimento = art 699 . espólio não tem personalidade jurídica - pode ser positivo ou negativo . responde nas forças da herança - até onde ela pode pagar . se não tem advogado nomeia um e ocorre dativo - réu: intima o autor pl sucessão passiva - procurador: perde-se a capacidade postulatória (pressuposto processual - autor extingue e réu dá revelia) - representante legal = o da pessoa jurídica está no Estatuto (SA) ou Contrato (LTDA) = preposto (está no lugar do representante), no da pessoa física é observada a capacidade civil (de estar em juízo) . menor de 16 = representante . entre 16 0 18 = assistente . maior de 18 = não tem ou curador ou procurador . procurador processual (advogado) x material (representante legal) cumprimento de sentença x execução ação declaratória tem efeito erga omnes - Morte do terceiro interessado = depende do contexto II. Pela convenção das partes . negócio processual . para que o acordo surta efeito dentro do processo, precisa ser deferido pelo juiz (quem possui o impulso oficial) . o deferimento do juiz é vinculativo - apenas verifica - 6 meses art 313, § 4º . todos os prazos do art 313 são dilatórios . § 4º = 6 meses . procurador - advogado = §3º: 15 dias para o autor ou revelia III. Arguição de impedimento ou de suspeição . art 144 ‘ art 148, CPC . pode acontecer a qualquer momento . no impedimento, não tem momento para ser arguido - o próprio juiz deve se declarar impedido . ocorre nos autos - se o juiz aceita, encaminha para o substituto legal; se recusa, forma-se um procedimento = incidente (quem vai decidir é quem está acima - Tribunal) . na suspeição, as causas são subjetivas - se não ocorrer em 15 dias, preclui . necessariamente, arguido o impedimento não ocorre a suspensão do processo . não existe nulidade sem prejuízo - precisa de demonstração IV. Admissãode IRDR . art 976, CPC - fala dos procedentes como um todo . precedentes = vinculativos . até o CPC 2015 somente a súmula vinculante era vinculativa. . TJ - instauração do incidente - pode ser dada a suspensão dos processos alvo da matéria - ex: dativo - decisão vinculativa - ex: parametrização de entrega de medicamento não se paralisa processo de execução, só de conhecimento (execução já tem título) V. Sentença de mérito depender a - do julgamento de outra causa ou da declaração de existência ou inexistência da relação jurídica - questões de mérito (quando depende do julgamento de outra causa - repercussão geral ou declaração de relação jurídica) ss 4 =prazo máximo de 1 ano, mas pode ser dilatado b- tiver de ser proferida após unificação - questões de fato ou de prova . determinado fato ou . produção de prova requisitada a outro juízo . de fato = inquérito - toda questão relacionada aos pressupostos fáticos da incidência . de prova = precatória imprescindível - prejudicial externa de mérito . situação subordinante x situação subordinada - prejudicialidade . ex: a questão da culpa é subordinante à questão do pagamento . quando dentro da mesma causa, o juiz decide . normalmente, é decidida nos mesmos autos, mas pode acontecer de estarem em processos distintos - existe a possibilidade da reunião dos processos pelo autorizativo da conexão? (art 55, CPC) - elementos da ação, causa de pedir e pedido . ex: ação de inv de paternidade (JF) ação de alimentos (Matias) . fica com o processo quem recebe a demanda primeiro - identidade da causa de pedir é mais comum . 3 causa externa - não autoriza a conexão = suspende a subordinada VI. motivo de força maior . causas físicas VII. questão decorrente de acidente, questões marítimas VIII. demais casos legais . ausência de patrimônio preclusão - processo prescrição - material - intercorrente - 5 anos Art. 314. Durante a suspensão é vedado praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, todavia, determinar a realização de atos urgentes a fim de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de impedimento e de suspeição. Art. 315. Se o conhecimento do mérito depender de verificação da existência de fato delituoso, o juiz pode determinar a suspensão do processo até que se pronuncie a justiça criminal. § 1º Se a ação penal não for proposta no prazo de 3 (três) meses, contado da intimação do ato de suspensão, cessará o efeito desse, incumbindo ao juiz cível examinar incidentemente a questão prévia. § 2º Proposta a ação penal, o processo ficará suspenso pelo prazo máximo de 1 (um) ano, ao final do qual aplicar-se-á o disposto na parte final do § 1º. Extinção do Processo → não existe processo que termine sem sentença, do mesmo modo que nenhum se inicia sem petição inicial – a sentença resolve ou não o mérito da causa (art 203, §1º, CPC) → art 485/487, CPC = sentença → sentença terminativa ou definitiva → conceito: ato jurisdicional em que o juiz encerra sua atividade no processo (mexe em embargos declaratórios ou erro material) → terminativa: sentença sem análise do mérito (coisa julgada formal) - extingue a relação processual (art 485 e 486) - não ocorre a resolução da lide . art 486, CPC - o problema pode ser resolvido em outra demanda . alteração legislativa - prevenção = fenômeno que vincula o juiz → definitiva: com análise do mérito (coisa julgada material) - art 487 - normal, ocorre a solução da lide, resolve as relações jurídicas material e processual sentença → pedido → PLOMP → A extinção do processo sem resolução de mérito nãoimpede que o autor intente de novo a demanda, desde que seja possível sanar a falha que ensejou o juízo de inadmissibilidade e que se comprove o pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios (art 486, CPC) Hipóteses de extinção a) inadmissibilidade = sem resolução de mérito, decorrente da aplicação de sanção de invalidade do procedimento (art 485, I, IV, V, VI, VII, CPC) b) por morte = se o autor morrer e o direito litigioso for intransmissível (art 485, VIII, CPC) c) extinção por desistência = manifestação da vontade do demandante = negócio jurídico processual unilateral (art 485, VII, CPC) d) extinção por abandono = abandono da causa (art 485, II e III) → desistência é um negócio jurídico unilateral do demandante, a princípio sem necessidade do consentimento do réu . revogação da demanda que, uma vez homologada, autoriza a extinção do processo sem exame de mérito (art 485, VIII, CPC) . não se admite desistência após a sentença (art 485, §5º, CPC) Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. § 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. § 2º No caso do § 1º, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. § 3º O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. § 4º Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. § 5º A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. § 6º Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu. § 7º Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. Art 485 (explicação) I. indeferir a inicial - 319 = defeito da peça - oportunizar a emenda - 330 = . juiz precisa olhar de ofício / requerimento - os defeitos da peça precisam ser levantados . não se pode indeferir a inicial depois da citação II. abandono das partes - prazo de 1 ano (dificilmente acontece) . o abandono da causa leva o juiz a presumir que houve desistência das lides . quem é intimado é o advogado . intimar pessoalmente as partes - autor = dar andamento ao processo - réu = se concorda com a extinção . na lei, só se pode extinguir após intimar pessoalmente a parte . desistência presumida . não há intimação se o réu for revel . extinção sem mérito III. abandono de autor por mais de 30 dias . intimar pessoalmente autor e réu . ex: banco - alienação fiduciária . extinção sem mérito (relação processual) IV. ausência de pressupostos processuais . relação processual - regulamentada pelo Direito . um processo só pode gerar uma sentença boa se obedecer ao princípio do devido processo legal . instrumento da jurisdição falho = sentença não pode ser dada 1. subjetivos . juiz = competente, imparcial, sem impedimento, sem suspeição, regularmente investido . parte = de ser parte (pessoa, que é sujeito de direitos e obrigações - pessoa física ou jurídica), de estar em juízo (pessoa fĩsica, maior e capaz; menor ou incapaz (curador), com assistente ou representante legal - pais, tutor, guardião) (pessoa jurídica - contratual ou estatutária, preposto), capacidade postulatória (advogado, salvo disposto em lei - enquanto não constituir outro advogado, o processo não anda; se não houver, extingue-se o processo) 2. Objetivos: demanda regularmente proposta . processo dispositivo - o juiz não pode começar a ação que irá julgar . citação válida . rito adequado - forma adequada = se desobedece, fere o devido processo legal . não pode haver nenhum tipo de nulidade - não existe nulidade sem prejuízo V. reconhecimento da perempção, de litispendência e da coisa julgada - perempção . art 486, § 3º - abandono . a perempção tem número certo . perempção (processual, tira o direito de ação) x prescrição (material) - litispendência . mesmo pedido em mais de um processo . quem julga? o primeiro fica, o segundo é extinto . depende da tramitação . quem forma, em regra, é o réu - coisa julgada . sem tramitação . perempção é a perda do direito de ação por parte do autor, uma vez que deixou o processo ser extinto 3 vezes sem análise de mérito VI. verificar a ausência de legitimidade e de interesse processual . legitimidade = pertinência subjetiva - não se defende direito alheio - ordinária = coincide com o direito que está sendo trazido - extraordinária = defender em nome próprio o direito alheio (ex: MP - ação de perfilhação) - interesse . necessidade = juiz percebe que o processo é imprescindível para a solução do litígio (se refere ao processo, é processual) . falta de interesse x improcedência ex não necessidade processual: usucapião para pobres . princípio da inafastabilidade do juiz e de acesso à justiça art 488, CPC: primazia do mérito Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485 . . adequação = forma (rito) - ex: obrigação de fazer não é para ação popular, mas ação civil pública . a discordância do mérito é da relação material . cada pedido representa um direito de ação → condições da ação (levavam à extinção do processo sem a análise do mérito) viram pressupostos processuais no novo Código (PIL) . possibilidade jurídica do pedido = material - o pedido é impossível quando é vedado - ex impossibilidade jurídica: isenção de pagamento de dívida de jogo, contrato contra liberdade - ação improcedente . interesse = processual . legitimidade = processual . 2 juízos - processual - material falta de legitimidade = sem análise do mérito se não tem direito = improcedência VII. Convenção de arbitragem . feita através da cláusula compromissória . exclui a juridição = veda . direito internacional § 3º, art 485 VIII. homologar a desistência da ação . homologar - carimbada de juiz, atua apenas para a eficácia jurídica de um negócio . coisa julgada formal . o direito de ação pode ser exercido até prescrever . ocorrendo citação - se for válida, o juiz não pode extinguir sem ouvir o réu - depende da concordância . diferete de renúncia do direito (relação material) . não precisa haver motivação - imotivado . não existe renúncia tácita, e não se pode voltar atrás IX. morte da parte . se não tem a parte, falta um pressuposto processual . juiz: ação é patrimonial ou personalíssima? - mesmo procedimento que a suspensão do processo obs: investigação de paternidade não é extinta . espólio - conjunto de direitos e obrigações - massa patrimonial X. demais casos legais Extinção do processo → sem mérito - 485, CPC = sentença terminativa (coisa julgada formal, termina com a relação processual) → com análise de mérito - 487, CPC = definitiva(coisa julgada material) SENTENÇA DEFINITIVA Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332 , a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se. → Art 487 (explicação) I. acolher ou rejeitar o pedido da ação (autor) ou da reconvenção (réu) . acolher = procedência - título judicial . se ocorre erro material no TJ, pode ocorrer ajuste . se ocorre omissão, contradição ou obscuridade - embargos declaratórios - acolhe ou rejeita - sentença condenatória . toda sentença condenatória possui uma carga declaratória . sempre vai ser de uma obrigação de fazer, não fazer ou dar alguma coisa certa ou incerta (art 475, j - fase do cumprimento de sentença) . é incerta até escolha ou concentração, então a coisa incerta se torna certa, e o obrigado faz o adimplemento com a entrega . a coisa certa pode ser móvel, imóvel ou semovente ou pecúnia . o juiz para cumprir com o que está acima, pode usar técnicas processuais - subrogação ou coerção . sub rogação: o juiz que deu a ordem . ex: cartório - o registro é que gera o domínio - contrato é de gaveta, gera posse mas não gera domínio . coerção: medidas de apoio (são escolhidas pelo juiz) - astreintes - algo que o juiz entenda que seja apto a convencer o outro lado . ex: multa - sendo da relação processual, pode ser aumentada, reduzida ou retirada . ex: busca e apreensão . ex: despejo = relação locatícia . ex: reintegração de posse = relação não locatícia . declaratória . constitutiva . rejeitar = improcedência . a sentença de improcedência nunca vai ser condenatória, só a que acolhe . condenatória resolve, declaratória e constitutiva extingue II. decidir sobre (lei material) → decadência - só recai sobre sentença constitutiva . pode ser legal (a lei diz, o juiz pode olhar de ofício) ou convencional (as partes estabelecem em contrato) . direito que possui um prazo para ser exercido . independe do outro lado → prescrição - só em caso de sentença condenatória (só as obrigações prescrevem) . recai sobre a pretensão resistida . imprescritível = lesão ao erário público . depende de interesse . caso de sentença declaratória = não decai e não prescreve NUNCA - o juiz quando declara algo, é por meio de observação → quando o juiz decide sobre decadência ou prescrição, ele afeta a relação material = sentença definitiva, fazendo coisa julgada material (art 487) → § único, art 487 . por ordem legal, o juiz não pode surpreender a parte - completude ao contraditório material III. Quando homologar a) reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação (autor) ou reconvenção (réu) . a sentença homologatória não é decisão . a homologação parece eficácia integrativa do negócio jurídico que já aconteceu - gera o título judicial . a parte contrária reconhece a outra (reconhecer procedência do pedido) . ocorre negócio bilateral - reconhece o direito . reconhecimento x confissão - reconhecimento tem que ser falado, recaindo sobre o pedido (PLOMP) - confissão recai sobre o fato - o reconhecimento do pedido pode ocorrer a qualquer momento, desde que antes da sentença b) transação = acordo = negócio jurídico . pode ser feito a qualquer tempo ou grau de jurisdição . pode ser total ou parcial . pode ser homologado por interlocutória ou por sentença - as decisões com carga meritória são interlocutórias, mas o juiz continua no processo . questão das custas - art 90, § 2º e 3º - se as partes não disciplinarem sobre as custas, há custas pro rata - com custas finais a serem solvidas, ocorrendo acordo antes da sentença, não se paga custas finais . art 515 § 2º - é possível incluir objeto no acordo? - é possível colocar outras partes no acordo? parte externa precisa dar consentimento, pois não pode ser onerada se é negócio, pode ser homologado, pois é direito disponível . o juiz não pode negar o acordo, só se violar a estrutura do processo civil . por ser um negócio jurídico, o acordo entre as partes é irretratável, mas rescindível (padece de um vício) - ex: divórcio litigioso - parte queria voltar na situação - deveria alegar um vício c) renúncia à pretensão → ação → reconvenção → renúncia ocorre ao direito o qual se funda a ação ou reconvenção, é unilateral → alguns direitos são disponíveis - possível de renunciar - irretratável (o direito é da parte, o juiz só homologa) - o direito não pode mais ser usado nem para ação ou defesa → é sempre dada vista à parte contrária (art 10, CPC) . ex: pai não pode dispor sobre os direitos do filho em ação de alimentos, pois não é disponível → não existe decisão no meio do processo sem ser parcial Primazia do mérito → se a sentença sem mérito tiver uma apelação, possui direito regressivo (art 487, § 7º) . pode apelar e pedir ao juiz para voltar na decisão . regressivo ou retratação → art 317, CPC - primazia do mérito . mesmo que tenha defeito, qualquer que seja a causa que leva à extinção sem mérito, se quer o mérito - o juiz não pode dar a decisão extintiva sem oportunizar que a parte faça a correção. Processo de conhecimento: procedimento comum → O Estado (juiz) disponibiliza 3 tipos de tutela . tutela = tudo o que o Estado entrega ao jurisdicionado quando é exercido o direito de ação (ex: pode reconhecer em favor de alguém uma obrigação de dar, fazer ou não fazer) Didier: a análise da cognição judicial é o exame da técnica pela qual o órgão julgador tem acesso e resolve as questões que lhe são postas para apreciação. Tutela de Conhecimento/Cognitiva → Recai sobre um objeto → Objeto do processo (fatos e o direito - mostrar para o juiz uma subsunção, a atividade que ele tem que fazer) x objeto litigioso (pedido - PLOMP) . objeto do processo: abrange a totalidade das questões que ainda estão sob apreciação do órgão julgador . objeto litigioso: questão principal, mérito da causa . enquanto o primeiro faz parte apenas do objeto da cognição do magistrado, o segundo é o objeto da decisão . todo procedimento possui um objeto litigioso, sendo este definido pelo ato inaugural → Tutela de inteligência, raciocínio, assertiva da lide = gera uma sentença . Processo com mais ênfase cooperativa (art 6º, CPC) - advogado levar ao juiz uma fundamentação juridicamente bem fundamentada, não é uma atividade solitária . Subsunção = baseada em provas; pegar o fato e encaixar no ordenamento jurídico . As regras de dedução devem sempre ser trazidas com base fática . Fundamentação da sentença - tudo precisa ser motivado (art 504, CPC) - se não motivou = embargos declaratórios . Pedido = decisão do juiz, é o que faz coisa julgada material → o juiz entende a tese, a antítese e depois de apreciar as provas, procura a subsunção → quando o juiz exerce essa atividade e reconhece o direito do autor, ele prolata uma sentença procedente, que é reconhecida pelo ordenamento como um título executivo judicial Art. 503. A decisão que julgar total ou parcialmente o mérito tem força de lei nos limites da questão principal expressamente decidida. § 1º O disposto no caput aplica-se à resolução de questão prejudicial, decidida expressa e incidentemente no processo, se: I - dessa resolução depender o julgamento do mérito; II - a seu respeito tiver havido contraditório prévio e efetivo, não se aplicando no caso de revelia; III - o juízo tiver competência em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la como questão principal. § 2º A hipótese do § 1º não se aplicase no processo houver restrições probatórias ou limitações à cognição que impeçam o aprofundamento da análise da questão prejudicial. . questão principal = sentença . questão incidental = fundamentação da sentença . dentro da sentença = atividade do juiz Tutela de Execução → Atividade invasiva, não é de conhecimento → Baseia-se no título → Processo de execução - penhora, busca e apreensão → Título judicial (cumprimento de sentença) ou extrajudicial (ação de execução) - exemplo: dativo (art 730, CPC) → Fase executiva - já passou pela fase de conhecimento → Não se pede procedência de execução pois é uma atividade invasiva Obs: IRDR é vinculativo Tutela Preservativa/ de urgência → Pode ser por cautelar, tutela antecipada ou tutela de evidência → Recebe agora o que só receberia na sentença → visa assegurar os objetos do processo dos efeitos deletérios do tempo . Ex: internação, remédio antes de perícia, cautelar, tutela antecipada preliminar → Processo = rito/ procedimento - normas de ordem pública (determina a obediência - se não obedecer, art 283 do CPC = juiz chama ao processo a ordem quando se depara com um erro de forma) → procedimento = ordenação dos atos da relação jurídica processual (processo) . art 283, CPC + art 567, CPC = erro de forma - Se o juiz enxerga o erro de forma e ele não trouxe prejuízo para ninguém, ele não anulará nenhum ato. Mas se o juiz considerar que o erro, minimamente, pode trazer prejuízo a alguma das partes, ele irá do erro para a frente anular o processo, refazendo-o a partir do erro - reconhecimento do equívoco e do prejuízo causado - Nulidade só dos atos que não podem ser aproveitados - Condição da anulação = prejuízo (art 567, CPC) - Princípio pas de nullité sans grief = não tem nulidade sem prejuízo - Art 190, CPC = negócio processual . processo de conhecimento = o rito pode ser comum ou especial - Rito especial: CPC e leis extravagantes . a escolha do procedimento é sempre feita por eliminação 1. O objeto do processo e o objeto litigioso possuem tratamento em legislação extravagante? . objeto do processo = abrange a totalidade das questões que estão sob apreciação do órgão julgador . objeto litigioso do processo = questão principal, mérito da causa, objeto da decisão . a demanda costuma ser considerada como ato que introduz o objeto litigioso → todo procedimento possui um objeto litigioso, sendo definido por seu ato inaugural, a demanda 2. Possui rito especial no CPC? . o procedimento comum só é adotado se o especial não pode ser utilizado → o procedimento comum se desdobra em fases lógicas . fonte subsidiária dos procedimentos especiais . 4 fases, construídas pela similitude dos atos - são lógicas, mas nem sempre todas são necessárias . 1ª fase = postulatória (pedir) - Início do processo - Inicial + contestação + réplica (pode ter ou não) - Não há tréplica! - As partes falam/postulam . 2ª fase = saneadora (cuidar) - Fase de correção do processo por parte do juiz, que se debruça com mais de atenção sobre o processo - Ver se a citação está válida, juntar procuração, nomear curador… - Concentração da atividade - o juiz tenta sanar o processo desde o momento em que recebe a petição inicial - Emendar a inicial é sanear o processo - Despacho saneador - Sempre existe, desde o início do processo . 3ª fase = instrutória - Pela concentração dos atos - A instrução do processo começa com a petição inicial - Perícia, AIJ, inspeção judicial - Diluída ao longo do processo, não ocorre necessariamente em todos . 4ª fase = decisória - Sentença - juiz declara a atividade do objeto do processo, decidindo o pedido - Faz a coisa julgada material - Pode ser definitiva ou terminativa Obs: se não juntar os documentos na inicial, ainda é possível juntar depois (art 487, CPC) - o juiz é obrigado a dar vista para o outro lado = regra do processo → é possível negociar a prova, foro etc (negócio processual) → negócio de atos - não se pode abrir mão do procedimento → ação monitória é um procedimento especial dentro do CPC . se desnatura o documento, deixa de ser monitória e vira ação de cobrança dentro do procedimento comum Questões de fato e de direito → Questões de fato precisam ser arguídas (o juiz precisa conhecer), sob pena de preclusão . toda aquela relacionada aos pressupostos fáticos da incidência . art 329, CPC = atenção . questões que precisam ser provadas - a prova sempre recai sobre fatos → Questões de direito . as questões do direito são cognicíveis de ofício, não precluem . iura novit curia - princípio da inafastabilidade . não dependem de prova . todas aquelas que são relacionadas com a aplicação da hipótese de incidência no suporte fático → as questões de fato compõem o objeto da prova, enquanto as questões de direito não requerem prova Obs: o réu pode fazer pedido por reconvenção, quando a ação é dúplice, pedido contraposto, pode arguir na contestação contradireito . contradireito = situação jurídica ativa exercida como reação de contrato não cumprido e direito de retenção - Réu exerce o contradireito em sua defesa . o objeto litigioso pode ser aumentado no curso do processo, sempre começando com o autor - Pode ser aumentado por meio de propositura de demandas incidentais, como denunciação da lide e o incidente de falsidade documental . a atividade do juiz vai ser a mesma no pedido do autor e no do réu → ações incidentais - denunciação da lide . uma ação dentro de outra → o que o juiz pode olhar de ofício se não preclui, pode olhar a qualquer tempo e lugar de jurisdição → art 493, CPC - o juiz eventualmente pode reconhecer algumas questões de ofício . ex: entrou com ação de usucapião (prescrição executiva) - 10 anos - prova denota quando se entrou com a ação para conversibilidade do usucapião extraordinário urbano (5 anos) ou ordinário (10 anos) - Julga procedente - Toda vez que um fato não for arguido, mas na hora da sentença for verificado pelo juiz que é constitutivo, modificativo ou desconstitutivo do direito, o juiz reconhece na sentença → conhece o objeto do processo e o objeto litigioso . objeto do processo = fatos e direito - Os fatos e o direito vêm na fundamentação da sentença . objeto litigioso = pedido (PLOMP) Coisa julgada material Dispositivo Ex tunc = retroativo Ex nunc = posterior Questões prévias → sempre pressupõem a existência de ao menos duas questões - a que precede e subordina e a que sucede e é subordinada → prévias ao mérito = termo genérico → as questões preliminares e prejudiciais se complementam, pois um é da relação processual, e o outro da material → Preliminares (ao mérito) = questão processual . art 337, CPC . relação processual = lei formal . vedação da análise do mérito = sinal fechado para o juiz analisar o pedido (enquanto não supera isso, não pode analisar) - ex: litispendência, coisa julgada precisa extinguir o processo, falta de advogado (pressuposto processual) . “obstáculo” que o magistrado deve ultrapassar no exame de determinada questão . não pode ser objeto de um processo autônomo Preliminares ao conhecimento do mérito da causa = pressupostos processuais são preliminares - dependendo da solução, podem impedir o exame do objeto litigioso do processo; são questões processuais. Preliminares de recurso = requisitos de admissibilidade: cabimento, legitimidade, interesse, inexistência de fato impeditivo ou extintivo, tempestividade, regularidade formal e preparo. → Prejudiciais (de mérito) . tudo aquilo que aparece como questão subordinante à apreciação do pedido . prejudicial à própria análise do pedido . relação material = lei material . sinalização de como analisar o mérito (sinal indicativo e aberto) . ex: se ocorre a prescrição e a decadência legal, o juiz pode apreciar o pedido de indenização? Não, ele resolve omérito do processo / extingue com resolução do mérito . qualquer matéria, e pode ser interna ou externa Ex: possível condenar ao pagamento de alimentos sem antes investigar? Não . questão de mérito dentro do mesmo processo = interna . questão de mérito externa ao processo - 1º = possibilidade da conexão - reúne as duas causas e julga - 2º = suspensão do processo . podem ser objeto de um processo autônomo . ex: validade de contrato em demanda de execução; filiação em ação de alimentos; inconstitucionalidade da lei em indébito tributário → questão interna = está sendo discutida no mesmo processo que a questão subordinada → questão externa = discutida em outro processo Questões de admissibilidade e de mérito . até o CPC/2015, o juiz analisa o mérito, a ação e o mérito - Ação = condições da ação . atualmente não há mais o juízo da ação, recaindo somente sobre dois pilares: admissibilidade e mérito → Admissibilidade . relação processual . pode ser qualquer defeito, não somente questão preliminar → Mérito = lide - juiz julgando procedente ou improcedente Planos de cognição → Horizontal . extensão e amplitude das questões que podem ser objeto da cognição judicial . o quê? “juiz, você pode conhecer o que?” - até onde o juiz pode julgar . atividade plena = pode apreciar qualquer pedido (rito comum), não há limitação pela lei na matéria a ser apreciada . atividade limitada /parcial = só aprecia o que a lei autoriza (a lei que limita a atividade do juiz) (rito especial) - a cognição do juiz é limitada - Ex: ação de desapropriação - Posso me opor ao pedido de desapropriação ou é cogente? É algo cogente - A única cognição do juiz nessa situação é o preço - o interesse público é maior que o privado - Ação monitória, embargos de terceiro… → Vertical . modo como as questões são conhecidas pelo magistrado . onde? “Qual é a profundidade da cognição?” - até que ponto o juiz pode conhecer . cognição superficial = de probabilidade = rarefeita ou sumária: ocorre antes da exauriente, o que não significa que é mal feita . cognição exauriente: o juiz exauriu todas as fases necessárias para a prolação da sentença . a diferença entre as duas é o momento processual - na superficial ocorre antes de todas as fases do processo, e a exauriente ocorre após todas as fases do processo . quando o processo obedece todas as fases? A cognição do juiz é feita em sentença - Postulatória - até a réplica - Saneamento - Instrutória - pode ou não ocorrer - decisória . se o juiz toma uma decisão com carga meritória (interlocutórias - ex: liminar, tutela antecipada, tutela provisória) - Liminar - o réu ainda não foi citado . despacho, interlocutória e sentença = únicos tipos de decisão que o juiz pode tomar . ex: liminar de despejo Estudo das fases do processo Fase Postulatória 1. Petição Inicial (art 319, CPC) Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. § 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção. § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça. → só existe uma petição inicial, e inúmeras petições simples → peça escrita, precisa ser datada e assinada pelo advogado, defensor ou membro do MP, pois possuem capacidade postulatória (atermação não precisa - apócrifa) → peça solene - ou as regras são obedecidas, ou você fica sujeito à emenda → veicula o ato jurídico da demanda no exercício do direito de ação → endereço do advogado e acompanhada de procuração → cabeçalho - endereçamento da petição a) Comarca = unidade territorial da Justiça dos Estados, Seção Judiciária = Justiça Federal b) juiz federal x juiz de direito → quando se tratar de pessoa jurídica, a petição inicial deve ir acompanhada do estatuto social e da documentação que comprove a regularidade da representação → se o autor for nascituro = nascituro de [inserir o nome da mãe] → demanda contra pessoa incerta é possível - art 319, CPC → art 319, CPC (explicação) I. Competência - juízo a que é dirigido . Exmo Sr Dr Juiz de Direito da x Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora II. Qualificação do autor e do réu . [nome] + [qualificação] vem à presença de V. Exa, contra/em face de [inserir] + [qualificação] ajuizar/requerer ação ou indenização em virtude do que se segue - Não existe no CPC a existência de nome na ação (ex: ação de indenização), mas na OAB é cobrado - O direito de ação é constitucional - não há necessidade de especificar a nacionalidade III. Causa de pedir . Em razão do que se segue - descrever a situação: expõe os fatos + fundamentação jurídica = nexo causal entre o fato e o direito - citar lei, doutrina, julgados, teses . como saber os dados? §1º - possibilidade de o autor requerer ao juiz diligências para obter, a petição não será indeferida - são oferecidos mecanismos para contornar a situação - Não sabe o domicílio - citação por edital, sendo fundamentado ao juiz . estabelece o limite subjetivo da coisa julgada = “pessoas dentro do barquinho” - só quem está dentro do processo sofre os efeitos, salvo ocorrência de situação erga omnes - Ação tem que ser movida no domicílio do réu - Se o litisconsórcio for necessário, a sentença é nula → a inicial deve revelar a demanda integralmente = a causa de pedir é formada por fato + fundamento jurídico → o juiz conhece o direito - por mais que você externe sua fundamentação jurídica, o juiz não está vinculado a ela → princípio da substanciação = falar tudo o que for necessário na demanda . impõe ao demandante o ônus de indicar, na petição inicial, qual o fato jurídico e qual a relação jurídica dele decorrente que dão suporte ao seu pedido . pluralidade de fatos jurídicos = pluralidade de demandas . o órgão jurídico julgador está limitado, em sua decisão, aos fatos jurídicos alegados e ao pedido formulado → a causa de pedir decorre de um direito material Petição inicial que se limite a afirmar a causa de pedir, sem trazer argumentação jurídica, é inepta → Opção pela audiência conciliatória (art 319, VII) . um pouco antes do pedido ou no pedido . cogente . a manifestação do autor tem que ser feita na petição inicial (art 335, §5º, CPC) IV. Pedido com suas especificações . “Isto posto, requer:” . PLOMP = pedido julgado no dispositivo (objeto litigioso) - só o que está no dispositivo da sentença faz coisa julgada material - núcleo da petição inicial . “no processo, é preciso saber pedir” . procedência / sucumbência . pedido imediato = procedência - invoca do juiz uma atividade de conhecimento - Não existe procedência de execução . pedido mediato = bem da vida . limite objetivo na sentença . ex: diligências, ofício, provas → toda petição inicial deve conter ao menos um pedido V. Valor à causa → art 291, 293, 85, CPC → os honorários podem recair sobre o valor da causa (art 85, CPC) → regra = sobre a condenação, entre 10% e 20% → o juiz deve corrigir de ofício ou a requerimento (condição de réu) - a correçãoimplica no recolhimento de mais custas → o valor da causa tem que ser dado mesmo em situações de que o valor seja estimativo (normalmente, o menor da tabela) → pode ocorrer em qualquer momento do processo - juízo de admissibilidade → não existe causa sem valor, e este deve ser fixado em moeda corrente nacional → fixação de valor = art 292, CPC VI. Das provas → a melhor técnica é requerer a prova → a prova tem 3 momentos = requerimento, deferimento, produção e valoração (4º momento para alguns entendimentos) → liminares → assistência → art 106, CPC = causa própria . a exigência do contato ocorre só em causa própria, mas deve-se colocar endereço e telefone do advogado sempre → finalizada a petição inicial, ela será distribuída . cartório faz a distribuição (uma) - pet inicial . protocolo (vários) - pet simples → art 322, CPC - a petição deve ser acompanhada dos documentos do autor, sob pena de preclusão . só junta depois se for documento novo → quando o juiz recebe a petição inicial, dá o despacho → princípio da substanciação da causa de pedir: o autor e o réu quando forem pedir precisam descrever completamente a causa de pedir, e não podem emitir nenhum fato → o pedido trata da limitação objetiva da coisa julgada - o juiz não pode oferecer nada além do que foi pedido . sentença petita = não examina em toda a sua amplitude o pedido formulado na inicial ou a defesa do réu . sentença ultra petita = o defeito é caracterizado pelo fato de o juiz ter ido além do pedido do autor, dando mais do que fora pedido . sentença extra petita = a providência jurisdicional deferida é diversa da que foi postulada. → pedido mediato = bem da vida, indenização em virtude de algo → pedido imediato = pede-se a sentença declaratória, condenatória ou constitutiva alegar e não provar = não alegar Despacho da inicial → impulso inicial = compete ao juiz dar andamento ao processo 1. defere a citação → no rito comum = audiência de conciliação (em regra) - art 334, CPC → despacho positivo - petição inicial está correta = “cite-se” → tudo é pago na justiça - possibilidade de gratuidade . justiça gratuita é baseada em critérios objetivos e subjetivos 2. Despacho de saneamento da inicial → o juiz sanea o processo o tempo todo (é o que se espera que ele faça) → art 321, CPC - emenda da inicial (só se usa quando há algum problema) (art 319 e 320 - documento indispensável # probatório) . o juiz não pode indeferir a inicial sem possibilitar a correção . instrumentalidade . a correção é um direito subjetivo do autor . juiz precisa indicar o defeito que precisa ser corrigido, junto com prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção - Se não consegue cumprir o prazo, avisar o juiz (dilação do prazo = art 139, VI, CPC) - Extinção do indeferimento da inicial → despacho negativo = “indefiro a inicial” → sentença terminativa (só faz coisa julgada formal - é possível repetir a demanda, desde que o problema seja resolvido na próxima e sejam pagas as custas processuais) . sentença terminativa = indeferimento total da peça - art 331, CPC (apelação - possui efeito de retratação) - Efeito de retratação = voltar no mérito da decisão . sentença interlocutória = indeferimento parcial (nega o “pedaço” que não pode prosperar devido ao defeito da peça) - art 1015, CPC (agravo) → sentença → apelação - art 333, CPC → ação demarcatória = só para quem tem domínio - opção alternativa = ação publiciana → prova = juiz analisar no mérito → não é sanável a falta do interesse de agir Se não ocorrer a emenda da petição inicial, ocorre a extinção do processo sem resolução de mérito. 3. Indeferimento da inicial → só pode ocorrer indeferimento depois de não ocorrer atendimento à emenda, ou em casos de ação demarcatória + em caso de o vício não conseguir ser corrigido . só há indeferimento liminar antes da ouvida do réu → art 331, CPC . prazo de 5 (cinco) dias = retratação → art 330, IV → indeferimento total ou parcial = será parcial quando o juiz rejeita apenas parte da demanda – cabe agravo de instrumento (art 354, § único) – e não ocorre a extinção do processo Obs: a) indeferimento parcial por juízo singular (decisão interlocutória) = recurso por agravo de instrumento b) indeferimento total feito por juízo singular = recurso cabível é apelação c) indeferimento total ou parcial feito por decisão do relator = agravo interno d) indeferimento total ou parcial feito por acórdão = recurso extraordinário constitucional, recurso especial ou recurso extraordinário Despacho Positivo = indica que a petição inicial não possui defeitos, determinando a citação do réu em seguida Despacho Saneador = petição está com problemas, mas eles são sanáveis - juiz abre prazos para a emenda da inicial Despacho Negativo = indeferimento da petição inicial - art 330, CPC e 331, CPC Petição indeferida → art 330, CPC I. For inepta II. Parte manifestamente ilegítima . a legitimidade refere-se à pertinência subjetiva, ou seja, se a parte pode sofrer os efeitos da coisa julgada . ordinária = comum, quem está apto a pedir e a sofrer a coisa julgada (ex: relação locatícia = locador e locatário) . extraordinária = fora da ordem, quem move a demanda não é o titular do direito, é o MP (ex: investigação de paternidade) . art 485, VI reflete isso III. Autor carecer de interesse processual . necessidade = não consegue resolver de outro modo . adequação = escolhe-se o procedimento correto IV. Não atender aos arts 106 e 321 . qualificação do advogado em causa própria - obrigado a atender ao art 106, CPC . art 321 extingue o processo se a demanda não é atendida → defeitos da demanda = ato jurídico do direito de ação (partes, causa de pedir, pedido) → se o defeito da PI recai sobre os elementos da ação/demanda, o juiz manda corrigir - se não é corrigido, ocorre o despacho negativo → se não tem interesse de agir, indefere a inicial §§2º e 3º art 330, CPC - referem-se às ações revisionais de contrato bancário . existem várias modalidades de contrato bancário . ex: financiamento → §2º: pena de inépcia = indicar o incontroverso, ou seja, o que ele concorda; indicar o controverso, ou seja, o que ele discorda → §3º: pagar o incontroverso → o indeferimento da petição inicial é causa de extinção do processo sem resolução de mérito (art 485, I, CPC) . modalidade liminar = antes da citação do réu → Abandono do processo pelas partes (art 485, II) . processo extinto por paralisação por mais de um ano, por conta das partes . magistrado deve intimar pessoalmente as partes para movimentarem o processo → abandono do processo pelo autor . não pode haver extinção de ofício de o réu já estiver no processo (art 485, §6º, CPC) . não ocorre abandono nos casos de inventário, falência, recuperação judicial ou insolvência civil – é nomeado novo substituto . o abandono da causa não impede o exame demérito do incidente (art 976, §1º, CPC) . se o autor der causa a 3 extinções do processo = ocorre perempção Perempção = quando o autor der causa por 3 vezes à extinção do processo por abandono – proposta pela 4ª vez a mesma demanda, ocorre a extinção . sanção aplicada à prática de um ato ilícito . litispendência = se renova demanda já em curso Causas da inépsia → inépcia = gira em torno de defeitos vinculados à causa de pedir e ao pedido – impedem o julgamento do mérito da causa A inépcia leva ao indeferimento da petição inicial, mas nem todo indeferimento a tem por fundamento. → §1º, art 330, CPC I. faltar pedido ou causa de pedir . é difícil falta o pedido, mas é comum ocorrer dificuldade com o pedido . causa de pedidos = fatos . hipóteses de emenda do pedido = art 321, CPC e art 329, CPC II. pedido indeterminado, salvo se genérico (em algumas situações não é possível quantificar - ex: plantação de café) . o pedido precisa ser no exato tamanho do prejuízo. certo e determinado = art 322, CPC III. da narração dos fatos, se não ocorrer logicamente a conclusão IV. contiver pedidos incompatíveis entre si Ex: exoneração de alimentos e redução de alimentos . pode fazer em ordem sucessiva, e não concomitante . cumulação comum # cumulação especial da ordem subsidiária → liquidação por arbitramento ou por artigo Improcedência liminar → decisão jurisdicional que, antes da citação do demandado, julga improcedente o pedido formulado pelo demandante (art 332, CPC) . técnica de aceleração do processo . aplicável a qualquer processo, sejam aqueles que se iniciam perante o juiz de primeira instância ou os de competência originária de tribunal → improcedência liminar parcial = em vez de toda a demanda, apenas um ou alguns dos pedidos cumulados são liminarmente julgados improcedentes → refere-se ao momento processual antes da citação . “descongestiona” o Judiciário, para que este dedique tempo com outra demanda que mereça atenção. → juiz indefere a inicial por meio de despacho negativo = sentença terminativa → juiz entra no mérito = sentença definitiva, apta para fazer coisa julgada material → art 332, CPC (hipóteses de incidência) + art 927, CPC (mais abrangente) + art 311, II, CPC → do pedido = faz coisa julgada material . relação material que quer que o juiz julgue → recai sobre o PLOMP → em regra, é dada ao final do processo, depois de passadas as 3 fases . existem situações em que o legislador permite que ocorra a improcedência do pedido na fase postulatória → liminar - in liminei - foi dado provimento antes da citação do réu, antes da abertura do contraditório . o contraditório no procedimento comum é aberto com o autor citando o réu . normalmente, a liminar equivale a uma interlocutória - possui carga cognitiva, mas o juiz não encerra sua atividade no processo → a diferença entre intelocutória e sentença, é que na sentença o juiz encerra sua atividade meritória dentro do processo, salvo exceções (não mexe mais no mérito) . o juiz paraliza sua cognição → não viola o princípio do contraditório, pois é um princípio constitucional . não prejudica o réu = é uma sentença de improcedência - não existe procedência liminar, somente improcedência liminar . improcedência → coisa julgada material → sentença definitiva . o juiz não cita o réu, mas o intima (§2º, art 332) . se houver apelação: - Tem efeito de retratação - a regra é que quando ocorre apelação, o juiz não mexe mais no mérito, salvo quando a própria lei permita (raras hipóteses) (§3º, art 332) Toda vez que houver uma sentença terminativa, pode-se rever o mérito - Intima o réu para contrarrazoar (§4º, art 332) → precedente = formado pela lógica jurídica do que está sendo julgado . tem como finalidade a segurança jurídica . é vinculativo - o entendimento do juiz não pode se sobrepor à lógica jurídica → a improcedência liminar ajuda na razoável duração do processo, pois recai sobre demandas em massa → art 332, CPC - caput . a improcedência ocorre em causas que dispensam a fase instrutória - Ex: dativo PRECEDENTE E DISPENSAR FASE INSTRUTÓRIA → art 927, CPC (explicação) . I: decisões do STF no controle concentrado de constitucionalidade - ADC ou ADIN (estuda a lei em tese) - controle difuso x controle concentrado - Se o STF julga constitucional, é procedente; se julga inconstitucional, é improcedente . II: enunciados de súmulas vinculantes . III. acórdãos em incidente de competência, IRDR, recurso extraordinário ou especial - repetitivos - Acórdão é sempre de colegiado - não significa que o assunto esteja simulado - RE = STF / RESP = STJ . IV: enunciados das súmulas - STF = matéria constitucional - STJ = infraconstitucional - Súmulas do STF e do STJ são vinculantes - Depositário infiel - não pode ser preso - Pacto de São José da Costa Rica . Não há mais efeitos na prática entre os incisos II e IV . V: orientação do plenário ou do órgão (...) - TJ-MG - Fica vinculado à orientação de tese jurídica (pode ser até administrativa) . §3º: prescrição / decadência legal - Art 10: consulta → art 332, CPC (explicação) . súmula local - também precisa obedecer → a improcedência pode ser total ou parcial . parcial = pedido cumulado . interlocutória - o juiz não sai do processo . decisão parcial de mérito . 1ª = . 2ª = agravo → se não estiver previsto, pode ter improcedência liminar? . discussão doutrinária → não se gera posse de bem público, somente detenção . não precisa de citação, pode ser liminar O Pedido → PLOMP = núcleo da petição inicial, principal parâmetro para fixar o valor da causa → erro do pedido = regra da sucumbência . sucumbência = custas processuais, despesas do processo, honorários advocatícios → limite objetivo da sentença, da tutela jurisdicional . pena de nulidade da sentença - acontece pois sera cita / extra / ultra petita - Serve para atermação também → pedido se divide entre imediato e mediato . Imediato = coloca a parte em contato com a relação processual - sentença cognitiva (conhecimento) - busca pela procedência do pedido - Sentença condenatória - Sentença declaratória - Sentença constitutiva . Mediato = coloca o juiz em contato com o bem da vida - relação material . o PLOMP é o núcleo da petição inicial - é sobre ele que recai a atividade jurisdicional - Exemplos: indenização, despejo, rescisão contratual → requisitos do pedido = art 322, CPC + art 324, CPC . na falta desses requisitos, deve o magistrado, antes de indeferir a inicial, pedir a correção (art 321) → art 322, CPC (explicação) . pedido deve ser certo = expresso, determinado (claro + com limites) e concludente (deve ter nexo com a causa de pedir) - Não existe pedido implícito . §1º, art 322 = independe de requerimento - o juiz é obrigado a olhar e decidir sobre Ex: juros legais, correção, sucumbência, honorários advocatícios . verbas sucumbenciais - Recai sobre as custas (vai para o tribunal), depesas (não é honorário nem custas ex: perícia) e honorários (art 95) . §2º, art 322 = interpretação do pedido - Sempre deve ser feita no conjunto → art 324, CPC (explicação) . é lícito formular pedido genérico . válido sobre o pedido mediato - Ações universais (ex: herança) - Quando não for possível determinar desde logo as conquências do ato ou do fato - Quando a determinação do objeto ou valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu (ex: revisão de contrato bancário) . §2º = ação ou reconvenção Pedido cominatório → art 500 c/c 536, CPC → cominar - pena → obrigações - dar: coisa certa (móvel, imóvel, semovente, pecúnia) ou incerta fazer não fazer → medida de apoio . técnica da coerção = faça sob pena de… - astreinte . técnica da subrogação Obrigação alternativa → art 325, CPC → escolha / concentração . pode ser do credor ou do devedor → se o poder da escolha for do autor = escolhe na inicial → escolha do réu = juiz cita para escolher . obrigação certa → explicação do art 325, CPC . pela natureza da obrigação ou pelo contrato → art 326, CPC . pedido subsidiário = ordem de preferência dada pelo autor . o acolhimento do pedido subsidiário gera uma sucumbência (STJ) . cumulação eventual = acontece pela eventualidade # cumulação simples . cumulação = 2 ou mais ações/ pretensões em um mesmo processo . princípio da instrumentalidade . o pedido subsidiário cumula pedidos opostos - Elege o principal - Se não puder o principal, se quer o subsidiário - Ex: exoneração de alimentos, pois o filho atingiu a maioridade; se não for possível, é pedida a redução da verba alimentar Explicação do 326, CPC . quem estabelece a ordem subsidiária é a petição inicial → questão da sucumbência . pode ocorrer → art 323, CPC . pedido periódico . trato sucessivo - a obrigação se renova mês a mês, no momento do pagamento . sentença - incluias vencidas no curso do processo por ordem legal . presunção . pedido de cobrança - ex: R$10.000,00 de 1º de janeiro de 2020 a 1º de outubro de 2020 - Sentença em 1º de maio de 2022, condena ao pagamento de 10.000 com juros e correção monetária - Vencidas + vincendas - A lei que coloca dentro do pedido a vencida e as vincendas → art 328, CPC . obrigação indivisível = quando se tem mais de um pretendente, qualquer que seja o bem . se o objeto do processo é um bem indivisível,na obrigação indivisível, um dos sujeitos pode entrar com a demanda, salvaguardando o direito dos outros - em caso de pagamento, os demais só recebem a parte correspondente pagando as custas . para os que não figuram o processo, é feita intimação, para que tomem conhecimento, e não são obrigados a entrar Pedidos Cumulados → Cumulação própria = são formulados vários pedidos, pretendendo o acolhimento simultâneo deles – permitido pelo art 327, CPC → art 327, CPC → cumulação simples . ocorre quando as pretensões não têm relação de precedência lógica, podendo ser analisadas uma independentemente da outra . recai sobre pedidos compatíveis entre si . instrumentalidade . duas ou mais ações no mesmo processo . envolvem as mesmas partes - poder pedir tudo contra a mesma parte . requisitos → cumulação sucessiva . exames dos pedidos guardam vínculo de precedência lógica - o primeiro pedido é prejudicial ao primeiro (investigação de paternidade e alimentos, declaratória de inexistência de relação jurídica e repetição de indébito) - o primeiro pedido é preliminar ao primeiro (juízo de rescisão, juízo de rejulgamento) → cumulação imprópria . formulação de vários pedidos ao mesmo tempo, de modo que apenas um deles seja atendidoo . art 326, CPC I. Pedidos compatíveis entre si = um possui lógica com o outro . ex: ação para declarar inexistente a relação jurídica / condena a retirar do SPC / condena ao dano moral II. Seja competente para o mesmo juízo . ex de não cumulação: investigação de paternidade cumulada com petição de herança - Os pedidos não são cumuláveis pois uma é ação declaratória e não prescreve, correndo na vara de família; já a petição de herança é questão patrimonial, prescrevendo em 10 anos e corre na esfera cível III. Seja adequado para o procedimento . tipos = comum e especial . o especial pode ocorrer através de lei extravagante ou no CPC . cumulação de pedidos, tanto do especial quanto do comum - §2º = será admitida a cumulação se for empregado o procedimento comum - mais abrangente Ex: consignação em pagamento . ação de rito especial . §2º = “fine” - Estabelece uma diferença entre procedimento e técnica processual - O depósito é a técnica, e não o procedimento do processo AÇÃO DECLARATÓRIA NÃO PRESCREVE → cumulação eventual . pedidos subsidiários . o demandante estabelece uma hierarquia/preferência entre os pedidos formulados . magistrado está condicionado à ordem de apresentação dos pedidos . recai sobre pedidos opostos . a cumulação de pedidos incompatíveis entre si é caso de inépcia da petição inicial (art 330, §1º, IV, CPC) . acolhido o pedido principal, o magistrado está liberado de analisar o subsidiário . ocorre sucumbência total do autor se todos os seus pedidos forem rejeitados → cumulação imprópria alternativa . formulação, pelo autor, de mais de uma pretensão . somente um dos pedidos formulados poderá ser atendido (art 326, CPC) . o valor da causa será o pedido que tiver o maior valor (art 292, VII, CPC) → somente pode ocorrer cumulação de o juízo tiver competência absoluta para conhecer de todos os pedidos formulados (art 327, §1º, II, CPC) → o magistrado não deve indeferir totalmente a inicial se ocorrer cumulação de pedido que fuja de sua competência – admite o pedido que lhe é pertinente, rejeitando o prosseguimento daquele que é estranho à sua parcela de jurisdição → réu citado para AC/AM: se um litisconsorte quiser a audiência ou não se manifestar, a audiência acontece → audiência de conciliação # audiência de mediação: a opção pelo tipo depende da existência prévia de vínculo entre as partes . conciliação = não tem vínculo entre as partes. . mediação = há vínculo entre as partes Art 165, §2º c/c §3º, CPC . CEJUSC Art 334, CPC . despacho positivo - cita-se p/ AC - §1º conc/med - cadastrados . §2º - pode haver +1 sessão . §3º - a intimação do autor não é pessoal - DJE = feita pelo advogado . §4º- a audiência não será realizada se: - 1ª hipótese: ambas as partes manifestarem interesse - 2ª hipótese: autor indica desinteresse na petição; réu manifesta desinteresse 10 dias antes da data da audiência, por petição (se não falar que não quer, precisa ir) - Não se admitir a autocomposição . Litisconsorte (§6º) Ação de alimentos é irrenunciável entre parentes (pai e filho) . direito indisponível que admite autocomposição - Direito indisponível = não se pode abrir mão, mas não quer dizer que não possa conciliar sobre ele → quando não admite autocomposição? Tudo o que o ente público faz, é regulamentado pela lei → multa pelo não comparecimento = §8º . até 2% do valor da causa ou da vantagem econômica → §9º - não é possível fazer conciliatória sem advogado - presença de advogado ou defensor → acordo homologado = resolvido o mérito (coisa julgada material) . homologação = ato jurídico que traz eficácia jurídica → sem acordo = abre prazo para contestar → não se julga a mesma lide duas vezes Ampliação da demanda → o autor deve indicar na petição inicial todos os pedidos que puder contra o réu . possibilidade de aditar a petição antes da citação, arcando com as devidas despesas (art 329, I, CPC) → após a citação do réu até o saneamento, o autor pode aditar a demanda, desde que o réu consinta → o autor tem o direito processual de realizar a alteração dos elementos da demanda (pedido e causa de pedir) antes da citação do réu (art 329, I, CPC) → após o saneamento, é vedada qualquer alteração objetiva promovida pelo autor, mesmo com o consentimento do réu Tipos de pedido Pedido genérico → tem de ser determinado quanto ao gênero, mas pode ser genérico em relação à quantidade (art 324, §1º, CPC) → hipóteses que admitem pedido genérico = art 324, §1º, CPC) . ex: ações universais, ações indenizatórias, quando a condenação depender de ato a ser praticado pelo réu (ex: prestação de contas cumulada com o pagamento do saldo devedor) Pedido alternativo → quando veicula a pretensão oriunda de obrigação alternativa, facultativa ou com faculdade de substituição (art 325, CPC) Pedido relativo a obrigação indivisível → art 328, CPC → quando há pluralidade de credores de obrigação indivisível, poderá cada um destes exigir a dívida inteira (art 260, CC) Teoria da exceção, resposta do réu e revelia → CPC/2015: audiência de conciliação e mediação inseridas antes da abertura do prazo de contestação para o réu . previsão legal das audiências - Conciliação e mediação - Saneamento - Instrução e julgamento → ação = autor, direito constitucional . petição é exercício de um direito de ação (público, subjetivo, autônomo e abstrato) pelo autor diante de um interesse de agir → defesa = réu . direito constitucional, abstrato → se de um lado tem o direito de ação, do outro tem o direito de defesa Defesa > Contestação . direito de se manifestar sobre tudo que vem dentro do processo → exceção = defesa . qualquer movimento feito em defesa do cliente . precisa ser arguída . a defesa ocorre se quiser . obrigação x direito . ônus não gera obrigação, mas uma consequência . a exceção é mais do que um direito de resposta, pois dá a oportunidade de o juiz consultar o réu em todos os atos do processo, para que se exerça o contraditório pleno, e ocorre de duas formas = contestação e reconvenção → objeção = diferente da exceção, pode ser reconhecida de ofício - recaisobre matérias cognoscíveis de ofício (ainda que o réu não argua, a exceção não gera efeitos) . decadência convencional - precisa ser falada → prescrição é cognoscível de ofício → 2 tipos de defesa (do tipo internas) . contestação . reconvenção . prazo de 15 dias - o réu pode contestar, reconvir, não se manifestar (revel), falar que o juiz é suspeito ou impedido, reconhecer a procedência do pedido . litisconsórcio multitudinário = o próprio juiz pode pedir a diminuição do número de réus, mas o réu também pode solicitar → Esse direito de resposta não é uma obrigação do réu, é um ônus. Se ele quiser se silenciar, é um direito dele, mas irá arcar com as consequências dessa inércia. Essa defesa de exceção é provocada pelo réu querendo. Esse conceito de exceção agora já pode ser comparado com um outro, denominado “objeção”. . Enquanto a exceção é o nome que se dá a objeção do réu, provocada, voluntária; a objeção se refere as matérias que o juiz independentemente da reação do réu deve reconhecer de ofício. As objeções podem ser substanciais (ex.: prescrição e decadência) ou processuais (ex.: todos os pressupostos processuais, todas cognoscíveis de ofício). → defesas internas ou instrumental . interna = feita nos autos . instrumental = forma o instrumento (agravo de instrumento); são autos apartados - tira o problema do processo, e o resolve de forma apartada - Eram as impugnações - Arguição de suspeição ou impedimento (ocorre dentro dos autos) - Desembargador que julga se o juiz é impedido ou suspeito → atualmente, só se tem defesa interna → defesa direta = aquela que se liga a relação material, o réu traz para o juiz de modo prévio ou difundo uma questão da relação material, substancial ou de mérito. → Defesa indireta (processual, formal ou adjetiva): aquela que nós vimos das chamadas ‘preliminares’, compete ao réu antes de entrar no mérito apontar para o juiz os defeitos da relação processual. Ele pode cumular mais de um pedido. . Essa defesa processual indireta ela pode ser dilatória ou peremptória, as vezes a defesa não chega ao ponto de o processo ser extinto, mas aponta o defeito que o juiz é obrigado a consertar, isso é uma defesa dilatória, pois arrasta um pouco o processo, mas não chega extingui-lo. Se ao contrário, ele argui com preliminar uma defesa processual peremptória, ela é insuperável, por exemplo, uma coisa julgada. → Quanto a defesa de mérito (pode-se ou não fazer a defesa processual), ao contrário, deve sempre existir, porque se você não faz defesa de mérito, você vai cair em revelia e irá sofrer os ônus dessa sua inércia. Essa defesa de mérito, do objeto substancial, também se divide em: Defesa direta: o réu nega o fato ou as consequências jurídicas do fato (por exemplo, que não houve o dano), desse modo, o ônus da prova cabe ao autor, ou seja, ele deve provar que o fato ocorreu ou que houve a lesão. Defesa meritória indireta: quando o réu reconhece o fato articulado pelo autor e opõe um outro fato, que seja modificativo, impeditivo ou extintivo do direito do autor. Ex.: aceito tudo que o autor falou, só que o fato está prescrito. → É da postura do réu dentro do processo que o juiz enxerga o ônus probatório e em virtude disso, enxerga a procedência ou improcedência do pedido. O réu pode agir de duas formas: negando o fato ou aceitando o fato articulado pelo autor. O direito de ação está ligado ao direito de reação. 1) Contestação → o réu impede → 2 tipos de defesa . defesa processual = formal = adjetiva = indireta - Recai sobre a relação processual - Indica o “sinal fechado” - Preliminares - peremptórias ou dilatórias - Invoca o juízo de admissibilidade - Se o processo não tiver defeito, não há necessidade dessa defesa . defesa material / substancial / de mérito / ditera → PLOMP - Recai sobre a relação material - ataca o PLOMP - Juízo de mérito . A contestação tem um prazo peremptório para ser apresentado ao processo. O juiz não pode dilatar o prazo contestatório e este prazo está previsto no art. 335 do CPC. . Sendo a defesa processual do mérito, é importante entender o “princípio da eventualidade ou da concentração”, que significa que cabe ao réu formular toda a sua defesa (de fato e de direito) na contestação (art. 336, CPC). Pois, se ele não rebate quaisquer dos fatos articulados pelo autor, isso vira incontroverso (“quem cala consente”), presume-se a veracidade dos fatos alegados pelo autor (art. 341, CPC). Audiência preliminar de conciliação ou mediação → intimação do autor = pessoa de seu advogado (art 334, §3º, CPC) → audiência será realizada antes do oferecimento de defesa → não será designada se: . ambas as partes manifestarem expressamente desinteresse na composição consensual . em processo que não se admita a autocomposição → comparecer à audiência é dever processual das partes (art 334, §8º, CPC) → as partes devem estar acompanhadas de seus advogados ou defensores públicos (art 334, §9º, CPC) → a autocomposição será homologada pelo juiz e, tendo abrangido todo o objeto litigioso, o processo será extinto com resolução do mérito (art 487, III, CPC) → se não for alcançada a autocomposição, o prazo para a resposta do réu começa a correr da data da audiência (art 335, I, CPC) Defesa de mérito → do réu → pode fazer uma defesa direta . nega o fato articulado pelo autor . as consequências jurídicas . relação material → defesa indireta . pode cumular mais de um pedido . aceita os fatos do autor, opõe os fatos MODIMEX (modificativos, impeditivos ou extintivos) dos direitos do autor - libera o autor da prova - reconhecimento da procedência do pedido - Negar o fato - não negativei nome - O ônus da prova pertence a quem alega - Ação de cobrança - Pode ser dilatória ou peremptória - Se tiver prescrito, ela é extintiva → Prazo = 15 dias úteis - preclusivo . pode ser dobrado - Art 180, CPC - MP - Art 186, CPC - DP - Art 183, CPC - FP - Art 229, CPC - litisconsócio . art 229 do CPC corrigiu o problema do procurador distinto → termo inicial - conta na forma do art 231, CPC → audiência de conciliação . com acordo, homologa . acordo frustrado - art 335,I, CPC . sem audiência de conciliação - juntada do AR ou do mandado → exceção = defesa → deve ser arguida – é um ônus → pode conter objeção: reconhecida de ofício . todas as questões da relação material são objeções, pois o juiz está dentro dela → direito constitucional do réu = direito de ação do autor → pode ser . instrumental = forma instrumental - forma um instrumento, um processo → agravo = natureza de recurso . interna = nos autos – contestação ou reconvenção (peça única) → a defesa está para o réu assim como o direito de ação está para ou autor → contraditório – oportunizar que a pessoa fale – respeito constitucional ao devido processo legal 1. Contestação → ônus – revelia → prazo de 15 dias – art 219 c/c art 335 . não se pode pedir dilação de prazo de defesa → conter dois tipos de defesa a) processual = adjetiva = formal = indireta . ataca a relação processual - preliminares . objeção . juiz está nessa . interfere no ônus da prova - autor O ônus da prova pertence a quem alega b) material = meritória = substancial = direta . ataca a relação material . exceção ou objeção . pode ser: interfere no critério de julgamento . direta: nega os fatos articulados pelo autor . indireta: aceita os fatos, mas opõe MODIMEX . o que o pedido mediato traz para o juiz julgar . ônus da prova passa a ser do réu – recai sobre o fato → Substância do ato: deve ser prova cabal, confirmada pela lei. Ex.: não existe testamento oral. → Negativa geral: os 3 operadores (defensor público, advogado dativo e curador especial) estão dispensados da defesa pelo princípio da eventualidade ou da concentração, ou seja, eles estão permitidos à negativa geral. Obs: mês é sempre prazo corrido Dias são
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