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Princípios de oclusão

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A OCLUSÃO é a disciplina que estuda a relação entre a mandíbula e maxila com o encaixe dos 
dentes, está “associada a fechar e ficar estático, procurado gerar o máximo de contato possível 
entre os dentes”. 
Anatomia 
- O sistema mastigatório é composto por uma série de estruturas, tais como: ossos, músculos, 
ligamento, articulações e dentes. Os movimentos realizados por tais estruturas são 
controlados por um sistema de controle neurológico composto pelo cérebro, tronco cerebral e 
sistema nervoso periférico. 
- O sistema mastigatório é responsável pelas funções: mastigação e deglutição e seus 
componentes desempenham um papel importante na fala e na respiração. 
 DENTIÇÃO 
- A dentição humana é composta por 32 dentes permanentes; 
- Cada dente contém em sua estrutura a coroa, 
que é vista sobre o tecido gengival, e a raiz que 
fica submersa no osso alveolar. A raiz está ligada 
ao osso por meio de numerosas fibras colágenas 
que se estendem a partir da superfície do 
cemento para o osso, tais fibras formam o que 
chamamos de ligamento periodontal, que além 
de firmar o dente no osso, também ajuda a 
dissipar as forças aplicadas ao osso durante o 
contato entre os dentes; 
- Os 32 dentes estão distribuídos de forma igual para cada arco, sendo 16 dentes fixados no 
processo alveolar do arco maxilar e 16 no arco mandibular; 
- O arco maxilar é ligeiramente maior que o arco mandibular, e isso se devem pelo fato de os 
dentes anteriores da maxila são mais largos do que os dentes mandibulares, criando uma 
largura de arco maior, e, além disso, os dentes anteriores maxilares possuem uma angulação 
vestibular maior do que os dentes anteriores mandibulares, tudo isso permite que os dentes 
superiores se sobreponham aos dentes inferiores, tanto vertical quanto horizontalmente 
quando em oclusão; 
- A dentição permanente pode ser agrupada em quatro grupos, cada um com sua função 
específica. 
 
 
 
 OSSOS: 
- O sistema mastigatório é constituído de três ossos principais; 
- Dois suportam os dentes: maxila e mandíbula; 
- Um suporta a mandíbula em sua articulação com o crânio: osso temporal 
- Maxila: é formado pela união de dois ossos maxilares, por meio da sutura palatina mediana. 
A maxila forma o assoalho da cavidade nasal e o assoalho de cada órbita, além disso, formam o 
palato e rebordo alveolar, que sustentam os dentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Mandíbula: é o osso que sustenta os dentes inferiores e que constitui o esqueleto inferior. 
Ela não tem ligação óssea com o crânio, mas é sustentada pelos músculos, ligamentos e outros 
tecidos, assim a mandíbula consegue realizar os seus movimentos juntamente com a maxila. O 
côndilo é a porção da mandíbula que se articula com o crânio. 
 
 
 
 
 
- Osso temporal: o côndilo da mandíbula se articula com a fossa mandibular (também é 
chamada de fossa glenóide ou articular) do osso temporal, que se localiza na base do crânio. O 
osso temporal é dividido em três partes: parte escamosa, timpânica e petrosa. A parte 
escamosa localiza-se na anterior do crânio e constitui a articulação temporomandibular. Mais 
anteriormente a fossa, encontra-se a eminencia articular, e sua inclinação determina a 
trajetória do côndilo quando a mandíbula está posicionada mais anteriormente. 
 
 ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: 
- A ATM é uma das articulações mais complexas do corpo; 
- É formada pelo côndilo mandibular que se posicionar na fossa mandibular do osso temporal 
e entre esses dois ossos, encontra-se o disco articular; 
- A ATM é classificada como uma articulação composta (por definição, uma articulação requer 
a presença de pelo menos três ossos, mas a ATM possui dois ossos, porem, tem o disco 
articular que é considerado um osso não calcificado, que permite os movimentos da 
mandíbula); 
 
- O disco articular é formado de tecido conjuntivo fibroso 
denso, na sua maioria é desprovido de inervação e vasos 
sanguíneos, porém sua periferia externa é ligeiramente 
inervada. Além disso, o disco pode ser dividido em três 
partes: zona intermediaria (ZI), borda anterior (BA) e 
borda posterior (BP). O côndilo normalmente está 
posicionado na zona intermediaria, zona mais fina do 
disco. 
- Durante o movimento o disco é flexível e pode se 
adaptar as demandas funcionais da superfície articular, 
não prejudicando a sua morfologia normal. Porém esta 
morfologia pode ser alterada se forças destrutivas ou 
alterações estruturais ocorrerem na articulação. 
 
- A ATM também é definida como articulação sinovial, que contém o liquido sinovial que “age 
como um meio para prover as necessidades metabólicas desses tecidos”, já que as superfícies 
articulares não possuem vascularização. O liquido sinovial também age como um lubrificante, 
lubrificando as estruturas por meio de dois mecanismos: 
 Lubrificação divisória: que ocorre quando a articulação se move e o liquido sinovial é 
forçado de uma área da cavidade para a outra. Esse mecanismo de lubrificação é 
importante para evitar fricção no movimento; 
 Lubrificação exsudativa: se refere à capacidade das superfícies articulares em 
absorver uma pequena quantidade de liquido sinovial. Durante a movimentação da 
articulação forças são criadas entre as superfícies articulares, o que faz com que o 
liquido sinovial entre e saia das estruturas articulares. 
- A ATM é inervada por ramos do nervo trigêmeo = 
ramos do nervo mandibular e a maior parte da 
inervação é fornecida pelo nervo auriculotemporal; 
 LIGAMENTOS: 
- Os ligamentos desempenham um importante papel na 
proteção das estruturas da articulação; 
- São compostos de tecido conjuntivo colagenoso e não 
se esticam, porém, se forças excessivas forem aplicadas 
ao ligamento o inesperadamente ou por um prolongado tempo, o ligamento pode ser 
alongado, comprometendo a estrutura; 
-os ligamentos não atuam ativamente na função articular, mas agem como agentes 
restringentes para limitar certos movimentos; 
- Três ligamentos suportam a ATM: 
1. Ligamentos colaterais; 
2. Ligamento capsular; 
3. Ligamento temporomandibular. 
- Existem mais dois acessórios: 
1. Ligamento esfenomandibular 
2. Ligamento estilomandibular 
 
 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO: 
1. MASSETER 
 Origem: arco zigomático 
 Inserção: borda inferior do ramo da mandíbula 
 Função: elevação da mandíbula 
 Inervação e irrigação: N. masseterico (n. trigêmeo) e irrigação artéria maxilar da artéria 
massetérica. 
- É um musculo poderoso que proporciona a força necessária para uma mastigação eficiente; 
 
 
 
 
 
2. TEMPORAL: 
 Origem: fossa temporal na superfície lateral do crânio 
 Na linha temporal superior da fossa: se origina o tendão; 
 Na linha temporal inferior da fossa: se origina o músculo 
 Inserção: face medial do processo coronoide da mandíbula e fibras profundas no trigono 
retro molar e linha obliqua da mandíbula 
 Função: as fibras verticais (porção anterior) realizam a elevação da mandíbula e as fibras 
horizontais (porção posterior) realizam a retrusão da mandíbula 
 Inervação e irrigação: nervo temporal profundo, ramo do nervo mandibular. 
 
3. PTERIGÓIDEO MEDIAL (interno): 
 Origem: fossa pterigóidea e face medial da lâmina lateral do processo pterigoide 
 Inserção: superfície medial do ângulo mandibular na tuberosidade pterigoidea 
 Função: elevação da mandíbula e leve protrusão 
 Inervação e irrigação: nervo pterigoideo medial, ramo do nervo mandibular e a 
vascularização pelos ramos pterigoideos da artéria maxilar. 
- Junto com o masseter suporta a mandíbula na altura do ângulo da mandíbula 
- é um musculo de trabalhos curtos, ou seja, faz movimentos curtos, mastigação leve; 
- Quando o paciente reclama de dor ao mastigar coisas simples, pode-se suspeitar de 
disfunção neste musculo. 
 
 
 
4. PTERIGÓIDEO LATERAL (externo): 
 Pterigóideo lateral inferior: 
 Origem: superfície externa da lâminapterigoidea lateral; 
 Inserção: colo do côndilo 
 Função: 
 Contração bilateral: protrusão mandibular; 
 Contração unilateral: lateralidade da mandíbula. 
 Inervação e vascularização: nervo pterigoideo lateral, ramo do nervo mandibular e 
vascularização pelos ramos pterigoideos da artéria maxilar. 
 
 Pterigoideo lateral superior: 
 Origem: asa maior do esfenoide; 
 Inserção: disco articular da ATM e no colo do côndilo 
 Função: esse musculo é ativo especialmente quando há uma força de resistência, como na 
mastigação ou no apertamento dentário. 
 Inervação e vascularização: nervo pterigoideo lateral, ramo do nervo mandibular e 
vascularização pelos ramos pterigoideos da artéria maxilar. 
- enquanto o inferior é ativo em movimentos de abertura, o superior é inativo, isso significa 
que ele torna-se ativo junto com os músculos elevadores em movimentos de fechar a 
mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
Neuroanatomia Funcional e Fisiologia 
 do Sistema Mastigatório 
 
ANATOMIA DO SISTEMA NEUROMUSCULAR 
- o sistema neuromuscular é dividido em dois componentes: 
- estruturas neurológicas 
- músculos 
 MÚSCULOS 
 - unidade motora: é composta por um conjunto de fibras musculares que são inervadas por 
um neurônio motor. Quando o neurônio é ativado, a placa motora é estimulada e pequenas 
quantidades de acetilcolina são liberadas, resultando na despolarização das fibras musculares, 
que gera a contração ou encurtamento das fibras musculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Função muscular: 
- Sabe-se que a única função da unidade motora é de levar os músculos a contração ou 
encurtamento; 
- Contudo o músculo possui três funções: 
1. Contração isotônica: ocorre quando os músculos são estimulados a realizar a 
contração e encurtamento de suas fibras. Essa contração ocorre quando, por exemplo, 
o masseter eleva a mandíbula, para forçar os dentes sobre o bolo alimentar; 
2. Contração isométrica: ocorre quando os músculos contraem sem o encurtamento de 
suas fibras, ocorre quando tais músculos precisam segurar ou estabilizar a mandíbula. 
Por exemplo, isso acontece no masseter quando um objeto é mantido entre os dentes; 
3. Relaxamento: ocorre quando o estimulo de uma unidade motora é interrompido, 
resultando no estiramento muscular. 
 ESTRUTURAS NEUROLÓGICAS: 
- As estruturas neurológicas são formadas pelos: 
 Neurônios; 
 Receptores sensoriais 
 Tronco encefálico e encéfalo 
 
 Neurônios: 
- É a unidade estrutural básica do sistema nervoso; 
- Os neurônios são capazes de transferir impulsos elétricos e 
químicos, permitindo que as informações sejam transmitidas 
tanto para dentro como fora do SNC; 
- Podem ser classificados em aferentes (neurônios sensoriais 
que recebem os sinais e transmitem os impulsos) e eferentes 
(são os neurônios motores que transportam os impulsos 
nervosos para produzir os efeitos musculares = resposta); 
- Os impulsos nervosos são transmitidos de um neurônio para 
outro através de uma junção sináptica (sinapse), onde ocorre a 
liberação de neurotransmissores. 
 
 
 
 
 Receptores sensoriais: 
- são estruturas neurológicas localizada em todos os tecidos corporais, que por meio de 
neurônios aferentes, fornecem informações para o SNC; 
- Existem tipos específicos de receptores sensoriais, tais como: 
 Nociceptores: receptores da dor e desconforto; 
 Proprioceptores: receptores que fornecem informações sobre a posição e movimento 
da mandíbula e das estruturas orais relacionadas. Estão localizados, principalmente, 
em todas as estruturas musculoesqueléticas, como na articulação do cotovelo. 
 Interoceptores: são receptores responsáveis por levar informações sobre o estado dos 
órgãos internos. 
 
 Tronco encefálico e encéfalo: 
- Uma vez que os impulsos nervosos tenham sido passados pelos neurônios aferentes. Estes 
chegam ao SNC para serem interpretados e avaliados e então uma resposta motora é formada. 
 AÇÃO REFLEXA: 
- A ação reflexa é a resposta resultante de um estímulo (estimulo esse que passa pelo 
neurônio aferente, depois para o neurônio eferente que leva de volta ao musculo esquelético 
tal resposta) 
- A resposta é independente da nossa vontade. Ocorre sem a influencia do córtex cerebral ou 
do tronco encefálico 
- Ocorre para evitar o processo de dor, como um estimulo de defesa/proteção. 
FUNÇÕES DO SISTEMA MASTIGATÓRIO 
- O sistema mastigatório é composto por três principais funções: (1) mastigação, (2) deglutição 
e (3) fala. Além disso, apresenta funções secundárias, tais como: respiração e na expressão das 
emoções; 
- Todos os movimentos funcionais são eventos neuromusculares complexos; 
 MASTIGAÇÃO: 
- Ato de mastigar alimentos; 
- Representa o estado inicial da digestão; 
- Tem por objetivo quebrar o alimento em partículas menores para facilitar a deglutição; 
- A mastigação é considerada uma atividade prazerosa em que se utiliza da sensação do 
paladar, tato e olfato. 
- É uma atividade funcional automática e praticamente involuntária; 
 Ciclo mastigatório: 
- O ciclo mastigatório é constituído de movimentos de abertura e fechamento; 
- “O ciclo de mastigação completo tem como padrão de movimento em forma de uma 
lágrima”, movimento esse que pode ser dividido em fase de abertura, esmagamento (fase em 
que a mandíbula aprisiona o alimento com a maxila) e trituração no fechamento. 
 
 
- Na mastigação, durante o movimento de abertura, a mandíbula é direcionada levemente 
para frente, já no fechamento, ela segue um trajeto posterior, terminando em uma posição 
anterior de máxima intercuspidação. Tudo isso ocorre no lado de trabalho. 
 
 
 
- Já no MOVIMENTO MASTIGATÓRIO DO LADO DE NÃO TRABALHO: o primeiro molar desce 
da sua posição de intercuspidação quase que verticalmente, com pouco ou nenhum 
movimento anterior ou posterior. E o estagio final de fechamento, o movimento ocorre quase 
que vertical também. Já o côndilo do lado de não trabalho nuca está situado posteriormente. 
- Sobre os movimentos laterais da mandíbula, a quantidade desses movimentos irá depender 
de alguns fatores, tais como: 
 Estágio da mastigação: quando o alimento é inicialmente introduzido, tem-se 
uma maior quantidade de movimentos laterais e depois vai se tonando menor 
quando o alimento é quebrado; 
 Consistência do alimento: quanto mais duro for o alimento, mais lateral é o 
movimento de fechamento. 
OBS: quanto mais duro for o alimento, mais movimentos mastigatórios são necessários. 
Contudo, em algumas pessoas, o numero de movimentos não muda com a variação da 
consistência do alimento. 
 Contatos dentários durante a mastigação: 
- A condição oclusal pode influenciar todo o ciclo mastigatório; 
- Durante a mastigação, a qualidade e a quantidade dos contatos dentários constantemente 
vão levar informações sensoriais para o SNC, esse processo permite que o sistema 
mastigatório seja alterado de acordo com o alimento que está sendo mastigado. Ou seja, o 
ciclo mastigatório e seus movimentos vão acontecer de acordo com o alimento ali presente, 
seria como um processo de se adaptar as demandas do momento; 
- Pode-se observar que as cúspides mais altas ocluindo nas fossas profundas, normalmente, 
promovem movimentos mastigatórios verticais. Uma pessoa com boa oclusão possuem 
movimentos mastigatórios mais definidos, mais repetidos e com limites definidos. 
- Uma pessoa com problemas na ATM possuem os movimentos mais curtos, lentos, irregulares 
e repetitivos; 
- Em casos de planos oclusais 
desgastados ou planos, levam a um 
movimento mastigatório mais 
amplo. E quando os dentes 
posteriores entram em contato por 
meio de movimentos laterais 
indesejáveis, tem-se uma má 
oclusão que produz um ciclo 
mastigatório irregular e menos 
repetitivo. 
 
 
 Forças da mastigação: 
- A força de mastgação varia de individuo para individuo. Geralemente, os homens podem 
morder com mais forças que as mulheres; 
- Aquantidade de força aplicada em um primeiro molar é mutas vezes maior que a quantidade 
de força aplicada sobre um incisivo. Com alimentos mais duros, a força da mastigação ocorre 
entre os primeiros molares e segundos pré-molares. 
- As forças mastigatorias podem sofrer alterações. Podem aumentar com o avanço da idade 
até a adolescencia, em pessoas que praticam exercicios fisicos, em uma pessoa que come 
muitos produtos duros. A força da mastigação aumentada também pode ser atribuída as 
divergencias esqueléticas faciais; 
- A força de mastigação em individuos com protese é apenas ¼ daquela forças dos individuos 
com dentes naturais 
 DEGLUTIÇÃO: 
- Ato de engolir; 
- consiste em uma séria de contrações musculares que leva o bolo alimentar da cavidade oral 
para o esôfago até chegar no estômago 
- No momento da deglutição os dente são levados em máxima intercuspidação, estabilizando 
a mandíbula; 
 FALA: 
- A fala ocorre no momento de expiração da respiração; 
 Articulação do som: 
- a lingua, os labios e os dentes são importantes na produção dos sons 
- Os sons produzidos pelos labios são as letras M, B e P; 
- Os dentes são importantes para o som do S; 
- A lingua e o palato são importantes na produção do som de D; 
- Muitos sons podem ser formados pela combinação dessas estruturas. 
DOR 
- A dor é uma sensação desagradável percebida pelo SNC, como resultado de um estímulo 
nociceptivo de entrada; 
- A dor aguda é considera um mecanismo de proteção (um reflexo nociceptivo). Contudo, 
algumas dores podem durar mais para serem curadas, e cinsequentemente não tem a 
finalidade de cura, são as chamadas dores crônicas, e podem levar a redução da qualidade de 
vida. 
 
 
Alinhamento e Oclusão Dentária 
 
- “O alinhamento e a oclusão dentária são extremamente importante para a função 
mastigatória”. Ou seja, as funções básicas de mastigação, deglutição e fala dependem da 
posição dos dentes na arcada e da relação de oclusão entre os dentes opostos. 
- Essa posição dentária pode ser controlada por diversos fatores: 
 FATORES QUE DETERMINAM A POSIÇÃO DOS DENTES: 
- O alinhamento da dentição nas arcadas ocorre como resultado de forças que atuam durante 
e a após a erupção. 
- Por isso, um conjunto de fatores mantem a estabilidade da posição normal da dentição, 
sendo eles: 
 Forças da musculatura circundantes (equilíbrio vestíbulo-lingual); 
 Pontos de contato nas proximais dos dentes (equilíbrio mésio-distal); 
 Contato oclusal (equilíbrio ocluso-cervical). 
 
EQUILÍBRIO VESTÍBULO-LINGUAL 
- Após a erupção dos dentes, forças opostas são aplicadas sobre os dentes para manter o seu 
alinhamento. Tais forças opostas originam-se da musculatura circundante: 
 Lábios e bochechas proporcionam forças direcionadas para a lingual 
 Língua proporciona forças direcionadas para a vestibular 
- as forças opostas ocorrem de forma leve, porem constante; 
- Com o tempo, essas forças vão movimentando os dentes, podendo 
chegar a uma POSIÇÃO DE ESTABILIDADE, onde as forças opostas se 
igualam/estabilizam, formando o que chamamos de zona neutra; 
- Se durante a erupção, os dentes forem posicionados de forma 
exagerada para a lingual (linguoversão) ou para a vestibular 
(vestibuloversão), a força dominante forçará esse dente a ir para a 
posição neutra. Mas esse processo, só ocorre se houver espaço 
suficiente na arcada, caso contrário, o dente permanecerá fora do 
alinhamento e será observado o apinhamento (isso ocorre, porque a 
falta de espaço na arcada torna as forças musculares insuficientes); 
- Sempre que essas forças forem rompidas, independente do 
motivo, elas sempre vão buscar estar em equilíbrio. 
- Como, exemplo, esse tipo de ruptura pode ocorrer em pacientes que possuem a língua 
extraordinariamente ativa ou grande, como no exemplo da imagem abaixo, em que o paciente 
tem uma mordida aberta anterior. Isso resultará em uma aplicação de forças da língua para a 
vestibular. Contudo, a zona neutra não se perde, pois as forças labiais e linguais vão 
encontrando um novo equilíbrio. 
 
 
- Portanto, chegam um momento que as forças opostas vão encontrar o equilíbrio novamente, 
elas estão constantemente atuando e regulando a função dentária. 
- Forças relacionadas aos hábitos orais também podem influenciar a posição dos dentes: 
habito de fumar cachimbo, de morder palito, tampa de caneta, etc. 
EQUILÍBRIO MÉSIO-DISTAL 
- “As superfícies proximais dos dentes também estão sujeitas a uma variedade de forças. O 
CONTATO PROXIMAL entre os dentes ajuda a mantê-los no alinhamento normal”; 
- normalmente, os dentes possuem uma tendência de migração para a mesial, em direção a 
linha media. Durante a mastigação, é comum que as superfícies dentais sofram desgastes 
fisiológicos, e isso ocorre também nos pontos de contato. À medida que essas áreas 
interproximais são desgastadas, o deslocamento mesial ajuda a manter o contato entre os 
dentes, estabilizando a arcada; 
- Esse deslocamento mesial torna-se mais evidente, quando um dente posterior é destruído 
por cárie ou quando é extraído. Com a perda do contato interproximal, o dente vizinho (o 
distal a esse dente) desloca-se mesialmente para o espaço, resultado em uma inclinação; 
EQUILÍBRIO OCLUSO-CERVICAL 
- Outra forma importante de estabilizar o alinhamento dental, é o 
CONTATO OCLUSAL, que impede a extrusão ou sobre-erupção dos 
dentes. 
- Se uma porção da superfície oclusal for perdida ou alterada, ou 
ainda se um dente oposto for extraído, a dinâmica das estruturas 
periodontais permitirá que esse dente se movimente para 
encontrar estabilidade no contato oclusal. Portanto, dentes 
antagonistas vão erupcionando para encontrar esse contato oclusal 
 ALINHAMENTO DENTAL INTRA-ARCADA: 
- Refere-se à relação dos dentes entre si dentro da arcada; 
PLANO OCLUSAL: 
- o plano oclusal é estabelecido se uma linha imaginária for traçada sobre as pontas das 
cúspides vestibulares e linguais e bordas incisais de todos os dentes; 
- Esse plano oclusal é inteiramente curvo, permitindo o máximo de contatos dentais durante 
os movimentos mandibulares. Como esses movimentos são complexos, se esse plano não 
fosse curvo, não haveria contatos funcionais entre os dentes; 
- Esses planos oclusais são classificados de acordo com a vista lateral e frontal: 
 Numa vista latera, a linha imaginária que se forma através das pontas das cúspides 
dos molares até o canino é denominada curva de Spee: importante nos movimentos 
antero-posteriores; 
 Em uma vista frontal, os dentes posteriores inferiores possuem uma inclinação lingual, 
se uma linha for traçada entra as pontas das cúspides dos dentes de ambos os lados 
da arcada, será observado uma curva denominada de curva de Wilson: importante 
nos movimentos de lateralidade. 
 
 
 
 SUPERFÍCIE OCLUSAL: 
-São compostas por cúspides, sulcos e fossas, que permitem triturar o alimento em partículas 
menores, favorecendo na formação do bolo alimentar e facilitando a deglutição; 
- mesa oclusal: área do dente entre as pontas das cúspides vestibular e lingual dos dentes 
posteriores. É nessa área que a maioria das forças da mastigação são aplicadas; 
- os dentes também possuem vertentes, essas se estendem desde a ponta da cúspide ate a 
fossa central ou ate a altura de contorno das superfícies vestibular ou lingual dos dentes. São 
então denominadas de vertentes internas e externas; 
 
 ALINHAMENTO DENTAL ENTRE AS ARCADAS (INTERARCADAS): 
- Refere-se à relação dos dentes de uma arcada com os dentes da outra arcada; 
- “Quando as duas arcadas se encontram, nos movimentos de fechamento mandibular, a 
relação oclusal dos dentes é estabelecida”. 
 COMPRIMENTO DA ARCADA: 
- refere-se à distância de uma linha que se inicia na superfície distal do terceiro molar, 
estendendo-se ao longo de todo arco, até a superfície distal do terceiro molar oposto. 
- As duas arcadas possuem aproximadamente o mesmo tamanho,contudo, a arcada inferior é 
levemente menor (essa diferença é o resultado da distância mésio-distal dos incisivos 
inferiores). 
LARGURA DA ARCADA: 
- a largura da arcada inferior é ligeiramente menor que a da arcada superior. Assim, quando as 
arcadas se ocluem, os dentes superiores estarão posicionados mais vestibularmente que os 
dentes inferiores. 
CONTATOS OCLUSAIS: 
- o posicionamento dos dentes superiores mais para vestibular, permite que as cúspides 
vestibulares dos dentes inferiores ocluam nas fossas centrais dos dentes superiores. Do 
mesmo modo ocorre com as cúspides palatinas dos superiores, que ocluem nas fossas 
centrais dos inferiores. 
 
LV 
 
- Essa relação oclusal protege os tecidos moles circundantes, de modo que, a cúspide 
vestibular do superior protege a mucosa da bochecha e os lábios de se interporem entre as 
superfícies oclusais, além disso, as cúspides linguais dos inferiores impedem que a língua fique 
entre a oclusão dos dentes, evitando assim, lesões nas superfícies mucosas da boca. 
- Contudo, vários motivos podem levar a alteração dessa relação oclusal, por exemplo: quando 
as cúspides vestibulares superiores ocluem nas fossas centrais dos inferiores, ocorre o que 
chamamos de mordida cruzada; 
 
 
- Essas cúspides que ocluem com as fossas centrais dos dentes antagonistas são chamadas de 
CÚSPIDES DE SUPORTE OU FUNCIONAIS; 
- Essas cúspides, além de serem importantes no processo de mastigação, para a trituração do 
alimento, elas também são responsáveis pela distância entre a maxila e mandíbula, o que vai 
determinar a dimensão vertical de oclusão, que pode ser definida como: é a medida vertical 
entre a espinha nasal anterior e o mento. Está dimensão é muito importante na estética do 
paciente. 
- As cúspides de suporte são maiores e mais arredondadas. 
- As outras cúspides são denominadas CÚSPIDES-GUIA OU CÚSPIDES DE BALANCEIO, elas são 
mais pontiagudas e bem mais definidas. E essas cúspides têm por função minimizar a entrada 
dos tecidos moles na região de mastigação entre os dentes, ou seja, proteger os tecidos moles 
circundantes; 
 
V 
L
Cúspides de suporte 
Cúspides de balanceio 
 
 RELAÇÃO DE CONTATO OCLUSAL VESTIBULOLINGUAL: 
- Para entender essa relação, faz-se necessário identificar alguns pontos de referência: 
1. Linha vestíbulo-oclusal (V-O): é uma linha imaginária formada ao longo das pontas 
das cúspides vestibulares dos dentes inferiores posteriores; 
2. Linha línguo-oclusal (L-O): é uma linha imaginaria formada ao longo das pontas das 
cúspides linguais dos dentes superiores posteriores; 
3. Linha da fossa centra (FC): linha imaginária formada ao longo dos sulcos centrais dos 
dentes posteriores inferiores e superiores. É importante observar as áreas de contato 
proximal, que estão localizadas em uma posição mais vestibular em relação a linha FC, 
assim temos uma ameia lingual maior e uma ameia vestibular menor. 
 
 
 
- Portanto as relações vestibulolinguais dos dentes posteriores em oclusão, em uma arcada 
normal, ocorrem da seguinte maneira: quando os dentes estão em oclusão a linha V-O dos 
dentes inferiores oclui com a linha FC dos dentes superiores. Já a linha L-O dos dentes 
superiores oclui com a linha FC dos dentes inferiores. 
- Com isso tem-se que por meio das relações vestibulolinguais obtêm-se a RELAÇÃO OCLUSAL 
NORMAL DAS ARCADAS DENTAIS (relação cúspide- fossa), que como mencionado 
anteriormente ocorre da seguinte maneira: cúspides vestibulares dos inferiores ocluem nas 
fossas centrais dos superiores e cúspides palatinas dos superiores ocluem nas fossas centrais 
dos inferiores. 
 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO DE CONTATO OCLUSAL MESIODISTAL: 
- Em uma vista vestibular, nota-se que essas cúspides geralmente podem ser vistas em contato 
não só na fossa central, mas também em ameias e crista marginal; 
1. Fossa central (relação cúspide- fossa) 
 
 
 
2. Ameias e crista marginal (relação cúspide- crista marginal). 
 
 
- quando a relação dental entre as arcadas normais é vista pela lateral, observa-se que cada 
dente oclui com dois dentes antagonistas. Essa relação ajuda a distribuir as forças oclusais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecânica do Movimento Mandibular 
- A ATM é uma das articulações mais complexas do corpo; 
- Faz parte do sistema estomatognático; 
- É classificada como uma articulação sinovial biaxial complexa: 
 Sinovial: pois contém em seu interior uma membrana sinovial que produz liquido 
sinovial; 
 Biaxial: pode se movimentar em 2 planos, apesar de muitos autores considerarem que 
em seu conjunto(2 côndilos e a mandíbula) possa ser triaxial; 
 Complexa: denominação dada a articulações que apresentam três ossos. A ATM possui 
dois ossos e o disco, que é considerado o terceiro osso; 
 
 COMPONENTES DA ATM: 
 
 Côndilo da mandíbula; 
 Osso temporal (fossa mandibular e tubérculo articular); 
 Cartilagem articular: tecido fibroso, avascular (tecido 
apropriado para receber as foças mastigatórias); 
 Disco articular: constituído de tecido conjuntivo fibroso 
denso, na sua maioria é desprovida de inervação e vasos 
sanguíneos, porém, sua periferia externa é levemente 
inervada. Além disso, é divido em três partes: zona 
intermediaria, borda anterior e borda posterior, onde o 
côndilo normalmente está localizado na zona 
intermediária, que corresponde a zona mais fina do disco. 
O disco também é flexível e pode se adaptar as demandas 
funcionais da superfície articular e a sua morfologia só pode ser alterada se forças 
destrutivas ou alterações estruturais ocorrerem. 
 Membrana sinovial: é um tecido ricamente vascularizado e é responsável por produzir 
o líquido sinovial. Está localizado no interior da ATM, em áreas periféricas livres de 
atrito. Contem vasos linfáticos e poucas fibras nervosas. 
 Liquido sinovial: formado e secretado pela diálise do plasma sanguíneo na membrana 
sinovial. É rico em polissacarídeos não sulfatados e ácido hialurônico. É responsável 
por lubrificar as estruturas da ATM, proteção biológica e nutrição da ATM; 
 Cápsula articular: é um tecido fibroso que envolve toda a articulação. É bem inervada 
e proporciona estimulo sobre a posição e movimentação da articulação. 
 Ligamentos: são estruturas de tecido conjuntivo fibroso com pouca capacidade de 
estiramento. Não atuam ativamente na função da articulação, mas agem como 
agentes limitadores ou de restrição. Também são considerados junto com a cápsula, 
meios de união da ATM; 
 
 
 RELAÇÕES MAXILOMANDIBULARES 
POSIÇÕES DA ATM E DA MANDÍBULA 
a) RELAÇÃO CÊNTRICA: 
- É a posição na qual o conjunto côndilo- disco está mais superior e anterior na fossa 
mandibular; 
- É uma posição que independe dos contatos oclusais 
- É a posição mais fisiológica para a ATM; 
- É a posição utilizada para os trabalhos restauradores e protéticos complexos; 
- é possível ser reproduzida com a manipulação da mandíbula, através de movimentos de 
abertura e lateralidade; 
- posição de repouso. 
- COMO OBTER ESSA RELAÇÃO CÊNTRICA: 
- Para guiar o nosso planejamento protético em pacientes com ausências dentárias, 
precisamos reproduzir a relação cêntrica e pra isso, existem algumas técnicas, como a TÉCNICA 
DO GIG (bolinha de resina acrílica duralay, onde o paciente vai morder, mas só é possível fazer 
quando paciente possui os dentes anteriores), quando o paciente não tem os dentes 
anteriores ou nenhum dente, usamos o PLANO DE CAMPER (Faz uma simulação de uma MIH) 
b) MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL: 
- posição em que há o maior numera de contatos dentários; 
- esta posição localiza-se cerca de 0,3 a 1,2 mm anterior a posição de relação cêntrica; 
- esta posição pode sofrer alterações provocadas por problemas oclusais, musculares, na 
postura e da ATM, o que pode impossibilitar a sua reprodução clínica. Por isso, não é indicada 
para orientar tratamentos reabilitadores; 
- na maioria das vezesnão coincide com a relação cêntrica; 
 
 
c) MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO CÊNTRICA (RELAÇÃO DE OCLUSÃO CÊNTRICA): 
- posição em que há maior número possível de contatos oclusais e ao mesmo tempo a 
mandíbula encontra-se em relação Centrica; 
- apenas uma pequena parte da população apresenta essa posição; 
d) POSIÇÃO POSTURAL/ de repouso: 
- posição de repouso/ relaxamento da mandíbula, na qual os dentes 
não estão em oclusão; 
- Deve conter um espaço, denominado espaço funcional livre, entre 
os dentes; 
- esse espaço deve ser respeitado em reabilitações para não gerar 
uma infraoclusão ou supraoclusão; 
- a postura corpotal, ansiedade, bruxismo, etc, podem alterar esse espaço 
MOVIMENTOS DA ATM 
- Para que a mandíbula realize os seus movimentos (protrusão, retrusão , lateralidade, 
abertura e fechamento de boca), é preciso que a ATM realize alguns movimentos, tais como: 
a) ROTAÇÃO: 
- É o movimento exercido pelos côndilos, no qual eles giram sobre o seu longo eixo; 
- Esse movimento ocorre durante a abertura inicial da boca/ abertura de pequena amplitude 
(quando os dentes possuem uma distância interincisal de 1,5 a 2,0 cm); 
 
 
- Esse movimento também pode ocorrer quando fechamos e abrimos a boca, mantendo a 
mandibula em protrusão; 
- participação do musculo supra-hióide (puxa a parte anterior da mandibula para baixo, 
promovendo a rotação dos côndilos); 
b) TRANSLAÇÃO: 
- É o movimento no qual o côndilo caminha anteriormente, percorrendo o tubérculo articular 
quando tentamos levar a mandibular para frente; 
 
 
c) TRANSROTAÇÃO: 
- Combinação dos dois movimentos anteriores; 
- Esse movimento ocorre na maior parte do tempo quando abrimos e fechamos a boca 
durante a mastigação. 
 
MOVIMENTOS DA MANDÍBULA 
 
a) ABERTURA E FECHAMENTO DE BOCA; 
- abertura: ocorre em duas fases 
 Abertura inicial: ocorre até cerca de 1,5 cm de abertura. Para esse movimento, 
a ATM realiza o mov de rotação; 
 Abertura máxima: ocorre a partir da abertura inicial. A ATM realiza o 
movimento de transrotação para a abertura máxima de boca. 
 
 
- Fechamento: 
 Fechamento protrusivo: ocorre apenas o mov de rotação da ATM e o côndilo 
permanece no tubérculo articular; 
 Fechamento retrusivo (mais fisiológico): ocorre o mov de transrotação da 
ATM, onde o côndilo volta para a fossa mandibular; 
 
 
 
 
b) PROTRUSÃO E RETRUÇÃO: ocorrem movimentos de translação pura; 
 
 
 
c) LATERALIDADE: 
 Movimentos de trabalho: 
- É um movimento de pequena amplitude, já que o côndilo quase não sai da 
fossa mandibular; 
- O côndilo de trabalho pode girar em torno de seu próprio eixo ou pode 
deslocar-se discretamente para lateral, anterior, posterior, superior, inferior; 
 
 Movimento de balanceio (não trabalho): 
- É o movimento que ocorre com o côndilo de balanceio; 
- Esse côndilo trabalha bem mais que o de trabalho; 
- Realiza um movimento semelhante ao de translação (para inferior, anterior e 
medialmente). 
- MOVIMENTO DE BENNETT: ocorre durante o movimento de lateralidade. O lado para qual a 
mandíbula se desloca é o lado de trabalho, esse nome é usado para definir o movimento dos 
dentes. Para o côndilo de trabalho, definimos que ele realiza o movimento de Bennett = 
portanto, o que ocorre com o côndilo de trabalho? O côndilo de trabalho realiza um 
movimento de pequena amplitude, já que o mesmo não sai da fossa mandibular. O côndilo 
pode apenas girar e torno do seu próprio eixo ou então ele pode deslocar-se discretamente 
para lateral, anterior, posterior, superior ou inferior; 
- ÂNGULO DE BENNETT: o lado contrário ao lado de trabalho é chamado de lado de balanceio. 
O côndilo de balanceio realiza um movimento para frente, para baixo e para medial, formando 
um ângulo chamado de ângulo de Bennett, que é observado em um plano horizontal; 
- Durante esse movimento ocorre a atuação da GUIA CANINA: no 
lado de trabalho os caninos se tocam (o canino inferior desliza na 
concavidade palatina do canino superior) o que leva a desoclusão 
de todos os outros dentes posteriores e anteriores, resultando 
em uma oclusão mutualmente protegida. A desoclusão dos 
dentes posteriores também pode ocorrer quando um conjunto de 
dentes do lado de trabalho oclui, nesse caso, denominamos a 
desoclusão em grupo/ FUNÇÃO EM GRUPO; 
 
d) CIRCUNDAÇÃO: união dos três anteriores. 
MOVIMENTOS BORDEJANTES 
- Os movimentos bordejantes ou limítrofes são movimentos máximos que a mandíbula 
consegue realizar em qualquer direção. Exige o máximo de ação da musculatura, ligamentos, 
etc; 
“Por exemplo: Ao realizar uma abertura máxima, abrir ate não aguentar mais, esses 
movimentos são limitados pelos ligamentos, pelas superfícies articulares, pela morfologia 
dos dentes e eles são realizados e observados em três planos, ou seja, quando se está abrindo 
a boca quais são os planos observados?”. 
- O movimento mandibular é limitado pelos ligamentos, pelas superfícies articulares das ATMs, 
pela morfologia dos dentes e alinhamento dos mesmos, todos essas estruturas contém 
sensores conectados ao sistema neuromuscular que programa o modo como a mandíbula se 
move; 
- Os movimentos máximos da mandíbula são 
estudados em três planos: 
 SAGITAL: direito e esquerdo 
 HORIZONTAL: superior e inferior 
 FRONTAL: anterior e posterior 
 
 
 
a) PLANO SAGITAL: 
- Os movimentos máximos no plano sagital vão formar o seguinte gráfico: 
 
 
 
RESUMO DOS MOVIMENTOS QUE OCORREM NO PLANO SARGITAL 
 
 
 
 
 
 
 
- Quais são os movimentos máximos que são 
possíveis de serem realizados nesses três 
planos descritos? 
1. Durante o mov. De abertura de boca, nos primeiros 20 mm existe apenas o movimento de rotação; 
2. Se a boca continuar a ser aberta chega um momento em que o movimento condilar passa de rotação pura 
para movimento de deslizamento anterior, conhecido como translação, chegando a abertura máxima, posição 
essa que não pode ser ultrapassada; 
3. Da posição de máxima abertura, a mandíbula pode ser deslocada para frente e para cima, isto é, movimento 
de protrusão e elevação concomitantemente, o máximo possível. Alcança assim a mandíbula a sua posição 
mais protrusiva. Nessa posição, a borda incisal do incisivo inferior fica em um nível mais alto que a borda 
incisal do incisivo superior; 
4. O movimento seguinte é a translação da mandíbula para trás, enquanto se mantem os dentes em leve 
contato. Quando os incisivos inferiores encontram os superiores, a mandíbula deve abaixar um pouco para 
permitir que os dentes se cruzem. Daí a mandíbula se desloca até chegar a oclusão central. 
GRÁFICO DE POLSSET 
- No plano sagital se tem quatro componentes: 
 ABERTURA POSTERIOR 
 ABERTURA ANTERIOR 
 CONTATO BORDEJANTE SUPERIOR 
 MOVIMENTO FUNCIONAL 
MOVIMENTOS BORDEJANTES DE ABERTURA POSTERIOR: 
- Esse movimento acontece em dois estágios: no primeiro estagio, antes da 
abertura, os côndilos estarão em relação Centrica (RC), em seguida a mandíbula 
vai sendo abaixada em um movimento de rotação puro, que ocorre dentro da 
fossa articular. Os dentes se afastam durante a rotação, ficando em uma distancia 
entre eles de 20 a 25 mm. No segundo momento, os côndilos vão realizar um 
movimento de translação, onde a boca ira abrir no máximo, estabelecido o 
movimento de abertura posterior (que é limitado pelos ligamentos capsulares), 
onde a porção anterior da mandíbula estará se movimentando para posterior e 
inferior. A abertura máxima está na faixa de 40 a 60 mm de distância entre as 
bordas incisais dos dentes anteriores; 
 
 
 
MOVIMENTOS BORDEJANTES DE ABERTURA MÁXIMA ANTERIOR: 
- Com a mandíbula totalmente aberta, o seu fechamento deve ser acompanhado da contração 
dos pterigoides laterais inferiores, produzindo o movimento bordejante de abertura anterior. 
Mas como isso ocorre? 
- Da posição de abertura máxima, a mandíbula pode ser deslocada para frente e para cima, 
isto é, movimento de protrusãoe elevação concomitantemente. Alcança, assim, a mandíbula a 
sua posição mais protrusiva/ protrusão máxima. Portanto, o movimento de abertura máxima 
anterior coincide com o movimento de PROTRUSÃO MÁXIMA; 
- O movimento bordejante de abertura máxima anterior, é como se fosse o retorno do 
côndilo sem que ele realizasse uma translação, mas não ocorre um movimento de rotação 
pura 
 
MOVIMENTO DE CONTATO BORDEJANTE SUPERIOR 
- Os movimentos bordejantes anteriores são limitados por ligamentos. Já o movimento de 
contato bordenjante superior é limitado pelas caracterisiticas das superficies oclusais dos 
dentes. Portanto, durante todo o esse movimento, o contato dentário estará presente; 
- Uma vez que ocorra alterações nas superficies dentárias, terremos uma mudança na natureza 
desse movimento bordejante; 
- Na relação cêntrica (RC), os contatos dentários são normalmente encontrados em um ou 
mais dentes posteriores. O contato na relação cêntrica, ocorre na fase incial do movimetno de 
rotação, onde as vertentes mesiais de um dente superior toca as vertentes distais do dente 
inferior; 
 
 
- Em seguida a força aplicada aos dentes quando os côndilos estão em RC cria um movimento 
superoanterior da mandíbula, levando-a para máxima intercuspidação; 
 
- Na máxima intercuspidação os dentes anteriores entram em contato. Quando a mandíbula 
é protraída da máxima intercuspidação, ocorre o contato entre as bordas incisais dos incisivos 
inferiores com a fossa palatina dos incisivos superiores, resultando em um movimento 
anteroinferior da mandíbula, ou seja, fazendo com que a mandíbula vá para frente e para 
baixo; 
 
- Esse movimento vai seguindo de forma horizontal e os incisivos devem ficar em relação topo 
a topo. Esse movimento seguirá até que as bordas incisais dos dentes inferiores ultrapassem 
as bordas incisais dos superiores. A partir desse ponto, a mandíbula se move em uma direção 
superior até os dentes posteriores se tocarem; 
 
 
- Após isso, os superfícies oclusais dos dentes posteriores vão guiar o movimento da mandíbula 
para protrusão máxima e abertura máxima anterior; 
 
MOVIMENTO FUNCIONAL: 
- São considerados movimentos livres e geralmente começam abaixo da máxima 
intercuspidação ou na posição de máxima intercuspidação; 
- Posição de repouso clínico ou posição postural quando a mandíbula está em repouso, 
encontra-se localizada aproximadamnete2 a 4 mm abaixo da posição de máxima 
intercuspidação 
 
 
b) PLANO HORIZONTAL 
- Os movimentos bordejantes da mandíbula no plano horizontal são: 
 MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE ESQUERDA; 
 MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE ESQUERDA COM PROTRUSÃO; 
 MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE DIREITA; 
 MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE DIREITA COM PROTRUSÃO 
 
 
 
 
MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE ESQUERDA 
- Com os côndilos em RC, a contração do musculo pterigoideo 
lateral inferior direito fará com que o cônfilo direito se 
movimente para frente e mediamente (para baixo também). 
Se o pterigoideo lateral inferiror esquerdo ficar relaxado, o 
côndilo esquerdo permanecerá em RC e o resultado será um 
movimento lateral esquerdo; 
- “O côndilo esquerdo é chamado de côndilo de rotação, uma 
vez que a mandibula rotaciona em torno dele. O côndilo 
direito é chamado de orbitante, porque ele orbita ao redor 
do côndilo de rotação” 
 
MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE ESQUERDA COM PROTRUSÃO 
- Com a mandíbula na posição de lateralidade esquerda, agora com a contração do músculo 
pterigoideo lateral inferior esquerdo e contração ininterrupta do pterigoideo lateral inferior 
direito, o côndilo esquerdo se movimentará para frente e para esquerda; 
GRÁFICO DE GYSI 
1. Lateralidade esquerda 
2. Lateralidade esquerda 
com protrusão; 
3. Lateralidade direita 
4. Lateralidade direita 
com protrusão 
 
MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE DIREITA 
- Ocorre o contrário do descrito anteriormente; 
 
MOVIMENTOS BORDEJANTES DE LATERALIDADE DIREITA COM PROTRUSÃO 
- Ocorre o contrário do descrito anteriormente; 
 
 
c) MOVIMENTOS BORDEJANTES FRONTAIS: 
- Quando os movimentos bordejantes são observados num plano frontal, um padrão em forma 
de escudo pode ser visto, representando os diversos movimentos citados abaixo: 
 MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL SUPERIOR ESQUERDO; 
 MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL ESQUERDO DE ABERTURA; 
 MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL SUPERIOR DIREITO; 
 MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL DIREITO DE ABERTURA 
 
MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL SUPERIOR ESQUERDO 
- Com a mandíbula em máxima intercuspidação, um movimento lateral para a esquerda é 
feito; 
- A natureza desse movimento é determinado, primeiramente, pela morfologia e relação entre 
os dentes superiores e inferiores, que entram em contato nesse movimento. Em segundo 
lugar, esse movimento é determinado também pelos contatos côndilo-disco-fossa e a 
morfologia do lado de trabalho da ATM. Além disso, esse movimento é limitado pelos 
ligamentos da articulação em rotação; 
MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL ESQUERDO DE ABERTURA 
- A partir do movimento de lateralidade esquerda, a mandíbula realiza um movimento de 
abertura máxima, que é representada no gráfico por um traçada convexo lateral; 
- Em seguida o movimento é direcionado medialmente, coincidindo com a linha média da face; 
MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL SUPERIOR DIREITO 
- Depois de realizado os movimentos bordejantes frontais esquerdos, a mandíbula retorna a 
máxima intercuspidação; 
1. Lateralidade esquerda 
superior; 
2. Lateralidade esquerda 
com abertura; 
3. Lateralidade direita 
superior; 
4. Lateralidade direita 
com abertura 
 
- A partir dessa posição um movimento é feito para a direita, que é representado no gráfico, 
como um traçado côncavo na direita; 
MOVIMENTO BORDEJANTE LATERAL DIREITO DE ABERTURA 
- A partir do movimento direito, a mandíbula realiza um movimento de abertura máxima, 
seguindo um trajeto convexo lateral, similar ao movimento de abertura esquerdo. 
 
Critérios para uma Oclusão Funcional Ideal 
 
- Em resumo, os critérios para uma oclusão funcional ideal são: 
1. A posição mais estável dos côndilos é na relação Centrica dos côndilos; 
2. Contatos homogêneos e simultâneos de todos os dentes posteriores bilateralmente; 
3. Carga axial sobre todos os dentes, em especial sobre os posteriores, pois esses foram 
feitos para suportarem forças axiais, enquanto que os anteriores foram feitos para 
suportarem forças horizontais; 
4. No movimento de lateralidade, o mais desejável é a presença da guia canina; 
5. Na protrusão, o mais desejável é a presença da guia incisiva; 
6. Durante a mastigação, os contatos dos dentes posteriores são mais “pesados” do que 
os contatos dos anteriores; 
- Quando a mandíbula é elevada pela contração dos músculos elevadores (masseter, 
pterigoideo medial e temporal) uma força é aplicada ao crânio em três áreas: nas duas ATMs e 
nos dentes. É por esse motivo, que tais estruturas devem ser avaliadas cuidadosamente, de 
modo que possamos prevenir minimizar ou eliminar qualquer dano ou traumatismo que possa 
atingir essas estruturas, pois as mesmas possuem um potencial maior de dano, já que forças 
pesadas são colocadas sobre elas; 
 
 
 
 POSIÇÃO IDEAL ORTOPEDICAMENTE ESTÁVEL DA ARTICULAÇÃO: 
- A posição articular ortopedicamente mais estável existe quando os côndilos estão em relação 
cêntrica, ou seja, quando os côndilos estão posicionados mais superior e anterior na fossa 
articular, apoiados nas vertentes posteriores das eminencias articulares, com os discos 
articulares posicionados corretamente; 
- Os músculos da mastigação funcionam mais harmonicamente e com menor intensidade 
quando os côndilos estão em relação Cêntrica; 
- A estabilidade postural das articulações é determinada pelos músculos elevadores e o 
músculo pterigoideo lateral. Esses músculos exercemuma força de tração que vão determinar 
a posição articular ideal e estabilizar as articulações. Assim, tem-se a posição 
musculoesquelética estável da mandíbula; 
- Se ocorrem alterações nas estruturas articulares, tais como o estiramento dos ligamentos ou 
patologia articular, um aumento da força muscular na porção posterior do disco e nas 
estruturas adjacentes pode ocorrer. Uma vez que essas estruturas são vascularizadas e 
inervadas, há um grande potencial de provocar dor e/ou causar danos, já que tais estruturas 
não foram feiras para suportar forças muito intensas; 
 CONTATOS FUNCIONAIS IDEAIS DOS DENTES 
- A condição de oclusão ideal durante o fechamento mandibular é determinado pelo contato 
simultâneo e homogêneo de todos os dentes possíveis. Esse tipo de relação oclusal fornece 
máxima estabilidade para a mandíbula, enquanto minimiza a força aplicada em cada dente 
durante a função, permitindo uma melhor distribuição das forças; 
- Para melhor compreensão, na imagem A observamos um único contado oclusal do lado 
direito. Quando isso ocorre, nota-se que a atividade dos músculos elevadores tende a girar a 
mandíbula para o lado esquerdo, resultando em aumento da força na ATM esquerda e uma 
diminuição da força da ATM direito. Essa condição não fornece uma estabilidade mandibular e 
com isso teremos como resultado um colapso das articulações, dos dentes e das estruturas de 
suporte. Na imagem B, observamos contatos dentários bilaterais, que permitem uma posição 
mandibular mais estável e ajudam a diminuir a força aplicada em cada dente. Já na imagem C, 
temos um aumento dos contatos dentários, e essa condição continua a manter a estabilidade 
mandibular, assim, podemos perceber que, a medida que o numero de dentes em oclusão 
aumenta, a força em cada dente diminui e a estabilidade máxima da mandíbula é 
conseguida. 
 
A C B 
- Portanto, podemos afirmar que uma oclusão funcional ideal pode ser descrita como contatos 
oclusais homogêneos e simultâneos entre todos os dentes possíveis, quando os côndilos estão 
em sua posição mais superior e anterior na cavidade articular. Também podemos afirmar que 
a posição de relação Cêntrica dos côndilos coincide com a posição de máxima intercuspidação 
dos dentes, com isto, temos uma estabilidade ortopédica. 
 DIREÇÃO DAS FORÇAS APLICADAS AOS DENTES: 
- O tecido ósseo não tolera forças de pressão, se essa força for aplicada ao osso, o tecido ósseo 
será reabsorvido. Por isso, o ligamento periodontal é responsável por controlar essas forças; 
- Quando uma força de pressão é aplicada sobre o dente, o ligamento periodontal absorve 
essa força e a converte em uma força de tensão (aceitável para o osso, estimula a sua 
formação); 
- Além disso, o ligamento periodontal recebe forças oclusais de varias direções: verticais e 
horizontais. As forças verticais ocorrem quando os dentes entram em contato em uma ponta 
de cúspide e uma crista ou fossa, assim, essa força é direcionada verticalmente ao longo eixo 
do dente e as fibras do ligamento periodontal consegue dissipar essa força para o osso. Já as 
forças horizontais são aplicadas aos dentes quando os dentes entram em contato 
pelas vertentes, por exemplo, o que resulta em áreas de compressão das fibras e 
outras tracionadas ou distendidas, provocando respostas patológicas no osso; 
- O processo de direcionar as forças oclusais através do longo eixo do dente é 
denominado carga axial; 
- Esse processo pode ser conseguido por meio de dois métodos: 
1. Contatos dentários nas pontas das cúspides e nas cristas marginais ou 
fossas. Com esse tipo de contato, as forças resultantes serão direcionadas 
ao longo eixo do dente; 
2. Tripoidização ou tripoidismo: requer que cada cúspide entre em contato 
com um fossa oposta e estabeleça três contatos ao redor da cúspide. Esse 
tipo de contato também permite direcionar as forças ao longo do longo 
eixo do dente; 
 
 
 QUANTIDADE DE FORÇA APLICADA AOS DENTES 
- A ATM permite que a mandíbula realize excursões laterais e protrusivas que possibilitam 
que os dentes entrem em contato durante os diferentes tipos de movimentos excêntricos. 
Porém, tais movimentos laterais permitem que forças horizontais sejam aplicadas aos dentes. 
Como mencionado anteriormente, sabemos que tais forças não são bem aceitas pelas 
estruturas de suporte e pelo sistema neuromuscular; 
- Quais dentes podem melhor aceitar essas forças horizontais? 
- As forças horizontais dos movimentos de lateralidade e protrusão devem ser direcionadas 
para os dentes anteriores, que estão posicionados mais distantes da ATM (considerada o 
fulcro de força); 
- De todos os dentes anteriores, os caninos são os mais adequados para receber essas forças 
horizontais, isso se deve a sua anatomia, nota-se que sua raiz é mais longa e mais larga, 
também estão envolvidos por osso compactado denso, que tolera melhor as forças. Estudos 
ainda segurem que menos músculos são ativados quando os caninos ficam em contato 
durante os movimentos excêntricos; 
GUIA CANINA 
- Em uma relação de oclusão normal, no movimento de lateralidade, no lado de trabalho, 
ocorre o CONTATO ENTRE OS CANINOS superiores e inferiores, estabelecendo o que 
chamamos de GUIA CANINA. 
- A superfície vestibular e a borda incisal do canino inferior tocam a fossa palatina e borda 
incisal do canino superior; 
- Os caninos são os dentes apropriados para contatar e dissipar as forças horizontais enquanto 
desocluem todos os dentes posteriores; 
 
 
FUNÇÃO DE GRUPO 
- Muitos pacientes não possuem os caninos em posição apropriada para receber as forças 
horizontais e com isso, uma alternativa a guia canina é a função em grupo. Nela vários dentes 
do lado de trabalho fica em contato durante o movimento de lateralidade; 
- A função em grupo mais desejável consiste pelo toque dos caninos, pré-molares e as vezes a 
cúspide mésio-vestibular do primeiro molar; 
- Segundo o artigo lido, tanto a guia canina, quanto a guia de grupo são fisiologicamente 
aceitáveis. Contudo, em muitos pacientes a função de grupo se deve ao desagste oclusal dos 
caninos. Quando se é jovem temos a guia canina e com o tempo vai ocorrendo o desgate 
fisiologico dos caninos, o que vai resultando em um ligeiro contato entre os pré-molares e 
molares, fomando a função em grupo; 
 
- Qualquer contato laterotrusivo mais posterior que a porção mesial do primeiro molar não é 
desejável por causa do aumento de força que pode ser gerado. Além disso, contatos 
dentários no lado de balanceio podem ser destrutivos para o sistema mastigatório, em razão 
da quantidade e da direção das forças que podem ser aplicadas na articulação e estruturas 
dentárias; 
 
GUIA DE DESOCLUSÃO ANTERIOR (GUIA INCISIVA) 
- em uma relação normal de oclusão, os contatos protrusivos ocorrem entre as bordas incisais 
dos incisivos inferiores contra a face palatina dos incisivos superiores, sendo estás 
consideradas vertentes guias dos dentes anteriores; 
- Na protrusão com guia anterior, não pode haver contato entre os dentes posteriores, sendo 
assim, essa guia anterior protege os dentes posteriores (assim temos UMA OCLUSÃO 
MUTUAMENTE PROTEGIDA= onde os dentes anteriores protegem os posteriores em 
movimentos excursivos. Já os dentes posteriores, protegem os anteriores em movimentos de 
abertura e fechamento de boca); 
- Quando os dentes anteriores protegem os posteriores, as cúspides dos posteriores precisam 
ter certo grau de inclinação, para que durante a protrusão, elas possam passar entre elas e 
não se tocar; 
-Portanto, durante o movimento protrusivo com guia anterior, as cúspides dos dentes 
posteriores devem se cruzar, “passar pela outra”, mas não devem se tocar; 
- se houver uma inclinação errada entre as cúspides dos dentes posteriores, no momento que 
ocorrer a protrusão, esses dentes irão se tocar, ocorrendo o que chamamos de 
INTERFERÊNCIA do movimento. 
- Quando temos essa interferência,temos uma má oclusão e os contatos que ocorrem são 
entre as vertentes distais dos dentes posteriores superiores e as vertentes mesiais dos 
dentes posteriores inferiores; 
 
Determinantes da Morfologia Oclusal 
“A anatomia oclusal dos dentes funciona em harmonia com as estruturas que controlam os 
padrões de movimento da mandíbula”. As estruturas que controlam esses padrões de 
movimento são as articulações temporomandib ulares e os dentes anteriores. 
- Os dentes posteriores estão localizados entre esses dois fatores de controle de movimentos, 
portanto, podem ser afetados por ambos; 
- As estruturas que controlam o movimento mandibular são classificadas da seguinte maneira: 
 Estruturas que influenciam o movimento mandibular na porção posterior: ATMs; 
 Estruturas que influenciam o movimento mandibular na porção anterior: dentes 
anteriores; 
- As duas ATMs fornecem a guia condilar durante o movimento de protrusão, sendo então a 
guia condilar um fator de controle posterior, ou seja, a guia condilar, fornecida pelas ATMs, é 
a responsável por determinar como a porção posterior da mandíbula irá se movimentar. 
- Os dentes anteriores vão determinar como a porção anterior da mandíbula irá se 
movimentar, de modo que quando a mandíbula realiza uma protrusão ou movimentos de 
lateralidade, os dentes inferiores anteriores entram em contato com os superiores anteriores, 
tendo aqui a atuação da guia anterior, sendo considerada um fator de controle anterior; 
Determinantes fixos e variáveis: 
- são aqueles que determinam a morfologia oclusal, ou seja, a anatomia oclusal dos dentes 
posteriores; 
 Determinantes fixos são relacionados a estruturas ósseas; 
Quem são os determinantes fixos? 
 Distância intercondilar: é a distância entre os côndilos direito e esquerdo da mandíbula; 
 
 Ângulos de Bennett: é o ângulo formado pelo côndilo de balanceio que se 
movimenta para frente, para baixo e para medial, durante o movimento de 
lateralidade. O côndilo realiza esse movimento pela inclinação da parede 
medial da fossa mandibular, em uma vista horizontal. É um ângulo que pode 
ser ajustado no articulador e o componente do articulador responsável pela 
determinação e ajuste desse ângulo é chamado de elêtra, onde iremos deixar 
em 15° graus; 
 
 
 Guia condilar: é determinada pela inclinação da eminência articular, que faz com que os 
côndilos desçam ao longo dessa eminência durante o movimento de protrusão, formando 
o ângulo da guia côndilar (ângulo esse formado entre o teto da fossa ma2ndibular e a 
eminência articular. É responsável, principalmente, pelos movimentos anteriores da 
mandibular= protrusão) 
 
- A descida do côndilo sobre a eminência é determinada pela inclinação da mesma, ou 
seja, quanto mais inclinada a eminência, mais o côndilo terá que se movimentar 
inferiormente na medida que a mandíbula vai protruindo. Então, pode-se dizer que o 
ângulo formado pela guia condilar será o mesmo ângulo formado pela inclinação das 
cúspides na medida que as mesmas vão se afastando durante o movimento de 
protrusivo; 
- Se eu tiver um ângulo mais acentuado da guia condilar, terei cúspides posteriores mais 
altas e mais inclinadas 
 
 
 
 Determinantes variáveis são relacionadas às estruturas dentárias: 
 Plano oclusal: 
 Curva de spee; 
 Curva de Wilson; 
 Guia canina 
 Guia anterior: incisivos inferiores tocam a superfície palatina dos incisivos superiores no 
movimento de protrusão; 
- O ângulo da guia anterior é alterado pelas variações do trespasse horizontal e vertical. À 
medida que o TH aumenta, o ângulo da guia anterior diminui, têm-se então cúspides 
posteriores mais planas. Em casos em que o TV aumenta, o ângulo da guia anterior 
aumenta, tem-se então cúspides dos dentes posteriores mais inclinadas 
 Trespasse vertical (overbite); 
 Trespasse horizontal (overjet) 
- Os determinantes variáveis podem ser alterados por procedimentos dentários como: 
restaurações, ortodontia e extrações. Mas também podem ser alterados por condições 
patológicas. Já os determinantes fixos podem permanecer inalterados em pacientes saudáveis, 
mas podem ser alterados sob certas condições: traumatismos, doença ou procedimento 
cirúrgico. 
- Os determinantes fixos se correlacionam com os determinantes variáveis. Por exemplo, 
quando o côndilo desliza sobre a eminência articular durante a protrusão, as bordas incisais 
dos incisivos inferiores tocam a face palatina dos incisivos superiores; 
- A relação da guia condilar com os determinantes variáveis da oclusão é proporcional: 
Guia condilar- guia incisiva- quanto mais acentuada a guia condilar, mais acentuada é a guia 
incisiva; 
Guia condilar- altura das cúspides- quanto mais acentuada a guia condilar, maior pode ser a 
altura e inclinação das cúspides; 
Guia condilar- guia canina- quando mais acentuada a guia condilar, mais acentuada é a guia 
canina; 
- Já a relação do ângulo de Bennett com os determinantes variáveis é inversamente 
proporcional; 
Ângulo de Bennett- guia canina- quanto mais acentuado o ângulo de Bennett, menos 
acentuado é a guia canina 
Ângulo de Bennett- altura das cúspides- quanto mais acentuado o ângulo de Bennet, menor a 
altura de cúspides; 
- A anatomia dos dentes anteriores e das ATMs, vão influenciar na anatomia dos dentes 
posteriores, bem como no movimento exato dos dentes posteriores. Isso significa que, quanto 
mais perto da ATM o dente está, mais a anatomia articular influencia seus movimentos 
excêntricos, e menos os dentes anteriores influenciarão. Do mesmo modo, quanto mais perto 
um dente está dos dentes anteriores, mais a anatomia dos dentes anteriores vão influenciar 
seu movimento, e menos a anatomia da ATM influencia seu movimento;

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