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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 2. ETIOLOGIA 3. TIPOS DE DTMs 4. DTMs MUSCULARES 5. DTMs ARTICULARES 6. TRATAMENTOS 2 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 3 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis DTM É um termo genérico que engloba as disfunções que atingem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 4 ETIOLOGIA Hábitos parafuncionais Desarmonias oclusais Estresse Ansiedade/Depressão Traumas/Microtraumas Instabilidade mandibular Desequilíbrios posturais Condições fisiológicas anormais Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 5 TRATAMENTO Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 6 Deve-se ter uma abordagem MULTIDISCIPLINAR INCIDÊNCIA Entre 50 e 75% das pessoas exibe pelo menos 1 sintoma Cerca de 25% tem sintomas associados às DTMs Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 7 TRATAMENTOS IRREVERSÍVEIS Profissionais que atribuem as DTMs primariamente às desarmonias estruturais Equilíbrio oclusal Cirurgia Tratamento ortodôntico Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 8 TRATAMENTOS CONSERVADORES Profissionais que relacionam a dor e a DTM às desordens funcionais Placas oclusais Exercícios Anti-inflamatórios Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 9 CARACTERÍSTICAS •Anormalidades e/ou dor músculo- esquelética nos músculos mastigatórios •Dor é contínua ou ocasional e breve durante a mastigação, frequentemente associada a movimentos restritos da mandíbula e estalidos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 10 SUCEPTIBILIDADE Indivíduos não são igualmente suceptíveis às DTMs Mulheres em anos reprodutivos são a maioria dos pacientes Fatores genéticos e epigenéticos contribuem para as DTMs Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 11 SUCEPTIBILIDADE Níveis hormonais se relacionam ao aumento da vulnerabilidade genética a DTM, o que explica a alta frequência em mulheres em idade fértil Hormônios femininos: FATOR DE RISCO – forte prevalência em mulheres e pelos efeitos das modificações terapêuticas e fisiológicas dos níveis de estrógeno em pacientes com DTM Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 12 DOR DE CABEÇA Pode ser resultado das estruturas temporomandibulares ou a dor pode ser referida na ATM Nervo Trigêmeo é o caminho final tanto para a dor de cabeça quanto para a DTM Tipo mais frequente é a tensional, com aumento na incidência de migrâneas Sugere-se que a DTM e a dor de cabeça são entidades distintas que podem se associar de forma recíproca Pacientes com migrânea tem alta prevalência de DTM, com dores de cabeça relacionadas com a oclusão e parafunções que podem mimetizar a migrânea, onde o tratamento da DTM pode melhorar a dor Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 13 FATORES PSICOLÓGICOS Não se sabe se causam problemas funcionais ou se a DTM leva a alterações psicológicas e se DTM e fatores psicológicos tem relação Desempenham importante papel sobre a DTM Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 14 SINAIS E SINTOMAS Dor muscular Dor articular Limitações de movimento Estalidos ou ruídos Radiografias e TCFC Desarranjos do disco Dor miofascial Osteoartrite e/ou osteoartrose Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 15 ALTERAÇÕES POSTURAIS Postuladas como influenciadoras no desenvolvimento e persistência da DTM Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 16 SISTEMA POSTURAL O sistema mastigatório é o elo entre as cadeias musculares anterior e posterior e tem duas exterocepções (uma arcada em função da outra) Desequilíbrios do sistema mastigatório descompensam o sistema postural e vice-versa Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 17 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 18 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 19 Complexidade em compreender a etiologia Sinais e sintomas: não explicados por uma única causa Nenhum único tipo de tratamento afeta todas elas Podem haver outros problemas além da Desordem Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 20 Sistema mastigatório pode ser afetado por uma variedade de condições De acordo comas estruturas envolvidas, várias Desordens podem ocorrer Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 21 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 22 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 23 Função Normal Funções do Sistema Mastigatório: mastigar, deglutir e falar → Vitais Ação muscular é regulada pelo Tronco Encefálico (gerador de padrão central) através de engramas musculares, de acordo com o estímulo Estímulo inesperado → ativação de mecanismos reflexos de proteção → diminuição da atividade muscular na área do estímulo (reflexo nociceptivo) Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 24 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 25 Mudança no estímulo sensorial ou proprioceptivo Funções musculares normais podem ser alteradas por dor nas estruturas mastigatórias ou associadas pelos efeitos excitatórios centrais Para controlar a dor deve-se entender essa relação Esse efeito pode ser produzido por qualquer dor Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 26 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 27 Eventos Sistêmicos Terapias odontológicas não terão efetividade Importância da MULTIDISCIPLINARIDADE Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 28 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 29 Tolerância Fisiológica Os indivíduos respondem de maneiras diferentes a um mesmo evento Isso é a tolerância fisiológica individual, que é influenciada por fatores locais e sistêmicos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 30 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 31 Fatores Locais A resposta do Sistema Mastigatório aos Fatores Locais tem influência com sua estabilidade ortopédica Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 32 Mandíbula fechando com os côndilos na sua posição mais anterossuperior, apoiados na superfície posterior da eminência articular, com os discos adequadamente interpostos Contato simultâneo de todos os dentes possíveis, dirigindo as forças para o longo eixo dos mesmos (nesta posição, se a mandíbula fizer movimentos excêntricos, os dentes anteriores se tocam e desocluem os posteriores) Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 33 Essas condições fazem o Sistema Mastigatório suportar mais eventos locais ou sistêmicos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 34 Estabilidade ortopédica pobre: eventos insignificantes podem rompera função do sistema Pode resultar de condições oclusais, articulares ou de ambas Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 35 Provável forma de como a oclusão influencia os sintomas de DTM Fatores Locais o Alterações anatômicas também podem provocar a instabilidade da ATM, como o deslocamento do disco ou condições artríticas o Da mesma forma pode surgir desarmonia entre a MIH e a posição ME Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 36 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 37 Fatores Sistêmicos Cada um possui suas características de constituição (influenciadas pela genética, personalidade e dieta) Doenças agudas ou crônicas as influenciam (até o condicionamento físico geral do paciente pode influenciar) A resposta de um indivíduo a um evento pode ser influenciado pelos sistemas de modulação da dor Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 38 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 39 Sintomas Temporomandibulares Quando um evento ultrapassar a tolerância fisiológica desse indivíduo, o Sistema começará a apresentar mudanças, sendo que cada estrutura tem sua tolerância Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 40 Sintomas Temporomandibulares Quando a mudança ultrapassa um nível crítico: alterações teciduais Tolerâncias estruturais: relacionadas com a anatomia, traumas anteriores e condições dos tecidos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 41 Sintomas Temporomandibulares Se um evento exceder a tolerância,a estrutura mais fraca do Sistema Mastigatório mostraráos primeiros sintomas Locais potenciais: músculos; ATMs; estruturas de suporte dos dentes e dentes Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 42 Sintomas Temporomandibulares ATMs: presença de dor e sensibilidade articular; podem produzir sons (estalidos ou creptações) Músculos e ATMs toleram mais as mudanças: elo mais fraco pode ser o periodonto e os dentes → mobilidade ou desgaste Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 43 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 44 Considerações Etiológicas •Causa: complexa e multifatorial •Fatores predisponentes aumentam o risco das DTMs •Fatores desencadeantes causam o início das DTMs •Fatores perpetuantes interferem na cura e progressão das DTMs Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 45 Considerações Etiológicas Um único fator pode desempenhar um ou todos os papeis Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 46 Considerações Etiológicas Identificação e controle desses fatores: controle bem-sucedido das DTM Terapia efetiva e adequada: relacionada aos fatores etiológicos principais Fatores principais: oclusão; trauma; estresse; fontes de estímulo de dor profunda e hábitos parafuncionais A oclusão pode não ser a causa principal Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 47 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 48 Condição Oclusal • Debate a respeito de seu papel não reflete sua importância • Função mastigatória adequada: necessidade de relações oclusais sólidas e estabilidade • Papel da oclusão não é o mesmo em todos os pacientes Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 49 Condição Oclusal • Não são a única etiologia para as DTMs • Deve ser considerada estatica e dinamicamente • Nenhum único fator oclusal teve capacidade de diferenciar pacientes de indivíduos saudáveis Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 50 Condição Oclusal • Quatro condições ocorreram principalmente em pacientes com DTM: mordida aberta anterior esquelética/discrepância PCR-MIH maior que 2 mm/trespasse horizontal maior que 4 mm/cinco ou mais dentes posteriores perdidos e não substituídos • Esses sinais são raros em quem é saudável e na população de pacientes: limitação dessas características como diagnóstico Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 51 Condição Oclusal • Pouca contribuição de fatores oclusais que tradicionalmente se acreditava influenciar na análise de múltiplos fatores • Definição clara do grupo de pacientes evidente apenas nas variações extremas e em apenas alguns indivíduos: dedução de que a oclusão nãopode ser considerada o fator mais importante Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 52 Condição Oclusal Exceto por algumas condições oclusais definidas, há pouca relação entre oclusão e DTM Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 53 Resultados baseados nas relações estáticas dos dentes e de seus padrões de contato durante movimentos excêntricos: podem fornecer apenas uma percepção limitada do papel da oclusão Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 54 Considerando a relação funcional dinâmica entre a mandíbula e o crânio Condição Oclusal pode afetar as DTM Modo como a condição Como mudanças agudas na oclusal afeta a estabilidade condição oclusal influenciam a ortopédica da mandíbula função mandibular, levando quando esta exerce carga à DTM contra o crânio Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 55 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 56 Estabilidade ortopédica: existe quando a MIH está em harmonia coma posição ME dos côndilos Forças funcionais podem ser aplicadas aos dentes e às ATMs sem danos teciduais Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 57 Côndilos mantidos em ME pelos músculos elevadores Instabilidade ortopédica e dentes não estão em oclusão Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 58 Dentes levados em contato: somente um dente pode estar em contato Posição oclusal instável, mesmo com os côndilos em posição articular estável Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 59 Indivíduo vai manter a posição articular estável e ocluir apenas um dente Levar os dentes para uma posição oclusal mais estável, comprometendo a estabilidade articular Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 60 Estabilidade oclusal é básica para as funções Prioridade: obter estabilidade oclusal e levar a mandíbula em MIH Mudança pode forçar um ou ambos os côndilos: instabilidade ortopédica Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 61 Com instabilidade, apenas levar os dentes em oclusão pode não causar problema (forças mínimas) O problema aparece quando esta condição é sobrecarregada pelos músculos elevadores ou por traumas Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 62 MIH: posição mais estável para os dentes: carga aceita sem problema Côndilos em ME: sem efeito nas ATMs Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 63 Se a carga ocorrer quando as ATMs não estiverem estáveis: movimento não usual buscando estabilidade Tensão nos ligamentos discais, até um alongamento dos ligamentos e redução deespessura do disco: desordens intracapsulares Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 64 Fatores determinantes para a ocorrência de uma desordem intracapsular Grau de instabilidade ortopédica (tolerável: 1 a 2 mm) Quantidade de carga Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 65 Má oclusão dentária Relação específica dos dentes entre si Não necessariamente reflete qualquer fator de risco para o desenvolvimento de DTM Não se relaciona bem com as DTM Importantes quando vistas em relação à posição articular Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 66 Bem toleradas pela tolerância fisiológica Discrepâncias de 1 à 3 mm não são um risco Instabilidade ortopédica: fator crítico para avaliar os fatores de risco para as DTMs Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 67 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 68 Maneira pela qual a oclusão pode afetar os sintomas A introdução de um leve contato prematuro entre os dentes pode induzir dor na musculatura mastigatória Deve-se distinguir os tipos de atividades dos músculos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 69 Atividades do Sistema Mastigatório Tipos básicos: funcional e parafuncional Hiperatividade muscular: usado para descrever qualquer aumento na atividade muscular Algumas hiperatividades podem sequer estar envolvidas com contato de dente ou movimento mandibular Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 70 Atividades funcionais Atividades controladas cm mínimos danos para as estruturas Reflexos protetores: constantemente presentes, protegendo contra danos Contatos de interferência tem efeitos inibitórios na atividade funcional Diretamente influenciadas pela oclusão Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 71 Atividades parafuncionais Controladas por um mecanismo completamente diferente Podem ser estimuladas por certos contatos oclusais Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 72 Contatos Oclusais e Hiperatividade Muscular Hiperatividade muscular: qualquer aumento do nível de atividade muscular que não está associada à atividade funcional. Isto não só inclui o bruxismo e apertamento dentário, mas também qualquer aumento na tonicidade muscular relacionada a hábitos, postura ou estresse Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 73 Padrões específicos de contatos oclusais podem influenciar grupos musculares específicos quando os indivíduos voluntariamente apertam e movem para posições excêntricas Tem sido demonstrado também que o padrão de contato oclusal dos dentes não influencia o bruxismo noturno Alteração da condição oclusal, entretanto, afeta a função muscular, e a introdução de uma interferência experimental pode levar até a sintomas dolorosos Apesar disso, a introdução de uma interferência experimental não aumenta o bruxismo e, do mesmo modo, eliminar as interferências oclusais não parece alterar os sintomas da DTM Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 74 A ideia de que um contato prematuro poderia aumentar a atividade muscular como o bruxismo deve ser questionada em vista dos princípios ortopédicos Quando um ligamento é alongado, o reflexo nociceptivo é ativado, causando parada dos músculos que agem na articulação envolvida (na boca é o ligamento periodontal) Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 75 Quando o dente é contactado fortemente, o ligamento periodontal é sobrecarregado, causando um reflexo nociceptivo e interrompendo os músculos que agem na articulação – temporal, masseter e pterigoideo medial Seria então uma violação direta dos princípios ortopédicos assumir que um contato pesado de um dente causaria bruxismo e/ou apertamento (pode criar sintomas de dor muscular) Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 76 • O efeito preciso da condição oclusal na hiperatividade muscular não está claramente estabelecido • A condição oclusal parece estar relacionada a alguns tipos de hiperatividade e não a outros • Essência de como a terapia oclusal se encaixa ou não no controle das desordens mastigatórias dolorosas Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 77 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 78 Básica para a Odontologia A atividade funcional é amplamente influenciada por estímulos periféricos(inibitório) e a atividade parafuncional é influenciada por estímulos centrais (excitatório) Uma mudança aguda na condição oclusal precipitará a cocontração protetora, podendo gerar sintomas musculares com efeito inibitório na atividade parafuncional Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 79 Interferências Oclusais Crônicas Podem alterar o engrama muscular para evitar um contato potencialmente prejudicial e executar a função. Maneira mais comum que o corpo se adapta Outra forma de adaptação se relaciona ao movimento dentário para acomodar a sobrecarga Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 80 Tipos de interferências que se acreditava serem responsáveis pelos sintomas: mediotrusivos (não trabalho), laterotrusivo posterior (trabalho) e protrusivo posterior Estudos mostraram que esses contatos estão presentes em pacientes com DTM e em indivíduos saudáveis, não estando fortemente relacionados às DTMs Um deslize significativo da relação cêntrica (maior que 2 mm) pode se relacionar com a DTM se afetar, adversamente, a estabilidde ortopédica Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 81 Contatos que mais tem impacto sobre a função muscular: aqueles que alteram a MIH Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 82 Traumas Tipos: macrotrauma e microtrauma Parece ter um impacto maior na desordem intracapsular do que nas musculares Macrotrauma: qualquer força súbita que possa resultar em alterações estruturais (golpe na face) Microtrauma: qualquer força pequena que é aplicada repentinamente às estruturas por um longo período (bruxismo e apertamento) Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 83 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 84 Centros emocionais do cérebro influenciam a função muscular Hipotálamo, sistema reticular e sistema límbico Impulsos aferentes gama Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 85 O estresse emocional deve ser compreendido e avaliado pelo profissional da saúde, por representar, comumente, um papel importante nas DTM. O estado emocional do paciente é amplamente dependente do estresse psicológico que ele vivencia Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 86 Níveis elevados de estresse aumentam não somente a tonicidade muscular como também os níveis de atividade parafuncional Outro fator que pode influenciar a tolerância fisiológica individual é a atividade simpática ou tônus do paciente Sugere-se que a atividade simpática pode aumentar o tônus muscular, produzindo dor Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 87 Disfunções Temporomandibulares- Pedro Henrique Feres Reis 88 Pode causar alteração na função muscular Pode excitar centralmente o tronco encefálico, produzindo uma cocontração protetora Dor dentária, dor sinusal e dor de ouvido podem limitar a abertura da boca, levando a acharmos que é uma DTM Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 89 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 90 Atividade Diurna Apertar ou ranger os dentes e outros hábitos orais (morder a língua, objetos, onicofagia) Ocorrem de maneira subconsciente, ligadas à tarefas do dia-a-dia Apenas questionar o paciente não é um tratamento confiável Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 91 Atividade Noturna Sono Sono REM Contração dos músculos das extremidades e faciais Alterações das frequências respiratória e cardíaca Movimentos rápidos dos olhos sob as pálpebras Descanso psíquico Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 92 Atividade Noturna Alterações no sono REM (descanso psíquico) e no sono não-REM (descanso físico) pode levar a dores musculares, através de estímulos do SNC ou da fadiga muscular Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 93 Relação com o estresse emocional, que pode causar dificuldade para dormir ou amento da intensidade e da frequência dos eventos de bruxismo noturnos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 94 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 95 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 96 • Resposta inicial de um músculo a um estímulo sensitivo ou proprioceptivo alterado ou injúria • Na presença de dor ou estímulo sensitivo alterado, grupos de músculos antagonistas parecem disparar durante o movimento numa tentativa de proteger a área afetada • Clinicamente: aumento da atividade dos músculos depressores da mandíbula durante o fechamento e dos elevadores na abertura • Não é uma condição patológica e sim uma resposta fisiológica Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 97 Causas Estímulo sensitivo ou proprioceptivo alterado Estímulo constante de dor profunda Aumento do estresse emocional Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 98 Histórico Alteração recente nas estruturas locais Fonte recente de dor profunda constante Aumento recente no estresse emocional Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 99 A cocontração ocorre imediatamente após um evento e permanece por poucos dias. Se não for resolvida causará sensibilidade dolorosa muscular local Características Clínicas Disfunção estrutural: diminuição da amplitude de movimento (continua relativamente normal) Dor mínima em repouso Aumento da dor com a função Sensação de fraqueza muscular Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 100 Tratamento Definitivo Deve-se saber se é uma resposta normal do SNC, não havendo então indicação para tratar O tratamento deve ser direcionado para a razão da cocontração Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 101 Tratamento Definitivo Se for resultado de um trauma, o tratamento definitivo não é indicado porque a causa não mais está presente Se for resultado de uma restauração mal adaptada, o ajuste será o tratamento Se for por conta de uma fonte de dor profunda, deve-se controlá-la Se a causa for o estresse, deve-se controlar o estresse Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 102 Terapia de Suporte Quando a causa da cocontração é uma injúria tecidual, a terapia de suporte é o único tipo de tratamento disponível. Ela inicia com a orientação do paciente para restringir o uso da mandíbula e a ter uma dieta pastosa até a dor diminuir. Pode ser indicado analgésico e ARF. Exercícios musculares e terapias físicas não são indicadas Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 103 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 104 Primeira resposta do tecido muscular a uma cocontração protetora contínua Representa uma alteração no meio local dos tecidos musculares Resposta inicial ao uso exagerado (fadiga) Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 105 Causa Cocontração prolongada secundária a uma alteração recente nas estruturas locais ou a uma fonte de dor profunda Trauma tecidual local ou uso nãorotineiro do músculo Níveis aumentados de estresse emocional Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 106 Histórico Dor começar várias horas/dias após um evento associado à cocontração Dor começar associada à injúria tecidual Dor secundária a outra fonte de dor profunda Episódio recente de aumento do estresse emocional Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 107 Características Clínicas Disfunção estrutural: diminuição acentuada na velocidade e amplitude do movimento mandibular Dor mínima em repouso Aumento da dor em função Fraqueza muscular real Sensibilidade local à palpação Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 108 Tratamento Definitivo Eliminar qualquer estímulo sensitivo ou proprioceptivo alterado presente Eliminar qualquer fonte de dor profunda (dentária ou outra) Fornecer ao paciente educação e informação sobre o autotratamento (ARF) Confecção de uma placa oclusal no caso de suspeita de contatos dentários noturnos Caso as terapias anteriores fracassem, poderá ser utilizado analgésicos e/ou relaxantes musculares Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 109 Terapia de Suporte Deve ser direcionada para a redução da dor e restauração da função muscular normal Uso de analgésicos (a cada 4/6h por 5/7 dias) Fisioterapia manual coo alongamento muscular passivo e massagem leve (deve apresentar resultados em 1/3 semanas) Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 110 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 111 Contração muscular tônica, involuntária, induzida pelo SNC, frequentemente associado a condições metabólicas locais dentro dos músculos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 112 Causa Estímulo continuado de dor profunda Fatores metabólicos locais dentro dos tecidos musculares associados à fadiga ou uso demasiado Mecanismos idiopáticos de mioespasmo Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 113 Histórico Paciente relata um início súbito de restrição do movimento mandibular, geralmente acompanhado de rigidez Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 114 Características Clínicas Disfunção estrutural: restrição acentuada do movimento mandibular Dor em repouso Aumento da dor em função Músculo afetado firme e doloroso quando palpado Sensação generalizada de rigidez muscular Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 115 Tratamento Definitivo Redução da dor e então pelo alongamento ou estiramento passivo do músculo afetado.Massagem manual, spray de vapor frio, gelo e até mesmo injeção de anestésico local Eliminação dos fatores obviamente presentes (estímulo de dor profunda) e descanso dos músculos Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 116 Terapia de Suporte Mobilização dos tecidos moles,tal como massagem profunda e estiramento passivo Exercícios de condicionamento muscular e técnicas de relaxamento (após redução dos mioespasmos) Terapia farmacológica não é indicada no estado agudo Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 117 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 118 Condição dolorosa regional, caracterizada por áreas locais de faixas de tecido muscular firme e hipersensível conhecidas como pontos de gatilho. O efeito mais comum é a dor referida Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 119 Causa Fonte contínua de estímulo doloroso profundo Níveis aumentados de estresse emocional Presença de distúrbios do sono Fatores locais que influenciam a atividade muscular (hábitos, postura, tensão muscular e friagem) Fatores sistêmicos (nutrição inadequada, condicionamento físico deficiente, fadiga e infecções virais) Mecanismos de ponto de gatilho idiopático Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 120 Histórico A queixa principal do paciente é frequentemente a dor heterotópica e não a fonte real de dor (os pontos gatilhos). Deve-se ter conhecimento e habilidade para identificar a fonte primária da dor Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 121 Características Clínicas Disfunção estrutural: leve diminuição na velocidade e amplitude do movimento mandibular dependendo da localização. Secundária aos efeitos inibitórios da dor (cocontração) Dor heterotópica sentida mesmo em repouso Dor pode aumentar em função Quando provocadas, faixas tensas aumentam a dor heterotópica Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 122 Tratamento Definitivo/Terapia de Suporte I. Eliminar qualquer fonte de estímulo de dor profunda de acordo com a causa II. Reduzir os fatores locais e sistêmicos que contribuem para a dor miofascial.Individualizado para cada paciente III. Em caso de suspeita de distúrbio do sono, deve-se realizar uma avaliação adequada e correto encaminhamento IV. Tratamento e eliminação dos pontos gatilho (spray e estiramento; pressão e massagem; ultrassom e estimulação EG e injeção e estiramento Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 123 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 124 Desordem dolorosa crônica, contínua, que se origina principalmente a partir dos efeitos do SNC Se apresenta clinicamente com sintomas similares a uma condição inflamatória e por isso às vezes é chamada de miosite Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 125 Causa •À medida que o SNC se torna exposto a um estímulo nociceptivo prolongado, as vias do tronco cerebral podem se alterar funcionalmente •Pode resultar num efeito antidrômico nos neurônios periféricos aferentes, ou seja, os neurônios que normalmente só conduzem informação da periferia para o SNC passam a conduzir também no sentido inverso •Podem então liberar neurotransmissores nociceptivos (como a substância P e a bradicinina) que causam dor tecidual periférica. Processo chamado de inflamação neurogênica Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 126 Histórico O paciente relata uma condição de dor miogênica constante, primária, geralmente associada a um histórico prolongado de queixas musculares Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 127 Características Clínicas 1. Disfunção estrutural: diminuição significativa na velocidade e amplitude do movimento mandibular 2. Dor significativa em repouso 3. Aumento da dor em função 4. Sensação generalizada de rigidez muscular 5. Dor significativa à palpação 6. À medida que se prolonga, pode levar a uma atrofia muscular e/ou contratura miostática ou miofibrótica Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 128 Tratamento Definitivo Restringir o uso da mandíbula a limites indolores para não agravar a situação. Iniciar uma dieta pastosa associada a uma mastigação lenta e em pequenas porções (uma dieta líquida pode ser necessária) Evitar exercícios e/ou injeções pois qualquer movimento inicia a dor Desoclusão dos dentes (voluntária através da ARF e involuntária pela placa estabilizadora) Administração de uma medicação anti-inflamatória Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 129 Terapia de Suporte As modalidades de fisioterapia devem ser usadas com cautela Para alguns pacientes o calor úmido poderá ser útil e para outros o gelo Como início da diminuição dos sintomas, a terapia ultrassônica e o estiramento podem ser iniciados Alguns exercícios isométricos e leves dos maxilares serão eficazes para aumentar a força e a movimentação dos músculos, evitando assim alterações hipotróficas e contraturas miostáticas Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 130 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 131 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 132 Causa Resultam do alongamento dos ligamentos capsular e discal, juntamente com o afinamento do disco articular Comumente resultam de micro ou macrotraumas A instabilidade ortopédica mais a carga sobre a articulação parecem estar associadas como fatores causais Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 133 Histórico Quando a causa é o macrotrauma, o paciente irá frequentemente relatar um evento que precipitou a desordem. A obtenção de um bom histórico d paciente pode frequentemente revelar achados sutis de bruxismo. O paciente também irá relatar a presença de ruídos nas articulações e pode até reatar travamento durante a abertura. A presença de dor é importante Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 134 Características Clínicas Amplitude relativamente normal somente com restrição à dor Movimento discal pode ser sentido através da palpação durante abertura e fechamento Desvios de abertura são comuns Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 135 Tratamento Definitivo Objetivo: redução da dor intracapsular e não a recaptura do disco Sempre que possível utilizar a placa estabilizadora (se não for possível, utilizar a placa de posicionamento anterior) Se uma instabilidade ortopédica estiver presente um ajuste dentário pode ser realizado Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 136 Terapia de suporte Paciente deve ser informado e educado sobre o mecanismo da desordem e do processo adaptativo que é essencial para o tratamento Precisa ser encorajado a diminuir a carga sobre a articulação sempre que possível Dieta mais macia, mastigação mais lenta e em pequenas porções Pedir ao paciente que não estale a articulação Se houver suspeita de inflamação, deve-se receitar um anti-inflamatório Calor úmido ou gelo podem ser usados Exercícios ativos não são úteis porque causam movimentosarticulares que aumentam a dor(movimentos mandibulares passivos são indicados) Deve-se ensinar técnicas de ARF para reduzir a carga sobre a articulação Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 137 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 138 Causa Macro e microtrauma são as causas mais comuns Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 139 Histórico O paciente frequentemente relata o início exato dessa desordem.Ocorre uma alteração repentina da extensão do movimento mandibular. Pode revelar um aumento gradativo nos sintomas intracapsulares (estalos ou travamentos) antes do deslocamento Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 140 Características Clínicas O exame revela abertura de boca limitada (25/30 mm) com movimento excêntrico normal para o lado ipsilateral e restrição para o lado contralateral Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 141 Tratamento Definitivo Terapia inicial deve incluir uma tentativa de reduzir ou recapturar o disco através da manipulação manual Quanto mais antigo o relato de travamento menor a chance de sucesso Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 142 Terapia de Suporte Orientar o paciente quanto à sua condição Orientar a não abrir muito a boca Exercícios leves e moderados Diminuição das mordidas fortes Calor, gelo, AINES, tração articular e fonoforese são úteis Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 143 Referência OKESON, J. P. Tratamento das Desordens Temporomandibulares e Oclusão, Elsevier, 6ª edição, 2008 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 144 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 145 Disfunções Temporomandibulares - Pedro Henrique Feres Reis 146
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