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1 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S 2 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S 3 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO Diagramação: Gildenor Silva Fonseca PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira. O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profissionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua- ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia 5 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S 6 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora: Daniele De Melo Oliveira 7 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profisisional. 8 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Esta unidade analisará os princípios do Planejamento e Con- trole da Produção baseados em Sistemas Integrados como o S&OP. Tomando como base as crescentes demandas do mercado que reque- rem dos sistemas de produção modelos mais eficientes e baratos, esta unidade de estudos vem apresentar a importância do planejamento, im- plementação e acompanhamento de métodos eficientes em produção, como por exemplo, os de séries temporais. Os métodos de trabalho desenvolvidos em uma empresa, sobretudo, em ambientes de manufa- tura e transformação são de suma importância para o atendimento do cliente com a máxima excelência, no cumprimento de prazos sem des- cartar a qualidade. Sistemas de produção enxuta como o Jus in time, também conhecido como JIT, vêm vislumbrar que é possível produzir com eficiência e a baixos custos. Portando, ao longo desta unidade de estudos serão apresentados vários métodos de trabalho e modelos de gestão que se bem aplicados poderão trazer inúmeros benefícios para uma empresa que deseje atuar no mercado com competitividade. Produção; Gestão; Estoques; Sistemas 9 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 PLANEJAMENTO DE DEMANDA Apresentação do Módulo ______________________________________ 11 13Planejameto de demanda, Produção e S&Op ___________________ CAPÍTULO 02 INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS Métodos Qualitativos: DELPHI, Pesquisa, Analogia, Visionário, Opiniões _______________________________________________________ Métodos Quantitativos usando séries temporais: Média móvel, Suavização exponencial e SARIMA ______________________________ Recapitulando _________________________________________________ Recapitulando _________________________________________________ Como medir a precisão das previsões de demanda e como ajus- tá-la constantemente __________________________________________ 41 43 48 28 21 CAPÍTULO 03 INTRODUÇÃO AO GERENCIAMENTO, VARIABILIDADE E RISCO PPCP - Planejamento, Programação e Controle da Produção ____ Planejamento de Produção Just in Time e Postponement _______ Recapitulando _________________________________________________ 57 60 67 10 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Fechando a Unidade ___________________________________________ Referências ____________________________________________________ 71 74 11 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Devido às crescentes mudanças nas formas de consumo, ala- vancadas pelo desenvolvimento tecnológico, o mercado econômico está cada vez mais competitivo. Cresce então a necessidade de organi- zações estruturadas do ponto de vista administrativo e de planejamento voltado à produção, bem como do controle de seus estoques. Métodos de trabalho que direcionem as ações de planejamento e controle de produção são fundamentais para o desenvolvimento sustentável de uma empresa, independente do seu ramo de atuação ou de estrutura física. O não planejamento estratégico das ações pro- dutivas pode acarretar desaparecimento de uma empresa no mercado, pois certamente haverá déficits financeiros por perdas nos processos produtivos e de armazenamento de bens. Nessa perspectiva de competitividade empresarial, nascem metodologias de trabalho voltadas à integração da administração, com foco nas áreas de vendas e produção, tais como o S&OP, Sales and Operations Planning que significa Planejamento de Vendas e Opera- ções. Um dos principais objetivos do S&OP é o planejamento inte- grado entreas áreas de marketing e de transformação. Esse método de trabalho é originado da indústria, mas seus reflexos impactam diretamente outros segmentos, tais como o comércio voltado tanto para o atacado, quanto para o varejo. Cálculos matemáticos voltados à previsão da demanda para o planejamento de compras de insumos e matérias-primas, somado a gestão eficiente terão como frutos empresas mais estruturadas e com- petitivas. Maiores detalhes serão abordados, sequencialmente, ao longo do texto contribuindo para a consolidação do conhecimento dos alunos e da inserção de profissionais mais preparados no mercado de trabalho. No capítulo um serão abordados temas referentes ao plane- jamento de demanda, produção e S&Op, bem como de métodos de previsão com foco em planejamento coerente às necessidades dos es- toques industriais. Nesse capítulo há a apresentação de possibilidades de projeções de demanda de curto e longo prazos. No capítulo dois serão abordados temas sobre métodos qualita- tivos e quantitativos de previsão de demanda e estoques, tais como o delphi, pesquisa, analogia e visionário. Outros métodos também foram abordados no capítulo dois, no uso de séries temporais, tais como: mé- dia móvel, suavização exponencial e sarima, além de métodos quanti- tativos, usando séries causais tais como regressão linear e regressão múltipla. 12 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S No capítulo três será tratada a introdução ao gerenciamento e variabilidade de risco, serão apresentados modelos de planejamento e controle de produção, tais como o just in time postponement, além do subitem referente ao desafio de desenvolver um S&OP integrado 13 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S PLANEJAMETO DE DEMANDA, PRODUÇÃO E S&OP Toda empresa existe para entregar algum tipo bem, seja ele tangível1 ou intangível2 para seus clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, tais como os fornecedores em geral. As indústrias, por sua vez, têm como objetivo transformar ma- térias-primas e insumos em produtos acabados. Diante desse desafio de processamento e entrega existe todo um estudo logístico e de ad- ministração da produção, de forma a auxiliar o setor industrial em seu ciclo produtivo. 1 Bens tangíveis são palpáveis, tais como máquinas, equipamentos, eletrodomésticos, itens do vestuário e diversos. 2 Bens intangíveis não são palpáveis, tais como serviços, marcas e patentes. PLANEJAMENTO DE DEMANDA P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S 14 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S A administração da produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços. Tudo o que você veste, come, senta-se em cima, usa, lê ou usa na prática de esportes chega a você graças aos gerentes de produção, que organizam sua produção. Todos os livros que você toma emprestado da biblioteca, os tratamentos recebidos no hospital, os serviços esperados das lojas e as aulas na universidade também foram produzidos. (SLACK, et al, 2012, p. 25) Para todas as modalidades de entrega de algum tipo de bem, a expectativa é de satisfazer as necessidades dos clientes e, principal- mente, garantir o fluxo de produção que gera empregos e movimenta a economia de um país. Para isso, as empresas transformadoras fazem uso de recur- sos, que são alocados em uma série de etapas organizadas que cha- mamos de processos. Os processos definirão o que, quando e onde uma etapa produtiva deverá ser realizada. Notícia sobre o assunto: Atividade industrial desacelera em novembro Acesse o link: https://noticias.portaldaindustria.com.br/noti- cias/economia/atividade-industrial-desacelera-em-novembro/; Acesso em 05 de fevereiro de 2021 Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno acompanhe as oscilações do mercado industrial. A função do setor de produção numa empresa é de transformar matérias-primas, insumos, energia e informação em bens acabados. Tais bens são entregues em forma de produtos que consumimos de alguma forma e que, diariamente, encontramos nas gondolas de super- mercados e comércio em geral. Mas tudo isso só acontece se houver o planejamento de de- manda, ou seja, o setor de produção fica à espera de receber comandos para o processamento das matérias-primas, insumos e demais elemen- tos para que a transformação aconteça. O comando produtivo numa empresa deve ser estrategicamen- te planejado, de acordo com as necessidades do público consumidor, a partir de resultados quantitativos de demanda. Caso contrário, a indústria https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/atividade-industrial-desacelera-em-novembro/ https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/atividade-industrial-desacelera-em-novembro/ 15 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S está fadada em produzir aleatoriamente e os produtos acabarem ficando entulhados em estoques ou armazéns, ou mesmo de deixar de produzir a quantidade ideal, ocasionando a falta de produtos nos estoques. Para que o fluxo econômico ocorra em consonância com o as atividades de produção, com as mínimas perdas financeiras possíveis, faz se necessária uma administração eficiente desse setor. A administração da produção, em qualquer área de atuação numa empresa, é responsável pelas atividades de planejar, programar, coordenar e controlar a produção. Toda essa integração de atividades e conhecimentos na indús- tria assemelha-se a um sistema, que trabalha de forma organizada, si- milar ao corpo humano e que precisa ser alimentado com planejamento. Numa organização o sistema produtivo ocorre com a entrada de materiais, o processamento, alimentado com informações, para que haja a saída com produtos acabados. A função da produção não é a única, mas deve ser a central em uma empresa transformadora que produz bens ou serviços. A prioridade nas ações que envolvem essa área de conhecimento, em qualquer segmento produtivo, poderá garantir a existência de uma organização. Diante dos desafios do mercado econômico, o planejamento de produção torna-se um elemento central para a organização de uma empresa, sobretudo, das transformadoras. Nesse aspecto o planejamento em produção pode ser entendi- do como um conjunto de atividades que leva à transformação de diver- sos elementos em outro tangível e durável, que seja útil para a socie- dade em geral. A área de produção de uma empresa é o setor chave para que haja eficiência dos bens e serviços prestados, através do gerenciamen- to de recursos materiais e métodos de trabalho. O planejamento e controle das ações de trabalho num ambien- te de produção é imprescindível para a transformação com qualidade de matérias-primas e insumos em bens acabados. A função produção pode ser definida como a especificação das mínimas necessidades de input necessárias para produzir determina- das quantidades de output, dada à tecnologia disponível. Ela expressa 16 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S a relação entre as entradas, conhecidas na literatura como inputs3, e as saídas que são os outputs4 de uma organização. A figura 1 representa ilustrativamente a sequência de um pro- cesso produtivo com as entradas que são os inputs, o processamento e a saída de materiais transformados que são os outputs. Figura 1 – Processo produtivo Fonte: Autor, 2021. A área de produção depende então das especificações míni- mas de entrada de input necessárias para produzir determinadas quan- tidades de output, dada à tecnologia disponível e disponibilidade dere- cursos, tais como insumos e matérias-primas disponíveis. Tal visão sistêmica de produção irá formar sistemas maiores e subsistemas organizacionais menores de produção que devem ser ali- mentados constantemente com informações e com o apoio de recursos humanos e materiais. Quando falamos em produção, logo, remetemos a entrega de um produto físico tangível, tais como eletrodomésticos, peças de ves- tuário etc., mas o resultado da produção também pode ser a entrega de um produto intangível. Para muitas empresas que entregam serviços, as entradas (inputs) são dependentes de: informações, bens materiais a serem re- parados e o próprio cliente. Nessa perspectiva de entradas ou inputs, as áreas de conhe- 3 Os inputs são as entradas em um sistema, tais como matérias-primas e insumos. 4 Os outputs são as saídas do sistema em produtos acabados. 17 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S cimento em logística e produção trabalham em prol da organização da cadeia de abastecimento e suprimentos. As matérias-primas necessárias para um ambiente de produ- ção devem ser planejadas para que a sua aquisição ocorra com a máxi- ma agilidade e qualidade. Nessa perspectiva é comum que as empresas busquem firmar contratos com fornecedores que estejam fisicamente alocados o mais próximo possível da indústria, diminuindo barreiras que impactem no fator tempo, como por exemplo, os transportes. O produto gerado no processo de produção de empresas pres- tadoras de serviço pode ser algo intangível e, muitas vezes, precisa ser vivenciado pelo cliente, tais como os benefícios de uma marca e dos resultados de uma cirurgia plástica. Contudo, para que haja eficácia em qualquer modalidade de produção são necessários planejamento e integração, dentre todas as áreas de uma empresa, com base em uma estrutura organizacional de- finida e de dados quantitativos baseados em previsão de demanda. É preciso descobrir quais são as necessidades e desejos de cada cliente, para saber o que oferecer, para satisfazê-lo, seja por meio de produto ou serviço. É importante descobrir o que cada cliente busca em um produto ou serviço, ou seja, o que tem valor para o cliente. (COBRA 2009, p.23) Com isso podemos entender que o profissional especializado em produção será capaz de planejar, organizar, executar e controlar as atividades produtivas de uma organização com eficiência e qualidade, alinhando a gestão da produção às estratégias organizacionais. Para o bom desempenho de uma empresa é necessário definir suas estratégias, sendo também de grande importância que todos os envolvidos no processo conheçam sua estrutura. Portanto, tornar a estrutura organizacional transparente é fun- damental neste processo. A estrutura organizacional pode ser entendi- da como a representação gráfica da empresa e funciona como a planta da organização. O organograma é a representação feita em forma de gráficos para definir as hierarquias de uma empresa. Quando o organograma é bem estruturado, permite aos colaboradores saber exatamente os pa- péis dentro da organização, facilitando a comunicação, bem como o desenvolvimento dos trabalhos para o alcance dos objetivos e cumpri- mento de metas. “O desenho organizacional constitui uma das prioridades da administração: delinear a estrutura da empresa de modo a contribuir decisivamente para o alcance dos objetivos organizacionais. Esta é a 18 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S principal função da estrutura organizacional”. (CHIAVENATO, 1994, p. 334) A função do organograma é auxiliar os gestores na divisão da estrutura e determinação da hierarquia da empresa nos níveis estraté- gicos, tático e operacional. Podemos entender então o organograma como a representa- ção gráfica da estrutura formal de uma empresa, organizando as divi- sões de trabalho, ou seja, demonstrando a função de cada um. Essa estrutura administrativa de gestão auxilia também na melhoria da performance das relações de supervisão, deixando claro quem se reporta a quem dentro da empresa, além de contribuir com a eficiência dos canais de comunicação dentre as áreas de conhecimento e seus membros. Nessa perspectiva os conhecimentos em S&OP (Sales and Operations Planning), Planejamento de vendas e operações são funda- mentais para o gerenciamento das operações produtivas em uma em- presa e do desempenho eficiente dentre as funções de trabalho. Função é uma posição definida na estrutura organizacional, a qual cabe um conjunto de responsabilidades afins e relacionamentos específicos e coe- rentes com sua finalidade, ao passo que cargo é um conjunto de funções de mesma natureza de trabalho, de requisitos em nível de dificuldades seme- lhantes e com responsabilidades em comum. (LACOMBE 2011, p. 181) Uma vez definida as funções de trabalho, cada colaborador terá ciência das suas tarefas, bem como objetivos a serem alcançados, além da maior clareza dentre as demais funções distribuídas nas áreas do conhecimento da organização em que atua, pois haverá a visão mar- co do ambiente. O S&OP pode ser entendido também como um plano de negó- cios, através do qual uma equipe de trabalho é capaz de gerenciar as ações produtivas em consonância com as diversas áreas de conheci- mento, principalmente, de vendas e de produção. Sem o S&OP as áreas de conhecimento tendem a trabalhar de forma independente, sem integração, o que é maléfico para os resulta- dos de produção. 19 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S O S&OP é um processo de planejamento contínuo, baseado na comunicação eficiente dentre as áreas de conhecimento de uma empre- sa. Para tanto, podem ser desenvolvidas reuniões mensais, previamen- te agendadas. Essa ação auxiliará os gestores na tomada de decisões e repasse de metas para a área de vendas e comandos para os setores de compras de insumos, matérias-primas e de produção. Planejar é estabelecer com antecedência as ações a serem executadas, es- timar os recursos a serem empregados e definir as correspondentes atri- buições de responsabilidades em relação a um período futuro determinado, para que sejam alcançados satisfatoriamente os objetivos por ventura fixa- dos para uma empresa e suas diversas unidades. (SANVICENTE e SANTOS 2012, p. 14) O S&OP pode ser entendido como uma metodologia de tra- balho voltada às vendas e operação de produção. Com ele é possível diminuir os desperdícios nos processos produtivos, maximizar a eficiên- cia dos níveis de estoque, otimizando os resultados de uma empresa como um todo. Observe o esquema representado na figura 2 que descreve o principal objetivo da metodologia S&OP, que é a interface entre as áreas de vendas/marketing com as operações de produção. Para a eficácia da aplicabilidade desse método são necessárias ações de comunicação. Figura 2 – S&OP Fonte: Autor, 2021. 20 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Para que o S&OP seja desenvolvido é necessário coletar os dados dos meses anteriores de vendas e produção para que sejam ana- lisados pelos gestores, por técnicas de planejamento colaborativa. Com isso é possível que sejam replanejadas as metas de ven- das e demandas em produção, se necessário, de forma que não haja estoques de produtos desnecessários. O desenvolvimento de reuniões de informação dentre os gesto- res de S&OP são de fundamental importância. Elas devem ocorrer perio- dicamente nas empresas que implantam essa metodologia de trabalho. A coleta e análise de dados em produção e vendas é funda- mental dentro da metodologia S&OP, para a estruturação de um pla- nejamento de produção e vendas mensal, dentro de uma realidade de mercado. Os dados obtidos pelo refinamentodo método S&OP poderão servir de base para as entradas, antes que o processo de transforma- ção aconteça, proporcionando maiores índices de assertividade do que foi planejado diante do realizado. O planejamento de produção e vendas é fundamental para qualquer ramo de negócio. Assista ao vídeo “Sales and Operations Planning (S&OP) Optimizes Supply Chain Performance” Disponível em: https://direitoemfoco.brasil.com.br O sucesso do método de trabalho S&OP dependerá da periodi- cidade das reuniões de comunicação e da rigorosidade e procedências dos dados e estruturação dos indicadores de desempenho, e que acima de tudo seja flexível às mudanças de mercado em demandas. O S&OP é uma metodologia de trabalho voltada ao nível tático5 que vem para integrar as estratégias de planejamento de uma empresa, 5 O nível tático está localizado na estrutura hierárquica intermediária de uma empresa. https://direitoemfoco.brasil.com.br 21 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S sem que sejam descartados outros métodos que já venham sido utili- zados. Almeja-se então como um dos resultados desse método maior precisão das previsões de demanda, proporcionando os ajustes que se- jam necessários para uma entrega de produtos e serviços mais eficiente no mercado consumidor sem que ocorram perdas. COMO MEDIR A PRECISÃO DAS PREVISÕES DE DEMANDA E COMO AJUSTÁ-LA CONSTANTEMENTE O conceito de demanda pode ser entendido como a quantida- de de um bem requerido por segmentos da sociedade num determinado espaço de tempo. A demanda pode ser acionada por diversos fatores tais como: mudanças climáticas, de saúde, moda, dentre outros. Por exemplo, a população que habita em regiões frias do país demanda por vestimentas quentes, ao passo que a população que reside em locais mais quentes demanda por roupas mais leves. Em regiões geográficas onde há oscilações de temperatura durante o ano é comum que em épocas quentes haja demanda por bebidas geladas, aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, ao passo que nos momentos de temperaturas frias haja a demanda por bebidas quentes, aquecedores, botas, cobertores, dentre outros. A demanda, por sua vez, divide-se em quatro segmentos eco- nômicos clássicos que são: demanda individual, de mercado, derivada e direta. Na demanda individual entende-se pela quantidade de um de- terminado bem ou serviço que um indivíduo está disposto a pagar, num certo espaço de tempo. A demanda de mercado é o estudo pautado pela soma de to- das as demandas individuais. A demanda derivada é a procura por matérias-primas e insu- mos com base na procura do mercado por um bem ou serviço. E a demanda direta é a procura real por determinado bem ou serviço sem a interferência de outros fatores, tais como preço de venda. Mas como a indústria pode se preparar precisamente diante de tantas oscilações que podem ocorrer durante um ano dentre as socie- dades? Com estudos de previsão de demanda. A previsão de demanda é a base para o planejamento das ações de qualquer empresa, sobretu- do, da indústria. A partir de dados quantitativos do mercado consumidor é possível que os setores de produção, vendas, recursos humanos e 22 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S financeiro se preparem para a alocação de recursos físicos e materiais, de forma que produtos e serviços sejam processados e entregues no mercado com qualidade e pontualidade. Ou seja, se tomarmos como base as estações do ano, pode- mos considerar como base de previsão de demanda o consumo dos últimos anos durante o verão, por exemplo, ou dos meses antecedentes a essa estação. Nessa perspectiva surgem os estudos voltados à cadeia de abastecimento e suprimentos da indústria, também conhecida na litera- tura como Supply Chain. De acordo com Martins (2006, p. 125): Supply Chain pode ser entendido como o conceito de integração da empresa com todas as firmas da cadeia de suprimento: fornecedores, clientes, prove- dores externos de meios logísticos compartilham informações e planos ne- cessários para tornar o canal mais eficiente e competitivo. (MARTINS, 2006, p. 125) Podemos entender o Supply Chain como a integração de todas as operações de uma empresa que estejam associadas com as ativi- dades de transformação, para que as demandas sejam atendidas com precisão e não ocorram falhas. O estudo do Supply Chain vai desde o momento da produção e perpassa todos os fluxos administrativos que vão desde o fornecedor até o cliente final. Quando uma indústria consegue atingir o Supply Chain enten- de-se que alcançou a excelência em seu processo logístico no geren- ciamento da cadeia de abastecimento e ressuprimento do mercado. Com o Supply Chain não haverá nem perdas pelo excesso de produtos lançados no mercado, nem faltas de produtos ou serviços ao consumidor, pois a empresa consegue absorver as reais necessidades de demanda. E através do relacionamento com os seus fornecedores a indústria poderá manufaturar no tempo certo entregando ao público o produto esperado. É preciso entender também que a demanda está sempre su- jeita às alterações econômicas do mercado, as quais afetarão direta- mente a indústria. Dessa forma, em todos os segmentos de produtos e serviços é possível que haja o aumento ou diminuição das vendas, necessitando de ajustes em suas previsões. Por isso, é tão importante que as empresas realizem uma pre- visão adequada antecedendo as suas produções, com informações quantitativas precisas a respeito da demanda dos produtos que o mer- cado consumidor requer num determinado momento. 23 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S A partir da previsão quantitativa de demanda deve haver o planejamento de compras de matérias-primas, insumos e alocação de recursos humanos, além de máquinas e equipamentos, para o proces- samento na indústria. Os estudos voltados à gestão da cadeia de suprimentos são considerados recentes na história da administração, mas sua base teó- rica vem de teorias antigas, na década de 1950, quando se inicia uma nova abordagem ligada às necessidades de uma administração inte- grada. É importante ressaltar que a previsão quantitativa da demanda, dividida por segmentos de produtos e serviços levará à precisão. Com a precisão da demanda é possível que o administrador de empresas desenhe o cenário para a produção das próximas semanas e meses, por exemplo, com o mínimo de perdas possível. A previsão de demanda é a base para a gestão eficiente, sobretudo, da alimentação do plano mestre de produção. “A gestão eficiente é possibilitar ajustes eficazes em seu pro- cesso, resultante em redução de custo e economia nas aquisições. O estoque tem efeito impactante no êxito das empresas. Um dos motivos é o alto volume de dinheiro empregado” (MOURA, 2004, p. 32). Contudo, a previsão de demanda não é uma tarefa fácil, inde- pendente da tecnologia adotada, ela precisa de dados históricos confiá- veis para que haja precisão nas demandas futuras. Por este motivo, muitas empresas entendem que a precisão de demanda é incerta. Para Corrêa (2001, p.55) “as previsões auxiliam no planejamento das atividades, mas podem apresentar erros”. Então, deve-se ter cautela na coleta dos dados para evitar erros na previsão da demanda que poderá ser afetada por vários fatores externos e sazo- nalidades inesperadas. Projeções de longos e curtos prazo O planejamento é a base para o sucesso das organizações, independente do seu ramo de atuação ou estruturas físicas. Nesse contexto, as projeções de demanda são elementos fundamentais para 24 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S a sustentabilidade econômica, considerada como as engrenagens de umaorganização sustentável. Lembrando que a previsão de demanda se refere à procura dos clientes por um determinado bem ou serviço, levando a indústria a produzir determinada quantidade num espaço delimitado de tempo. Podemos entender também que a preferência dos indivíduos afeta diretamente a demanda e o consequente ritmo de produção. Vale ressaltar que a demanda muitas vezes está relacionada a fatores tais como: renda dos indivíduos, preço de mercado, desejos e necessidades. Os bens basicamente classificam-se em: inferior, normal e su- perior. O bem inferior a sua procura varia inversamente a renda do consumidor, ou seja, quanto maior a renda menor será a procura. Isso acontece pois muitas vezes o consumidor procura por bens similares ou substitutos, principalmente, em épocas de dificuldades econômicas e financeiras, tais como a inflação6. O bem normal é aquele que a procura é diretamente propor- cional à renda do consumidor. Se a renda cai a procura também diminui. Nesse modelo a indústria de forma geral deve ficar atenta às oscilações econômicas, tais como nível de desemprego. No bem superior a quantidade demandada varia diretamente, mas, de forma desproporcional, ou seja, se a renda aumenta, a procura por determinado bem aumenta mais ainda, dessa forma ficará difícil da indústria conseguir suprir as necessidades do mercado. Com o planejamento estratégico é possível que uma organi- zação defina com clareza quais são os seus clientes e concorrentes, deixando claro para todos os clientes internos7 e externos8 os objetivos de curto, médio e longo prazos. O planejamento estratégico é o processo de elaboração da estratégia, pro- jetando os objetivos e resultados esperados a longo prazo; [...] A elaboração do planejamento envolve os processos de análise do ambiente e da organi- zação. Geralmente, os altos executivos da empresa são os responsáveis por sua elaboração (RIBEIRO 2010, p.8) 6 Inflação pode ser entendida como a perda de poder aquisitivo pelo cidadão. 7 Clientes internos: pertencem à organização, ou seja, são funcionários, colaboradores que estão inseridos nas atividades de trabalho. 8 Clientes externos são as pessoas que estão fora da organização, mas que contribuem com ela. Podem ser fornecedores, terceirizados e até mesmo os compradores dos produtos e serviços prestados. 25 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Com base em dados históricos quantitativos as projeções de demanda podem ser realizadas pelas empresas tanto em longo, quanto em curto prazo. Contudo, devemos considerar que as oscilações do mercado consumidor estão diretamente ligadas a fatores socioeconômicos, tais como: nível de escolaridade, renda e emprego. Por exemplo, havendo crise econômica em um país que leve ao desemprego em massa é possível que as demandas de muitos pro- dutos caiam, sobretudo, dos não essenciais. Então fatores como o de- semprego e a queda da renda são capazes de afetar os níveis de esto- que de qualquer empresa, sobretudo da indústria transformadora. Da mesma forma acontece a lógica de demanda voltada à es- colarização. Quanto maior o nível voltado ao grau de instrução de uma população, maiores serão as faixas salariais e o poder de compra dela. Ainda que fatores socioeconômicos sejam observados pela in- dústria em geral, as empresas utilizam de métodos matemáticos volta- dos a uma projeção de demanda mais assertiva, de forma a auxiliar o gerenciamento da produção e o controle dos estoques. Dentre as metodologias utilizadas para a previsão de demanda estão os métodos de média móvel simples e média móvel ponderada. Observe o quadro abaixo, nele estão descritas as demandas referentes aos meses de janeiro, fevereiro, março e abril de determina- do ano para um tipo de produto. A indústria pretende realizar a previsão de demanda para o mês de maio, de forma a efetuar um planejamento de produção mais preciso. Quadro 1 – Previsão de demanda JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO 14 20 22 24 Fonte: Autor, 2021. Então a previsão de demanda baseada na média móvel sim- ples para o mês de maio pode ser obtida pelo somatório da demanda dos últimos três meses que são fevereiro, março e abril. O resultado dessa soma divide-se por três. Nesse caso foi descartada a demanda do mês de janeiro por ser um mês atípico em consumo, devido à cultura de férias que conso- me, historicamente, menos o produto analisado. Então para a previsão de demanda por média simples esta- mos considerando os meses de fevereiro, março e abril. Somando as demandas e dividindo por três chegamos ao resultado de previsão de demanda para o mês de maio. 26 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Quadro 2 – Previsão de demanda para maio FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO 20 22 24 22 Fonte: Autor, 2021. Já na metodologia de previsão de demanda por média móvel ponderada admite-se pesos para cada um dos meses estudados. Os maiores pesos são atribuídos para os períodos mais recentes de estudo, pois estão mais próximos de uma realidade. A somatória dos pesos in- dependente dos meses estudados deve ser igual a um. Quadro 3 – Previsão de demanda e pesos FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO 20 22 24 22 PESOS FEVEREIRO MARÇO ABRIL SOMATÓRIO 0,2 0,3 0,5 1,0 Fonte: Autor, 2021. Multiplicando o peso de cada um dos meses com a sua respec- tiva demanda chega-se ao resultado da média móvel ponderada para o mês de maio. Quadro 4 – Previsão de demanda por média ponderada FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO 20 22 24 22,6 Fonte: Autor, 2021. Tanto o método de média simples, quanto o de média pon- derada podem ser utilizados para a previsão de demanda. Contudo, a expectativa é que o método ponderado seja mais assertivo, pois ele se aproxima mais da tendência de mercado. Os cálculos de previsão para a precisão de demanda são a base para a tomada de decisões que devem ser realizadas após a reu- nião com as diversas áreas da empresa. 27 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Observando ainda o quadro 4 note que a indústria não irá pro- duzir número fracionado de um determinado produto, arredonda-se para cima, então, tomando por base o exemplo calculado no quadro seriam produzidas 23 unidades no mês de maio. Com os dados obtidos a partir dos cálculos de previsão de de- manda, as áreas de coordenação em administração, produção, marke- ting, vendas, recursos humanos e financeiros devem se reunir para to- mar maiores decisões, relativas à quantidade de produtos lançados no mercado. Podemos entender então que as projeções de demanda tanto a curto, quanto a longos prazos dependem de dados quantitativos, mas também da análise qualitativa pela equipe de gestores da organização. No próximo capítulo serão abordados temas inerentes a outros métodos de previsão de demanda, dentre eles os qualitativos. 28 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2018 Banca: CS-UFG Órgão: Câmara de Goiânia - GO Prova: Assessor Técnico Legislativo - Administrador O planejamento das necessidades de materiais (MRP) é uma fer- ramenta abrangente de planejamento e controle dos recursos da organização. O MRP, diferentemente do lote econômico de compra (LEC), é uma técnica de gestão de estoques que baseia-se a) em estimativas imprecisas das necessidades passadas de materiais na organização. b) em estimativas imprecisas das necessidades futuras de materiais na organização. c) em estimativas precisas das necessidades futuras de materiais na organização. d) em estimativas precisas das necessidades passadas de materiais na organização. QUESTÃO 2 Ano: 2017 Banca: FAU Órgão: E-Paraná Comunicação - PR Prova: Auxiliar de Almoxarifado Técnico Para o corretoplanejamento de estoque não é importante: a) A classificação de materiais levando em conta o seu valor e importân- cia para a empresa. b) Catalogação de todos os materiais utilizados pela empresa e sua demanda. c) Considerar a logística de distribuição de modo a reduzir custos. d) O tempo de validade de cada produto e sua perecibilidade. e) Catalogar os materiais de consumo mais utilizados pela Diretoria. QUESTÃO 3 Ano: 2016 Banca: ESAF Órgão: ANAC Prova: Especialista em Re- gulação de Avaliação Civil - Área 4 Relacione os Sistemas Integrados de Gestão com suas respectivas definições e assinale a opção correta. SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO 1 ─ MRP ─ Materials Requirements Planning 2 – MRP II – Manufacturing Resources Planning 3 – DRP – Distributions Requirements Planning 4 – SYCHRO 5 – ERP – Enterprise Resources Planning 29 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S DESCRIÇÃO ( ) Planejamento das necessidades da produção, evolução do MRP, incluindo o cálculo da necessidade de capacidade produtiva, além dos materiais, com integração de informações para planejamento de negócios financeiros e marketing. ( ) Planejamento das necessidades da empresa, apresentado em 1991 e desenvolvido pelo SAP, é a evolução dos sistemas integra- dos de planejamento e controle, contemplando todas as funções dos demais sistemas, incluindo qualidade, pessoal, manutenção, entre outras funções de apoio, como operações. O sistema integra todas as transações até o livro razão da empresa. A inclusão do conceito e da ferramenta de workflow permite que a empresa seja parametrizada e gerida por meio de processos que aderem a seu fluxo de geração de valor. ( ) Planejamento das necessidades de materiais – inventado no fim da década de 1950, esse sistema realiza a explosão de materiais, calcula a necessidade de materiais com base na previsão de ven- das de produtos e ajusta tempos de reposição para que seja mini- mizado o disparo de produções antes da necessidade do item. ( ) Planejamento das necessidades de distribuição – módulo que permite calcular as necessidades de distribuição de produtos com base em uma estrutura preestabelecida de mercado ou política de distribuição. ( ) Módulo de sincronização da produção, que se integra aos MRPs e permite dimensionar, adequadamente, qual filosofia de gestão aplicar para otimizar o fluxo de produção e distribuição (fluxo do ganho, ou seja, leva em conta planejamento de acordo com as filo- sofias de MRP, JIT e TOC). a) 2, 5, 1, 3, 4 b) 4, 1, 5, 3, 2 c) 2, 3, 1, 4, 5 d) 1, 2, 4, 3, 5 e) 4, 5, 3, 1, 2 QUESTÃO 4 Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: IBGE Prova: Analista Censitário - Logística O planejamento logístico tem o objetivo de resolver quatro proble- mas. São eles: a) níveis de serviço ao cliente, localização das instalações, manuseio de materiais e decisão sobre transporte. b) níveis de serviço ao cliente, localização das instalações, decisão so- 30 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S bre qualidade e decisão sobre transporte. c) indicador de desempenho logístico, localização das instalações, de- cisão sobre qualidade e decisão sobre transporte. d) indicador de desempenho logístico, objetivo e estratégia de opera- ções, decisão sobre estoque e decisão sobre transporte. e) níveis de serviço ao cliente, objetivo e estratégia de operações, deci- são sobre estoque e decisão sobre transporte. QUESTÃO 5 Ano: 2018 Banca: IADES Órgão: ARCON-PA Prova: Auxiliar de Re- gulação de Serviços Públicos Assinale a alternativa que indica um objetivo do planejamento e controle de estoque. a) Manter o estoque sempre em níveis elevados, sem se preocupar com o custo financeiro. b) Identificar os itens obsoletos e defeituosos e promover o respectivo reparo e reaproveitamento. c) Não permitir condições de falta ou excesso de estoque em relação à demanda da área de vendas. d) Maximizar os ativos imobilizados, de forma a prevenir eventuais inter- rupções de fluxo de caixa. e) Não permitir o uso de informações para estudos de planejamento das necessidades de estoque. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE A função de um administrador de empresas é de avaliar os objetivos organizacionais e desenvolver estratégias necessárias para alcançá-los através do planejamento. Porém, ele também é responsável pela im- plantação de tudo que planejou, portanto, deverá ser um profissional prático, que define os programas e métodos de trabalho, principalmen- te, os voltados à produção e vendas. O administrador deve estar prepa- rado para captar as necessidades de demanda, avaliar os resultados do planejamento e métodos de trabalho, corrigindo os setores e os proce- dimentos que estiverem com problemas. Sobre o enunciado, disserte acerca do S&OP para o planejamento e controle de produção. TREINO INÉDITO O planejamento e o controle de produção são ações que devem ser originadas: 31 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S a) apenas na alta administração da empresa, em momentos estratégi- cos definidos por esses profissionais. b) durante as operações de manufatura, pela equipe de vendas confor- me as demandas. c) durante o processo de transformação de bens, pela equipe interme- diária, também conhecida como operacional. d) após a avaliação de satisfação de pós-venda, pela equipe de marke- ting e propaganda. e) antecedendo as ações de compra de materiais e insumos, pelos seus administradores. NA MÍDIA INDÚSTRIA REFORÇA PRODUÇÃO AOS SÁBADOS PARA DAR CONTA DE DEMANDA “Após meses de negócios em queda devido à pandemia, recuperação no setor está sendo mais rápida do que se esperava e tem exigido até horas a mais de trabalho”. (Fonte: g1.globo.com 2020) De olho na recuperação da economia e nas encomendas de fim do ano, alguns setores da indústria estão convocando jornadas de trabalho aos sábados. É fim de semana e as máquinas continuam ligadas. Depois de meses de negócios em queda por causa da pandemia, a recuperação na indús- tria está sendo mais rápida do que se esperava, e está exigindo até ho- ras a mais de trabalho. De olho na Black Friday e nas vendas do Natal, algumas fábricas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos já ampliaram os turnos e estão funcionando aos sábados. Fonte: G1.globo.com Data: 31 out. 2020. Leia a notícia na íntegra: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2020/10/31/industria-refor- ca-producao-aos-sabados-para-dar-conta-de-demanda.ghtml NA PRÁTICA Dentro de uma empresa, seja ela de qualquer ramo de atuação, as ques- tões que envolvem o armazenamento de materiais e produtos sempre são pontos críticos e cruciais, pois dependem de planejamento para que haja o efetivo controle de bens. Sobretudo, nos processos industriais a dependência de matérias-primas e insumos para realizar a transformação desses elementos em bens acabados deve ser rigidamente controlada por cálculos de estoques. 32 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Grande parte das matérias-primas e insumos utilizada pelas indústrias brasileiras é importada, o que demanda mais tempo cronológico para a sua efetiva chegada. Com isso podemos entender que toda a vez que há falta de materiais em estoques as empresas sofrem financeiramente. PARA SABER MAIS Noticiário: Indústria sofre com a falta de matéria-prima Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=71YayQ4WMo4 Acesso em 05 de fevereiro de 2021 https://www.youtube.com/watch?v=71YayQ4WMo4 33 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Toda a empresa que visa a eficiência e o aumento da produ- tividade precisa adotar práticas metodológicas de trabalho em seus ambientes, sejam eles administrativosou operacionais voltados a um ambiente de produção eficiente. O método num ambiente de trabalho, sobretudo, de práticas produtivas pode ser entendido como o caminho a ser seguido, uma for- ma organizada para se chegar a um fim, um objetivo. A busca pela satisfação do cliente é algo essencial para a so- brevivência de uma empresa nos dias atuais, tida como um dos grandes objetivos a serem alcançados pelas empresas, a conquista da clientela obtida pela entrega de qualidade, pontualidade e preço competitivo fa- rão com que uma empresa se destaque diante da concorrência. INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS QUALITATIVOS & QUANTITATIVOS P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S 34 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S A concorrência seja ela direta9 ou indireta10, entre os mercados, é ampla, distingue-se pela oferta de bens nacionais e internacionais, onde a qualidade, a pontualidade o preço novamente são temas centrais. Devido à concorrência, muitas vezes, as empresas modificam as suas estratégias voltadas à visão organizacional, ou seja, onde ela quer chegar. Vale ressaltar que a visão é uma métrica inspiradora para todos os membros de uma organização. Para Chiavenato (2010, p. 67), “[...] visão é a imagem que a organização tem a respeito de si mesma e do seu futuro. É o ato de ver a si própria no espaço e no tempo”. Para o atendimento do mercado cresce a necessidade das em- presas na otimização de recursos para as entregas qualitativas e quan- titativas, os estudos voltados à logística vêm auxiliar na administração eficaz das organizações. Dessa forma haverá maiores perspectivas na maximização dos lucros, vislumbrando novas possibilidades de mercado. E cada vez mais as empresas precisam adotar práticas de tra- balho metodologicamente organizadas, garantindo a entrega eficiente de seus produtos e serviços aos clientes. Podemos entender que os métodos são fundamentais para o sucesso de qualquer organização. Quando falamos em produtos, pensamos imediatamente em bens materiais, físicos e tangíveis utilizados para consumo ou reprodução de outros bens. Quando o assunto são serviços, no entanto, imaginamos algo difícil de men- surar, algo intangível. As diferenças entre produtos e serviços são um pouco mais complexas, envolvendo, por exemplo, o grau de uniformização e de me- canização, bem como os insumos utilizados. Hoje, entretanto, muitos produ- tos já trazem incluídos em seu conceito uma grande quantidade de serviços. (MARTINS e CAMPOS 2009, p.12) Contudo, um método pode sofrer alterações, sendo adequado de acordo com o ambiente onde ele estará inserido, e que serão aplica- das técnicas de caráter qualitativo ou quantitativo, ou seja, ao se aplicar um método deve-se considerar o modelo, tipo de produção e logística adotados pela organização. Em linhas gerais, o método científico é um instrumento utilizado pela ciência na sondagem da realidade, mas um instrumento formado por um conjunto de procedimentos, mediante os quais os problemas científicos são formulados e as hipóteses científicas são examinadas. (GALLIANO 1979, p. 6) 9 Concorrência direta caracteriza-se pelas empresas que fornecem o mesmo tipo de bem ou serviço. 10 Concorrência indireta caracteriza-se pelas empresas que fornecem bens ou serviços similares à outras empresas concorrentes, contudo, não são iguais. 35 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Sempre há a possibilidade de que um método que se aplica a uma empresa não seja adequado à outra do mesmo segmento, pois ambas estão inseridas em ambientes e contextos diferentes, cabendo o estudo por parte de seus gerentes ou administradores. “O termo “gerên- cia” tem sido aplicado geralmente como sinônimo de administração, ou de quem faz administração, seja nas empresas ou em organizações.” (CHIAVENATO 1994, p.499) Todavia é bastante comum que haja dúvidas e questionamen- tos pelos gestores sobre qual método é o mais adequado para ser apli- cado a sua organização, cabendo aqui práticas de pesquisa. A adoção de um método de trabalho deve ser fruto de pesquisa e planejamento, a fim de que as atividades dos colaboradores sejam organizadas e ordenadas em prol de um bem comum, que é a entrega de um produto ou serviço ao cliente, dentro das condições técnicas e tempos acordados. O quadro exemplifica algumas atividades num ambiente de produção que necessita de métodos de trabalho na elaboração de pro- cedimentos. Quadro 5 – Atividades procedimentadas Prender e soltar cabos Posicionar parafusos Operar com parafusadeiras e furadeiras Conectar cabos e termostatos Operar carrinhos elétricos, paleteiras e empilhadeiras Executar a pintura de cabines Fonte: Autor, 2021. Quando falamos em qualidade, o que imediatamente vem à mente é a satisfação do cliente; contudo, em um mundo globalizado isso passou de diferencial para uma obrigação dentre as empresas competitivas. Não há mais espaço no mercado moderno para produtos e ser- viços que não sejam entregues com excelência, pois quando o cliente efetua uma compra, a empresa efetiva um contrato e espera-se o me- lhor retorno de seus fornecedores. 36 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S As organizações são entidades igualmente orientadas para objetivos. Quase tudo dentro das organizações está orientado para uma meta, finalidade, es- tado futuro ou resultado a alcançar. Cada organização define seus próprios objetivos organizacionais. Objetivo organizacional é um estado desejado que a organização pretende atingir e que orienta seu comportamento em relação ao futuro (CHIAVENATO 1999, p. 256). No mercado global a busca por vantagens competitivas para manter-se no mercado cada vez mais exigente é uma premissa. Nessa perspectiva muitas empresas buscam adotar novas estratégias por mé- todos de trabalho mais eficientes. Reduzir custos nos processos opera- cionais, agregar valor através da qualidade na prestação de serviços é uma das características das empresas que buscam a obtenção dessas vantagens e de sua manutenção neste mercado. “A gestão eficiente é possibilitar ajustes eficazes em seu pro- cesso, resultante em redução de custo e economia nas aquisições” (MOURA, 2004, p. 32). É nesse contexto que a participação de todos na cadeia produ- tiva em prol do sucesso do empreendimento torna-se um fator primordial. Os fornecedores devem estar alinhados aos objetivos e estratégias traçados pela empresa para que esta atinja seus objetivos. A escolha correta e a avaliação constante destes fornecedores são pontos que as empresas precisam focar. Para que seja desenvolvido um projeto logístico eficien- te, sobretudo, com foco em processos produtivos é preciso que haja planejamento a partir de dados obtidos em pesquisa. Dessa forma ha- verá maior assertividade na entrega do produto final ao cliente. Para Martins (2009, p.326) “A logística é responsável pelo pla- nejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e infor- mação, desde a fonte fornecedora até o consumidor”. A pesquisa é a base da metodologia científica, com isso é ne- cessário que seus administradores busquem todo o conhecimento exis- tente na área desejada, seja por pesquisas bibliográficas, questionários ou na aplicação de fórmulas matemáticas estatísticas. As pesquisas deste tipo caracterizam-se pela interrogação direta das pesso- as cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-se à so- licitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do pro- blema estudado para, em seguida, mediante análise quantitativa, obterem-se as conclusões correspondentes aos dados coletados. (GIL 2010, p.35) A formulação de uma pergunta visando a resolução deum proble- ma pode ser a base de uma pesquisa. A partir desse momento iniciam-se 37 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S os procedimentos voltados à escolha para a coleta e análise de dados. Para Chiavenato (1999, p. 283) “a decisão ocorre sempre que existem duas ou mais alternativas ou formas diferentes de se fazer algo”. Com o processamento dos dados obtidos pelo instrumento de pesquisa é possível que sejam tiradas conclusões para o encontro da resolução do problema formulado. Segundo Chiavenato (1999, p. 287), “o processo decisório é o caminho mental que o administrador utiliza para tomar uma decisão sendo isso a tarefa mais característica do administrador”. Chiavenato (1999, p. 287) ainda aponta sobre o processo de tomada de decisão, que na maioria das organizações, envolve os se- guintes passos: “formular o problema; estruturar o problema a fim de relacionar suas partes na forma de um modelo; proceder a uma mon- tagem técnica do modelo; testar/simular o modelo e as suas possíveis soluções; estabelecer controles sobre a situação e a sua delimitação; implementar a solução na organização”. Com base nas conclusões, fruto de pesquisa, desenvolve-se en- tão um método de trabalho ou uma metodologia aplicada à determinada área do conhecimento, ou para a resolução do problema pontuado. Em termos restritos, o conhecimento só é criado por indivíduos. Uma organi- zação não pode criar conhecimento sem indivíduos. A organização apoia os indivíduos criativos ou lhes proporciona contextos para a criação do conheci- mento. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 65). Chiavenato (1999) destaca também que o sucesso do proces- so decisório depende da escolha correta durante os passos acima men- cionados. Deste modo, se evidencia a importância da decisão que é rea- lizada por pessoas numa organização e que define o modo pelo qual deverá transcorrer o processo decisório na busca adequada para a re- solução do problema, bem como a definição de métodos de trabalho mais adequados para cada tipo de organização. A partir da pesquisa é possível que o administrador de um pro- jeto encontre novas formas de resolução de um problema a partir do conhecimento obtido. 38 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Observe o esquema estruturado na figura 3, a partir da formu- lação de uma pergunta é possível que se inicie os procedimentos de pesquisa, encontrando-se um método de trabalho para a resolução do problema proposto. Figura 3 - metodologia Fonte: Autor, 2021. O método de trabalho adotado deve traduzir para todos os membros da empresa como ela deve funcionar. O método deve conter informações técnicas e norteadores das ações presentes e futuras de uma organização. A metodologia desenvolvida a partir de pesquisas pode ser en- tendida como a “receita do bolo”, ou seja, o passo a passo para a reso- lução de um problema organizacional ou mesmo voltada à organização de uma rotina de trabalho, ou processo produtivo, seja ela de caráter quantitativa ou qualitativa. De qualquer forma, o fato de uma pesquisa se propor à compreensão de uma realidade específica, idiográfica, cujos significados são vinculados a um dado contexto, não a exime de contribuir para a produção do conhecimento. Seja qual for a questão focalizada, é essencial que o pesquisador adquira familiaridade com o estado do conhecimento sobre o tema para que possa propor questões significativas e ainda não investigadas. (ALVES-MAZZOTTI & GEWANDSZNAJDER 2002, p. 151) Apesar das semelhanças, academicamente as metodologias de pesquisa e trabalho classificam-se resumidamente da seguinte for- ma: pesquisas qualitativas e pesquisas quantitativas. 39 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S A aplicação do método deve vir ao encontro de qual problema se pretende solucionar, ou quais perguntas se pretende responder, tais como: • Onde se localizam os meus clientes atuais e potenciais? • Qual o volume de compras de cada item da produção? • Estou sendo eficiente em atender suas necessidades, em re- lação a prazos, qualidade e segurança de entrega? • Onde se localizam e qual o porte de meus fornecedores? • Quais os padrões de suprimentos sazonais e cíclicos que eles observam? • Qual o grau de antecipação com que meus funcionários tra- balham? • Os serviços, em relação a prazos, segurança e qualidade de entrega da empresa estão de acordo as expectativas dos clientes? Com base nessas respostas a empresa poderá encontrar os pontos mais críticos da sua cadeia produtiva, adotando medidas para solucioná-las. Os métodos voltados às pesquisas quantitativas organizam-se pela forma de grandeza, ou seja, são aplicados de acordo com a quan- tidade numérica em determinada situação analisada. O método quantitativo deve ser aplicado quando há variáveis mensuráveis, buscando, por exemplo, identificar a frequência de uma determinada ocorrência ou fenômeno. Através de questionários de múltipla escolha, por exemplo, é possível obter dados quantitativos que poderão ser traduzidos para os gestores através de planilhas, porcentagens numéricas, tabelas ou grá- ficos, processados por técnicas matemáticas e estatísticas. Com o método quantitativo é possível prever quantidades de uma determinada ocorrência ou fenômeno. Contudo, para que os resultados obtidos pelo método quan- titativo sejam confiáveis é preciso que a amostra seja numericamen- te significativa. Quanto maior for a amostra selecionada em números, maiores serão as chances de assertividade dos resultados obtidos com o uso desse método. 40 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Vale ressaltar que o método quantitativo não irá abordar as ex- ceções de determinado processo, mas o todo, ou seja, a quantidade, diferentemente do método qualitativo que analisa a qualidade dos resul- tados obtidos por uma investigação profunda e até mesmo exaustiva. Observe a figura, os objetivos da aplicação do método qualita- tivo opõem-se ao método quantitativo. Figura 4 – Método quantitativo x Método qualitativo Fonte Autor, 2021. A pesquisa qualitativa, por sua vez, pode abordar vários méto- dos voltados à coleta de dados no local onde o fenômeno social acon- tece, bem como dos reflexos desse fato na sociedade. A pesquisa qualitativa pode envolver o tempo, local, cultura e pessoas no qual o fenômeno acontece, preocupando-se com a qualida- de dos dados coletados. Normalmente, os questionários de pesquisa aplicados no mé- todo qualitativo são compostos de perguntas abertas onde o público tem a oportunidade de expressar-se através de infinitas palavras. No método qualitativo podem ser realizadas também meto- dologias aplicadas a entrevistas e observação. Contudo, é importante ressaltar que cada pesquisador possui experiências e pontos de vista diferentes, com isso as conclusões obtidas por métodos qualitativos po- dem ser diferentes, pois depende de quem a organiza e sintetiza. Observe o quadro nº 6 que resume as principais diferenças entre os métodos quantitativos e qualitativos. 41 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Quadro 6 - Método quantitativo x Método qualitativo Quantitativo Qualitativo Baseia-se em dados estatísticos, ma- temáticos ou computacionais exatos. Baseia-se em observação e na quali- dade das informações. A amostra de dados é maior. A quantidade de dados pode ser me- nor, pois valoriza-se a profundidade e a qualidade das informações. Fonte: Autor, 2021. A tomada de decisão quanto ao método de pesquisa adotado, quantitativo ou qualitativo, caberá ao gestor do projeto, empresa ou em- preendimento. Esse profissional deveráplanejar quais são os resulta- dos que ele precisa obter. Contudo, métodos de pesquisas quantitativa e qualitativa po- dem se complementar, ou seja, dependendo da situação podem ser aplicados os dois métodos ao mesmo tempo. Havendo dúvidas em qual método iniciar o gestor deve partir do método qualitativo de pesquisa, também conhecido como pesquisa exploratória para depois partir para o método quantitativo. Dessa forma será possível obter análises mais precisas da amostra pesquisada. Questionários e entrevistas são métodos de coleta de dados. Aplicando-se os dois métodos ao mesmo tempo as chances de aumentar a qualidade final de pesquisa são superiores. A tendência é de a cientificidade aumentar. Vale ressaltar que a base para a tomada de decisão de um gestor deve estar pautada em planejamento e na qualidade dos seus dados e informações. MÉTODOS QUALITATIVOS: DELPHI, PESQUISA, ANALOGIA, VI- SIONÁRIO, OPINIÕES O método qualitativo Delphi é originário da época da década de cinquenta, período da Guerra Fria, com o objetivo de descobrir os 42 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S métodos utilizados de avanço na Guerra pelos estrategistas da extinta União Soviética. Atualmente, esse método é considerado uma ferramenta auxi- liar em importantes processos decisórios, onde garante-se o anonimato de quem responde o instrumento de pesquisa. O método Delphi tem como premissa a construção de um questionário voltado à resolução de determinado problema, para que o público-alvo, composto por diversos especialistas preencha o documen- to, formulário de pesquisa, sigilosamente, emitindo opiniões. No Delphi um facilitador do método deverá coletar e organizar as opiniões postadas nos questionários de pesquisa. Após realizada a síntese de todas as opiniões postadas no questionário, os resultados consolidados deverão ser reencaminhados aos participantes da pesqui- sa para novo preenchimento, num processo de 360 graus. Haverá um consenso dos resultados obtidos pela aplicação do questionário do método Delphi após a aplicação de aproximadamente cinco rodadas. Dentro de uma abordagem qualitativa, podemos afirmar que são algumas vantagens do método Delphi: • A inexistência de opiniões unívocas, pois o questionário é apli- cado a públicos diversificados que possuem liberdade em emitir opiniões; • E a defesa de opiniões próprias dos participantes. Como desvantagens desse método podemos citar o tempo cronológico despendido para a aplicação das várias rodadas do ques- tionário, que normalmente é longo, com isso muitas empresas deixam de aplicar essa metodologia de pesquisa. Artigo sobre o assunto: Método DELPHI: caracterização e potencialidades na pesquisa em educação. Autores: Joana Brás varanda Marques e Denise de Freitas 43 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S Acesse o link: https://www.scielo.br/pdf/pp/v29n2/0103-7307- pp-29-2-0389.pdf Observação: O presente artigo é voltado a aplicação do méto- do Delphi num ambiente educacional. Atualmente, o trabalho dos profissionais desenvolvedores do método Delphi é o de facilitar a pesquisa para a disseminação do co- nhecimento nas empresas. MÉTODOS QUANTITATIVOS USANDO SÉRIES TEMPORAIS: MÉ- DIA MÓVEL, SUAVIZAÇÃO EXPONENCIAL E SARIMA As séries temporais estatísticas como a média móvel, suavi- zação exponencial e SARIMA fazem parte do conhecimento voltado à análise de dados, pela aplicação de cálculos matemáticos que demons- trarão o comportamento de um elemento de estudo. Podemos citar como os principais estudiosos das séries esta- tísticas temporais: Jhon Tukey, Thorvald Nicolai Thieli, George Box e Gwilym Jenkis. Uma das vantagens dos resultados obtidos com a aplicação das técnicas por séries temporais é que elas proporcionam aos gesto- res novas formas de pensar e agir, pois será possível realizar uma aná- lise de dados voltadas às previsões futuras, necessárias num ambiente de produção. A capacidade produtiva, também conhecida como capacidade de forneci- mento, descreve o quanto de produto a empresa será capaz de disponibilizar para o cliente no mercado em um determinado período de tempo, usando como base a previsão de vendas. (GONÇALVES 2011 p.30). Normalmente, nas séries temporais observa-se o comporta- mento de um único elemento por muitas vezes (meses, trimestres, se- mestre ou anos). E para se fazer uma análise mais assertiva no mínimo o pesquisador deverá ter quarenta elementos para cada unidade de análise. O ideal seria observar uma unidade de análise centenas de ve- zes. A eficácia ou não desses estudos podem impactar diretamente os níveis de estoque em produtos acabados de uma empresa. 44 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S É importante que os dados para a aplicação de um método quantitativo por séries temporais sejam numericamente suficientes para que se possa obter resultados mais precisos quanto à pesquisa requi- sitada. “O controle de estoque é importante para todo e qualquer tipo de empresa e significa investir “dinheiro”, portanto deve ser racional- mente dimensionado” (CASTIGLION 2009 p. 19). A média móvel é uma ferramenta que permite a análise técnica de quantitativa de uma pesquisa. Os resultados obtidos com a média móvel permitirão ao gestor de uma empresa ou projeto, por exemplo, seguir um caminho mais seguro, que possibilite a tomada eficiente de decisões. Um dos resultados que podem ser obtidos com a metodologia da média móvel são os diversos tipos de gráficos que o Excel pode gerar, por exemplo. Esses instrumentos permitem a análise visual de determinada situação, universo ou fenômeno pesquisado. Os resultados obtidos com o método quantitativo por média móvel permitem que o gestor analise se o cenário está perto ou longe dos objetivos traçados. Os gráficos de dois eixos são capazes de exprimir a qualidade dos resultados obtidos com a pesquisa por média móvel de quaisquer tipos de dados analisados. A média móvel é uma técnica utilizada com recorrência pela indústria. De forma geral a média móvel pode expressar a médias de: • Vendas; • Demanda; • Produção; • Preço; • Consumo de matérias-primas e insumos em geral; • Consumo de energia etc. 45 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S A técnica da média móvel em geral evita que gestores tomem decisões que estejam fora da realidade, média do mercado, consumo ou produção. Leia o artigo: Aplicação de métodos qualitativos na produção de conhecimento Autores: Zuleica Maria Patrício, Marli Dias Souza Pinto, San- dra Lopes Estrela Brito e Nelson Colossi Acesse o link: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad- 1999-org-51.pdf Observação: Com esse material você terá uma visão metodo- lógica quanto à importância da aplicação de métodos quanti-qualitativos para a administração. Com o método de pesquisa por suavização exponencial é pos- sível realizar a previsão de demanda, por exemplo, para o planejamento e controle da produção. Com os cálculos de suavização exponencial é possível suavizar os erros de previsão com base nos estudos dos pe- ríodos anteriores. O Sarima, por sua vez, é um método quantitativo de previsão estatística em modelos de produção voltados às séries sazonais. O Sarima é originário do modelo ARIMA, que é capaz de capturar uma grande variação de sazonalidade. A sazonalidade num ambiente de produção deve ser estudada, pois existem meses do ano onde há um volume maior em vendas do que em outros meses. O estudo desse conceito é de suma importância para que uma empresa possa se preparar para os meses do ano de maior demanda e os meses onde haverá menor volume em vendas. A parte sazonal do modelo Sarima consiste em capturar termos semelhantesas componentes não sazonais. 46 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S A sazonalidade pode ser interpretada num ambiente de produ- ção como uma temporalidade, momento típico ou até mesmo época em que um determinado evento acontece. A correlação é o estudo de duas ou mais variáveis para se ve- rificar as diferençsa entre elas. De uma forma geral os estudos das séries temporais são volta- dos para o domínio de uma frequência (eixo “y” de um gráfico) e do tem- po (eixo “x”) de um gráfico), esse estudo é conhecido como correlação. Algumas variáveis são frequentemente estudadas nos estudos de correlação tais como: • Peso e altura; • Preço e demanda; • Temperatura climática e vendas de produtos pontuais volta- dos ao verão e ao inverno; • Entre outras variáveis. Contudo, correlação não implica, obrigatoriamente, em casua- lidade, pois a correlação indica a relação entre duas variáveis e a ca- sualidade implica na relação entre duas variáveis onde uma é conse- quência da outra. Métodos quantitativos usando séries causais: regressão linear e regressão múltipla Os métodos quantitativos auxiliam os membros de uma organi- zação a avaliar a quantidade de dados obtidos, fruto de pesquisas, para uma tomada de decisão mais assertiva. Nesse tipo de metodologia de trabalho e pesquisa é possível que haja maior confiabilidade quanto aos dados de pesquisa obtidos, tomando por base a quantidade e a qualidade significativas de dados coletados. A regressão linear é um método utilizado para prever o valor de uma variável dependente por uma variável independente, sem descon- siderar as variabilidades de ambas. Por exemplo, podemos prever o preço de venda de um produto com base no seu tamanho, como de um imóvel onde preço de venda é 47 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S calculado com base no seu metro quadrado. Nesse caso as variáveis são: idade do imóvel, número de acomodações e localização. Métodos quantitativos de pesquisa são considerados científi- cos e auxiliarão os gestores a avaliarem com maior precisão o fenôme- no estudado. Com o uso das técnicas de regressão linear espera-se que se- jam diminuídos os erros nas previsões de demanda. A análise de regressão linear é considerada a parte mais práti- ca da estatística sendo utilizada por muitas empresas em diversas áreas do conhecimento: desde a produção, estoque, previsão de vendas até os aspectos econômicos no controle de preços para o consumidor final. Todavia, o método de pesquisa utilizado por uma empresa pode ter grande valor para a sua gestão. Os resultados obtidos com pesquisas quantitativas podem auxiliar também uma organização na apuração dos custos de produção e operação, por exemplo. Observando-se pontualmente a média dos preços praticados pelo mercado, uma empresa poderá decidir com mais precisão sobre quais valores deverão ser cobrados por estabelecimentos de mesma natureza, se poderão ou não ser alterados a qualquer momento em virtude de reajustes do mercado ou se deve proceder pela substituição de fornecedores. 48 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2017 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: UPE Prova: Administrador A pesquisa visa essencialmente à produção de novo conhecimen- to e tem como finalidade buscar respostas a problemas e indaga- ções teóricas e práticas. A pesquisa é a atividade básica da ciência e, por meio dela, descobrimos a realidade. Quanto ao método e à forma de abordar o problema, Richardson et al. (2007) classifica as pesquisas de duas maneiras: qualitativa e quantitativa. Em relação à pesquisa quantitativa, é CORRETO afirmar que a) se caracteriza, em princípio, pela não-utilização de instrumental esta- tístico na análise dos dados. b) tem como preocupação básica o mundo empírico em seu ambiente natural. c) se preocupa em descrever os fenômenos por meio dos significados que o ambiente manifesta. d) é aquela que se caracteriza pelo emprego de instrumentos estatísticos, tanto na coleta como no tratamento dos dados, tendo como finalidade medir relações entre as variáveis. e) não está preocupada com os resultados e produtos, mas, em conhe- cer como determinado fenômeno se manifesta. QUESTÃO 2 Ano: 2016 Banca: CESGRANRIO Órgão: IBGE Prova: Supervisor de Pesquisar - Suporte Gerencial Uma vantagem dos métodos de pesquisa qualitativos sobre os mé- todos de pesquisa quantitativos é a) a sua força nos argumentos demonstrativos. b) a sua possibilidade de análise direta dos dados. c) a possibilidade de inferir os resultados para outros contextos. d) a compreensão de resultados individualizados por considerar a sub- jetividade dos sujeitos. e) exigir pouco uso do recurso tempo. QUESTÃO 3 Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de São José do Rio Preto - SP Prova: Auditor Fiscal Tributário Municipal Os métodos PEPS, UEPS, média ponderada móvel e média ponde- rada fixa são metodologias para avaliação de a) custo de investimentos classificados a mercado. b) depreciação do ativo imobilizado. 49 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S c) custo dos estoques. d) valor de mercado das ações em tesouraria. e) passivos atuariais. QUESTÃO 4 Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: IBGE Prova: Recursos Materiais e Logística Os métodos estatísticos mais comuns para previsão de demandas, de acordo com o tamanho, a complexidade e o tipo de demanda são: (1) média aritmética; (2) média móvel; (3) média ponderada ex- ponencialmente; (4) regressão; e (5) modelos econométricos. Entre essas variedades, o conceito mais preciso para a média móvel é: a) forma de média aritmética empregada para prever demandas sazonais; b) média que aplica dados empíricos, incorporando termos residuais diversos, não disponíveis na série histórica; c) média aritmética, calculada período a período, empregada, principal- mente, para a projeção de demandas; d) medida de tendência central, obtida a partir de uma massa dispersa de dados; e) média aritmética, de uma série de dados, com a substituição, a cada período, do dado mais antigo pelo mais recente. QUESTÃO 5 Ano: 2016 Banca: FGV Órgão: IBGE Prova: Analista - Recursos Ma- teriais e Logística A média móvel ponderada exponencialmente consiste em um método semelhante ao da média móvel clássica, contudo com cálculo mais simples. Dessa forma, é correto afirmar que o coeficiente de ajus- tamento α – alfa – utilizado no método de média móvel ponderada exponencialmente apresenta um valor inversamente proporcional: a) ao número n empregado para o cálculo da média móvel; b) ao número de dados da série histórica empregada; c) à média calculada no período de previsão anterior; d) à correlação dos dados; e) à 50% do número de dados da série histórica empregada. QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE Em uma indústria as questões que envolvem o armazenamento de ma- teriais e produtos sempre são pontos críticos e cruciais, que requerem a tomada de decisão por seus gestores após a aplicação de métodos de pesquisa. 50 P R O G R A M A Ç Ã O D E S E R V IÇ O , P R O D U Ç Ã O E S & O P - G R U P O P R O M IN A S De acordo com Moura (2004, p. 25), “estoque é composto de todo item armazenado que será utilizado pela empresa em suas atividades de produção ou administrativas para atender aos objetivos e necessidades da organização”. Os estoques são os reguladores que representam a produção e ven- da da empresa. Ou seja, é todo o abastecimento de materiais que a empresa possui e pode ser transformado em bens acabados a serem encaminhados aos clientes. Disserte sobre os principais fatores que envolvem a armazenagem numa empresa. TREINO INÉDITO A mensuração eficiente dos estoques
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