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2 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
 
DIRETORA GERAL 
Prof.ª Esp. Suzana Karling 
 
 
VICE-DIRETORA GERAL 
Prof.ª Me. Daniela Caldas Acosta 
 
 
 
DIRETOR PEDAGÓGICO 
Prof. Me. Argemiro Aluísio Karling 
 
 
 
COORDENADORA GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO 
Prof.ª Me. Nelci Gonçalves Dorigon 
 
 
ELABORAÇÃO DO MATERIAL 
Prof.ª Esp. Elisângela Vanice Otaviano 
 
 
REVISÃO DO MATERIAL, FORMATAÇÃO E ARTE FINAL 
Prof.ª Esp. Elisângela Vanice Otaviano 
 
 
Nenhuma parte deste fascículo pode ser reproduzida sem autorização expressa do IEC e dos 
autores. 
 
Direitos reservados para: 
 
INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E DA CIDADANIA 
Av. Cerro Azul, 1411, Jardim Novo Horizonte - CNPJ – 02.684.150/0001-97 
CEP: 87.010-055 - Maringá – PR – Fone: (44) 3034-4488 
e-mail: fainsep@fainsep.edu.br 
 
mailto:fainsep@fainsep.edu.br
3 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Sumário 
PROGRAMA DO MÓDULO ................................................................................................................... 5 
Apresentação ................................................................................................................................. 5 
Ementa do módulo ........................................................................................................................ 5 
Objetivo geral ................................................................................................................................. 5 
Objetivos específicos ................................................................................................................... 6 
Orientações didáticas .................................................................................................................. 6 
Estratégias de estudo a serem utilizadas ............................................................................... 6 
Avaliação ......................................................................................................................................... 6 
UNIDADE I ........................................................................................................................................ 8 
A deficiência a partir do contexto histórico ........................................................................... 8 
Introdução ....................................................................................................................................... 8 
Da invisibilidade à conscientização ......................................................................................... 8 
Para pôr em prática ..................................................................................................................... 12 
Deficiência auditiva: contexto histórico ................................................................................ 13 
A deficiência visual: contexto histórico ................................................................................ 15 
Síntese ............................................................................................................................................ 18 
Saiba mais ..................................................................................................................................... 18 
UNIDADE II ..................................................................................................................................... 19 
A legislação que ampara a deficiência sensorial ............................................................... 19 
Introdução ..................................................................................................................................... 19 
Deficiência sensorial: legislação ............................................................................................ 19 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ................................................. 19 
Declaração de Jomtien de 1990 ............................................................................................... 20 
Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA ...................................................................... 20 
Declaração de Salamanca ......................................................................................................... 20 
Lei 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação ....................................................... 21 
Convenção da Guatemala ......................................................................................................... 21 
Plano nacional de educação – PNE, Lei 10.172................................................................... 22 
Resolução CNE/CEB 02/01 ........................................................................................................ 22 
Lei 10.436/02 ................................................................................................................................. 22 
Resolução CNE/CP 01/02 .......................................................................................................... 22 
Portaria MEC 2.678/02 ................................................................................................................ 23 
Lei 10.845/04 ................................................................................................................................. 23 
4 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Decreto 5.626/05 .......................................................................................................................... 23 
Decreto 6.094/07 .......................................................................................................................... 23 
Decreto 7.612 ................................................................................................................................ 23 
Para pôr em prática ..................................................................................................................... 24 
Síntese ............................................................................................................................................ 24 
Saiba mais ..................................................................................................................................... 25 
UNIDADE III ................................................................................................................................... 26 
A deficiência sensorial: visual e auditiva ............................................................................. 26 
Introdução ..................................................................................................................................... 26 
Deficiência visual: o que é? ...................................................................................................... 26 
Baixa visão ou visão subnormal ............................................................................................. 28 
Cegueira ......................................................................................................................................... 30 
Atendimento pedagógico ao aluno com deficiência visual ............................................. 31 
Para pôr em prática ..................................................................................................................... 34 
Sorobã ............................................................................................................................................ 35 
O sistema braile ........................................................................................................................... 36 
Para pôr em prática ..................................................................................................................... 39 
Equipamentos do braile .............................................................................................................39 
Deficiência auditiva: o que é? .................................................................................................. 39 
Classificando as perdas auditivas .......................................................................................... 41 
Atendimento pedagógico ao aluno com deficiência auditiva ......................................... 43 
Alfabeto manual ........................................................................................................................... 45 
Libras .............................................................................................................................................. 46 
Leitura complementar ................................................................................................................ 46 
Educação inclusiva no ensino superior ................................................................................ 50 
Para pôr em prática ..................................................................................................................... 52 
Síntese ............................................................................................................................................ 52 
Saiba mais ..................................................................................................................................... 53 
Considerações Finais ................................................................................................................. 54 
Referências ................................................................................................................................... 55 
Referências consultadas ........................................................................................................... 59 
 
 
5 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
PROGRAMA DO MÓDULO 
Apresentação 
Caro aluno, 
Os estudos sobre a deficiência englobam conceitos que permeiam entendimentos 
históricos e legislativos referentes à educação inclusiva, deficiências e a inclusão de 
pessoas na vida social, ou seja, infere na percepção da inserção de todos nos diversos 
segmentos sociais, incluindo a participação do indivíduo no ensino regular com o direito 
as adaptações de objetos e recursos para que a aprendizagem ocorra. 
Nesse sentido, no módulo de Deficiência Sensorial: Auditiva e Visual, abordaremos 
deficiências específicas: visual e auditiva. A partir do processo histórico da construção 
conceitual de deficiência, com as alterações ao longo dos anos, até se constituir como a 
conhecemos atualmente. Também, veremos como a elaboração e a atuação de políticas 
públicas com a promulgação de alguns documentos legais, incidiram sobre a mudança 
conceitual incorporada no cotidiano social. 
Ademais, englobaremos as possibilidades de adaptações curriculares para todos 
níveis educacionais visando a desenvolvimento do indivíduo e seu ingresso ao mercado 
de trabalho. Por fim, destacaremos algumas reflexões quanto à organização da equipe 
pedagógica que contemple a diversidade e preconize a qualidade em educação. Logo, 
esperamos que ao final desse módulo, você esteja preparado para o desafio da inclusão. 
Bons estudos! 
Ementa do módulo 
Conceituação da deficiência visual e auditiva pautada no entendimento histórico e 
na legislação. Estudo de práticas de aprendizagem priorizando a inclusão no ensino 
regular com as devidas adaptações. 
Objetivo geral 
Oferecer subsídios teóricos ao profissional que objetiva atuar no contexto da 
educação inclusiva, bem como, apresentar metodologias específicas à prática 
pedagógica. 
 
6 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Objetivos específicos 
 Apresentar o histórico da conceituação de deficiência; 
 Entender o processo histórico da pessoa surda e cega; 
 Apresentar como pode ocorrer o processo de inclusão da pessoa com deficiência 
visual e auditiva no contexto de escola regular. 
Orientações didáticas 
Diferentemente do ensino presencial, o aluno que opta pela Educação a Distância 
precisa conhecer as características desta modalidade. O próprio aluno é o sujeito do 
processo, ou seja, ele é o principal agente da aprendizagem, e seu próprio professor. Para 
que isso ocorra, é importante que você faça uso correto das estratégias e recursos 
utilizados em EaD. Visando promover tal autonomia intelectual, você tem à disposição as 
ferramentas disponíveis no Moodle: material didático (textos, livros, filmes, vídeos e 
atividades); tutor a distância e fórum. 
Estratégias de estudo a serem utilizadas 
 Leitura, pesquisa, discussões, debates, resumos. 
 Utilização de diferentes recursos pedagógicos ofertados pela FAINSEP: biblioteca 
virtual (hemeroteca) e o Ambiente Virtual de Aprendizagem (MOODLE). 
 Realização das atividades do dossiê e do exame, a fim de aprofundar e consolidar 
os conhecimentos desenvolvidos no módulo. 
 Utilização de ferramentas síncronas e assíncronas para a interação com os tutores. 
 Leitura de textos complementares. 
Avaliação 
 A avaliação final consistirá na nota da atividade avaliativa on-line, que valerá de 0,0 a 
10,0, com peso 4 e a da nota do exame on-line que valerá de 0,0 a 10,0, com peso 6. 
A média final para aprovação é 7,0 (sete). 
 Atividade avaliativa on-line constituída de 20 questões objetivas, com direito a 2 
tentativas, sem limite de tempo. Apenas realize as atividades no Moodle, quando tiver 
estudado todas as unidades e se sentir seguro e preparado. 
7 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 O exame on-line, com 10 questões objetivas, estará à disposição, na plataforma 
Moodle, durante este período de oferta do módulo, fica a critério do aluno escolher o 
melhor horário para iniciar o exame, tendo o prazo de uma hora para sua conclusão. 
Logo após a conclusão do exame, o sistema apresentará automaticamente a nota do 
aluno. 
 Fique atento(a): o exame de segunda oportunidade abrirá automaticamente dentro 
do período de oferta do módulo, caso não seja atingida a nota 7,0 na atividade 
avaliativa ou no exame. 
 No caso de não atingir a média após as tentativas no período de oferta do módulo, ou 
não conseguir fazer o exame no período estipulado, o aluno deverá requerer 3.ª 
oportunidade no período estipulado, tendo como referência o cronograma do referido 
curso. Para maiores informações consulte o guia acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
É necessário oferecer às diferenças a possibilidade de conviver harmoniosamente 
em sociedade. Quem sabe assim começaremos a construção de um espaço social, que 
conheça, aprenda e conviva de forma mais humana e sensível, fazendo com que todos 
se sintam bem e confortáveis, de forma igualitária, na vivência em comum. 
Pense nisso! 
https://moodle.fainsep.edu.br/moodle35/course/view.php?id=47
8 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
UNIDADE I 
A deficiência a partir do contexto 
histórico 
Introdução 
Ao longo da história, as atitudes para com crianças “especiais” eram drásticas, isto 
porque o objetivo era ter uma sociedade saudável e forte, com homens aptos para 
guerrear, uma vez que só os fortes sobreviviam. Nesse sentido, o indivíduo com algum 
tipo de deficiência não possuía espaço no contexto social. Foi após percorrerem um longo 
caminho, que a pessoa com deficiência conseguiu quebrar de paradigmas e garantir 
direitos perante a sociedade. E para entender o porquê da falta de espaço no contexto 
social, nesta unidade, você terá a oportunidade de compreender, por meio da 
contextualização histórica, como a pessoa com deficiência conseguiu garantir mais 
espaço na sociedade. Vamos lá? 
Da invisibilidade à conscientização 
O termo ‘deficiente’, para muitos, ainda hoje, tem um significado muito forte, 
carregado de valores morais, contrapondo-se a ‘eficiente’. Além disso, supõem que a 
pessoa deficiente não é capaz, isto porque é considerada incompetente e sem 
inteligência. “A ênfase recaino que falta, na limitação, no ‘defeito’, gerando sentimentos 
como desprezo, indiferença, chacota, piedade ou pena”, (GIL, 2000, p. 5). Mas de onde 
vem essa concepção negativa em relação a pessoa com deficiência? Para responder a 
esse questionamento, é necessário voltarmos ao início das civilizações do Ocidente. 
Silva (2012), ao discorrer sobre o contexto histórico da pessoa com deficiência, 
pontua que foi durante as primeiras civilizações do Ocidente até o declínio do Império 
Romano, em 476 d.C., que surgiram as primeiras formas de tratamento fornecidas às 
pessoas com deficiência. Contudo, antes desse período, essas pessoas, ao nascerem, 
eram descartadas, rejeitadas e até condenadas à morte, isto porque as sociedades 
antigas consideravam o deficiente como subumano, uma vez que, que não tinha plena 
capacidade de viver em sociedade, em convívio social, e muito menos ter alguma 
serventia para o governo, que era marcado por uma relação de produção baseada na 
escravidão. 
9 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Na Grécia Antiga e na Roma Antiga, por exemplo, o governo tinha como meta 
construir uma sociedade perfeita, para tanto, era necessário homens plenamente aptos 
às atividades diárias, que dependiam do trabalho braçal. Como pode-se observar, a 
pessoa com deficiência não possui tal perfil, portanto, era considerado inútil à sociedade. 
De acordo com Aranha (1979), nas sociedades antigas, a deficiência não era vista, por 
essa razão, a criança que apresentasse algum tipo de deficiência e fosse imediatamente 
detectável, a atitude praticada, na época, era o abandono ao relento, até a morte. Mas por 
que tinham essa atitude? 
Aranha (1979) pontua que, nas sociedades antigas, a busca pelos ideais de 
perfeição não permitia a inclusão das pessoas deficientes no contexto social. Assim, era 
comum práticas cruéis para com os deficientes. Sueli (2011) destaca as narrativas dos 
filósofos, dos trabalhadores e intelectuais dessas sociedades, comprovam as atitudes 
severas em relação à pessoa com deficiência, 
 
Há relatos que comprovam como era comum o ato de abandonar crianças em 
montanhas e florestas ou atirá-las de penhascos ou nos rios, por serem 
consideradas uma ameaça à manutenção daquela forma de divisão social do 
trabalho: homens livres versus escravos, trabalho manual versus trabalho 
intelectual (SUELI 2011, p. 38). 
 
No século V, o Império Romano entra em declínio devido à invasão dos povos 
bárbaros, como consequência, as riquezas passam a se concentrar nas mãos de poucas 
pessoas, resultando no colapso do sistema de produção escravista. Há, nesse contexto, 
o início de um novo ciclo econômico baseado nas relações de servidão (Feudalismo). 
Outro protagonista desse período, é a igreja católica que passa a dominar as regiões da 
Europa ocidental, que “tem suas raízes materiais na hegemonia de uma nova classe 
proprietária de terras, cuja economia era fortemente subsidiada na agricultura, pecuária e 
artesanato: o clero” (SUELI, 2011, p. 39). Nesse sentido, o cristianismo impõe sua visão 
de mundo, - Deus no centro de tudo, - por meio de dogmas religiosos, resultado em uma 
nova organização social. 
Assim, as relações de trabalho que, na Roma Antiga, pautavam-se na escravidão, 
na nova sociedade chamada de Idade Média, é modificada, isto porque as relações de 
trabalho passam a se ancorem nos ideais do cristianismo, que definia o trabalho como um 
sacrifício que exige do homem a superação de suas dificuldades físicas e submeta-se a 
um estado de docilidade para que haja o enriquecimento do seu espírito. Conclui-se, 
nesse sentido, que a divisão do trabalho na Idade Média se dá pelos servos que deveriam 
10 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
obedeciam aos comandos dos senhores feudais, donos das terras que o servo deveria 
cuidar. Ambos servo e senhor eram subordinados ao clero (igreja) e à nobreza. 
Essa contextualização do sistema econômico-social é fundamental para que você 
possa visualizar como a pessoa com deficiência é vista nas diferentes sociedades. Assim, 
na Idade Média, século XII, passa a vigorar uma dinâmica econômica-social diferente 
daquela da Roma Antiga, o que resultou no questionamento do aniquilamento das 
pessoas com deficiência. Tal questionamento ancorava-se na visão do cristianismo que 
defende a ideia de que todos os homens são criaturas de Deus e, portanto, têm o direito 
à vida, contrapondo-se à condenação dessas pessoas à morte (SUELI, 2011). 
Assim, a morte da criança diagnosticada com deficiência, passou a ser condenada. 
No entanto, Sueli (2011) enfatiza que na Idade Média havia a tendência de interpretar o 
nascimento de uma criança com deficiência como um castigo de Deus, isto é, uma punição 
dada em virtude dos pecados cometidos pelos seus pais ou familiares. Ademais, também 
consideravam que as pessoas apresentassem qualquer deformidade, estavam sob a 
posse de um ser maligno. Quem sofria de epilepsia, por exemplo, era visto como uma 
criatura possuída por demônios ou simplesmente louca. 
Portanto, o que muda em relação à Grécia e Roma Antiga é que, na Idade Média, 
havia punição aos pais que abandonassem ou matassem o filho com deficiência. No 
entanto, a deficiência não é vista com bons olhos. Você já assistiu ao filme Corcunda de 
Notre Dame? Esse filme, ilustra bem como a pessoa com deficiência era considerada na 
Idade Média. 
Além de um novo sistema econômico-social, a Idade Média trouxe contribuições à 
medicina, isto porque nesse período surgiram diversas doenças epidêmicas devido à falta 
de higienização da população e, também, ao comércio realizado pelos navios, que traziam 
em seus porões ratos que encontravam nas cidades europeias. Ademais, não havia 
sistema de esgoto fechado nem a preocupação com o lixo produzido pela população. O 
resultado foi a morte de um terço da população europeia, em decorrência da peste 
bubônica, popularmente, chamada de “peste negra” (SUELI, 2011). 
Houve, portanto, a necessidade de hospitais, que, na Idade Média, eram tidos como 
instituições de caridade, já que eram de matriz religiosa e se amparavam nos princípios 
do cristianismo. Assim, atos de caridade realizados nessas instituições eram vistos como 
um meio de conduzir a alma à vida eterna, à salvação, e moldaram as instituições 
11 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
filantrópicas do século XVI e motivaram a criação de asilos e abrigos de assistência às 
pessoas com deficiências, 
 
Esse movimento histórico caracteriza o chamado período de segregação das 
pessoas com deficiências em instituições, que tinha o objetivo de enclausurar 
aqueles que não se encaixavam nos padrões da normalidade, como os leprosos, 
os paralíticos, os doentes venéreos, os doentes mentais e toda sorte de 
desajustados (SUELI, 2011, p. 41). 
 
A partir do XVIII, há um novo processo de mudança no sistema econômico-social 
e, agora, político, isto porque foi um momento histórico marcado pelas Revoluções 
Industrial e Francesa, que resultou na mudança de poder, uma vez que a Igreja deixa de 
ser a detentora do poder absoluto; os revolucionários, ao almejarem a liberdade do 
homem, a igualdade e o livre mercado, assumem o poder. Outro ponto importante nesse 
período é que a industrialização passa a ser o foco no século XVIII, e o sistema feudal dá 
lugar ao capitalismo. É nesse cenário que se institui o poder disciplinar, o poder da norma, 
o nascimento das ciências naturais. 
A mudança nas relações sociais impulsionou o sistema capitalista, e os estados 
passaram a investir em mecanismos de prevenção à vida da população que cada vez 
mais ocupava os centros urbanos. A consequência dessa transformação, foi um maciço 
investimento em saúde para o controle da natalidade, para o tratamento de doenças 
venéreas e para a preocupação, principalmente, com a higiene. 
Você ter percebido que nesse novo sistema econômico-social-político denominado 
Estadonovo, o foco está no indivíduo que compõem a sociedade, uma vez que, agora, o 
poder não estava centralizado na figura de um “senhor” que decidia sobre a vida do povo, 
mas sim na economia, que passa a incluir os indivíduos na produção e no consumo. Essa 
é, sem dúvida, a fonte de vida do capitalismo. 
Nesse contexto histórico, o homem começa a ser substituído pela máquina, que é 
mais eficiente e mais lucrativa para o sistema capitalista de produção. E, portanto, a 
pessoa com deficiência não possui espaço social nesse período, resultando em uma 
intensa desigualdade operada pelo modo de produção capitalista, que ao mesmo tempo 
que “apregoa a liberdade da propriedade do corpo como força de trabalho na esfera da 
circulação, opera, contraditoriamente, como a condição que potencializa a desigualdade” 
(SUELI, 2011, p. 43). 
12 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
 
Assim, os séculos XVIII e XIX são marcados pela desigualdade social o que gerou 
uma preocupação aos pesquisadores que focavam seus estudos ao entendimento do 
indivíduo com deficiência. E é nesta época que emergem as instituições de caráter 
assistencialista, sobretudo na América, e objetivam o aproveitamento de pessoas com 
deficiência para inseri-los no mercado de trabalho, 
 
As instituições funcionavam como asilos, alimentando e abrigando os internos; 
como escolas, oferecendo instrução básica na leitura, escrita e cálculo; como 
oficinas de produção, pois as pessoas com deficiências constituíam mão de obra 
barata no processo inicial de industrialização (SUELI, 2011, p. 44). 
 
Em síntese, é o sistema econômico-social- político que dita o indivíduo é visto 
socialmente, e, nas sociedades modernas, o corpo se torna objeto do poder, e por ser útil, 
também é dócil, tornando-se uma sociedade de corpos padronizados, aptos para 
assumirem uma função social. E nesse contexto, infelizmente, há pouquíssimo espaço 
para o indivíduo com deficiência. 
Nesta seção, vimos que, historicamente, a pessoa com deficiência já foi classificada 
como: amaldiçoada, ser semidivino, resultando sempre na exclusão social e vivenciando 
a base de ações de caridade da comunidade. 
 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
Para aprofundar a temática dessa unidade, assista 
ao filme A Roda dos Expostos, de Maria Emília 
de Azevedo, o filme é uma simbologia dessa 
prática, abordando o abandono. Gira em torno do 
personagem central Hector. Todas as noites, ele 
volta à “roda” na esperança de reencontrar sua 
mãe. Disponível on-line 
13 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Deficiência auditiva: contexto histórico 
Nesta seção, você conhecerá um pouco mais sobre a história do indivíduo com 
surdez. E para começarmos, responda: você conhece ou trabalha com um surdo? Em seu 
dia a dia, você lida mais com o ouvinte ou com o surdo? Talvez você não tenha percebido 
que em nossa sociedade há um número expressivo de indivíduos surdos. De acordo com 
os números do IBGE, em 2019, havia aproximadamente 10,7 milhões de pessoas surdas 
e/ou com deficiência auditiva no Brasil; no entanto, é raro encontrarmos uma pessoa surda 
nos diferentes contextos sociais. Para encontrar o possível motivo de tal silenciamento 
social, é preciso analisar o percurso histórico da surdez. 
Duarte et al. (2013) destacam que a surdez sempre esteve presente na sociedade, 
mas, dependendo do período histórico, a pessoa com surdez era vista de modo diferente 
pela sociedade, e, assim, ficava a margem desse contexto. Portanto, o surdo não era 
respeitado em suas diferenças. Os autores acrescentam que, antigamente, a pessoa 
surda era perseguida por ser vista como aberração da natureza. 
No século XIX, com as contribuições da medicina, a surdez passa a ser entendida 
como doença. Lunardi (2002) destaca que a institucionalização da norma, nesse período, 
constituiu o conceito de “anormal”, que passou a agir sob a forma de diferentes técnicas 
e dispositivos: a escola, a família, o hospício, a prisão, e no caso deste trabalho, a 
educação especial, isto porque, como afirma Maciel (2008, p. 41), “o modelo médico 
interpreta a deficiência como sendo um desvio padrão normal do ser humano”. 
Portanto, o objetivo da ciência está alinhado à “correção” de certa anormalidade, 
de um certo “desvio” presente na pessoa com deficiência. Assim, “o modelo 
assistencialista interpreta a deficiência como algo inconciliável com a vida ‘normal’, 
portanto, sua orientação é voltada à manutenção de redes paralelas de atendimento” 
(MACIEL, 2008, p. 41). 
E como vimos na seção anterior, a medicina passou a se desenvolver a partir do 
século XVIII, e foi, somente, nesse período que a situação dos deficientes auditivos 
começa a ter um rumo diferente, uma vez que, na Antiguidade e na Idade Média, a pessoa 
com deficiência era tratada com indiferente, como marginalizada, por vezes, não era 
reconhecida como ser humano. Em síntese, foi no Estado Moderno, que inicia-se a 
conscientização de que as pessoas com deficiência também devem ocupar um lugar na 
sociedade. 
14 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Conforme os avanços medicinais avançavam, surgiam metodologias e práticas 
educacionais que amparam os deficientes auditivos, porém, nem sempre adequavam-se 
as reais necessidades da pessoa surda. Skliar (2013) enfatiza que o despreparo dos 
profissionais ao atendimento aos surdos e a visão apenas clínica discriminou-os como 
sujeitos totalmente incapazes. 
 
Reconhece-se que as pessoas que possuíam algum tipo de deficiência eram 
afastadas do convívio social e as ações direcionadas a esse grupo eram 
basicamente assistencialistas, com objetivo curativo, e engendradas por 
motivação religiosa ou caritativa. Esta situação ainda é presente, mas vem se 
tornando menos frequente, em parte, como resultado das atitudes e 
comportamentos das próprias pessoas com deficiência (FIGUEREDO, 2013, p. 
445). 
 
É evidente que compreensão da deficiência era equivocada, pois era considerada 
como um desvio da normalidade, e foi nesse contexto, que se percebeu a necessidade de 
pesquisas mais aprofundadas para compreender as causas e os fatores etiológicos da 
deficiência, 
 
A explicação da origem da deficiência localizada no indivíduo, por meio da 
investigação de fatores genéticos-hereditários, relativos às circunstâncias 
pessoais ou familiares; A imutabilidade na condição da deficiência, posto que se 
considerava impossível reverter quadros de atraso social, intelectual e linguístico; 
A adoção de um padrão de normalidade físico que balizava a avaliação dos 
desvios apresentados; A identidade entre a deficiência e a doença mental, uma 
exótica fusão entre psiquiatria e pedagogia, determinando tratamento clínico, 
independentemente da natureza do “desvio” apresentado (BEYER, 2005 apud 
SUELI, 2011, p. 47-48). 
 
Nesse sentido, começam a surgir as instituições especializadas que iniciaram um 
processo de transição entre as abordagens clínicas e pedagógicas, conhecida mais tarde 
como “escolas especiais” (SUELI, 2011). A concepção pautada no conceito de doença fez 
com muitas pessoas entendessem a deficiência com um conhecimento de senso comum 
“lugar de deficiente é no hospital” (SUELI, 2011, p. 48). Tal crença explica o porquê, até 
hoje, muitos consideram a pessoa com deficiência como um ser doente que só alcançará 
a cura por meio de tratamento adequado. 
Nesse cenário, a pessoa com deficiência auditiva, por muito tempo, além de não 
ter visibilidade social, foi privada de realizar atividades comuns no contexto social. Os 
inúmeros motivos que inviabilizaram os direitos do surdo na história, o silenciaram; 
contudo, de acordo com Duarte et al. (2013), o principal motivo que fez com que o 
deficientes auditivo não possuísse seus direitos garantidos foi, definitivamente, por não se 
15 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
comunicar oralmente, e consequentemente, nãoestar incluído na cultura da sociedade 
ouvinte. Skliar (2013, p. 21) enfatiza que, 
 
A configuração do ser ouvinte pode começar sendo uma simples referência a uma 
hipotética normalidade, mas se associa rapidamente a uma normalidade referida 
à audição, a partir desta, a toda uma sequência de traços de outra ordem 
discriminatória. Ser ouvinte é ser falante e é, também, ser branco, homem, 
profissional, letrado, civilizado etc. Ser surdo, portanto, significa não falar – surdo-
mudo – e não ser humano. 
 
Em suma, entende-se que o tratamento para as pessoas com deficiência auditiva 
sempre foi de exclusão social, uma vez que as ações que eram empregadas não 
passavam de um simples e básico assistencialismo, prestado por instituições religiosas 
ou de caridade. Infelizmente, tais ações ainda ocorrem atualmente. 
Ainda que silenciado, o surdo, devido a uma forte iniciativa de pesquisadores e de 
pessoas surdas, está construindo uma nova identidade social pela participação e 
competência que vem desempenhando na sociedade. Além disso, políticas públicas 
voltadas às pessoas com deficiência, têm contribuído para que o surdo ocupe os 
diferentes papéis sociais, a exemplo, podemos citar a legislação que conceitua o indivíduo 
surdo e o reconhecimento da língua de sinais (LIBRAS), 
 
Observou-se maior respeito a esse grupo no momento em que a legislação 
brasileira, através do Decreto nº 5.626/20054, em seu art. 2º, considerou a pessoa 
surda como aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o 
mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente 
pelo uso da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e a pessoa com perda auditiva 
como aquela com perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) 
ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500, 1.000, 2.000 e 3.000Hz 
(FIGUEREDO, 2013, p. 5). 
 
Portanto, percebemos que a pessoa com surdez vem percorrendo um longo 
caminho para garantir, cada vez mais, o seu espaço na sociedade; contudo, ela ainda 
precisa desenvolver suas habilidades para factualmente se inserir na sociedade ouvinte e 
letrada e, para tanto, a pessoa surda precisa se esforçar muito e contar com a ajuda de 
profissionais da saúde e da educação para que isso realmente se efetive. 
A deficiência visual: contexto histórico 
Assim como o surdo, o indivíduo cego não tinha espaço no contexto social na 
Antiguidade, isto porque, como vimos em seções anteriores, as pessoas com deficiência 
eram mortas ou abandonadas. Motta (2009), ao discorrer sobre a história da deficiência 
16 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
visual, pontua que, na Antiguidade, quando uma criança nascia cega, era abandonada à 
morte, e, caso o adulto ficasse cego, era totalmente abandonado, isto é, pela família e 
pela sociedade. 
Na Idade Média, a cegueira passou a servir de castigo ou vingança. Muitos registros 
históricos confirmam que reis e imperadores ordenavam que os olhos de prisioneiros 
fossem retirados antes de devolvê-los à sua pátria. Crimes em que havia a participação 
dos olhos, o réu era condenado a cegueira (MOTTA, 2009). 
Quando a filosofia do cristianismo expandiu, a pessoa com deficiência visual 
passou a ser considerada “filha de Deus”; contudo, a situação ainda era de exclusão 
porque os cegos eram segregados em asilos ou viviam da caridade de pessoas, caso não 
fossem acolhidos por instituições de caridade ou por famílias, deveria ser sacrificado, 
 
O Cristianismo modificou a postura diante da deficiência incluindo seu portador 
entre as “criaturas de Deus”, assim ele não poderia ser abandonado, já que possui 
alma. Sob a influência do Cristianismo os portadores de deficiência passam a ser 
assistidos em suas necessidades básicas de alimentação e abrigo, mas não havia 
a preocupação com seu desenvolvimento e educação (MANTOAN,1997, p. 215). 
 
Com o avanço da medicina, no século XVIII, ocorreram descobertas sobre a 
anatomia e a fisiologia, o que auxiliou a ciência a compreender o funcionamento do olho 
e a estrutura do cérebro. Nesse período, o cego começa a ser visto como um indivíduo 
que possuia uma condição social diferenciada. Bruno; Mota (2001), ressaltam, no entanto, 
que a preocupação com a educação de pessoas cegas começou no século XVI, com o 
médico italiano, Girolínia Cardono, que considerou a possibilidade do ensino de leitura por 
meio do tato. 
Nesse contexto, também surgem as primeiras tentativas para a criação de métodos, 
que possibilitaram à pessoa cega o acesso à linguagem verbal escrita. Belarmino (1996) 
descreve que esses métodos faziam uso de fundição de letras em metal, caracteres 
recortados em papel, alfinetes de diversos tamanhos pregados em almofadas; porém, 
permitiam, apenas, a leitura de pequenos textos. 
No final do XVIII e início do XIX, começam a surgir, na Europa, institutos e escolas 
para pessoas cegas. Na América, registros históricos datam que o primeiro instituto para 
cegos foi criado em 1829. Com a criação dos institutos os cegos começam a dispor de 
atendimento especializado, e o Sistema Braille passa a ser adotado como método 
17 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
universal de ensino para pessoas cegas em 1978, devido às considerações pontuadas no 
Congresso em Paris. 
No Brasil, o atendimento especializado à pessoa cega começa a acontecer com a 
inauguração do Instituto Benjamin Constant, localizado no Rio de Janeiro, nasceu do 
sonho de um adolescente chamado José Álvares de Azevedo que, em 1850, decidiu iniciar 
uma verdadeira cruzada no Brasil em prol das pessoas que fadadas à exclusão social pelo 
fato de não enxergarem. Com o grande número de atendimentos, outros institutos foram 
criados: 
 Em 1854, inauguração do Instituto Benjamin Constant, primeira iniciativa em prol dos 
deficientes visuais no Brasil. Hoje, é referência em atendimento às questões de 
deficiência visual. 
 Em 1929, inauguração do Instituto Padre Chico, resultou da cooperação do povo, 
acrescida das grandes quantias dos senhores Conde de Lara, Dr. Antônio de Castro 
e de outros magnânimos paulistas. 
 Em 1933, inauguração do Instituto de Cegos da Bahia, que, inicialmente, funcionou 
como albergue dos cegos que trabalhavam na confecção de vassouras visando 
garantir a sua sobrevivência. 
 Em 1943, inauguração do Lar das Moças Cegas, em São Paulo, que visava assistir e 
educar as mulheres cega, mas, em 1988, passou a atender homens também. 
 Em 1946, inauguração da Fundação Dorina Nowill, com o intuito de ensinar cegos ou 
não para atender a deficiência visual, oportunizando, assim, a inclusão social de 
pessoas cegas ou com baixa visão. Desde a sua fundação, focou na inclusão social e 
a reabilitação dos deficientes, e, também, na produção editorial, com livros dos mais 
diversos segmentos para atender as pessoas com deficiência visual. 
 Em 1991, inauguração da associação LARAMARA, que teve como incentivo de uma 
mãe que tinha uma filha com deficiência visual, e de tanto ouvir discursos 
desencorajadores dos profissionais da saúde, essa mãe resolveu fundar a 
LARAMARA para auxiliar as famílias Atualmente, a LARAMARA atua junto a 
profissionais, pais, crianças e jovens com deficiência visual, para promover a 
integração do cego na sociedade. 
Destacamos que essas são, apenas, algumas das instituições criadas no Brasil 
para atender a pessoa cega. E, após a leitura dessa seção, você deve ter percebido que 
18 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
o cego teve mais visibilidade que o surdo na sociedade, tal fato resulta da condição de 
fala, uma vez que estamos inseridos em uma sociedade em que a maioria é ouvinte. Na 
próxima unidade, vamos conhecer as leis, os decretos e os documentos que contribuíram 
e garantiram a integração da pessoa com deficiência na vida social e educacional. 
Síntese 
Você percebeu que a luta da pessoa com deficiência visual e auditiva para 
conseguir espaçona sociedade não foi fácil, foram várias as etapas que enfrentaram para 
chegar aos dias atuais com direitos. Inicialmente, eram abandonados à morte devido à 
questão de sobrevivência, pois não serviam para a caça. Após esse período, o descaso 
continuou, isto porque as pessoas com deficiência eram jogadas de montanhas, afogadas 
em rios ou, ainda, serviam ao entretenimento, como músicos ou palhaços. Anos mais 
tarde, forma vistos como castigos divinos. A sensibilidade para com as pessoas começou 
a acontecer apenas quando a religião começou a abordar a questão com mais 
humanidade. 
Com os avanços da medicina, os motivos reais da deficiência começaram a ser 
identificados. Foi, então, a partir do século XVIII, que aconteceu uma aproximação com a 
educação para diminuir os efeitos de exclusão. Nesse sentido, caro aluno, lembre-se de 
que por mais desafiante que pareça é preciso continuar a garantir os direitos da pessoa 
com deficiência visual e/ou auditiva, e o contexto escolar pode ajudar nesse percurso, pois 
juntos, é possível minimizar o preconceito e a exclusão. 
Saiba mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
Para aprofundar a temática dessa unidade, 
acesse a Cartilha Viver sem Limite 
elaborada pelo governo federal que 
preconiza promover, por meio da 
integração e articulação de políticas, 
programas e ações, o exercício pleno e 
equitativo dos direitos das pessoas com 
deficiência. 
Acesse: https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-
conteudo/pessoa-com-deficiencia/cartilha-viver-
sem-limite-plano-nacional-dos-direitos-da-pessoa-
com-deficiencia/view 
https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/pessoa-com-deficiencia/cartilha-viver-sem-limite-plano-nacional-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia/view
https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/pessoa-com-deficiencia/cartilha-viver-sem-limite-plano-nacional-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia/view
https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/pessoa-com-deficiencia/cartilha-viver-sem-limite-plano-nacional-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia/view
https://www.gov.br/mdh/pt-br/centrais-de-conteudo/pessoa-com-deficiencia/cartilha-viver-sem-limite-plano-nacional-dos-direitos-da-pessoa-com-deficiencia/view
19 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
UNIDADE II 
A legislação que ampara a deficiência 
sensorial 
Introdução 
Na unidade I, conhecemos um pouco sobre como as pessoas com necessidades 
especiais foram consideradas ao longo dos séculos. Você deve ter percebido que foi um 
percurso de exclusão e silenciamento devido às condições de preconceito e à falta de 
informação sobre as deficiências. 
Nesta Unidade, discorreremos sobre as legislações que garante às pessoas com 
deficiência, o direito de exercer os diversos papéis sociais. A ênfase será na legislação 
brasileira. É importante ressaltar que, atualmente, há diversas leis que minimizam as 
deficiências e abrem as escolas e a ação educativa para que todos tenham educação de 
qualidade de acordo com as suas possibilidades de aprendizagem. Vamos lá? 
Deficiência sensorial: legislação 
O documento oficial que promoveu a preocupação com a inclusão social e 
educacional da pessoa com deficiência é a Declaração dos Direitos Humanos, 
elaborado após a Segunda Guerra Mundial, isto porque foi necessário reintegrar à 
sociedade aqueles que voltaram da guerra mutilados. Esse documento, elaborado pelas 
Nações Unidas, considera todos os seres humanos em situação de igualdade de direitos, 
mas sabemos que na prática, infelizmente, isso ainda não ocorre. Portanto, a partir da 
Declaração dos Direitos Humanos de 1948, é que o direito à educação passa a ser 
abordado nas leis que regem os países. Na sequência, listamos as principais leis que 
abordam e garantem a educação da pessoa com deficiência, mais especificamente, a 
pessoa com surdez e/ou cega. 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
A Constituição Federal de 1988, lei maior de nosso país, objetiva “promover o bem 
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas 
de discriminação”, e, em seu art. 208, determina que a educação é um direito de todos, 
garantindo o desenvolvimento integral da pessoa, promovendo o exercício da cidadania e 
20 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
a preparação para o trabalho, instituindo a “igualdade de condições de acesso e 
permanência na escola”, e, também, estabelece como obrigação do Estado, a oferta do 
atendimento educacional especializado, de preferência, no ensino regular. 
Declaração de Jomtien de 1990 
Em 1990, em Jomtien, na Tailândia, aconteceu a Conferência Mundial de Educação 
para Todos. Nessa ocasião, foi elaborado um documento chamado “Declaração de 
Jomtien”, que definiu as abordagens sobre as necessidades básicas de aprendizagem, a 
fim de estabelecer compromissos mundiais para garantir a todas as pessoas os 
conhecimentos básicos necessários a uma vida digna para uma sociedade mais humana 
e mais justa (MENEZES, 2009). 
Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA 
Com o intuito de reforçar os direitos garantidos pela Constituição de 1988 e pela 
Declaração de Jomtien, em 1990, é assinada a Lei n. 8.069/90 que dispõe sobre o Estatuto 
da Criança e do Adolescente, ECA, que prevê, 
 
Capítulo IV 
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer Art. 53. A criança e o 
adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua 
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, 
assegurando-se-lhes: 
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II- direito de ser respeitado por seus educadores; 
III- direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias 
escolares superiores; 
IV- direito de organização e participação em entidades estudantis; 
V- acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
Art. 54. É dever de o Estado assegurar à criança e ao adolescente: 
I- ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não 
tiveram acesso na idade própria; 
II- atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; [...] 
 
Declaração de Salamanca 
Em 1994, ocorreu, em Salamanca, na Espanha, a Conferência Mundial sobre 
Educação Especial, que resultou em uma nova visão de educação, a qual focava na 
21 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
escola inclusiva, reforçando, assim, a Declaração dos Direitos Humanos e a Declaração 
de Jomtien, que determinavam a igualdade de direitos educacionais entre os seres 
humanos. A Declaração de Salamanca forneceu as diretrizes básicas para a elaboração 
e reformulação de políticas e sistemas educacionais focando na inclusão social. Torna-
se, assim, juntamente com a Declaração de Jomtien, um dos principais documentos que 
visam à inclusão social. 
Lei 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Pautada na Constituição de 1988, na Declaração de Jomtien, no Estatuto da 
Criança e do Adolescente e na Declaração de Salamanca, o direito à educação, no ensino 
regular, é reforçado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, LDB. Essa lei 
estabelece que os sistemas de ensino devem garantir aos alunos com deficiência, 
currículo, métodos, recursos e organização específicos para oferta de educação, de 
preferência, no sistema regular; e, também, a oferta de serviço e apoio especializado, a 
oferta de ensino na educação infantil e diminui o atendimento em classes e/ou escolas 
especiais, aos alunos cuja deficiência não permita a integração na rede regular. No 
capítulo V, artigos 58 e 59, aborda a educação especial, 
Artigo 58 - Entende-se por educação especial, para efeitos desta Lei, modalidade 
de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para 
educandos com necessidades especiais. 
§ 1º - Haverá, quando necessário, serviços de apoioespecializado, na escola 
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º - O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, 
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 
§ 3º - A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na 
faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. 
Artigo 59 - Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades 
especiais: 
[...] III- professores com especialização adequada em nível médio ou superior, 
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular 
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. 
[...] Artigo 60 - [...] parágrafo único: O Poder Público adotará, como alternativa 
preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades 
especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio 
às instituições previstas neste artigo. 
 
Convenção da Guatemala 
Ocorreu em 1999 e visava garantir às pessoas com deficiência, os mesmos direitos 
humanos como todas as pessoas. E, também, definiu como discriminação toda atitude 
22 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
diferenciada ou excludente que possa interferir na vida social e educacional da pessoa 
com deficiência. 
Plano nacional de educação – PNE, Lei 10.172 
Tinha como uma de suas metas o atendimento às necessidades educacionais 
especiais dos alunos por escolas regulares, a fim de diminuir o déficit da oferta de 
matrículas para alunos com deficiência nas escolas comuns do ensino regular, priorizando 
a formação docente, a acessibilidade física e o atendimento educacional especializado. 
Resolução CNE/CEB 02/01 
Essa resolução enfatiza que os sistemas de ensino precisam matricular todos os 
alunos, fazendo com que as escolas se organizem para atendê-los de forma a acolher as 
necessidades educacionais especiais, garantindo as condições necessárias para uma 
educação de qualidade para todos, 
 
Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um 
processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure 
recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para 
apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços 
educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o 
desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam 
necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da 
educação básica (MEC/SEESP, 2001). 
 
Lei 10.436/02 
Essa lei reconhece a Libras (Língua Brasileira de Sinais) como língua oficial no 
Brasil juntamente com o Português; também, apresenta a definição de surdez e da pessoa 
com deficiência. 
Resolução CNE/CP 01/02 
Essa resolução detalha as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de 
Professores da Educação Básica e determina que as instituições de Ensino Superior 
devem antever, em sua organização curricular, formação docente direcionada à 
diversidade, contemplando conhecimentos sobre os alunos com necessidades 
educacionais especiais, a fim de nortear a prática docente. 
 
23 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Portaria MEC 2.678/02 
Essa portaria define as diretrizes e as normas para o uso, o ensino, a produção e a 
propagação do Sistema Braile em todas as modalidades de ensino, abrangendo o projeto 
da Grafia Braile para a Língua Portuguesa e a sugestão para o seu uso em todo país. 
Lei 10.845/04 
Essa lei objetiva garantir a prática do Programa de Complementação ao 
Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência (PAED), 
e, também, avalizar a universalização do atendimento especializado de alunos com 
deficiência cuja condição não consinta a integração em classes comuns de ensino regular 
e garantir, progressivamente, a admissão dos educandos com deficiência nas salas 
comuns de ensino regular. 
Decreto 5.626/05 
Esse decreto regulamenta a Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, que refere-se à 
Língua Brasileira de Sinais – Libras; e o art. 18 da Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000, 
definindo que a formação de docentes para o ensino de Libras deva ser concretizada em 
nível superior, em curso de Licenciatura Plena em Letras: Libras ou em Letras: 
Libras/Língua Portuguesa, como segunda língua. 
Decreto 6.094/07 
Esse decreto regulamenta o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, que 
tem como objetivo, a formação de professores para a educação especial, a implantação 
de salas de recursos multifuncionais, a acessibilidade arquitetônica das escolas, o 
ingresso e a permanência das pessoas com deficiência no ensino superior e o 
acompanhamento do acesso à escola dos beneficiados pelo Benefício de Prestação 
Continuada. 
Decreto 7.612/11 
Esse decreto refere-se ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência 
- Plano Viver sem Limite, que tem como objetivo promover, por meio da integração e 
articulação de políticas, programas e ações, o exercício pleno e equitativo dos direitos das 
pessoas com deficiência, tendo como um de seus eixos principais o acesso à educação, 
24 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
prevendo a garantia de que as instituições públicas de educação tornem-se acessíveis às 
pessoas com deficiência, até mesmo por meio de transporte apropriado. 
Em síntese, atualmente, a legislação é um recurso que garante a educação para 
todos, inclusive para a pessoa com deficiência visual e auditiva. Com isso, cada vez mais 
o movimento pela inclusão social ganha força em nossa sociedade, aumentando 
valorização do ser humano e a diversidade. Pense nisso! 
 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
 
Síntese 
Nessa unidade, discorremos sobre os documentos oficiais que garantem à pessoa 
com deficiência a inclusão social e escolar, mais especificamente, do surdo e do cego, em 
nosso país. Portanto, falamos sobre: a Declaração dos Direitos Humanos, da Constituição 
Federal de 1988, do Estatuto da Criança e do Adolescente, da Declaração de Jomtien, da 
Declaração de Salamanca, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, do Plano 
Nacional de Educação de 1999, da Convenção de Guatemala, da Lei 10.436/02, da 
Portaria MEC 2.678/02, do Decreto 5.626/05 entre outras. Nesse sentido, enfatizamos que 
tais documentos devem servir de base à prática docente. 
 
 
 
 
 
 
No site do MEC, você encontra, na íntegra, todas as leis, decretos e portarias referentes 
à educação especial. Vale a pena conhecer! Acesse http://portal.mec.gov.br/secretaria-
de-educacao-especial-sp-598129159 
http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-especial-sp-598129159
http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-educacao-especial-sp-598129159
25 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
 
Saiba mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para aprofundar o conteúdo dessa Unidade, acesse as leis e decretos na íntegra: 
 
• Lei 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&catid
=70:legislacoes 
• Resolução CNE/CEB 02/01 http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf 
• Lei 10.436/02 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm 
• Resolução CNE/CP 01/02 http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf 
• Portaria MEC 2.678/02 http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf 
• Lei 10.845/04 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.845.htm 
• Decreto 5.626/05 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm 
• Decreto 6.094/07 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6094.htm 
• Decreto 7.612 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm 
 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&catid=70:legislacoeshttp://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12907:legislacoes&catid=70:legislacoes
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/grafiaport.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.845.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6094.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7612.htm
26 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
UNIDADE III 
A deficiência sensorial: visual e 
auditiva 
Introdução 
Você já para pensar que a visão e a audição são canais fundamentais ao 
relacionamento do indivíduo com o mundo exterior, isto porque captam registros próximos 
ou distantes e permite organizar, no nível cerebral, as informações trazidas pelos outros 
órgãos dos sentidos (GIL, 2000). Mas a pessoa que não dispõem desses canais? Como 
conseguem organizar as informações do mundo exterior? Esses questionamentos serão 
abordados nesta unidade, na qual você conhecerá o conceito de deficiência visual e 
auditiva, e, também, quais são os recursos e as metodologias que podem ser utilizadas 
pelo indivíduo com deficiência visual e/ou auditiva no contexto social. 
Nosso ponto de partida será o termo para se referir a pessoa com deficiência. A 
partir do ano de 2010, o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência definiu através da 
portaria 2.344, de novembro de 2010, que a forma correta para o tratamento das pessoas 
com necessidades especiais, por lei, deve ser Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2015; 
GIL, 2000). Anote aí para não esquecer. 
Deficiência visual: o que é? 
Para definir a deficiência visual, primeiramente, precisamos compreender como 
funciona nosso sistema visual para, então, estudar a deficiência visual. Nossa visão é 
composta pelos olhos que estão diretamente ligados ao Sistema Nervoso Central por meio 
dos nervos ópticos. Logo, nossa visão é um dos sentidos importantes para a convivência 
e a socialização do ser humano, isto porque os nossos olhos são responsáveis por captar 
imagens, transformá-las em impulsos e enviá-las ao cérebro, com auxílio do nervo óptico, 
possibilitando seu entendimento. Na Figura 1, ilustramos a estrutura do olho humano: 
27 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 1 Getty image 
Quando essa estrutura fica comprometida por alguma razão, o resultado pode ser 
variado, ou seja, pode surgir doenças como: a miopia, a hipermetropia e o astigmatismo, 
que podem ser corrigidas com recursos óticos, e há, também, doenças mais severas que 
necessitam de um tratamento mais complexo e que podem ocasionar perda de visão. A 
exemplo, citamos: a catarata, o diabetes ocular, o glaucoma, que, geralmente, ocorrem 
em adultos; já a catarata congênita, o glaucoma congênito, a ambliopia, a retinopatia da 
prematuridade, que ocorrem na criança. 
Além das doenças, quando a estrutura dos nossos olhos fica comprometida por 
lesões genéticas ou acidentais, ocorre, também, a deficiência visual que refere-se à 
redução da resposta visual, devido à causas congênitas ou adquiridas. Essa redução pode 
variar de leve a severa, ou até a ausência total da resposta visual. Para ilustrar essa 
28 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
variação, Ampudia (2011) afirma que o comprometimento parcial ou total da visão, devido 
às doenças, não corresponde à deficiência visual, isto porque o comprometimento pode 
ser corrigido com o uso de lentes ou em cirurgias. O referido autor também cita os critérios 
estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os diferentes graus de 
deficiência visual: 
 Baixa visão (leve, moderada ou profunda): pode ser compensada com o uso de 
lentes de aumento, lupas, telescópios, com o auxílio de bengalas e de treinamentos 
de orientação. 
 Próximo à cegueira: ocorre quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e 
sombra, mas já utiliza o Sistema Braile para ler e escrever, e, também, recursos de 
voz para acessar programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa 
de treinamentos de orientação e de mobilidade. 
 Cegueira: ocorre quando não há qualquer percepção de luz. Utiliza, obrigatoriamente, 
o Sistema Braile para ler e escrever, e, também, recursos de voz para acessar 
programas de computador, locomove-se com a bengala e precisa de treinamentos de 
orientação e de mobilidade. 
Baixa visão ou visão subnormal 
A baixa visão aplica-se aos casos em que há a alteração na capacidade visual, 
resultando no rebaixamento da acuidade visual, na redução do campo visual e da 
sensibilidade aos contrastes. Pode ter uma variação de leve a severa ou, ainda, profunda. 
A baixa visão pode decorrer de doenças como: de retina, glaucoma, catarata, traumas, 
diabetes, senilidade etc., que podem resultar na perda da visão central, na perda da visão 
periférica, na perda difusa do campo visual e na diminuição da sensibilidade ao contraste. 
De acordo com Coeicev (2013), a baixa visão é caracterizada por problemas na 
visão central, com comprometimento severo na fóvea central ou na mácula, como 
ilustramos na Figura 2: 
29 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 2 Getty image 
Coeicev (2013), explica que “a fóvea situa-se na mácula: é a porção mais nobre da 
retina, ou seja, a parte central da mácula, é a responsável pela acuidade visual, que está 
sempre direcionada para o objeto que se quer ver. Logo, qualquer problema na fóvea 
provocará um borrão ou ponto cego na visão, como ilustramos nas imagens: 
 
Figura 3 Disponível em: http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/baixa-visao-
classificacao-quanto-ao-perfil-de-resposta-visual/ 
 
http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/baixa-visao-classificacao-quanto-ao-perfil-de-resposta-visual/
http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/baixa-visao-classificacao-quanto-ao-perfil-de-resposta-visual/
30 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 4 Disponível em: http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/baixa-visao-
classificacao-quanto-ao-perfil-de-resposta-visual/ 
Diversas são as causas ocasionam a baixa visão e há vários recursos especiais 
que podem ser utilizados para minimizar os problemas de baixa visão: 
 
 
 
 
 
 
 
Estar atento aos diversos comportamentos dos alunos, pode auxiliar a família no 
diagnóstico da deficiência visual, uma vez que o aluno dá pistas comportamentais, as 
quais possibilitam ao professor perceber se ele está com algum tipo de dificuldade para 
enxergar. No site do Instituto de Cegos da Bahia, encontramos as principais pistas que 
uma pessoa com dificuldade na visão pode dar: lacrimejamento, sensibilidade à luz, 
mancha branca no olho, redução do tamanho do globo ocular, grande dilatação na pupila, 
estrabismo e necessidade de grande aproximação dos objetos para uma melhor visão. 
Cegueira 
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Figura 5 Lentes especiais 
http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/baixa-visao-classificacao-quanto-ao-perfil-de-resposta-visual/
http://www.acessibilidadenapratica.com.br/textos/baixa-visao-classificacao-quanto-ao-perfil-de-resposta-visual/
31 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
A cegueira, como mencionamos anteriormente, é definida como a ausência total da 
resposta visual e pode ser: congênita ou adquirida. Coeicev (2013) define a cegueira como 
a ausência total de visão, até a perda da capacidade de indicar projeção de luz, obrigando 
a pessoa a utilizar o Sistema Braile como principal recurso para leitura e escrita. 
Para ser considerada cega, a pessoa deve se encaixar nos seguintes critérios: a 
visão corrigida do melhor dos seus olhos é de 20/200 ou menos, ou seja, a pessoa pode 
ver a 20 pés (6 metros)o que uma pessoa de visão normal pode ver a 200 pés (60 metros), 
ou se o diâmetro mais largo do seu campo visual subentende um arco não maior de 20 
graus, ainda que sua acuidade visual nesse estreito campo possa ser superior a 20/200. 
Conde (2006), afirma que esse campo visual restrito pode ser chamado de “visão em 
túnel” ou “ponta de alfinete”. 
Em relação à classificação da cegueira, esta pode ser absoluta (a pessoa não 
distingue nada) ou a parcial (a pessoa distingue luz, sombra ou contornos). As formas de 
manifestação da cegueira são fundamentais para identificar e compreender a pessoa 
acometida por essa deficiência. 
Com relação aos tipos de cegueira, pode ser congênita que refere-se à perda total 
de visão desde o nascimento ou ocorre antes dos cinco anos de idade. Nesse tipo, a 
pessoa cega, geralmente, não apresenta memória visual, o que estimula o cérebro a criar 
mecanismos naturais de substituição do sentido da visão por outros sentidos sensoriais, 
por exemplo, o tato, a audição, o gosto e o olfato. Geralmente, os sentidos sensoriais mais 
desenvolvidos são o tato e a audição. 
A cegueira também pode ser do tipo adquirida que refere-se à perda quase total ou 
integral do sentido da visão em pessoas que possuíram a visão e, portanto, possuem a 
memória visual, ou seja, guardam na memória imagens e cores que visualizou, auxiliando 
na sua readaptação. Esse tipo de cegueira pode ocorrer devido a acidentes ou, ainda, em 
virtude de doenças degenerativas específicas, ou causadas pela idade. 
Atendimento pedagógico ao aluno com deficiência visual 
Sá et al (2007, p. 18), pontuam que o trabalho com aluno que tem baixa visão 
baseia-se no seguinte princípio: “estimular a utilização plena do potencial de visão e dos 
sentidos remanescentes, bem como na superação de dificuldades e conflitos emocionais”. 
Afinal, “um aluno com baixa visão possui seu cognitivo intacto, porém, a percepção do 
mundo baseada na visão se torna limitada por conta da deficiência”. 
32 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Nesse sentido, quanto antes a criança com deficiência visual for estimulada, mais 
rápido ocorrerá o seu desenvolvimento e a integração dela com o meio ambiente e a 
descoberta de sua identidade pessoal. Assim, a estimulação visual deve ocorrer, quando 
houver, a partir da visão residual da criança, por meio de atividades e exercícios que visem 
alcançar o desenvolvimento da acuidade visual. Gagliardo; Nobre (2009, p. 17) afirmam 
que “A estimulação visual que o lactente recebe a partir do nascimento é de fundamental 
importância para a formação de conexões neurais responsáveis pela visão”. 
Portanto, a família tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança com 
deficiência visual, uma vez que é o contato com a mãe propicia a aprendizagem e a 
familiarização com o meio no qual a criança está inserida, mas sabemos que, no primeiro 
momento, a adaptação com o nascimento de uma criança com deficiência não é uma 
tarefa fácil. Por vezes, as relações ficam abaladas e atingem a relação entre mãe e filho, 
que pode ser positiva (superproteção) ou negativa (rejeição, negação). Fato que resulta 
na demora do atendimento adequado para o desenvolvimento da criança. Na sequência, 
ilustramos alguns brinquedos que podem auxiliar no estímulo da criança. 
 
 
Figura 6 Chocalho sensorial 
33 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 7Capa de mamadeira 
 
Figura 8 Móbile preto e branco 
 
 
 
Figura 9Tapete sensorial 
 
34 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 10 Prancha de alimentação 
 
 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em síntese, o estímulo visual deve ser uma atividade contínua no dia a dia da 
criança com deficiência visual durante toda a fase escolar, isto porque é esse tipo de 
trabalho que possibilitará o desenvolvimento da visão residual em crianças com baixa 
visão e o desenvolvimento dos sentidos remanescentes, como o tato, o paladar, o olfato 
e a audição em crianças cegas ocorra e, assim, permita que ela esteja cada vez mais 
integrada a sociedade. 
 
 
 
Caro aluno, 
Conheça manual “Brincar para todos”, da 
autora Mara O. de Campos Siaulys, 
Acesse o link 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/
brincartodos.pdf 
 
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf
35 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Sorobã 
Neste ponto, você já deve ter percebido que o desenvolvimento cognitivo da pessoa 
cega é complexo devido à dependência de recursos para que ela possa construir o seu 
aprendizado e, consequentemente, sua concepção de mundo. Logo, é necessário a busca 
por instrumentos que facilitem o desenvolvimento cognitivo da criança cega. A exemplo, 
citamos o ensino de matemática, que é fundamental para que a formação de conceitos, 
para ter a capacidade classificatória, desenvolver o raciocínio, aprender a criar as 
representações mentais entre outras funções cognitivas. 
Nesse sentido, Joaquim Lima de Moraes, primeiro brasileiro que se preocupou com 
recursos para a pessoa cega aprender matemática. Devido a uma miopia progressiva, 
Moraes teve que interromper seu curso ginasial e após 25 anos, matriculou-se na 
Associação Pró-Biblioteca e Alfabetização para aprender o Sistema Braille. A matemática 
era uma de suas matérias prediletas, assim, após aprender o Sistema Braille, Joaquim 
Lima de Moraes focou em métodos para o modo de calcular dos cegos (MEC, 2007). Foi 
nesse contexto que o ábaco sofreu adaptações e modificações para que pudesse ser 
utilizado pelas pessoas cegas, que resultou no sorobã. 
Bernardes (2010) pontua que o sorobã é um aparelho de cálculo com origem 
japonesa e foi adaptado para o uso de deficientes visuais. Por facilitar o aprendizado 
matemático, o sorobã tem grande aceitação pelos cegos, principalmente, as crianças. 
Ademais, é um recurso que permite cálculos realizados com rapidez, tem baixo custo e é 
feito de material durável, como ilustra a Figura 11: 
36 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 11 Getty image 
O sistema braile 
Como vimos na Unidade I, o Sistema Braille foi reconhecido em 1854, mas só foi 
adotado como método universal de ensino para pessoas cegas, em 1978, com a 
realização do Congresso em Paris. Esse sistema foi criado por Louis Braille e, atualmente, 
é conhecido universalmente como meio de leitura e escrita das pessoas cegas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na imagem acima, ilustramos como funciona o Sistema Braille, que baseia-se na 
combinação de 63 pontos em relevo, os quais representam as letras do alfabeto, os 
Figura 12Getty image - Sistema Braile 
37 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
números e os símbolos gráficos. Nesse sistema, há o arranjo de seis pontos em relevo, 
dispostos na vertical em duas colunas de três pontos cada, que são chamados de "cela 
braille". 
 
 
Figura 13 Cela braille 
Nesse sentido, os movimentos da escrita em Braille são diferentes dos de leitura, 
isto é, o movimento de perfuração é realizado da direita para a esquerda para produzir a 
escrita em relevo de forma não espelhada. Já a leitura é realizada da esquerda para a 
direita, como ilustra a imagem abaixo: 
 
 
Figura 14 Leitura e Escrita em Braille 
 
Na sequência, você conhecerá a escrita do alfabeto e dos números e quantidade 
da cela utilizada na escrita de cada símbolo. 
38 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 15 Alfabeto em Braille 
 
 
Figura 16 Números em Braille 
 
Além do Sistema Braille, o cego dispõe de outros recursos para se comunicar, tais 
como: a reglete, que é uma prancha com régua que possui janelas correspondentes às 
39 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
celas braile; o punção, a máquina de escrever braille e a impressora braille. Assim, 
consideramos que o Sistema Braille é um dos recursosfundamentais para a inclusão do 
cego na sociedade; porém, ainda hoje, não é acessível a todos. Pense nisso! 
 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
 
Equipamentos do braile 
 
Deficiência auditiva: o que é? 
A pessoa surda, assim como a cega sempre enfrentou (ver Unidade I) dificuldades 
para participar da sociedade, principalmente, no contexto escolar. A falta de estímulo de 
seu potencial cognitivo somado à falta de adaptações nesse contexto, contribui para que 
ainda hoje tenhamos a exclusão social da pessoa surda. Mas afinal, você sabe o que é 
deficiência auditiva? 
Ampudia (2011), ao discorrer sobre a deficiência auditiva, a define como a perda 
parcial ou total da audição, devido à má-formação (causa genética), lesão na orelha ou 
nas estruturas que compõem o aparelho auditivo. Portanto, deficiência auditiva refere-se 
à diminuição da sensibilidade auditiva. De acordo com Gil (2009), nossa orelha é dividida 
em três partes: orelha externa, orelha média e orelha interna, como ilustra a Figura 17: 
 
Caro aluno, 
Conheça mais sobre o sistema Braile, 
acesse o link 
https://novaescola.org.br/conteudo/397/c
omo-funciona-sistema-braille e saiba 
como esse sistema funciona. 
https://novaescola.org.br/conteudo/397/como-funciona-sistema-braille
https://novaescola.org.br/conteudo/397/como-funciona-sistema-braille
40 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 17Getty image 
 
Caso ocorra uma lesão em alguma destas partes, pode resultar no mau 
funcionamento da audição, 
Alterações nas orelhas externa e média dão origem a perdas auditivas do tipo 
condutiva e alterações na orelha interna, seja nas células ciliadas ou no nervo 
auditivo, resultam em perdas auditivas do tipo neurossensorial. Existem ainda as 
perdas auditivas mistas, as quais envolvem problemas tanto no mecanismo de 
condução (orelhas externa e média) como na transdução mecanoelétrica dos 
estímulos auditivos (orelha interna) (GIL, 2009). 
 
Nesse sentido, o grau da perda de sensibilidade auditiva está relacionado à região 
da orelha que foi afetada e, portanto, pode variar como veremos na próxima seção. 
 
 
 
41 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Classificando as perdas auditivas 
Como mencionamos, a perda de sensibilidade auditiva está relacionada à parte 
lesionada da orelha, assim, a perda auditiva pode ser classificada em diferentes níveis, 
conforme a Figura 18: 
 
Figura 18 Classificação da Organização Mundial da Saúde de 2014 
 
Ressaltamos que a perda auditiva acima dessa classificação, é classificada como 
surdez total (AMPUDIA, 2011). Atualmente, para amenizar a perda da audição, o 
deficiente auditivo pode recorrer a diferentes recursos, por exemplo, a pessoa com perda 
moderada, pode recorrer ao uso de aparelhos e o acompanhamento terapêutico-
profissional (fonoaudiólogo); no entanto, a perda em graus mais avançados, tais como a 
perda auditiva severa (sons abaixo dos 80 decibéis) e a profunda (quando não se escuta 
sons com intensidade menor que 91 decibéis), o aparelho é um recurso nulo e, portanto, 
o aprendizado de Libras é o melhor recurso. 
Tal recurso torna-se cada vez mais recomendado ao surdo, isto porque é o meio 
pelo qual ele pode recorrer para interagir com o outro e, assim, sair da posição de exclusão 
42 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
social. Logo, é de suma importância que a Libras torne-se cada vez mais acessível aos 
professores, que assumem papel fundamental no processo de inclusão da pessoa surda 
na sociedade. 
Causas da perda auditiva 
Nesta seção, vamos discorrer sobre as possíveis causas da deficiência auditiva, no 
entanto, não dispensam o diagnóstico de um profissional habilitado e com recursos para 
análise e diagnóstico. As causas da perda auditiva mais comuns, de acordo com Arrifano 
(2015), são: 
 envelhecimento, casos de genética, lesões traumáticas e doenças tipo caxumba, 
meningite, sarampo e escarlatina; 
 Problemas no pré-natal tais como: sífilis, citomegalovírus, rubéola gestacional entre 
outras; 
 O acúmulo de cera pode bloquear o canal auditivo e, assim, impedir a condução 
adequada das ondas sonoras. 
 A perfuração do tímpano, principalmente na infância, pode causar lesões traumáticas 
e infecções e, consequentemente, danos auditivos. 
 A otite que é a inflamação ou infecção no ouvido é outra causa bem comum. 
 A limpeza inadequada do ouvido com objetos pontiagudos ou, até mesmo, com as 
hastes flexíveis, quando colocadas muito profundamente, podem causar a perda 
auditiva. 
 Os barulhos muito fortes ou grande pressão atmosférica podem lesionar a sensibilidade 
auditiva. 
 A doença de Ménière, que pode ser confundida com a labirintite devido a sintomas 
comuns, como tontura, zumbidos no ouvido, resulta na perda auditiva. 
 O uso de medicamentos de forma prolongada, tais como antibióticos, pode causar a 
perda da audição. 
 A exposição prolongada aos ruídos altos devido ao trabalho, por exemplo, que pode 
causar danos gravíssimos ao ouvido interno. 
Como pode-se perceber, são vários os fatores que podem causar a perda da 
audição. Nesse sentido, as lesões, dependendo da parte em que ocorre na orelha, 
podem resultar na perda auditiva irreversível. 
43 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Atendimento pedagógico ao aluno com deficiência auditiva 
A perda auditiva pode ocorrer durante a infância ou posterior a essa fase, ou ainda, 
desde o nascimento da criança, e, como vimos, são várias as causas da perda auditiva. 
Logo, os sintomas diferem de pessoa para pessoa e, consequentemente, o diagnóstico, 
ainda hoje, não é realizado facilmente. Assista ao vídeo para saber como podemos 
identificar a perda auditiva: 
 
 
Clique no link para assistir: https://youtu.be/3VfcRrkvIJw 
Ao seguir essas dicas para o diagnóstico da perda auditiva, o professor deve adotar 
uma postura que considere essa condição do aluno. Ações como: sentar o aluno nas 
primeiras carteiras; evitar virar de costas para a turma durante a explicação; dar ênfase 
no uso de recursos visuais nas aulas, como cartazes, projeções de imagens e, no caso, 
da surdez total, fazer uso da Libras ou solicite o acompanhamento de um intérprete em 
sala. Abaixo, ilustramos, alguns recursos para trabalhar com a criança com deficiência 
auditiva: 
https://youtu.be/3VfcRrkvIJw
44 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 19 Prancha de fotos 
 
 
Figura 20 Prancha de figuras 
 
 
Figura 21 Relógio em Libras 
45 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 22 Jogo da memória em Libras 
Alfabeto manual 
O alfabeto manual é um recurso que o surdo utiliza para objetos, nomes próprios e 
nomes de cidades que não tenham sinal. Tal recurso é feito por diferentes formatos das 
mãos para representar as letras do alfabeto escrito, conforme Figura 23: 
 
Figura 23 Getty image 
46 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Assim, ressaltamos que o Alfabeto Manual deve ser ensinado a criança com perda 
auditiva para que ela possa reconhecer as letras do alfabeto e para soletrar as palavras 
na fase de alfabetização. Contudo, “a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) não é feita 
somente com o alfabeto manual”, (SILVEIRA e NASCIMENTO, 2013, p. 112). 
Libras 
Como mencionamos, a perda auditiva total é definida como surdez, e, nesse caso, 
a pessoa com tal nível de perda auditiva deve recorrer à Língua Brasileira de Sinais 
(LIBRAS). Isto porque é o recurso que o surdo garantiu por lei para se comunicar com os 
outros e, também, para o processo de alfabetização. O uso da LIBRAS garante, assim, a 
inclusão mais efetiva da pessoa surda. 
 
Como língua, está composta de todos os componentes pertinentes às línguas 
orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos, 
preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerado instrumento 
linguístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios 
identificáveisnuma língua e demanda prática para seu aprendizado, como 
qualquer outra língua [...]. É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela 
linguística (Sá et al., 2007, p. 9). 
 
Assim, o uso da Libras deve se tornar comum no contexto escolar para que esse 
espaço possa incluir o surdo com a sua condição de comunicação diferenciada. E caso 
você tenha interesse em conhecer mais sobre LIBRAS, saiba que ela pode ser aprendida 
por qualquer pessoa interessada pela comunicação com a comunidade surda (SÁ et al., 
2007). 
Leitura complementar 
Neste ponto, você deve estar se perguntado como é possível colocar em prática o 
que estudamos até aqui, não é mesmo? Por essa razão, sugerimos a você que leia a 
reportagem “Conheça as salas de recurso que funcionam de verdade para a inclusão” 
de Camila Monroe e Beatriz Santomauro. 
Conheça as salas de recurso que funcionam de verdade para a inclusão 
Os números do último Censo Escolar são o retrato claro de uma nova tendência: a 
Educação de alunos com deficiência se dá, agora, majoritariamente em classes regulares. 
Seis em cada dez alunos nessa condição estão matriculados em salas comuns - em 2001, 
esse índice era de apenas dois em cada dez estudantes. O aumento merece ser 
47 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
comemorado, mas que não esconde um grande desafio: como garantir que, além de 
frequentar as aulas, crianças e jovens aprendam de verdade? 
 
A tarefa tem naquilo que os 
especialistas chamam de Atendimento 
Educacional Especializado (AEE) um 
importante aliado. Instituído pelo mesmo 
documento que em 2008 concebeu as 
diretrizes para a inclusão escolar, mas 
regulamentado apenas no fim do ano 
passado, o AEE ocorre no contraturno 
nas salas de recursos, ambientes 
adaptados para auxiliar indivíduos com 
uma ou mais deficiências (veja nas fotos 
que ilustram esta reportagem alguns dos 
principais equipamentos utilizados em 
três escolas da capital paulista: EE 
Emiliano Augusto Cavalcanti de 
Albuquerque e Melo, EMEF João XXIII e 
EMEI Professor Benedicto Castrucci). 
Segundo o Censo Escolar, atualmente 
27% dos alunos matriculados em classes 
comuns do ensino regular recebem esse 
apoio. Se a implantação das 15 mil novas 
salas prometidas para este ano de fato 
ocorrer, o atendimento alcançará mais de 
50% das matrículas - em números 
absolutos, cerca de 190 mil estudantes. 
Trabalho não se confunde com 
atividades de reforço escolar 
Diferentemente do que muitos 
pensam, o foco do trabalho não é clínico. 
É pedagógico. Nas salas de recursos, um 
professor (auxiliado quando necessário 
por cuidadores que amparam os que 
possuem dificuldade de locomoção, por 
exemplo) prepara o aluno para 
desenvolver habilidades e utilizar 
instrumentos de apoio que facilitem o 
aprendizado nas aulas regulares. "Se for 
necessário atendimento médico, o 
procedimento é o mesmo que o adotado 
para qualquer um: encaminha-se para um 
profissional da saúde. Na sala, ele é 
atendido por um professor especializado, 
que está lá para ensinar", diz Rossana 
Ramos, especialista no tema da 
Universidade Federal de Pernambuco. 
Os exemplos de aprendizagem 
são variados. Estudantes cegos 
aprendem o braile para a leitura, alunos 
surdos estudam o alfabeto em Libras 
para se beneficiar do intérprete em sala, 
crianças com deficiência intelectual 
utilizam jogos pedagógicos que 
complementam a aprendizagem, jovens 
com paralisia descobrem como usar uma 
prancheta de figuras com ações como 
"beber água" e "ir ao banheiro", 
48 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
apontando-as sempre que necessário. 
"Desenvolver essas habilidades é 
essencial para que as pessoas com 
deficiência não se sintam excluídas e as 
demais as vejam com normalidade", diz 
Maria Teresa Mantoan, docente da 
faculdade de Educação da Universidade 
Estadual de Campinas (Unicamp), uma 
das pioneiras no estudo da inclusão no 
Brasil. 
Também vale lembrar que o trabalho não 
é um reforço escolar, como ocorria em 
algumas escolas antes de a nova política 
afinar o público-alvo do AEE. "Era comum 
ver nas antigas salas de recursos alunos 
que apresentavam apenas dificuldade de 
aprendizado. Hoje, a lei determina que 
somente quem tem deficiência, 
transtornos globais de desenvolvimento 
ou altas habilidades seja atendido nesses 
ambientes", afirma Maria Teresa. Com o 
foco definido, o professor volta a atenção 
para o essencial: proporcionar a 
adaptação dos alunos para a sala 
comum. Cada um tem um plano 
pedagógico exclusivo, com as atividades 
que deve desenvolver e o tempo 
estimado que passará na sala. Para 
elaborar esse planejamento, o 
profissional da sala de recursos apura 
com o titular da sala regular quais as 
necessidades de cada um. A partir daí (e 
por todo o período em que o aluno 
frequentar a sala de recursos), a 
comunicação entre os educadores deve 
ser constante. Se o docente da turma 
regular perceber que há pouca ou 
nenhuma evolução, cabe a ele informar o 
da sala de recursos, que deve modificar o 
plano. Outra atitude importante é 
transmitir o conteúdo das aulas da sala 
regular à de recursos com antecedência. 
"Se a turma for aprender operações 
matemáticas, é preciso preparar o aluno 
com deficiência visual para entender 
sinais especiais do braile", exemplifica 
Anilda de Fátima Piva, professora de uma 
sala de recursos na EMEF João XXIII, em 
São Paulo. 
Salas para todas as deficiências ou 
especializadas em uma única 
 
No fim dos anos 1990, modelos distintos 
de salas de recursos chegaram ao Brasil. 
Algumas cidades começaram a montar 
suas próprias configurações, sem que os 
especialistas tenham eleito até agora um 
padrão ideal. Para Daniela Alonso, 
49 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
psicopedagoga especialista em inclusão 
e selecionadora do Prêmio Victor Civita - 
Educador Nota 10, a diversidade é 
positiva. "Como a proposta desses 
ambientes é nova, ter mais de um modelo 
é importante. Após algum tempo de 
experiência, aí, sim, pode haver 
consenso", defende. 
Em linhas gerais, é possível 
agrupar as diversas salas existentes em 
dois tipos. No primeiro, há recursos para 
atender a todas as deficiências. É o 
modelo defendido pelo Ministério da 
Educação (MEC) por meio das chamadas 
salas multifuncionais, instaladas a pedido 
de redes municipais ou estaduais 
(segundo dados oficiais, são 5,5 mil em 
funcionamento). O argumento principal é 
evitar deslocamentos e fazer com que 
todos os alunos com deficiência de um 
bairro ou comunidade sejam atendidos no 
mesmo local - cada sala tem estrutura 
para dez estudantes. "Isso tem a 
vantagem de aproximar a família da vida 
escolar dessas crianças. Os pais passam 
a ter mais informações sobre como 
auxiliar seus filhos na busca por 
autonomia", afirma Maria Teresa. 
A segunda perspectiva é realizar o 
AEE por deficiência, como ocorre na 
cidade de São Paulo. Não há grandes 
diferenças em relação à infraestrutura - 
as maiores distinções dizem respeito à 
formação do professor (leia o quadro 
abaixo). "No curso, damos ao educador 
uma formação específica na área em que 
ele vai atender. Oferecemos uma visão 
geral de todos os tipos de deficiência, 
mas ele se especializa em uma única", 
diz Silvana Drago, assistente técnica de 
Educação Especial da Secretaria 
Municipal de Educação de São Paulo. No 
caso paulistano, as salas de recursos 
também ocupam espaço nas escolas 
regulares, e os alunos recebem 
transporte para o polo mais próximo que 
contemple sua deficiência. 
Outras cidades experimentam uma 
combinação dos dois modelos para 
conseguir ampliar o atendimento. É a 
opção de Fortaleza. Por lá, de acordo 
com as previsões oficiais, até o fim de 
2010 a rede receberá o reforço de 58 
salas do programa do governo federal 
(hoje, são 105 salas próprias da 
prefeitura). O tempo vai dizer qual o 
melhor modelo ese será necessário optar 
por um. "Não sabemos ainda como esse 
processo vai se encaminhar, mas o 
momento é de otimismo", afirma Daniela. 
"Antes, faltavam iniciativa e oferta de 
recursos para AEE. Agora, esses dois 
fatores já existem." 
O desafio da (boa) formação específica 
Por mais que os equipamentos das 
salas de recursos sejam importantes, é a 
50 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
atuação do professor que tem mais 
impacto na aprendizagem. Entre as 
responsabilidades do educador 
propostas pela nova lei, estão a criação 
de um plano pedagógico específico para 
cada aluno e a elaboração de material. 
"Nesse sentido, o caminho para uma 
inclusão efetiva é a formação", afirma 
Rossana Ramos. 
O tipo de formação varia de acordo 
com o modelo de AEE adotado pela rede. 
Na proposta do MEC, o curso é a 
distância, dura 400 horas e aborda todas 
as deficiências. "A metodologia é a do 
estudo de caso, em que os participantes 
investigam a melhor conduta para cada 
aluno", explica Claudia Pereira Dutra, 
secretária de Educação Especial do 
MEC. Na cidade de São Paulo, por outro 
lado, a ênfase é na deficiência em que o 
professor vai atuar. No curso, presencial, 
o conteúdo é específico por deficiência. 
Por exemplo, o professor que precisa 
trabalhar com cegos aprenderá braile e o 
uso de aparelhos de apoio. Para Daniela 
Alonso, a formação ainda está longe do 
ideal. "É uma medida emergencial para 
atender à demanda das salas. Tem sido 
útil para divulgar o tema, mas precisa 
melhorar." Uma das maiores 
necessidades é ampliar o espaço para a 
prática. "Não há nenhum programa de 
estágio, o que seria essencial", finaliza. 
Disponível em: 
https://novaescola.org.br/conteudo/1507/conheca
-as-salas-de-recurso-que-funcionam-de-verdade-
para-a-inclusao Acesso em: 15 ago. 2020. 
 
 
Educação inclusiva no ensino superior 
Devido à legislação referente à inclusão (ver Unidade II), nos últimos anos, houve 
um aumento significativo no ingresso no Ensino Superior pelas pessoas com deficiência. 
Como ilustram os infográficos: 
https://novaescola.org.br/conteudo/1507/conheca-as-salas-de-recurso-que-funcionam-de-verdade-para-a-inclusao
https://novaescola.org.br/conteudo/1507/conheca-as-salas-de-recurso-que-funcionam-de-verdade-para-a-inclusao
https://novaescola.org.br/conteudo/1507/conheca-as-salas-de-recurso-que-funcionam-de-verdade-para-a-inclusao
51 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
 
Figura 24 Disponivel em: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/06/cresce-o-acesso-da-pessoa-com-deficiencia-
ao-ensino-superior-no-pais.html 
 
Figura 25http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2016/06/cresce-o-acesso-da-pessoa-com-deficiencia-ao-ensino-
superior-no-pais.html 
 
 
52 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Os números evidenciam que a legislação e as políticas públicas de inclusão, que 
decorrem da primeira, têm assegurado às pessoas com deficiência, o ingresso no Ensino 
Superior, bem como a oportunidade de desenvolvimento pessoal, social e profissional, 
reduzindo, assim, a exclusão das pessoas com deficiência. 
Nesse sentido, o incentivo dado pelo professor para que o aluno com deficiência 
continue avançando em sua formação, deve ocorrer desde os níveis inicias da educação 
básica, isto porque é a melhor forma para que tanto a pessoa cega quanto a surda saia 
da posição de exclusão, eliminando, assim, as barreiras pedagógicas em todos os níveis 
da educação. 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese 
Nesta unidade, falamos sobre a o conceito de deficiência visual que refere-se ao 
comprometimento parcial ou total da visão. Esse comprometimento classifica em: baixa 
visão; próximo à cegueira; cegueira. Atualmente, a pessoa cega dispõe de diversos 
recursos que podem minimizar os problemas relacionados à perda de visão. A exemplo, 
citamos: lupas, lentes, sorobã e o sistema braile, um recurso, de leitura e escrita, muito 
utilizado pelas pessoas cegas, mas ressaltamos que, ainda hoje, não é toda comunidade 
cega que possui acesso a esse recurso, e, portanto, o contexto escolar precisa ser o 
espaço para que cada vez mais o deficiente visual possa ter acesso a tais recursos para 
minimizar a posição de exclusão social. 
Discorremos, também, sobre a deficiência auditiva ou surdez, que refere-se à 
diminuição ou perda total da sensibilidade auditiva. Esta é A classificada de acordo com a 
incapacidade de se ouvir os sons: perda auditiva leve; perda auditiva moderada; perda 
Caro aluno, 
Você está preparado para a inclusão? Faça o teste proposto pela Nova Escola e 
descubra. Acesse o link https://novaescola.org.br/conteudo/1695/inclusao-voce-esta-
preparado 
https://novaescola.org.br/conteudo/1695/inclusao-voce-esta-preparado
https://novaescola.org.br/conteudo/1695/inclusao-voce-esta-preparado
53 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
auditiva severa; perda auditiva profunda, perda auditiva total. Os recursos que a pessoa 
com deficiência auditiva utiliza estão relacionados à proporção da dificuldade da aquisição 
da língua oral e ao grau da deficiência: quanto mais agudo o grau de perda da 
sensibilidade auditiva, maior será a dificuldade de aquisição da linguagem. Logo, LIBRAS 
é o melhor recurso para os alunos com perda auditiva severa ou surdez, resultando, assim, 
na inclusão mais efetiva dos alunos em todos os níveis da educação formal. Por fim, 
enfatizamos o papel do professor no incentivo da formação do aluno com deficiência para 
que ele possa ter acesso, cada vez mais, ao Ensino Básico e Superior. 
Saiba mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
Conheça os diferentes recursos para o trabalho com LIBRAS. A exemplo, sugerimos 
o dicionário, confira neste link: http://www.dicionariolibras.com.br 
 
. 
 
 
http://www.dicionariolibras.com.br/
54 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
Considerações Finais 
Caro aluno, 
Neste módulo, tínhamos como objetivo oferecer, a você, a possibilidade de 
compreender a história, as particularidades e as limitações da pessoa com deficiência 
visual e da pessoa com deficiência auditiva. Com esse entendimento, temos a certeza de 
que você contribuirá para a construção de uma sociedade inclusiva, que acolhe a 
diversidade, que conhece, aprende e convive de forma mais humana e sensível, 
oportunizando a todos, a convivência de forma igualitária. 
Pense nisso e até o próximo módulo. 
 
 
55 
DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
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DEFICIÊNCIA SENSORIAL: AUDITIVA E VISUAL 
 
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dezembro de 2000. Publicada no Diário Oficial da União em 22/12/2005. 
 
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Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2011. 
 
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