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IVAS - Pediatria Amigdalite • Complicações não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite difusa aguda pós-estreptocócica • Quando não há resposta ao tratamento é provável que haja uma bactéria produtora de beta-lactamase que está impedindo que a amoxicilina destrua o S. pyogenes. Nesses casos inicia-se a amoxicilina com clavulanato • Vírus podem provocar placa!!! • Se a febre estiver muito frequente intercalar dipirona com paracetamol (intercalar de 3 em 3 horas) • Paracetamol é um antitérmico pior • Paracetamol 750 é extremamente hepatóxico • Amigdalite grave pode estar associada a dores abdominais • Abaixo de 3 anos quase sempre é vírus • Obs: herpangina (causada pelo coxab → virus; úlceras no palato mole) • Estomatite → herpes (vírus) • Obs.: não confundir com caseum (resto alimentar) • Streptococcus pyogenes não desenvolve resistência à penicilina, mas outras bactérias da cavidade podem produzir betalactamase • Abscesso diagnosticado = abscesso drenado! • Clindamicina pega muito bem anaeróbio (ex: fusobacterium da supuração) • Amigdalite de repetição (deformidades — biofilme; bactérias anaeróbicas; efeito ping pong) → pedir cultura • Azitomicina é pior que betalactâmico para tratar pyogenes Otite • Nas crianças, as tubas são mais horizontalizadas e sua abertura nasofaringiana contém numerosos folículos linfoides → fonte de infecção que contribui para o edema e disfunção da tuba • Adenoides, quando aumentadas, podem bloquear as narinas e os orifícios da tuba auditiva • Mais comum de 6 a 24 meses (pico de incidência: 6 a 18 meses) • Menores de 2 anos (mais comum) → imaturidade imunológica e anatomia da tuba (mais curta e horizontalizada) + hipertrofia das tonsilas adenoidianas • Resolução sem antibiótico: 50% em 24 horas; 80% em 3 dias • Streptococcus pneumoniae → amoxicilina (pra otite pode dar de 12 em 12 horas) • Resistência do pneumococo: muda a conformação da proteína de ligação da penicilina (deve expor a dose dobrada!) (a resistência não é por produção de enzimas!!!! Não faz sentido dar clavulanato) • Outras bactérias: haemophilus e moraxella catharralis • Mudança do padrão etiológico com base na região (vacinação e hábitos de prescrição de antibióticos) • Haemophilus influenza é produtor de beta-lactamase (aí compensa dar clavulanato) • Nas otites os principais agentes são VÍRUS • Primeira escolha: amoxicilna • Obs.: em pediatria se evita ao máximo quinolona • O abaulamento é o dado mais específico para o diagnóstico de OMA • Obs: miringite bolhosa = forma incomum de OMA (presença de bolhas e eritema na membrana timpânica) • Prevenção → imunizações (pneumo10 e influenza) • Patogênese o A maioria dos episódios são complicações de infecções do trato respiratório superior o Disfunção da tuba auditiva o Tuba auditiva obstruída → ventilação da orelha média é prejudicada → pressão negativa estimulando a secreção de muco pelo epitélio → muco acumula-se na orelha média o Resfriado comum é o principal fator predisponente de OMA • Indicações de início obrigatório de ATB: o Otorreia; o Sinais de gravidade; o OMA bilateral em < 2 anos o < 6 meses (sempre tratados) • Lembrar que o clavulanato não se aplica pro s. pneumoniae pq ele não produz penicilinases. H. influenzae e moraxela produzem penicilinases, aí pode adicionar clavulanato Sinusite • O streptococcus pneumoniae é sensível à penicilina e não produz penicilinases, logo, se a amoxicilina já foi usada recentemente usar amoxi dose dobrada. Se não der certo, provavelmente é um Haemophilus influenzae produtor de beta-lactamase (usar amoxicilina com clavulanato!) • Fatores de risco: resfriado comum, rinite alérgica, exposição à fumaça de cigarro, anormalidades estruturais, disfunção ciliar, imunodeficiência humoral, refluxo gastroesofágico, tubos e sondas nasotraqueais, imunossupressão. • Cor da secreção não tem nada a ver com ser viral ou bacteriana • Agente mais comum: pneumococo (muito parecida com otite) → amoxicilina • Outros agentes: Haemophilus e m. catarrhalis • M. catarrhalis: 100% são produtoras de beta-lactamase • O diagnóstico de sinusite bacteriana aguda é estritamente CLÍNICO! • Quando pensar em sinusite bacteriana? o Sintomas persistentes e sem melhora por mais que 10 dias ou o Piora dos sintomas: exacerbação da descarga nasal ou tosse, reinício ou recorrência de febre, ou o Sintomas graves: temperatura ≥ 39, “aparência doente”, descarga nasal purulenta por 3-4 dias • RM ou TC apenas em pacientes com suspeitas de complicações • Não usar macrolideo para tratar sinusite • Quando há risco de resistência? o < 2 anos e > 65 anos o Creche o Uso prévio de ATB o Hospitalizações o Comorbidades o Imunossuprimidos o Nesses casos iniciar ATB de segunda linha!!!
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