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Farmacologia dos Antiparasitários

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Farmacologia dos Antiparasitários 
Definição: os protozoários são microrganismos unicelulares 
pertencentes ao reino protista. Podem ser parasitas ou livres, 
e são encontrados em diversos habitats aquáticos e 
terrestres. 
Exemplos: Amebas, plasmódio (causador da malária) e o 
tripanossoma (causador da doença do sono). 
Helmintos de grande importância médica são aqueles que 
podem infectar os humanos e outros animais. Geralmente 
possuem corpos alongados e podem causar uma variedade 
de doenças, como a filariose, a esquistossomose e a teníase. 
• Infecção por helmintos é comum e é frequentemente 
transmitida por meio de alimentos ou água 
contaminadas. 
Protozoários importantes: 
1. Nematoide filiforme 
2. Nematoide comum 
3. Filárias 
4. Fascíolas sanguíneas 
5. Larva migrans cutânea 
COMO ATUA A TERAPIA ANTIPROTOZOÁRIOS 
• Ameba, Giárdia, Trichomonas → protozoários 
unicelulares → metronidazol, tinidazol, nitazoxanida. 
• Metazoários → pluricelulares → helmintos (vermes), 
artrópodes (insetos) → albendazol, mebendazol, 
ivermectina, pamoato de pirantel, praziquantel, 
niclosamida. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIPROTOZOÁRIOS 
Amebíase, Tricomoníase → danos em DNA e RNA 
Giardíase → síntese de proteínas 
Tripanossomíase → respiração celular 
Leishmaniose → transporte e movimento 
Toxoplasmose → permeabilidade 
Malária → metabolismo geral 
• Rosa = alvo terapêutico 
PRIMEIRA CLASSE – AMEBÍASE, GIARDÍASE E 
TRICOMONÍASE 
➢ Metronidazol (1º Geração) → Tinidazol, Secnidazol 
(2º Geração). 
Mecanismo de ação: pró-fármaco que é ativado após 
absorção pelos trofozoítos que se ligam ao DNA 
inibindo sua síntese e divisão celular. Também inibe a 
função respiratória dos trofozoítos. 
Características: o espectro de ação é também usado para 
Clostridium spp e Bacteroides spp. 
Vias de administração: usado vida oral, via tópica 
(creme, gel intravaginal) 
Efeitos adversos: cefaleia, diarreia, náuseas, vômitos, 
boca seca, alterações do paladar (gosto metálico), 
anorexia e ataxia. 
➔ Efeitos adversos são menores com tinidazol e 
Secnidazol. 
Interações medicamentosas: interage com álcool, 
produz acetaldeído → cãibras abdominais, náuseas, 
vômitos e cefaleia. 
 
Para tratamento de amebíase → metronidazol pode ser 
administrado com um amebicida luminal, como 
iodoquinol ou paromomicina. 
Amebicida luminais não servem para tratamentos de 
infecções sistêmicas pois não são absorvidos. 
• A enzima que faz a redução do metronidazol é a 
piruvato ferrodoxina oxidoredutase, essa enzima 
NÃO existe em células de mamíferos. 
• O grupo nitro do metronidazol é capaz de servir como 
aceptor de elétrons: se liga às proteínas e ao DNA, 
alterando a conformação da dupla hélice e bloqueia a 
replicação. 
Medicamento mais moderno para esses 
microrganismos: 
Nitazoxamida “Anitta” 
Mecanismo de ação: inibe a piruvato-ferrodoxina 
óxido redutase que converte piruvato em Acetil CoA em 
protozoários e bacterias anaeróbias. 
A nitazoxanida é hidrolisada ao metabólito ativo, 
tizoxanida (aceptor de elétrons) que altera a 
polimerização da tubulina = inibe a divisão celular, 
citoesqueleto, formação de cílios e flagelos. 
Em helmintos está mais relacionada com a inibição da 
polimerização da tubulina destes parasitas. 
É de uso oral e os efeitos adversos mais comuns são: 
náusea, vômito e dor abdominal. 
 
 
DOENÇA DE CHAGAS 
 
Primeiro fármaco – Nifurtimox 
Mecanismo de ação: Nifurtimox sofre redução e gera 
radicais livres de oxigênio (EROS) intracelulares, como 
superóxido e H2O2. Esses radicais são altamente reativos e 
tóxicos ao T. cruzi. 
Pessoas com deficiência de G6PD podem apresentar 
problemas quando administrado esse medicamento, onde 
não geram quantidade necessária de NADPH e glutationa 
na hemácia, onde esses radicais livres de oxigênio podem 
atacar diversas outras células (a partir de gatilhos → 
antibióticos, infecções) desencadear uma anemia hemolítica. 
Também podem atacar a membrana e causar hemólise. 
Benznidazol → mais moderno 
Mecanismo de ação: derivado do Nifurtimox (menor 
toxicidade) quando ativado pelo tripanossoma cruzi produz 
EROS que aumentam a citotoxicidade e ação mutagênica 
que danifica o DNA, inibindo a síntese de proteínas e de 
RNA. 
Características: fármaco de escolha na fase aguda e crônica, 
melhor eficácia e segurança. 
A taxa de cura é de 80% na fase aguda; 
Sua administração é oral; 
Efeitos adversos: limitam o uso crônico – anorexia, 
vômitos, cefaleia, ataxia, insônia e convulsões → 
 revertidos pela interrupção do uso ou redução de dose. 
 
 
 
 
 
TOXOSPLAMOSE 
 
Antiprotozoários: Sulfadiazina + pirimetamina (1400 
vezes mais seletiva para DHFR do parasita). 
Mecanismo de ação: são inibidores metabólicos (inibem a 
síntese do folato → não gera DNA, RNA) e com isso, 
inibem o microrganismo. 
• Sulfas: falso substrato → inibem a diidropteroato 
sintase 
• Pirimetamina: inibem a diihridrofolato redutase 
Via de administração: uso oral 
Efeitos adversos: náusea, diarreia, cristalúria, febre, 
cefaleia, tremores, flebite, anafilaxia (deve-se suspender), 
fotossensibilidade. 
Quando em gestantes, é normal que seja vista a associação 
com ácido fólico, o qual protege o feto contra a deficiência 
de folato. 
MALÁRIA 
 
Fármaco de primeira escolha: Cloroquina 
 
Cloroquina, Hidroxicloroquina, Mefloquina, Quinina, 
Lumefrantrina (agentes sanguíneos, fase aguda) 
Mecanismo de ação: impedem a polimerização do heme da 
hemoglobina (hemozoína) nos vacúolos digestórios do 
plasmódio: aumento de heme → toxicidade e morte do 
parasita. 
O grupo heme em sua forma livre torna-se tóxico ao 
parasita, e o próprio heme cria um grupo chamado de 
hemozoína. 
• A hemozoína é toxica também para o ser humano, 
podendo causar hemólise. 
Caraterísticas: ativo contra todas as formas eritrocitárias, 
mas não hepática = cloroquina + primaquina. 
Escolha para tratamento e profilaxia de plasmódio não 
resistente. 
A eliminação do parasita no plasma ocorre entre 48h até 
72h. 
Efeitos adversos: cefaleia, vômito, visão turva, tontura, 
fadiga e confusão mental. Em casos mais graves pode 
ocorrer cardiotoxicidade, hepatotoxicidade e 
nefrotoxicidade → deve-se administrar junto às refeições ou 
reduzir dose. 
➢ Quinina = gosto amargo, hipoglicemia. 
➢ Mefloquina = meia vida de 30 dias e pode ocorrer 
alterações psiquiátricas 
Artesunato e arteméter – derivados de artemisinina; 
agentes sanguíneos (fase aguda) 
Mecanismo de ação: ativados pelo ferro do parasita, 
ativado endoperóxidos (EROS) e inibe a enzima Ca² 
ATPase que bombeia Ca² para as organelas do parasita. 
Inibição da síntese protéica e ácido nucléico. 
Características: usados para tratar P. falciparum resistentes 
(não devem ser usados sozinhos). 
➢ Combinações: artesunato + mefloquina/ arteméter + 
lumefantrina. 
➢ Potencializam efeitos da mefloquina, primaquina e 
tetraciclina, usados em cominação com outros 
fármacos antimaláricos. 
Efeitos adversos (mínimos): febre e neutropenia. 
Atovaquona – agentes sanguíneos (fase aguda) 
Mecanismo de ação: inibe a cadeia de transporte 
mitocondrial de elétrons do parasita. 
Características: usada para casos resistentes e de forma 
profilática. Usada em associação com proguanil, e é usado 
via oral. 
Efeitos colaterais: dor abdominal, náuseas e vômitos. 
Sulfadoxina + pirimetamina, proguanil – Agentes 
sanguíneos, fase aguda. 
Mecanismo de ação: inibidores metabólicos (inibem a 
síntese de folato). 
• Proguanil: inibe a di-hidrofolato redutase do 
plasmódio 
Características: usados para tratamento e evitar transmissão 
Associados ao artesunato. 
Efeitos adversos: náuseas, hemese, dor abdmoninal, 
cefaleia, diarreia, anorexia e tonturas. 
Primaquina e Tafenoquina – Agentes teciduais (cura 
radical) 
Mecanismo de ação: É convertida em mediadores 
oxirredutores, gerando EROS (citotoxicidade). Afetam a 
glicose-6-fosfatodesidrogenase: hemólise pela 
matemoglobinemia = toxicidade. 
Características: ativa contra as formas teciduais, sexuadas 
(gametocíticas) e latentes hepáticas (hipnozoítos) = 
cloroquina + primaquina. 
➢ Usado no tratamento e para evitar transmissão 
(destroem os gametócitos evitando a transmissão pelo 
mosquito). 
Efeitos adversos: cefaleia, náusea, cólicas (atenuados por 
administração junto às refeições ou redução da dose). 
➢ Contraindicado para gestantes e menores de 6 meses 
ANTI-HELMÍNTICOS 
Trata: ascaridíase, tricuríase, teníase, enterobiose, 
ancilostomose. 
Albendazol, mebendazol 
Mecanismo de ação: ligam-se à beta-tubulina, inibindo a 
polimerização do microtúbulo, impedindo a divisão 
celular. Inibem o transporte de glicose e a fumarato 
redutase, enzima mitocondrial envolvida na síntese de 
ATP, afetando o metabolismo do parasita → morte.; 
Características: atuam localmente no intestino contra 
larvas e vermes adultos. 
➢ Impedem o movimento do verme, e diminuem a sua 
fixação na parede intestinal. 
➢ Albendazol: uso na neurocisticercose. 
Efeitos adversos: distensão abdominal, diarreia, tontura 
e cefaleia. 
Contra indicação: gestantes (potencial teratogênico) e 
crianças menores de 2 anos. 
 
Pamoato de Pirantel 
Mecanismo de ação: bloqueador neuromuscular 
despolarizante e anticolinesterásico de amplo espectro, 
seguro e eficaz pois pausa paralisia no parasita. Verme se 
solta de sua fixação do TGI e é expelido. 
Efeitos colaterais: gastrintestinais transitórios e leves, 
ocasionalmente cefaleia, tontura, erupções cutâneas e febre. 
Ivermectina 
Mecanismo de ação: ativa canais de cloro regulados por 
glutamato (presentes nos invertebrados). A hiperpolarização 
gera paralisia muscular, comprometendo a fixação do 
parasita no intestino. 
➢ É um agonista de receptores GABAérgicos, 
potencializando o efeito de paralisia muscular e 
contribui para a morte do parasita. 
Efeitos colaterais: tontura, náusea, vomito, diarreia, dor 
abdominal, prurido. Taquicardia, hipotensão ortostática, 
artralgia, alterações séricas de enzima hepáticas e convulsão 
(dose dependente). 
➔ Não funciona contra Tenia spp. 
 
 
 
Niclosamida 
Mecanismo de ação: inibe a fosforilação oxidativa 
mitocondrial, tornando o cestódeo suscetível às enzimas 
proteolíticos do hospedeiro. Promove a digestão parcial do 
escólex e dos proglotes que são eliminados pelas fezes. 
➢ Não promove a morte ou paralisia do parasita: 
aumenta o risco de cisticercose em casos de 
infestação por Tenia solium. 
Efeitos adversos: náusea, vomito, diarreia, dor abdominal e 
anorexia. 
Praziquantel 
Mecanismo de ação: 
➢ Baixas concentrações: captado pelo parasita adulto, 
aumenta a atividade muscular, contração e paralisia 
espástica. O parasita afetado é deslocado da parede 
das veias mesentéricas para o fígado. 
➢ Altas concentrações: promove dano tegumentar 
(influxo de cálcio e geração de EROS), expondo 
antígenos e tornando o parasita suscetível ao sistema 
imune do hospedeiro. 
Efeitos colaterais: dor abdominal, náusea, diarreia, 
cefaleia e tontura. Febre, prurido, urticária, rash cutâneo, 
artralgia e mialgia (provavelmente em função da morte 
do parasita e da liberação de antígenos).

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