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Voz ----------------- Avaliação vocal -----------------Qualidade vocal · Voz rouca: irregularidade na vibração das PV (seja por vasodilatação, edema, ou uma massa flácida – nódulos e pólipos). · Voz áspera: tensão e redução da massa vibrante. Rude, esforço para a produção (tensão muscular na cintura escapular). Ataque brusco. Voz típica de: rigidez de mucosa das PV (leocoplasias, retrações cicatriciais pós-cirurgia, sulco vocal). FF é aguda. · Voz soprosa: coaptação deficiente das PV. Disfonia hopocinéticas, fadiga vocal, paralisa de PV, miastenia gravis, parkinsonismo. · Voz bitonal: dois diferentes sons. Desnivelamento das PV na horizontal ou diferença de tensão, massa ou tamanho. Bitonal + áspera: sulco vocal. Paralisia unilateral de PV. · Voz crepitante: caracterizada por tom grave, pequena intensidade, podendo vibras as PVestibulares. · Astenia: fraqueza vocal, perda de potência. · Pitch – Frequência. · Loudness – intensidade. Para boa intensidade é necessário um bom fechamento glótico. · Jitter -> variabilidade da frequência fundamental. Se houver alteração na massa pode ter alguma alteração no jitter. Normalidade até 0,6% · Shimmer – variação da amplitude de onda. Se relaciona com soprosidade da voz. Normalidade em 3%. Foco ressonantal · Foco ressonantal laríngeo: emissão tensa, voz parece presa na garganta. · Foco ressonantal nasal (alto): pode envolver alterações no palato muscular (fissura, insuficiência ou incompetência velofaríngea). · Registro basal: frequência mais grave. · Registro modal: pode ser de peito ou de cabeça. Peito: laringe baixa, PV espessa e pouca vibração. Emissão mais grave. Comum em homem. Cabeça: laringe mais alta, PV estiradas. Comum em mulher. Emissão mais aguda. · TMF: Utilizar a vogal /a/. normal 14s para mulher e 20s para homem. Paralisia unilateral de PV com fenda glótica, apresentam TMF muito curtos com 4s. · Relação s/z normal entre 0,8 e 1,2. Acima de 1,2 indica ineficiência do fechamento glótico e abaixo de 0,8 sugestão de excesso de coaptação glótica. · Palavras por minuto: +180 acelerado, -130 lento. --------------- Edema de Reinke ------------------ · Acúmulo de líquido em camada superficial da PV. · Normalmente entre 45 e 65 anos em pacientes com abusos vocais e tabagismo. · Voz mais grave, FF baixa. A prega fica mais pesada, então vibra menos. Pitch grave. · Provável loudeness fraco. · Provável rouquidão, crepitação, soprosidade e tensão. Não é comum bitonalidade. · Baixo TMF. · Provável ressonância laringofaríngea. ------------------- Nódulo Vocal -------------------- · Por abuso vocal inicialmente há edema e vasodilatação, após, com o trauma continuado passa a ter fibrose e cria o nódulo. · Presença de rouquidão, aspereza e soprosidade. · Paciente pode queixar-se de fadiga vocal. · Voz grave devido a lentificação da vibração por conta do nódulo. · Coordenação pneumofônica alterada. · Ataque vocal pode ser brusco. · TMF reduzida. · Relação s/z aumentada. · Diminui a intensidade por diminuir a coaptação glótica. Para uma boa intensidade, tem que ter uma coaptação adequada. · Nos locais com lesão na PV, acumula muco, o que leva ao pigarro. · Nódulos fibróticos podem ser absorvidos em reabilitação vocal, mas a longo prazo. · Pode haver recorrência se não mudar hábitos vocais. --------- Rotina na clínica escola --------- · 1º acolhimento do paciente · 2º anamnese vocal · 3º avaliação vocal · 4º auto-avaliação vocal - próprio paciente responde - ETDV (Escala de desconforto do trato vocal) - ESV (Escala de sintomas vocais) - IDV (Índice de desvantagem vocal) - IDV–10 (Reduzido) - IDV-G (Índice de desvantagem vocal garganta) - IFV (Índice de fadiga vocal) - Quem tem fadiga vocal, após “descansar” a voz, a voz melhora. - QVV (Qualidade de vida em voz) - QPV (Questionário de performance vocal) - ESCALA DE BORG (queixas de esforço vocal. Dá um texto para a pessoa ler e o paciente marca o esforço que teve) - TWVQ (para mulheres trans) QUESTIONÁRIO DE INVESTIGAÇÃO DA DOR MUSCULAR - IDCC (índice de desvantagem para o canto clássico) - IDCM (Índice de desvantagem para o canto moderno) - ITDV (índice de triagem para distúrbios de voz) - PPAV (Perfil de participação e atividades vocais) - EASE-BR (Avaliação da habilidade de cantar) · 5º análise acústica da voz · 6º relatório de anamnese e avaliação vocal Identificação: Data / nome / idade / naturalidade / endereço Profissão / escolaridade Estagiários responsáveis / professora responsável. Diagnóstico fonoaudiológico (funcional ou orgânica). Diagnóstico médico (etiologia ex.: parkinsson). Início dos atendimentos. Total de sessões previstas / total de sessões realizadas / faltas Síntese da anamnese e da avaliação. Ex durante a avaliação foi possível notar que o TMF é reduzido e ... / Conclusão / Conduta · 7º planejamento terapêutico Objetivos do tratamento / Tempo / Prognóstico / Estratégias / Técnicas utilizadas · 8º plano de sessão ------- Sinais de alteração na voz --------- · Enfraquecimento ou perda da voz · Voz mais rouca no final de semana · Quebras da voz · Voz rouca por vários dias · Diminuição da flexibilidade vocal · Diminuição do volume da voz · Voz com frequência mais grave que o habitual · Cansaço vocal · Respiração curta quando fala · Sensação de queimação, ardor ou secura · Falhas na voz ou perda da voz no meio das frases · Incômodo na garganta · Esforço ao falar · Sensação de aperto na garganta · Necessidade de pigarrear · Tosse seca · Dor ao falar -- Estratégias para alcançar o bem estar vocal -- · Fale em intensidade confortável. A voz sussurrada ou cochichada exige maior esforço assim quando gritamos ou falamos em alta intensidade. · Procure não falar muito ao realizar um esforço físico. · Antes de utilizar a voz profissional ou falar em público prefira alimentos leves e saudáveis ao invés de alimentos condimentados. · Tomar pequenos goles de água durante uso da voz para quebrar o ajuste tenso da laringe – a fisiologia da deglutição dissipa as tensões na laringe. --------------------------------------------------------------- · Trabalhar o processamento auditivo central com o paciente de voz, para que ele tenha uma percepção da sua voz. · Paciente disfônico tem problema no feedback auditivo. Técnicas vocais ----------------Método corporal--------------- Cabeça para trás com emissão do fonema /g/ + vogais · Serve para: - Aproximação de estruturas glóticas ou supraglótica - Fenda fusiforme orgânica - Fenda irregular - Laringectomia parcial. Apenas essas, outros casos podem sobrecarregar a laringe. ................................................................................ Cabeça para baixo associada a sons de apoio · Serve para - Aproximação de toda a glote - Suaviza a emissão - Eleva o foco de ressonância e afasta as pregas vestibulares. · Dica: fazer leve abaixamento da cabeça. ................................................................................ Cabeça e tronco para baixo associado a sons de apoio · Dica: pode fazer abaixa a cabeça e volta a posição normal. · Serve para - Elevar o foco de ressonância - Afasta pregas vestibulares - Edema de reinke (vibração a favor da gravidade) ................................................................................ Manipulação laríngea · Movimentos descendentes, laterais e para baixo (agrava a voz). · Dica: evitar que o paciente fique com cabeça para trás, a cabeça tem que estar 90º com o pescoço. · Serve para - Reduzir a tensão musculoesquelética - Reposicionamento laríngeo. ................................................................................ ---------------Sons facilitadores-------------- Sons fricativos surdos · As PV ficam abertas durante a técnica. · Serve para - Suporte respiratório - Direção do fluxo aéreo - TMF - Controle de intensidade (Uma intensidade forte, controla-se o fricativo surdo para diminuir essa intensidade. A intensidade da voz é dada pela adução glótica e o fluxo de ar.A técnica controla o fluxo de ar). ................................................................................ Sons fricativos sonoros · Serve para - Diminuir a tensão à fonação - Eliminar ataque vocal brusco ................................................................................ Sons vibrantes · Serve para - Diminui a viscosidade do pigarro. Ao vibrar língua, todo o arcabouço laríngeo vibra, e pode ajudar ao paciente com pigarro, porque diminui a viscosidade do pigarro. - Emissão normotensa - Equilíbrio de ressonância - Mobilização da mucosa das PV - Equilíbrio das forças aerodinâmicas e mioelásticas - Coordenação pneumofonoarticulatória; reduz viscosidade e aumenta flexibilidade de mucosa. · Variações - língua e lábios - sonoro/surdo - grave/agudo - escala ascendente e descendente - glissando ascendente e descendente. · Dica: testar emissão e perceber se não está sendo produzido com tensão. ................................................................................ Sons nasais · Serve para - Suaviza a emissão e equilibra a ressonância – maior dissipação de energia no trato vocal - Associado a vogal há projeção vocal. · Nessa técnica há uma maior dissipação da voz no trato vocal. · Realizar com lábios relaxados e dentes entreabertos. · Variações: - /m/, /m/ mastigado; - /m/ com vogais; - apito de navio (som nasal grave, produzido com dentes afastados e lábios unidos): abaixa a laringe, suaviza a emissão, reduz contrição faríngea, agravar a voz; estalo de língua com som nasal; - sirene (nh ascendendo para o agudo); rotação de língua no vestíbulo com som nasal. · Dica: manter a ressonância na frente, da para sentir a vibração na ponta dos lábios. ................................................................................ Sons plosivos com impacto · Favorece a oaptação das PV; força de articulação · Usar somente em casos específicos (laringectomias parciais, paralisias onde a prega paralisada não esteja perto da medial). ................................................................................ Sons plosivos sem impacto · Emitidos suavemente, com precisão articulatória; clareza da emissão · Reforça ressonância oral · Melhora precisão articulatória · Dica: com sonoro estimula também a vibração da mucosa. · /b/ prolongado, prolonga-se antes da emissão do /b/, baixa a laringe, aumenta competência fonatória, aumenta coaptação glótica. ................................................................................ Som basal · Reduz tensão fonatória · Diminui constrição mediana · Acelera reabsorção de nódulos, distribuindo energia ao longo de toda PV · Melhora coaptação glótica · Aumenta amplitude de vibração da mucosa · Aumenta energia acústica · Agrava a voz. · Dica: pouco ar para facilitar a emissão. Tem que fazer som basal relaxado. · Essa técnica trabalha a musculatura intrínseca, músculo TA (m. fica curto e com muita massa vibrando). ................................................................................ Som hiperagudo · Há relaxamento do TA (responsável pelos sons agudos) e contrai o CT (responsável pelos sons agudos). · Efeitos - melhora ajuste fonatório - emissão mais equilibrada - diminuição da constrição mediana. · Dica: começar com emissão leve. · Variações - /minimini/ - sirene (nh ascendente) - /i/ - sopro ------------------------- Método de órgãos fonoarticulatórios ---------------------------- Técnica do deslocamento lingual · Uniformizar a área circular longitudinal do trato vocal · Preparo anterior a técnica: relaxamento da musculatura lingual (cabeça para trás, abrir e fechar a boca) · Ser feito com sonorização · Variações e para que serve - posteriorização – utilizada em casos de voz infantilizada, alterações de ressonância, ressonância oral limitada. - anteriorização (liberação da faringe) – ressonância posteriorizada e língua em direção a faringe. - exteriorização (abertura do ádito da laringe e sua elevação) – casos de posteriorização extrema e constrição supraglótica, disfonias hipercinéticas com constrição mediana ou vibração de pregas vestibulares. Elevação da laringe. - deslocamento lingual com sonorização – cuidado com reflexo nauseoso ou DTM. Rotação de língua no vestíbulo · Reduz constrições do trato vocal · Amplia faringe · Reposiciona língua e laringe · Reduz tensão laringofaríngea · Reduz voz com ressonância posterior · Procedimentos - emissão com rotação da língua no vestíbulo bucal, lentamente, aumentando o número de rotações a casa série (5x5) - associar ao som nasal “m” - inspirar profundamente e emitir vogais bocejadas (prologadas) · Cuidados - sensação dolorosa - não usar com pacientes com afta ou aparelho ortodôntico - manter ritmo respiratório ................................................................................ Estalo de língua associado a som nasal · Relaxamento da musculatura suprahióidea · Reequilíbrio fonatório · Movimentação vertical da laringe · Sintonia fonte-filtro · Auxílio de anteriorização de ressonância · Usado com pacientes com - travamento articulatório - foco ressonantal baixo ou posterior - disfonia por tensão muscular - disfonia da muda com laringe elevada · Procedimento Estalar ponta de língua de modo constante e repetido, com emissão de som nasal. ................................................................................ Bocejo-suspiro · Reduz ataques vocais bruscos · Amplia trato vocal e faringe · Abaixamento da laringe · Projeção vocal · Sintonia fonte-filtro de ressonância · Ajuste motor · Pode ser feita sempre depois de uma técnica que houve tensão · Bom para travamento articulatório, nódulos vocais, disfonia por tensão muscular, desaquecimento da voz. · Procedimento Inspira profundamente e imita um bocejo, com língua baixa e anteriorizada; Sonoriza com a vogal aberta; Aproveitar os bocejos naturais. ................................................................................ Técnica mastigatória · Equilíbrio da qualidade vocal · Redução de constrições inadequadas · Aumento da resistência vocal · Aquecer a voz · Melhora articulação · Favorece a projeção vocal · Procedimento Mastigar ativamente com a boca aberta e movimentos amplos de lábios, mandíbula. Variação nos sons e evitando som monótono, ................................................................................ Abertura de boca · Útil para pacientes com fadiga vocal · Projeção vocal · Amplia cavidades de ressonância · Procedimento Emissão de sons da fala isolados, em sequências, automáticas ou leitura de texto. Maior abertura de boca possível. ------------------------ Anatomia ------------------------ Músculos TireoAritenóideos (TA) · Inervado pelo nervo laríngeo superior. · Adução. · Controla intensidade (voz grave). · Emissão vocal controlada pela parte medial do músculo. · Encurta as pregas vocais. · O compartimento inferior modifica sua espessura dependendo da intensidade. ................................................................................ Músculo aritenóideo transverso · Músculo ímpar · Localizado entre as cartilagens aritenóideos · Adução da PV · Inervado pelo nervo laríngeo inferior. Músculos aritenóideos oblíquos · Origem na face posterior da cartilagem aritenóidea e insere-se no ápice da aritenóidea oposta. · Adução das PV · Inervado pelo nervo laríngeo inferior. ................................................................................ Músculo CricoTireóideo (CT) · Localizado na face externa da laringe · Origem na cartilagem cricoidea e inserção na parte inferior da tireóidea. · Tensor da PV. · Alonga as PV. · Responsável pelo som agudo. · Divide-se em parte oblíqua e parte reta. · Inervado pelo nervo laríngeo superior. ................................................................................ Músculo CricoAritenóideo Lateral (CAL) · Localizado no processo muscular da aritenóidea e no cricoidea. · Adução da PV. · Desloca o processo muscular anteriormente. · Fecha a glote anterior. ................................................................................Músculo CricoAritenóideo Posterior (CAP) · Abre as PV · Origem na cartilagem cricóidea (parte posterior) e inserção na aritenóidea (processo muscular). · Importante para a respiração · Também ativado na fala durante a produção de sons surdos ................................................................................ Músculo ariepiglótico – AE · Situado nas pregas ariepiglóticas. · Inserção abaixo da epiglote. · Abaixa a epiglote, aproxima as aritenóideas e fecha a laringe. Músculo tireoepiglótico – TE · Retorna a epiglote a posição original após o AE. ................................................................................ --------- Anatomia das Pregas Vocais ------------- · Três camadas: superficial – epitélio –, intermediária – lâmina própria –, corpo. · Superficial, células epiteliais escamosas, o epitélio é espesso e sua função é cobrir e manter a forma da PV. · Lâmina própria contém três camadas: superficial – flexível com componentes fibrosos, a que mais vibra durante a fonação; intermediária – fibras elásticas; profunda – fibras de colágeno. · O ligamento vocal é a camada intermediária e profunda da lâmina própria. · Na parte anterior da camada intermediária as fibras ficam mais espessas: mácula flava. E também há a mácula flava posterior. · Corpo, formado pelo TA. · Zona de Membrana Basal – pequena área entre o epitélio e a camada superficial da lâmina própria. Composta por fibra membranosa e proteína, com uma lâmina lúcida e outra densa. ................................................................................ Ligamento cricotireóideo mediano e membrana cricotireóidea · Encontra-se anteriormente na laringe, conecta a cartilagem tireóidea ao arco da cricóidea. ................................................................................ Músculos supra-hióideos Elevam a laringe no pescoço. · Estilo-hióideo · Digástrico – apresenta dois ventres · Milo-hióideo – forma de folha, forma a base da boca · Gênio-hióideo · Genioglosso · Hioglosso Músculos infra-hióideos Abaixam a laringe. · Esterno-hioideo · Esternotireóideo · Tíreo-hióideo · Omo-hióideo ------------------------------------------------------------------ Nervo vago X · Deixa o crânio pelo forame jugular. · Nervo laríngeo superior é o principal sensorial da laringe. · Nervo laríngeo superior se divide em ramo interno e ramo externo. · NLS ramo interno – entra na laringe pela membrana tireo-hióidea e consiste em fibras sensoriais inerva as estruturas da laringe até a PV. · NLS ramo externo – motor, desce a parte lateral da laringe e inerva o CT. · Nervo laríngeo inferior – descem paralelamente à laringe, entra o tórax e retorna em direção à laringe e se insere no músculo pela região posterior. Entram na laringe pela região mais posterior da membrana cricotireóidea. · NLI – esquerdo e direito –ambos- dividem-se em anterior e posterior. Anterior inerva -> CAL, TA, AE, TE Posterior inerva -: CAP, A. · Mucosa da subglote inervação sensorial do NLI.
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