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PROVA DE OFTALMOLOGIA ALUNO(A): DANIEL BEZERRA DE MORAIS 2ª. AVALIAÇÃO 1- CONCEITUE HIPOSFAGMA E CITE 03 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS. 2- CONCEITUE HIFEMA. QUANDO SE TEM UM HIFEMA, SEM HISTÓRIA DE TRAUMA, DIGA COMO SE ENCONTRAM A ACUIDADE VISUAL E A CÓRNEA, RESPECTIVAMENTE. 3- CARACTERIZE A SECREÇÃO, PUPILA E ACUIDADE VISUAL NA CONJUNTIVITE E NO GLAUCOMA, RESPECTIVAMENTE. 4- CITE 03 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA ÚLCERA DE CÓRNEA NA ZONA ÓPTICA. 5- CITE 03 CAUSAS DE PERDA SÚBITA DA VISÃO 6- DAS QUEIMADURAS QUÍMICAS, QUAL A MAIS GRAVE? 7- COMENTE A CLASSIFICAÇÃO DO TRAUMA OCULAR. 8- DIFERENCIE UVEÍTE ANTERIOR DA POSTERIOR 9- JUSTIFIQUE PORQUE NÃO SE PODE UTILIZAR PILOCARPINA EM UVEÍTES ANTERIORES. 10- CONCEITUE CERATITE. RESPOSTAS: 1. O hiposfagma é uma hemorragia no espaço sub-conjuntival, ou seja, no espaço entre a conjuntiva e a esclera. Dessa forma o sangramento deixa o olho com coloração avermelhada, a qual pode cobrir toda a esclera. Tem de ser ressaltado que esse sangramento é algo superficial e não dentro do globo ocular. O quadro clínico da doença consiste apenas de hiperemia ocular (olho vermelho). Contudo, pode haver também sensação de corpo estranho, mas não ocorre alteração da visão, uma vez que a hemorragia não atinge as estruturas internas do olho. Além disso, pode cursar também com fotofobia 2. O hifema acontece quando há uma hemorragia na câmera frontal do olho, deixando esse órgão suscetível a ressangramento e aumento da pressão intra-ocular (PIO). As pessoas que a possuem têm visão embaçada e dor quando expostas a luz intensa, podendo cursar, na maioria das vezes, com diminuição da acuidade visual devido à impregnação hemática da córnea. Se não houver tratamento pode ocorrer aumento da pressão intraocular, ocasionando glaucoma e até mesmo perda de visão. 3. Na conjuntivite, a pupila e visão estão normais, enquanto a secreção é de moderada a grande volume. Enquanto que, no glaucoma, a visão fica turva, pupila em midríase e ausência de secreção. 4. Lacrimejamento, vermelhidão ocular e dor. 5. Opacificação de estruturas transparentes através das quais os raios de luz passam para atingir a retina (p. ex., humor vítreo, córnea), além disso, pode ocorrer por anormalidades da retina e anomalias que afetam o nervo óptico ou caminhos visuais. Essas causas são derivadas de oclusões vasculares da retina (oclusão da artéria central da retina, oclusão da veia central da retina), neuropatia óptica isquêmica (muitas vezes em pacientes com arterite temporal , hemorragia vítrea (causada pela retinopatia diabética ou trauma) e trauma. 6. A mais grave é por álcalis, uma vez que, pelas suas características hidrofílicas e lipofílicas, atinge estruturas mais profundas, apresentam rápida penetração na membrana celular e na câmara anterior do olho, produzindo lesões mais graves e de pior prognóstico. 7. Os traumas oculares podem ser classificados através de suas zonas: Zona I – lesões limitadas à conjuntiva, esclera e córnea Zona II – envolvimento de estruturas do segmento anterior (íris e cristalino) Zona III – segmento posterior, com envolvimento de estruturas internas e posteriores à cápsula posterior do cristalino, vítreo, coróide e retina Também pode ser classificado em traumas abertos (perfurante, penetrante, ruptura corpo estranho intra-ocular) ou trauma fechado (contuso e lacerações lamelares). 8. Uveíte anterior é a inflamação da íris, sendo também conhecida como irite. Pode ser acompanhada ou não de inflamação da corona ciliar (pars plicata) do corpo ciliar, quando então é chamada de iridociclite. A uveíte anterior representa 70-80% dos casos de uveíte na prática médica, sendo uma das causas mais importantes de síndrome do olho vermelho. Deve, portanto, ser diferenciada das conjuntivites, ceratites, episclerites e esclerites. Uveíte posterior (5% dos casos de uveíte) é a inflamação da coroide (coroidite), estando frequentemente associada à vitrite (inflamação do corpo vítreo) e à retinite (inflamação da retina). Neste caso, pode ser denominada coriorretinite ou retinocoroidite, com alto potencial de perda visual. A causa mais comum de uveíte posterior é a toxoplasmose. Eventualmente, a uveíte posterior ocorre de forma combinada com a uveíte anterior, piorando o prognóstico desta última. 9- A forma de tratamento da uveíte anterior é com uso de corticoides tópicos e ciclopegicos tópicos. O colírio cicloplégico tem duas funções: inibir a contração do músculo ciliar e do esfíncter da íris, aliviando a dor ocular e a fotofobia do paciente e afastar a borda pupilar do cristalino, prevenindo ou desfazendo as sinéquias posteriores. O uso correto é a atropina que possui boa resposta ao tratamento. Já o uso da Pilocarpina, aplicada localmente no olho, produz rápida miose e contração do músculo ciliar, provocando efeito oposto ao desejado. 10. A ceratite é uma inflamação da córnea, camada de aspecto transparente e que possui a função de proteger nosso olho. A lesão pode ser de caráter infeccioso ou não e possui diversas causas, sendo a mais comum delas o uso de lentes de contato infectadas. Dentre os agentes patológicos que podem ocasionar a ceratite estão: vírus, bactérias, protozoários, fungos e vermes.