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SP 2 3 - Eu não nasci de óculos

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SP 2.3 – “Eu não nasci de óculos”
1 - Definir visão.
É a ação ou efeito de ver, capacidade de compreensão, assimilação e percepção visual de tudo que está presente no mundo exterior (objetos pequenos e grandes, próximos ou distantes), concebida a partir da utilização dos olhos e do cérebro. 
A sensibilidade à luz capacita os animais, entre eles os seres humanos, a detectar presas, predadores e parceiros do sexo oposto. Devido à luz que atinge nossas retinas após ser refletida pelos objetos ao nosso redor, nós, de certo modo, identificamos o mundo complexo que nos cerca. O olho é um órgão especializado para detecção, localização e análise da luz. O olho humano pode ver em média 100 cores diferentes e possui uma resolução de 576 gigapixels.
2-	Estudar a anatomia do olho e suas estruturas.
O globo ocular situa-se em um compartimento ósseo do crânio, também chamado de órbita ocular. 
A pupila é a abertura que permite que a luz entre no olho e alcance a retina; ela parece escura devido aos pigmentos que absorvem luz presentes na retina. O diâmetro dela é regulável, se alterando de forma que uma menor ou maior quantidade de luz entra nas porções internas do olho.
A pupila está envolta pela íris, cuja pigmentação origina aquilo que chamamos de a cor dos olhos. Ela controla a quantidade de luz que entra no olho. A íris contém dois músculos que podem alterar o tamanho da pupila, um a torna menor quando se contrai, e o outro a torna maior. 
A pupila e a íris são cobertas por uma superfície vítrea transparente, a superfície externa do olho, a córnea, que faz parte do sistema refrativo (ajuda a focar a luz na fóvea). É formada por epitélio, membrana de Bowman, estroma, membrana de Descemet e endotélio. O epitélio possui muitas terminações nervosas livres e, por isso, a córnea é bastante sensível. A córnea é a estrutura mais inervada do corpo humano, e por isso qualquer corpo estranho, por menor que seja, causa desconforto.
A córnea está em continuidade com a esclera, o “branco dos olhos”, que constitui a resistente parede do globo ocular e protege o olho. A esclera é coberta pela cápsula de Tenon, formada por fibras colágenas e, graças a esse sistema, o globo ocular pode realizar 
movimentos de rotação em todas as direções, sendo a esclera o local de fixação dos músculos extrínsecos e intrínsecos do olho.
Inseridos na esclera estão três pares de músculos, os músculos extraoculares, os quais movimentam o globo ocular dentro das órbitas. Esses músculos normalmente não são visíveis, pois localizam-se atrás da conjuntiva, uma membrana que se dobra para trás desde a parte interna das pálpebras, aderindo-se à esclera. 
O nervo óptico (II), reunindo os axônios da retina, emerge do olho em sua parte posterior, atravessa a órbita e alcança a base do encéfalo, próxima à glândula hipófise.
	A retina recebe a luz e produz o impulso nervoso e sua característica mais evidente, quando vista ao oftalmoscópio, são os vasos sanguíneos em sua superfície. Esses vasos retinianos se originam de uma pálida região circular, a papila óptica, que é também o ponto pelo qual as fibras do nervo óptico atravessam a retina, saindo do olho. 
	No centro de cada retina há uma região mais escura, com um aspecto amarelado chamada de mácula lútea, a parte da retina dedicada à visão central (em oposição à visão periférica). Distingue-se pela relativa ausência de grandes vasos sanguíneos.
	Outra especialização da retina central que pode, às vezes, ser observada ao oftalmoscópio é a fóvea, um ponto escuro com cerca de 2 mm de diâmetro e é o ponto em que a retina é mais delgada. A fóvea é um ponto de referência anatômica bastante conveniente, uma vez que define o centro da retina. Assim, a parte da retina que se situa mais próxima ao nariz com relação à fóvea é chamada de nasal, a parte que se situa mais próxima às têmporas é chamada de temporal, a parte da retina acima da fóvea é chamada de superior e a parte que fica abaixo, de inferior.
Os cones e bastonetes (receptores eletromagnéticos) são as células da retina que são sensíveis à luz. O centro dela é conhecido como mácula, e tem vários cones, que são responsáveis pela visão das cores e de detalhes. O resto da retina é constituído basicamente de bastonetes (têm menos sensibilidade às cores). Entretanto, esses bastonetes têm muita sensibilidade na baixa intensidade luminosa. Dessa forma, quando um lugar tem pouca luz, os bastonetes são responsáveis pela visão.
O olho é formado por três camadas distintas, que incluem:
· A túnica fibrosa ou camada externa, formada pela córnea (avascular) e pela esclera. A esclera é uma camada opaca que forma os cinco sextos posteriores do globo ocular. A córnea é uma camada transparente que é contínua com a esclera anteriormente e ocupa o sexto anterior do olho.
· A túnica vascular, também chamada de úvea ou trato uveal, é formada por três partes contínuas entre si. De posterior para anterior, são elas: a coroide (muito vascularizada – 90% , do fluxo sanguíneo do olho) o corpo ciliar e a íris.
· A túnica interna também é conhecida como retina. Ela pode ser dividida em duas camadas: uma pigmentada externa e uma neurossensorial interna.
Essas três camadas formam a parede do globo ocular. Já na parte interna existem duas estruturas chamadas de cristalino (avascular) e corpo vítreo. Juntamente com a córnea e o humor aquoso, constituem os meios refrativos do olho. O papel das estruturas refrativas é alterar a direção da luz que entra no olho, de forma que ela se foque na retina.
No corte transversal do globo ocular nós podemos identificar duas câmaras preenchidas por humor aquoso: as câmaras anterior e posterior. A câmara anterior se localiza entre a córnea e a íris, e a câmara posterior é uma cavidade em forma de fenda localizada entre a íris e o cristalino.
Uma visão do olho em secção transversal mostra o caminho percorrido pela luz quando esta atravessa a córnea em direção à retina. A córnea não apresenta vasos sanguíneos, sendo nutrida pelo fluido situado atrás dela, o humor aquoso. A secção transversal revela a lente, denominada cristalino, uma estrutura transparente posicionada atrás da íris. O cristalino é suspenso por ligamentos (chamados de zônula ciliar) que se ligam aos músculos ciliares, os quais conectam-se à esclera e formam um anel dentro do olho. O cristalino é uma lente flexível, e as mudanças em seu formato permitem que os nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. O cristalino também divide o interior do olho em dois compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes. O humor aquoso é o fluido aquoso nutritivo situado entre a córnea e o cristalino. O humor vítreo, mais viscoso e gelatinoso, situa-se entre o cristalino e a retina; a sua pressão mantém o globo ocular esférico.
3-	Entender a fisiologia da visão. (estímulo, espectro da luz, formação e interpretação da imagem, transdução).
4-	Compreender as vias neurossensoriais da visão.
5-	Relacionar diabetes com a perda visual (fisiologia da retinopatia).
Os níveis séricos elevados de glicose induzem a uma série de anormalidades bioquímicas e celulares na retina, que podem provocar as alterações vasculares encontradas na RD. Como exemplo, aumento na atividade da via dos polióis, glicação não-enzimática de proteínas, estresse oxidativo e ativação da proteína kinase C pela síntese de diacilglicerol. Entretanto, até o presente momento, o exato mecanismo, ou o conjunto de mecanismos pelos quais a hiperglicemia leva à retinopatia, permanece obscuro.
A retinopatia diabética é uma consequência dos níveis elevados de glicose no sangue, sendo mais comum em pessoas com diabetes do tipo 1 e que não realizam o controle adequado da diabetes. O excesso de açúcar no sangue pode resultar em lesões progressivas na retina e nos vasos sanguíneos que irrigam os olhos, resultando em visão embaçada, presença de manchas escuras na visão e perda progressiva da visão.
A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira, especialmente em adultos em idade de trabalho. O grau de retinopatiaestá altamente correlacionado com os seguintes fatores
· Duração do diabetes
· Níveis sanguíneos de glicose
· Níveis de pressão arterial
A gestação pode prejudicar o controle de glicose no sangue e, assim, agravar a retinopatia.
A retinopatia diabética pode ser classificada de acordo com a extensão da lesão no olho:
· Retinopatia não proliferativa (também conhecida como retinopatia de fundo) se desenvolve primeiro e causa aumento da permeabilidade capilar, microaneurismas, hemorragias, exsudatos, isquemia macular e edema macular (espessamento da retina causado pelo extravasamento de líquido a partir dos capilares).
· A retinopatia proliferativa se desenvolve após a retinopatia não proliferativa e é mais grave; ela pode causar hemorragia vítrea e descolamento da retina de tração. A retinopatia proliferativa é caracterizada por formação de vasos novos anormais (neovascularização), que ocorre na superfície (vítreo) interna da retina, e pode estender-se para dentro da cavidade vítrea, causando hemorragia vítrea. A neovascularização é muitas vezes acompanhada por tecido fibroso pré-retínico que, juntamente com o vítreo, pode se contrair, resultando em descolamento da retina de tração. A neovascularização também pode ocorrer no segmento anterior do olho sobre a íris; pode ocorrer crescimento da membrana neovascular no ângulo da câmera anterior do olho na margem periférica da íris, e esse crescimento leva a glaucoma neovascular. A perda de visão com retinopatia proliferativa pode ser grave. É caracterizada pelo surgimento e rompimento de vasos mais frágeis nos olhos, havendo hemorragia, descolamento da retina e cegueira. Os sintomas podem incluir visão borrada, moscas volantes (pontos negros) ou luzes brilhantes no campo de visão, bem como perda de visão súbita, aguda e indolor. Esses sintomas são tipicamente causados por hemorragia vítrea ou descolamento da retina de tração.
Edema macular clinicamente significativo pode ocorrer com retinopatia não proliferativa ou proliferativa e é a causa mais comum de perda de visão devido a retinopatia diabética.
Como evitar: A retinopatia diabética pode ser evitada a partir do controle da glicemia que deve ser realizada pelos pacientes diabéticos de acordo com a orientação do endocrinologista. Além disso, é importante que as pessoas diabéticas façam exames oftalmológicos anuais para que possa ser identificada qualquer alteração ocular de forma precoce, podendo ser revertida.
No caso da retinopatia diabética proliferativa, o oftalmologista pode recomendar a realização de procedimentos cirúrgicos para eliminar os novos vasos formados no olho ou parar o sangramento, por exemplo. No entanto, é necessário que a pessoa siga as orientações do endocrinologista para controle da diabetes.
6-	Citar as causas da perda da visão.
A retinopatia diabética e a degeneração macular, por exemplo, podem ser evitadas facilmente por meio do controle da glicemia e do uso de óculos de sol, respectivamente. Além disso, é recomendado que sejam feitas consultas periódicas ao oftalmologista, principalmente se houver histórico na família de perda de visão, principalmente quando há histórico de glaucoma e catarata.
As principais causas de perda de visão são:
Catarata (visão fica opaca): é caracterizada pelo envelhecimento do cristalino do olho, resultando em visão embaçada, aumento da sensibilidade à luz e perda progressiva da visão e pode acontecer ao longo da vida ou logo ao nascimento. A catarata pode ser surgir devido a diversas situações, como por exemplo uso de medicamentos corticoides, pancadas no olho ou na cabeça, infecções oculares e envelhecimento.
Tipos de catarata:
· senil: é o tipo de catarata mais comum. Ocorre em pessoas idosas (é relacionada a idade), geralmente após os 60 anos.
· congênita: a criança geralmente já nasce com catarata. Ocorre por doenças da mulher (como a rubéola e a toxoplasmose) durante a gravidez. Frequentemente está acompanhada de outras alterações.
· traumática: ocorre após acidentes com o olho. Geralmente é unilateral; o trauma, mesmo sem perfuração do olho pode provocar a opacificação do cristalino.
· do diabético: Inicia-se geralmente em idade mais precoce e com perda visual mais rápida que na senil.
· secundária a medicamentos: principalmente os corticoides, quando usados por longos períodos.
Apesar de poder levar à perda da visão, a catarata é completamente reversível por meio da cirurgia, em que o cristalino do olho é substituído por uma lente ocular. A realização da cirurgia não depende da idade da pessoa, mas sim do grau de comprometimento da visão. 
Como evitar: A catarata é uma doença difícil de ser evitada, até porque a criança já pode nascer com alterações no cristalino do olho. No entanto, é importante ir ao oftalmologista para que sejam feitos exames que possam identificar qualquer problema de visão, principalmente quando houver sintomas de infecção ocular ou se a pessoa tiver diabetes, miopia, hipotireoidismo ou uso excessivo de medicamentos, por exemplo.
Degeneração macular: também conhecida como degeneração da retina, é uma doença caracterizada por lesão e desgaste da retina, resultando na perda gradual da capacidade de ver objetos com nitidez e surgimento de uma área escura no centro da visão. Essa doença normalmente está relacionada com a idade, sendo mais comum a partir dos 50 anos, mas também pode acontecer em pessoas que possuem histórico na família, possuem deficiências nutricionais, estão frequentemente expostas à luz ultravioleta ou possuem hipertensão, por exemplo.
Os seguintes são fatores de risco para degeneração macular relacionada à idade:
· Idade
· Histórico familiar
· Tabagismo
· Algumas anormalidades genéticas
· Doença cardiovascular (como aterosclerose)
· Hipertensão arterial
· Obesidade
· Exposição ao sol
· Uma dieta pobre em ácidos graxos ômega 3 (por exemplo, em alguns tipos de peixe) e verduras de folhas verdes escuras
Há dois tipos principais de DMRI:
· Seca (não exsudativa ou atrófica)
· Úmida (neovascular ou exsudativa)
Toda DMRI inicia-se como do tipo seca. Algumas pessoas (cerca de 10%) desenvolvem DMRI úmida. Cerca de 85% das pessoas com DMRI apresentam apenas o tipo seco. Embora relativamente poucas pessoas tenham o tipo úmido, 80% a 90% da perda de visão grave causada por DMRI resulta do tipo úmido.
Como evitar: Para prevenir a degeneração da retina, é importante ter hábitos alimentares saudáveis, evitar fumar e usar óculos de sol para proteger dos raios ultravioletas, além de ir de forma regular ao oftalmologista caso tenha sintomas ou histórico na família.
Em alguns casos, de acordo com o grau de evolução da doença, o médico pode indicar o tratamento com laser, medicamentos orais ou intraoculares, como Ranibizumabe ou Aflibercept, por exemplo. 
Glaucoma: é uma doença crônica que pode levar à perda progressiva da visão devido à morte das células do nervo óptico. O glaucoma é uma doença silenciosa, por isso é importante ter atenção ao surgimento de alguns sintomas, principalmente se houver histórico de glaucoma na família, como diminuição do campo de visão, dor no olho, visão turva ou embaçada, dor de cabeça forte, náuseas e vômitos. Os sintomas só aparecem na fase mais avançada, quando a pessoa começa a esbarrar nas coisas, pois está perdendo a visão periférica.
Fatores de risco: pessoas que têm parentes portadores de glaucoma, indivíduos com mais de 40 anos, pacientes com alto grau de miopia e diabéticos devem estar ainda mais atentos à realização dos testes de rotina.
Como evitar: Apesar de não ter cura, a perda da visão em função do glaucoma pode ser evitada por meio da medição da pressão ocular em exames oftalmológicos de rotina. Normalmente quando é verificada que a pressão no olho está alta, é necessária a realização de uma série de exames oculares que permitam fazer o diagnóstico da doença e, assim, evitar a progressão. O tratamento para o glaucoma deve ser recomendado pelo oftalmologista de acordo com o grau de comprometimento ocular, podendo ser recomendado o uso de colírios, medicamentos, tratamentoà laser ou cirurgia, que é indicada somente quando as outras opções de tratamento não têm o efeito desejado.
Descolamento da retina: é caracterizada quando a retina não se encontra na sua posição correta, é uma situação que precisa ser tratada de forma imediata para que não ocorra a perda completa da visão. Essa situação pode acontecer devido a uma pancada muito forte no olho ou na cabeça, ou devido ao doenças ou processos inflamatórios, fazendo com que parte da retina não tenha suprimento suficiente de sangue e oxigênio, o que pode resultar em morte do tecido ocular e, consequentemente, cegueira.
O descolamento da retina é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos ou que sofreram pancadas na cabeça muito forte e pode ser percebido por meio do aparecimento de pequenas manchas escuras no campo de visão, flashes de luz que surgem de forma repentina, desconforto no olho e visão muito embaçada, por exemplo.
Como evitar: Para evitar o descolamento da retina, é recomendado que pessoas acima de 50 anos ou que sofreram algum tipo de acidente ou possuem diabetes, por exemplo, façam exames oftalmológicos de forma regular para que o médico possa verificar se a retina se encontra na posição correta. Caso seja percebida alteração da posição, é necessária a realização de cirurgia para solucionar esse problema e evitar a cegueira. A cirurgia é a única forma de tratamento para o descolamento da retina e o tipo de cirurgia depende da gravidade da situação, podendo ser realizada a laser, criopexia ou injeção de ar ou gás no olho. 
A perda de visão é considerada súbita se progride em poucos minutos ou em poucos dias. Pode afetar um ou ambos os olhos, e toda ou parte do campo de visão. A perda de apenas uma pequena parte do campo de visão (por exemplo, como resultado de um pequeno descolamento da retina) pode parecer visão embaçada. Outros sintomas, como dor ocular, podem surgir dependendo da causa da perda de visão.
A perda súbita da visão tem três causas gerais:
· Opacidade de estruturas oculares normalmente transparentes
· Anormalidades da retina (estrutura no fundo do olho que detecta a luz)
· Anormalidade dos nervos que conduzem os sinais visuais do olho para o cérebro (como o nervo óptico e os caminhos visuais)
A luz precisa passar por diversas estruturas transparentes antes de ser percebida pela retina. Primeiro a luz passa pela córnea (a camada transparente em frente da íris e da pupila), depois pelo cristalino, e depois pelo humor vítreo (substância gelatinosa que preenche o globo ocular). Qualquer coisa que impeça a luz de passar através dessas estruturas, por exemplo, uma úlcera da córnea ou sangramento no humor vítreo ou a interrupção da transmissão de impulsos nervosos do fundo do olho para o cérebro, pode causar perda da visão.
As causas mais comuns de perda súbita da visão sem dor são:
· Obstrução de uma importante artéria da retina (oclusão da artéria central da retina)
· Obstrução de uma artéria para o nervo óptico (neuropatia óptica isquêmica)
· Obstrução de uma importante veia da retina (oclusão da veia central da retina)
· Sangue no humor vítreo gelatinoso próximo ao fundo do olho (hemorragia vítrea)
· Lesão ocular
RESUMO:
A cegueira pode ocorrer nas seguintes circunstâncias:
A luz não consegue chegar à retina.
· Lesão na córnea causada por infecção como ceratoconjuntivite por herpes ou infecção após uso excessivo de lentes de contato, que resultam em cicatriz da córnea opaca
· Lesão na córnea como resultado de deficiência de vitamina A, que causa secura ocular (ceratomalacia) e dá origem a uma cicatriz que torna a córnea opaca (raro em países desenvolvidos)
· Lesão na córnea causada por ferimento grave que resulta em cicatriz que torna a córnea opaca
· Catarata, que leva à perda de nitidez do cristalino
Os raios de luz não focalizam corretamente na retina.
· Foco imperfeito dos raios de luz na retina (erro de refração) que não pode ser totalmente corrigido com óculos ou lentes de contato (como para alguns tipos de catarata)
A retina não consegue perceber os raios de luz corretamente.
· Descolamento da retina
· Diabetes mellitus
· Degeneração macular
· Retinite pigmentosa
· Suprimento inadequado de sangue para a retina, em geral devido a uma obstrução da artéria ou veia da retina, podendo ter como causa a inflamação da parede dos vasos sanguíneos (como a arterite de células gigantes), ou devido a um coágulo sanguíneo que viaja de algum lugar para o olho (como o que vem da artéria carótida no pescoço)
· Infecção da retina (como as causadas por Toxoplasma, ou fungos)
Os impulsos nervosos da retina não são transmitidos corretamente para o cérebro.
· Doenças que afetam o nervo óptico ou os caminhos dentro do cérebro, como tumores, derrame, infecções e esclerose múltipla
· Glaucoma
· Inflamação do nervo óptico (neurite óptica)
O cérebro não consegue interpretar as informações enviadas pelo olho.
· Doenças que afetam as áreas do cérebro que interpretam os impulsos visuais (córtex visual), como AVC e tumores
7-	Definir vicio de refração da imagem.
8-	Explicar os mecanismos de lesão (miopia, estrabismo, hipermetropia, astigmatismo, fotofobia).
9-	Discutir os exames de imagem para avaliação da visão e relacioná-los com as estruturas anatômicas da visão. (USG, TC, RM) 
10-	Identificar os impactos biopsicossociais da perda da visão, aspectos legais e serviços ofertados.

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