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olhos - semiologia

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OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
NOÇÕES DE ANATOMIA 
OLHO 
▪ É um órgão de forma esférica; 
 
▪ A parede do globo ocular é comporta de três 
camadas: 
o Externa: é uma camada protetora formada 
pela esclera e pela córnea; 
 
o Média: é altamente vascularizada e 
pigmentada, composta da coroide, corpo 
ciliar e da íris; 
 
 
o Interna: é a retina, uma camada receptora 
que contém as fibras formadoras do nervo 
óptico; 
 
 
CÓRNEA 
▪ É o meio refrativo do olho, possui alto grau de 
transparência que depende de vários fatores 
como: 
o regularidade da superfície anterior epitelial; 
o organização regular das fibras de colágeno 
do estroma; 
o sua natureza avascular; 
 
▪ o limbo é o ponto de transição entre a córnea 
e a esclera, onde se encontram as vias de 
escoamento do humor aquoso; 
 
ESCLERA 
▪ se inserem os músculos extraoculares; 
▪ serve de passagem para elementos 
vasculonervosos; 
▪ contribui na formação do seio camerular; 
▪ protege a coriorretina e o vítreo; 
▪ mantém o tônus ocular; 
 
ÚVEA 
▪ formada pela íris, corpo ciliar e coroide; 
▪ Íris: componente anterior da úvea, 
responsável pelo diafragma pupilar do olho; 
▪ Corpo Ciliar: o epitélio ciliar produz o humor 
aquoso, o músculo é liso tem papel na 
acomodação; 
▪ Coroide: tecido vascular pigmentado, se 
localiza entre a retina e a esclera, sua função 
é de suprimento sanguíneo para a retina; 
 
RETINA 
▪ É a camada mais interna do olho; 
▪ Tecido fino, delicado e transparente; 
▪ Função: transformar as ondas luminosas em 
impulsos nervosos; 
▪ Cones: responsáveis pela visão central e de 
cores; 
OLHOS 
SEMIOLOGIA 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
▪ Bastonetes: possuem mais eficiência com 
baixa luminosidade; 
 
HUMOR AQUOSO 
▪ Preenche as câmaras anterior e posterior do 
olho; 
▪ Funções: óptica, estática, dinâmica, trófica, 
amortizadora e protetora; 
 
CRISTALINO E ZÔNULA 
▪ Fibras zonulares (zônula de Zinn) se inserem 
no equador da cápsula do cristalino e se 
estendem até o corpo ciliar. 
 
▪ A contração do músculo ciliar durante a 
acomodação resulta em um relaxamento das 
fibras zonulares. 
 
▪ Quando isso ocorre, a lente torna-se mais 
esférica, aumentando seu poder refrativo, 
possibilitando, desse modo, a visão para perto. 
Havendo ruptura das fibras zonulares, o 
cristalino se desloca de sua posição natural, 
caracterizando a luxação do cristalino. 
 
CÂMARA VÍTREA 
▪ Entre a lente e a retina; 
 
▪ Forma um hidrogel com alta viscosidade e se 
encontra firmemente ligado à retina em três 
locais: na base vítrea, no disco óptico e na 
mácula; 
 
ÓRBITA 
▪ As cavidades orbitárias têm a forma de uma 
pera, com seu ápice situado posterior, medial 
e ligeiramente para cima; 
 
▪ Os ossos da borda orbitária são mais 
espessos para proteger o olho contra 
traumatismos; 
 
▪ os olhos estão implantados em duas 
cavidades orbitárias, e estão protegidos do 
meio exterior pelas pálpebras; 
▪ é formada por uma junção de sete ossos: 
frontal, etmoide, esfenoide, maxila, 
zigomático, lacrimal e palatino; 
 
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS DO OLHO 
MÚSCULOS EXTRAOCULARES: 
▪ retos superior, inferior, medial e lateral e os 
oblíquos superior e inferior; 
▪ movimentam o olho; 
 
FÁSCIA ORBITAL (CÁPSULA DE TENON) 
▪ envolve o globo ocular; 
▪ é uma membrana delgada; 
 
SUPERCÍLIOS 
▪ são eminencias arqueadas e dispostas 
transversalmente, providas de pelos; 
▪ situadas acima das pálpebras superiores; 
 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
PÁLPEBRAS 
▪ são formadas por quatro camadas básicas: 
o pele; 
o músculo orbicular; 
o tarso; 
o conjuntiva; 
 
CONJUNTIVA 
▪ é uma fina membrana mucosa dividida em 
porção palpebral – que cobre a pálpebra – e 
porção bulbar – que cobre o globo ocular; 
APARELHO LACRIMAL 
▪ é dividido em parte secretora e excretora; 
▪ parte secretora: consiste em uma glândula 
lacrimal, responsável pela secreção da 
lágrima; 
▪ parte excretora: responsável pela eliminação 
da lágrima, é formada pelo ponto lacrimal, 
canalículo lacrimal, saco lacrimal e ducto 
nasolacrimal; 
 
 
 
 
 
 
EXAME CLÍNICO 
 
ANAMNESE 
▪ algumas afecções oculares ocorrem com mais 
frequência em determinadas idades; 
 
▪ certos tipos de neoplasias intraoculares 
aparecem mais frequentemente na infância; 
 
 
▪ na adolescência, as causas mais comuns de 
diminuição da acuidade visual são os vícios de 
refração; 
 
▪ no adulto, são mais comuns as lesões de 
origem profissional; 
 
 
▪ em idade mais avançada, aparecem os 
fenômenos de senescência; 
 
▪ a profissão do paciente deve ser sempre 
valorizada, pois alguns tipos de trabalho 
favorecem o aparecimento de certas afecções; 
 
 
▪ hábitos alimentares tem importante papel nas 
afecções carenciais; 
 
▪ o excesso de álcool etílico e de tabaco podem 
conduzir à diminuição da acuidade visual; 
 
 
▪ certas afecções oculares predominam em 
determinado sexo; 
 
▪ saber que um paciente procede de região 
endêmica de alguma enfermidade, pode ser 
um motivo para suspeitar; 
 
SINTOMAS E SINAIS 
SENSAÇÃO DE CORPO ESTRANHO 
▪ É desagradável e as vezes acompanhada de 
dor; 
▪ Causas: corpo estranho na córnea, na 
conjuntiva bulbar ou na conjuntiva palpebral, 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
cílios virados para dentro, roçando a córnea, 
inflamação córneana superficial, abrasão 
corneana e conjuntivite. 
 
QUEIMAÇÃO OU ARDÊNCIA 
▪ É uma sensação de desconforto; 
 
▪ Quando ocorre, faz o paciente lavar os olhos 
para aliviar o sintoma. É causada por erro 
refratário não corrigido, conjuntivite, queratite, 
sono insuficiente, exposição à fumaça, poeira, 
produtos químicos e síndrome de Sjõgren 
 
PRURIDO 
▪ É uma sensação desconfortável e irritante que 
causa vontade de coçar; 
 
▪ Quando é acentuado, quase sempre é sinal de 
alergia; 
 
SENSAÇÃO DE OLHO SECO 
▪ O paciente descreve que é como se o olho não 
tivesse lágrimas; 
 
▪ Piora com o vento; 
 
 
▪ Ocorre na síndrome de Sjõgren, na conjuntivite 
crônica, na exposição da conjuntiva por mau 
posicionamento da pálpebra e quando há 
dificuldade para fechar a pálpebra 
corretamente (paralisia facial); 
 
LACRIMEJAMENTO 
▪ Também conhecido como epífora, ocorre por 
excesso de secreção de lágrimas ou por 
defeito no mecanismo de drenagem; 
 
▪ Causas: inflamação da conjuntiva ou córnea, 
obstrução da via lacrimal excretora, aumento 
da secreção por emoções, hipertireoidismo, 
dor ocular, corpo estranho na córnea e 
glaucoma congênito. 
 
DOR OCULAR 
▪ Ocorre em afecção do globo ocular, é do tipo 
visceral (o paciente não consegue localizá-la 
muito bem); 
 
▪ Pode ser determinada por inflamação da 
pálpebra, dacrioadenite, celulite orbitária, 
abscesso, periostite, conjuntivite aguda, 
esclerite, episclerite, corpo estranho corneano, 
uveíte anterior (irite e iridociclite) e sinusite. 
 
FOTOFOBIA 
▪ É a sensibilidade à luz; 
 
▪ Ocorre devido a inflamação corneana, afacia 
(ausência de cristalino), irite e albinismo 
ocular. Algumas substâncias podem aumentar 
a sensibilidade à luz. como a cloroquina e a 
acetazolamida; 
 
CEFALEIA 
▪ A de origem ocular geralmente é localizada na 
região frontal e se manifesta no fim do dia; 
 
HEMERALOPIA E NICTALPIA 
▪ Hemeralopia: cegueira diurna, é a deficiência 
dos cones; 
▪ Nictalopia: cegueira noturna, é a deficiência 
dos bastonetes 
 
XANTOPSIA, IANTOPSIA E CLOROPSIA 
▪ Xantopsia: visão amarelada; 
▪ Iantopsia; visão sioleta; 
▪ Cloropsia: visão verde 
 
ALUCINAÇÕES VISUAIS 
▪ É importante definir se a sensação visual 
reproduz um objeto ou se limita à sensação de 
luz ou cores. 
 
 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
DIPLOPIA 
▪ Visão dupla; 
 
ESCOTOMA 
▪ É uma área de cegueira parcial ou completa, 
dentro de um campo visual normal ou 
relativamente normal; 
 
▪ Quanto a posição, podeser: 
o Central: quando corresponde ao ponto de 
fixação; 
 
o Periférico: situado distante do ponto de 
fixação; 
 
 
o Paracentral: situado próximo ao ponto de 
fixação; 
 
▪ Quanto à forma, pode ser: 
o Circular: traduz uma lesão focal na retina e 
na coroide; 
 
o Oval: indica uma lesão do feixe 
papilomacular, sendo característico da 
neurite retrobulbar; 
 
 
o Arciforme: característico do glaucoma 
crônico simples; 
 
o Cuneiforme: ocorre nas afecções 
coroidianas justapapilares ou na atrofia 
óptica; 
 
 
o Anular: o central indica lesão macular, o 
paracentral corresponde ao glaucoma 
crônico simples e periférico, à 
degeneração pigmentar da retina; 
 
o Pericecal: em todas as alterações que 
rodeiam e incluem a papila; 
 
 
o Hemianóptico: lesão quiasmática; 
 
 
 
NISTAGMO E OUTROS MOVIMENTOS 
OCULARES 
▪ São movimentos repetitivos rítmicos dos 
olhos; 
 
▪ Pode ser caracterizado pela frequência (rápido 
ou lento), pela amplitude (amplo ou estreito), 
pela direção (horizontal, vertical ou rotacional), 
e pelo tipo de movimento (pendular, jerk); 
 
 
EXAME FÍSICO 
▪ É feito pela inspeção e palpação; 
 
GLOBO OCULAR E CAVIDADE ORBITÁRIA 
▪ Na inspeção do globo ocular, deve-se observar 
a separação entre as duas cavidades 
orbitárias; 
 
▪ Na palpação da órbita, investiga-se o rebordo 
ósseo, procurando fraturas e espessamento; 
 
EXOFTALMIA 
▪ Protusão do globo ocular, deve ser avaliada 
com o exoftalmômetro, ou com uma régua 
milimetrada, apoiando-se a parte inicial da 
régua no rebordo orbitário lateral, medindo-se 
até o ápice da córnea; 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
 
▪ Uma avaliação exata da protusão só é possível 
por meio do exoftalmômetro de Hertel; 
 
▪ Em condições normais, a saliência do globo 
ocular vai de 12 a 15mm; 
 
APARELHO LACRIMAL 
▪ A inspeção pode detectar aumento do volume 
da glândula lacrimal; 
 
▪ Pela palpação, avaliam-se a consistência, 
profundidade e sensibilidade das glândulas 
lacrimais; 
 
 
▪ A inspeção permite observar tumefação e 
vermelhidão, alterações comuns na 
dacriocistite aguda; 
 
PÁLPEBRAS 
▪ Inspeção possibilita descobrir defeitos no 
desenvolvimento embrionário; 
 
▪ Na exploração da motilidade palpebral, é 
necessário ter em mente os três músculos que 
dela participam. O orbicular, formado de fibras 
estriadas e inervado pelo facial, faz a oclusão 
da pálpebra. O elevador da pálpebra superior, 
de fibras estriadas, é inervado pelo nervo 
oculomotor. Por último, o músculo tarsal de 
Müller, constituído de fibras lisas e inervado 
pelo simpático, participa da elevação 
palpebral. 
 
CONJUNTIVA E ESCLERA 
▪ Para exame da conjuntiva palpebral superior, 
é necessário fazer sua eversão, a qual 
possibilita evidenciar reação inflamatória, 
corpo estranho ou turno ração. 
 
▪ A pálpebra superior pode ser facilmente 
evertida, solicitando-se ao paciente que olhe 
para baixo enquanto o examinador segura 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
seus cílios com uma das mãos, puxando para 
fora e para baixo ao mesmo tempo em que 
exerce pressão com um cotonete 1 em acima 
da borda palpebral. Isso equivale a fazer 
pressão acima da placa tarsal. 
 
▪ Se houver dor, pode-se usar anestesia tópica. 
Para que a pálpebra volte à posição normal, 
basta que o paciente olhe para cima. 
 
▪ A conjuntiva palpebral inferior é facilmente 
visualizada com uma simples tração para 
baixo da pálpebra inferior em cima do osso 
maxilar, pedindo-se ao paciente que olhe para 
cima. 
 
▪ O exame da conjuntiva palpebral inferior 
fornece valiosa informação nas anemias, nas 
quais a cor normal, rosa-vivo, transforma-se 
em rosa-pálido ou fica quase branca. 
 
 
 
 
 
CÓRNEA 
▪ A superfície corneana normal é tão regular que 
forma excelente área de reflexão, de modo que 
pequenas alterações são facilmente 
observadas, na inspeção, com uma boa 
iluminação; 
 
▪ O examinador deve avaliar, em primeiro lugar, 
seu tamanho. O normal é 10,6 mm (parte 
vertical) por 11,7 mm (parte horizontal). 
Megalocómea sugere glaucoma congênito, já 
a microcórnea faz pensar em rubéola. 
 
▪ Com boa iluminação e ajuda de uma lupa, 
pode-se constatar opacificação corneana 
(leucoma), irregularidades epiteliais 
provocadas por corpo estranho e 
neovascularização (pannus corneano). 
 
▪ Pingando-se um colírio de fluoresceína na 
córnea e utilizando-se a luz azul de cobalto, 
torna-se possível detectar pequenas 
alterações corneanas. Isto ocorre porque o 
corante deposita-se nos defeitos epiteliais; 
 
▪ Para o exame detalhado da córnea, da câmara 
anterior, da íris e do cristalino, necessita-se da 
lâmpada de fenda; é um exame da alçada do 
oftalmologista. 
 
▪ Ao observar a câmara anterior, com uma boa 
iluminação, de preferência com a lâmpada 
citada, o examinador deve notar a 
profundidade, a turvação do humor aquoso 
(irite), o sangue (hifema) e o acúmulo de 
exsudato celular (hipópio). 
 
▪ É importante determinar a sensibilidade 
comeana, o que é feito mantendo-se a 
pálpebra aberta e encostando a ponta de um 
algodão na parte apical da córnea, sempre 
comparativamente, tendo o cuidado de não 
tocar nos cílios; 
 
PUPILA 
▪ O teste do reflexo pupilar à luz é feito da 
seguinte maneira: deve-se iluminar 
uniformemente a face do paciente, fazendo 
incidir um feixe luminoso sobre um dos olhos. 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
▪ A pupila normal contrai-se vigorosa e 
rapidamente, mantendo-se nesse estado, 
caracterizando o reflexo fotomotor direto. 
 
▪ A pupila do outro olho deve contrair-se 
simultaneamente e com a mesma intensidade, 
ou seja, por meio do reflexo fotomotor indireto 
ou consensual; 
 
▪ Outro reflexo a ser investigado é o reflexo para 
perto. Para isso, um objeto deve ser 
aproximado do olho até ficar a uma distância 
de aproximadamente 10 em. Nesse momento, 
ocorre então a miose bilateral, bem como a 
convergência dos olhos e a acomodação. 
 
 
CRISTALINO 
▪ Com a pupila em midríase, o exame é 
realizado com lâmpada de fenda. 
 
▪ Porém, na falta desta, uma boa iluminação 
permite perceber as alterações mais 
grosseiras. 
 
▪ Em relação à posição do cristalino, pode-se 
encontrá-lo deslocado (luxado), o que ocorre, 
às vezes, na síndrome de Marfan e nos 
traumatismos oculares; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Com o oftalmoscópio, pode-se caracterizar a 
perda de transparência do cristalino (catarata) 
pelo desaparecimento do clarão pupilar. 
 
ACUIDADE VISUAL 
▪ A avaliação da acuidade visual permite 
esclarecer se a queixa de perda ou diminuição 
da visão procede ou não; 
 
▪ É testada em cada um dos olhos 
separadamente; 
 
 
▪ O método mais usado é o da carta ou carta de 
quadro de Snellen: o paciente fica sentado 
aproximadamente 6m de distância dele; 
 
▪ O exame de acuidade visual avalia o 
funcionamento da fóvea, área da retina 
responsável pela melhor acuidade visual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIMINUIÇÃO E PERDA DA VISÃO 
▪ A perda da visão (amaurose) ocorre em um ou 
em ambos os olhos, podendo ser súbita ou 
gradual; 
▪ Causas da perda súbita de visão unilateral são 
obstrução da veia central da retina, embolia na 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
artéria central da retina, hemorragia vítrea ou 
retiniana, neurite óptica, papilite... 
 
▪ As causas da perda súbita de visão bilateral 
são neurite óptica, amaurose urêmica, 
ambliopia tóxica, traumatismo craniano, 
histeria, enxaqueca oftálmica. 
 
▪ As causas de perda gradual de visão são os 
vícios de refração, afecções corneanas 
(queratites, distrofias, reações alérgicas, 
edema, ceratocone), afecções da úvea 
(inflamações, doenças hemorrágicas, 
neoplasias).. 
 
VISÃO DE CORES 
▪ Existem vários métodos para o estudo da visão 
cromática. Os mais utilizados são: o 
anomaloscópio de Nagel, os testesde 
Farnsworth e as tábuas pseudoisocromáticas, 
as quais constituem o exame mais simples e 
acessível. As mais usadas são as de Ishihara 
 
EXAME NEUROFTALMOLÓGICO 
▪ Para examinar a pupila, é possível fazê-lo à luz 
ambiente ou à iluminação oblíqua, sendo 
aconselhável o uso de uma lupa binocular. 
 
▪ Os dois estímulos que podem alterar a pupila 
são a luz e a acomodação. À luz ambiente e 
com o doente olhando ao longe, é possível 
examinar a chamada pupila estática: diâmetro, 
igualdade (isocoria), regularidade, forma e 
situação. 
 
▪ midríase unilateral - hematoma extradural; 
 
▪ midríase bilateral - comoção grave; 
 
▪ maior midríase - lado lesado; 
 
▪ miose bilateral - hemorragia parenquimatosa 
progressiva; 
 
▪ rigidez pupilar - êxito letal. 
 
▪ A oftalmoscopia é o exame de fundo do olho, 
e pode ser direta ou indireta. A angiografia 
fluoresceínica é uma técnica que possibilita 
examinar melhor as estruturas fundoscópicas 
por meio de um contraste (fluoresceína) 
injetado por via intravenosa. Atualmente temos 
a angiografia com indocianina verde, que 
estuda melhor os vasos da coroide. 
 
 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
 
BIOMICROSCOPIA E GONIOSCOPIA; 
o Exame do globo ocular; 
o Possibilita o exame microscópico in vitro 
das estruturas oculares; 
o Pode-se detectar alterações que passaram 
despercebidas a olho nu; 
 
OFTALMOSCOPIA 
o Exame dos vasos sanguíneos. 
o Examina-se a periferia da retina 
solicitando-se ao paciente que olhe em 
diferentes direções (para cima, para baixo, 
para dentro e para fora). 
 
OFTALMODINAMOMETRIA; 
o Técnica usada para medir a pressão 
sanguínea na artéria oftálmica; 
 
TONOMETRIA; 
o É um método de medida da pressão 
intraocular; 
CAMPIMETRIA (CAMPO VISUAL) 
o O exame do campo visual representa a 
expressão clínica do estado funcional das 
vias ópticas, iniciando nos elementos 
receptores sensoriais dos cones e 
bastonetes e terminando no córtex visual. 
 
 
 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
ANGIOGRAFIA FLUORESCEÍNICA 
 
ANGIOGRAFIA COM INDOCIANINA VERDE 
o Tem sido usada para o estudo da 
circulação coroidiana; 
 
ULTRASSONOGRAFIA 
o Parte de um feixe de ultrassons é refletida 
quando ele incide na interface de dois 
meios de densidades diferentes. 
 
o O aparelho é formado por uma sonda de 
dupla função, emissora e receptora, que, 
colocada sobre o olho, permite caracterizar 
a córnea, o cristalino e a retina 
 
 
ELETROFISIOLOGIA DO OLHO 
o Para realizar esse exame, deve ser 
inserido um eletrodo corneano e registrado 
o potencial por um estímulo luminoso 
conhecido; 
 
TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA 
o Obtenção de imagem da retina através do 
fundo de olho; 
 
DACRIOCISTOGRAFIA 
o É o exame contrastado das vias lacrimais, 
consistindo na sondagem do canalículo 
lacrimal superior e na injeção do meio de 
contraste seguida de duas chapas de raios 
X; 
NEURORRADIOLOGIA 
o É um recurso para o diagnóstico de lesões 
neuro-oftamológicas; 
 
BIOPSIA E CITOLOGIA 
o O exame histopatológico é imprescindível 
para o diagnóstico de certeza das lesões e 
para a diferenciação das neoplasias 
malignas das benignas e destas dos 
hamartomas e das lesões inflamatórias. 
 
DOENÇAS DOS OLHOS 
 
BLEFAROPTOSE 
▪ É a queda da pálpebra superior; 
 
EPICANTO 
▪ Consiste em uma dobra da pele que começa n 
pálpebra superior e projeta-se medialmente, 
cobrindo o canto interno do olho; 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
ESTRABISMO 
▪ Distúrbio em que os olhos não olham 
exatamente na mesma direção ao mesmo 
tempo. 
CONJUNTIVITES 
▪ É a inflamação da conjuntiva, caracterizando-
se por dilatação vascular, infiltração celular e 
exsudação. Sua causa pode ser bacteriana, 
viral ou alérgica; 
 
RETINOPATIA HIPERTENSIVA 
▪ As alterações da hipertensão arterial sistêmica 
em geral estão associadas a achados da 
arterioesclerose e podem ser avaliados por 
meio do exame de fundo de olho. 
 
RETINOPATIA DIABÉTICA 
▪ Os pacientes diabéticos podem desenvolver 
diversas manifestações oculares, tais como 
catarata, blefarite de repetição, paralisias 
oculares, retinopatia diabética, e ainda 
doenças neurológicas. 
 
▪ A retinopatia diabética é uma microangiopatia 
que afeta as arteríolas pré-capilares, capilares 
e vênulas retinianas. Pode haver 
acometimento de vasos maiores. O aspecto da 
microangiopatia inclui oclusões da 
microvasculatura, assim como 
extravasamento. 
 
DESCOLAMENTO DA RETINA 
▪ Como a retina é frouxamente aderida ao 
epitélio pigmentar, essas estruturas podem 
separar-se, possibilitando o acúmulo de 
líquido entre elas. 
 
▪ O líquido geralmente vem do vítreo, passando 
através de um buraco da retina. Menos 
frequentemente, procede dos vasos 
sanguíneos, como acontece na retinopatia 
central serosa, nas neoplasias coroidianas, em 
alguns processos inflamatórios, na 
hipertensão arterial maligna ou quando a 
tração do vítreo cria um espaço sub-retiniano, 
sem perfuração da retina. 
 
GLAUCOMA 
▪ neuropatia óptica isquêmica progressiva que 
cursa com perda do campo visual, alteração 
fundoscópica e em geral pressão intraocular é 
elevada, comprometendo a visão. 
 
AMETROPIAS OU VÍCIOS DE 
REFRAÇÃO 
▪ As ametropias são distúrbios ópticos que não 
deixam que os raios de luz paralelos entrem 
exatamente na retina. Considera-se que os 
olhos acometidos pela ametropia apresentam 
erros refrativos. 
 
▪ Miopia: ocorre quando o comprimento axial do 
olho é longo. Dessa maneira, o foco principal 
posterior cai à frente da retina. 
o O indivíduo não consegue compensar este 
defeito pela acomodação, de tal modo que 
o míope tem sempre uma acuidade visual 
deficiente para longe. Pequeno grau de 
miopia pode ser compensado quando o 
indivíduo fecha parcialmente as pálpebras, 
criando uma zona estenopeica. 
OLHOS - SEMIOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
▪ Astigmatismo: é causado por diferentes 
curvaturas corneanas nos diversos 
meridianos, com consequente diferença na 
refração. 
o O astigmatismo está habitualmente 
associado à hipermetropia ou à miopia, de 
modo que a correção óptica se faz pela 
combinação de uma lente esférica (para 
corrigir a miopia ou a hipermetropia) com 
uma lente cilíndrica (para corrigir o 
astigmatismo). 
 
▪ Presbiopia: ocorre por perda da elasticidade 
da cápsula do cristalino, o qual não mais 
consegue alterar sua curvatura, levando à 
perda da acomodação, que é necessária na 
visão de perto.

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