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jusbrasil.com.br 21 de Julho de 2023 [Resumo] Informativo STF 1101 Publicado por BLOG Anna Cavalcante há 7 dias 461 visualizações Resumo da notícia Nova edição do informativo de jurisprudências do STF no ar com a definição de 5 novas teses de repercussão geral veiculadas. Confira as novas teses na notícia de hoje. 📚🤓💻 Olá, Hoje é dia de conhecer os destaques da Edição 1101 do Informa- tivo de Jurisprudências do STF. Acesse AQUI a íntegra do documento disponibilizado pelo Supremo. Abraço e até mais! https://annapaulacavalcante.jusbrasil.com.br/ https://annapaulacavalcante.jusbrasil.com.br/ https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Informativo_PDF/Informativo_stf_1101.pdf Plenário DIREITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARAN- TIAS FUNDAMENTAIS – DIREITOS SOCIAIS – OR- GANIZAÇÃO DO ESTADO – POLÍTICAS PÚBLICAS – ORDEM SOCIAL – SAÚDE – PODER JUDICIÁRIO – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – OBRIGAÇÃO DE FA- ZER E NÃO FAZER – DIREITO ADMINISTRATIVO – SERVIÇOS – SAÚDE – SERVIDORES PÚBLICOS Implementação de políticas públicas pelo Poder Judiciário para garantir o direito à saúde RE 684.612/RJ (Tema 698 RG), relator Ministro Ri- cardo Lewandowski, redator do acórdão Ministro Roberto Barroso, julgamento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Tese fixada: “1. A intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à realização de direitos fundamentais, em caso de ausência ou deficiência grave do serviço, não viola o princípio da separação dos Poderes. 2. A decisão judicial, como regra, em lugar de determinar medidas pontuais, deve apon- tar as finalidades a serem alcançadas e determinar à Adminis- tração Pública que apresente um plano e/ou os meios adequa- dos para alcançar o resultado; 3. No caso de serviços de saúde, o déficit de profissionais pode ser suprido por concurso público ou, por exemplo, pelo remanejamento de recursos humanos e pela contratação de organizações sociais (OS) e organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP).” Resumo: Na hipótese de ausência ou deficiência grave do serviço, a intervenção do Poder Judiciário em polí- ticas públicas voltadas à realização de direitos funda- mentais não viola o princípio da separação dos Pode- res ( CF/1988, art. 2º), devendo a atuação judicial, via https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/842277659 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641831/artigo-2-da-constituicao-federal-de-1988 de regra, indicar as finalidades pretendidas e impor à Administração Pública a apresentação dos meios ade- quados para alcançá-las. A intervenção casuística do Poder Judiciário, definindo a forma de contratação de pessoal e da gestão dos serviços de saúde, co- loca em risco a própria continuidade das políticas públicas, já que desorganiza a atividade administrativa e compromete a alo- cação racional dos escassos recursos públicos. Assim, a partici- pação judicial deve ocorrer em situações excepcionais e ser pau- tada por critérios de razoabilidade e eficiência, respeitada a dis- cricionariedade do administrador em definir e implementar po- líticas públicas. Nesse contexto, para viabilizar uma atuação judicial efetiva e or- ganizada com vistas à concretização de direitos fundamentais, esta Corte fixou os seguintes parâmetros a serem observados: (i) a ausência ou a grave deficiência do serviço público, decorrente da inércia ou excessiva morosidade do Poder Público, devem es- tar devidamente comprovadas nos autos; (ii) deve-se questionar se é razoável e faticamente viável que a obrigação pleiteada seja universalizada pelo ente público devedor, considerados os re- cursos efetivamente existentes; (iii) determina-se a finalidade a ser atingida e não o modo como ela deverá ser alcançada pelo administrador, prestigiando-se a resolução consensual da de- manda e o diálogo institucional com as autoridades públicas responsáveis; (iv) na implementação de políticas públicas, a de- cisão judicial deve apoiar-se em documentos ou manifestações de órgãos técnicos, os quais poderão acompanhar a petição ini- cial ou compor a instrução processual; e (v) sempre que possí- vel, deve-se permitir a participação de terceiros no processo, com a admissão de amici curiae e a designação de audiências públicas. DIREITO CONSTITUCIONAL – ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA – PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVI- DADE ECONÔMICA – LIVRE INICIATIVA – LIVRE CONCORRÊNCIA Prestação de serviços de arrecadação e movimentação de recursos financeiros por instituições financeiras privadas constituídas no País sob controle estrangeiro ADI 3.565/MT, relator Ministro Roberto Barroso, julga- mento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Tese fixada: “É inconstitucional dispositivo de Constituição es- tadual que veda a prestação de serviços de arrecadação e mo- vimentação de recursos financeiros por instituições financeiras privadas constituídas no País sob controle estrangeiro.” Resumo: É inconstitucional — por ofender os princípios da isonomia ( CF/1988, art. 5º, “caput”), da livre inicia- tiva e da livre concorrência ( CF/1988, art. 170, “caput” e IV)— norma de Constituição estadual que impede ins- tituições financeiras privadas constituídas no País sob controle estrangeiro de prestarem serviços financeiros ao Estado. A Emenda Constitucional 6/1995 revogou o conceito de em- presa brasileira de capital nacional e os fundamentos constituci- onais para a concessão de proteção e benefícios especiais e de tratamento preferencial na aquisição de bens e serviços, exclusi- vamente em função da origem do capital das pessoas jurídicas ( CF/1988, art. 171). No entanto, não se retirou do legislador a op- ção de impor restrições ao capital estrangeiro quando presentes razões que as justifiquem, como, por exemplo, a existência de risco à soberania, à segurança nacional e à ordem econômica. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660995/artigo-170-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1762001158/emenda-constitucional-6-95 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660547/artigo-171-da-constituicao-federal-de-1988 As atividades descritas no dispositivo estadual impugnado, con- tudo, são meras operações bancárias de pagamento de valores, eis que consistem na arrecadação de tributos e demais receitas e na movimentação de recursos financeiros. Nesse contexto, é prejudicial ao próprio Estado restringir ainda mais o número de instituições aptas a operacionalizar pagamen- tos em seu nome. Por isso, não há necessidade de conferir trata- mento diferenciado entre potenciais prestadores do serviço con- forme a origem do seu capital quando a contratação se restringe a instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central e que preencham requisitos de idoneidade econômico-financeira. DIREITO CONSTITUCIONAL – PROCESSO CIVIL – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – COLABORAÇÃO PREMIADA – INDISPONIBILIDADE DE BENS – RESSARCIMENTO AO ERÁRIO – PRESCRIÇÃO – DIREITO ADMINIS- TRATIVO – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PRINCÍ- PIOS – ATOS ADMINISTRATIVOS – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA Colaboração premiada: possibilidade de utilização no âm- bito de ação civil pública por ato de improbidade administrativa ARE 1.175.650/PR (Tema 1.043 RG), relator Ministro Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Tese fixada: “É constitucional a utilização da colaboração pre- miada, nos termos da Lei 12.850/2013, no âmbito civil, emação civil pública por ato de improbidade administrativa mo- vida pelo Ministério Público, observando-se as seguintes dire- https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/809398064 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035673/lei-12850-13 trizes: (1) Realizado o acordo de colaboração premiada, serão remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as declara- ções do colaborador e cópia da investigação, devendo o juiz ou- vir sigilosamente o colaborador, acompanhado de seu defen- sor, oportunidade em que analisará os seguintes aspectos na homologação: regularidade, legalidade e voluntariedade da manifestação de vontade, especialmente nos casos em que o co- laborador está ou esteve sob efeito de medidas cautelares, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 4º da referida Lei 12.850/2013; (2) As declarações do agente colaborador, desacompanhadas de outros elementos de prova, são insuficientes para o início da ação civil por ato de improbidade; (3) A obrigação de ressarci- mento do dano causado ao erário pelo agente colaborador deve ser integral, não podendo ser objeto de transação ou acordo, sendo válida a negociação em torno do modo e das condições para a indenização; (4) O acordo de colaboração deve ser celebrado pelo Ministério Público, com a interveniên- cia da pessoa jurídica interessada e devidamente homologado pela autoridade judicial; (5) Os acordos já firmados somente pelo Ministério Público ficam preservados até a data deste jul- gamento, desde que haja previsão de total ressarcimento do dano, tenham sido devidamente homologados em Juízo e regu- larmente cumpridos pelo beneficiado.” Resumo: É constitucional o uso do instituto da colabora- ção premiada em ação civil pública por ato de improbi- dade administrativa ajuizada pelo Ministério Público se a pessoa jurídica interessada participar como inter- veniente e se forem observadas as diretrizes ora fixa- das pelo Supremo Tribunal Federal, cuja finalidade é favorecer a efetiva tutela do patrimônio público, da le- galidade e da moralidade administrativas, e evitar a impunidade de maneira eficiente, com a priorização do combate à corrupção. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035673/lei-12850-13 O art. 6º da Lei 13.964/2019, ao dar nova redação ao § 1º do art. 17 da Lei 8.429/1992 ( Lei de Improbidade Administrativa - LIA), introduziu uma nova espécie de justiça consensual/negocial, permitindo, de modo expresso, a celebra- ção de acordo — de não persecução cível — no âmbito da ação civil pública por ato de improbidade administrativa. Contudo, antes mesmo da derrogação da proibição dos referidos modelos de justiça, já se verificava a possibilidade de utilização da cola- boração premiada com base no restante da legislação vigente. Nesse contexto, atendidos os parâmetros legais, o acordo de co- laboração poderá ser homologado pelo juiz, desde que não isente o colaborador de ressarcir integralmente os danos causa- dos, ainda que a forma de como se dará a indenização possa ser objeto de negociação. Ademais, como a LIA prevê a legitimidade ativa concorrente en- tre o órgão ministerial e a pessoa jurídica de direito público le- sada para o ajuizamento da ação, deve ser permitida a sua parti- cipação, como interveniente, na celebração do acordo de não persecução cível. O posicionamento do interveniente não impe- dirá a celebração da colaboração premiada pelo Ministério Pú- blico, porém deverá ser observado e analisado pelo magistrado no momento de sua homologação. DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS – DIREITOS E GARANTIAS FUNDA- MENTAIS – DIREITO À PROPRIEDADE – DIREITOS SOCIAIS – DIREITO À SEGURANÇA – UNIDADES PRISIONAIS Lei estadual e regras sobre edificação e ampliação de presí- dios locais https://www.jusbrasil.com.br/topicos/248319892/artigo-6-da-lei-n-13964-de-24-de-dezembro-de-2019 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/795069979/lei-13964-19 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11331919/paragrafo-1-artigo-17-da-lei-n-8429-de-02-de-junho-de-1992 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11331955/artigo-17-da-lei-n-8429-de-02-de-junho-de-1992 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104098/lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104098/lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104098/lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104098/lei-de-improbidade-administrativa-lei-8429-92 ADI 2.402/ES, relator Ministro Nunes Marques, julga- mento virtual finalizado em 23.6.2023 (sexta-feira) às 23:59 Resumo: É constitucional — por ausência de afronta ao direito social à segurança ( CF/1988, art. 6º), ao direito de propriedade ( CF/1988, art. 5º, “caput” e XXII), ao princípio da proporcionalidade, ou à competência da União para legislar sobre direito civil ( CF/1988, art. 22, I)— lei estadual que fixa distância mínima entre presídios e contingente máximo da população carcerária. A ampliação ou construção de unidades prisionais constitui ma- téria de direito penitenciário, cuja competência legislativa é concorrente ( CF/1988, art. 24, I). Nesse contexto, a lei estadual impugnada, ao proibir a construção de presídio dentro do raio de vinte quilômetros de outros já existentes e a ampliação dos edifícios prisionais com capacidade para quinhentos detentos, objetiva garantir a dignidade dos presos e a segurança tanto de- les quanto dos habitantes do entorno das unidades prisionais. Ademais, em se tratando de bem público, o direito de proprie- dade encontra limites, seja na função social, seja no interesse coletivo, que impõe balizas ao administrador para o uso, gozo e disposição da propriedade. Na espécie, a lei capixaba não restringe o investimento do es- tado em segurança pública, mas apenas estabelece parâmetros a serem observados pela Administração Pública estadual, com a imposição de restrições adequadas, necessárias e proporcionais. Isso porque elas consideram os riscos da superlotação carcerá- ria para a integridade física e mental dos presidiários, bem as- sim a dificuldade de o Estado dispor de outras medidas admi- nistrativas com o mesmo potencial de eficácia, levando-o a utili- https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641309/artigo-6-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639039/artigo-22-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10719809/inciso-i-do-artigo-22-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638933/artigo-24-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718025/inciso-i-do-artigo-24-da-constituicao-federal-de-1988 zar meio menos gravoso de controle da população carcerária e de garantia do bem-estar dos detentos e da segurança da popu- lação local. DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS – LICITAÇÕES E CONTRATOS – COMPETÊNCIA LEGISLATIVA SUPLEMENTAR – VE- DAÇÃO AO NEPOTISMO – PRINCÍPIO DA PROPOR- CIONALIDADE – DIREITO ADMINISTRATIVO – LICI- TAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS – NEPOTISMO Lei municipal: proibição de nepotismo e celebração de con- tratos com agentes públicos municipais RE 910.552/MG (Tema 1.001 RG), relatora Ministra Cármen Lúcia, redator do acórdão Ministro Roberto Bar- roso, julgamento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta- feira), às 23:59 Tese fixada: “É constitucional o ato normativo municipal, edi- tado no exercício de competência legislativa suplementar, queproíba a participação em licitação ou a contratação: (a) de agentes eletivos; (b) de ocupantes de cargo em comissão ou função de confiança; (c) de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, de qualquer destes; e (d) dos demais servidores pú- blicos municipais.” Resumo: É constitucional — por não violar o sistema de repartição de competências e atender à vedação ao ne- potismo — norma municipal que proíbe a celebração de contratos do município com agentes públicos muni- cipais e respectivos parentes, até o terceiro grau. Con- https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/861475032 tudo, esse impedimento não se aplica às pessoas liga- das — por matrimônio ou parentesco, afim ou consan- guíneo, até o terceiro grau, inclusive, ou por adoção — a servidores municipais não ocupantes de cargo em co- missão ou função de confiança, sob pena de infringên- cia ao princípio da proporcionalidade. Os municípios dispõem de competência legislativa suplementar, em matéria de licitação e contratação pública, para atender às suas peculiaridades locais, desde que respeitadas as normas ge- rais estabelecidas pela União e os princípios constitucionais da Administração Pública. De igual modo, a vedação ao nepotismo tem como fundamento de validade as normas principiológicas constitucionais que res- guardam a Administração Pública de ingerências pessoais e fa- voritismos políticos em detrimento do interesse público. Nesse contexto, o impedimento de contratar com agentes públi- cos ou pessoas a eles vinculadas é imperativo de moralidade e impessoalidade somente quando a situação fática permitir que se anteveja o risco de influência sobre a conduta dos responsá- veis pela licitação ou pela execução do contrato, a justificar uma espécie de suspeição. Não há como presumi-la nas hipóteses em que a contratação pública ocorra com pessoas vinculadas a ser- vidores que não exercem nenhuma função de direção, chefia ou assessoramento. DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS – ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMI- NISTRATIVA – SEGURANÇA PÚBLICA – GUARDA MUNICIPAL – DIREITO ADMINISTRATIVO – PODER DE POLÍCIA – FISCALIZAÇÃO – TR NSITO E TRANSPORTE Constitucionalidade do Estatuto Geral das Guardas Municipais ADI 5.780/DF, relator Ministro Gilmar Mendes, julga- mento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Resumo: É constitucional — na medida em que preserva a autonomia dos municípios ( CF/1988, art. 144, § 8º) e se limita a estabelecer critérios padronizados para a instituição, organização e exercício das guardas muni- cipais — a Lei federal 13.022/2014, a qual dispõe sobre o Estatuto Geral das Guardas Municipais. Na espécie, a lei impugnada constitui norma geral, de compe- tência da União, que, além de tratar da organização das guardas municipais em todos os municípios do País, reconhece a prerro- gativa dos entes municipais para criá-las ou não, por lei, e para definir sua estrutura e funcionamento. A jurisprudência desta Corte autoriza o exercício, pelas guardas municipais, da atividade fiscalizatória de trânsito e, consequen- temente, a aplicação de multas previstas em lei, por significar fiel manifestação do poder de polícia. Ademais, conforme enten- dimento do Tribunal, revela-se legítimo o desempenho da ativi- dade de segurança pública por essas instituições. https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/1684134303 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10673132/artigo-144-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10672399/paragrafo-8-artigo-144-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/133068266/lei-13022-14 DIREITO CONSTITUCIONAL – SERVIDOR PÚBLICO – POLICIAIS CIVIS E MILITARES – SISTEMA REMU- NERATÓRIO E BENEFÍCIOS – REGIME ESPECIAL DE TRABALHO – PROGRAMA DE JORNADA EXTRA DE SEGURANÇA – ADESÃO – VOLUNTARIEDADE – CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA Plantão laborado por policiais civis: programa de jornada extra de segurança com contraprestação pecuniária por va- lor previamente estipulado ADI 7.356/PE, relatora Ministra Cármen Lúcia, redator do acórdão Ministro Roberto Barroso, julgamento virtual fi- nalizado em 23.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Tese fixada: “Não viola o art. 7º, XVI, da CF, o estabelecimento de programa de jornada extra de segurança com prestação de serviço em período pré-determinado e com contraprestação pecuniária em valor previamente estipulado, desde que a ade- são seja voluntária.” Resumo: É constitucional — pois não afronta o direito dos policiais civis à percepção de horas extras — norma estadual que institui programa de jornada extra de se- gurança (PJES) com adesão não obrigatória e cujo ser- viço é prestado em período pré-determinado e com contraprestação pecuniária pré-definida. Na espécie, a aceitação ao programa é facultativa, sem produzir efeitos na vida funcional do servidor público. Os plantões pre- vistos pelas normas impugnadas não configuram serviços extra- ordinários, razão pela qual não incide o adicional de 50% (cin- quenta por cento) sobre a hora normal trabalhada ( CF/1988, art. 7º, XVI c/c o art. 39, § 3º). Portanto, os policiais, voluntari- https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641213/artigo-7-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726463/inciso-xvi-do-artigo-7-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641213/artigo-7-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726463/inciso-xvi-do-artigo-7-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10636310/artigo-39-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10709987/paragrafo-3-artigo-39-da-constituicao-federal-de-1988 amente, desempenham atividades excedentes às suas atribui- ções funcionais, sob regime especial de trabalho, e recebem va- lor já estipulado, pago a título de prêmio ou incentivo. Nesse contexto, o referido programa concilia o fortalecimento das ações de defesa e segurança com a necessária contenção de gastos com pessoal e o compromisso com a responsabilidade fiscal. DIREITO DO TRABALHO – EXECUÇÕES TRABA- LHISTAS – CRÉDITOS TRABALHISTAS – FUNDO DE GARANTIA DAS EXECUÇÕES TRABALHISTAS – DI- REITO CONSTITUCIONAL – CONTROLE DE CONSTI- TUCIONALIDADE – OMISSÃO LEGISLATIVA – PRES- TAÇÃO JURISDICIONAL Criação, mediante lei, do Fundo de Garantia das Execuções Trabalhistas (Funget) ADO 27/DF, relatora Ministra Cármen Lúcia, julgamento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Resumo: Há omissão inconstitucional do Poder Legisla- tivo quanto à edição de lei que crie o Fundo de Garan- tia das Execuções Trabalhistas (Funget) — conforme previsto pelo artigo 3º da EC 45/2004 —, o qual é inte- grado, entre outras receitas, pelas multas decorrentes de condenações trabalhistas e administrativas oriun- das da fiscalização do trabalho. A regulamentação do Funget garante a efetividade da prestação jurisdicional com a satisfação dos créditos trabalhistas, motivo pelo qual se revela como um facilitador da execução trabalhista, https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10926330/artigo-3-emenda-constitucional-n-45-de-30-de-dezembro-de-2004 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96987/emenda-constitucional-45-04 tema cuja importância é internacionalmente reconhecida (Con- venção 173 da OIT, arts. 9º ao 13). A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que a trami- tação de projeto de lei não obsta a caracterização de omissão in- constitucional, especialmente, se inobservado um prazo razoá- vel de deliberação. Na espécie, verifica-se omissão passível de ser reputada incons- titucional,evidenciada pelo lapso temporal decorrido entre a publicação da EC 45/2004 e pela existência de projeto de lei em tramitação há dezesseis anos, e sem andamento há três. DIREITO DO TRABALHO – RESCISÃO DO CON- TRATO DE TRABALHO – EMPREGADOS PÚBLICOS – DISPENSA EM MASSA – INTERVENÇÃO SINDICAL – DIREITO COLETIVO DO TRABALHO – NEGOCIAÇÃO COLETIVA – DIREITO ADMINISTRATIVO – ADMI- NISTRAÇÃO PÚBLICA – ADMINISTRAÇÃO INDI- RETA – AUTARQUIAS – FUNDAÇÕES PÚBLICAS – SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA – EXTINÇÃO – EMPREGADOS PÚBLICOS Extinção de entidades da Administração Pública estadual e condicionamento, por decisão judicial, à prévia conclusão de negociação coletiva ADPF 486/RS, relator Ministro Gilmar Mendes, julga- mento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Resumo: São nulas — por violarem os princípios da se- paração dos Poderes e da legalidade — as decisões judi- ciais que condicionam a rescisão de contratos de traba- https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96987/emenda-constitucional-45-04 https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/866994606 lho de empregados públicos não estáveis à prévia con- clusão de negociação coletiva, de modo a impedir que o estado federado realize atos tendentes a descontinuar a atividade das fundações, sociedades de economia mista e autarquias estaduais. A extinção de entidades da Administração Pública indireta deve ser autorizada por lei, inexistindo outras condicionantes no texto constitucional. Ademais, é atribuição do chefe do Poder Executivo o tratamento da organização da Administração Pú- blica, podendo criar e extinguir entidades da Administração in- direta, mediante lei, conforme o melhor interesse da adminis- tração, devendo os funcionários dessas entidades serem concur- sados e regidos pela CLT, observadas as exceções expressa- mente previstas constitucionalmente. Na espécie, os pronunciamentos da Justiça do Trabalho condici- onam a implementação de programa de desestatização à conclu- são de negociações coletivas, o que enseja conflito entre os Po- deres, na medida em que interferem na gestão estadual e obsta- culizam a execução de decisões políticas tomadas pelo Poder Executivo e acolhidas pelo Poder Legislativo estadual. DIREITO DO TRABALHO – VERBAS REMUNERATÓ- RIAS, INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS – PISO SA- LARIAL DE CATEGORIA PROFISSIONAL – DIREITO CONSTITUCIONAL – PRINCÍPIOS CONSTITUCIO- NAIS – AUTONOMIA FEDERATIVA – DIREITOS SO- CIAIS – ORDEM SOCIAL – SAÚDE Piso salarial nacional de enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem e parteira https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidacao-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 ADI 7.222 MC-Ref-segundo/DF, relator Ministro Ro- berto Barroso, redatores do acórdão Ministros Roberto Bar- roso e Gilmar Mendes (voto conjunto), julgamento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Resumo: À luz do princípio federativo ( CF/1988, arts. 1º, “caput”; 18; 25; 30; e 60, § 4º, I), o piso salarial na- cional da enfermagem deve ser pago pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios na medida dos repasses dos recursos federais. Mesmo após a edição da EC 127/2022 e da Lei 14.581/2023, previu-se uma forma apenas parcial e temporária de a União transferir os recursos financeiros para custear a implementação do piso salarial nacional aos entes subnacionais, razão por que inexiste a indicação de uma fonte segura capaz de arcar com os encargos financeiros impostos aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para além do corrente ano de 2023. Nesse contexto, o pagamento a ser efetuado pelos entes subna- cionais e seus órgãos da Administração Pública indireta está condicionado ao aporte de recursos pela União ( CF/1988, art. 198, §§ 14 e 15). Eventual insuficiência dessa complementação financeira, portanto, impõe à União providenciar crédito suple- mentar. Se inexistir fonte que possa fazer frente aos custos exi- gidos, não será demandado dos referidos entes o cumprimento do piso da Lei 14.434/2022. No caso de carga horária reduzida, o piso salarial deve ser pro- porcional às horas trabalhadas. O piso corresponde ao valor mínimo a ser pago em função da jornada de trabalho completa ( CF/1988, art. 7º, XIII), de modo que a remuneração pode ser reduzida proporcionalmente se a https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641860/artigo-1-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1771402692/emenda-constitucional-127-22 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1834661189/lei-14581-23 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653794/artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/616141515/paragrafo-14-artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/616141511/paragrafo-15-artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1608251798/lei-14434-22 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641213/artigo-7-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10726563/inciso-xiii-do-artigo-7-da-constituicao-federal-de-1988 jornada de trabalho for inferior, à luz do senso comum e da ideia mínima de justiça. Em relação aos profissionais celetistas em geral, a negociação coletiva entre as partes é exigência procedimental imprescindí- vel à implementação do piso salarial nacional. Nesse caso, pre- valecerá o negociado sobre o legislado. Esse ajuste entre os sindicatos laborais e patronais viabiliza a adequação do piso salarial à realidade dos diferentes hospitais e entidades de saúde pelo País e atenua o risco de externalidades negativas, especialmente demissões em massa e prejuízo aos serviços de saúde. Não havendo acordo, incidirá a Lei 14.434/2022, que tem a sua eficácia diferida pelo prazo de 60 dias ( CLT, art. 616, § 3º, por aplicação analógica), contados da data de publicação da ata deste julgamento, inclusive se já hou- ver convenção ou acordo coletivo em vigor sobre o assunto. Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, refe- rendou a decisao de 15.5.2023, que revogou parcialmente a me- dida cautelar deferida em 4.9.2022, acrescida de complementa- ção, a fim de que sejam restabelecidos os efeitos da Lei 14.434/2022, à exceção da expressão “acordos, contratos e con- venções coletivas” (art. 2º, § 2º), com a implementação do piso salarial nacional por ela instituído nos seguintes moldes: (i) em relação aos servidores públicos civis da União, autarquias e fundações públicas federais (Lei 7.498/1986, art. 15-B), a implementação do piso sala- rial nacional deve ocorrer na forma prevista na Lei 14.434 4/2022; https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1608251798/lei-14434-22 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidacao-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10681355/artigo-616-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10681241/paragrafo-3-artigo-616-do-decreto-lei-n-5452-de-01-de-maio-de-1943 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1608251798/lei-14434-22 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128195/lei-7498-86 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/591697307/artigo-15b-da-lei-n-7498-de-25-de-junho-de-1986 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1608251798/lei-14434-22 (ii) em relação aos servidores públicos dos estados, Distrito Federal, municípios e de suas autarquias e fundações (Lei 7.498/1986, art. 15-C), bem como aos profissionais contratados por entidades privadas que atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo SUS (Lei 7.498/1986, art. 15-A):(ii.a) a implementação da diferença remuneratória re- sultante do piso salarial nacional deve ocorrer na ex- tensão do quanto disponibilizado, a título de “assistên- cia financeira complementar”, pelo orçamento da União ( CF/1988, art. 198, §§ 14 e 15, com redação dada pela EC 127/2022); (ii.b) eventual insuficiência da “assistência financeira complementar” mencionada no item “ii.a” instaura o dever da União de providenciar crédito suplementar, cuja fonte de abertura serão recursos provenientes do cancelamento, total ou parcial, de dotações tais como aquelas destinadas ao pagamento de emendas parla- mentares individuais ao projeto de lei orçamentária destinadas a ações e serviços públicos de saúde ( CF/1988, art. 166, § 9º) ou direcionadas às demais emendas parlamentares (inclusive de Relator-Geral do Orçamento). Não sendo tomada tal providência, não será exigível o pagamento por parte dos entes referidos no item “ii”; e (ii.c) uma vez disponibilizados os recursos financeiros suficientes, o pagamento do piso salarial deverá ser proporcional nos casos de carga horária inferior a 8 (oito) horas por dia ou 44 (quarenta e quatro) horas semanais. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128195/lei-7498-86 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/591697288/artigo-15c-da-lei-n-7498-de-25-de-junho-de-1986 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128195/lei-7498-86 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/591697331/artigo-15a-da-lei-n-7498-de-25-de-junho-de-1986 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653794/artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/616141515/paragrafo-14-artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/616141511/paragrafo-15-artigo-198-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1771402692/emenda-constitucional-127-22 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10662925/artigo-166-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28955032/paragrafo-9-artigo-166-da-constituicao-federal-de-1988 (iii) Além disso, pelo voto médio, o Plenário também referendou o seguinte item i da decisão, nestes termos: em relação aos profissionais celetistas em geral (Lei 7.498/1986, art. 15-A), a implementação do piso sala- rial nacional deverá ser precedida de negociação cole- tiva entre as partes, como exigência procedimental im- prescindível, levando em conta a preocupação com de- missões em massa ou prejuízos para os serviços de saúde. Não havendo acordo, incidirá a Lei 14.434/2022, desde que decorrido o prazo de 60 (ses- senta) dias, contados da data de publicação da ata deste julgamento. DIREITO FINANCEIRO – LEI DE RESPONSABILI- DADE FISCAL – LIMITES DE GASTOS COM PESSOAL – IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE – PAGA- MENTO DE INATIVOS E PENSIONISTAS – DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊN- CIAS – DIREITO FINANCEIRO – ORÇAMENTO Lei de Responsabilidade Fiscal e o limite de gastos com pessoal ADC 69/DF, relator Ministro Alexandre de Moraes, julga- mento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Resumo: São constitucionais — à luz do regime constitu- cional de repartição de competências ( CF/1988, arts. 24, I; e 169, “caput”) e do equilíbrio federativo — dispo- sitivos da Lei Complementar 101/2000 ( Lei de Respon- sabilidade Fiscal) que incluem, no cálculo dos gastos https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128195/lei-7498-86 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/591697331/artigo-15a-da-lei-n-7498-de-25-de-junho-de-1986 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1608251798/lei-14434-22 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638933/artigo-24-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718025/inciso-i-do-artigo-24-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00 com pessoal pela Administração Pública, as despesas com inativos e pensionistas, bem como o imposto de renda retido na fonte. No plano financeiro, a Constituição Federal ( CF/1988, art. 169, caput) estabelece que a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios deve respeitar os limites fixados em lei complementar de caráter na- cional, no caso, a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF. Uma vez atribuída competência ao ente central para regular a questão de modo geral e uniforme por meio de uma lei nacional, os entes subnacionais devem obediência ao regramento editado, sendo-lhes vedado escolher as regras que irão adotar. Nesse contexto, o entendimento que fundamenta a exclusão do imposto de renda retido na fonte do limite de despesa de pes- soal contraria diretamente o disposto no art. 19 da LRF — que enumera as parcelas não integrantes do referido cálculo —, de forma que manifestações subnacionais em sentido ampliativo usurpam a competência legislativa da União para editar normas gerais sobre direito financeiro ( CF/1988, art. 24, I). Ademais, excepcionadas as hipóteses previstas na LRF (art. 19, § 1º, VI), a desconsideração dos valores pagos a inativos e pensi- onistas para o cálculo do limite de gastos com pessoal afronta a sistemática prevista pela referida lei (art. 18, caput), bem como os dispositivos constitucionais acima referidos. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10661510/artigo-169-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recuperacao-judicial-e-extrajudicial-e-de-falencia-lei-11101-05 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10948696/artigo-19-da-lei-n-11101-de-09-de-fevereiro-de-2005 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recuperacao-judicial-e-extrajudicial-e-de-falencia-lei-11101-05 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638933/artigo-24-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718025/inciso-i-do-artigo-24-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/96893/lei-de-recuperacao-judicial-e-extrajudicial-e-de-falencia-lei-11101-05 DIREITO FINANCEIRO – REPASSE DE VERBAS PÚ- BLICAS – CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS – FUNDEF – COMPLEMENTAÇÃO DA UNIÃO – ERRO NO CÁL- CULO – DIREITO CONSTITUCIONAL – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS – ORDEM SOCIAL – EDUCAÇÃO – PODER JUDICIÁRIO – PRECATÓRIOS – DIREITO PROCESSUAL CIVIL – LIQUIDAÇÃO, CUMPRI- MENTO E EXECUÇÃO DE SENTENÇA Complementação ao Fundef: pagamento de débito origi- nado de erro no cálculo das verbas a serem repassadas pela União e regime de precatórios RE 635.347/DF (Tema 416 RG), relator Ministro Ro- berto Barroso, julgamento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Teses fixadas: 1. “A complementação ao FUNDEF realizada a partir do valor mínimo anual por aluno fixada em desacordo com a média nacional impõe à União o dever de suplementa- ção de recursos.” 2. “Sendo tal obrigação imposta por título executivo judicial, aplica-se a sistemática dos precatórios, nos termosdo art. 100 da Constituição Federal.” Resumo: Quando ordenado em título executivo judicial, deve ser observada a sistemática dos precatórios ( CF/1988, art. 100, “caput”) para o pagamento das quantias que deixaram de ser repassadas pela União a título de complementação financeira ao Fundo de Ma- nutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). A adoção de parâmetros nacionais não descaracteriza o caráter regional dos fundos de natureza contábil, gerenciados pelos es- tados federados, e objetiva igualar os investimentos em educa- ção na Federação. Nesse contexto, a jurisprudência desta Corte https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/178768058 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1073659/artigo-100-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1073659/artigo-100-da-constituicao-federal-de-1988 dispõe que o montante da referida complementação deve ser calculado com base no valor mínimo nacional por aluno ex- traído da média nacional, de modo que o erro no cômputo im- põe à União o dever de suplementar os recursos. A metodologia de cálculo que frustre a equiparação do valor mí- nimo por aluno à média nacional esbarra não apenas na própria razão de criação do Fundef, mas em um dos objetivos funda- mentais da República: a redução das desigualdades sociais e re- gionais ( CF/1988, art. 3º, III). Ademais, como inexiste exceção constitucional específica, as quantias devidas devem ser quitadas conforme o regime de pre- catórios, independentemente de sua destinação vinculada à educação. DIREITO FINANCEIRO – RESPONSABILIDADE FIS- CAL – REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL – DESPE- SAS PÚBLICAS – CONCURSO PÚBLICO – FUNDOS PÚBLICOS ESPECIAIS – DIREITO CONSTITUCIONAL – AUTONOMIA FEDERATIVA – FINANÇAS PÚBLICAS Adesão ao Regime de Recuperação Fiscal: regras de ajuste financeiro e restrições temporárias aos entes aderentes ADI 6.930/DF, relator Ministro Roberto Barroso, julga- mento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Resumo: As vedações à reposição de vacâncias de cargos públicos durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal afrontam a autonomia dos estados e municípios, o princípio da proporcionalidade, bem como o princí- https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641719/artigo-3-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10731614/inciso-iii-do-artigo-3-da-constituicao-federal-de-1988 pio da continuidade do serviço público. Contudo, a rea- lização de concursos públicos e o provimento de cargos pelos entes aderentes devem respeitar os requisitos le- gais usuais: (a) autorização da autoridade estadual ou municipal competente; (b) avaliação das prioridades do ente político; e (c) existência de viabilidade orça- mentária na admissão. Em regra, o legislador nacional pode limitar a admissão de pes- soal por entes federados em recuperação fiscal, sobretudo consi- derando que um dos problemas crônicos da Federação brasi- leira consiste no controle das despesas públicas com pessoal. Contudo, limitações dessa natureza devem respeitar a intangibi- lidade do pacto federativo e a necessária harmonia das relações políticas entre os entes estatais brasileiros. Na espécie, a submissão da referida reposição de vacâncias à au- torização no Plano de Recuperação Fiscal — ato administrativo complexo que demanda anuência de diversos órgãos federais, além de aprovação final do Presidente da República — viola a autonomia dos estados e municípios, o princípio da proporcio- nalidade, na vertente da proibição do excesso e interfere direta- mente na continuidade administrativa dos serviços públicos es- taduais e municipais. A submissão dos investimentos executados por fundos públicos especiais ao teto de gastos ofende os princípios da eficiência e da proporcionalidade, na medida em que não atinge o objetivo pretendido de contribuir ou de fomentar a responsabilidade fis- cal dos entes subnacionais. Essa vinculação, quando não destinada ao pagamento de despe- sas obrigatórias, especialmente as relacionadas ao custeio de pessoal, compromete a execução de investimentos em melhorias efetivas nos respectivos serviços públicos, já que as verbas pú- blicas não retornarão ao caixa único do Tesouro por expressa vedação legal e, por isso, não poderão ser empregados em inves- timentos públicos. DIREITO PENAL – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE – PRESCRIÇÃO EXECUTÓRIA – TERMO INICIAL – DI- REITO CONSTITUCIONAL – DIREITOS E GARAN- TIAS FUNDAMENTAIS – PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA Termo inicial da prescrição executória estatal: a partir do trânsito em julgado para a acusação ou para todas as partes ARE 848.107/DF (Tema 788 RG), relator Ministro Dias Toffoli, julgamento virtual finalizado em 30.6.2023 (sexta- feira), às 23:59 Tese fixada: “O prazo para a prescrição da execução da pena concretamente aplicada somente começa a correr do dia em que a sentença condenatória transita em julgado para ambas as partes, momento em que nasce para o Estado a pretensão executória da pena, conforme interpretação dada pelo Su- premo Tribunal Federal ao princípio da presunção de inocên- cia (art. 5º, inciso LVII, da Constituição Federal) nas ADC 43, 44 e 54.” Resumo: É incompatível com a atual ordem constitucio- nal — à luz do postulado da presunção de inocência ( CF/1988, art. 5º, LVII) e o atual entendimento do STF sobre ele — a aplicação meramente literal do disposto no art. 112, I, do Código Penal. Por isso, é necessário interpretá-lo sistemicamente, com a fixação do trân- sito em julgado para ambas as partes (acusação e de- https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/1226756352 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728238/inciso-lvii-do-artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728238/inciso-lvii-do-artigo-5-da-constituicao-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626432/artigo-112-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626403/inciso-i-do-artigo-112-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033465/codigo-penal-decreto-lei-2848-40 fesa) como marco inicial da prescrição da pretensão executória estatal pela pena concretamente aplicada em sentença condenatória. Conforme jurisprudência firmada nesta Corte, o Estado não pode determinar a execução da pena contra condenado com base em título executivo não definitivo, dada a prevalência do princípio da não culpabilidade ou da presunção de inocência. Assim, a constituição definitiva do título judicial condenatório é condição de exercício da pretensão executória do Estado. Nesse contexto, a prescrição da pretensão executória pressupõe a inércia do titular do direito de punir. Portanto, a única inter- pretação do inciso I do art. 112 do Código Penal compatível com esse entendimento é a que elimina do dispositivo a locução “para a acusação” e define como termo inicial o trânsito em jul- gado para ambas as partes, visto que é nesse momento que surge o título penal passível de ser executado pelo Estado. Ademais, a aplicação da literalidade do dispositivo impugnado, além de contrária à ordem jurídico-normativa, apenas fomenta a interposição de recursos com fins meramente procrastinató-rios, frustrando a efetividade da jurisdição penal. DIREITO PREVIDENCIÁRIO – BENEFÍCIOS PREVI- DENCIÁRIOS – PENSÃO POR MORTE – CRITÉRIOS DE CÁLCULO – REFORMA PREVIDENCIÁRIA – DI- REITO ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO – SISTEMA REMUNERATÓRIO – PROVENTOS E PEN- SÃO – PENSÃO POR MORTE Reforma previdenciária: critérios de cálculo para a pensão por morte https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626403/inciso-i-do-artigo-112-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626432/artigo-112-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033465/codigo-penal-decreto-lei-2848-40 ADI 7.051/DF, relator Ministro Roberto Barroso, julga- mento virtual finalizado em 23.6.2023 (sexta-feira), às 23:59 Tese fixada: “É constitucional o art. 23, caput, da Emenda Constitucional 103/2019, que fixa novos critérios de cálculo para a pensão por morte no Regime Geral e nos Regimes Pró- prios de Previdência Social”. Resumo: É constitucional — à luz da autocontenção judi- cial no controle de constitucionalidade de Emendas à Constituição Federal e da adequada consideração das capacidades institucionais e dos efeitos sistêmicos na tomada de decisões judiciais envolvendo matérias ati- nentes à Previdência Social — o art. 23, “caput”, da EC 103/2019, que alterou o cálculo do benefício da pensão por morte. O dispositivo impugnado teve como propósito a restauração do equilíbrio financeiro e atuarial do sistema previdenciário, de modo que inexiste ofensa ao princípio da contributividade. Desse modo, a instituição da pensão por morte deve considerar, além da necessidade dos dependentes, a possibilidade real do sistema de arcar com esse custo. Ademais, essa reforma previdenciária resguardou os direitos ad- quiridos (EC 103/2019, art. 3º) e não violou as legítimas expec- tativas ou a segurança jurídica, pois, mesmo ausente regra de transição específica para as pensões, as regras incidentes sobre a aposentadoria acabam por produzir reflexos no cálculo do be- nefício por morte. Nesse contexto, a ocorrência de um decréscimo relevante no va- lor do benefício — que exigirá um planejamento financeiro maior dos segurados com dependentes — não significa violação https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/stf/1763204174 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/244574264/artigo-23-emenda-constitucional-n-103-de-12-de-novembro-de-2019 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1760665041/emenda-constitucional-103-19 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/244574264/artigo-23-emenda-constitucional-n-103-de-12-de-novembro-de-2019 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1760665041/emenda-constitucional-103-19 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1760665041/emenda-constitucional-103-19 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/244574602/artigo-3-emenda-constitucional-n-103-de-12-de-novembro-de-2019 a nenhuma cláusula pétrea, eis que o núcleo essencial do direito à previdência social e do princípio da dignidade da pessoa hu- mana não oferece parâmetros precisos para o cálculo da presta- ção pecuniária. Além disso, vedou-se que o benefício seja infe- rior ao salário-mínimo quando for a única fonte de renda formal do dependente. ____________________ Referências: BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Informativo 1101. Dis- ponível em < https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Inf ormativo_PDF/Informativo_stf_1101.pdf > ____________________ 🌟 Sou Embaixadora CERS - acesse o @blog_annacavalcante (perfil Instagram) e tenha acesso ao meu CUPOM desconto extra de 5% nos cursos preparatórios para o Exame de OAB e concursos públicos. 😉 https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcante-g-figueiredo/ https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/informativoSTF/anexo/Informativo_PDF/Informativo_stf_1101.pdf https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcante-g-figueiredo/ https://www.instagram.com/blog_annacavalcante/ https://www.instagram.com/blog_annacavalcante/ Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/resumo-informativo-stf-1101/1898981483 Informações relacionadas Enviar Soluções Notícias • há 7 dias Ausência de localização de bens penhoráveis não suspende execução Por votação unânime, a 9ª Turma do TRT da 2ª Região manteve decisão que indeferiu pedido de suspensão da execução por falta de amparo na legislação trabalhista. 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