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Resumo fisiologia do músculo esquelético Resumo fisiologia do músculo esquelético livro Guyton & Hall (12ª edição) fisiologia do músculo esquelético Cerca de 40% do corpo é composto por músculo estriado esquelético. Os músculos são compostas por numerosas fibras Cada fibra é inervada por apenas uma terminação nervosa (Significa que tem um neurônio motor que vai estar inervando este músculo para realizar a contração dele) O sarcolema é a membrana celular delgada (fina) que reveste a fibra muscular esquelética Cada fibra muscular esquelética contem centenas de milhares de miofibrilas, que por sua vez são compostas por filamentos de actina (3.000) e miosina (1.500) O sarcômero é uma das unidades repetitivas presentes dentro de cada miofibrila. É composto por duas estruturas principais: os filamentos de actina e os filamentos de miosina. Esses filamentos estão organizados em um arranjo altamente organizado dentro do sarcômero. Como dito, nos miofilamentos haverá a presença de actina e miosina. Os filamentos mais grossos, são os filamentos da proteína chamada miosina, e os filamentos mais finos são os filamentos da proteína actina. Esses filamentos estão parcialmente interdigitados. FAIXA I: Chamada assim porque são isotrópicos à luz polarizada. São bandas claras que possuem apenas filamentos de actina FAIXA A: Anisotrópico à luz polarizada. São faixas escuras que englobam todo o comprimento dos filamentos grossos (miosina) e as extremidades da miosina também. DISCO Z: É um composto de proteínas filamentosas cruzando transversalmente a miofibrila, e também de uma miofibrila a outra, conectando-as desta forma por toda a fibra muscular. (ele está dentro da faixa I, conseguimos observar na imagem). Então essas proteínas filamentosas vão servir como "liga" unindo tudo, deixando tudo conectado, porém de uma maneira flexível. O segmento das miofibrilas situado entre dois discos Z sucessivos é referido como sarcômero Os filamentos flexíveis de titina mantém o posicionamento lado a lado dos filamentos de actina e miosina. O filamento de titina como mostrado na imagem parece uma "cordinha", em uma linguagem mais clara, eles fazem com que a actina e a miosina não percam sua posição, pois isso é muito importante para a contração muscular. O espeço entre as miofibrilas são preenchidos pelo sarcoplasma. O sarcoplasma é a mesma coisa que o citoplasma, a diferença é que o sarcoplasma é o citoplasma dos músculos 1-Os potenciais de ação cursam pelo nervo motor até suas terminações nas fibras musculares. 2-Em cada terminação, o nervo secreta pequena quantidade da substância neurotransmissora acetilcolina por vesículas secretoras, por exocitose. 3- A acetilcolina age em área local da fibra muscular para abrir múltiplos canais de sódio "regulados pela acetilcolina" Para entender, veio o potencial de ação trazendo os neurotransmissores chamados acetilcolina, a vesícula libera por exocitose no espaço sináptico toda a acetilcolina, e na membrana pós sináptica haverá alguns canais de sódio que vão ser regulados pela acetilcolina 4- A abertura dos canais regulados pela acetilcolina permite a difusão de grande quantidade de íons Na para o lado interno da membrana das fibras musculares. Isso causa a despolarização local, que por sua vez, produz a abertura dos canais de sódio dependentes de vantagem. Isso desencadeia o potencial de ação da membrana 5- O potencial de ação se propaga por toda a membrana da fibra muscular. 6- O potencial de ação despolariza a membrana muscular, e grande parte da eletricidade do PA flui pelo centro da fibra muscular. Aí, ela faz com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons de cálcio. 7- Os íons de cálcio ativam as forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que os deslizem ao lado um do outro, que é o processo contrátil. 8- Após essa fração de segundo, os íons de Ca++ são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático pela bomba de Ca++ da membrana. Então, as miofibrilas vão estar envolvidas em um líquido chamado sarcoplasma. Esse líquido vai ser rico em cálcio, magnésio, sódio e ATP, substâncias importantes para a sobrevivência das miofibrilas. Retículo sarcoplasmático: É um retículo endoplasmático especializado do músculo esquelético. Os tipos de fibras musculares com contração muito rápida apresentam retículos sarcoplasmáticos especialmente muito extensos. Ele serve como depósito de cálcio; Mecanismo geral da contração Mecanismo molecular da contração Lembrar que a contração muscular ocorre por mecanismo de deslizamento dos filamentos. O que faz com que os filamentos de actina e miosina deslizem entre os filamentos de miosina? O que faz esse deslizamento é a força gerada pela interação das pontes cruzadas. A contração muscular é um processo ativo, ou seja, necessita de energia, esse processo permite a geração de força para mover ou resistir a uma carga. De modo contrário, o relaxamento é a liberação da tensão que foi produzida durante a contração. Resumidamente, os eventos que ocorrem na junção neuromuscular convertem um sinal químico (acetilcolina liberada pela neurônio motor) em um sinal elétrico na fibra muscular. Miosina Os filamentos de miosina são compostos por múltiplas moléculas de miosina. Cada molécula é composta por 6 cadeias polipeptídicas (Duas pesadas e 4 leves). Ela é formada por uma cauda e suas projeções formam a cabeça da miosina, que possuem dobradiças, que tornam a proteína móvel no ponto onde as cabeças se unem à cauda. Actina Os filamentos de actina são compostos por Actina F, Tropomiosina e Troponina. Os locais ativos referem-se a sítios específicos na molécula de actina onde as cabeças de miosina podem se ligar durante o processo de contração muscular. A interação de um filamento de actina com dois filamentos de actina e com íons de cálcio pode causar a contração 1- Inibição do filamento de actina pelo complexo troponina-tropomiosina; Ativação pelo íons de cálcio. EXPLICAÇÃO: Quando o músculo está em repouso, as proteínas tropomiosina e troponina estão posicionadas sobre os sítios ativos da molécula de actina, impedindo que as cabeças de miosina se liguem a ela. Nesse estado, os filamentos de actina e miosina não conseguem formar as pontes cruzadas necessárias para a contração muscular. No entanto, quando ocorre a ativação do músculo, como em resposta a um estímulo nervoso, íons cálcio são liberados e se ligam à troponina presente na molécula de tropomiosina. Essa ligação faz com que a tropomiosina se desloque, expondo os sítios ativos na molécula de actina. Com os sítios ativos expostos, as cabeças de miosina podem se ligar a eles, formando as pontes cruzadas temporárias entre os filamentos de actina e miosina. Esse processo de ligação e deslizamento entre os filamentos é o que resulta na contração muscular. ATP como fonte de energia para a contração Quando um músculo se contrai, é realizado trabalho com necessidade de energia. Quando um músculo é estimulado a contrair, o cálcio é liberado no citoplasma da fibra muscular, o que leva à exposição dos locais ativos na molécula de actina. As cabeças de miosina se ligam a esses locais ativos, formando as pontes cruzadas, o que é essencial para a contração. A formação das pontes cruzadas requer energia, e essa energia é fornecida pela quebra do ATP (trifosfato de adenosina). A quebra do ATP libera energia e faz com que a cabeça da ponte cruzada se incline em direção ao braço da ponte, puxando o filamento de actina. Essa energia é como uma mola "engatilhada" na cabeça de miosina. Após a formação da ponte cruzada e o deslizamento dos filamentos, a cabeça da ponte cruzada se desconecta da actina e libera ADP e um íon fosfato (Pi). Em seguida, uma nova molécula de ATP se liga à cabeça da ponte cruzada, permitindo que ela se desligue da actina. A figura mostra a cabeça de duas pontes cruzadas se ligando e se desligando dos locais ativos do filamento de actina. Quando a cabeça se liga ao sítio ativo, essa ligação provoca ao mesmo tempoalterações nas forças intermoleculares entre a cabeça e o braço dessas pontes cruzadas. Isso faz com que a cabeça se incline em direção ao braço e leve com ela o filamento de actina, essa inclinação da cabeça é chamada de movimento de força. Esse é o processo de contração. Interação entre o filamento de actina "ativado" e as pontes cruzadas de miosina (MOVIMENTO DE FORÇA) Esse processo se inicia após o cálcio se ligar a troponina, o que permite a liberação total do sítio de ligação à miosina. Bombeamento de íons de cálcio do sarcoplasma para retículo sarcoplasmático quando cessa a contração Bombeamento de íons de sódio e potássio, através da membrana da fibra muscular, para manter o ambiente iônico apropriado para a propagação do potencial de ação das fibras musculares. Também são necessárias pequenas quantidades de ATP para: Quando o estímulo nervoso cessa e não há mais necessidade de contração, o cálcio é bombeado de volta para o retículo sarcoplasmático através de um processo ativo que requer energia. As fibras musculares, assim como outras células do corpo, possuem uma membrana celular que é semipermeável, o que significa que permite a passagem seletiva de íons através dela. Essa membrana é essencial para a geração e propagação do potencial de ação, que é o sinal elétrico responsável pela contração muscular. Para garantir que a fibra muscular possa se recuperar e gerar novos potenciais de ação, é necessário remover o excesso de íons sódio que entrou na célula e restabelecer a concentração de íons de sódio fora da célula. Essa regulação iônica é crucial para a função elétrica das células musculares, permitindo que elas gerem e propaguem os potenciais de ação necessários para a contração muscular e a coordenação dos movimentos do corpo. Fontes de energia para a contração muscular: Fosfocreatina: A fosfocreatina é uma molécula armazenadora de energia nos músculos. Durante o repouso, uma enzima chamada creatina quinase catalisa a transferência de um grupo fosfato do ATP para a creatina, formando fosfocreatina e ADP. Quando o músculo é estimulado a contrair, a fosfocreatina doa seu grupo fosfato de volta ao ADP, regenerando rapidamente o ATP. Esse sistema fornece uma rápida fonte de energia para a primeira fase da contração muscular, mas sua reserva é limitada. Glicólise anaeróbica: A glicólise é uma via metabólica que ocorre no citoplasma da célula muscular. Ela converte a glicose (ou glicogênio, sua forma armazenada) em piruvato, produzindo ATP no processo. A glicólise anaeróbica é rápida e não requer oxigênio, mas produz apenas pequenas quantidades de ATP. É importante para atividades de alta intensidade e curta duração, como exercícios explosivos. Glicólise aeróbica e oxidação de ácidos graxos: Durante atividades de intensidade moderada e longa duração, o músculo utiliza principalmente o sistema aeróbico para gerar ATP. A glicólise aeróbica ocorre no citosol e, em seguida, o piruvato formado entra nas mitocôndrias para ser convertido em Acetil-CoA, que entra no ciclo de Krebs e na fosforilação oxidativa, gerando um grande número de moléculas de ATP. Oxidação de ácidos graxos: Durante exercícios de baixa intensidade e longa duração, como atividades aeróbicas de longa distância, os ácidos graxos armazenados nas células adiposas e no próprio músculo são mobilizados e oxidados nas mitocôndrias, fornecendo uma fonte significativa de ATP. Outras fontes de energia: Em situações extremas, como durante o jejum prolongado, os aminoácidos provenientes da degradação de proteínas podem ser convertidos em piruvato, acetil-CoA ou intermediários do ciclo de Krebs para gerar ATP. Somação de forças Pelo aumento do número de unidades motoras que se contraem ao mesmo tempo, referido como somação por fibras múltiplas (princípio do tamanho). Pelo aumento da frequência de contração, que é referido como somação por frequência que pode levar à tetanização. Significa a soma de abalos individuais, para aumentar a intensidade da contração total. Ocorre por meio de: Não estamos falando no aumento da quantidade de fibras, pois fibras musculares não fazem hiperplasia, mas sim hipertrofia (aumenta de tamanho). Quando ocorre o aumento da fibra muscular (exemplificando: pela musculação) a fibra muscular vai aumentar e apresentar divisões. A frequência de contração muscular refere-se à quantidade de vezes que um músculo se contrai em um determinado período de tempo. Tetanização é estado de contração sustentada e contínua de um músculo, que ocorre quando a estimulação nervosa é tão frequente que não há tempo suficiente para o músculo relaxar completamente entre as contrações individuais.
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