Resenha Crítica de Caso - Gestão Estratégica De Compras E Fornecedores

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO DE OPERAÇÕES PRODUÇÃO E 
SERVIÇOS 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
 
 
 
Trabalho da disciplina Gestão Estratégica de Compras e Fornecedores 
 Tutor: Prof.ª Marilia De Sant Anna Faria 
 
Salvador 
2019 
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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ALGUMAS DESCOBERTAS PRELIMINARES DAS PRÁTICAS DE COMPRAS NO 
JAPÃO E NOS ESTADOS UNIDOS 
 
Referência: FREELAND, James R.; ASHBY, Harold L. DARDEN BUSINESS 
PUBLISHING. University of Virginia Darden. Revisão do educador: Cunha, Victor. 
Janeiro.2016. 
 
O caso em evidência os resultados de uma pesquisa realizada no verão de 1986, no 
qual os gerentes de compras de dez fabricantes diferentes, cinco no Japão e cinco 
nos Estados Unidos, analisando o processo de compras e a interação entre 
vendedor e comprador, demonstrando na prática a aplicação do JIT. 
O JIT teve origem no Japão, surgindo com a proposta de sistema de administração 
da produção, onde a reorganização do ambiente produtivo, visando o melhoramento 
dos processos de produção para disponibilizar a matéria-prima, na quantidade e no 
momento certo, onde nada deve ser comprado, transportado ou produzido antes da 
hora, tudo deve ser feito segundo a demanda. Esta forma de operação visa 
minimizar os desperdícios, locação de armazéns desnecessariamente, dentre outras 
despesas, além de possibilitar um melhoramento contínuo no processo de produção 
e satisfação do cliente. 
Imaginar um JIT perfeito, seria prever uma fábrica onde as peças fossem compradas 
e entregues unitariamente no momento em que seriam usadas no processo 
produtivo. Assim, o fornecedor se tornaria outra estação de trabalho, uma extensão 
integrada das operações, e a meta de zero inventários seria atingida. Porém, esse 
modelo teoricamente perfeito de JIT acaba tornando menos vantajoso que realizar 
inventário devido aos custos excessivos com transporte manuseio de cada peça 
individualmente. 
Existiam várias interpretações quanto ao uso do método do JIT, então cada empresa 
escolheu seu método nas práticas de compras, em particular quanto a fonte única ou 
 
 
 
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múltipla de fornecimento. O Setor de compras no JIT tem o objetivo de coordenar o 
fluxo contínuo de suprimentos, propor-se atender demandas do setor de produção, 
em sintonia com a taxa de processo de consumo para o produto entregue. A 
intenção é possibilitar ao fornecedor uma extensão integrada das operações do 
fabricante, até que a meta de zero inventários seja alcançada. 
Podemos encontrar diversos artigos que foram publicados comentando sobre a 
prática do JIT, delineando as experiências das empresas e mesmo assim, não há 
um critério padrão para determinar a prática de compras adotada pelas empresas. 
A melhor forma de analisarmos é fazendo comparação do sistema de compras 
convencional com o JIT, em especial quanto ao tamanho dos lotes; período de 
entregas; número de fornecedores por item; estoques; prazos dos acordos; 
informações sobre o cronograma de produção; formação dos preços dos produtos; 
localização geográfica; dentre outros. 
Os gerentes dos EUA acreditavam no mínimo de fornecedores e essa prática era 
muito mais fácil em relação a capacidade do fabricante em implementar o JIT. Os 
Gerentes Japoneses seguiam a prática de múltiplos fornecedores, o que garantia 
preços competitivos e níveis altos de qualidade, possibilitando a comparação do 
binômio preço-qualidade de cada fornecedor, além de garantir uma reserva no caso 
de entrega com defeito. 
Em alguns aspectos havia concordância de ambas as partes, era na escolha do 
fornecedor e no acordo de compra. Dava-se maior destaque nos procedimentos de 
controle de qualidade existentes na escolha de potenciais fornecedores e os acordos 
de compra se resumiam a curto prazo, permitindo diversas negociações devido às 
mudanças da condição de mercado, onde são considerados os termos 
fundamentais, como preços, condições de pagamento e cronograma de entrega. 
Houve positiva reação dos gerentes, todos estavam satisfeitos com os resultados de 
seus programas de JIT. Relatavam que houve reduções substanciais no inventário 
de peças compradas, além dos benefícios da relação cliente-fornecedor. Diminuição 
do tempo de espera e maior produtividade. 
 
 
 
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A seleção para escolha dos fornecedores era semelhante entre os Gerentes 
americanos e japoneses. Era avaliado procedimentos de qualidade do fornecedor, 
onde o objetivo era receber 100% de entregas sem defeitos. A capacidade do 
fornecedor em cumprir o cronograma e prazo nas entregas, pois os fabricantes JIT 
não poderiam de forma alguma atrasar. O comprometimento do fornecedor para 
cortar custos, refletindo em uma diminuição de custo de compra dos produtos do 
mesmo e revisão da situação financeira do fornecedor, para garantir que este possa 
continuar no negócio fornecendo para o fabricante. 
Para ambos, o acordo de compra era geralmente a curto prazo e informal, sendo 
que os japoneses eram os mais adversos a contratos muito detalhados, que 
poderiam prejudicar a flexibilidade do relacionamento. Em algumas dessas 
empresas nem contrato escrito havia, apenas ordens de compra básica. Os gerentes 
americanos também expressam ideias semelhantes sobre o relacionamento com 
fornecedores. Eles afirmavam que nenhum contrato é mais importante do que o bom 
relacionamento com o fornecedor. Na maioria desses contratos, apenas termos mais 
fundamentais eram escritos, como preços, formas de pagamento e frequência de 
entrega, sendo que o restante era feito de forma verbal, com apertos de mão ou 
reverências. Apesar dos contratos serem geralmente de curto prazo, isso não exclui 
o relacionamento a longo prazo entre a empresa e fornecedor. 
A principal motivação para os contratos de curto prazo é a possibilidade de 
renegociar valores e condições ao final do mesmo, possibilitando assim uma 
renovação desses termos conforme a variação do mercado, tornando o 
relacionamento mais flexível e duradouro. 
Apesar dos benefícios que o JIT proporciona, é preciso que haja características 
especificas em algumas empresas, para que possa ocorrer o uso do mesmo, e que 
este seja com qualidade e efeito, visto que em determinadas características de 
produção, como a demanda imprevisível, torna bem restritivo o uso do Just in time 
na empresa. 
 
 
 
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A intenção do Just In Time é determinar que tudo deve ser produzido, transportado 
ou comprado na hora exata. Podendo ser aplicado em qualquer empresa, para 
reduzir estoques e os custos decorrentes. 
Faz-se necessário adequação de toda a organização a este sistema, pois o produto 
ou matéria prima chega ao local de utilização no momento exato em que for 
necessário.