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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH) INTERVENÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA EM CRIANÇAS (1)

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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH): INTERVENÇÕES DA PSICOPEDAGOGIA EM CRIANÇAS
COSTA, Valtemir de Souza [footnoteRef:1] [1: COSTA, Valtemir de Souza. Academico de Pedagogia.] 
 		COSTA,Valmira deSouza[footnoteRef:2] [2: COSTA, Valmira N. de Souza. Academica de Pedagogia.] 
Resumo
A Psicopedagogia busca intervenções adequadas para aliviar os problemas causados pelo TDAH em crianças com idade escolar. A partir desta premissa buscou-se identificar intervenções que possibilitem a psicopedagogia atuar em crianças diagnosticadas com TDAH. O presente trabalho caracterizado como revisão de literatura buscou informações pontuais sobre o tema em bases de dados do google acadêmico, SCIELO e LILACS. Concluiu-se que o psicopedagogo deve estar presente no cotidiano da criança na escola, participando ativamente do desenvolvimento cognitivo apresentando variadas estratégias de acordo com o ser individualmente visando dar uma melhor qualidade de vida e melhora nos resultados escolares. 
Palavras-chave: Criança; TDAH; psicopedagogia
1.INTRODUÇÃO
Com o efeito da globalização decaído sob as pessoas, é evidente o acesso às informações de forma rápida, a partir disto, os pais, tendem a se preocupar cada vez mais com os filhos. A partir desta premissa, pode-se ter um diagnóstico prévio de qualquer distúrbio que possa acometer uma criança, e assim, leva-lo a um contato também mais cedo a um profissional que possa ajudá-lo. Educadores e profissionais da saúde com o número elevado de informações acerca dos problemas de aprendizagem e sua relação com o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) também tendem a cumprir melhor o seu papel. (SILVA, 2015)
	A Psicopedagogia, área de conhecimento que tem como principal foco de estudo as características da aprendizagem humana. O mesmo trabalha em função do auxílio do desenvolvimento das habilidades e dificuldades na aprendizagem, tendo conhecimento sobre as mais diversas síndromes, dificuldades e transtornos que acometem a criança e que afetam diretamente seu desempenho escolar e na vida em geral. Entre eles estão o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Depressão, Ansiedade, Fobias e Transtornos de Aprendizagem.
	O psicopedagogo poderá constituir-se como principal elo entre a família e os especialistas envolvidos, durante o tratamento do TDAH, logo, seu papel não é o de diagnosticar de fato e sim de esclarecer aos pais que o transtorno não tratado gera inúmeras complicações para seu portador, no convívio social, muitas vezes levando à insatisfação, depressão, rejeição, busca de drogas em um eventual futuro, enfim, à infelicidade geral. Logo, é de suma importância elevar os estudos sobre TDAH e a divulgação dos mesmos nos ambientes escolares, pois quanto mais conhecimentos obtivermos sobre este assunto, muito mais poderemos contribuir para amenizar o sofrimento e o fracasso de nossas crianças. (MACHADO & CEZAR, 2007)
	Assim, o trabalho objetiva identificar intervenções que possibilitem a psicopedagogia atuar em crianças diagnosticadas com o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade. Dentre os objetivos buscou-se especificar os aspectos gerais do TDAH; as intervenções psicopedagógicas e as estratégias para trabalhar com crianças com TDAH.
	A partir disso, é notório a importância social e acadêmica do estudo, pois tais investigações darão oportunidade aos profissionais atuantes aprofundar seus conhecimentos sobre o TDAH, juntamente com as relações interpessoais e acadêmicas do indivíduo, bem como, poderão ser diagnósticos tardios que dificultem ainda mais o aprendizado nas pessoas envolvidas nesse processo, dando possibilidade aos mesmos de mais base teórica com o auxiliar na prática dos profissionais da educação.
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 ASPECTOS GERAIS DO TDAH
 	
	Caracteriza-se por Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade a criança que apresenta grande dificuldade de concentração em atividades por um tempo determinado, o mesmo mantém-se quase ininterruptamente em movimento. Muitas vezes a diversão e distração incontrolável são acompanhadas por hiperatividade e impulsividade. (BERGER, 2003; CORREIA & LINHARES, 2014)
	Em uma estimativa do Instituto GEIST tem-se que o TDAH pode estar a afetar de 2% a 11% das crianças em idade escolar em todo o mundo. No Brasil, um estudo incluindo quase 6 mil jovens de 18 Estados atesta que 4,4% entre crianças e jovens apresentam déficit de atenção e hiperatividade, e esse índice se assemelha aos dados observados em outras partes do mundo que apresentam a presença do transtorno em 5% dos jovens.
(CORREIA & LINHARES, 2014; INSTITUTO GEIST, 2016.)
	Fatores que podem causar grandes prejuízos, inclusive na economia do país, em gastos com repetências escolares, atendimentos médicos de emergência por acidentes provocados pela hiperatividade, altas taxas de desemprego causado pela falta de atenção e desorganização são as consequências do tratamento inadequado do transtorno, segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA),. R$ 2 bilhões de reais por ano, este é o valor aproximado de prejuízos apresentados no Brasil, contudo, com o tratamento recomendado, e o mesmo requerendo uma grande demanda de verba governamental, os déficits seriam proporcionais aos ganhos. (ABDA, 2015; TEIXEIRA, 2017).
	Ainda não se tem um conhecimento muito específico sobre as causas do TDAH, porém, a ABDA (2017) tem listado fatores que podem acarretar em uma possível problemática como a hereditariedade, exposição a substâncias etilismo na gravidez, sofrimento fetal, este último demonstram que alguns estudos comprovam que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH e exposição a matérias que contenham chumbo. (TEIXEIRA, 2017)
	Não se considera o TDAH como o maior agravante no processo de aprendizagem, como a dislexia ou a disortografia, mas as dificuldades em sustentar o foco da atenção, a falta de organização e a inquietação atrapalham de forma significativa o rendimento escolar. O Psicopedagogo tem como uma das principais funções desenvolver na criança técnicas que façam com que a problemática supracitada tenha diminuição. (ABDA, 2015; CORREIA & LINHARES, 2014)
	As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitadas ou inquietas. Elas não conseguem manter a atenção em atividades muito longas. Distraem-se facilmente com qualquer estímulo do ambiente ou com os próprios pensamentos. São tidas como esquecidas, falam muito e tem dificuldades para finalizar suas tarefas. (ABDA, 2015; BOSSA, 2000).
	O TDAH é apresentado de três formas, considerando seus subtipos, o predominantemente desatento, ao qual caracteriza-se por ser uma criança letárgica, desmotivada, com um comprometimento de memoria para trabalhos abaixo do usual, apresenta dificuldades em realizar atividades que necessite de uma velocidade maior de processamento, baixa autoconfiança, baixo desempenho em leitura e compreensão, sintomas que podem levar a um quadro de depressão não podem ser descartados, como a ansiedade e dificuldades gerais na aprendizagem e dificuldade de atenção relacionadas ao foco em uma única tarefa. (CIASCA et al., 2010; TEIXEIRA, 2017)
	No que se diz o subtipo predominantemente hiperativo e compulsivo, as crianças apresentam maiores dificuldades de realizar tarefas sequenciais, onde necessita-se de um maior tempo de reação, neste caso é onde se há o maior índice de reprovação escolar, agitação motora excessiva, a criança neste sentido é muito impulsiva, inquieta e apresenta carga de energia excessiva, é onde há a maior dificuldade de se manter o controle da criança não apenas no ambiente escolar, como em casa, como geralmente é relatado pela família. (BARKLEY, 2008; TEIXEIRA, 2017)
	O subtipo combinado, como o nome já sugere une as características anteriores, tanto no que concerne a desatenção, como hiperatividade e impulsividade, esta é a forma que mais se vê em crianças. Possuem enormedificuldade no que se diz as atividades que precisam de maior atenção, concentração e organização. Na criança com TDAH pode-se observar que muitas vezes na sala de aula, se não houver um ambiente propicio ao seu desenvolvimento, os sinais e sintomas costumam aflorar com mais frequência, , logo, o psicopedagogo deve agir para que o ambiente esteja sempre propicio ao seu desenvolvimento, conversando com o professor sobre maneiras de encaixá-lo sem que prejudique o andamento cotidiano em sala. (CIASCA, et al., 2010).
	Para que se possa diagnosticar uma criança com TDAH, deve-se estar atento a alguns critérios que venham a perdurar durante 6 meses de acompanhamento, em relação a desatenção tem-se: frequentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras; com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; com frequência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra; com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais; com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades; com frequência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental constante. (SILVA, 2018)
	Já em relação a hiperatividade, tem-se: frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira; frequentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado; frequentemente corre ou escala em demasia em situações nas quais isto é inapropriado; com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer; está frequentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"; frequentemente fala em demasia. (SILVA, 2018)
	Quanto ao tratamento do TDAH, conforme Barkley e Murphy (2008, p.17), não foi encontrado nenhum tratamento que cure esse transtorno, mas há muitos tratamentos que podem efetivamente ajudar seu manejo. O tratamento para o TDAH deve ser multidisciplinar, requerendo a assistência de profissionais de saúde mental, educadores e médicos.
	Importante ressaltar a importância da pratica esportiva a criança com TDAH, já que um dos seus objetivos é em consistir em promover a socialização e a interação entre os seus alunos, proporcionando o reconhecimento do esporte, assim, identificar a afinidade de uma criança com uma atividade esportiva específica pode atingir de forma positiva em seus aspectos cognitivos. (BATISTA et al., 2013)
	A pratica esportiva apresenta-se como um fenômeno cultural que consiste em ações psicomotoras exercidas sobre o ser humano de maneira a favorecer determinados comportamentos permitindo assim, as transformações e as condições sociais.
	Para Kishimoto (2007, p. 134)
	O brinquedo, o jogo, o aspecto lúdico e prazeroso que existem nos processos de ensinar e aprender não se encaixar nas concepções tradicionais de educação que priorizam a aquisição de conhecimentos, a disciplina e a ordem como valores primordiais a serem cultivados nas escola. Esta dificuldade em olhar de modo inovador aspectos fundamentais e específicos da escola contribuir para limitar as ações que realmente colaborem para a afetivação de mudanças significativas nas práticas pedagógicas utilizadas hoje com crianças
2.2 INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS
	A psicopedagogia pode atuar em vários campos, a clínica que juntamente com uma equipe de profissionais trabalham em consultórios atendendo crianças com vários níveis com dificuldades de aprendizagem, e a área institucional, que pode ser tanto na área do ambiente escolar como na área de empresa, na escola atua juntamente com a equipe pedagógica como diretores, coordenadores, e professores, e nas empresas como profissional de treinamentos para o desenvolvimento do trabalhador. (BATISTA et al., 2013)
	O trabalho psicopedagógico, do ponto de vista de Jafferian & Barone (2015), se constitui como atividade que trata do sujeito em situação de aprendizagem. Tal postura indica que este trabalho não trata diretamente do sintoma e nem da transmissão do conhecimento, mas sim do sujeito em sua complexidade. A aprendizagem acontece tomando em conta a criança, a atividade que faz e o psicopedagogo em diferentes momentos do processo. O psicopedagogo atua como mediador entre o aluno e a cultura na circulação do conhecimento, não ficando no lugar de autoridade. A criança tem que saber que o professor sabe, mas ela tem que ser a autora de seu saber
	Dentro da escola muitas vezes falta o profissional com uma qualificação que supra as necessidades locais, para que se possa trabalhar de forma correta com esses alunos intervindo no seu processo de aprendizagem, de certo que o professor como o responsável da sala, sozinho e precisando dar conta dos outros alunos na sala, a pressão vindo da diretoria sobre o conteúdo a passar para que se cumpre o objetivo especifico ao final do ano, a professora não tem como dar um ensino diferenciado a essa criança, que muitas vezes mesmo diante do seu tratamento sofre por esses e outros motivos encontrados na escola. (BATISTA et al., 2013; SIQUEIRA & SANTOS, 2015)
	É essencial que haja um profissional psicopedagogo na escola para que se possa trabalhar de forma efetiva com essas crianças, de forma em que as mesmas acabem se desenvolvendo e criando um certo vinculo diante dessa pessoa, para que consiga haver um processo de aprendizado mais eficaz, vide que um vínculo emocional acaba de certa forma prendendo a criança e aumentando os níveis de confiança para com o profissional, não fora da escola, mas que passa a atender esse aluno de acordo com a sua necessidade, que nos dias atuais se tem uma dificuldade imensa de se tratar.(SIQUEIRA & SANTOS, 2015)	
	Um dos principais objetivos da psicopedagoga na escola é justamente forçar não só nos alunos com dificuldades de aprendizagem, como a dislexia ou discalculia, mas sim também sobre as crianças que sofre com esse transtorno. Uma das maneiras que se pose utilizar é a utilização de jogos e brincadeiras para que haja um processo continuo, a utilização do lúdico se caracteriza como ferramenta essencial no processo de ensino-aprendizagem, contudo, deve-se levar em consideração o aluno de forma individual, vide que suas dificuldades podem estar ou não vinculadas as de outros alunos. (BATISTA et al., 2013)
	Para Ferreira (2008, pág 17),
	...o objetivo destas intervenções é determinar com a maior precisão possível, a frequência do problema, as situações que o desencadeiam (situações- gatilho), os contextos em que estas ocorrem com mais regularidade e as consequências das condutas observadas.
	O objetivo da avaliação diagnóstica do TDAH não é de qualquer forma rotular crianças, mas sim avaliar e determinar a extensão na qual os problemas de atenção e hiperatividade estão interferindo nas habilidades acadêmicas, afetivas e sociais da criança e na criança e no desenvolvimento de um plano de intervenção apropriado.
	Deve-se levar sempre em consideração que os portadores desse transtorno são crianças, portanto o uso de recursos como de jogos livres e de regras servem de maior resultado positivo, para o tratamento. Como já foi dito anteriormente, a psicomotricidade pode servir como um recurso auto didático para esse processo.
	Para LEVIN (2003, p.66) 
‘’[...] A Psicomotricidade nos enriquece com a ideia do fazer e do conhecer com o corpo. Mostrar ou não mostrar a ação é a psicopedagogia que nos direciona para o mostrar ou não mostrar o conhecimento’’.
	
	Há de se destacar também algumas terapias psicomotoras, que buscam uma melhora da criança na escola e mesmo em casa, através de receitas que buscam moldar seu comportamento através de exercícios, muitas vezes condicionadores.
2.3 ESTRATÉGIAS PARA TRABALHAR COM A CRIANÇA COM TDAH
	Nos dias atuais, a proporção da discussão sobre o TDAH e suas consequências está cada vez mais evidente, tendo em vista a grande preocupação dos pais, profissionais da saúde e educação, logo, há uma granderotulação nas crianças com esse transtorno, como sendo mal educados, desordeiros e preguiçosos, porém o transtorno é algo grave e que acarreta diversos prejuízos na vida acadêmica, interpessoal, pessoal e cultural do indivíduo, sendo necessária a intervenção dos profissionais especializados para amenizar esses prejuízos, auxiliando-os na sua vida em fatores internos relacionadas ao caráter escolar e externos relacionados a vida social da criança, que engloba família e amigos. .
	A relação do aluno com TDAH com os demais colegas de classe muitas vezes se caracteriza como difícil, mito pela questão comportamental e o isolamento social que os mesmos apresentam. Com isso, se faz necessário que os profissionais da educação facilitem o diálogo entre os alunos para que se tenha um ambiente afetuoso, concomitantemente, um rendimento acadêmico proveitoso, propiciando um ambiente de trocas de saberes, de respeito e aceitação para com o diferente.
	A relação entre aluno e professor, é essencial que a relação entre estes seja boa, vide que o professor é peça chave na ajuda ao aluno com TDAH e sua inserção com os demais colegas de classe. Existem diversos prejuízos na relação e aluno e professor, como a falta de capacitação para lidar com crianças com necessidades diferenciadas, a agressividade dos mesmos, dificuldades na atenção para realização das atividades e organizacionais, fatores estes prejudiciais no processo interativo. A partir desta premissa, é na inclusão que pode ser encontrados diversos desafios frente aos alunos com necessidades diferenciadas, a capacitação continua do profissional e uma estrutura psicológica adaptativa se traduz nessa inclusão. 
	A relação entre a escola e a família também é essencial, vide que este elo pode preencher lacunas que a escola e o professor de maneira isolada não conseguem preencher, além disso, um bom rendimento escolar e seu desenvolvimento de forma integral perpassa por essa relação. È essencial que se tenha o apoio da família, da escola e se necessário a atuação de outros profissionais para trabalhar as dificuldades da criança, mantendo sempre o diálogo entre ambos, com o único propósito, a melhoria nas atividades de vida diária desses indivíduos, assegurar-se que o que se faz é um esforço coletivo, reconhecendo os limites, etc., facilitará o desempenho do professor, a relação com o aluno e, principalmente, o desenvolvimento da criança. 
	O acompanhamento especializado de profissionais para com o aluno com TDAH se faz necessário, pois, caracterizam um melhor desenvolvimento psicológico e educacional, principalmente quando estão presentes o psicopedagogo e o psicólogo. A atuação psicopedagógica institucional é de cunho preventivo, destacando o processo de ensino e aprendizagem, com base nas orientações aos profissionais e priorizando as individualidades dos sujeitos, vide que a função do mesmo face às dificuldades de aprendizagem é de mediador, na intervenção preventiva ou terapêutica. Posto que aprender é um processo que requer disciplina, motivação e foco nos objetos a serem aprendidos. 
	Segundo estudos feitos por Silva (2018), ao apresentar as crianças que tem o TDAH brincadeiras e jogos que tenham regras propicia à criança, além do desenvolver-se socialmente em relação aos limites a socialização, a compreensão do ganhar, perder, o amadurecimento cognitivo, oportunizando a criança descobrir onde está, analisar seus erros e acertos, podendo refazer de modo correto. 
	Podendo usar métodos que envolvam escritas, como por exemplo escrever e reescrever livros e ilustrá-los, criando nela a visão que é algo seu e possibilitando então reconhecer e admirar o trabalho final, estendendo-se a atividades em sala de aula. Uma outra forma é a de incentivar na criança o desejo pela leitura, pelo meio de textos e temas de seu interesse e também despertar a curiosidade por conhecer novas histórias, e vários outros tipos de produções textuais como, revistas, gibis entre outros. O uso de contos de fadas e dramatizações podem ser um recurso de desenvolvimento a mais.
	A partir do supracitado, podemos notar a importância dos profissionais especializados na escola, em especial o psicopedagogo, pois esse pode dar suporte aos professores uma prática inclusiva, e mais, a todos os alunos da sala eventualmente, visto que cada qual tem suas potencialidades e dificuldades vide que todos somos ser humanos, contudo, as personalidades se diferem totalmente. 
	 De acordo com uma pesquisa feita por Silva (2015), foi relatado que o aproveitamento escolar dos alunos com TDAH é satisfatório, desde que estejam sendo periodicamente acompanhados por profissionais especializados, como os sintomas relacionados a essa dificuldade tendem a aparecer muito cedo, deve ser percebido colocado a sua disposição este profissional para atenuar essas dificuldades apresentadas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do que foi explorado neste estudo, podemos perceber, que a psicopedagogia pode ser essencial para a diminuição da problemática relacionada à criança com TDAH, é uma área muito ampla, partindo muito além do que imaginamos. Começando pelo contexto constituído do que é definitivamente TDAH (transtorno de déficit de atenção), as suas causas, e como a criança como sofre com esse problema.
	Percebemos com esse trabalho, a importância da relação da psicopedagogia com a criança portadora do TDAH, quais são os benefícios que ela pode trazer, em relação as lacunas que ficam abertas, mesmo com o tratamento. Em uma análise mais profunda sobre esse assunto podemos indicar estratégias que sejam utilizados no processo de aprendizagem, favorecendo o aspecto cognitivo, social comportamental, e de identidade. 
	Os conceitos trabalhados pelo psicopedagogo com as crianças que sofrem de TDAH, fazendo que ao final se tenha uma melhora em relação as lacunas que geralmente não conseguem ser preenchidas pelo tratamento convencional, mas com muita dedicação vão sendo superadas durante o processo.
	O enfoque principal do trabalho foi justamente, saber que intervenções a psicopedagogia pode fazer dentro da escola para colaborar com a aprendizagem da criança com TDAH, verificou-se que a relação aluno e professor, escola e família, aluno e aluno, além de atividades lúdicas como pintura e métodos de escrita trazem benefícios as crianças. O psicopedagogo torna-se mediador essencial para que o supracitado seja efetivo no processo de aprendizagem e com estas intervenções melhore a qualidade de vida da criança.
REFERÊNCIAS
BARKLEY, R.A; MURPHY, K.R. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: Exercícios Clínicos. Tradução Magda França Lopes. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
BARKLEY, R.A. Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade: manual para diagnóstico e Tratamento. Porto Alegre. Artmed. 2008.
BERGER, K.S. O desenvolvimento da pessoa: da infância à adolescência. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
BATISTA, D.A; LEPRE, R.M; COSTA, R.C; KADOOKA, A. Psicopedagogia: Estratégias Para Trabalhar Com Crianças Com Transtorno De Déficit De Atenção E Hiperatividade (TDAH). Vol. 10, n. Especial, 2013, p. 640-647. 
BOSSA, N A. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá-las? Porto Alegre: Artmed, 2000.
CIASCA, S.M; RODRIGUES, S.Dores; AZONI, C.A. Salgado. TDAH: Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Editora: Revinter, 2010.
CORREIA, A.P; LINHARES, T.C. A atuação do psicopedagogo com crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): intervenção necessária para pais e educadores. Paidéia r. do cur. de ped. da Fac. de Ciências Humanas., Soc. e da Saú., Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 11 n. 17 2014. p. 141-161
FERREIRA, C. TDAH na infância: transtorno do déficit de atenção/hiperatividade: Orientações e técnicas facilitadoras. Belo Horizonte: Uni Duni Editora, 2008.
INSTITUTO GEIST. Primeiro estudo epidemiológico brasileiro identifica a prevalência do TDAH na população. 2016. Disponível em: <http://www. institutogeist.com.br/noticias/primeiro>. Acesso em: 07 mar 2020.
MACHADO, L.F.J;CEZAR, M.J.C. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Em Crianças – Reflexões Iniciais. Faculdade Maringá – IPE, 2007.
JAFFERIAN, V.H.P; BARONE, I.M.C. A Construção e Desconstrução do Rótulo TDAH na Intervenção Psicopedagógica. Rev. Psicopedagógica, 2015. P. 118-127.
KISHIMOTO, T, M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 2007.
LEVIN, E. A clínica psicomotora: o corpo na linguagem. 5ª ed. Trad. Julieta Jerusalinsky. Petrópolis: Vozes, 2003.
SILVA, K.L.S. Intervenção Do Psicopedagogo Em Crianças Com Transtorno De Déficit De Atenção E Hiperatividade. VI CONEDU, 2018.
SIQUEIRA, D.C.S.G; SANTOS, C.R. TDAH: Um Desafio Em Sala De Aula. 2015.

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