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Vigilância em Saúde com Ênfase em Vigilância Epidemiológica

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Saúde Coletiva – Amanda Longo Louzada 
1 VIGILÂNCIA EM SAÚDE COM ÊNFASE EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
DEFINIÇÃO: 
 Processo contínuo e sistemático de coleta, 
consolidação, análise de dados e disseminação 
de informações obre eventos relacionados à 
saúde, visando o planejamento e a 
implementação de medidas de saúde pública, 
incluindo a regulação, intervenção e atuação em 
condicionantes e determinantes da saúde, para a 
proteção e promoção da saúde da população, 
prevenção e controle de riscos, agravos e 
doenças 
COMPONENTES: 
 Vigilância em saúde ambiental 
 Vigilância em saúde do trabalhador 
 Vigilância sanitária 
 Vigilância epidemiológica 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR: 
 Conjunto de ações e serviços que propiciam o 
conhecimento e a detecção de mudanças nos 
fatores determinantes e condicionantes do meio 
ambiente que interferem na saúde humana, com 
a finalidade de recomendar e adotar medidas de 
promoção à saúde, prevenção e monitoramento 
dos fatores de riscos relacionados às doenças 
ou agravos à saúde 
VIGILÂNCIA E SAÚDE DO TRABALHADOR E DA 
TRABALHADORA: 
 Conjunto de ações que visam promoção da 
saúde, prevenção da morbimortalidade e 
redução de risco e vulnerabilidades na 
população trabalhadora, por meio da integração 
de ações que intervenham nas doenças e 
agravos e seus determinantes decorrentes dos 
modelos de desenvolvimento, de processos 
produtivos e de trabalho 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA: 
 Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir 
ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do ambiente, 
da produção e circulação de bens e prestação de 
serviços do interesse da saúde. Abrange a 
prestação de serviços e o controle de bens de 
consumo que, direta ou indiretamente se 
relacionem com a saúde, compreendidas todas 
as etapas e processos, da produção ao consumo 
e descarte 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: 
 Conjunto de ações que proporcionam o 
conhecimento e a detecção de mudanças nos 
fatores determinantes e condicionantes da saúde 
individual e coletiva, com a finalidade de 
recomendar e adotar as medidas de prevenção e 
controle das doenças, transmissíveis e não-
transmissíveis, e agravos à saúde 
OBJETIVOS: 
 Descrever o comportamento epidemiológico de 
doenças 
 Detectar epidemias e descrever o processo de 
disseminação 
 Avaliar a magnitude da morbimortalidade das 
doenças 
 Recomendar ações preventivas e de controle a 
doenças 
 Avaliar o impacto de medidas interventivas 
 Avaliar a adequação das estratégias usadas 
para prevenção e controle 
ETAPAS: 
 Coleta de dados: 
 Informação para a ação: 
 Ocorre em todos os níveis do sistema de 
saúde 
 Qualidade 
 Disponibilidade dos dados 
 Tipos de Dados: 
 Demográficos, ambientais e socioeconômicos 
 Morbidade 
 Mortalidade 
 Notificação precoce de emergência de saúde 
pública, surtos e epidemias 
 Fonte de Dados: 
 Notificação 
 Prontuário médico 
 Atestado de óbito 
 Exames laboratoriais e banco de sangue 
 Investigação de casos e epidemias 
 Inquéritos comunitários 
 Imprensa e população 
 Sistemas sentinela: evento-sentinela é 
qualquer evento que resulta numa morte 
inesperada ou perda maior permanente de 
uma função não relacionada com o curso 
natural da doença ou estado subjacente do 
doente 
 Busca ativa 
 Processamento dos dados coletados 
 Análise e interpretação dos dados processados 
Saúde Coletiva – Amanda Longo Louzada 
2 VIGILÂNCIA EM SAÚDE COM ÊNFASE EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 Recomendação das medidas de controle 
apropriadas 
 Avaliação da eficácia e efetividade das medidas 
adotadas 
 Divulgação de informações pertinentes 
SISTEMA DE VIGILÂNCIA SENTINELA: 
 Tem o objetivo de monitorar indicadores chaves 
na população geral ou em grupos especiais, que 
sirvam como alerta precoce para o sistema, não 
tendo a preocupação com estimativas precisas 
de incidência ou prevalência na população geral 
 Técnicas de Monitoramento: 
 Evento sentinela 
 Unidade de saúde sentinela – Influenza, 
diarreia 
 Redes de profissionais sentinelas – câncer 
 Monitoramento de grupos alvos – exames 
laboratoriais de rotina – doenças ocupacionais 
 Vigilância de áreas sentinelas – delimitação de 
áreas geográficas específicas para monitorar a 
ocorrência de certas doenças ou alterações de 
situação de saúde 
PRINCIPAIS SISTEMA DE VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL: 
 Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) 
 Sistema de Informação de Nascidos Vivos 
(SINASC) 
 Sistema de Informações Hospitalares (SIH) 
 Sistema para Vigilância de Fatores de Risco e 
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito 
Telefônico (Vigitel) 
 Sistema de Informação de Agravos de 
Notificação (SINAN) 
NOTIFICAÇÃO: 
 Notificação é a comunicação da ocorrência de 
determinada doença ou agravo à saúde, feita à 
autoridade sanitária por profissionais de saúde 
ou qualquer cidadão, para fins de adoção de 
medidas de intervenção pertinentes 
 Estados e municípios podem incluir novas 
patologias 
 Notificar a simples suspeita da doença 
 Notificar tem que ser sigilosa 
 O envio dos instrumentos de notificação deve ser 
feito mesmo na ausência de casos, 
configurando-se que se denomina notificação 
negativa, que funciona como um indicador de 
eficiência do sistema de informações 
 Notificação Compulsória: 
 NCI: imediata, até 24 horas 
 Acidentes de trabalho: grave, fatal e em 
crianças e adolescentes 
 Acidente por animal peçonhento 
 Acidente por animal peçonhento 
potencialmente transmissível – raiva 
 Botulismo 
 Cólera, coqueluche, dengue (óbitos), difteria 
 Óbito com suspeita de doenças pelo vírus 
zika 
 Doença de chagas aguda 
 Doença invasiva por Haemophilus influenzae 
 Doença meningocócica e outras meningites 
 Doenças com suspeita de disseminação 
intencional: antraz pneumonônico, tularemia e 
varíola 
 Doenças exantemáticas: sarampo e rubéola 
 Doenças febris hemorrágicas 
emergentes\reemergente: arenavírus, ebola e 
Marburg 
 Evento de saúde pública que se constitua 
ameaça à saúde pública 
 Febre amarela 
 Febre de Chikungunya em áreas sem 
transmissão – óbito com suspeita de febre e 
Chikungunya 
 Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses 
de importância em saúde pública – febre 
maculosa e outras riquetsioses 
 Febre tifoide 
 Hantavirose 
 Influenza humana produzida por novo subtipo 
viral 
 Leptospirose 
 Malária na região extra-amazônica 
 Poliomielite por polivírus selvagem 
 Peste 
 Raiva humana 
 Síndrome da rubéola congênita 
 Síndrome da paralisia flácida aguda 
 Síndrome respiratória aguda grave associada 
a coronavírus: SARS-CoV, MERS-CoV 
 Varicela – caso grave internado ou óbito 
 Violência sexual e tentativa de suicídio 
 NCS: semanal, até 7 dias 
 Acidente de trabalho com exposição a 
material biológico 
 Dengue – casos, doença aguda pelo vírus 
zika, febre de chikungunya 
 Doença de chagas – crônica 
 Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) 
 Esquitossomose 
 Hanseníase 
 Hepatites virais 
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3 VIGILÂNCIA EM SAÚDE COM ÊNFASE EM VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 HIV\ AIDS – Infecção pelo vírus da 
imunodeficiência humana ou síndrome da 
imunodeficiência adquirida 
 Infecção pelo HIV em gestantes, parturiente 
ou puérpera e criança exposta ao risco de 
transmissão vertical do HIV 
 Intoxicação exógena (por substância química, 
incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais 
pesados) 
 Leishmaniose tegumentar americana 
 Leishmaniose visceral 
 Malária na região amazônica: óbito, infantil e 
materno 
 Sífilis: adquirida, congênita e em gestante 
 Toxoplasmose gestacional e congênita 
 Tuberculose 
 Violência doméstica e\ou outras violências 
 Notificação negativa: notificarausência de 
casos 
 Suspeita-confirmação 
 Doenças ou Agravos de Notificação 
Compulsória: 
 Obrigatória para todos os profissionais de 
saúde 
 Vinculado ao SINAN 
CRITÉRIO: 
 Magnitude: alta incidência ou prevalência, ou alta 
mortalidade, ou impacto na expectativa de vida 
 Potencial de Disseminação: doenças com 
transmissibilidade elevada, podendo levar à 
epidemias 
 Transcendência: 
 Severidade (taxas de letalidade, 
hospitalizações e sequelas) 
 Relevância social (significa o valor que a 
sociedade impura a ocorrência do evento) 
 Relevância econômica 
 Vulnerabilidade: existência de instrumentos 
específicos de controle e prevenção da doença 
 Compromissos Internacionais: acordos entre o 
governo brasileiro e outros órgãos com vistas ao 
controle ou erradicação de doenças 
 Emergência de saúde pública, epidemia, surtos e 
agravos inusitados: eventos que impliquem risco 
de disseminação de doenças – a fim de limitar a 
área de ocorrência, permitir o diagnóstico e 
acionar medidas de controle 
SUBSINTOMÁTICOS: 
 Casos Conhecidos: 
 Casos assintomáticos 
 Casos sintomáticos que não procuram o 
serviço de saúde 
 Casos que procuram o serviço de saúde, mas 
não são diagnosticados 
 Casos diagnosticados, mas não registrados 
e\ou informados