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Unidade 02 - Atividade 3 - Questionário

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1. DIREITO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Atividade 3 - Questionário (Valor: 24,0)
1. Quais as formas de extinção do crédito tributário?
Entre algumas formas da extinção do crédito tributário está o pagamento, a remissão, a compensação, a prescrição, a decadência, entre outros. O pagamento, refere-se à extinção do crédito mediante o pagamento integral do valor devido ao Fisco e este deve ocorrer na repartição pública do domicílio do sujeito passivo. A remissão ocasiona-se mediante o perdão da dívida tributária aprovado em lei. A compensação é quando as partes em comuns possuem créditos e débitos e os valores são utilizados para extinção da obrigação, ou seja, ocorre uma compensação. A prescrição é quando o contribuinte não realiza o pagamento do crédito tributário ao credor no prazo de cincos anos, após este prazo o credor perde o direito de cobrar o contribuinte, a dívida fica prescrita. A decadência segundo Oliveira (2021), “é a perda do direito de a fazenda pública de constituir o crédito, pois o fisco não agiu dentro do tempo necessário para criar este mesmo crédito tributário,” ou seja, houve o fato gerador para tal cobrança, porém não foi realizado o lançamento, isso se dá a decadência. 
Referências: 
RODRIGO, Luiz Antônio Barroso. Direito e legislação tributária. 3. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]; CAPES; UAB, 2015.
OLIVEIRA. Ricardo Pereira de. Decadência, Prescrição do Crédito Tributário e Jurisprudência. São Paulo. Estratégia Concursos. 2021. Disponível em: <https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/decadencia-prescricao-jurisprudencia/> Acesso em 13 de maio. 2023.
2. Diferencie imunidade de isenção.
A imunidade é compreendida como sendo a competência ou falta dela, sendo determinada pela Constituição Federal a tributação de determinadas pessoas ou determinados fatos, é a possibilidade de não incidência tributária prevista na Constituição, diferente das isenções, que estão previstas em lei. No Direito Brasileiro as imunidades abrangem somente os impostos, não há normas, imunidades para as taxas e as contribuições de evoluções e melhorias. 
A isenção é exclusivamente o exercício da competência do ente da federação, é entendida como sendo a possibilidade de não incidência tributária contida em lei, não na Constituição, a maneira como a lei elabora uma isenção pode ser cancelada pela mesma, desde que seja considerado a concepção anterior. Ao contrário da imunidade, a isenção tem potencial para atingir sobre as taxas, sobre os impostos e sobre as contribuições de evoluções e melhorias.
 
Referência: 
RODRIGO, Luiz Antônio Barroso. Direito e legislação tributária. 3. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]; CAPES; UAB, 2015.
3. Qual a hipótese de incidência do ISS e porque ele possui predominantemente uma função fiscal?
O Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) incide mediante prestações de serviços realizadas por pessoas jurídicas (empresas) ou pessoa física (autônoma), que sejam devidamente remuneradas, como por exemplo prestador de serviço de obra e alvenaria, esteticista, odontologia, psicologia, entre muitos outros. O ISS possui função fiscal pois é de responsabilidade do Munícipio recolher tal imposto, o mesmo está estabelecido na Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988, seção V dos Impostos dos Municípios: 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (BRASIL. 1988).
Referências: 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em 05 de maio. 2023.
RODRIGO, Luiz Antônio Barroso. Direito e legislação tributária. 3. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]; CAPES; UAB, 2015.
4. Quais as modalidades do ato de lançamento? Explique cada modalidade.
Existem três modalidades de lançamento tributário: o lançamento direto ou de ofício, o lançamento misto ou por declaração e o lançamento por homologação. 
Segundo o autor Rodrigues (2015) “O lançamento direto ou de ofício é efetivado somente por meio do próprio Fisco, do órgão que irá arrecadar o tributo, por exemplo, o IPTU, em que o município faz o lançamento e informa o montante a ser pago ao contribuinte”. O Fisco é uma autoridade que controla todos os pagamentos de impostos, sendo um órgão fiscalizador na esfera federal, mas também age em área municipal e estadual. Assim, o lançamento de ofício, visa ser a forma usual de constituição do crédito tributário, como por exemplo, o IPVA e do IPTU, nesses dois casos o contribuinte irá pagar os impostos, sem ter a necessidade passar qualquer informação à administração tributária.
O lançamento misto ou por declaração, sucede quando a legislação tributária determina ao responsável da obrigação de realizar a declaração, o sujeito passivo, ou um terceiro, oferece à autoridade, as informações necessárias ao lançamento do crédito tributário, ou seja, o contribuinte ou terceiro passa as informações que for preciso ao Fisco, este por sua vez, verifica o valor do tributo devido, realizando o ato administrativo de lançamentos. O lançamento por declaração também é conhecido como lançamento misto, por conter atos tanto do sujeito ativo, como do sujeito passivo. Certamente é o lançamento menos utilizado, pois envolve três etapas: declaração à autoridade, lançamento pela autoridade e notificação do contribuinte. 
Em conformidade com a legislação e a doutrina tributária, a modalidade de lançamento por homologação ocorre a partir da iniciativa do contribuinte de realizar o cálculo e pagar a quantia que deve do tributo, sem a participação ativa do Fisco. Após a autoridade fiscal irá confirmar o cálculo e examinar se o preço pago condiz com o valor exato que deve pelo tributo, isso acontece com o ICMS e o IR. Se por acaso houver irregularidade, a autoridade fiscal poderá aplicar multa ao contribuinte.
Referências: 
RAMO Samuel Lima Paulo de. Lançamento do Crédito Tributário e Suas Modalidades. Contábeis 12/04/2017. Disponível em: <www.contabeis.com.br/artigos/3862/lancamento-do-credito-tributario-e-suas-modalidades/>. Acessado em: 06 de maio. De 2023.
RODRIGO, Luiz Antônio Barroso. Direito e legislação tributária. 3. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]; CAPES; UAB, 2015.
5. Quais são as modalidades de suspensão do crédito tributário?
Entre as causas de suspenção do crédito tributário está a moratória, o depósito integral do montante tributado, a interposição de recurso administrativo, a concessão de liminar ou tutela antecipada contra a fazenda pública e o parcelamento. A moratória é quando o contribuinte não consegue efetuar o pagamento do crédito tributário até o vencimento determinado, então ocorre a suspenção do mesmo e é criado uma nova data para pagamento do crédito tributário. O depósito integral do montante tributado é quando o contribuinte faz o depósito total em dinheiro do crédito tributário, ocasionando assim a sua suspenção. A interposição de recurso administrativo segundo Lemos (2022), “se o sujeito passivo impugnar o crédito tributário no âmbito administrativo, o mesmo ficará com a exigibilidade suspensa até a decisão final no processo administrativo”. A concessão de liminar ou tutela antecipada contra a fazenda pública, é quando o contribuinte não está de acordo com os valores devidos do crédito tributário, e por meio de uma ação judicial solicita a reanálise dos mesmos junto a Fazenda Pública, mediante este fato ele pode solicitar uma liminar ou uma tutela antecipada que tem por finalidade a suspenção da exigibilidade do crédito tributário. O parcelamento tem como objetivo o recebimento do crédito tributário vencido, no qual será gerado uma nova proposta para pagamento do mesmo de forma parcelada. 
Referências:LEMOS. Rafael. Saiba tudo sobre Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário. JUS Brasil. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/artigos/saiba-tudo-sobre-suspensao-da-exigibilidade-do-credito-tributario/1366492466> Acesso em 13 de maio. 2023. 
RODRIGO, Luiz Antônio Barroso. Direito e legislação tributária. 3. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]; CAPES; UAB, 2015.
6. Qual a base de cálculo do IPTU?
O IPTU é definido como imposto predial, ou seja, refere-se a prédios, casas, imóveis, apartamentos e entre outros, incidindo sobre imóveis construídos e imóveis não construídos. Para efetuar a base do cálculo do IPTU, este deve ser realizado através do valor venal do imóvel e do valor de sua venda no mercado. Para definir o valor, não deve ser levado em conta as condições financeira de seus proprietários, mas sim os seus terrenos e as edificações. O valor é determinado pelo Poder Público e é utilizado como suporte aplicação de tributos, aumentos e descontos determinados pelos municípios. Esse valor é analisado e reajustado todo ano, deve atentar-se a valorização do imóvel, da região e nas leis municipais, pois o reajuste deve ocorrer de acordo com a cidade ou o município.
Referências: 
PORTO Seguro. Entenda como é calculado o IPTU e quais são suas formas de pagamento. Blog Porto Seguro. Janeiro de 2023. Disponível em: <https://blog.portoseguro.com.br/entenda-como-e-calculado-o-iptu-e-quais-sao-suas-formas-de-pagamento>. Acessado em: 07 de mai. De 2023.
RODRIGO, Luiz Antônio Barroso. Direito e legislação tributária. 3. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]; CAPES; UAB, 2015.
7. Qual é o fato gerador do Imposto incidente sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR)?
O fato gerador é a obtenção da disponibilidade jurídica ou econômica de renda ou de proventos de qualquer natureza, conforme prevê o artigo 43 do CTN (BRASIL, 1966). A disponibilidade econômica é o recebimento efetivo de disponibilidade financeira, ou seja, é o fato, (BRASIL, 1966, art. 116, inciso I), e a disponibilidade jurídica é a adquirida por meio do preenchimento de requisito legal, como por exemplo, o recebimento de doação de um imóvel (BRASIL, 1966, art. 116, inciso II). A Renda é compreendida como sendo o produto do capital, do trabalho, ou da união dos dois, pois não há renda e nem proventos sem acréscimo patrimonial, assim pode ser considerado que o fato gerador do imposto é o acréscimo patrimonial, proventos de qualquer natureza, é entendido como sendo todos os acréscimos patrimoniais não incluídos no conceito de renda, exemplos, pensões, aposentadorias e entre outros. 
Referência:
RODRIGO, Luiz Antônio Barroso. Direito e legislação tributária. 3. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília]; CAPES; UAB, 2015.
8. Quais as hipóteses de incidência do ICMS?
Entre as hipóteses de incidência do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), de acordo com a Lei Complementar nº87, de 13 de setembro de 1996: 
Art. 2° O imposto incide sobre:
I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;
III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
§ 1º O imposto incide também:
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;       (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002)
II - sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.
§ 2º A caracterização do fato gerador independe da natureza jurídica da operação que o constitua. (BRASIL. 1996)
Referência:
BRASIL. Lei Complementar Nº 87, De 13 De Setembro De 1996. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/LCP/Lcp87.htm> Acesso em 13 de maio. 2023.

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