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Exame do Abdome

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Daniella	 Machado
	 	 	 	 	 																 	 	 	 	 	 	 TURMA	XXVI	
 
 
Habilidades Clínicas IV: Módulo 1 
Exame Físico do Abdômen – Interação Organismo Humano e Drogas 
 
Inspeção 
Paciente em posição relaxada, em decúbito dorsal com braços ao lado do corpo e a cabeceira a zero 
grau. Utilizando um pequeno travesseiro na cabeça e pescoço para conforto. A colocação de um travesseiro 
adicional sobre os joelhos ajuda a relaxar a musculatura abdominal. Deve estar exposto dos mamilos ou prega 
submamária até a raiz dos pelos pubianos. Utilizando um lençol no limite inferior, bexiga vazia. Aquecer as mãos 
e o estetoscópio e ter unhas curtas. Examina-se pelo lado direito do paciente. 
 
Estática 
 
Formato 
Abdome normal ou atípico: plano, simétrico, sem abaulamentos ou retrações. 
Abdome globoso: aumento do diâmetro anteroposterior e laterolateral. 
Encontrado no 3º trimestre da gravidez, ascite, obesidade, obstrução intestinal e 
tumores no ovário. 
Abdome em batráquio: abaulamento predominantemente do diâmetro 
transversal sobre o anteroposterior (ascite). 
Abdome em avental: pessoas obesas, acúmulo de tecido gorduroso na 
parede abdominal, cai como um avental sobre a raiz das coxas. 
Abdome pendular ou ptótico: variante do avental. 
Abdome escavado: retraída ou escavada, com contraste com gradil costal, 
emagrecimento acentuado. 
 
Movimentação respiratória 
Sexo masculino: toracoabdominal. 
Sexo feminino: torácicos. 
 
Pulsações 
Visível em indivíduos muito emagrecidos, na presença de aneurismas ou massas próximas ao vaso 
arterial que transmitam a pulsação. Movimentos peristálticos (ondas de Kussmaul). 
 
Presença de cicatrizes 
 Processos traumáticos ou cirúrgicos. A descrição (localização e extensão). 
 
Abaulamentos na parede ou herniações 
Herniações: localização e relação com cicatriz cirúrgicas (hérnia 
incisional). Pode ter a diástase dos músculos abdominais. 
Abaulamentos: localização, pulsatilidade e extensão. 
*Sinal de irmã Maria José: nódulo umbilical metastático (neoplasia 
intra-abdominal). 
 
Alterações na pele 
Telangiectasias ou aranhas vasculares: formadas por uma arteríola central que emite ramos (fluxo desaparece 
com compressão central). Normalmente pescoço, tronco e membros superiores. Está nas hepatopatias. 
Equimoses: extravasamento de sangue na derme, em locais de trauma ou pontos de injeção subcutânea 
de heparina. 
a) Sinal de Cullen: equimose periumbilical (hemorragia no retroperitônio). 
b) Sinal de Grey-Turner: equimose nos flancos como na pancreatite necrosante. 
Estrias: normalmente causada por obesidade ou hipertrofia rápida na musculatura abdominal (brancas). 
As róseas purpúreas ou violáceas são da Síndrome de Cushing. 
Exame	do	Abdômen	–	Módulo	1	 	 	 	 	 	 	 	 					Daniella	 Machado	
Habilidades	Clínicas	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																 	 	 	 	 															TURMA	XXVI	
 
 2 
Fístulas: secundária a procedimento cirúrgicos ou doenças inflamatórias intestinais. Anotar a secreção que 
é expelida. 
 
Presença de circulação colateral 
Para determinar a direção do fluxo venoso, coloca dois dedos em uma das 
extremidades da veia e corre um deles no sentido de esvaziar seu conteúdo. Retira-
se um dos dedos e observa o sentido em que a via se enche ou o sentido em que 
se enche com maior velocidade. 
1- Porto-cava: localizado na região periumbilical. 
Obstrução da veia porta em direção ao fígado. Com 
fluxo centrífugo em relação ao umbigo. 
2- Cava-cava: localizado lateralmente no 
abdome. Tem a cava inferior (obstrução ao nível da 
veia cava inferior, aumento do fluxo venoso) e cava 
superior (obstrução ou compressão da veia cava superior com direção descendente) 
 
Dinâmica 
Herniações da parede abdominal: paciente contrair a musculatura da parede abdominal. 
*Manobra de Valsalva 
*Manobra de Smith-Bates: elevar os membros inferiores simultaneamente e esticados. 
 
Ausculta 
Antes da palpação e percussão abdominal, já que podem alterar os ruídos peristálticos. Avaliam a 
motilidade intestinal e a presença de sopros arteriais. 
 
Ruídos Hidroaéreos 
 
Normal 
5-34 ruídos de borborigmo (gases, chamada de “ronco da barriga”) intestinal (peristalse) por minuto ou 1 
borborigmo a cada 4-5 incursões respiratórias. Auscultar por 1-3 minutos por quadrante pra ter certeza. 
 
Aumentado ou hiperistáltico 
Acima de 34 ruídos por minuto. “Peristalse de luta”, o intestino vence uma obstrução intestinal e na diarreia 
assumindo um timbre metálico. 
 
Diminuído ou hipoperistáltico 
Menor que 5 ruídos por minuto. Encontrado nas fases tardias de obstrução intestinal. 
 
Ausente ou aperistáltico 
Não se auscultam ruídos. Como o íleo metabólico ou o íleo pós-operatório. 
 
Gargarejo 
Palpação profundo (ceco). Percepção tátil do conteúdo hidroaéreo da víscera. 
 
Patinhação 
Ruídos semelhantes a palmadas em superfície de água. Em órgãos com grande diâmetro (estomago e 
ceco). O conteúdo líquido do estomago ou órgão se esvazia mal (obstrução do antro ou piloro). 
 
Vasculejo 
Região epigástrica, movimento com a mão espalmada, chacoalhar desta região (ausculta o líquido de 
estase gástrica). 
 
Exame	do	Abdômen	–	Módulo	1	 	 	 	 	 	 	 	 					Daniella	 Machado	
Habilidades	Clínicas	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																 	 	 	 	 															TURMA	XXVI	
 
 3 
Sons vasculares 
Aorta: Ilíacas comuns na altura de cicatriz umbilical, os sopros aórticos são 
audíveis do apêndice xifoide até cicatriz umbilical. 
Renais: Estenose das artérias renais, sopros são audíveis sobre essas artérias. 
O hilo renal fica à altura do umbigo na borda externa dos retos abdominais. 
Femorais: Aterosclerose gera sopro assimétrico, sopro de pistol shot. 
Venoso: Zumbido venoso 
*Sopros na topografia do fígado ou do baço (infarto esplênico). 
 
Percussão 
Avaliar distribuição de gases no abdome, identificar massas sólidas, presença de líquido livre na cavidade, 
tamanho do fígado, aumento esplênico e áreas dolorosas. 
 
Maciço 
Massas ou visceromegalias. Vísceras maciças normais (fígados) ou aumentadas 
(esplenomegalia), tumor ovariano, distensão da bexiga, útero gravídico, ascite, fezes e 
demais tumores. Percutir 9 quadrantes. 
 
Espaço de Traube 
Timpânico, inicia no 6º espaço intercostal esquerdo até rebordo costal (11º EICE). 
*Macicez: esplenomegalia, estomago cheio (comida), fecaloma, adenocarcinoma, 
ascite volumosa ou derrame pleural. 
 
Macicez móvel de decúbito 
Timpanismo na região periumbilical e maciço nos flancos. 
 
Sinal do piparote 
Ondas líquidas no lado oposto ao que se estimula a parede abdominal. O 
paciente comprima com as bordas ulnares das mãos a região mediana para impedir a 
transmissão via gordura e realiza-se a percussão em um dos lados e com a outra sente 
a onda-líquida. Sensibilidade menor. 
 
Sinal da poça (poodle sign) 
Ascite de pequeno volume, paciente fica em posição genitorácica por vários minutos 
e inicia a percussão de baixo para cima da região periumbilical (líquido livre), a região ficará 
maciça. Tem maior sensibilidade (positivo com 150 ml). Hoje é usado ultrassom. 
 
Semicírculo de Skoda 
Paciente em decúbito dorsal ou em pé, coleta-se o líquido ascite no andar inferior 
do abdome. A percussão no andar superior, delimita linha semicircular na transição entre 
timpanismo, macicez ou submacicez. 
 
Hepatimetria 
Paciente respira superficialmente e na LHD executa-se a percussão de cima para baixo a partir do 2º 
espaço intercostal. Na sobreposição do pulmão com o fígado, o som vira submaciço, depois do 5º ou 6º EID 
começa o fígado. O tamanho normal é entre 6-12 cm do lado direito e de 4-8 cm abaixo do apêndice xifoide. 
 
Sinal de Jobert 
Timpanismo na área de macicez, por perfuração da víscera oca (pneumoperitônio), o ar ocupa as porções 
superiores do abdome, entre o fígado e o diafragma. 
 
Sinal de Torres Homem 
Punho-percussão na loja hepática for dolorosa, por causa de processo inflamatório. 
Exame	do	Abdômen	–	Módulo	1	 	 	 	 	 	 	 	 					Daniella	 MachadoHabilidades	Clínicas	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																 	 	 	 	 															TURMA	XXVI	
 
 4 
Palpação 
A resistência da parede abdominal equivale à de um músculo em repouso. Quando 
se tem contratura abdominal é importante estabelecer se é voluntária ou involuntária (defesa 
da parede abdominal, localizada ou generalizada). Em indivíduos obesos a palpação está 
dificultada 
 
Superficial 
Avaliar dor e tensão da parede, alteração no tecido celular (herniações, massas e visceromegalias). 
Utiliza-se a face palmar dos dedos iniciando pela fossa ilíaca direita, depois flanco e hipocôndrio direito, região 
epigástrica, hipocôndrio esquerdo, flanco esquerdo, fossa ilíaca à esquerda, região hipogástrica e mesogástrica. 
 
Profunda 
Com uma ou duas mãos, utiliza-se uma das mãos para sentir enquanto a outra 
empurra (não é questão de força). Pesquisa a presença de massas delimitadas pela 
percussão e irritação peritoneal. 
*SEMPRE OLHAR A FACE DO PACIENTE!!! Mímica facial denota dor. 
 
Apendicite 
Sinal de Blumberg no ponto de McBurney (linha entre cicatriz umbilical e espinha ilíaca 
anterossuperior), compressão no ponto de junção do terço lateral. 
Sinal do obturador: flete-se a coxa e faz-se a seguir a rotação interna do quadril, 
estirando-se desta forma o músculo obturador interno. A dor relatada no hipogástrio é sinal de 
irritação do músculo, causada pelo apêndice que está na cavidade 
pélvica. 
Sinal de Rovsing: comprime com mão fechada o cólon 
descendente (FIE), gás contido deslocar-se retrogradamente em 
direção ao ceco, que irá distender, sendo doloroso se houver inflamação 
do apêndice. 
Sinal do psoas: extensão forçada da coxa, com o estiramento das fibras do músculo 
psoas ou através da coxa contra resistência. Este sinal positivo 
pode ser indicativo de irritação do músculo psoas, causas das 
apendicites com o apêndice retroceceal encostando neste músculo. O paciente em 
decúbito lateral esquerdo e faz extensão forçada da coxa. 
Sinal de Lapinski: dor à compressão da FID enquanto o paciente eleva o membro 
inferior esticado. 
Sinal de Dunphy: dor na FID que piora com a tosse. 
Sinal de Aaron: dor na região precordial ou epigástrica quando é palpado o ponto 
de McBurney. 
 
Colecistite 
 
Sinal de Murphy: 
Na expiração posiciona-se a mão no ponto entre a junção do rebordo costal com o 
músculo reto abdominal (ponto cístico) e pede-se para o paciente realizar a inspiração. Se 
tiver processo inflamatório na vesícula biliar, quando descer, por causa da inspiração e 
tocar na mão do examinador, gerará dor e fará o paciente interromper a inspiração, 
configurando sua positividade. Se houver aumento hepático em vez do rebordo costal, 
deve ser utilizada a borda inferior do fígado com a junção do músculo reto abdominal. 
 
Sinal ou regra de Courvoisier-Terrier: 
Palpa o hipocôndrio direito, sente uma massa ovalada que é a vesícula biliar distendida que se torna 
palpável por efeito de massa de neoplasia de vias biliares extra-hepáticas (tumores, principalmente câncer de 
cabeça de pâncreas). Uma vesícula palpável e dolorosa indica distensão aguda por obstrução do ducto cístico 
por cálculo biliar. 
Exame	do	Abdômen	–	Módulo	1	 	 	 	 	 	 	 	 					Daniella	 Machado	
Habilidades	Clínicas	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																 	 	 	 	 															TURMA	XXVI	
 
 5 
Achados 
Diástase do reto abdominal: paciente contraí a parede abdominal e realizar a palpação para tentar 
diferencias uma massa intra-abdominal de uma das paredes, achando uma separação dos músculos 
retoabdominais (diástase). 
Hérnias: a manobra de Valsalva evidencia hérnias umbilicais, incisionais ou epigástricas. 
 
Palpação de fígado 
 
Método de Lemos Torres, Chauffard ou bimanual 
Mão esquerda na região dorsolombar do paciente e faz tração anterior, enquanto 
a mão direita é aprofundada na região anterior desde a FID até rebordo costal direito 
durante a inspiração profunda, palpando a borda hepática durante a subida com a mão 
direita. Analisa-se a borda inferior do fígado, consistência, formato da borda, superfície, 
sensibilidade álgica. 
 
Mathieu-Cardarelli ou em garra 
Palpar o fígado com as mãos apoiadas no rebordo costal, com os dedos 
tentando entrar por debaixo do rebordo costal. 
 
Palpação golpeada e profunda 
Pacientes com ascite, imprimindo pequenos golpes com os dedos abaixo do rebordo costal direito, 
afastando a camada líquida e alcançando o fígado (se estiver aumentando). 
 
Palpação baço 
 
Bimanual: 
Mão esquerda na região costolombar esquerda, tracionando o rebordo costal 
anteriormente, a mão direita inicia a palpação desde a FID em direção ao 
hipocôndrio esquerdo. Solicitar paciente respirar fundo com boca aberta. 
 
Método de Mathieu-Cardarelli 
Posição de Schuster: paciente em semidecúbito lateral direito, com 
braço direito ao longo do corpo e a mão esquerda na nuca. O membro 
inferior direito permanece em posição neutra (esticado), enquanto o 
esquerdo é fletido. 
 
Palpação de massas pulsáteis 
Presença de massas pulsáteis (presença de aneurisma ou massa). Direção da distensibilidade da massa. 
Pressionar lateralmente a massa e sentir se há pulsação lateral. 
 
Palpação renal 
 
Método de Guyon 
Paciente em decúbito dorsal, examina o rim direito, posiciona a mão esquerda na 
região dorsal tracionando para frente em movimento de báscula, enquanto a mão direita entra 
abaixo do rebordo costal durante a inspiração ao encontro da mão esquerda tentando pegar 
o rim entre as duas mãos. Para o rim esquerdo utiliza-se a mão esquerda. 
 
Manobra de Israel 
Mesmo método de Guyon com o paciente em decúbito lateral e membros 
superiores por sobre a cabeça. 
 
Exame	do	Abdômen	–	Módulo	1	 	 	 	 	 	 	 	 					Daniella	 Machado	
Habilidades	Clínicas	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																 	 	 	 	 															TURMA	XXVI	
 
 6 
Método de Goelet 
Paciente em pé, com o joelho do lado a ser examinado apoiado em uma cadeira. A 
manobra de colocação da mão na região lombar empurrando-a e a 
outra mão tentando palpar o rim pela frente. 
 
Teste de hipersensibilidade renal 
Punho percussão ou percussão com borda ulnar (manobra de 
Giordano) na junção do rebordo costal com musculatura paravertebral. 
 
Descrição exame 
 
Normal 
Abdome: atípico à inspeção, ruídos hidroaéreos presentes (borborigmo intestinal presente), timpânico à 
percussão, Traube timpânico, flácido à palpação, indolor à palpação superficial e profunda, sem massas ou 
visceromegalias, Hepatimetria na linha hemiclavicular esquerda de 10 cm, fígado impalpável abaixo do rebordo 
costal, baço impalpável. 
 
Obstrução intestinal 
Abdome: abdome distendido, presença de cicatriz hipocromica de incisão cirúrgica em flanco direito, 
medindo 6 cm, tatuagem em flanco esquerdo até linha axilar média, medindo 10 cm no maior diâmetro, 
borborigmo aumentado, macicez em mesogástrico e flanco direito, restante hipertimpânico. Traube timpânico, 
tenso à palpação, doloroso à palpação superficial e profunda, sem massa ou visceromegalias, fígado impalpável. 
 
Bibliografia 
Rocco

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