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Pulpite Reversível | Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Diagnóstico, sinais e sintomas, tratamento, testes pulpares

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Pulpite Reversível
Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes
Sinais e Sintomas
É por definição uma leve alteração inflamatória da polpa, em fase inicial, em que a
reparação tecidual advém uma vez que seja removido o agente desencadeador do
processo. Se os irritantes persistem ou aumentam, a inflamação pulpar torna-se de
intensidade moderada à severa, o que caracteriza a pulpite irreversível, com ulterior
progresso para necrose pulpar.
Pelo exame visual, detecta-se restauração ou lesão de cárie extensa. Não há ainda
exposição pulpar. Entretanto, deve-se ter em mente, que em alguns casos, mesmo
antes de haver exposição da polpa, pode haver o desenvolvimento de uma pulpite
irreversível.
Inspeção
Testes Pulpares
 Calor: o calor pode ser aplicado por meio de bastão de guta-percha aquecido (76°C) ou
pela fricção de uma taça de borracha sobre a superfície vestibular do dente. Em casos
de normalidade pulpar, o paciente acusa dor tardia à aplicação inicial do estímulo
(segundos depois, à medida que a temperatura aumenta na polpa pela manutenção do
estímulo). Dentes acometidos por pulpite reversível podem responder da mesma forma. 
Frio: a aplicação de frio, por meio de bastões de gelo (0°C), neve carbônica ou gelo seco
(-78°C) ou spray refrigerante, como o tetrafluoretano ou o diclorodifluormetano (Endo-Ice,
a -30°C), evoca dor aguda, rápida, localizada, que passa logo ou poucos segundos após
a remoção da fonte estimuladora. Esta resposta é bastante similar à de uma polpa
normal. Com a manutenção da aplicação do estímulo, a dor diminui até desaparecer.
REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
A pulpite reversível geralmente é assintomática. Porém, em determinadas situações, o
paciente pode acusar dor aguda, rápida, localizada e fugaz, em resposta a estímulos
que normalmente não evocam dor. Esta cede imediatamente ou poucos segundos
depois da remoção do estímulo. A dor ao frio é a queixa mais comum por parte do
paciente. A dor oriunda da estimulação de fibras A-δ é resultado da hidrodinâmica do
fluido dentinário, sendo aguda, súbita e fugaz, passando rapidamente após a remoção
do estímulo. É possível que mediadores químicos endógenos da inflamação, como
prostaglandinas e serotonina, também promovam a redução do limiar de fibras A-δ.
Testes Perirradiculares
Percussão e palpação: estes testes apresentam resultado negativo na pulpite reversível,
uma vez que não há comprometimento dos tecidos perirradiculares.
Patologia Pulpar e Perirradicular | Endodontia | Francielle Nunes
Achados Radiográficos
Tratamento
O tratamento da pulpite reversível consiste, basicamente, na remoção da cárie ou da
restauração defeituosa (e/ou extensa) e na aplicação de um curativo à base de óxido de
zincoeugenol, que é dotado de efeito analgésico e anti-inflamatório. O paciente é
remarcado para, pelo menos, 7 dias depois, quando o caso é reavaliado, considerando-
se a possibilidade de restaurar o dente definitivamente.
REFERÊNCIA: LOPES, H.P., SIQUEIRA Jr, J.F. Endodontia. Biologia e técnica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
Radiograficamente, verifica-se a presença de lesões cariosas ou restaurações extensas,
próximo à câmara pulpar. Na grande maioria dos casos, apenas por radiografias é
arriscado afirmar se houve ou não exposição da polpa. Por exemplo, cáries ou
restaurações por vestibular ou lingual podem sobrepor-se à câmara pulpar na
radiografia, dando a falsa impressão de terem atingido a polpa.
Dinâmica dos processos patológicos pulpar e perirradicular tendo como início um processo de
cárie. A, Pulpite reversível. À medida que a cárie avança na dentina em direção à polpa, aumenta
a gravidade do processo inflamatório pulpar. B, Pulpite irreversível. Após exposição pulpar por
cárie, a agressão exercida diretamente por microrganismos é intensa e gera inflamação severa e
irreversível. C, Pulpite irreversível e necrose parcial. A infecção avança no canal em direção
apical. D, Necrose e infecção de praticamente to da a polpa radicular, como resultado do avanço
apical dos eventos compartimentalizados de agressão, inflamação, necrose e infecção. E,
Estabelecida a infecção na porção mais apical do sistema de canais radiculares. F, O processo
inflamatório se estende para os tecidos perirradiculares e uma lesão osteolítica se estabelece.

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