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Plataforma +IFMG Gestão Ambiental e Sustentabilidade Thaís de Carvalho Felicori Formação Inicial e Continuada + IFMG Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Thaís de Carvalho Felicori Gestão Ambiental e Sustentabilidade 1ª Edição Belo Horizonte Instituto Federal de Minas Gerais 2021 Plataforma +IFMG FICHA CATALOGRÁFICA Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) F314g Felicori, Thaís de Carvalho. Gestão ambiental e sustentabilidade [recurso eletrônico] / Thaís de Carvalho Felicori. – Belo Horizonte : Instituto Federal de Minas Gerais, 2021. 41 p. : il. color. E-book, no formato PDF. Material didático para Formação Inicial e Continuada. ISBN 978-65-5876-104-4 1. Sustentabilidade e meio ambiente. 2. Gestão ambiental. 3. Desenvolvimento sustentável. 4. Auditoria ambiental I. Título. CDD 658.408 CDU 304:577.4 Catalogação: Viviane Barbosa Andrade - Bibliotecária - CRB-6/2819 Índice para catálogo sistemático: Gestão ambiental - 658.408 Pró-reitor de Extensão Diretor de Programas de Extensão Coordenação do curso Arte gráfica Diagramação 2021 Direitos exclusivos cedidos ao Instituto Federal de Minas Gerais Avenida Mário Werneck, 2590, CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG, Telefone: (31) 2513-5157 Carlos Bernardes Rosa Júnior Niltom Vieira Junior Thaís de Carvalho Felicori Ângela Bacon Eduardo dos Santos Oliveira © 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do Instituto Federal de Minas Gerais. Plataforma +IFMG Sobre o material Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma autônoma e suficiente. Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR disponível no fim deste livro. Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante melhoria. 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Todo indivíduo é capaz de gerar poluição e pode e deve promover a sustentabilidade no seu cotidiano. Assim, este curso é destinado aos cidadãos, profissionais e gestores interessados em adquirir conhecimentos sobre a gestão ambiental e sua aplicação em diferentes realidades. O curso é dividido em três módulos em que serão trabalhados os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), princípios e conceitos da gestão ambiental e economia circular, requisitos da norma NBR ISO 14.001/2015, aspectos e impactos ambientais e noções de auditoria e certificação ambiental. As temáticas supracitadas envolvem estudos vastos e complexos. Entretanto, nesta formação elas serão trabalhadas de forma conceitual e aplicada com o objetivo de trazer a base da sustentabilidade para o cotidiano do estudante. Para isso, faça associações e aplique continuamente os conceitos trabalhados na sua realidade para que você possa promover a transcendência deste aprendizado para qualquer outra situação. Bons estudos! Thaís Felicori Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Apresentação do curso Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são apresentados, sucintamente, a seguir. SEMANA 1 Nesta semana, você conhecerá os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e sua inserção no cenário socioeconômico atual. Além disso, serão apresentados conceitos e princípios básicos da Gestão Ambiental no contexto organizacional e de economia circular. SEMANA 2 Nesta semana, você compreenderá a gestão ambiental no contexto da norma NBR ISO 14.001/2015. Estudaremos a primeira parte dos requisitos da norma. Além disso, você aprenderá a identificar aspectos e impactos ambientais para o planejamento de ações. SEMANA 3 Nesta semana, você compreenderá a segunda parte dos requisitos da norma NBR ISO 14.001/2015. Além disso, aprenderá noções de auditoria e certificação ambiental. Carga horária: 30 horas. Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais). Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Apresentação dos Ícones Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado: Atenção: indica pontos de maior importância no texto. Dica do professor: novas informações ou curiosidades relacionadas ao tema em estudo. Atividade: sugestão de tarefas e atividades para o desenvolvimento da aprendizagem. Mídia digital: sugestão de recursos audiovisuais para enriquecer a aprendizagem. Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Sumário Semana 1 – Gestão ambiental e os ODS ...................................................... 15 1.1. Sustentabilidade: um processo em evolução ..................................... 15 1.2. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ............................. 17 1.3. Gestão ambiental: conceitos e princípios ........................................... 21 1.4. A questão ambiental no ambiente organizacional .............................. 22 Semana 2 – Implementando um Sistema de Gestão ambiental – Parte I ...... 24 2.1 Sistema de Gestão ambiental - ISO 14001:2015 ............................... 24 2.2 Contexto da organização ................................................................... 26 2.3 Liderança ........................................................................................... 26 2.4 Planejamento ..................................................................................... 27 2.4.1 Aspectos e impactos ambientais ........................................................ 28 2.4.2 Requisitos legais e outros requisitos ..................................................30 Semana 3 – Implementando um Sistema de Gestão ambiental – Parte II ..... 32 3.1 Suporte .............................................................................................. 32 3.2 Operação ........................................................................................... 32 3.3 Avaliação de Desempenho ................................................................ 33 3.4 Melhoria ............................................................................................. 33 3.5 Certificação ambiental ........................................................................ 34 3.6 Auditoria ambiental ............................................................................ 36 Referências ................................................................................................... 38 Currículo do autor .......................................................................................... 40 Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 42 file:///C:/Users/Niltom/Downloads/(E-book%20+IFMG)%20-%20Gestão%20Ambiental%20e%20Sustentabilidade.docx%23_Toc75779664 file:///C:/Users/Niltom/Downloads/(E-book%20+IFMG)%20-%20Gestão%20Ambiental%20e%20Sustentabilidade.docx%23_Toc75779669 file:///C:/Users/Niltom/Downloads/(E-book%20+IFMG)%20-%20Gestão%20Ambiental%20e%20Sustentabilidade.docx%23_Toc75779678 Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 15 Mídia digital: Antes de iniciar os estudos da Semana 1, vá até a sala virtual e assista ao vídeo “Aula 1”. 1.1. Sustentabilidade: um processo em evolução O crescimento populacional exponencial, associado ao aumento da demanda por recursos naturais tem provocado impactos ambientais negativos e, em alguns casos, irreversíveis sobre o meio ambiente. Este cenário resulta em alterações da qualidade ambiental e de vida da população. Neste contexto, ao longo dos últimos 50 anos, a variável ambiental tem sido inserida nas políticas governamentais e organizacionais resultando na criação e consolidação de legislações ambientais mais rígidas e na alteração do modelo de desenvolvimento da sociedade. Este processo foi marcado pelo surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável, em 1987, com a publicação do Relatório Nosso Futuro Comum pela Organização das Nações Unidas - ONU: “O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.” Este modelo de desenvolvimento passou a se basear no chamado tripé da sustentabilidade - triple bottom line - que por muitos anos norteou a política ambiental das organizações dispostas a se inserir neste novo contexto. Objetivos Nesta semana, você conhecerá os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a importância da gestão ambiental no contexto de qualquer atividade humana e no contexto organizacional. Semana 1 – Gestão ambiental e os ODS Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 16 Figura 1 – Tripé da sustentabilidade. Fonte: Catapan et al. (2013). A sustentabilidade nos negócios, passou a ser compreendida a partir do equilíbrio entre os três pilares: crescimento econômico, responsabilidade ambiental e social. Assim, para atingir este equilíbrio, empresas de diversos setores passaram a administrar o uso dos recursos naturais e controlar seus impactos ambientais, compreendendo e gerenciando os desafios inerentes ao desenvolvimento sustentável (SEBRAE, 2015). A gestão ambiental surgiu, então, para auxiliar as empresas a implementarem este modelo em suas realidades. Em 1996 foi publicada internacionalmente a série de normas ISO 14000 que normatizou a criação de um conjunto de procedimentos e requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Esse sistema passou a ser adotado como uma alternativa estratégica para a mudança da relação com o meio ambiente no ambiente organizacional. Acompanhando o cenário de mudança de paradigmas, a ISO 14001 publicada em 1996 foi revisada duas vezes: em 2004 e em 2015. A evolução da norma é clara e é interessante observá-la ao compararmos a definição de SGA trazida nas duas últimas versões. A norma ABNT NBR ISO 14001 (2004) definiu o SGA como: “parte de um sistema da gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar seus aspectos ambientais.” Por outro lado, na versão atual da norma ISO 14001, publicada em 2015 o SGA é definido como “parte do sistema de gestão usado para gerenciar aspectos ambientais, cumprir requisitos legais e outros requisitos, e abordar riscos e oportunidades”. É possível perceber que o conceito se torna mais abrangente e incorpora uma nova abordagem importante: a análise de riscos e oportunidades. Nesta revisão é trazida, Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 17 então, a importância estratégica do SGA com o potencial de aumentar a competitividade da empresa no setor em que atua e reduzir ameaças. A visão de riscos e oportunidades na gestão ambiental está alinhada com a ruptura com o modelo de economia linear e adoção, em contrapartida, de um modelo de economia circular. De acordo com a Fundação Ellen MacArthur (2013), o desenvolvimento promovido pela industrialização e os avanços tecnológicos ainda hoje são conduzidos de acordo com o modelo econômico baseado no padrão: extrair-produzir-eliminar, em que as organizações removem os recursos do ambiente, aplicam energia e trabalho para gerar produtos, que são consumidos e logo descartados ao fim da sua vida útil. Apesar dos avanços no uso eficiente dos recursos, ainda há muito o que avançar em sistemas baseados no consumo e na recuperação dos recursos. Apesar disso, recentemente muitas empresas passaram a identificar que o modelo linear tem aumentado a exposição ao risco, especialmente às incertezas relacionadas ao fornecimento de recursos e aumento dos preços das matérias-primas (Fundação Ellen MacArthur, 2013). Apesar de ainda não ser uma realidade amplamente implementada, a lógica da economia circular para os sistemas econômicos modernos e aos processos industriais vem sendo discutida desde a década de 1970. Este conceito propõe uma mudança sistêmica que “constrói resiliência em longo-prazo, gera oportunidades econômicas e de negócios, e proporciona benefícios ambientais e sociais” (Fundação Ellen MacArthur, 2020) baseada em três princípios: • Eliminação de resíduos e poluição desde o princípio; • Manutenção de produtos e materiais em uso; • Regeneração de sistemas naturais. Neste sentido, o modelo de economia circular vem sendo discutida e implementada em muitos países, cidades e organizações contribuindo para a evolução da discussão sobre o desenvolvimento econômico sustentável. 1.2. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Como citado anteriormente, com o surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável veio a inserção da tríade da sustentabilidade no contexto organizacional. Porém, conforme mencionado ao final do tópico anterior, as discussões ambientais vêm amadurecendo ao longo dos anos e, atualmente, a Organização das Nações Unidas propõe a adoção de cinco dimensões de sustentabilidade, chamados: 5 P’s da sustentabilidade (Figura 2). Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 18 Figura 2 – 5 P’s do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Fonte: Movimento Nacional ODS (2020). Neste contexto, a sustentabilidade corporativa atualmente atinge níveis estratégicos na organização, pois visa a manutenção da imagem institucional e cumprimentodos requisitos legais, mas também envolve respostas às pressões de agentes de financiamento, acionistas e às diversas demandas da sociedade (CEBDS, 2020). Assim, a sustentabilidade deixa de ser associada ao “verde” e passa a ser relacionada a uma visão mais ampla, representada pelas cores trazidas nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável publicada pela ONU em 2015 (Figura 3). Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 19 Figura 3 – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Fonte: https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/sustainable-development-goals.html (Acesso em: 30 out. 2020). Os ODS entraram em vigor em janeiro de 2016 e surgiram dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), vigentes de 2000 a 2015, tendo como objetivo orientar ações para erradicar a pobreza no mundo, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade (PNUD, 2020). Em detalhe, são eles: Objetivo 1. Erradicação da Pobreza - Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Objetivo 2. Fome Zero e Agricultura Sustentável - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Objetivo 3. Boa Saúde e Bem-Estar - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Objetivo 4. Educação de Qualidade - Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Objetivo 5. Igualdade de Gênero - Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. Objetivo 6. Água Potável e Saneamento - Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos. Objetivo 7. Energia Limpa e Acessível - Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos. Objetivo 8. Emprego Decente e Crescimento Econômico - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos. https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/sustainable-development-goals.html Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 20 Objetivo 9. Indústria, Inovação e Infraestrutura - Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação. Objetivo 10. Redução das Desigualdades - Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. Objetivo 11. Cidades e Comunidades Sustentáveis - Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Objetivo 12. Consumo e Produção Responsáveis - Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. Objetivo 13. Ação Contra a Mudança Global do Clima - Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos. Objetivo 14. Vida na Água Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. Objetivo 15. Vida Terrestre - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade. Objetivo 16. Paz, Justiça e Instituições Eficazes - Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. Objetivo 17. Parcerias e Meios de Implementação - Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. Dica do Professor: Para mais informações sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e para saber o que vem sendo feito para cumprir a Agenda 2030 no Brasil, acesse o site do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD – Brasil. Além dos 17 ODS, a Agenda 2030 conta com 169 metas cujo cumprimento pelos países é monitorado por 232 indicadores globais (FURTADO, 2018). Esses objetivos são considerados norteadores de políticas públicas e normas de governança para países e empresas com o intuito de solucionar com urgência problemas globais referentes ao saneamento, mudanças climáticas e desigualdade social (CEBDS, 2020). Nesta proposta, a sustentabilidade estratégica empresarial envolve áreas como a gestão de resíduos, a compensação socioambiental, ação em parceria com fornecedores, foco em fontes de energia limpa, inclusão, diversidade, entre outros. Finalmente, é importante destacar que todos os cidadãos podem e devem contribuir para o cumprimento dos ODS em nosso cotidiano. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 21 Atividade: Leia novamente os 17 ODS, reflita sobre as suas atividades cotidianas e tente identificar em quais deles você pode contribuir como cidadão e, se for o caso, como empreendedor. Vá, na sala virtual, até o Fórum: “Cidadão consciente” e compartilhe com os colegas o resultado da sua reflexão. 1.3. Gestão ambiental: conceitos e princípios Nas próximas semanas iremos entender na prática como a Gestão Ambiental é implementada a partir do Sistema de Gestão Ambiental proposto pela norma NBR ISO 14001:2015. Porém, antes de iniciarmos o estudo dos requisitos da norma, é necessário trazer alguns conceitos básicos necessários para a sua compreensão. Nos tópicos anteriores, ao mencionar o contexto empresarial, foi utilizado o termo organização, que nada mais é do que “pessoa ou grupo de pessoas com suas próprias funções com responsabilidades, autoridades e relações para alcançar seus objetivos” (ABNT NBR ISO 14001, 2015). A ideia de organização pode trazer a ideia equivocada e restrita de empresas de médio ou grande porte. Entretanto, o conceito mostra que o termo pode ser utilizado até para uma organização composta por uma única pessoa. Neste contexto, é fundamental mostrar a abrangência do termo pelo fato de que: a norma pode ser aplicada em organizações de qualquer porte, setor econômico, localização geográfica ou característica cultural. Além disso, de acordo com o SEBRAE (2004), 90% das empresas brasileiras são micro ou pequenas empresas. Assim, decorrente dessa maioria, é de fundamental importância a contribuição que os pequenos negócios têm a oferecer para um meio ambiente mais seguro e saudável. As micro e pequenas empresas representam o universo do país, em sua diversidade cultural, possuindo um enorme potencial na implantação de mudanças favoráveis ao meio ambiente, transformando as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de negócios. Mas, afinal, o que são as micro e pequenas empresas? Bom, as micro e pequena empresas podem ser definidas pelo número de pessoas ocupadas na empresa ou pela receita auferida SEBRAE (2004): • Microempresa (ME): atividades de serviço ou comércio com até 9 pessoas ocupadas ou, no setor industrial, com até 19 pessoas ocupadas. • Pequena empresa (PE): atividades de serviço ou comércio com 10 a 49 pessoas ocupadas ou, no setor industrial, com 20 a 99 pessoas ocupadas. As micro e pequenas empresas representam, o universo do país, em sua diversidade cultural, possuindo um enorme potencial na implantação de mudanças favoráveis ao meio ambiente, transformando as restrições e ameaças ambientais em oportunidades de negócios. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 22 Outro conceito importante muito presente na revisão da norma ISO 14001:2015 é o de parte interessada, que representa “pessoa ou organização que pode afetar, ser afetada ou se perceber afetada por uma decisão ou atividade” (ABNT NBR ISO 14001, 2015, p. 14). As partes interessadassão as pessoas ou organizações que vão ter necessidades e expectativas relacionadas àquela organização que precisam ser consideradas no processo de implementação do SGA. Um termo muito utilizado no processo de implementação dos requisitos da norma (Semanas 2 e 3) é a não-conformidade que indica o não cumprimento de algum requisito ao qual a organização se propôs a cumprir, podendo ser um requisito legal, um dos requisitos da norma ou algum outro requisito pertinente ao contexto daquela organização e suas partes interessadas. No contexto da gestão ambiental, as não-conformidades estão muito relacionadas aos aspectos ambientais e impactos ambientais relacionados à atividade fim daquela organização. • Aspecto ambiental é o “elemento das atividades ou produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente” (ABNT NBR ISO 14001, 2015, p. 15). O aspecto ambiental significativo é aquele que tem ou pode ter um impacto ambiental significativo. • Impacto ambiental é a “modificação no meio ambiente, tanto adversa como benéfica, total ou parcialmente resultante dos aspectos ambientais de uma organização” (ABNT NBR ISO 14001, 2015, p. 15). 1.4. A questão ambiental no ambiente organizacional O levantamento dos aspectos e impactos ambientais inerentes aos processos produtivos é uma etapa essencial no processo de gestão ambiental. E é a partir deste levantamento que é possível planejar ações para reduzir desperdícios e prevenir a poluição. Neste sentido, de acordo com o SEBRAE (2004), existem cinco principais pontos de economia que fazem parte da gestão ambiental da organização e contribuem para o aumento da sua produtividade e competitividade. São eles: 1. Minimização do desperdício de água na produção. 2. Minimização do desperdício de energia por unidade de produção. 3. Minimização das perdas de matéria-prima por unidade de produção. 4. Minimização da geração de resíduos. 5. Minimização da poluição. Ou seja, a gestão ambiental organizacional promove o aumento da eficiência do uso de recursos como matéria-prima, água, energia reduzindo custos e gerando renda. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 23 Atividade: Vimos que não há incompatibilidade entre um empreendimento lucrativo e uma gestão ambiental adequada. Além disso, sabemos que é responsabilidade de todos contribuir para o cumprimento das metas da Agenda 2030, a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Sendo assim, é hora do estudo de caso. Vá até a sala virtual e participe do Fórum “Estudo de Caso - ODS” com, no mínimo, uma publicação: 1) Compartilhe com os colegas o caso de alguma empresa que tem utilizado os ODS como referência para nortear a sua gestão. Apresente quais são os ODS que se aplicam à realidade daquela empresa e como esses objetivos estão sendo cumpridos. Sugestão: se quiser, contribua com a publicação de algum outro colega. Não se esqueça de inserir a sua fonte de informações. Ao concluir esta semana, é hora de descansar e refletir sobre o que foi aprendido. Aproveite para compartilhar com as pessoas do seu convívio os conhecimentos adquiridos até aqui. Traga essas reflexões para o seu dia a dia fazendo com que outras pessoas possam implementar práticas sustentáveis no seu ambiente e cotidiano. Nos encontramos na próxima semana. Bons estudos! Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 24 Mídia digital: Antes de iniciar os estudos da Semana 2, vá até a sala virtual e assista ao vídeo “Aula 2”. 2.1 Sistema de Gestão ambiental - ISO 14001:2015 A norma ISO 14001:2015 tem como objetivo “prover às organizações uma estrutura para a proteção do meio ambiente e possibilitar uma resposta às mudanças das condições ambientais em equilíbrio com as necessidades socioeconômicas, criando alternativas que viabilizem o desenvolvimento sustentável” (ABNT NBR ISO 14001, 2015, p. 8). A estrutura supracitada se refere ao Sistema de Gestão Ambiental que é proposto e que tem como resultados mínimos pretendidos: • Melhorar o desempenho ambiental; • Cumprir as obrigações de conformidade; • Atingir os objetivos ambientais. Para atingir esses resultados, a metodologia proposta para a implementação da norma é o método PDCA (Plan-Do-Check-Act ou Planejar- Executar-Verificar-Agir). Esta metodologia tem como função principal coordenar continuamente os esforços no sentido da melhoria contínua, pois o contexto das organizações é dinâmico e o SGA pode e deve, sempre que necessário, ser modificado para que os objetivos ambientais sejam alcançados. Assim, na fase de planejamento são propostos os objetivos ambientais e os processos necessários para atingi-los. Ambos estabelecidos de acordo com a política ambiental da organização. Na etapa de execução os processos são implementados como foram propostos. A verificação envolve o monitoramento e medição dos processos e registro de resultados para que na ação as medidas sejam tomadas para a melhoria contínua do SGA. O Ciclo PDCA é a metodologia proposta para todos os sistemas de gestão e é desejável a integração dos SGs (qualidade – ISO 9001:2015, saúde e segurança do trabalhado – ISO 45001:2018, ambiental - ISO 14001:2015, responsabilidade social – ISO Objetivos Nesta semana, você compreenderá a gestão ambiental no contexto da norma NBR ISO 14.001/2015. Além disso, aprenderá a identificar aspectos e impactos ambientais das atividades humanas. Semana 2 – Implementando um Sistema de Gestão ambiental – Parte I Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 25 26001:2010). Para isso, a revisão das normas dos sistemas de gestão, propôs uma estrutura de requisitos padronizada, composta por dez requisitos (Figura 4). Figura 4 – Requisitos das normas de gestão ISO 14001, ISO 9001 e ISO 45001. Fonte: ABNT NBR ISO 14001:2015. Como se observa na Figura 5, estes requisitos são integrados ao ciclo PDCA e ao princípio da melhoria contínua. Veremos a seguir de que forma esta integração acontece. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 26 Figura 5 – Ciclo PDCA. Fonte: ABNT NBR ISO 14001:2015, p. 10. Os Requisitos 1, 2 e 3 são introdutórios e não auditáveis. Sendo assim, a nossa análise se iniciará no Requisito 4. 2.2 Contexto da organização O contexto da organização exerce influência direta e constante no escopo do SGA, como observamos na Figura 5. Este requisito foi incluído na norma após a revisão de 2015 e trouxe um importante incremento na análise das questões internas e externas que afetam a capacidade de alcançar os resultados pretendidos no SGA. Este requisito envolve: • a compreensão das questões internas e externas e das condições ambientais que fazem parte do contexto da organização; • a compreensão das necessidades e expectativas de partes interessadas; • a determinação do escopo do sistema de gestão ambiental a partir da definição dos limites e da aplicabilidade do SGA. Atenção: Pare e reflita: como você descreveria o contexto da organização em que você trabalha ou qualquer outra que esteja situada próximo à sua realidade? Responda perguntas como: quem exerce influência sobre este local? Quem é afetado por esta organização? Que tipo de condições afetam o bom funcionamento desta empresa e o trabalho dos funcionários? Os vizinhos se sentem incomodados com a operação deste empreendimento? A análise do contexto da organização envolve muitas perguntas que comumente não são feitas pelos empreendedores e quando pensamos em um Sistema de Gestão Integrado, esta análise envolve claramente a gestão da qualidade, a gestão da saúde e segurança do trabalho e a responsabilidade socialorganizacional. Por este motivo é desejável a integração dos sistemas, já que as análises estão diretamente conectadas. Considerando que a análise do contexto da organização aborda um reconhecimento da organização como organismo socioambiental para a proposição do escopo do SGA, este requisito compõe a etapa de planejamento do Ciclo PDCA. 2.3 Liderança Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 27 Voltando à Figura 5, podemos observar que a liderança se apresenta no centro do processo, com uma participação fundamental em todas as etapas do PDCA. Essa foi uma mudança importante trazida pela revisão da norma em 2015. O requisito 5, assim como o 4, também foi incluído na norma atual e trouxe uma maior exigência de liderança e compromisso da gestão de topo. A norma deixa claro que a partir deste momento: a gestão de topo pode delegar responsabilidades, mas não a responsabilização pelo SGA! Ou seja, se o SGA não funciona, a responsabilidade não recairá no gestor ambiental, exclusivamente, mas sim na liderança. Essas mudanças trazem a necessidade de um envolvimento maior no monitoramento dos resultados, na comunicação da política ambiental e valorização da participação de todos os setores da organização na implementação e manutenção do sistema. Este requisito incorporou o requisito que na norma ISO 14001:2004 tratava exclusivamente da Política Ambiental (PA). Cabe à alta direção propor a política ambiental de acordo com o direcionamento estratégico da organização e com o contexto da organização. Entretanto, a proposição da Política deve ocorrer de forma participativa e deve ser comunicada e documentada. Do ponto de vista da elaboração da PA, este requisito compõe a etapa de Planejamento. Entretanto, a presença da liderança no centro do PDCA, mostra a importância de envolvimento da gestão de topo em todas as fases do Ciclo PDCA. 2.4 Planejamento O planejamento do SGA (requisito 6) proposto na ISO 14001:2015 é focado na análise de riscos e oportunidades. Assim, o planejamento deve se pautar no levantamento de tudo aquilo que podem trazer riscos ou oportunidades para a organização, de acordo com o seu contexto. De acordo com a norma, os riscos são definidos como os “efeitos potenciais adversos” (ameaças) e as oportunidades, como “efeitos potenciais benéficos” (ABNT NBR ISO 14001, 2015). Estes efeitos potenciais adversos ou benéficos podem estar associados a: • aspectos ambientais; • requisitos legais; • outros requisitos e necessidades das partes interessadas identificados na análise do contexto da organização. • situações de emergência. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 28 2.4.1 Aspectos e impactos ambientais Iniciaremos a análise de riscos e oportunidades a partir do levantamento de aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços de uma organização. Considerando que aspectos ambientais podem gerar riscos e oportunidades, é necessário que ao identificá-los, sejam levantados, também impactos adversos (riscos) ou impactos benéficos (oportunidades) associados a cada um deles. Neste levantamento é fundamental distinguir os aspectos ambientais significativos dos não significativos. A norma não define um método específico para distingui-los, mas a organização deverá adotar algum critério para evitar a subjetividade. Para isso, é fundamental que a metodologia seja simples e que seja realizada por pessoas treinadas (ABNT NBR ISO 14001, 2015). Neste curso será apresentado o Método da Identificação de Entradas e Saídas, que consiste em (MOREIRA, 2006): 1. Analisar cada tarefa e colocar do lado esquerdo quais são as entradas e do lado direito quais são as saídas. 2. Identificar para cada tarefa o aspecto ambiental relacionado. A Figura 6 apresenta um recorte do processo produtivo de uma indústria de curtume em que foram descritas as tarefas do processo de preparação para o tingimento do couro. Como se observa na Figura, é necessário para cada etapa do processo produtivo definir as entradas e saídas. Sendo que, as entradas se referem à utilização de recursos e insumos e as saídas aos resíduos, efluentes e poluentes resultantes do processo. A primeira tarefa se refere à chamuscagem que para ocorrer depende do fornecimento de energia e combustível (consumo de energia). O resultado da tarefa é a geração de emissões atmosféricas, resultantes do processo de queima do combustível necessária para gerar o calor requerido na tarefa. Dessa forma, temos os seguintes aspectos ambientais relacionados à chamuscagem: consumo de energia e geração de emissões atmosféricas. Antes de seguir para a próxima página, reflita: Quais seriam os possíveis impactos ambientais associados a estes aspectos? Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 29 Figura 6 – Exemplo de aplicação do Método de Identificação de Entradas e Saídas no processo produtivo de uma indústria de curtume. Fonte: Adaptado de Moreira (2006). A partir dos aspectos ambientais levantados, são identificados os impactos ambientais associados. No exemplo citado anteriormente, para a chamuscagem, temos os seguintes possíveis impactos: • Aspecto ambiental: consumo de energia impacto ambiental: escassez do recurso; • Aspecto ambiental: geração de emissões atmosféricas impacto ambiental: poluição do ar. Esta ferramenta não é suficiente para identificar todos os aspectos, mas facilita o entendimento por parte dos operadores e serve como primeira abordagem. A identificação dos riscos a partir do levantamento dos aspectos e impactos ambientais é facilmente identificável de forma mais intuitiva, como no exemplo citado, temos os riscos de comprometer a disponibilidade do recurso e gerar a perda da qualidade do ar comprometendo a saúde dos funcionários e o equilíbrio daquele sistema. Com relação às oportunidades, tem-se, por exemplo: o surgimento de tecnologias associadas ao uso eficiente de energia naquele processo e ao tratamento dos efluentes gasosos gerados. Pensando na lógica da economia circular é possível identificar outras oportunidades, como por exemplo o reaproveitamento de resíduos gerados, transformando-os em subprodutos, gerando receita para empresa. Ou, ainda, a recirculação de água no processo, reduzindo os custos associados a este recurso. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 30 2.4.2 Requisitos legais e outros requisitos O levantamento dos aspectos ambientais contribui para a identificação dos aspectos legais relevantes àquela atividade que está sendo realizada. Para tanto, é necessário realizar as seguintes perguntas: 1. Para os aspectos ambientais identificados existem requisitos legais federais, estaduais ou municipais que dispõe sobre o uso do recurso ou sobre a destinação daquele resíduo ou efluente? 2. Existem outros requisitos considerados importantes pelas partes interessadas com relação a este recurso ou resíduo/efluente? Dentre as principais leis ambientais vigentes que impactam as diversas atividades econômicas, tem-se: • Políticas Nacionais, que determinam instrumentos para a gestão de resíduos, recursos hídricos; • Resoluções CONAMA, que dispõem sobre os padrões de qualidade e limites de lançamento de efluentes e emissões; • Requisitos especificados em permissões, licenças ou outras formas de autorização; • Ordens, regras ou orientações de agências regulamentadoras; • Sentenças de tribunais ou órgãos administrativos. Após realizar estes levantamentos é necessário então definir os objetivos e ações para que os impactos ambientais sejam evitados e para que as diretrizes definidas nos requisitos sejam cumpridas, monitoradas, documentadas e comunicadas.Atividade: Agora é sua vez! Escolha uma atividade cujo processo produtivo você já conheça, ou pesquise sobre alguma e identifique os aspectos e impactos ambientais aplicando o Método de Identificação de Entradas e Saídas. Identifique também requisitos legais relevantes para esta atividade. A partir desta análise, identifique 5 riscos e 2 oportunidades que você considera mais relevantes para esta atividade econômica. Compartilhe os resultados da sua análise no Fórum: “Riscos e Oportunidades”. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 31 Faremos agora uma nova pausa para refletir sobre o que vimos até aqui. Na próxima semana daremos sequência no estudo dos requisitos da norma. Leia os comentários no fórum anterior e aproveite esta oportunidade de troca de experiências! Nos encontramos na próxima semana. Bons estudos! Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 32 Mídia digital: Antes de iniciar os estudos da Semana 3, vá até a sala virtual e assista ao vídeo “Aula 3”. 3.1 Suporte Após finalizadas as análises dos requisitos 4, 5 e 6, que compõem a etapa de planejamento do Ciclo PDCA, entramos agora na execução (Do), do Ciclo PDCA que envolve os requisitos 7 (suporte) e 8 (operação) da norma. O requisito 7, como o nome diz, visa fornecer todo o suporte necessário para a implementação do SGA, a iniciar pelo levantamento de recursos (financeiros, humanos, de infraestrutura). O requisito envolve também suporte de competência para que todos os envolvidos possam contribuir para que o sistema funcione adequadamente e possa melhorar continuamente (APCER, 2016). Além dos recursos e demandas de formação, este requisito trata da comunicação e documentação do SGA, que são ferramentas fundamentais de apoio ao sistema de gestão. A comunicação, seja ela interna e externa, garante o envolvimento e a transparência junto às partes interessadas e a documentação, além de permitir a avaliação de desempenho, é fundamental para o registro das informações relevantes ao sistema, sendo exigência dos processos de auditoria, seja para certificação ou não. 3.2 Operação A partir da definição de objetivos e metas (requisito 6) e levantamento de demandas necessárias para a implementação do SGA (requisito 7), o SGA deverá ser implementado a partir da definição de processos necessários para cumprir os requisitos do sistema de gestão ambiental e atender aos objetivos ambientais propostos na etapa de planejamento, levando em consideração a perspectiva de ciclo de vida, que considera também o envolvimento dos fornecedores nas práticas sustentáveis que podem exercer influência direta na sustentabilidade do produto gerado (APCER, 2016). Objetivos Nesta semana, você compreenderá a segunda parte dos requisitos da norma NBR ISO 14.001/2015. Além disso, aprenderá noções de auditoria e certificação ambiental. Semana 3 – Implementando um Sistema de Gestão ambiental – Parte II Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 33 A norma define, também, a necessidade de propor e testar processos para situações de emergência, também identificadas na etapa de planejamento. 3.3 Avaliação de Desempenho Este requisito se refere à avaliação do SGA, na qual “a organização deve monitorizar, medir, analisar e avaliar o seu desempenho ambiental” (ABNT NBR ISO 14001, 2015). Este requisito corresponde à etapa de verificação (Check) e parte da ação (Act) do Ciclo PDCA. Para tanto, previamente a organização precisa (ABNT NBR ISO 14001, 2015): • Determinar o que, como e quando os parâmetros vão ser monitorados, medidos e analisados. • Assegurar que o equipamento de monitoramento e medição calibrado ou verificado é usado e mantido, conforme apropriado. • Reter informação documentada apropriada como evidência de monitoramento, medição, análise e resultados de avaliação. • Comunicar interna e externamente as informações pertinentes sobre o desempenho ambiental. É chegado o momento de avaliar os resultados dos processos de monitoramento e medição para verificar o cumprimento das obrigações de conformidades para então propor ações de melhoria. Nesta etapa ocorre a auditoria ambiental definida como um “processo sistemático, independente e documentado, para obter evidência de auditoria e avaliá-la objetivamente, para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos” (ABNT NBR ISO 14001, 2015, p. 17). A auditoria é uma das etapas importantes da avaliação de desempenho, e permite também a obtenção da certificação do SGA. Falaremos desse processo em detalhes no tópico referente a auditoria e certificação. A gestão de topo tem uma participação fundamental neste requisito, já que após a análise final do desempenho, a liderança deverá realizar uma análise crítica para verificar se o SGA está de acordo com o que foi proposto, levando em consideração o direcionamento estratégico, o contexto da organização e os objetivos previamente definidos. 3.4 Melhoria A organização promove ações de melhoria para atingir os objetivos ambientais, melhorar o desempenho ambiental e cumprir as obrigações de conformidade (APCER, 2016). O último requisito envolve melhorias no SGA referentes ao desempenho do sistema Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 34 e à inovação. Ou seja, tanto os riscos quanto as oportunidades serão condições de potencial melhoria, finalizando assim o ciclo PDCA na etapa da ação. É importante destacar que o método é cíclico, sendo assim, o processo é contínuo e quando o A é alcançado, retornamos ao P novamente para um novo planejamento do que o monitoramento mostrou como não-conformidade, para que seja feita nova proposição de objetivos e contínuas avaliações de desempenho e melhorias. Este requisito envolve ações para alcançar os resultados pretendidos pelo SGA e podem ocorrer corretivamente sobre as não conformidades de forma que as suas causas sejam identificadas e eliminadas. A norma de ISO 14001:2004 trazia além da ação corretiva a importância da ação preventiva. Entretanto, após a revisão, a norma deixou de se referir a este item, já que a abordagem de riscos e oportunidades traz a visão preventiva desde a etapa de planejamento (MATOS, 2016). As não conformidades podem ser detectadas interna ou externamente, por meio de: • reclamações de partes interessadas, • Identificação em atividades de controle; • monitoramento e medição; e • auditorias internas ou externas. As ações de melhoria podem ser, também, um resultado da análise crítica realizada na avaliação de desempenho, ou como oportunidades a partir de mudança inovadora, reorganização ou melhoria contínua. Alguns exemplos de melhoria comumente adotados (APCER, 2016): • reduzir consumos de água e energia de forma sistêmica em setores diversos; • substituir combustíveis por opções que gerem menos emissões de carbono; • escolher matérias-primas locais para reduzir as emissões associadas ao transporte; • repensar o produto para reduzir a geração de resíduos, entre outros. 3.5 Certificação ambiental Antes de tratar especificamente sobre a certificação ambiental, é importante deixar claro que a norma ISO 14001:2015 não faz parte da legislação ambiental brasileira e por isso, tem caráter voluntário. Assim, uma organização implementará um Sistema de Gestão ambiental caso esteja de acordo com o direcionamento estratégico da empresa ou considere relevante para seu contexto, ou ainda, seja uma demanda das partes interessadas. Uma das motivações para a implementação do SGA é o selo ISO 14001:2015, a certificação. Entretanto, em muitos casos quando a empresase convence dos benefícios Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 35 de implementação do SGA, surge uma nova questão: “Vamos buscar a certificação ou somente implantar o sistema de acordo com a norma?” Na busca por esta resposta, a objeção mais comum está associada ao custo de certificação, já que o processo envolve consultoria, energia dos funcionários engajados direta ou indiretamente nesta empreitada e empenho e dedicação para a sua manutenção. Entretanto, é importante destacar aqui algumas razões que motivam ou deveriam motivar as organizações que adotam, ou refletem sobre a adoção da norma em busca de certificação (FRYXELL & SZETO, 2002; ZENG et al., 2005): • Melhoria no atendimento às obrigações de conformidade; • Melhoria no desempenho ambiental; • redução de custos; • Melhor atendimento às partes interessadas; • Entrada no mercado internacional; • Padronização de procedimentos internos; • Aumento da conscientização ambiental dos fornecedores; • Melhoria da imagem institucional. Lembrando que, no contexto atual em que a sustentabilidade vem ganhando um peso cada dia maior na escolha dos investidores, acionistas e consumidores, a certificação assume um papel ainda mais importante como um diferencial competitivo. Já que a grande vantagem do certificado é a facilidade em demonstrar publicamente a conformidade a padrões reconhecidos nacional e internacionalmente. A certificação será concedida à organização, ou a parte dela, que demonstrar conformidade com a norma adotada. O processo envolve as seguintes entidades (MOREIRA, 2006): • Organismo normalizador: ABNT, que á a única A única entidade autorizada a emitir normas técnicas, que atua como representante das entidades de normalização internacional, ISO, por exemplo. • Organismo credenciador: INMETRO, que representa o organismo de âmbito federal que estabelece diretrizes e critérios para credenciar entidades a realizarem auditorias nas empresas candidatas à certificação. • Organismo de certificação credenciado: OCC ou OCA, que tem autoridade para auditar a empresa e dar o parecer sobre sua recomendação ou não ao certificado em questão (credenciado pelo INMETRO). Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 36 3.6 Auditoria ambiental A auditoria ambiental é um importante instrumento de validação dos sistemas de gestão ambiental e é, também, como já citada no Requisito 9 (Avaliação de Desempenho), um importante instrumento de verificação para a melhoria contínua do SGA. A auditoria ambiental é realizada a partir da identificação de não conformidades (não atendimento a um requisito) analisando evidências de auditoria (registros, documentos, informações relevantes do SGA), utilizando os critérios de auditoria (requisitos, políticas, procedimentos) como referência para ao final gerar constatações e auditoria (resultados da avaliação da evidência de auditoria coletada, comparada com os critérios de auditoria). A conclusão de auditoria será, então, o resultado de uma auditoria, apresentado pela equipe de auditoria após levar em consideração os objetivos da auditoria e todas as constatações de auditoria. Existem diferentes tipos de auditoria, a depender do seu objetivo e de quem a realiza. A auditoria que visa a certificação é chamada auditoria de certificação e normalmente é dividida em duas fases (MOREIRA, 2006): 1. Primeiramente, são avaliados pontos fundamentais, em que se verifica, por exemplo se o sistema está baseado na avaliação de aspectos e impactos ambientais e se é orientado para o controle e a melhoria do desempenho ambiental. 2. Após essa avaliação inicial, caso o nível de implantação do SGA seja considerado satisfatório, a auditoria principal é iniciada pra então ser concluída com a elaboração da recomendação ou não da empresa para a certificação. Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu certificado, vá até a sala virtual e responda ao Questionário “Avaliação geral”. Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla escolha, que se baseiam em tudo o que vimos até então, de uma forma aplicada a diferentes realidades. Como vimos, é importante destacar que a sustentabilidade é claramente um diferencial competitivo para as organizações, mas também, considerando a nossa relação individual com o meio ambiente, é uma manifestação de cidadania e cuidado e que se aplica em nosso cotidiano a partir da mudança de hábitos. Atenção: Caso a organização tenha implementado um Sistema de Gestão Integrado, o OCC deverá ser credenciado para todos os sistemas e ao final, caso tenha cumprido todos os requisitos, a organização receberá um certificado para cada norma. Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 37 As práticas sustentáveis se fazem presente em nossas vidas em nossas escolhas de consumo, no uso racional dos recursos e, também, na gestão dos nossos resíduos nos diversos ambientes que frequentamos. Reflita sobre isso, compartilhe essas reflexões com outras pessoas e implemente a sustentabilidade na sua própria vida, sempre em busca da melhoria contínua! Foi um prazer tê-lo(a) comigo nesta jornada. Siga firme nesta constante busca pelo aprimoramento profissional. Conheça, também, os outros cursos ofertados na Plataforma +IFMG. Até a próxima! Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 38 Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14001: Sistemas da gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 2015. APCER. Guia do utilizador ISO 14001:2015, disponível em https://www.apcergroup.com/images/site/downloads/Guias/APCER_Guia_ISO_14001_PT. pdf, 2016. Acesso em: 25 out 2020. CATAPAN, A.; TORTATO, U.; SANTOS, D. F.; SANTOS, R. C. Sustentabilidade: uma investigação da produção científica brasileira no período de 2001 à 2011. Revista da Faculdade de Administração e Economia, v.4, n. 2, p. 187-202, 2013. ELLEN MACARTHUR FOUNDATION. Economia circular. Disponível em: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/pt/economia-circular/conceito . Acesso em 30 out. 2020. ELLEN MACARTHUR FOUNDATION. Towards the Circular Economy. 2013. FURTADO, N. F. A Agenda 2030 e a redução de desigualdades no brasil: Análise da meta 10.2. Trabalho de Conclusão de Curso. Escola Nacional de Administração Pública – ENAP. Brasília, 2018. FRYXELL, G. E.; SZETO, A. The influence of motivations for seeking ISO 14001 certification: an empirical study of ISO 14001 certified facilities in Hong Kong. Journal of Environmental Management, v. 65, p. 223-238, 2002. MATOS, D. NBR ISO 14001: 2015 Comentada. Publicado pela ASPER em março de 2016. Disponível em: http://hanawitt.com.br/wp-content/uploads/ISO14001-2015- Comentada-Dani.pdf Acesso em 30 out. 2020. MOREIRA, M. S. Estratégia e Implantação do Sistema de Gestão Ambiental (Modelo ISO 14000): Edição atualizada quanto a referências legais e à versão 2004 da NBR ISO 14001. 3 ed. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda., 2006. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD) – Brasil. 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Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 40 Currículo do autor Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão Thaís de Carvalho Felicori 19/05/2021 Viviane Lima Martins 20/05/2021 1.0 Thaís de Carvalho Felicori: Graduada em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Especialista em Gestão Empresarial e Ambiental pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Especialista em Docência com ênfase em educação básica pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFMG Campus Arcos). Desde 2016 é professora efetiva do Instituto Federal de Minas Gerais, já tendo atuado como docente no Campus Governador Valadares (nos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia de Produção, Tecnologia em Gestão ambiental e Técnico em Meio Ambiente). No IFMG Governador Valadares ocupou o cargo de Coordenadora do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária. Ocupa hoje o cargo de Coordenadora de curso técnico concomitante em Sistemas de Energia Renovável no IFMG Campus Ibirité onde atua como docente e Coordenadora de Gestão Ambiental. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0369980184345350 http://lattes.cnpq.br/0369980184345350 Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 41 Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 42 Glossário de códigos QR (Quick Response) Mídia digital Aula 1 Mídia digital Aula 2 Mídia digital Aula 3 Plataforma +IFMG Instituto Federal de Minas Gerais Pró-Reitoria de Extensão 43 Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Formação Inicial e Continuada EaD A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de 2020 concentrou seus esforços na criação do Programa +IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e cada vez mais acessível. Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe multidisciplinar, contando com especialistas em educação, web design, design instrucional, programação, revisão de texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais. Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos setores institucionais e também com a imprescindível contribuição de muitos servidores (professores e técnico- administrativos) que trabalharam como autores dos materiais didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de atuação. A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG. Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem, considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos. Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado. O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você! Professor Carlos Bernardes Rosa Jr. Pró-Reitor de Extensão do IFMG Plataforma +IFMG Plataforma +IFMG Características deste livro: Formato: A4 Tipologia: Arial e Capriola. E-book: 1ª. Edição Formato digital Plataforma +IFMG