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Estudos de Microbiologia

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Estudos de Microbiologia
MICROBIOTA BUCAL
1) Logo após o nascimento, quais os microrganismos que surgem fazendo parte da microbiota bucal normal?
R: As bactérias Streptococcus salivarius e Streptococcus mitis.
2) Logo após a erupção dos primeiros dentes, quais os microrganismos que surgem fazendo parte da microbiota normal bucal?
R: As bactérias Streptococcus mutans e Streptococcus sanguis.
3) Na presença de nichos anaeróbicos na cavidade bucal, quais os microorganismos que surgem na microbiota normal?
R: Os nichos anaeróbicos induzem a mudança gradual da microbiota (de aeróbia para anaeróbia facultativa – Veillonella, Actinomyces)
4) Explique o processo que ocorre na microbiota normal denominado de Sucessão Microbiana.
R: A sucessão microbiana é um processo dinâmico que está associado à mudança de um tipo de comunidade de microrganismos por outra, em resposta a modificações no meio, que promove o estabelecimento final de uma microbiota madura. 
5) Existem 2 tipos de Sucessão Microbiana: a Alogênica e a Autogênica. Explique as 2.
R: A alogênica é quando a sucessão microbiana ocorre devido à mudança de habitat ocasionada por fatores não microbianos, exemplo: nascimento, erupção e perda dos dentes, procedimentos de higiene bucal etc.
 E a autogênica é quando a própria comunidade de microrganismo residente altera o meio, fazendo com que seja substituída por outra mais adaptada; ou quando os microrganismos pioneiros tornam o meio cada vez mais desfavorável à flora normal, deixando o habitat favorável aos invasores secundários. 
6) Quais são os mecanismos de aderência dos microorganismos bucais. Explique os 2 mecanismos. 
R: Retenção adesiva: quando as bactérias se fixam à superfície dos tecidos bucais. Exemplos: glicocálice bacteriano, fímbrias ou adesinas, polímeros bacterianos extracelulares, utilização de polímeros salivares e aderência entre microrganismos.
Retenção não adesiva: ocorre por retenção mecânica. Exemplos: fossas, fissuras de dentes, lesões de cárie, sulco gengival, bolsa periodontal e retenção mecânica por partículas alimentares.
7) quais são os fatores que influenciam a aquisição e/ou equilíbrio da microbiota bucal? Cite os 4 e exemplifique.
R: Fatores físicos: temperatura, pH (saliva), anaerobiose;
Fatores microbianos (aderência): presença de receptores no hospedeiro e microrganismos - adesinas, fímbrias, glicocálice/ aprisionamento mecânico;
Fatores nutricionais: qualidade da dieta;
Fatores inibitórios: fluído gengival, capacidade tampão da saliva, propriedades antimicrobianas.
8) Quais são os fatores que classificam os microorganismos quanto a sua atividade. Cite e explique cada um.
R: Acidogênicos: microrganismos que produzem ácido a partir de carboidratos; estão ligados à etiologia da cárie dentária (desmineralização dos tecidos duros dentários por ácidos orgânicos. Exemplos: Lactobacillus, Streptococcus.
Proteolíticos: microrganismos que degradam proteínas para seu metabolismo, fazendo com que ocorra destruição tecidual; estão associados à doença periodontal. Exemplos: Prevotella melaninogenica.
Acidúricos: microrganismos que sobrevivem em pH ácido, tolerando pH inferior a 5,5; também podem estar associadas a cárie dentária; causam lesões à distância por bacteremia, como endocardite bacteriana subaguda. Exemplos: Lactobacillus, Streptococcus e leveduras.
STREPTOCOCCUS MUTANS
01- Como são e como se comportam a família dos streptococcus?
O gênero Streptococcus, pertencente à família Streptococcaceae, tem seus representantes esféricos (cocos) agrupados em forma de cadeia. Também são colorados gram-positivos, como os Staphylococcus. Normalmente estes organismos preferem ambientes oxigenados, porém se desenvolvem também em meio anaeróbio. Uma curiosidade acerca dos Streptococcus é que são homo fermentativos, ou seja, no fim da fermentação apenas um produto é obtido: o ácido láctico.
02-Descreva o microrganismo Streptococcus mutans.
Streptococcus mutans é uma espécie de bactérias Gram-positivas com morfologia de cocos (pequenas esférulas), pertencentes ao gênero Streptococcus, do grupo A de Lancefield. Eles obtêm energia pela fermentação de açúcares e podem ser aeróbicos ou anaeróbicos facultativos. Requerem açúcar, vários aminoácidos e vitaminas no meio de cultura, para o seu crescimento. Esta bactéria faz parte da Microbiota normal do Homem e é o principal fator do desenvolvimento de cáries.
03-	 Explique a classificação de Lancefield (1933)
Os estreptococos são classificados de acordo com a sua capacidade de provocar lise (morte celular) em eritrócitos, em alfa (hemólise incompleta), beta (hemólise total) ou gama (nenhuma hemolise)-hemolítico.
Em 1933, Rebecca Lancefield, trabalhando com o teste de precipitação utilizou diferenças antigênicas para estabelecer 6 grupos (A até E e N).
Os antígenos (polissacarídeo e carboidrato) utilizados no sistema de agrupamento de Lancefield estão localizados na parede celular (grupos: A, B, C, E, F, G, H e K). Nos grupos D e N estes antígenos são ácidos teicóicos, localizando-se entre a parede e a membrana celular.
Nos grupos B e C estão contidos a maioria dos estreptococos de importância animal.
04-	 O Streptococcus mutans é acidófilo, acidogênico e acidurico. Explique as 3 características.
ACIDOGÊNICOS: Os que elaboram ácido a partir de carboidratos, principalmente ácido lático. 
ACIDÚRICOS: Os que sobrevivem em pH ácido.
ACIDÓFILO: Uma região celular que fica corada com corantes ácidos.
05-	 Qual a importância dos íons Cálcio, Fosfato e Fluor para os dentes decíduos e dentes permanentes jovens
Cálcio e fósforo: são particularmente importantes na formação dos cristais de hidroxiapatita, produzindo o esmalte e a dentina perfeitamente calcificados e endurecidos.
O flúor tem como importância ajudar a fortalecer o dente e prevenir a dissolução durante a próxima etapa de desmineralização. Dessa forma, o flúor ajuda a impedir o processo de cárie e previne a cárie dentária.
06-	 Quais são as 2 substâncias responsáveis pela cárie e de responsabilidade do Streptococcus Mutans?
Açúcar e amido.
07- Explique o processo da cárie dental.
O desenvolvimento da cárie, numa primeira fase, ocorre através da formação da denominada placa bacteriana. A consolidação e aumento da espessura da placa permite a criação de um microambiente junto ao dente, caracterizado por um pH baixo (ácido). Este pH é devido aos subprodutos bacterianos e aos ácidos resultantes da decomposição de alguns alimentos, particularmente açúcares, auxiliando a fixação de novas bactérias e a degradação dentária.
Numa fase inicial, surge uma lesão reversível, caracterizada por uma mancha branca. Se a infeção não for debelada e a placa bacteriana não removida, a lesão progredirá, de um modo irreversível. O esmalte, revestimento externo e extremamente resistente do dente, é danificado, progredindo a infeção para as camadas dentárias subadjacentes, que oferecem menor resistência à progressão. Ao nível da dentina, o paciente infetado pode já sentir dor no dente, sobretudo com a ingestão de alimentos quentes ou frios, dado que nesta zona existem terminações nervosas.
08- De acordo com a estrutura dental atingida, têm-se diferentes tipos de microrganismos presentes. Exemplifique.
Estafilococos
As bactérias dessa espécie são frequentemente encontradas na boca. Elas possuem uma parede celular espessa, também conhecida como gram-positiva. Estes organismos são patogênicos ― pode multiplicar-se no organismo de seu hospedeiro ― e podem causar diversas infecções nos seres humanos. Uma doença em outra parte do corpo pode reduzir a função imune, resultando em uma infecção secundária.
Estreptococos
Essa bactéria na boca representa uma porção significativa da contagem total do organismo. Todas as bactérias deste tipo vivem na boca do ser humano e são encontradas geralmente na natureza. A bactéria Estreptococos não é apenas um agente patogênico potencial, mas causa também cavidades nos dentes. Ele converte a sacarose em ácido, e a formação desse ácido dissolve o esmalte dos dentes. Quando o esmalteé dissolvido, o ácido pode caminhar para dentro do dente, chegando até o tecido da gengiva.
Lactobacilos
O ácido láctico produzido pelo organismo do gênero Estreptococos não é o único a causar estragos na boca. Membros dos Lactobacilos também convertem lactose em ácido láctico, aumentando mais ainda o ácido causador de cáries.
ESTOMATITE BUCAL
1. O que é estomatite bucal?
Estomatite é um termo geral usado para designar doenças ou inflamações da cavidade bucal, que podem ter causas diversas.
2. O que causa a estomatite bucal?
Normalmente, o vírus responsável pela estomatite é o da herpes simples (HSV-1). Menos comumente, os vírus da família Coxsackie também podem causar o problema. Ambos se aproveitam de momentos de baixa imunidade, provocados por uma gripe, por exemplo, para entrar em ação.
Além disso, outras infecções virais, bacterianas e fúngicas também podem causar estomatite.
3 – Como se dá a ocorrência na população da estomatite?
A estomatite é mais comum em crianças do que em adultos, além de ocorrer com mais facilidade durante as estações frias do ano (outono e inverno). Isso acontece porque é durante o frio em que ocorre a maioria dos casos de gripes e resfriados, que tornam o sistema imunológico mais vulnerável. Além disso, por causa das baixas temperaturas, as pessoas costumam circular mais por ambientes fechados e cheios de pessoas, a fim de se aquecer – o que acaba ajudando na disseminação dessas doenças.
Estomatite é mais comum na primeira infância e pode ocorrer, principalmente, a partir do sexto mês de vida, quando o bebê costuma parar de receber anticorpos da mãe pelo leite materno. A maior incidência de estomatite se concentra entre os dois e os cinco anos, período em que as crianças normalmente já vão à escola e vivem em contato próximo com os colegas.
4 – Qual a sintomatologia da estomatite?
Os principais sinais e sintomas de estomatite incluem:
Vermelhidão na região da gengiva;Surgimento de pequenas erupções arredondadas;Surgimento de bolhas que mais tarde se rompem e dão origem a úlceras orais. As úlceras são muito semelhantes a aftas e podem se espalhar por toda a boca, sobretudo na gengiva, na língua e no começo da faringe, próximo às amígdalas.;Febre alta;Dor na boca;Irritabilidade (principalmente em crianças);Falta de apetite;Dificuldade para comer;Dor de cabeça
A crise dos sintomas costuma durar por aproximadamente duas semanas, mas a primeira semana é sempre a mais difícil, que é quando a boca está mais sensível do que nunca e há presença de dor nas lesões.
5. Quais as especialidades responsáveis pelo diagnóstico da estomatite?
Clínico geral, dentista, gastroenterologista, infectologista e imunologista são especialidade que podem dar o diagnóstico da estomatite.
6 – Dentro das formas de se diagnosticar a estomatite, tem-se a avaliação clínica do paciente. De que forma esta é realizada?
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram e histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade.
7 – Como é tratada a estomatite?
O tratamento para estomatite depende muito da causa. Em caso de infecções virais, o tratamento pode concentrar-se na prescrição de medicamentos antivirais, na adoção de uma dieta baseada em líquidos (para reduzir a irritação dentro da boca) e analgésicos tópicos que podem ser aplicados na boca e que ajudam a amenizar a dor.
Corticosteroides também podem ser indicados para reduzir a inflamação causada pela estomatite. Em caso de infecções bacterianas, o médico poderá prescrever antibióticos.
8 – Como se prevenir da estomatite?
Lavar as mãos corretamente ajuda a evitar a entrada de muitos vírus e bactérias. Procure manter as mãos de seu filho sempre bem lavadas, pois é comum crianças, principalmente de meses de vida, levarem a mão à boca.
É essencial, também, manter uma boa higiene oral e tratar a causa subjacente à estomatite.
9 – Quais são as complicações que podem ocorrer advindas da estomatite bucal?
Devido à baixa imunidade, pode acontecer de uma pessoa com estomatite desenvolver uma infecção secundária, embora isso não seja comum.
Na maioria dos casos, a complicação mais grave tende a ser a desidratação, já que até mesmo tarefas simples como beber água são um problema para quem tem estomatite – especialmente para crianças, que costumam sentir os sintomas com mais intensidade.
AIDS
1 – Defina a AIDS. Explique o que é um adenovírus e um retrovírus. E como funciona esse processo do HIV sendo um retrovírus?
A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.Os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Quanto ao seu material genético, pode ser DNA (os chamados adenovírus) ou RNA (os retrovírus). Um retrovírus muito conhecido é o HIV, causador da AIDS; outro, atualmente muito comentado, é o H1N1.
É a presença da enzima transcriptase reversa. Essa enzima é capaz de transformar a cadeia simples de RNA em uma fita dupla de DNA. Essa é uma característica única do retrovírus, pois, geralmente a transformação ocorre de DNA para RNA.
2 – Como é a transmissão do HIV?
O HIV é uma infecção sexualmente transmissível, que também pode ser contraída pelo contato com o sangue infectado e de forma vertical, ou seja, a mulher que é portadora do vírus HIV o transmite para o filho durante a gravidez.
3 – Como se acredita ser o histórico do surgimento do HIV?
Os cientistas acreditam que um vírus similar ao HIV ocorreu pela primeira vez em algumas populações de chimpanzés e macacos na África, onde eram caçados para servirem de alimento. O contato com o sangue do macaco infectado durante o abate ou no processo de cozinhá-lo pode ter permitido ao vírus entrar em contato com os seres humanos e se tornar o HIV.
4 – Como se dá a evolução do vírus em AIDS?
A infecção pelo HIV evolui para Aids quando a pessoa não é tratada e sua imunidade vai diminuindo ao longo do tempo, pois, mesmo sem sintomas, o HIV continua se multiplicando e atacando as células de defesa, principalmente os linfócitos TCD4+. Por definição, pessoas que tem AIDS apresentam contagem de linfócitos TCD4+ menor que 200 células/mm3 ou têm doença definidora de AIDS, como neurotoxoplasmose, pneumocistose, tuberculose extrapulmonar etc. O tratamento antirretroviral visa impedir a progressão da doença para aids.
5 – Qual é o tempo de aparecimento para os sintomas da AIDS?	Comment by Niltonpaula: 
Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de três a seis semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.
6 – Quais os fatores de risco para se tornar um soro+?
Relação sexual (vaginal, anal ou oral) com pessoa infectada sem o uso de preservativos; Compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente, no uso de drogas injetáveis; Reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV.
7 - Como tratar a AIDS?
A medicação de primeira escolha hoje está disponível em um único comprimido, que é a combinação de três remédios. No caso de contraindicação, efeitos adversos ou resistência, temos opções de outros antirretrovirais que deverão ser individualizados para cada paciente. A indicação de qual esquema de tratamento deve ser utilizado é passada pelo médico.
8 – Quais são as manifestações orais em pacientes com AIDS?
Podemser: fúngicas, bacterianas e virais, além de processos neoplásicos e lesões de natureza desconhecida.
E podem ser agrupadas em três grupos, de acordo com a sua intensidade:
• Grupo I - consiste de lesões orais que estão comumente associadas com infecção pelo HIV, como por exemplo candidíase, leucoplasia pilosa, gengivite úlceronecrosante aguda (GUNA) e sarcoma de Kaposi.
• Grupo II - Neste grupo enquadram-se as doenças mais comuns de ocorrerem, tais como: Ulcerações atípicas, doenças de glândulas salivares, infecções virais por citomegalovírus (CMV), vírus herpes, papiloma vírus e varicela-zoster.
• Grupo III - Abrange lesões possivelmente associadas com infecção pelo HIV, como exemplo osteomielite, distúrbios neurológicos, sinusite, carcinoma epidermóide.
ESTOMATITE
1 - O que é estomatite?
Caracterizada por qualquer processo inflamatório que afeta a mucosa bucal. A infecção pode ser causada pelo vírus do herpes simples, ou, então, pelo coxsackie. Esse tipo de infecção ocorre em toda a região bucal, e as aftas podem surgir nas bochechas, palato, amígdalas, língua e na úvula. Apesar de estomatite ser uma palavra que faz lembrar o estômago, a doença nada tem a ver com esse órgão.
2 – Quais são os tipos de Estomatites?
Estomatite aftosa, estomatite herpética, estomatite viral, estomatite angular, estomatite nicotínica, estomatite protética, estomatite moriforme, estomatite gangrenosa.
3 - O que é a Estomatite aftosa?
Estomatite aftosa – A estomatite aftosa, vulgarmente chamada de afta, está entre as lesões inflamatórias mais comuns da mucosa oral, e traduzem-se na formação de pequenas ulcerações (cortes) na superfície da mucosa, principalmente língua, bochechas e interior dos lábios, sendo por norma bastante dolorosas.
4 – O que é Estomatite herpética?
A estomatite herpética, por vezes, referida como gengivoestomatite herpética, ou simplesmente gengivoestomatite, resulta de uma infeção causada pelo vírus Herpes Simples. Manifesta-se inicialmente pela presença de pequenas bolhas, evoluindo para inchaço e ulcerações. Mais frequente no lábio mas pode atingir o interior da boca, incluindo a língua e o palato duro. Trata-se de uma afeção contagiosa, que pode ser contraída de uma forma primária (gengivoestomatite herpética primária), através de gotículas de saliva ou pelo contacto direto com lesões ativas.
5 – O que é Estomatite viral?
A estomatite viral ou vírica é, tal como o nome sugere, originada pela infeção por agentes víricos (vírus), constituindo a maioria das estomatites existentes.
6 – O que é Estomatite angular?
Estomatite angular – A estomatite angular é uma afecção inflamatória caraterizada por irritação e fissuras que se localizam junto das comissuras labiais.
7 – O que é Estomatite nicotínica?
É causada pelo fumo do tabaco, cachimbo ou charuto, e que normalmente provoca pápulas avermelhadas (pequenas protuberâncias), localizadas no palato.
8 – O que é Estomatite protética?
A estomatite protética afeta as pessoas que usam próteses dentárias, principalmente próteses mal adaptadas e/ou com deficiente higienização, favorecendo uma infeção por fungos (ex.: por cândida), e bactérias aeróbicas e anaeróbicas. A área mais propensa a desenvolver este tipo de estomatite é o palato (céu da boca), nas zonas correspondentes ao contato com a prótese, apresentando-se geralmente com uma mucosa muito avermelhada.
9 – O que é Estomatite moriforme?
A estomatite moriforme é uma lesão de origem fúngica que atinge a mucosa oral, ficando esta ligeiramente inchada e puntiforme.
10 – O que é Estomatite gangrenosa?
A estomatite gangrenosa é causada por desnutrição ou certas doenças debilitantes, como a malária por exemplo, e causa ulcerações nos tecidos moles da boca.
11 - Qual a sintomatologia da Estomatite? Descreva sobre a E. infantil e adulta.
As estomatites podem afetar ambos os sexos e em qualquer idade, ocorrendo, no entanto, maioritariamente na primeira infância, afetando os tecidos moles da boca até à garganta. A estomatite infantil é, como o próprio nome indica, aquela que ocorre na criança, sendo mais frequente nos primeiros anos de vida. A estomatite em adultos é mais multifatorial, ou seja, está associada a variadas causas ou fatores. 
Sintomatologia: Vermelhidão e/ou inchaço nos tecidos moles da boca (gengiva, interior das bochechas, língua, lábios e orofaringe); Presença de aftas; Aumento dos gânglios linfáticos da região; Febre, que pode ser alta; Falta de apetite; Dificuldade em comer; Perda de sabor; Dor na boca; Sensação de queimadura e/ou boca seca; Aparecimento de pequenas erupções arredondadas; Aparecimento de bolhas que mais tarde rebentam, causando úlceras orais. As úlceras são situações com características muito semelhantes às aftas, podendo alastrar-se a toda a boca, sobretudo à gengiva, língua e início da faringe, próximo das amígdalas; Irritabilidade (principalmente em crianças); Dor de cabeça.
12 – Quais são as causas da Estomatite?
Lesões ou ferimentos na boca; Reações alérgicas; Infeções víricas; Infeções fúngicas (candidíase, por exemplo); Infeções bacterianas (estomatite bacteriana); Tabagismo; Cárie dentária; Gengivite; Uso de aparelho dentário mal adaptado; Prótese dentária ou “dentadura” mal adaptada; Consumo excessivo de bebidas alcoólicas; Ingestão de alimentos demasiado quentes; Higiene oral deficiente; Tratamentos para o cancro (sessões de quimioterapia e radioterapia); Doenças endócrinas e sistémicas que afetam a imunidade, como lúpus, AIDS; Tomar medicamentos que baixem a atividade do sistema imunitário (corticoides, por exemplo);Úlceras orais.
13 – Como é o tratamento da Estomatite?
O tratamento da estomatite assenta fundamentalmente numa terapia medicamentosa (medicação ou remédio), de acordo com o tipo de estomatite presente, tendo como objetivo aliviar os sintomas e reduzir o tempo de cicatrização, ainda que numa grande parte das vezes, dependendo também do tipo de estomatite, a afeção desapareça sem tratamento.
SARAMPO
1 – Defina o sarampo e qual o nome do vírus responsável pelo Sarampo?
O sarampo é uma doença aguda e autolimitada, transmitida principalmente pelas vias aéreas. O vírus responsável é o Paramixovírus (RNA vírus).
2 – Qual o tempo de incubação e de contágio do Sarampo?
Tempo de incubação: 8 a 12 dias.
Tempo de contágio: final do dia de incubação até o 5º dia de erupção cutânea.
3 – Quais as características clínicas do sarampo?
Febre, tosse persistente, conjuntivite, coriza.
Do 2° ao 4° dia desse período, os sintomas iniciais se agravam, e ainda surgem outros sinais de sarampo: manchas vermelhas (que não coçam e podem aparecer atrás das orelhas), prostração.
Após a fase inicial, há sintomas de remissão: diminuição da febre, manchas ficam escurecidas, descamação fina, lembrando farinha.
4 – Quais as ocorrências ao se ter o agravamento do Sarampo?
Extensa invasão viral, agressão a pele e mucosas, redução da imunidade e diarreia com perda proteica.
5 –Como se transmite o vírus do Sarampo?
É espalhada pela tosse, espirros, beijos, pelas gotículas que saem quando se fala e qualquer outra forma de contato com fluidos do nariz de uma pessoa infectada e boca, diretamente ou através de objetos (como copos e talheres).
6 – Como são manifestações cutâneas do sarampo e quais outras complicações clínicas que podem vir associadas ao sarampo?
Exantemas com aspecto de grãos de sal em um fundo vermelho, envolvendo pele da cabeça e pescoço, tronco e extremidades.
Complicações: Encefalite, otite média e pneumonia.
7 – Quais são as manifestações bucais do sarampo?
Manchas de Koplik, juntamente com candidose, GUN e estomatite necrosante.
8 – Como são as manchas de Koplik que surgem como manifestações bucais do sarampo e com quais doenças fazem diagnóstico diferencial?
As manchas de Koplik são lesões de 2 a 3mm de diâmetro, discretamente elevadas, de cor branca com base eritematosa, localizadas na região interna da mucosa oral (bochechas), ao nível dos dentes pré-molares. O número de lesões é variável (costuma ser de 2 a 5, podendo aparecer mais), dura de um a trêsdias e desaparece logo após o surgimento do exantema.
Diagnóstico Diferencial: gengivoestomatite herpética aguda; herpangina; estomatite aftosa recidivante.
9 – Como tratar o sarampo?
Não existe tratamento específico para o sarampo, apenas para os sintomas. O tratamento dos sintomas consiste em: hidratação, controle de temperatura, alimentação saudável, suplementação de vitamina A e medicamentos sintomáticos para febre, náuseas e vômitos.
HERPES
1 - Quais são os tipos de herpes?
Herpes tipo 1 – simples; Herpes tipo 2; Herpes Zóster.
2 - Quais são os agentes causadores dos três tipos de herpes?
HSV 1; HSV 2; Vírus Varicela-Zóster.
3 - Como é a forma de transmissão do herpes tipo 1?
1-Beijo 2- Sexo Oral 3-Uso compartilhado de utensílios
4- Como e aonde aparecem as lesões do herpes do tipo 1 e do tipo 2?
Herpes 1 - Normalmente associado a infecções dos lábios, da boca e da face. Esse é o vírus mais comum de herpes simples e muitas pessoas têm o primeiro contato com este vírus na infância.
Herpes 2- Normalmente transmitido sexualmente, e por isso é considerado uma DST, o HSV-2 provoca coceira e bolhas ou mesmo úlceras e feridas genitais. Entretanto, algumas pessoas com HSV-2 não apresentam quaisquer sinais (latência).
5 - Como é a transmissão do herpes tipo 2?
Relação Sexual, transmissão do herpes da mãe para o bebê (transmissão vertical e transmissão no momento do nascimento).
6 - Quais as complicações maiores que a herpes tipo 2 pode causar?
Infecção ocular, meningite hérpetica e encefalite herpética.
7 - Como e aonde aparecem as lesões da herpes Zoster?
É uma infecção viral capaz de provocar bolhas na pele e dor intensa. Ele pode acometer qualquer região, mas é mais comum no tronco e no rosto. As lesões, geralmente, se manifestam na forma de uma faixa em um dos lados do corpo.
8 – Como é o tratamento dos 3 tipos de herpes?
Medicamentos antivirais, medicamentos para a dor. Obs: No caso de dores neuropáticas, é necessário o uso de analgésicos com ação central.
9 – Quais as complicações maiores advindas do herpes zoster?
Neuralgia pós-herpética, problemas neurológicos, herpes zóster oftálmico.
HEPATITE
1 – Quantos tipos de hepatite existe e qual a mais importante para a Odontologia e porquê?
Encontramos 5 tipos de hepatite e são nomeadas por letras de A até E, sendo a mais importante para a Odontologia a hepatite C que irá apresentar manifestações na cavidade oral.
2 – Qual o nome do vírus responsável pela hepatite C, quantos são e como se dividem?
O VHC pertence à família dos flaviviridae e o seu genoma é constituído por ARN. Até agora foram identificados seis genótipos diferentes do VHC que, por sua vez, se dividem em subtipos. Os genótipos, ou estirpes, são identificados com os números de um a seis e os subtipos com letras.
Hepatite C: É considerada um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade maior responsável pelas taxas de mortalidade em relação às doenças hepáticas em todo o mundo. Muitas vezes, assintomática, paciente infectado pode ser desconhecedor de seu estado de portador viral tornando-se um importante elo de perpetuação da doença. 
3 – Quais os sintomas da Hepatite C?
Apenas 25 a 30 por cento dos infectados apresentam, na fase aguda, sintomas de doença que pode manifestar-se por queixas inespecíficas como letargia, mal-estar geral, febre, problemas de concentração; queixas gastrintestinais como perda de apetite, náusea, intolerância ao álcool, dores na zona do fígado ou o sintoma mais específico que é a icterícia.
Muitas vezes, os sintomas não são claros, podendo-se assemelhar aos de uma gripe.
4 – Como é feito o diagnóstico da hepatite C?
Os primeiros exames a fazer são análises sanguíneas para verificar a existência de anticorpos, embora a sua presença não signifique sempre que o vírus permaneça no organismo.
A forma mais eficaz de avaliar a gravidade da doença é através da realização de uma biopsia embora já estejam em utilização métodos não invasivos para fazer esta avaliação da gravidade da doença.
5 – Como se transmite o vírus da Hepatite C?
Principalmente, por via sanguínea, bastando uma pequena quantidade de sangue contaminado para transmiti-lo, se este entrar na corrente sanguínea de alguém através de um corte ou uma ferida, ou na partilha de seringas. A transmissão por via sexual é pouco frequente e o vírus não se propaga no convívio social ou na partilha de copos e outros objetos. Apesar de o vírus já ter sido detectado na saliva, é pouco provável a transmissão através do beijo, a menos que existam feridas na boca.
O risco de uma mãe infectar o filho durante a gravidez ronda os seis por cento,
contudo, ainda não se sabe se a infecção ocorre durante a gravidez ou no período peri-parto. A maior parte dos médicos considera a amamentação segura, já que, em teoria, o vírus só poderia ser transmitido se juntassem duas situações: a existência de feridas nos mamilos da mãe e de cortes na boca da criança.
Por vezes, são detectados anticorpos nos filhos de mães portadoras, o que não significa que a criança esteja contaminada. Normalmente, os anticorpos acabam por desaparecer ao fim de 12 ou 18 meses, pelo que só depois desse período devem ser feitos testes para perceber se o bebé foi de facto, infectado.
Em cerca de um terço dos casos não é possível determinar a origem do contágio.
6 – O que é icterícia? Como se manifesta?
Também conhecida como amarelão, ficando a pele e a esclera dos olhos com essa coloração. Isto acontece devido ao aumento da bilirrubina (substância encontrada na bile que permanece no plasma sanguíneo e que é eliminada na urina, sendo um produto resultante do metabolismo das hemácias) na corrente sanguínea, pigmento de cor amarelada que destrói os glóbulos vermelhos.
7 – Como se prevenir em relação à hepatite C?
Na ausência de uma vacina contra a hepatite C, o melhor é optar pela prevenção, evitando, acima de tudo, o contato com sangue contaminado.
Alguns dos cuidados passam por não partilhar escovas de dentes, lâminas, tesouras ou outros objetos de uso pessoal, nem seringas e outros instrumentos usados na preparação e consumo de drogas injetáveis e inaláveis, desinfetar as feridas que possam ocorrer e cobri-las com pensos e ligaduras.
Devem ser sempre usados preservativos nas relações sexuais quando existem múltiplos parceiros, mas, como transmissão por via sexual é pouco frequente, o uso nas relações entre cônjuges habitualmente não se justifica.
8 – Qual é o tratamento da hepatite C? E quais reações adversas podem surgir?
Nem sempre há necessidade de tratamento. Médico (Infectologista, Hepatologista, Gastroenterologista), que determinará a necessidade.
Paciente dispensado do tratamento será acompanhado com exames sanguíneos frequentes.
Os que necessitam tratamento, recebem uma combinação de medicamentos antivirais (interferon peguilado e ribavirina administrados por 24 a 48 semanas (dependendo do genótipo do paciente), tendo como objetivo, eliminar o vírus do organismo. 98% dos casos. Tratamento específico para as lesões intrabucais.
Reações ao tratamento: depressão, dores musculares, perda de apetite, fadiga, febre, dores de cabeça.
A hepatite C é considerada crônica quando a infecção permanece no organismo por mais de seis meses.
A eficácia do tratamento é de sessenta por cento. Estes deixam de ter o vírus no sangue seis meses após a conclusão do tratamento.
Mas a taxa de resposta não é igual para todos os genótipos, varia entre 45 e 55, e ronda os oitenta por cento em outros. Existe hoje um recuo de tempo suficientemente longo após o tratamento para se poder falar em cura da infecção nos doentes que obtêm resposta. A recidiva da infecção habitualmente ocorre nos seis meses imediatamente após a conclusão da terapêutica.
9 – Quais os grupos de risco em relação à hepatite C?
Os toxicodependentes e ex-toxicodependentes que utilizam drogas injetáveis e inaláveis e; Pessoas que receberam transfusões de sangue ou que foram sujeitos a intervenções cirúrgicas antes de 1992.
10 – Quais as manifestações bucais que podem apresentar um indivíduoque possui hepatite C?
Dessas diferentes manifestações destacam-se, especialmente, as lesões bucais de líquen plano e a sialoadenite. Outras manifestações intrabucais, porém, também merecem atenção, pois análises experimentais sugerem o envolvimento do HCV na sua patogênese. 
Síndrome Sicca – é a Síndrome de Sjögren, doença autoimune de causa desconhecida que leva a secura bucal e oftálmica.
HPV
1. O que é e quais são os locais que aparecem as lesões do víros HPV
e em quanto tempo se manifesta o Víros após o contato com o
mesmo?
HPV é um vírus que infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas
ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta
ou ânus. O nome HPV é uma sigla inglesa para "Papiloma vírus humano" e
cada tipo de HPV pode causar lesões em diferentes partes do corpo.
O vírus se manifesta entre dois e oito meses após a infecção.
2. Como as lesões de HPV se apresentam e qual a relação entre o HPV
e o câncer de colo de útero?
As lesões clínicas se apresentam como verrugas, são tecnicamente
denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de
galo", "figueira" ou "cavalo de crista".
Os diversos fatores estão envolvidos no desenvolvimento do câncer de colo
de útero, mas as principais são as infecções persistentes pelo HPV. De
acordo com o Instituto INCA, o início precoce da vida sexual e consequente
aumento à exposição ao vírus HPV, bem como quadros de
imunossupressão, o tabagismo e o uso prolongado de anticoncepcionais
orais são fatores associados ao desenvolvimento desse tipo de câncer.
3. Como se apresenta a célula do HPV e qual o período de incubação
do víros?
O papilomavirus humano (HPV) é um DNA vírus com forma icosaédrica, de
55 nm de diâmetro e composto por 8000 pares de base. O genoma
apresenta forma circular, com dupla hélice de DNA e mais externamente
está recoberto pelo capsídeo.
Seu período de incubação varia de 3 a 18 meses, dependendo do
hospedeiro.
4. Como se dá a trasmissão do vírus HPV?
A transmissão do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa
infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital,
genital-genital ou mesmo manual-genital. Portanto, o contágio com o HPV
pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal.
5. Quais são as técnicas para a detecção do vírus HPV?
A melhor forma de saber se uma pessoa tem HPV é através de exames de
diagnóstico que incluem observação das verrugas, papanicolau, peniscopia,
captura híbrida, colposcopia ou exame de sangue, que podem ser
solicitados pelo ginecologista, no caso da mulher, ou um urologista, no caso
do homem.
6. Qual a diferença histológica entre as células benignas e as
malígnas do HPV intra-oral?
Benignas- São quando o genoma da célula não é integrado ao DNA virótico,
ou seja, não apresenta deficiências para o organismo.
Malignas- São quando o genoma celular é integrado com o DNA viral
formando uma ligação estável perdendo a capacidade de se replicar de
maneira autônoma.
7. Qual o principal diagnóstico diferencial do HPV intra-oral?
Descreva a lesão?
A hiperplasia epitelial focal, ou doença de Heck, é uma enfermidade rara,
benigna, que afeta a mucosa oral de crianças e adultos jovens de diversas
regiões do mundo e em diferentes grupos étnicos, como indígenas e
esquimós. Apresenta correlação com o papilomavírus humano (HPV) no
qual os tipos 13 e 32 têm sido consistentemente detectados nessas lesões.
8. Descreva o HPV 6 e o HPV 11, sendo estes os de maior ocorrência
intra-bucal.
Os HPV 6 e 11, encontrados em 90% dos condilomas genitais e papilomas
laríngeos, são considerados não oncogênicos.
9. Pode haver tabém a presença de Verrugas vulgares intra-bucais,
descreva como se apresentam e onde estão localizadas na
cavidade oral.
As Verrugas Vulgares ou comum são uma doença contagiosa, que pode se
espalhar por auto-inoculação.
Intra-bucalmente podem ser observadas pápulas ou nódulos de superfície
rugosa e papilar, de base séssil ou pediculada, de coloração esbranquiçada.
Se localizam em mucosas de lábios e região anterior de língua.
10.Descreva sobre o HPV 16, tratamento e o que pode originar na
cavidade oral?
Um estudo recente realizado pelo Instituto Nacional de Câncer demonstra que
a linhagem particular de vírus que está ligada mais intimamente com câncer de
orofaringe é o HPV 16.
11.Como é a prevenção para não se contrair o vírus HPV?
Uso de camisinha masculina, para todos os tipos de relações sexuais (oral,
anal, genital);
Uso de camisinha feminina;
Vacina quadrivalente (previne contra o HPV 6,11,16 e 18) ou bivalente (previne
contra o HPV 16 e 18).
GUN
1 - Defina o que é GUN
É UMA DOENÇA INFLAMATÓRIA DA GENGIVA, TAMBÉM CONHECIDA POR DOENÇA DE VINCENT OU BOCA DE TRINCHEIRA. É ASSOCIADA À HIGIENE ORAL RUIM OU NEGLIGENCIADA;
2 – Quais são as características da GUN
CARACTERIZADA POR UM RÁPIDO INÍCIO; SINTOMATOLOGIA DOLOROSA NO TECIDO GENGIVAL; OCORRE COM MAIS FREQUÊNCIA NA FORMA DE DOENÇA AGUDA.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: LESÕES EXTREMAMENTE SENSÍVEIS; ÚLCERAS NECRÓTICAS NAS PAPILAS INTERPROXIMAIS; DOR CONSTANTE E PERSISTENTE; SAGRAMENTO GENGIVAL; PRODUZ GOSTO METÁLICO E DESAGRADÁVEL.
3 – Como é feito o diagnóstico da GUN?
MICROSCOPIA DE RASPADO GENGIVAL DA LESÃO CORADA PELO GRAM; A PREDOMINÂNCIA DE TRÊS COMPONENTES: FUSOBACTÉRIAS, ESPIROQUETAS E LEUCÓCITOS.
4 – Qual é o agente causador da GUN?
OS AGENTES ETIOLÓGICOS DA GUN SÃO BACTÉRIAS ANAERÓBIAS COMO AS FUSOBACTERIUM E AS SPIROCHAETES, INCLUINDO AS DO GÊNERO TREPONEMA.
5 – Descreva sobre a etiologia da GUN
ESTRESSE PSICOLÓGICO; CIGARRO; INFECÕES VIRAIS SISTÊMICAS; MÁ NUTRIÇÃO; ADOLESCENTES EM GERAL REPRESENTAM O GRUPO DE MAIS ALTA PREVALÊNCIA DE GUN.
6 – Como tratar a GUN?
CONTROLE DE PLACA; PREVENÇÃO DE RECIDIVAS; INSTRUÇÃO EM HIGIENE ORAL; USO DE ENXAGUANTE BUCAL; ANALGÉSICOS.
SIALODENITE
1-Como também é chamada a Sialodenite?
R: Como sialadenite ou sialoadenite.
2- Defina a Sialodenite.
R: A sialodenite é definida como uma inflamação das glândulas salivares, comumente ocasionada pela obstrução do ducto salivar. Acomete com maior frequência adultos acima de 50 anos de idade, e pode ser do tipo infeccioso ou não infeccioso.
3- Quais as causas da Sialodenite?
R: Pouca produção de saliva, o que pode acontecer em pessoas doentes ou que estão recuperando de uma cirurgia, assim como em pessoas desidratadas, malnutridas ou com o sistema imune enfraquecido. E também por causa do surgimento de pedras nas glândulas salivares e da radioterapia em região de cabeça e pescoço.
4- Descreva as causas da Sialoenite.
R: A sialodenite pode ser causada por bactérias; por infecção viral da glândula salivar; por xerostomia, mais comum na glândula parótida; por sialolitíases (pedras salivares), mais comum nas glândulas submandibulares; através da realização de radioterapia na região da cabeça ou pescoço, e das doenças auto-imunes que levam à inflamação da glândula salivar, como é o caso da síndrome de Sjogren.
5- Quais os sinais e sintomas da sialodenite?
R: Os sintomas mais comuns em caso de sialoadenite incluem: dor constante na boca; vermelhidão das mucosas da boca; inchaço da região por baixo da língua; e febre e calafrios.
Além disso, em alguns casos, as glândulas podem até produzir pus, que é liberado na boca, criando mau gosto e sensação de mau hálito.
6- Como se realiza o diagnóstico da sialodenite?
R: O diagnóstico é estabelecido através do histórico e quadro clínico apresentado pelo paciente. Alguns exames auxiliam no fechamento do diagnóstico, como cultura do material colhido da glândula afetada, hemocultura em pacientes que apresentam sinais de bacteremia ou sepse, hemograma com diferencial de leucócitos e ionograma. Quando há a suspeita de doença auto-imune, deve-se realizar as dosagens de fator antinuclear, SS-A, SS-B e hemossedimentação. Alguns exames de imagem também podem auxiliar no diagnóstico, como radiografia simples, sialografia, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
7- Como se realiza o tratamento da sialodenite?
R: O tratamentovaria com a causa da sialadenite. Quando for causada por bactéria, deve-se tratar com antibióticos, sendo ocasionalmente necessário realizar drenagem do abscesso. Quando for resultante de uma infecção viral, realizar o tratamento sintomático. Nos casos desta afecção ser desencadeada por radioterapia, recomenda-se utilizar medicamentos como anti-inflamatórios ou glicocorticoides. Todavia, nesse caso, os sintomas tendem a desaparecer mesmo sem tratamento. Quando houver a presença de sialolitíases, as mesmas devem ser removidas através de uma canulação do ducto salivar. Quando as sialolitíases são recorrentes, recomenda-se a ressecção cirúrgica da glândula. Caso a inflamação da glândula seja causada por uma doença auto-imune, deve-se tratar a doença de base.
Há também algumas técnicas naturais que ajudam a aliviar os sintomas e aceleram a recuperação, como:
•	Beber suco de limão ou chupar uma bala sem açúcar: ajudam na produção de saliva, ajudando no descongestionamento das glândulas salivares, diminuindo a inflamação;
•	Aplicar uma compressa morna por baixo do queixo: ajuda a diminuir a congestão das glândulas afetadas. No caso de existir inchaço da lateral do rosto também se deve aplicar a compressa nesse local;
•	Fazer bochechos com água morna e bicarbonato de sódio: reduz a inflamação e ajuda a limpar a boca, diminuindo a dor.
8- Quais são os agentes causadores da sialodenite?
R: Bactérias: Staphylococcus spp ou Streptococcus spp. 
 Vírus: o vírus da gripe, o Coxsackie vírus e o citomegalovírus.
CANDIDÍASE ORAL
1. Cite e descreva os tipos de candidíase oral. 
 
• Candidíase Pseudomembranosa (Sapinho) A Candidíase Pseudomembranosa é o tipo mais comum de Candidíase e é aquela conhecida popularmente como “sapinho”. Na Candidíase Pseudomembranosa, o principal sintoma são as placas esbranquiçadas, geralmente extensas, que pode estar na superfície dos lábios, mucosa interna da boca, palato (“céu-da-boca”), língua, tecido periodontal e orofaringe. Geralmente, quando removidas essas placas, a mucosa abaixo delas está eritematosa (avermelhada). 
• Candidíase Atrófica Aguda 
Esse tipo de Candidíase geralmente vem acompanhado de uma sensação de queimação na boca ou na língua. Geralmente o único sinal visível é a presença de uma mucosa avermelhada, sem as placas esbranquiçadas, o que dificulta o diagnóstico. Ela é bastante comum em pacientes idosos em uso de dentaduras, que receberam terapia com antibiótico ou usam Corticoides inalatórios. 
A vermelhidão da Candidíase Atrófica aguda é semelhante à encontrada em pessoas com deficiência de Vitamina B12, deficiência de folato ou com baixa ferritina. Por isso, pode ser confundida com essas e outras doenças. 
• Candidíase Hiperplásica Crônica 
Esse tipo de Candidíase Crônica é semelhante à Pseudomembranosa Aguda, com lesões esbranquiçadas, geralmente mais homogêneas, na mucosa da boca ou lateral da língua. Ela é crônica porque persiste por mais tempo do que a aguda, geralmente com duração de semanas a meses. 
Em alguns casos, essa Candidíase também parece contribuir para a displasia e malignidade, podendo ter um papel na formação do câncer de boca, especialmente em fumantes. 
• Candidíase Atrófica Crônica 
É uma condição que afeta até 65% das pessoas que usam dentaduras, e o diagnóstico pode ser auxiliado pela coleta do material e análise laboratorial. O único sintoma é a vermelhidão na região coberta pela dentadura. Nesses casos, o importante é manter uma higiene bucal adequada e cuidados com a desinfecção da dentadura. A Candidíase Atrófica Crônica é também chamada de “estomatite de dentadura”, porque afeta principalmente idosos em uso de dentaduras. O principal sintoma é o eritema (vermelhidão) crônico das regiões da gengiva cobertas pela dentadura. 
 
• Queilite Angular 
Esse problema também recebe o nome de “boqueira” pela população em geral. É a típica vermelhidão e fissuras das laterais dos lábios (as chamadas comissuras labiais). 
Geralmente os pacientes com Queilite Angular pela Candida também têm o problema dentro da boca. 
2. Descreva sobre o agente causador da candidíase oral e sua classificação quanto sua espécie e gênero. 
É causada por leveduras do gênero Candida, principalmente da espécie C. albicans 
 
3. Descreva sobre os sintomas da candidíase e locais de ocorrência das lesões bucais. 
Os sintomas da candidíase oral são o aparecimento de caroços ou aftas na língua ou bochecha, placas esbranquiçadas na boca, língua e garganta e ardência na boca. Quando a infecção é mais grave e atinge o esôfago, pode causar dor e dificuldade para engolir. 
4. Quais os fatores de risco para desencadear a candidíase oral? 
Os sintomas da candidíase oral são o aparecimento de caroços ou aftas na língua ou bochecha, placas esbranquiçadas na boca, língua e garganta e ardência na boca. Quando a infecção é mais grave e atinge o esôfago, pode causar dor e dificuldade para engolir. 
5. Descreva sobre o diagnóstico da candidíase oral. 
O diagnóstico se baseia nos sinais e sintomas associados à história médica e odontológica. Um recurso clínico útil nos casos de candidíase pseudomembranosa é a raspagem das lesões. O descolamento da placa e visualização de uma base eritematosa confirma o diagnóstico. 
6. Como é o tratamento da candidíase oral? 
No adulto, o tratamento para candidíase oral deve ser orientado por um clínico geral ou um dentista, podendo ser feito em casa com a aplicação de antifúngicos na forma de gel, líquido ou enxaguante bucal, como a Nistatina, durante 5 a 7 dias. 
Além disso, durante o tratamento é importante ter alguns cuidados, como: 
 
• Escovar os dentes 3 vezes por dia com escova de dentes com cerdas macias; • Evitar comer alimentos gordurosos ou com açúcar, como bolos, doces, bolachas ou balas; • Lavar a boca após comer ou usar remédios por boca, como spray nasal ou xarope. 
Nos casos mais graves, o tratamento para candidíase oral pode ser feito com a ingestão de remédios antifúngicos orais, como o Fluconazol, até 14 dias ou segundo indicação do médico. 
No bebê e na criança a candidíase oral, também conhecida como sapinho, o tratamento pode ser feito colocando um antifúngico em forma de liquido, creme ou gel, como a nistatina ou o miconazol, sob indicação do pediatra.

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