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1 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Dor Torácica A importância do tema • É uma queixa frequente no PS; • Muitas vezes causas benignas; • São potencialmente fatais; As principais causas de dor torácica: • Em primeiro lugar são as gastrintestinais; • Em segundo as cardiopatias isquêmicas: As causas cardíacas: A. Angina instável; a. Padrão em crescente; b. Ocorrência em repouso; c. Pressão, aperto, compressão, peso, queimação. B. Angina estável; a. Desencadeada por exercício ou estresse; b. Duração de 2-10 minutos; c. Pressão, aperto, compressão, peso e queimação. C. Infarto do miocárdio; a. Duração de mais de 30 minutos; b. Pressão, apeto, compressão, queimação e peso; c. Irradiação para o pescoço, mandíbula, ombros ou braços. D. Pericardite; a. Duração variável: horas à dias; b. Episódica; c. Pleurítica, aguda. As causas vasculares: A. Síndrome aórtica aguda; a. Início súbito; b. Dor implacável, lacerante ou em facada; c. Localização anterior do tórax, irradiação para o dorso, entre as escápulas. B. Embolia pulmonar; a. Início súbito; b. Dor pleurítica; c. Localização unilateral. C. Hipertensão pulmonar; a. Início variável; b. Caráter em pressão; c. Localização subesternal. As causas pulmonares: • Pneumonia ou pleurite; o Início e duração variável; o Pleurítica; o Unilateral e localizada. • Pneumotórax espontâneo; o Início súbito; o Pleurítica; o Localização unilateral. As causas gastrintestinais: • Refluxo esofágico; o Duração de 10 a 60 minutos; o Caráter em queimação; o Localização subesternal e epigástrica. • Espasmo esofágico; • Úlcera péptica; • Doenças da vesícula biliar. As causas neuromusculares: • Costocondrite; • Doença de disco cervical; • Trauma ou estiramento; • Herpes zoster. Existem causas psicológicas, mas é um diagnóstico de exclusão. Pensar nesse esquema: 2 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Localização da dor torácica: • Localização angina: o Subesternal; o Epigástrica; • Irradiação angina: o Pescoço; o Mandíbula; o Ombros; o Braços. • Improvável para angina: o Ponto específico; o Abdome. • Um sinal muito característico é o sinal de Levine. Podemos ainda dizer que uma angina é típica ou atípica: 1. Cardiopatia isquêmica: É um distúrbio de suprimento inadequado de oxigênio para uma regiao do miocárdio; Um desiquilíbrio entre a oferta e demanda; A causa mais comum é a aterosclerose coronariana. • A aterosclerose coronariana é causada por: o Dislipidemia; o Hipertensão arterial; o Diabetes; o Hipercoagulabilidade. 2. Angina estável: • É uma isquemia cardíaca transitória; • Mais prevalente em homens; • Mulheres acima dos 60 anos; • Dor torácica em peso, pressão, aperto, sufocamento ou asfixia; • Localização esternal ou subesternal; • O padrão da dor é crescente; • Desencadeado por esforço; • Melhora em repouso. Ao exame físico, geralmente normal; Avaliação comparativa dos pulsos; Pressão arterial nos dois membros superiores; ITB; Exame de fundo de olho. No exame cardíaco: • Pode ter cardiomegalia; • Sopro sistólico pode ter; • Presença de B3 ou B4. Na avaliaçao inicial, devemos: • Pesquisar DM; • Perfil lipídico; • Pesquisar doença renal; • Função tireoidiana; 3 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO • Rx de tórax; • Ecg; o Contraindicado em quem dificuldade de locomoção e infarto do miocárdio agudo; § Se o ECG de repouso do paciente já for alterado/ suspeito, não fazer teste de esforço. • Ecocardiografia: o Hipocinesia; o Acinesia; o Queda na fração de ejeção; § Nenhuma contraindicação. • Cintilografia miocárdica: o Hipoperfusão localizada ou difusa, desencadeada pelo estresse; o Contraindicada: § Síndrome coronariana aguda; § Dor recente; § Alergia; § Incapacidade física. • Tomografia computadorizada cardíaca: o Pode encontrar obstrução coronariana a passagem de contraste; o Escore de cálcio elevado; § Contraindicado para insuficiência renal e alergia. • Cineangiocoronariografia: cateterismo cardíaco: o Pode ser observado obstruções, estreitamento das coronárias à passagem de contraste; o Alteração no funcionamento ventricular; § É contraindicado: • Insuficiência renal; • Alergia. 3. Síndrome coronariana aguda: É o infarto do miocárdio com ou sem supra ST; Quadro de angina instável: o Dor em repouso; o Início recente; o Padrão crescente. O diagnóstico: • Ecg em até 15 minutos; • Marcadores de necrose miocardia: troponina e ck-mb. Resumo MEDCEL PARTE 2: Objetivos: • Devemos fazer anamnese; Importante perguntar: o É mulher; o É homem; o Sua idade; o Antecedentes pessoais; § HAS/DLP/DM/TBG; § Medicamentos; § Anticoncepcional; § Malignidade; § Outros. É importante saber características da dor: Mãos espalmada, aponta com dedo? O tipo da dor: aspecto, queimação, rasgando; O início súbito, piora progressiva; Intensidade; Náuseas, sudorese, síncope. As características da dor: Fatores de melhora; Fatores de piora; Padrão de recorrência; Fenômenos que acompanham; Evolução. • Exame físico; o Diagnosticar as causas de dor torácica potencialmente fatais; Na inspeção: está calmo, inquieto, muito quieto? Sudorese, taquipneia, dispneia? Tórax, turgência jugular. Palpação: pulsos, abdome e crepitações. Percussão: maciço, timpânico? Ausculta: MV está reduzido? Abolido? Sopros? • Exames básicos: 4 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Eletrocardiograma; Raio x de tórax; Laboratoriais. 1. Síndrome coronariana aguda: • O paciente clássico; o Meia idade ou idoso; o Cheio de FR cardiovasculares; o Dor em aperto/queimação; o Irradiação para o MSE; o Após esforço ou estresse emocional. 2. Pneumotórax: • Homens possuem de 3 a 6 vezes mais chance; • Homens altos e magros; • Antecedentes de: o Tabagismo; o Dpoc; o Ca de pulmão; o Endometriose, pode cursar com pneumotórax cateminal; A dor é de início súbito, surge em repouso, costuma ser ipsilateral e é ventilatório dependente. No exame físico o paciente pode apresentar: • Taquipneia; • Tosse; • Redução de expansibilidade; • Timpanismo; • MV reduzido ou abolido. No raio x de tórax: 3. Tromboembolismo pulmonar: • Geralmente em homens e mulheres ocorre; • Incidência aumenta com a idade; • Fator de risco: anticoncepcional + tabagismo; • Malignidade; • Cirurgia recente; • Viagem recente; • Obesidade. A dor tem um início súbito, e é uma dor torácica ventilatório dependente. Outros sintomas que pode apresentar: • Dispneia súbita; • Tosse; • Hemoptise; • Síncope. Ao exame físico o paciente irá apresentar: • Taquipneia; • Taquicardia; • Queda de saturação; • Edema assimétrico de MII. Os exames: • Eletro em 70% dos casos alterações inespecíficas como a taquicardia sinusal. • D-dímero: o Paciente de risco baixo ou intermediário; o NÃO DEVEMOS SOLICITAR D- DÍMERO PARA PACIENTE COM ALTO RISCO DE TEP. • Troponina e BNP: o Disfunção de VD. • No raio x de tórax: 5 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO • Na tc de tórax: falha de enchimento: Devemos pensar aqui no paciente clássico: • Oncológico; • Anticoncepcional/tabagista; • Viagem longa; • Cirurgia recente; • Dispneia súbita; • Dor ventilatório dependente. 4. Ruptura esofágica: • 15% dos pacientes são espontâneas; • Chance aumentada: o Barret; o Úlcera; o Esofagite eosinofílica; o Vômitos, tosse, risada. A dor costuma ser súbita e excruciante. No exame físico: • Febre; • Taquipneia; • Taquicardia; • Hipotensão; • Vômito; • Enfisema subcutâneo. 5. Dissecçao aguda de aorta: • É mais frequente em homens; • Frequente em pacientes com HAS, síndrome de marfan, valva aórtica bicúspide; • Pacientes com sífilis, arterite de Takayasu também apresentam chance elevada de ter essa doença.A dor costuma ser: • Aguda; • Bruta; • Abrupta; • Atinge intensidade máxima em poucos segundos; • Irradiação para o dorso. No exame físico iremos detectar: • Assimetria de pulso/PA; • Sopro diastólico; • Hipertensão; • Taquicardia. 6 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO