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sepse

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JEAN LUQUE	|	UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 
Sepse 
Sobre a sepse: 
• É uma emergência médica, e pode ser 
definida como uma disfunção no 
funcionamento de órgãos e sistemas, 
secundária à resposta desregulada de um 
hospedeiro a uma infecção; 
• É uma das principais causas de mortalidade 
hospitalar no mundo, superando IAM e 
câncer; 
• No Brasil, é a principal causa de morte na UTI, 
com mortalidade de 55% dos pacientes 
acometidos pela síndrome; 
• O tratamento é focado no agente 
antimicrobiano, na modulação da reposta 
inflamatória do hospedeiro e no suporte as 
disfunções orgânicas; 
• A escolha dos antimicrobianos é complexa. 
Em 2014, os critérios de sepse mudaram, o chamado 
sepsis-3. A principal mudança é que foi estabelecido 
que TODA sepse tem disfunção orgânica associada. 
Foi retirado também o conceito de sepse grave, por 
se entender que sepse por si já se configura em uma 
situação de alta gravidade com disfunção orgânica. 
As causas da sepse podem ser: 
• Bacterianas; 
• Virais; 
• Fúngicas. 
Casos severos podem evoluir para choque séptico e 
que acometem o coração e queda de pressão. 
O conceito: 
• Presença de disfunção orgânica ameaçadora 
à vida, secundária à resposta desregulada do 
organismo à infecção; 
• Choque séptico foram definidos como a 
necessidade de vasopressor para manter uma 
pressão arterial média acima de 65mmmHg 
após a infusão adequada de fluidos, associada 
a nível sérico de lactato acima de 2mmol/l, ou 
acima do maior valor de referência. 
o Lactato maior ou igual a 18 é 
associado a pior prognóstico. 
O quadro clínico: 
• É variado; 
• Depende do foco da infecção; 
• Geralmente o paciente apresenta: 
o Febre; 
o Taquicardia; 
o Leucocitose; 
o Hipotensão. 
De 10 a 15% dos pacientes não apresentam febre 
mesmo com sepse. 
A sepse é a principal causadora de IRA; 
A sepse pode evoluir para um choque séptico; 
A sepse pode evoluir para uma síndrome do 
desconforto respiratório agudo; 
A sepse pode evoluir para uma coagulação 
intravascular disseminada (CIVD). 
O DIAGNÓSTICO DE SEPSE: 
• Em pacientes com sinais e sintomas, deve-se 
aplicar escores de suspeição precoce de 
sepse; 
• Os mais utilizados: 
o NEWS; 
 
o qSOFA; 
§ foi o primeiro escore, depois 
evoluiu para o SOFA: 
 
 
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JEAN LUQUE	|	UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO 
 
 
• A disfunção orgânica é tida como diagnóstico, 
de maneira prática, quando há aumento de 2 
ou mais pontos no score SOFA. 
 
o SIRIS 
VALE DESTACAR QUE ESSES ESCORE não 
confirmam diagnóstico, apenas triam pacientes de 
maior gravidade. 
Os fatores de risco: 
• Doenças imunológicas; 
• Idade maior de 65 anos; 
• Sexo masculino; 
• Cirurgia ou hospitalização; 
• Dispositivos invasivos; 
• Desnutrição; 
• Doenças crônicas. 
Sinais e sintomas: 
• Febre; 
• Dor muscular; 
• Taquicardia; 
• Hiperventilação; 
• Palidez cutânea; 
• Cianose de extremidades; 
• Fadiga; 
• Confusão mental, ansiedade ou os dois; 
• Calafrio ou sensação de frio; 
• Respiração curta e superficial; 
• Náuseas e vômitos. 
Focos infecciosos: 
 
Esses focos estão associados ao início da infecção, e 
a sintomatologia varia de acordo com cada um. 
Exames laboratoriais, podemos encontrar: 
 
• Lembrar que esse aumento da creatinina está 
relacionado com IRA. 
O CHOQUE SÉPTICO: 
• Clinicamente choque séptico é definido como 
necessidade de vasopressor para manter uma 
pressão arterial média (PAM) maior ou igual 
a 65 mmHg, associada a níveis séricos de 
lactato maior que 18, na ausência de 
hipovolemia. 
Devemos destacar que os sinais clínicos de má 
perfusão sistêmica devem ser pesquisados e 
reconhecidos precocemente. 
O uso do tempo de enchimento capilar é uma 
alternativa possível ao lactato sérico como um alvo de 
ressuscitação na sepse, especialmente em locais com 
poucos recursos, onde a mediação de lactato não está 
disponível. 
Os sinais de má perfusão: 
• Pele fria, pálida; 
 
 
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• Aumento do tempo de enchimento capilar; 
o Acima de 3 segundos; 
• Cianose de extremidades; 
• Estado mental abalado; 
• Oliguria. 
A abordagem clínica: 
• Tratamento precoce fundamental; 
o Irá influenciar no prognóstico; 
 
Outros pontos que devem ser destacados na 
abordagem clínica: 
• Não cairá na prova tratamento/posologia: 
 
 
• Lembrar que na sepse, tempo é vida. 
Abordagem precoce.

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