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1 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Tosse e Hemoptise Casos clínicos Qual exame deveríamos pedir? • Não devemos pedir logo de cara uma broncoscopia, que é uma espécie de endoscopia da vida aérea. O que devemos pedir de inicial é uma tomografia computadorizada de seio da face, visto que a paciente relata que sente isso quando está frio. • Presença de sibilos pode ocorrer mesmo na ausência de asma, mas a presença de líquido no pulmão; • Padrão restritivo: a água está no pulmão; • O paciente é icc, e provável que essa tosse seja de origem cardíaca. • Não sabemos exatamente o que essa paciente tem, e como não tem outras alterações, pensamos na tomografia computadorizada da face, visto que ela pode ter uma síndrome de gotejamento. • Muitas vezes, o médico faz diagnóstico de asma a tratando. • Pensar que o M. V abolido em base com sibilo nos indica um achado relevante; o O padrão de raio x de tórax é: derrame pleural e /ou cavidade apical. A utilidade diagnóstica da ausculta pulmonar: • Quando o paciente tem tosse, é importante saber a história clínica, além disso, a ausculta pulmonar, para diferenciar os sítios de origem. Ausculta com respiração brônquica é uma ausculta que na inspiração ou na expiração temos sons compatíveis com ruídos. Sibilo é alguma obstrução. Estridor, que é o som rasgando que se transmite para laringe. O período de tosse e sua classificaçao: A tosse é um reflexo defensivo das vias aéreas. Ela é dividida em 3 fases: inspiratória, compressiva e expulsiva. As causas de tosse crônica: • Sinusiopatias; • Doença pulmonar crônica; • Medicamentos; • Doença do refluxo gastresofágico. 2 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO Na tosse, o médico privilegia alguns exames, e suas sensibilidades e especificidade são diferentes para cada tipo de exame. Um valor preditivo negativo alto é bom quando queremos excluir outras doenças. O preditivo positivo é bom para quando pedimos um exame para determinada doença, ele vem positivo acima de 80% de possibilidade de conseguir achar aquela doença. Preditivo negativo, a chance de não encontrar positivo aquela doença ser alta. 1. Tosse crônica: • Complicações: mudança do estilo de vida, sensação de esgotamento, insônia, rouquidão, cefaleia, dores musculares, sudorese excessiva, distúrbios urinários e síncope; • É a 5 causa mais comum de procura de assistência médica no mundo, em adultos não tabagistas. Gotejamento pós nasal: É a principal causa de tosse crônica, também chamado de rinorréia posterior. A história clínica é sensação de algo escorrendo na garganta, congestão nasal ou rinorréia. A minoria é assintomática. No exame físico: mucosa nasal (enantema, congestão ou áreas de palidez) faringe com ou sem secreção. Exames complementares: radiografia, nasofibrocospia. Avaliação da resposta frente a terapêutica instituída (padrão ouro). As causas mais comuns de tosse secundária ao GPN são renite alérgica, renite vasomotora, renite pós viral, sinusites, renite medicamentosa e renites secundárias a agentes irritativos do ambiente. • As sinusites representam 30% das causas de tosse não produtiva, e 60% das produtivas. • A radiografia está indicada na avaliação inicial quando não for possível o diagnóstico baseado nos sintomas clínicos, quando houver resposta insatisfatória ao tratamento ou nos casos de suspeita de comprometimento de estruturas adjacentes. O raio x: A radiografia tem maior utilidade na avaliação dos seios maxilares, esfenoidal e frontal. • Iremos encontrar: o Opacificacao ou velamento do interior da cavidade paranasal. Seio frontal com secreção, e isso torna o raio x velado, logo, as estruturas são mais radiopacas devido a secreção. A tomografia: • A cavidade deve ser escura, mas devido a secreção fica mais cinza. A endoscopia: nasofibroscopia: 3 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO • Indicado para pacientes com sintomatologia crônica, é complementar a tomografia; • Fundamental no planejamento crônico. Asma, e suas variantes tussígenas: • É a segunda causa mais comum de tosse crônica; • A história clínica (sibilos, dispnéia, sensação de aperto no peito, piora com beta bloqueador); • Resposta terapêutica com b2 agonista é o que dá o diagnóstico de asma; Bronquite eosinofílica: • Pode ser confundida com asma; • Difere da asma por ausência de obstrução variável ao fluxo aéreo, ausência de hiperresponsividade das vias aéreas e ausência de inflamatório mastocitário no músculo liso das vias aéreas; • A bronquite eosinofílica representa 13% dos pacientes com tosse crônica, já a DREG 7,7%; • Melhora clínica da bronquite eosinifílica com corticosteroide oral ou inalatório. Refluxo gastro esofágico: • É a 3 causa mais frequente de tosse crônica; • Teorias da fisiopatologia existem diversas; • Ausência de sintomas dispépticos em 50 a 70% dos casos; • O exame contrastado do esôfago com bário pode ser normal; Os sintomas como rouquidão, engasgos, espasmos, dores, queimação na faringe, pigarro frequentes, glóbulos faríngeos têm sido relatados. • A laringoscopia direta permite detectar alterações inflamatórias agudas e crônicas, que comprometem, em geral, as estruturas mais posteriores da laringe. o Terço posterior das pregas vocais; o As aritenoides; o Os espaços interaritenóideo e retrocricoídeo. • A PH metria é que dá o diagnóstico de refluxo; Bronquite crônica: • É definida como tosse produtiva na maioria dos dias, por um período de 3 meses, pelos menos por 2 nos consecutivos; • A maioria dos pacientes é tabagista, atribui a causa da tosse ao cigarro; Bronquiectasia: • Tosse com expectoração, podendo estar associada a dispneia; • A ausculta: crepitações, roncos e sibilos; • A tc de tórax tem sensibilidade de 60 a 100%; • A broncoscopia não tem utilidade no diagnóstico. Carcinoma broncogênico: • Tumores podem produzir tosse em 70 a 90% no curso da doença, mas somente de 0 a 2% procuram atendimento médico pela tosse; • Rx de tórax, exame de escarro e broncoscopia são exames iniciais a serem considerados; o Se tem tosse a doença já está evoluída. A broncoscopia pode ser utilizada na sequência de investigação, quando houver dúvidas diagnóstica da 4 JEAN LUQUE | UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO causa da tosse crônica em pacientes com risco ou suspeita radiológica. Paciente que faz uso de inibidor de IECA.: • Nem sempre que o paciente apresenta tosse eu devo trocar a classe hipertensiva; o Devemos ver a preferência do paciente, e a tosse, apesar de existir, pode não o incomodar. Colapso traqueobrônquico: • Tosse crônica de difícil controle, acompanhado por sensação de sufocamento. • É a 5 causa mais frequente; • Diagnóstico se faz por endoscopia através da visualização do colapso expiratório das vias aéreas distais. Outras causas: • Por aspiração de conteúdo hospitalar; • Mudança na voz, perda ponderal ou pneumonia de repetição podem ocorrer; • Estudo de deglutição; • Tosse mais dispneia progressiva podemos pensar em insuficiência de VE; 2. HEMOPTISE: • É a expectoração de sangue provindo do parênquima pulmonar ou das vias aéreas; • A discreta: raias de sangue vivo no escarro; • Maciça: >600 ml de sangue em 24 a 48 horas; • Coágulos; quando o sangue fica alguns dias na via aérea inferior; • Pseudo hemoptise: fonte que não o trato respiratório inferior (cavidade oral, abertura em cavidade nasal, faringe ou língua). As causas de hemoptise leve: • Bronquite; • Carcinoma broncogênico; • Tuberculose; • Pneumonia; • Bronquiectasia; • Hemoptise central. O diagnóstico: Exames: • Hemograma; • Urina; • Estudo da coagulação; • Ecg; • Rx de tórax; • Broncoscopia; • Broncoscopia com lavado broncoalveolar.
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