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aula 5 EEMERGÊNCIAS EM ENDODONTIA E TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA

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EEMERGÊNCIAS EM ENDODONTIA E 
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA 
Emergência x urgência 
Emergência: “o meu dente não dói só quando 
eu faço isso” 
Necessita de diagnóstico e tratamento 
imediatos. 
Urgência: interfere no sono, impede 
mastigação, dificulta a concentração, impede 
de trabalhar, dói a quanto tempo?, alivia com 
analgésico? 
Não necessita de resolução imediatas 
Emergências endodônticas 
Dor de origem pulpar: pode resultar da 
estimulação das fibras nervosas, oriundas do 
gânglio trigeminal: 
• Fibras A – mielínicas 
• Fibras tipo C – amielinicas 
Princípios do tratamento: 
 
• Mielínicas 
• Rápida velocidade de condução 
• Diâmetro (1-5 um) (+grossa) 
• Menor limiar de excitabilidade 
Responsáveis pela dor de: 
• Origem dentinária (hipersensibilidade 
dentinária) 
• Pulpite reversível (estágio inicial da 
inflamação – mais sensíveis ao frio) 
(não requer tratamento endodôntico) 
 
• Amielinicas 
• Menor velocidade de condunção 
• Diâmetro (0,4-1um) (+fina) 
• Maior limiar de excitabilidade 
Responsáveis pela dor: 
• Grave 
• Contínua 
• Excruciante 
• Espontânea 
• Fastidiosa 
• Às vezes, difusa 
(requer tratamento endodôntico) 
Diagnóstico em emergências 
1. História: médica, odontológica 
(Informações para diagnóstico) 
2. Queixa principal, agente etiológico 
3. Exame clínico e radiográfico: exame 
visual, testes de vitalidade pulpar, 
percussão sondagem, etc. 
Diagnóstico Tratamento 
Antes do tratamento: 
• Hipersensibilidade dentinária 
• Alterações pulpares: pulpite reversível, 
pulpite irreversível. 
• Alterações periapicais agudas: 
periodontite apical aguda, abscesso 
periapical agudo, abscesso fênix. 
Hipersensibilidade dentinária: dor transitória, 
na dentina exposta, proveniente de estímulos 
químicos, térmicos, tácteis ou osmóticos. 
Esses estímulos provocam deslocamento dos 
fluidos no interior dos túbulos dentinários 
levando à estimulação mecânica das fibras 
dentinárias da dor (fibras-A da parede pulpar). 
Não requer tratamento endodôntico. 
Sintomas: 
• Dor aguda 
• Dor rápida 
• Dor localizada 
• Dor provocada 
Sinais: 
• Lesões não cariosas: erosão, abrasão, 
abfração. 
 
 
 
LESÕES CERVICAIS NÃO CARIOSAS 
Etiologia: 
Fatores mecânicos: hábitos parafuncionais, 
trauma de oclusão, má oclusão, escovas 
duras e/ou abrasivas. 
Fatores químicos não 
bacterianos: fruas e 
bebidas ácidas, 
xerostomia, diminuição do 
pH bucal decorrente de 
vômitos, regurgitação. 
Tratamento: depende do fator etiológico; usar 
substancias que vedem os túbulos 
dentinários. 
• Reeducação alimentar; 
• Psicológico; 
• Dessensibilizantes; 
• Aplicação tópica de flúor, bochechos; 
• Laserterapia; 
• Restaurações com resinas, CIV; 
• Orientar escovação; 
• Ajuste oclusal; 
• Placas miorrelaxantes; 
• Tratamento ortodôntico. 
ALTERAÇÕES PULPARES 
Pulpite Reversível: 
Alteração inflamatória da polpa, em fase 
inicial, que desaparece com a remoção da 
causa. 
Não requer tratamento endodôntico. 
Sinais (exame clínico e Rx): cárie extensa, 
recidiva de cárie, restaurações fraturadas. 
Sintomas: dor aguda, dor provocada (frio), dor 
localizada, dor de curta duração, desaparece 
com a remoção do estímulo. 
Tratamento de emergência: remoção da 
causa 
• Contato prematuro 
• Cárie extensa 
• Restauração fraturada 
• Recidiva de cárie 
• Não necessita medicação 
Prognóstico: 
• Causa removida – favorável 
• Não tratada – pulpite irreversível, 
necrose pulpar. 
Pulpite irreversível: 
Alteração inflamatória da polpa, irreversível, 
que continua mesmo com a remoção da 
causa. 
Requer tratamento endodôntico. 
Sinais: carie extensa, recidiva de carie, 
restaurações. 
Sintomas: dor aguda, dor pulsátil, dor 
espontânea, dor continua, persiste após a 
remoção do estimulo, exacerbada pelo calor, 
alivia pelo frio. 
Tratamento: 
Mediato – se não há temo de fazer o PBM 
• Pulpotomia provisória ou 
• Biopulpectomia (remoção da polpa 
radicular). 
 
 
Imediato – se há tempo de fazer o PBM 
• Biopulpectomia + preparo do canal + 
obturação (1 ou 2 sessões) 
 
Prognóstico: 
• Tratamento endodôntico – favorável 
• Não tratada – necrose pulpar, alteração 
periapical. 
PERIODONTITE APICAL AGUDA 
Reação inflamatória no ligamento periodontal 
e, por extensão, no osso adjacente. 
Agente etiológico: 
• Fatores físicos – acidentes, trauma 
oclusal. 
• Fatores químicos – produtos tóxicos da 
necrose pulpar. 
• Fatores biológicos – após gangrena 
pulpar (mo) 
Sinais e sintomas: dor espontânea, dor 
intensa, dor localizada, 
dente crescido, 
sensibilidade ao toque. 
Tratamento: determinar e 
eliminar a causa – dente 
polpado e dente 
despolpado. 
• Fatores físicos – alivio oclusal, 
imobilização do dente, analgésico/anti-
inflamatório. 
• Fatores químicos e biológicos – 
neutralização por terços, curativo de 
demora, selamento coronário 
verificação da oclusão, antibiótico e 
analgésico. 
ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO 
Sinais e sintomas: 
• Fase inicial – dor espontânea, discreta, 
localizada; ausência de edema; 
• Em evolução – dor espontânea, 
pulsátil, intensa, difusa; edema 
consistente. 
• Evoluído – dor espontânea, pulsátil, 
moderada; edema flutuante. 
• Geral – dor a percussão, dente 
crescido, sem vitalidade pulpar, 
discreta mobilidade, sem sinais 
radiográficos. 
Tratamento: 
Local – drenagem (intra/extra oral), 
neutralização por terços, 
desbridamento/trefilação, curativo de demora, 
selamento coronário, fisioterapia Oral. 
 
 
 
 
 
 
 
Medidas suplementares do tratamento local: 
• Medicação analgésica e antibiótica 
• Bochecho com água morna e sal 
• Alimentação pastosa e líquida 
• Retorno do paciente após 24-48 horas 
(após a regressão do edema). 
 
Sistêmico – antibiótico, analgésico. 
Não alérgicos: 
• Amoxicilina 500 mg 1 cáps. 8/8 horas 7 
dias 
Alérgicos: 
• Clindamicina – 300 mg – 8/8 h 
• Cefalexina – 500 mg – drágea – 6/6 h 
• Azitromicina – 500 mg – 1 cáps. – 3 
dias 
Considerações grais 
Não deixar o dente aberto para drenagem - 
permite aumento da população microbiana do 
canal e obstrução de alimentos. 
Prescrever antibióticos: 
• Em caso de abscesso dento-alveolar 
agudo; 
• Quando houver envolvimento sistêmico 
– febre e linfadenopatia regional; 
• Pacientes especiais (profilaxia) 
 
Prognóstico: 
• Tratamento endodôntico – favorável; 
• Não tratado – angina de Ludwig e/ou 
empiema. 
FLARE UP 
É uma emergência verdadeira que se 
desenvolve entre sessões de tratamento 
endodôntico, caracterizado por dor e/ou 
tumefação. 
Etiologia: microrganismos e seus produtos, 
latrogenias (causadas pelo profissional). 
Latrogenias 
Decorrentes do preparo do canal: 
1. Subinstrumentação 
2. Sobreinstrumentação 
3. Extravasamento de solução irrigadora 
4. Excesso de curativo de demora 
1 Subinstrumentação 
Polpa vital: polpa compactada no forame 
Polpa necrótica: limpeza do canal insuficiente 
Conduta clínica para ambas: 
• Corrigir a odontometria 
• Reinstrumentar o canal 
• Irrigar 
• Curativo de demora 
• Selamento coronário 
2 Sobreinstrumentação 
Polpa vital: trauma na região apical 
Polpa necrótica: empurrar mo além do forame 
Conduta clínica para ambas: 
• Corrigir a odontometria 
• Reinstrumentar o canal 
• Irrigar 
• Curativo de demora 
• Selamento coronário 
3 Excesso de solução irrigadora ou de 
medicação intracanal 
Conduta clínica para ambas: 
• Anestesia, isolamento absoluto 
• Irrigação com soro fisiológico 
• Secagem com pontas de papel 
• Curativo de demora 
• Selamento coronário 
Latrogenias 
Decorrentes da obturação: 
1. Subobturação 
2. Sobreobturação 
3. Obturação deficiente 
Dor após obturação – Obturação adequada: 
• Polpa vital: anestésico e 
antinflamatório 
• Polpa morta: antibióticos, bochechos 
• Proservação em ambas. 
Dor após obturação – obturação deficiente: 
• Polpa vitale Polpa morta: medicação 
sistêmica; retratamento após remissão 
de dor. 
Dor após obturação – sobreobturação: 
• Polpa vital e Polpa morta: medicação 
sistêmica; retratamento após remissão 
de dor; cirurgia parendodôntica.

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