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É comum ocorrer doenças concomitantes como pneumonia ou outros problemas gastrintestinais (ileíte ou salmonelose) SALMONELOSE A presença de Salmonella em suínos pode representar um risco para a saúde pública, uma vez que o aumento do número de toxinfecções devido ao consumo de produtos suínos contaminados tem sido observado em diversos países. Com o esclarecimento dos fatores de risco e formas de entrada do microrganismo na granja, será possível traçar estratégias para programas de controle, que diminuam o índice de portadores ao abate. Entretanto, a diversidade de fontes de isolamento de Salmonella nas granjas, bem como a variedade de sorotipos nelas isolados tem dificultado o diagnóstico preciso SUINO NÃO SOFRE COM SALMONELLA – ELE É UM VEÍCULO – SAÚDE PÚBLICA Enterobactéria do gênero Salmonella sp 2200 sorotipos diferentes – apenas 100 foram isolados (homem, animais e alimentos) As principais espécies de salmonela relacionadas com a produção de suínos são: S. cholerasuis S. enteritidis São resistentes durante meses na temperatura ambiente, resistentes á dessecação e congelamento. Sensíveis á maioria dos desinfetantes e á luz solar Pode ser fatal quando provoca intoxicações alimentares. Sintomas e transmissão Geralmente atinge animais entre 5 semanas e 4 meses de vida Introdução da salmonela se dá através da entrada de animais portadores, matérias primas para rações ou rações prontas Situações de estresse favorecem a manifestação do agente Rápida multiplicação no intestino,, produção de enterotoxinas, invasão da mucosa e conseqüente necrose, aumento da permeabilidade intestinal e prejuízo da absorção de alimento. A doença pode aparecer de duas formas: Aguda – sintomatologia de febre (40,5 a 41 graus), perda do apetite, dificuldade de locomoção, fraqueza geral e diarréia. Aparece áreas avermelhadas ou cianóticas na pele das orelhas, barriga e região inguinal Crônica – Além da febre e da perda do apetite aparece a diarréia líquida, mal cheirosa, de cor amarelada esverdeada ou sanguinolenta, com presença de conteúdo necrosado. Alta mortalidade (20% a 40%) Subclínica – Sem sintomatologia. Queda no desempenho. Animais considerados sadios porém atuam com portadores e disseminadores, constituindo a principal forma de manutenção doa gente, podendo inclusive contaminar a carne nos frigoríficos Lesões de necropsia Na forma aguda: observa-se estômago com focos hemorrágicos e desprendimento da mucosa. Hemorragias nos rins, bexiga e coração (petéquias) Pulmões podem apresentar área hemorrágicas e focos pneumônicos purulentos Na forma crônica: Aumento da espessura da mucosa do ceco e cólon, com áreas de necrose Conteúdo líquido, com grumos de tecido necrótico e fétido Linfonódios mesentéricos aumentados e o pulmão pode apresentar áreas hemorrágicas disseminadas Diagnóstico Baseado no histórico, sinais clínicos e necropsia Deve ser feita a diferenciação da disenteria suína através do isolamento da Salmonella sp Tratamento Identificar a fonte e elimina-la Isolar os animais doentes em baias separadas Não utilizar objetos/instrumentos/equipamentos em comum entre os animais doentes e sadios Prevenção e controle Medidas de higiene, desinfecção e manejo de forma a bloquear o ciclo do agente Eliminar animais improdutivos e disseminadores Usar o sistema de fluxo “ all in-allout” Empregar somente matérias primas livres de salmonela Evitar as situações de estresse desnecessário Tratamento preventivo para unidades onde o agente já foi diagnosticado Se possível usar vacina autógena ENFERMIDADES DIGESTIVAS RELACIONADAS A PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR: A Impossibilidade de assumir comportamentos normais devido a idade, sexo ou tipo de manejo (instalações, ambiente, equipamentos), leva a instalação de vícios com finalidade compensatória (morder barras laterais das celas, mastigação intensa, excesso de consumo de água). Tipos de comportamento alimentar dos suínos: 1- Comportamento de apetite (busca do alimento) 2- Comportamento de consumo (ingestão de alimento)