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PROCESSO CIVIL - QUESTÕES - LEIA!!!

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1) Foi protocolizada ação indenizatória por acidente do trabalho perante o juiz
estadual da Comarca de Birigoiticaba, proposta por João Eleutério de Abrantes, agricultor da localidade, em cujo polo passivo figurava uma autarquia federal. O juiz da
causa deferiu a liminar pleiteada, mas, posteriormente, o autor veio a se mudar
para cidade de São Marcos, em outra Comarca, por motivo de tratamento de doença grave. Como consequência da mudança do autor, o juiz de Birigoiticaba se deu por incompetente e remeteu os autos para a Comarca de São Marcos. Assinale a
alternativa certa. 
a) Sendo parte uma autarquia federal a ação indenizatória
por acidente do trabalho deve ser proposta perante a justiça federal;
b) A liminar concedida por um juiz incompetente
deve ser obrigatoriamente revogada pelo juiz competente;
c) É irrelevante a modificação do endereço do autor
como causa de mudança de competência do juiz;
d) O juiz da comarca de Birigoiticaba é prevento,
motivo pelo qual o processo não poderia ser remetido a outro juízo;
e)  Pelo critério da competência em razão da pessoa,
a ação deveria ser proposta perante o juiz da vara agrária.
	Comment by Erika Cerri dos Santos: Nos termos do art. 109 da Constituição Federal, compete à Justiça Federal processar e julgar as causas em que as entidades autárquicas federais forem rés. Nesse caso, entretanto, há o conflito entre as competências ratione materiae e ratione personae, visto que as ações indenizatórias relativas a acidente de trabalho devem ser postuladas junto à Justiça do Trabalho. Nessa espécie de conflito deve prevalecer o foro por prerrogativa de função. Assim, a competência seria do juízo do trabalho (RE 600.091). Além disso, é importante ainda dar uma olhadinha no art. 45, inciso II, do CPC.	Comment by Erika Cerri dos Santos: Não necessariamente. Isso porque, caso o juízo federal identifique os elementos necessários para a concessão da liminar, a decisão poderá ser ratificada e mantida.	Comment by Erika Cerri dos Santos: Essa é a alternativa correta. Segundo o art. 43 do CPC determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.	Comment by Erika Cerri dos Santos: Devido à natureza da ação, o juízo estadual é incompetente para julgá-la. Por se tratar de competência ABSOLUTA, o processo DEVE ser remetido a outro juízo, sob pena de nulidade.	Comment by Erika Cerri dos Santos: Seguindo esse critério, a ação seria ajuizada na Justiça Federal, conforme preleciona o art. 109 da CF.
2) Maria Colibri propôs ação contra Timóteo Armengue e, por não ter havido acordo na audiência de conciliação, ele apresentou contestação dentro dos dez dias seguintes à audiência. Ocorre que não foi juntada procuração à contestação e o juiz, de ofício (sem qualquer requerimento das partes), deu prazo de quinze dias ao réu para que ele sanasse tal vício processual. Decorrido este prazo sem que o réu tivesse juntado a procuração, o juiz extinguiu o processo, sem julgamento do mérito, por falta de capacidade postulatória do réu.
Comente, justificadamente, os erros ou acertos da atuação do juiz, no espaço máximo de dez linhas.
O juiz incorreu em erro crasso ao extinguir o feito. Explico. 
Ao extinguir o feito sem julgamento do mérito, o juiz não apenas prejudicou o direito de Maria Colibri, como violou o próprio Código de Processo Civil, vez que as hipóteses de extinção do feito sem julgamento do mérito são elencadas por rol taxativo (art. 485, CPC).
Uma vez não regularizada a capacidade postulatória do réu, o que deveria ser feito era a incidência da revelia, prevista pelos artigos 344 e seguintes do CPC, vez que a contestação apresentada não teria validade. 
3) Numa ação de alimentos em que representava seu filho menor, Edvirge dos Santos, por ser pessoa hipossuficiente econômico-financeiramente, requereu na petição
inicial os benefícios da assistência judiciária gratuita, por seu advogado com
poderes específicos para tal. Este requerimento foi deferido pelo juiz, que
presumiu sua pobreza até prova em contrário. O Ministério Publico interveio   e  requereu que o benefício da gratuidade deveria
ser extinto, primeiro porque o juiz errou ao presumir que a autora era pessoa
carente de recursos e, também, porque se a autora fosse realmente
hipossuficiente, não deveria ter contratado advogado próprio, sendo que  caberia a ela, isto sim, se dirigir à Defensoria Pública. Comente os erros ou acertos do requerimento do membro do Ministério Público, em até quinze linhas.
Ao fazer esse requerimento, o Ministério Público deixou de observas dois dispositivos do direito processual brasileiro. Um deles foi o art. 99, §3º do CPC, o qual estabelece a presunção da veracidade da alegação de insuficiência deduzida por pessoa natural. 
Além disso, segundo o art. 99, §4º do mesmo Diploma, a contratação de advogado não figura como óbice à concessão da gratuidade de justiça.
4) A empresa Prolumen Ltda. Ingressou com ação ordinária contra João Pereira e Antônio Joaquim Oliveira, cuja relação jurídica entre ambos demandados versava sobre direito indivisível, o que gerava a mesma sentença para os dois litisconsortes unitários. Os dois réus foram citados devidamente, mas só o primeiro litisconsorte apresentou contestação, sendo que o segundo réu foi declarado revel e a ele aplicados os efeitos da revelia, pelo juiz.
Em seguida, um mês antes de ser proferida a sentença, o advogado do revel veio a ingressar nos autos, para aguardar a decisão final, que veio a ser proferida, sem que este segundo réu viesse a ser intimado de tal sentença, já que era revel. Justifique os erros ou acerto da atuação do juiz, em até vinte linhas.
Um dos erros cometidos pelo juiz foi a aplicação da revelia ao réu que não contestou. Explico. 
Nos termos do art. 345, I, do CPC, a revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 do mesmo Diploma se, no caso de haver pluralidade de réus, algum deles contestar a ação. Essa hipótese, entretanto, se aplica ao caso em que o litisconsórcio é unitário, como o caso em comento. 
Nesse caso, o réu que não contestou nem mesmo deveria ser considerado revel em primeiro lugar, ou seja, os efeitos da revelia a ele incumbidos foram totalmente incorretos, inclusive a não intimação acerca da sentença proferida.
5) Virgílio Mota Leal, brasileiro, dentista, capaz, casado, residente/domiciliado em Salvador,  propôs  ação de cobrança contra Silvério Jardim,
brasileiro, professor, capaz, residente/domiciliado em Ilhéus, perante a 6ª
Vara Cível de Salvador, sendo que o réu apresentou contestação apenas para
alegar que o não devia nenhuma quantia ao autor. 
Após a apresentação da defesa do réu, o juiz de Salvador, verificando que esta espécie de ação deveria ser proposta no foro da residência  réu, se deu por  incompetente em razão do lugar e determinou a remessa dos autos para a comarca de Ilhéus. 
Justifique, em dez linhas, o erros ou acerto da atuação do juiz e o erro ou acerto do réu  em só contestar o mérito.
Quanto à contestação apresentada pelo réu, percebe-se que um de seus erros foi a não suscitação da preliminar de incompetência territorial. Apesar de se tratar de uma competência relativa, trata-se de uma disposição legal que favorece o réu, mas sua não apresentação em contestação gera preclusão e a competência será prorrogada(arts. 46, 64 e 65, CPC).
Já com relação ao erro do juiz, aponta-se que, por se tratar de incompetência relativa, a incompetência territorial não pode ser reconhecida de oficio, mas apenas a requerimento das partes (art. 64 e 65 CPC).

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