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CASOS CLINICOS - 1 AULA

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Resumo de casos clínicos I 
Luana simões 
Ciclo 3- 5 Período 
Professor: André leonel
CASO CLÍNICO
Paciente S.F.A, 25 anos, vem à UBS com queixa de dor para urinar há 4 dias. Refere que sente urina “quente” durante micção e que ao finalizar sente ardência no canal urinário. Refere também aumento na frequência urinária nos últimos dias e que após finalizar a micção tem a sensação de que não esvaziou a bexiga.
Nega febre ou outros sintomas associados. Refere quadro similar há 5 meses. Nega atraso menstrual. Nega comorbidades. Refere uso de anticoncepcional oral combinado de maneira regular
Refere que está em uso de medicação, para alívio de sintomas, que vizinha orientou, e que sua urina está vermelho-alaranjada.
Ao exame: Paciente em bom estado geral, eupneica em ar ambiente hidratada acianótica anictérica.
Aparelho respiratório: MVUA s RA
Aparelho cardiovascular: RCR2TBNF sem sopro. FC: 80 BPM.
ABD: Peristalse presente. Sem massas ou visceromegalias, indolor à palpação superficial e profunda. Sem sinais de irritação peritoneal
Giordano: negativo
Anotações e observações: Com as queixas pensamos em infecção urinária, nefrolitíase, pielonefrite, cistite (comentários dos alunos). Essas são as hipóteses diagnósticas.
Qual a conduta frente a essas hipóteses? Bacteriúria assintomática→Paciente sem sintoma urinário, faz exame de urinocultura por algum motivo e nesse exame cresce cultura de bactéria. Crescimento >10 elevado a 5 UFC ou >10² se caracterizados. Quando tratar? Quando é gestante, paciente que será submetido a procedimento urológico invasivo. Idosos, portadores de lesão medular ou portadores de cateter de demora não devem ser tratados com bacteriúria assintomática.
 
CISTITE
Lesão tecidual na mucosa da bexiga, causada por bactérias. A paciente do caso tem cistite.
Sintomas: Disúria, aumento da frequência de micção, urgência urinária, noctúria, hematúria, desconforto suprapúbico, hesitação (força de fazer xixi), pode ter sangramento.
Diagnóstico: Padrão ouro para qualquer ITU é a urinocultura.
Fita reagente (Disptick) deve ser realizada caso a avaliação não seja adequadamente elucidativa.
Realizar tratamento empírico quando houver teste do nitrito ou da esterase leucocitária positivas. Em casos duvidosos devemos insistir em seguimento ambulatorial, urinocultura e exame pélvico.
Qual germe pensar? Escherichia Coli.
Quando pedir exames para infecção de urina: Sempre que tiver sintomas em homens, quando for gestante, quando tem dúvida, possibilidade de germe resistente, o paciente internado nos últimos 3 meses e toma antibiótico
Tratamento: Cistite não complicada não precisa de exame para serem tratadas → não tomou antibiótico nos últimos 3 meses. Devemos orientar e prescrever as medicações:
Gestantes: droga de escolha betalactâmicos, nitrofuantoína e a fosfomicina
Homens: 7-14 dias. Evitar nitrofurantoína e betalactâmicos
Analgésicos urinários: Fenazopiridina (2 dias)
 
COMPLICAÇÕES: Pielonefrite
 
 
PIELONEFRITE
Rim é um órgão muito vascularizado, quando temos uma infecção esse sangue vai correr por todo o corpo, ganham a circulação sistema, gerando também vários sintomas como febre, dor.
Tríade clássica: Febre + toxemia (aumento de intoxicação); choque, dor lombar, sintomas urinários irritativos
Diagnóstico: Clínico e exames
Exames: EAS (exame de urina) e Urocultura.
Se paciente internar→ Hemograma + PCR
Exame de imagem não é obrigatório, fazer se houver dúvidas diagnósticas, o paciente pode ter tido anormalidades anatômicas, obstruções ou abscesso, devo escolher como exame de imagem a TC de abdome com contraste.
Classificação: Não complicada → Sem abscesso, não teve internação nos últimos 3 meses, não tomou ATB nos últimos 3 meses, sem toxemia.
Complicada→ Alteração anatômica ou funcional, corpo estranho, risco de resistência, uso de ATB recente, internação recente
Quando internar? Obstrução, gestante, toxemia, sepse.
Tratamento: Não complicada → Trata em casa com medicação: Quinolonas/Ceftriaxona
Complicado→ alteração anatômica ou funcional, corpo estranho, risco de resistência. Pseudomonas 
Internação→ Chamar urologista se houver nefrolitíase ou abscesso >5cm (na prática chamo quando tiver abscesso de qualquer tamanho, porque tem a necessidade de drenar8228) 
 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO DE REPETIÇÃO
3 ou mais episódios de infecção urinária sintomática no período de um ano, ou dois episódios em 6 meses.
O manejo é fazer a profilaxia desse paciente.
Medicações: Nitrofurantoína 50-100 mg/dia; Norfloxacina 200-400 mg/dia ou Cotrimoxazol 800+160 mg/dia. Manter profilaxia por 6 meses.

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