Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMACODINÂMICA I Feito por: Loris Dias ◈ O medicamento não cria uma função, apenas modifica a que já existe. Eles podem ser divididos em 2 grupos com base no mecanismo de ação: estruturalmente inespecíficos (não se liga a uma proteína, nem nada, age pela presença no local) e estruturalmente específicos (precisa estar ligado). Medicamentos estruturalmente inespecíficos: ◈ Seu efeito não está associado à ligação com um receptor. É a presença dele que faz efeito, por exemplo, antiácidos – como o hidróxido de alumínio. ◈ Eles provocam alterações nas propriedades físico- químicas como o pH, grau de ionização, solubilidade, potencial de ação... dentre outros. ◈ Como ele não se liga, a dose normalmente é elevada para que se provoque algum efeito. Estruturas variadas apresentam efeitos semelhantes, ou seja, pequenas alterações nas estruturas químicas, não alteram muito a função. ◈ No caso dos anestésicos gerais – ele não tem um receptor, mas entra na célula (porque é muito lipossolúvel) e muda o potencial de ação - bloqueando o estímulo nervoso. Medicamentos estruturalmente específicos: ◈ São do tipo “chave-fechadura” precisam se ligar em receptores, que normalmente são específicos para ele, onde a afinidade é maior, para que se faça efeito. Logo, pequenas alterações na estrutura já podem alterar o funcionamento. ◈ Como ele é bem específico, sua dose é menor, ou seja, concentração baixa (pois tem alta potência). ◈ A intensidade do efeito está relacionada ao número de receptores e a concentração do fármaco. Quanto mais ocupado os receptores, maior a resposta. Mas atenção, isso pode causar efeito colateral indesejado caso esteja inibindo ou estimulando alguma função que não deveria. ◈ DICA: - Quanto maior a dose para promover o efeito: menor a potência. - Quanto menor a dose para promover o efeito: maior a potência Receptores ◈ Especificidade química do receptor: - Apenas moléculas idênticas fazem o mesmo efeito. Se a molécula sofrer hidrólise, por exemplo, será inativada. ◈ Especificidade biológica: Atua em receptor específico. Quanto maior essa especificidade, menor a chance dele se ligar em outro receptor ou causar efeitos colaterais. ◈ O alvo para ação dos medicamentos é em macromolécula proteica (enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos, receptores de neurotransmissores e ácidos nucleicos). LIGAÇÃO DOS FÁRMACOS AOS RECEPTORES ◈ A interação dos medicamentos é uma interação química, e dependendo do tipo de ligação, o estímulo no receptor varia. Por exemplo, a mais forte de todas e também chamada de “irreversível” é a ligação covalente (normalmente, a dose dele é mais baixa. Por quê? Pela ↑ potência). - Já a forte, são as ligações iônicas (íon -dipolo ou dipolo-dipolo). A ponte de hidrogênio é uma ligação fraca, e a força de van der Waals e ligações hidrofóbicas são muito fracas. - Um exemplo de ligação covalente é pelo organofosforado (presente no chumbinho) que se liga a enzima acetilcolinesterase, tem ação longa e causa o aumento da contração muscular. ◈ Um mesmo receptor pode fazer variadas interações. Ou seja, um receptor X pode ser ligar no medicamento Y, Z.... ◈ Dermatite atópica – antigamente só tinha corticoides – predisona e predisolona (não são específicos, agem em vários locais, então ao longo do tempo, o animal ficava doente ou morria PELOS EFEITOS COLATERAIS). Hoje, temos o medicamento Cytopoint – específico, que bloqueia a interleucina 31 (responsável por causar coceira) e causa menos efeitos colaterais. ALVOS PARA AÇÃO DO MEDICAMENTO ◈ Enzimas: que podem ser produtoras ou que degradam. - Por exemplo, o Meloxicam inibe a COX-2 (produtora da prostaglandina a partir do ácido araquidônico), ou seja, com a diminuição de COX-2, diminui prostaglandina e diminui a inflamação. - Já a Neostigmina inibe a acetilcolinesterase (degrada a acetilcolina – neurotransmissor do sistema nervoso autônomo parassimpático que aumenta a contração muscular). E no caso de miastenia grave – suspeita de que seja imunomediada, onde os animais perdem os receptores de acetilcolina, tem menos receptores, ou seja, para que ocorra a contração muscular, é necessária mais acetilcolina para promover o efeito. ◈ Moléculas transportadoras: levam substâncias (glicose, aminoácido, íon e neurotransmissor) para o interior das células e possuem locais de reconhecimento específico. - O medicamento se liga no alvo da proteína e bloqueia o sistema de transporte, assim como ocorre nos casos de antidepressivos, onde é bloqueado o transporte para dentro do neurônio, ou seja, fica com muita serotonina na fenda estimulando a sensação de bem- estar e alegria. - Por exemplo, a diabetes é uma doença que acontece pelo bloqueio do transportador de insulina e o de glicose também. ◈ Receptores celulares: proteínas celulares que agem como receptores de substâncias endógenas (neurotransmissor, hormônios e autacóides – substâncias orgânicas formadas pelas células de um determinado órgão). - Elas captam a mensagem e enviam para dentro da célula ou modificam as estruturas dos canais iônicos. - Podem ser diretas – quando pelos canais iônicos, e indiretas – chamadas de 2ª mensageiro, onde o composto se liga estimulando uma proteína que manda mensagem pra uma enzima fazer o efeito. A diferença entre os dois é na velocidade, ou seja, na direta – a reposta é mais rápida, já na indireta – intermediária ou lenta. - Se for agonista - abre o canal, e antagonista - bloqueia. RECEPTORES LIGADOS À PROTEÍNA G ◈ São a maioria deles, e a proteína G age como mediador entre receptor e enzimas que causam alterações celulares. Essas proteínas G podem ser Gs (estimulam receptores adenilato ciclase), Gi (inibe receptor de adenilato ciclase), Go (associada a canais iônicos) e Gq (ativadora de fosfolipase C). ◈ O sistema de AMPc: segundo mensageiro, é chamado assim porque ocorrem em 2 etapas, basicamente com a ATIVAÇÃO da proteína Gs ➝ enzima adelinato cliclase➝ e a PRODUÇÃO de AMPc a partir do ATP, resultando em efeitos celulares variados. - Sistema Adenilato ciclase/ AMPc: nele, as enzimas participam atuando relacionada ao metabolismo energético, divisão e diferenciação celular. RECEPTORES NÃO LIGADOS A PROTEÍNA G ◈ São os receptores de tirosinaquinase – de superfície celular com alta afinidade e que está associado com fatores de crescimento, citocinas e hormônios. Sua atuação vai desde processos fisiológicos ao patológico – como em neoplasias. - Por exemplo, o receptor tirosinaquinase fosforiza e induz a multiplicação celular, algo necessário o bom funcionamento do organismo. Todavia, alguns cânceres podem atuar estimulando mais ainda essa multiplicação, sendo necessário um medicamento que bloqueia o receptor (como a palladia – que inibe a tirosinaquinase, resultando na inibição da multiplicação celular e induzindo a apoptose). ◈ Receptores que regulam a transcrição de DNA – podem estar no citoplasma ou no núcleo, tem alta afinidade pela cromatina nuclear e estimulam a transcrição gênica (produção de proteína). FARMACODINÂMICA II ◈ A relação de dose e resposta de um medicamento varia de acordo com a concentração, quantidade e o quanto ele consegue ocupar de receptores. POTÊNCIA ◈ A potência não é a mesma coisa da eficácia! Na potência, é avaliado a farmacocinética e a farmacodinâmica – especialmente a capacidade de interação com o receptor. ◈ Ela não é o critério mais importante para escolha de um medicamento. ◈ Medicamentos pouco potentes trabalham com doses maiores, logo, a administração deles pode ser incômoda para o paciente. Já os que são muito potentes, não oferecem esse incomodo pelo falo dasdoses administradas serem menores, mas, há riscos de intoxicações mesmo em doses baixas. EFICÁCIA MÁXIMA ◈ A eficácia máxima está relacionada ao efeito máximo, ou seja, o que se espera como resposta do medicamento. Ele faz platô na curva de dose-resposta, atinge o máximo mesmo aumentando a dose e com isso, NÃO AUMENTARÁ A EFICÁCIA. A partir disso, só vai intoxicar o animal. ● RESUMINDO.: Mesmo aumentando a dose, não terá resposta benéfica após seu limite. ◈ Anti-inflamatórios possuem maior eficácia e maior efeito colateral, já os anti-histamínicos, menor eficácia e menor efeito colateral. GRÁFICO POTÊNCIA X EFICÁCIA ◈ Para se ler o gráfico de relação de potência X eficácia: a eficácia é a linha de orientação que está na vertical e a de potência, na horizontal. O medicamento mais potente, está mais próximo o valor de “0”, enquanto o mais eficaz, é aquele quem que a % da resposta máxima for maior (o medicamento que fizer a curva mais alta) Nesse exemplo, o X é o mais potente, seguido pelo Y e por fim, o Z. Já o mais eficaz é o X e o Z, e por último, o Y. ◈ Os indivíduos possuem metabolismos diferentes, logo, cada um vai expressar respostas diferentes, mesmo que com a mesma dose e concentração. RESPOSTAS QUANTAIS (POPULACIONAIS) ◈ São usados para determinar a dose, o efeito tóxico e a morte relacionada ao fármaco. Ou seja, determinar a dose efetiva mediana ou dose efetiva 50% (DE50%) – que é a dose necessária para que 50% apresentem um determinado efeito quantal. ◈ Efeito tóxico (DT50): a dose tóxica mediana ou a dose tóxica 50%. ◈ Efeito letal (DL50): dose letal mediana ou dose letal 50%. Ajuda a estabelecer a potência de vários medicamentos e a identificar a margem de segurança. ◈ Dose efetiva (DE50): a dose administrada que produz efeito biológico. ◈ Para calcular a margem de segurança: DT50/DE50. EFEITOS ANORMAIS DOS MEDICAMENTOS ◈Alguns indivíduos podem ter reações diferentes e exacerbadas. Por exemplo, indivíduos hiper-reativos respondem com doses mais baixas, as que geralmente, em outros, não provocam efeitos. - Já os hiporreativos, precisam de doses maiores, pois tem uma tolerância maior, ou seja, devido a uma exposição prévia do medicamento, por exemplo, ele pode apresentar uma resposta menor ao tratamento. Muitas vezes isso está associado com alteração de receptores, de metabolismo, depleção de mediadores e adaptação fisiológica. ◈ A exposição prolongada de subs. agonistam podem diminuir o número de receptores expressos na superfície celular. ◈ Taquifilaxia ou dessensibilização: hiporreatividade desenvolvida em alguns MINUTOS (instantânea). ◈ Idiossincrasia ou efeito incomum: efeito que não era esperado/típico após o uso do medicamento. É bem raro. ◈ Hipersensibilidade: é quando um medicamento desencadeia reações alérgicas no organismo, tendo ligação antígeno-anticorpo com liberação de histamina. (Normalmente, quando é realmente necessário utilizar um medicamento que provoca isso no paciente, é comum a administração de anti- histamínico antes). Interações medicamentosas ◈Ocorrem quando se usa mais de um medicamento, e quando há modificação no efeito (aumento ou diminuição) de ambos ou apenas um. SINERGISMO ◈ Um tipo de interação, que pode ser por adição – na mesma direção (receptores) e nele, o efeito resultando é igual a soma dos 2 separadamente. Quanto ao por potenciação, atuam por mecanismo de ação diferente e possuem interferências diferentes, no entanto, o efeito combinado é maior do que a soma de cada um isolado. ◈ O sinergismo, seja por adição ou potenciação, tem ação de agonistas! ANTAGONISMO ◈ Se refere a diminuição ou anulação completa dos efeitos de um deles. ◈ O antagonismo farmacológico competitivo – pode ser reversível (quando se liga de uma forma não covalente) e irreversível (se for por ligação covalente). No antagonismo farmacológico competitivo reversível, eles podem competir (agonista e antagonista) pelos mesmos receptores, logo, se houver mais agonistas, por exemplo, eles deslocam o antagonista do receptor. ◈ QUESTÃO DE PROVA: Aumentando a dose do agonista, você pode manter o efeito por deslocar o antagonista do receptor. ◈Também há o antagonismo farmacológico não competitivo, onde a dissociação ocorre de forma bem lenta dos receptores, ou não se dissocia, e MESMO AUMENTANDO A CONCENTRAÇÃO DO AGONISTA, NÃO É POSSÍVEL ALCANÇAR O EFEITO MÁXIMO. - Por exemplo, o organofosforado que inibe de forma irreversível a enzima acetilcolinesterase. (Se tem organofosforado, ocorre a exacerbação do sistema parassimpático por ter bloqueado a acetilcolinesterase, aumentando a acetilcolina para sua liberação e permanência no espaço. Aí, se coloca um outro medicamento que bloqueia o receptor, nesse caso, a atropina – que é uma competidora dos receptores da acetilcolina). ◈ QUESTÃO DE PROVA: cite qual tipo de antagonismo de cada um dos gráficos e explique a diferença entre eles. R.: O do lado esquerdo é reversível - o aumento da dose do agonista manteve o efeito. Já no direito, o aumento da dose do agonista não manteve o efeito, tendo o antagonista como competição irreversível. ◈ Antagonismo farmacológico não competitivo, ou modulador alostérico – o antagonista não se liga no mesmo local do agonista. Não compete pelo mesmo local. - Ele bloqueia, em algum ponto, a cadeia de eventos que levaria à resposta do agonista. - MESMO SE AUMENTAR A CONCENTRAÇÃO DO AGONISTA, NÃO É POSSÍVEL DESFAZER O BLOQUEIO. ◈ Antagonismo fisiológico ou funcional: A interação não está relacionada a receptor, os dois medicamentos não agem no mesmo receptor, agem com efeitos contrários. ◈ Agonistas ativam função do receptor, e os antagonistas não. Anti-inflamatórios esteroides💉 PROIBIDO UTILIZAR AIES COM AINES!!!!! ◈ São anti-inflamatórios que tem origem pelo colesterol, ou seja, são muito lipossolúveis. ◈ São produzidos no córtex da adrenal. O principal para farmacologia são os corticoides (cortisol) e os mineralocorticoides (aldosterona). ◈ Eixo fisiológico: hipotálamo, hipófise e adrenal. ◈ Na adrenal: Na zona superficial (glomerulosa) – produção dos mineralocorticoides. Zona intermedial (fasciculada) – corticoides. Zona reticular – androgênios. ◈ Dentro do eixo hipotálamo, hipófise e adrenal – quando existe um excesso de cortisol, ocorre o feedback negativo. O feedback positivo é bem controlado pelo estresse (cortisol). ◈ Se diminuir a produção de CRH, a adrenal não produz cortisol. ◈ Com o uso prolongado de corticoides, a adrenal atrofia, e o problema disso é que se parar de forma abrupta, ela não vai conseguir produzir novamente, causando o hipoadrenocorticismo iatrogênico. Por isso é necessário o desmame (redução gradual da dose). MECANISMO DE AÇÃO ◈ O principal efeito do corticoide é dentro da célula, se ligando a proteína nuclear, modificando a expressão gênica (inibindo ou produzindo proteína). ◈ Existem receptores de corticoides que estão presentes em todos os locais do corpo. Curiosidade: gatos possuem menos receptores de corticoides (50%), logo, as doses utilizadas são maiores quando comparada com cães, por exemplo. ◈ QUESTÃO DE PROVA: porque o corticoide é considerado um anti-inflamatório? Porque ele induz a expressão da anexina-1 - proteína que inibe a fosfolipase A2- que degrada o fosfolipídio e produz o ácido araquidônico, ou seja, no alto da cascata de coagulação, inibe a produção dos mediadores inflamatórios pelo aumento da anexina-1 que se liga a fosfolipase A2. ◈ Ele também suprime a expressão gênica de fosfolipase e das COX (ciclo oxigenasse – enzima que degrada o ácido araquidônico e forma a prostaglandina e o troboxano).◈ Inibe a liberação de mediadores inflamatório (histamina e bradicinina), esse papel é não genômico. ◈ Diminui interleucinas pró-inflamatórias (Il-1, Il-2 e IL-6) e a ação das células do sistema imune (principalmente linfócito, eosinófilo). ◈ Inibe a quimiotaxia dos neutrófilos, ou seja, eles não vão conseguir chegar no local necessário para fagocitar os microoganismos. ◈ Pode-se utilizar o corticoide para reposição hormonal (de cortisol e aldosterona também), para doenças oncológicas (linfoma, leucemia, mastocitoma) pois reduz a ação das células, e em doenças autoimunes. São as 3 principais. ◈Leucotrienos: responsáveis pela quimiotaxia. Prostaglandinas: febre e dor. Tromboxanos: agregação plaquetárias. ◈ Os corticoides não são indicados no caso de doses altas, porque quanto maior a dose, maior efeito inibitório sobre a cascata de coagulação. Logo, em processos infecciosos, em feridas contaminadas, por exemplo, não é indicado devido ao seu efeito imunossupressor. BIOTRANSFORMAÇÃO E EXCREÇÃO ◈ São biotransformados no fígado (70%), o renal biotransforma pouca quantidade. Se não houver biotransformação, não consegue ser eliminado. ◈ A cortisona e prednisona – precisam sofrer redução no fígado para se tornarem ativas (efeito de 1ª passagem). São pró-farmacos. ◈ A excreção renal (75%) ou adicionada a bile (2,5%) e excretada nas fezes. EFEITOS METABÓLICOS GERAIS ◈ Os corticoides são hiperglicemiantes, aumentando a gliconeogênese, faz antagonismo a insulina por diminuir a expressão do GLUT4 e aumenta o glicogênio hepático; - Aumenta o catabolismo de proteínas e faz lipólise, retenção de sódio e água, e excreta mais potássio; - Poliúria e polidipsia; - Reabsorção óssea, podendo provocar cálculos e/ou cristais de oxalato de Ca+; - Aumento da secreção de ácido clorídrico e suco pancreático – causa úlceras gástrica e pancreatite. - Inibe síntese de colágeno e ácido hialurônico – resultando em estrias e telangectasia (pele bem fina com mapeamento vascular); - Pode atrofiar gl. Sebácea e folículo piloso – formando comedos (cravos), rarefação pilosa e até alopecia. - Hiperpigmentação. ◈ Animal com uso de corticoides por muito tempo pode causar hepatomegalia, diabetes melitus, aumento da pressão arterial, na diurese e inibe o ADH (hormônio antidiurético). ◈ AFETAM TODOS OS TIPOS DE RESPOSTA INFLAMATÓRIA. ◈ Contraindicação: em feridas extensas e em pós cirúrgicos. ◈ Ele reduz a antitrombina, logo, pode favorecer formação de trombos por uma hipercoagulabilidade. Pode formar tromboembolismo pulmonar. EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO E IMUNOSSUPRESSOR ◈ Bloqueiam as manifestações da inflamação desde a reparação a proliferação tecidual; ◈ Afetam TODOS os tipos de resposta inflamatória; ◈ Reduz migração de neutrófilo e a habilidade do macrófago, bem como a capacidade de eliminar micro- organismos invasores; ◈ Impedem que o processo inflamatório seja exacerbado pela manutenção orgânica. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTEROIDES ◈ A potência é sempre comparada a hidrocortisona. Os fármacos são classificados pela duração dos seus efeitos, que podem ser de: - Ação rápida – hidrocortisona e cortisona (80- 120min); - Ação intermediária – prednisona e prednisolona (120 a 300); - Ação prolongada – dexametasona e betametasona (300min). *Obs do professor: Dexetasona é 7x mais potente que a prednisolona. ◈ Utilizar a menor dose efetiva SEMPRE! VIAS DE ADMINISTRAÇÃO São bem absorvidos por qualquer via – por via oral, intramuscular, intravenosa, subcutânea, tópica, nebulização e até intralesional. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS ◈ Como anti-inflamatório: para traumas, doenças articulares, acidentes ofídicos e edemas no SNC. Normalmente em doses intermediárias, e deve-se ver a possibilidade de trocar por um AINE (porque tem menos efeito colateral). • Em casos agudos: Dexametasona, Triancinolona, Betametasona. • Em casos crônicos: Prednisona, Prednisolona e Metilprednisolona. ◈ Como imunossupressor: é em doses mais altas - para doenças autoimunes, lúpus, pênfico, AHIM, TIM e isoeletrólise neonatal. Mas também pode ser utilizado em choques ANAFILÁTICOS. • Como indução de resposta – dexametasona. Se for para manutenção, prednisona ou prednisolona. • Terapia antineoplásia (linfócitos, plasmócitos e mastócitos), sempre associado a quimioterapia. ◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈◈ CORTICOSTEROIDES EXEMPLOS ◈ HIDROCORTISONA: • Ação: rápida, indicada para pacientes em choque (por via intravenosa); • Indicação: É o medicamento de escolha em casos de urgência e emergência. • Outros: tem atividade mineralocorticoide maior que os outros e suas doses variam com o objetivo, tem várias formas – pomadas, solução otológica, xampu, entre outros. ◈ PREDNISOLONA: • Ação: início e feito mais prolongado, de 12 a 16 horas (via oral). • Indicação: processos inflamatórios sistêmicos com ou sem doença autoimune associada, inflamações crônicas, e para reposição devido sua atividade mineralocorticoide e glicocorticoide. ◈ PREDNISONA: • Convertido em prednisolona pela via oral (sofre efeito de 1ª passagem). • Indicação: para uso crônico. • Importante: não usar em felino, pois não fazem a conversão em prednisolona por deficiência da CYP. ◈ METILPREDNISOLONA: • O ACETADO de metilprednisolona (corticoide de depósito) – (via IM), dura de 14 a 21 dias. Utilizado quando o animal não permite administração via oral, por exemplo. • SUCCINATO SÓDICO de metilprednisolona – (VO ou IV), age em até 24 horas. Utilizado quando o animal está na internação vomitando, por exemplo. ◈ TRIANCINOLONA: • Também é um corticoide com efeito mais prolongado (de 5 a 15 dias), de depósito, utilizada principalmente em bovinos e equinos devido ao seu tratamento prolongado. • Pode ser IM, SC ou local. Pouco seguro em pequenos animais. • Mais potente que a metilprednisolona. ◈ DEXAMETASONA: • Ação: Não é recomendada via oral para administração em casa devido sua ação prolongada por até 48 horas (VO, IM, IV). • Indicação: terapia sistêmica anti-inflamatória, imunossupressora, reposição de glicocorticoides, pode ser utilizada em processos alérgicos e choques (EMERGÊNCIA) • Importante: É mais utilizada em casos agudos, porque em crônicos causa ulceração gástrica. ◈ BETAMETASONA: • Tem ação semelhante, é uma terapia alternativa IDÊNTICA A DEXAMETASONA. Utilizada mais em forma de xarope para processos alérgicos. ◈ BUDESONIDA: • NÃO É MUITO UTILIZADA, MAS É IMPORTANTE PORQUE É DIFERENTE DOS IGUAIS!!! • É um glicocorticoide com efeito anti-inflamatório e baixo efeito sistêmico porque é 90% metabolizada no efeito de 1ª passagem – tem rápida absorção e afinidade pelos receptores. • Indicação: doenças crônicas inflamatórias no intestino. Utilizada quando o paciente não é adequado para tratamento de corticoide que age de forma mais sistêmica. • Outros: é uma opção de substituição para a prednisona/prednisolona. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS ◈ NUNCA USAR CORTICOIDES COM AINES –como são 2 anti-inflamatórios, aumenta muito o risco de lesão renal e úlcera gástrica. ◈ Ciclosfofamida (quimioterápico) e ciclosporina (imunossupressor) aumenta a concentração sérica dos corticoides, são inibidores da CYP que metaboliza dos corticoides. ◈ Furosemida – tem maior risco de hipocalemia – diminui o potássio. ◈ Insulina com o corticoide – causa maior demanda pelo efeito hiperglicemiante, antagonismo a insulina – podendo levar ao óbito. Tentar ao máximo possível não usar em pacientes diabéticos. ◈ Fenobarbital – indutor da CYP do corticoide, logo, aumenta o metabolismo dos corticoides. ◈ Vacina – não é exatamente uma interação medicamentosa, maaas... é umainteração importante, pois se o animal faz uso CRÔNICO de corticoide, tem menor resposta vacinal. Em casos de administração, a vacina pode não funcionar. Deve-se esperar desmamar o corticoide para melhores resultados e avisar o tutor de que a vacinação pode não funcionar (isso evita processinho para você! ). EFEITOS COLATERAIS ◈ Úlceras gástricas - por aumento do ácido clorídrico e diminuição da produção de muco. ◈ Diabetes Mellitus – pelo antagonismo a insulina. ◈ Pancreatite – aumenta a viscosidade das secreções pancreáticas e promovem hiperplasia dos ductos pancreáticos. ◈ Laminite – (IMPORTANTE) equino que faz uso de corticoide pode ter laminite porque em usos de longos prazos e/ou doses maiores, pode promover menor síntese de proteína, vasoconscrição no local da falange e microtrombos. ◈ Doença renal – pelo catabolismo de proteína, resultando em aumento de compostos nitrogenados no organismo, o que desencadeia quadros de azotemia pré-renal e o aumento da TFG. ◈ Cardiopatia – pela retenção hídrica que aumenta o estado congestivo e pressão arterial, aumentando o risco de ICC. CONSEQUÊNCIAS • Iatrogênico: provocado pelo ser humano. ◈ Insuficiência adrenal iatrogênica: causada também pela suspensão abrupta do corticoide. O corticoide inibe a produção de CRH e do ACTH, daí quando o desmame não é feito, ou não é feito corretamente, a adrenal não consegue responder de forma fisiologicamente adequada. ◈ Hiperadrenocorticismo iatrogênico: quando a dose é intermediária a alta, sendo excesso. Nela, temos o aumento do cortisol. Qualquer dose que não é fisiológica pode causar. Pode causar polidipsia, poliúria e possível incontinência urinária, polifagia (aumento da fome), abdômen pendular, pele fina, rarefação pilosa, dermatopatia, atrofia muscular, letargia, hiperpigmentação da pele, ente outros. ◈ Hipoadrenocorticismo iatrogênico: quando causa atrofia da adrenal pela retirada abrupta do corticoide. Pode causar letargia, depressão, irresponsivo, hiporexia, anorexia, fraqueza, diarreia, desidratação, poliúria e polidipsia e vários outros. Pode evoluir para coma e choque. ◈ COMO É REALIZADO O DESMAME?? - OBRIGATÓRIO que os últimos desmames sejam feitos a cada 48h!!! Anti-inflamatórios não esteroides💊 Feito por: Loris Dias ◈ São anti-inflamatórios que não vem do colesterol. São sintéticos e originados pelos ácidos. ◈ Utilizado em processos inflamatórios. Nos agudos – de curta duração (possuem os sinais cardeais), e nos crônicos – sem padrão característico e com variação na resposta de acordo com mediadores envolvidos. ◈ É utilizado quando o processo inflamatório é EXARCEBADO, oferecendo conforto para o paciente. PROIBIDO UTILIZAR AINES COM AIES!!!!! MEDIADORES QUÍMICOS DA INFLAMAÇÃO ◈ Origem tissular: - Aminas vasoativas (histamina e serotonina); - Fator de ativação plaquetária (PAF); - Eicosanóides; - Citocinas; - Radicais livres superóxidos; - Óxido Nítrico; - Neuropeptídeos; ◈ Origem Plasmática: - Sistema de Coagulação; - Sistema Complemento; - Sistema das Cininas. ORIGEM DOS EICOSANOIDES A partir da lesão de membrana, libera os fosfolipídeos que sofrem ação da fosfolipase A2, formando os ácidos araquidrônicos (substrato para prod. de prostaglandina, tromboxanos e leucotrienos) e produzem as cicloxigenases (COX 1 e 2), que dão origem as prostaglandinas e tromboxanas – fase vascular, e as lipoxigenases, que dá origem aos leucotrienos – fase celular. MECANISMO DE AÇÃO DOS AINES Principal mecanismo de ação – inibição das cox’s! ◈ Podem inibir tanto a 1 (FISIOLÓGICA), 2, 3 ou simultaneamente uma e outra. ◈ Inibem também as lipoxigenases (principalmente os fármacos mais antigos), agentes removerdores: radicais livres, agentes antioxidantes: formação de radicais livres, inibidores da formação de tromboxanos, entre outros. CICLOXIGENASES ◈ COX-1 (FISIOLÓGICA) - Age nas reações fisiológicas, renais, gastrointestinais e em tromboxanos (vascular). ◈ COX-2 (EVENTOS INFLAMATÓRIOS) - Responsável por eventos inflamatórios. - Induzida pelo processo inflamatório PRICIPALMENTE, mas também tem processo fisiológico, mesmo que pequeno. ◈ COX-3 (RESTRITA AO SNC E MEDULA ESPINHAL) - Responsável por eventos inflamatórios do SNC e ME. - Medicamentos que inibem ela não agem de forma sistêmica, apenas no sistema nervoso central!!! Um exemplo dela é a dipirona (metamizol). - Está relacionada a dor e febre. MECANISMO DA FEBRE ◈ No processo inflamatório, infeccioso (principalmente), em lesão, ou em outros, ocorre a liberação de pirógenos endógenos – que são citocinas inflamatórias produzidas no processo inflamatório. Essas substâncias, pela corrente sanguínea, encontram os receptores endoteliais cerebrais ou da micróglia, que aos estimulá-los, ocorre uma conversão para formação de ácido araquidônico, que dá origem à prostaglandina pela COX-2 e COX-3. Essa prostaglandina, no hipotálamo, sinaliza para o aumento da temperatura, fazendo o paciente demonstrar febre. MECANISMO DA DOR Com lesão, liberação de fosfolipídeos de membrana, formação de ácidos araquidônicos, que produz pela cicloxigenases as protaglandinas, e prostaciclinas, que estimulam a sensação de dor por ligação nos receptores nociceptivos (no tálamo). CONSEQUÊNCIA DOS AINES ◈ Podem afetar a COX e ter efeito mais acentuado em AINES não seletivos. ◈ O papel das cicloxigenases fisiológicas (COX-1) – Produz prostaglandina fisiológica, ou seja, que ocorrem “naturalmente” no organismo. E ela possui um papel lá na arteríola aferente, no glomérulo renal, causando vasodilatação, para aumentar o fluxo sanguíneo e TFG. ◈ No estômago, fazem estímulo para produção de muco protetor, que ajuda a evitar a ação do ácido clorídrico na mucosa do estômago. ◈ Logo, se utilizar um anti-inflamatório não seletivo, pode-se causar diminuição na TFG e vasoconstrição renal, gerando hipóxia no néfron – causando lesão renal aguda. No estômago, por diminuir a camada muco protetora, gastrite e úlcera gástrica, gerando muitas vezes vômito com sangue no paciente. ◈ Um AINE seletivo é melhor, principalmente os seletivos para cox-2 quando se pensa em anti- inflamatório. Ela possui efeito contrário a COX-1, a 1 causa agregação, e a COX-2 – evita. ◈ Se inibir muito a COX-2, favorece a formação de trombos por estimular a agregação. CARACTERÍSTICAS DOS AINES ◈ AÇÃO PERIFÉRICA: - Anti-inflamatórias; - Analgésicas; - Antitrombóticas (ao inibir cox-1); - Antiendotóxicas (pela diminuição do proc. Inflamatório). ◈ Ação no SNC: - Antipirética (controle térmico); - Analgésica. ◈ No geral, as características dos AINES é por terem ação inibitória sobre as enzimas que degradam o ác. Araquidônico: cicloxigenases e lipoxigenases. FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA DOS AINES ◈ A meia-vida varia entre as espécies, entre as doenças, principalmente doenças associadas – como renais e hepáticas, com a idade do paciente, associação com outros fármacos e em equinos devido a sua absorção ser mais lenta no trato gastrointestinal. ◈ Possuem alta ligação com proteína plasmática, entre 96% a 99%, logo, seu volume de distribuição é BAIXO, pois ficam mais retidos no plasma. Tem que ser eliminado nas fezes pela bile (principalmente) ou por secreção ativa (que não é tão ativa por usar transportador). ◈ Como são ácidos fracos possuem alta afinidade por local inflamado, até mesmo porque esses locais possuem o pH baixo, fazendo que a concentração no local da inflamação esteja maior do que no restante do corpo. ◈ Deve-se tomar cuidado ao associar o AINES com diuréticos ou inibidores de ECA – porque esses medicamentos estimulam a produção de prostaglandina paraaumentar o fluxo sanguíneo renal, de modo que os AINES reduzem a eficácia deles. - Esses dois medicamentos diurética e inibidores de ECA são usados para ajudar a manter o débito cardíaco em cardiopatas. Logo, deve-se tomar cuidado, priorizando utilização da menor dose possível do AINE. EFEITOS COLATERAIS ◈ Os principais são o aumento do tempo de sangramento, alterações gastrointestinais pela diminuição de prostaglandinas (causando úlceras gástricas), e redução do fluxo sanguíneo renal (causando a IRA, necrose papilar e nefrite intersticial). ADVERTÊNCIAS ◈ Não se deve utilizar um AINE em pacientes doentes renais. Se for muuuito necessário, utilizar anti- inflamatórios seletivos para COX-2, e verificar a possibilidade da menor dose possível. ◈ Em situações de comprometimento hemodinâmico, como em pacientes desidratados, sujeitos a hemorragia, hipotensos, em anestesia, com insuficiência cardíaca e doença hepática. ◈ Cuidado na administração simultânea com diuréticos e hipotensores. PROIBIDO UTILIZAR AINES COM AIES!!!!! DETALHES IMPORTANTES: ◈ COX seletivo: atua sobre cox-2. ◈ COX preferencial: sobre a cox-1 e a cox-2, mas com predomínio na 2. ◈ COX não seletivo: atua sobre a cox-1 e a cox-2. ◈ Os AINES, em grandes animais, são utilizados em doenças respiratórias agudas, injúrias músculo- esqueléticas, cólicas, laminite, mastites e diarreias agudas em bezerros. Para pequenos animais, em injúrias músculo- esqueléticas agudas e crônicas e pós-operatório e em neoplasias que expressam COX-2 (essas neoplasias que expressam COX-2 é para estimular a angiogênese, aumentar o processo inflamatório e ajuda no processo tumoral, - é uma “adaptação “do tumor. Por exemplo, em carcinomas) ◈ PROIBIDO PARA CÃES E GATOS – é o PARACETAMOL, bloqueia pirógenos endógenos no hipotálamo, causa intoxicação e morte por deficiência na metabolização devido ao composto fenólico que precisa da conjugação com ácido glicurônico, logo, é pouco metabolizado, principalmente pelos gatos!!!! Esses animais fazem uma rota alternativa, conjugando esse composto com outros compostos, formando o N- acetil-p-benzo-quinona – que leva a oxigenação dos ferros na hemácia, causando hemólise, e lesão oxidativa nos hepatócitos – necrose hepática. • O dano depende da dose, mas nos gatos, qualquer quantidade causa intoxicação, os cães ainda podem ter efeitos mais leves. Sinais: O animal fica prostrado, tem dispneia, cianose, salivação excessiva e icterícia. Feito por: Loris Dias ◈ SALICILATOS: ÁCIDO ACETILSALICÍLICO • NÃO SELETIVO, inibe cox 1 e 2. Foi o primeiro AINE criado. • Mecanismo – inibe agregação plaquetária pela ação da COX-1, ou seja, diminui a produção de tromboxanos. FAZ LIGAÇÃO COVALENTE NAS PLAQUETAS, por isso seu efeito é muito longo. Seu principal uso na rotina é como antitrombótico. • Meia vida: em cães 8 horas, em equinos – 1 hora, e em gatos, 38 horas. • Não é proibido em cães e gatos, porém, é utilizado em baixas doses. Tem a margem de segurança pequeno. • Gatos possuem grande susceptibilidade de intoxicação pois tem deficiência de conjugação de ácido glicurônico. Pode causar oxidação da hemoglobina, desnaturação, resultar em anemia hemolítica e ter como sinais clínicos a depressão, anorexia, hemorragia gástrica, sialorreia, vômitos e etc. ◈ DICLOFENACO E IBUPROFENO: • Não são proibidos, mas por ter efeito em cox 1 e 2, causam muitos efeitos colaterais. Possui dose terapêutica. • Em grandes, principalmente bovinos, é utilizado para mastite aguda e choque endotóxicos. • Sua vantagem é o custo, pois os não seletivos são mais baratos. • Em pequenos animais, causa lesão renal aguda, gastroenterite hemorrágica, vômitos e morte por hipovolemia. ◈ CETOPROFENO: • Não é seletivo para cox-2. Inibe as cox’s, a via de lipoxigenases e aumenta o tempo de sangramento. Não deve ser usado acima de 5 dias. ◈ Carprofeno ou carproflan: • Pode ser utilizado por todas as espécies, é mais seletivo para COX-2, mas em altas doses, age sobre a cox-1. • Em cães e equinos, é utilizado mais como analgésico. Para gatos tem poucos efeitos colaterais e por curto período. ◈ FLUNIXIM – MEGLUMINE: • Não seletivo, tem efeito preferencial para COX-1. Utilizado como anti-inflamatório e analgésico, mas em cães não é viável devido a vários relatos de ocorrência de IRA, aumento de ALT e úlcera gastrointestinal. • Em equinos, é bem suportado e utilizado, especialmente para cólicas e distúrbios musculo- esqueléticos. Pode ser utilizado em doenças pulmonares em bezerros. • Ele é tão potente que pode mascarar a doença ao amenizar os sintomas. ◈ FENILBUTAZONA: • Não seletivo, bem utilizado em grandes animais, mas em equinos – pode causar úlcera gástrica e degeneração de cartilagem (condrodegenerativa). • Em cães e gatos – causa distúrbios no TGI e problemas renais. NÃO PODE SER ADMINISTRADA FORA DA VEIA PORQUE NA VIA INTRAMUSCULAR CAUSA NECROSE TECIDUAL!!!!! ◈ OXICANS: MELOXICAM • Preferencial para cox-2, mas inibe cox-1 em altas doses. • Utilizado para tratamento de afecções músculo- esqueléticas e em pré e pós-operatórios. Pode ser utilizado em várias espécies. Porém, tem meia vida curta em equino e suíno, em asininos é muito rápido (-1hora), então nem se usa. • Medicamento de escolha para felinos em longos períodos desde que em doses baixas. • É bem utilizado em ruminantes. • O piroxicam é bastante utilizado em pacientes com câncer quando se quer inibir cox-2 (existem muito respaldo literário sobre sua eficácia) MEDICAMENTOS SELETIVOS COX-2 • São chamados de coxibes, não agem se ligando a cox- 1. • Tem menor efeito relacionado a taxa de filtração glomerular e na diminuição da camada mucoprotetora no estômago. Menor potencial ulcerogênico e nefrotóxico. • Os mais disponíveis no mercado são: - Firocoxib: em cães e equinos, seu preço é BEM MAIS CARO. - Robenacoxibe: cães e gatos. - Cimicoxib: somente para cães. - Mavacoxib: meia vida em até 39 dias, apenas para cães. Não é tão seguro devido ao tempo de permanência, logo, pode ser utilizado em cães que não apresentem contraindicações ou em animais de difíceis administração. • Eles são indicados para dor e inflamação crônica, analgesia peri-operatória, osteoartrites, e em neoplasias que expressam cox-2. TEM MENORES EFEITOS COLATERAIS! SELETIVO PARA COX-3 ◈ Dipirona: inibe COX-3. Tem baixa potência anti- inflamatória, porém, com boas propriedades antipiréticas e analgésicas. - É utilizado em dores leves a moderadas, normalmente é associado com algum outro que age sobre a COX-2. • Nos gatos, tomar cuidado porque ela é um composto fenólico que dependem da conjugação com ácido glicurônico. Não é proibido, mas deve ser utilizada a cada 24 horas!!! Por via oral causa muita salivação. AINE NÃO INIBIDOR DE COX ◈ Gapriprant: inibe o RECEPTOR EP4 de prostaglandina. Ele impede que a prostaglandina estimule a dor em pacientes com osteortrite, por exemplo. Não possui efeitos colaterais. Infelizmente é muito caro!!! AINES MAIS UTILIZADOS + USADOS EM INIBE COX OBSERVAÇÃO INDICAÇÃO MELOXICAM Cães, gatos, ruminantes e equinos. Preferencialmente COX-2 Meia-vida curta em equinos e suínos. Em asininos age em curto período. Tratamento de afecções músculo- esqueléticas e no pré e pós- operatório CARPROFENO Cães e gatos Preferencialmente COX-2 Cães e equinos (Analgésico). Em gatos (Poucos efeitos colaterais)- Curto período. Propriedades analgésicas, antipiréticas e anti- inflamatórias COXIBES Cães e gatos Seletivo COX-2 Menos efeitos colaterais, porém, alto custo. Dor e inflamaçãocrônicas, analgesia peri-operatória, osteoartrites e em algumas neoplasias que expressam COX-2 DIPIRONA Cães e gatos INIBE COX-3 Cuidado com a administração dela em gatos. Para dores leves a moderadas FENILBUTAZONA Equinos, bovinos e suínos Não seletivo Em EQ pode causar úlcera gástrica. Para inflamação FLUNIXINA MEGLUMINA Equinos, bovinos e suínos Não seletivo Tem inibição PREFERENCIAL DA COX-1 Potente anti- inflamatório e analgésico DMSO Equinos * acho que não é seletivo * acho que inibe preferencialmente a COX-2 Para inflamação FIROCOXIB Equinos Seletivo COX-2 Tem menor efeito colateral Dor e inflamação crônicas DICLOFENACO Bovinos e suinos Não seletivo Inibe FORTEMENTE A COX-1. Tem baixa margem de segurança para cães e gatos. Mastites agudas e choque endotóxico IBUPROFENO Bovinos Não seletivo Inibe FORTEMENTE A COX-1. Tem baixa margem de segurança para cães e gatos. Principalmente para mastites agudas CETOPROFENO Feito por: Loris Dias Suínos Não seletivo para COX-2 Ação dupla : inibe as cox e a via de lipoxigenases. Aumenta tempo de sangramento. Para inflamação
Compartilhar