Buscar

Apostila - LÍNGUA INGLESA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

1 
 
 
INTRODUÇÃO A LÍNGUA INGLESA 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 4 
2. Existe um método ideal para ensinar língua inglesa? ......................................................................... 6 
2.1 Estratégias de leitura ............................................................................ 7 
2.1.1 Processo de ensino-aprendizagem com leitura .............................................................. 8 
2.1.2 Estratégias de leitura em diferentes situações comunicativas ..................................... 13 
3. Estratégias de compreensão auditiva em língua inglesa .................................................................. 15 
3.1 Estratégias de leitura e estratégias de compreensão auditiva .............. 17 
3.1.1 Estratégias de compreensão auditiva em diferentes situações comunicativas da língua 
inglesa ........................................................................................................................................... 20 
4. Diferenças culturais entre falantes de língua inglesa: formas de expressão na modalidade verbal 22 
4.1 Variação linguística e os seus diferentes tipos ...................................... 23 
4.1.1 A variação diatópica ............................................................................................................. 25 
4.1.2 A variação diastrática ........................................................................................................... 26 
5. PRODUÇÃO DE GÊNEROS DISCURSIVOS, ORAIS E ESCRITOS DO COTIDIANO ................................... 28 
5.1 Produção de textos do cotidiano ........................................................... 29 
5.1.1 Revisão textual — checklist .................................................................................................. 31 
6. Referências ........................................................................................................................................ 33 
 
3 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O ensino de língua inglesa no Brasil começa no século XIX. No ano de 1809, o 
ensino da língua inglesa e da língua francesa torna-se obrigatório. O método usado 
para o ensino de língua inglesa era o Gramática-tradução ou o Método Clássico. 
Nesse método, as habilidades que são trabalhadas são as da leitura e escrita. 
Trabalha-se com a tradução de textos para estudar as regras gramaticais. O professor 
sempre usa a língua materna em sala de aula. Este método foi oriundo da Alemanha. 
Nos Estados Unidos, esse método foi, pela primeira vez, chamado de Método 
Prussiano. Gramática-tradução objetivava treinar os alunos para a leitura de literatura 
e criar uma disciplina intelectual. O objetivo do ensino de língua inglesa, no período 
do seu surgimento, era formar mão de obra. 
A fase seguinte, nos leva ao ano de 1931, com a Reforma de Francisco 
Campos. Essa reforma trouxe mais ênfase ao ensino das línguas modernas. O 
Método Direto foi introduzido. No Método Direto, as instruções de sala de aula são 
conduzidas somente na língua alvo; somente o vocabulário do cotidiano era ensinado; 
o professor ensinava as expressões concretas através de demonstrações, objetos e 
figuras; as expressões abstratas e associadas a ideias; a gramática era ensinada por 
indução; novos assuntos eram introduzidos oralmente; conversação e compreensão 
oral eram ensinadas e a correta pronúncia e gramática eram enfatizadas. (RICHARD 
e RODGERS, 1986). 
Em 1942, temos a Reforma Capanema que foi a que mais contribuiu para o 
ensino de línguas estrangeiras. Ela destinou 35 horas semanais para o ensino das 
línguas estrangeiras. As quatro habilidades: ler, escrever, compreensão oral e 
comunicação deveriam ser trabalhadas. Os objetivos eram: “educativos” (contribuir 
para a formação da mentalidade, desenvolvendo hábitos de observação e reflexão) e 
“culturais” (conhecimento da civilização estrangeira e capacidade de compreender 
tradições e ideais de outros povos).” (MACHADO; CAMPOS e SAUNDER, 2007, p. 
04). 
As LDBs de 1961 e 1971 não incluem as línguas estrangeiras no currículo das 
disciplinas. Isso significou um retrocesso para o ensino de línguas estrangeiras no 
Brasil. 
5 
 
 
A LDB de 1996 muda esse contexto determinando a obrigatoriedade do ensino 
de uma língua estrangeira no 1º e 2º graus, que tiveram seus nomes mudados para 
Ensino Fundamental e Ensino Médio. (ROSSATO, 2012, p. 590). Em 1998, 
apareceram os PCN’s. Os PCN’s, os 342 quais não são um conjunto de leis como as 
LDBs, mas funcionam mais como sugestões para o ensino de língua inglesa. “A 
importância do inglês no mundo contemporâneo, pelos motivos de natureza político-
econômica, não deixa dúvida sobre a necessidade de aprendê-lo.” (PCN’s, 1998, p. 
50). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
2. Existe um método ideal para ensinar língua inglesa? 
 
Há muitos métodos usados no ensino de língua inglesa. Mas, será que existe 
um método ideal? Não, não há um método ideal para se ensinar língua inglesa. É 
muito importante que os professores, a partir de suas experiências, percebam qual é 
o método mais adequado para sua realidade. Um método que pode ser considerado 
bom para alguns professores, para outros não se mostra tão eficaz. O que devemos 
ter em mente é a realidade na qual trabalhamos. 
 
 
7 
 
 
2.1 Estratégias de leitura 
 
A leitura é um processo de interação, já que o texto é construído não só pelo autor ao 
produzi-lo, mas também pelo leitor ao lê-lo (LEFFA; PEREIRA, 1999). Na construção 
do sentido do texto, o leitor se utiliza de estratégias para avaliar e compreender o que 
lê. Sendo assim, em linhas gerais, o objetivo da leitura é a compreensão do texto, que 
varia de acordo com os objetivos do leitor. Ao ler para ter uma ideia geral (skimming), 
você varre o texto com os olhos sem se preocupar com os detalhes. Se o objetivo é 
localizar informações (scanning), você passa rapidamente pelas linhas do texto a 
procura de algo específico: datas, nomes, etc. Já quando deseja estudar um texto, 
você precisa ler com calma, verificar os detalhes, reler, tomar notas. Segundo Brown 
(2001), um leitor eficaz é capaz de usar diferentes tipos de processamento textual, 
sejam eles ascendentes (bottom-up) — ou seja, fazer uso da informação contida no 
próprio texto, ao analisar palavras, frases e períodos —, sejam descendentes (top-
down), em que o leitor utiliza seu conhecimento prévio, experiências e expectativas 
para interagir com o texto. Essa capacidade de usar diferentes tipos de 
processamento faz com que a leitura se desenvolva automaticamente
até que o leitor 
se depare com uma falha em sua compreensão do texto. 
Segundo Solé e Schilling (1998), o processo de ensino-aprendizagem com leitura em 
sala de aula deve acontecer em três etapas de atividades com o texto, para que esta 
se torne significativa para o aluno: o antes, o durante e o depois da leitura. Antes da 
leitura, a autora destaca algumas atividades, como o adiantamento da ideia central ou 
da temática, o título, subtítulo, a análise de imagens, ativando, desse modo, o 
conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto.
 
 
 SAIBA MAIS: 
Bons leitores em língua materna também serão bons leitores em língua 
estrangeira e utilizarão, na leitura em língua estrangeira, as estratégias que 
conhecem e desenvolvem na língua materna. 
 
8 
 
 
2.1.1 Processo de ensino-aprendizagem com leitura 
Segundo Solé e Schilling (1998), o processo de ensino-aprendizagem com 
leitura em sala de aula deve acontecer em três etapas de atividades com o texto, para 
que esta se torne significativa para o aluno: o antes, o durante e o depois da leitura. 
Antes da leitura, a autora destaca algumas atividades, como o adiantamento da ideia 
central ou da temática, o título, subtítulo, a análise de imagens, ativando, desse modo, 
o conhecimento prévio dos alunos sobre o assunto. 
Ao propor atividades de leitura, o professor deve planejar objetivos de leitura 
claros, para que o leitor entenda o que está sendo requerido fazer com determinado 
texto, já que há muitas maneiras de se ler. Se não houver um propósito na leitura, o 
aluno poderá não manter a atenção e o foco. Para essa fase, durante a leitura, a 
autora sugere atividades que estabeleçam objetivos para o que o aluno está lendo: 
confirmação, construção e correção/recusa das antecipações ou expectativas 
realizadas antes da leitura sobre o tema; construção de conclusões explícitas e 
implícitas no texto; identificação de palavras-chave, temática, ideias centrais, entre 
outras. Após a leitura, atividades como a elaboração de uma síntese do texto, 
oralmente ou por escrito, estimulando a troca de opiniões a respeito do texto lido, são 
bastante produtivas para o desenvolvimento de um leitor independente, crítico e 
reflexivo. 
Para melhor examinar a leitura como processo e a forma como as estratégias 
de compreensão ajudam nesse processo, consideremos as etapas propostas por 
Cabral (1986): decodificação, compreensão, interpretação e retenção. 
A decodificação resulta do reconhecimento dos símbolos escritos e sua 
associação a significados. É uma leitura superficial que, apesar de incompleta, é 
essencial que seja feita mais de uma vez em um mesmo texto. É o momento em que 
o aluno deve anotar as palavras desconhecidas para achar um sinônimo, passo 
importante para passar para a próxima etapa de leitura, a compreensão do que foi 
lido. 
A compreensão ocorre quando o leitor capta a temática e as ideias principais 
do texto. Ele deve saber do que se trata o texto, qual a tipologia usada, a possível 
intenção do autor, e ser capaz de resumir em poucas frases a essência do texto. 
A interpretação é a fase em que o leitor usa as suas habilidades sintáticas, 
semânticas, inferenciais e pragmáticas. Com sua capacidade de crítica, faz 
julgamentos sobre o que lê, se concorda ou se opõe ao texto, se a construção textual 
9 
 
 
é adequada ou não, entre outros. A retenção é o que o leitor absorve do que 
compreendeu e interpretou sobre o texto. 
Uma questão importante a ser levada em consideração ao se ler um texto são 
os diferentes gêneros textuais, ou, em outras palavras, os textos que exercem funções 
específicas, como romance, reportagem, artigo científico, carta, e-mail, relato de 
viagem, coluna de jornal, biografia, manuais e muitos outros. Cada gênero apresenta 
características específicas, e o leitor já “se prepara” para o tipo de informação que irá 
ler ao identificar o gênero textual a que pertence o texto a ser lido. 
 
Quando se trata de leitura na língua materna não há muitos problemas com o 
vocabulário e as estruturas gramaticais, principalmente se o leitor tiver o hábito da 
leitura. No entanto, muitas vezes, é preciso recorrer ao dicionário para novas palavras; 
na falta dele, ou mesmo para selecionar o sentido correto que se procura, no caso de 
palavras polissêmicas (com diversos significados), utilizamos inferências e deduções 
a partir do contexto apresentado e do nosso conhecimento prévio para compreender 
o sentido correto de uma palavra desconhecida. Ainda em relação a estratégias de 
leitura, Duke e Pearson (2002) identificaram seis estratégias que auxiliam no processo 
de compreensão, interpretação e retenção do material lido: predição, pensar em voz 
alta, estrutura do texto, representação visual do texto, resumo e questionamento. 
Predição, como já mencionado anteriormente, é a utilização do conhecimento 
prévio para antecipar fatos ou conteúdos do texto e formular hipóteses. Pensar em 
voz alta é quando o leitor verbaliza o seu pensamento enquanto lê. A análise da 
estrutura textual abrange não só a identificação do gênero textual, mas também o 
cenário, tema e ação. A representação visual é quando o leitor forma uma imagem 
mental do conteúdo lido. Resumir as informações facilita a compreensão global do 
texto, pois envolve seleção e destaque de informações relevantes. Por fim, questionar 
 SAIBA MAIS: 
Se o gênero é um artigo científico, a leitura deverá ser mais atenta e 
cuidadosa do que um anúncio de jornal, dada a intenção do leitor e o grau 
de complexidade dos gêneros. Um poema com uma linguagem recheada 
de metáforas exige tempo e imaginação do leitor para ser compreendido, 
enquanto uma notícia de jornal informa de maneira sucinta, em suas 
primeiras linhas, o que aconteceu, com quem, quando, onde, como e por 
quê, permitindo que o leitor, mesmo sem ler a notícia em sua totalidade, 
informe-se de maneira rápida acerca dos acontecimentos recentes. 
10 
 
 
o texto auxilia no entendimento do conteúdo, pois o leitor precisa refletir sobre o texto 
e elaborar questões sobre ele. 
 
Ler em língua estrangeira é entrar em contato com o diferente, com outro 
universo cultural, e está relacionado a construir sentidos. Isso será possível por meio 
do conhecimento prévio do leitor, do conhecimento de estruturas básicas da língua — 
como marcadores de discurso, formação de palavras e grupos nominais em inglês — 
e do uso de estratégias como skimming, scanning, identificação de palavras cognatas 
e repetidas nos textos a serem lidos. Como você viu anteriormente, na estratégia de 
skimming o leitor faz uso de um olhar rápido e superficial no texto para saber a sua 
ideia principal. Já a estratégia de scanning é usada quando se procura informações 
especificas em um texto. Essas técnicas de leitura são muito eficientes e poupam 
tempo, mas não substituem, dependendo do objetivo do leitor, a leitura detalhada e 
minuciosa. 
Para realizar esse tipo de leitura, a utilização de palavras cognatas, ou seja, 
palavras de origem latina ou grega, semelhantes ao português, tanto na grafia quanto 
no significado, pode auxiliar bastante. O uso dessa estratégia, no entanto, requer 
cuidado, pois encontramos palavras na língua inglesa semelhantes na grafia, mas que 
possuem significados diferentes, como fabric (tecido), factory (fábrica), push 
(empurrar), pull (puxar), que são chamadas de falsos cognatos. Cabe ressaltar que o 
número de cognatos é muito maior do que o de falsos cognatos, o que faz dessa 
estratégia uma maneira bastante eficiente de se compreender textos. 
Além dessas estratégias, o leitor faz o processamento textual de duas formas: 
ascendente (bottom-up), do texto para o leitor, ou seja, elementos presentes no texto 
são utilizados para a compreensão do conteúdo, como elementos tipográficos, título, 
gráficos, tabelas, imagens, estrutura de palavras, frases, orações, períodos e 
parágrafos; ou descendente
(top down), do leitor para o texto, trazendo a experiência 
e conhecimento de mundo do leitor para construir sentidos para o texto (BROWN, 
 FIQUE ATENTO: O professor de língua estrangeira deverá ficar 
atento para que a leitura seja significativa para os seus alunos e que 
vise a formar cidadãos críticos e reflexivos, que possam agir no 
mundo de forma consciente. Para isso, deve-se buscar construir 
uma proposta de ensino de leitura utilizando estratégias que 
melhorem a prática pedagógica e contribuam para esses objetivos. 
11 
 
 
2001). Sendo assim, você pode perceber que existem diversas estratégias e modos 
de leitura, que facilitam o entendimento do texto e que, se praticadas com frequência, 
tornam o leitor proficiente. 
Ao lidarmos com a leitura em língua inglesa, podemos classificar as estratégias 
de leitura a partir da terminologia de Oxford (1990), que as classifica como diretas ou 
indiretas. As estratégias de leitura direta podem ser cognitivas, de memória ou de 
compensação; as estratégias de leitura indiretas podem ser metacognitivas, afetivas 
ou sociais, conforme descritas no Quadro 1. 
Oxford (1990) percebeu que, quanto mais motivados estão os leitores, mais 
estratégias costumam mobilizar, e a razão pela qual estão lendo o texto também os 
leva a escolher determinadas estratégias de preferência. Cada estudante desenvolve 
estratégias próprias, aprimorando-as. Alguns selecionam letras de música, leem, 
escutam, repetem as palavras, memorizam a canção para aumentar o vocabulário. 
Alguns preferem interagir em grupo, debatendo o texto lido, perguntando sobre 
expressões ou palavras, ou discutindo um filme legendado em inglês. Esses 
processos selecionados pelos estudantes de fato levam ao desenvolvimento da 
capacidade de leitura em língua inglesa. 
A compreensão de um texto é alcançada quando o leitor lê de forma ativa, 
antecipando interpretações, identificando significados, expressando dúvidas. A 
decodificação, como você viu na seção anterior, é uma atividade indispensável e 
necessária, mas não se basta por si, servindo mais como instrumento a serviço da 
compreensão. Esta ocorre quando o leitor consegue responder às suas dúvidas. Para 
isso, utiliza as estratégias de leitura, como questionar-se para obter respostas sobre 
o que leu. 
Outra questão que deve ser levada em consideração para que o leitor se 
mantenha motivado e, portanto, tenha mais facilidade de entendimento é iniciar o 
exercício da leitura em língua inglesa a partir de gêneros textuais com os quais os 
estudantes tenham mais familiaridade em língua materna, ou histórias conhecidas, 
fábulas. Dessa forma, ativa-se o conhecimento prévio do aprendiz e o torna mais 
confiante para lidar com o texto em língua estrangeira. O grau de dificuldade do texto 
deve avançar gradativamente, e o leitor deve procurar fazer da leitura um hábito 
frequente e permanente. 
A leitura de textos mais extensos, como jornais, revistas e livros, é 
recomendável para leitores com conhecimento intermediário e avançado da língua, 
12 
 
 
para desenvolver o vocabulário e a familiaridade com os aspectos estruturais da 
gramática. O uso do dicionário pelo leitor deve ser reduzido ao mínimo indispensável. 
O leitor deve se concentrar na leitura da ideia central, ser perseverante e imaginativo, 
a ponto de adivinhar palavras cujo entendimento não é muito claro. 
Figura 1 
 
 
13 
 
 
2.1.2 Estratégias de leitura em diferentes situações comunicativas 
Um leitor experiente tem flexibilidade no modo e ritmo em que lê, e seleciona 
estratégias de leitura adequadas aos seus objetivos e ao tipo de texto. Por exemplo, 
o sumário de um livro requer que o leitor utilize apenas a estratégia do scanning, para 
que possa saber a página do livro que atende à sua necessidade naquele momento. 
Se o leitor precisa extrair ideias principais de um texto, a leitura rápida do primeiro e 
do último parágrafo, e a primeira e última linha de cada parágrafo (para verificar o 
tópico frasal, ou seja, a ideia central de cada parágrafo) é uma boa maneira de fazê-
lo e ganhar tempo. Qualquer texto pode ser submetido a essa estratégia, que consiste 
em selecionar as informações ou textos de interesse antes de se proceder a uma 
leitura mais detalhada e cuidadosa; frequentemente, usamos esse recurso para ler o 
jornal. 
Você deve ter percebido que, até aqui, as estratégias utilizadas dependem da 
situação comunicativa, pois os objetivos de leitura variam de acordo com elas. Uma 
receita culinária não será lida com o mesmo cuidado que um artigo científico que o 
leitor precisa estudar para uma avaliação, por exemplo. Bulas de remédio, verbetes 
de dicionários não requerem uma leitura linear, já que o leitor busca informações 
específicas. A leitura de um romance, poema, biografia exige mais tempo e atenção, 
mas, por esses textos contarem, normalmente, com o interesse maior do leitor, as 
estratégias são mais voltadas para a interpretação e a retenção, por meio de 
anotações, resumos, imagens mentais e discussões com outros leitores. 
O leitor que tratamos aqui, proficiente, autônomo e crítico, que é capaz de 
selecionar as melhores estratégias para cada tipo de leitura, de acordo com os seus 
objetivos, deve ser a meta da escola, que é a formação de leitores competentes. É 
papel da escola fornecer aos estudantes, por meio da leitura, recursos necessários 
para que eles consigam buscar, analisar, selecionar, relacionar e organizar as 
informações complexas do mundo contemporâneo e exercer a cidadania. 
Formar leitores que gostem de ler, seja para estudar, seja para se entreter ou se 
informar sobre assuntos diversos é dar uma base para que as pessoas se 
desenvolvam e continuem a aprender por toda a vida. Embora seja um processo 
interno, a leitura pode ser ensinada, e as estratégias de leitura auxiliam esse processo. 
É importante que os alunos tomem consciência dessas estratégias para melhor utilizá-
las ao selecionar uma ou outra dependendo da necessidade de leitura daquela 
situação específica. 
14 
 
 
O professor deve não só ensinar o aluno a aprender com a leitura e como usar as 
estratégias para ler melhor, mas também ter cuidado ao selecionar os materiais de 
leitura que serão oferecidos aos alunos, para que eles se mantenham motivados. O 
professor deve buscar textos interessantes e significativos para os alunos, levando 
em conta idade, cultura, local de moradia, partindo do universo pessoal do aluno para 
temas mais universais. Os alunos devem ser estimulados a identificar elementos 
implícitos no texto, a perceber e estabelecer relações entre o que leem e outros textos 
já lidos; devem saber justificar a sua leitura a partir da localização de elementos 
discursivos, entendendo que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto. 
As estratégias ensinadas, tendo o professor como mediador, ajudam o estudante 
na construção do sentido do texto e em qualquer outra situação em quaisquer outros 
textos, ou seja, elas modificam a visão de mundo do aprendiz. Nesse viés, a leitura 
compartilhada ou colaborativa, em que alunos e professores leem juntos um mesmo 
texto e apresentam ideias e impressões acerca do que foi lido, seja em língua materna 
ou em língua inglesa, cria condições para que as estratégias sejam explicitadas pelos 
diferentes leitores, permitindo que as estratégias de uns sejam apropriadas por outros, 
ampliando a proficiência leitora individual e promovendo a troca de ideias sobre o que 
foi lido. 
Os objetivos de leitura precisam ser levados em consideração pelo professor que 
trabalha com leitura e pelos leitores proficientes. É importante determinar se o que se 
precisa é apenas uma informação, ou se é uma leitura para um estudo, uma revisão 
de texto, a escrita de uma resenha, para entender instruções em um manual, ou se é 
puro entretenimento. As estratégias são usadas naturalmente (no caso das diretas) 
pelo leitor
ou são planejadas (indiretas) com o propósito de desenvolver determinado 
aspecto e atingir os resultados esperados. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
3. Estratégias de compreensão auditiva em língua inglesa 
 
Para começar, vamos entender o que é o processo da audição; para isso, lançamos 
mão da definição do pesquisador Larry Vandergrift (2016), que diz que audição é o 
processo de receber o que o falante diz (orientação receptiva), construir e representar 
significado (orientação construtiva), negociar significado com o falante e responder 
(orientação colaborativa) e criar significado por meio do envolvimento, imaginação e 
empatia (orientação transformadora). Nesse processo, os ouvintes interpretam o que 
ouvem e relacionam o que ouvem ao seu conhecimento de mundo. Esse processo 
complexo que é a audição se desenvolve naturalmente na aquisição da língua 
materna. Um bebê, nos primeiros meses de vida, reage aos sons por meio do choro 
ou sorriso, se não tiver alguma deficiência auditiva. Muito cedo começa a 
compreender o que lhe é dito e, com o passar do tempo, treina a compreensão do que 
escuta, porque entra em contato com vários tipos de enunciados orais, que interpreta 
e reage de acordo com o seu conteúdo. 
A compreensão da língua falada é um processo inferencial, baseado na 
percepção do ouvinte, que deve encontrar associações entre o que é ouvido e os 
aspectos do contexto. Interpretar o que se escuta vai ajudar a treinar a compreensão 
da oralidade em todas as ocasiões, mas há fatores que influenciam essa 
interpretação, como a variedade de sons que existem em um ambiente aberto ou a 
má formulação do discurso. Estamos constantemente tentando ouvir e compreender 
os ruídos, vozes e sons que estão à nossa volta. Por essa razão, usamos estratégias 
de audição para compreender o texto oral ou os ruídos e sons que não sabemos de 
onde vêm. Essas estratégias usadas pelo ouvinte, seja em língua materna ou em 
língua estrangeira, são reconhecer, selecionar, interpretar, inferir, antecipar e reter. 
Veja, a seguir, o que cada um desses procedimentos quer dizer. 
Reconhecer: diz respeito ao reconhecimento das unidades que compõem sons 
e palavras, os fonemas, os morfemas e as oposições fonológicas. 
Selecionar: quer dizer distinguir as palavras relevantes de um discurso 
(nomes, verbos, frases) e as que não o são (repetições, redundâncias, marcadores 
do discurso). Essas estratégias são também utilizadas pelos ouvintes quando 
enunciadores, o que faz deles focos de mais atenção. 
Interpretar: envolve a compreensão da forma, ou seja, da estrutura e 
organização do texto oral, como diferentes seções, mudança de tema, grau de 
16 
 
 
formalidade, tom, ritmo, velocidade, pausas, entonação. Também envolve a 
compreensão do conteúdo, que diz respeito à intenção, ao propósito comunicativo, ao 
significado, às ideias principais e às secundárias, às ambiguidades, ao duplo sentido, 
à relevância das informações. Essa fase interpretativa é mais complexa e exige 
conhecimento mais aprofundado da língua. 
Antecipar: é usar toda a informação que temos sobre o gênero para preparar 
a compreensão de um discurso. Esse processo diz respeito também à previsão do 
tema, da linguagem e do estilo do discurso e ainda prevê que se deva antecipar o que 
se vai dizer. 
Inferir: refere-se à dedução dos dados do texto oral e à extração de informação 
do contexto comunicativo com a interpretação de códigos verbais e não verbais, como 
a linguagem corporal e o olhar, por exemplo. 
Reter: é reconhecer as palavras, frases e ideias para poder interpretá-las mais 
à frente. Em relação ao vocabulário, destaca-se o fato de que, além da compreensão 
auditiva, faz-se uso, naturalmente, de itens lexicais para a expressão oral em língua 
materna, sem a preocupação de se entender detalhadamente aqueles itens. 
 
 
17 
 
 
3.1 Estratégias de leitura e estratégias de compreensão auditiva 
As estratégias de leitura e de compreensão oral são comparáveis, já que, em 
ambos os casos, o leitor ou o ouvinte precisam interagir com o texto escrito ou falado 
e a eles atribuir significado. Rost (1990) afirma que as estratégias cognitivas que 
subjazem à leitura têm muito em comum com as que subjazem à compreensão 
auditiva, embora as habilidades linguísticas para decodificar os textos sejam 
diferentes (visual × auditiva). Tanto os leitores quanto os ouvintes fazem uso do seu 
conhecimento de mundo para interpretar o que leem ou ouvem. 
No entanto, o leitor, ao contrário do ouvinte, por conta da permanência material 
escrito, tem controle sobre o texto com o qual interage, já que pode pular partes, voltar 
a elas, reler, identificar elementos tipográficos; já o ouvinte lida com variações de 
pronúncia, hesitações, variações dialetais, autorrevisões, fenômenos da fala, o que 
torna a compreensão mais desafiadora. 
 
 
Assim como o leitor, além do conhecimento prévio e do contexto, o ouvinte usa 
o seu conhecimento linguístico para melhor compreender e interpretar o que ouve. 
Essas duas estratégias de processamento, na concepção de Brown (2001), são 
nomeadas top down e bottom up. A primeira leva em conta o conhecimento prévio do 
ouvinte, que formula hipóteses sobre o conteúdo que será ouvido, é informado do 
contexto, cria expectativas sobre o que ouvirá; a segunda parte do próprio texto oral: 
pronúncia, entonação, ritmo, stress, variações linguísticas. 
Seguindo a proposta pedagógica de Vandergrift (2016), para a prática de 
compreensão auditiva em sala de aula, alguns procedimentos são fundamentais para 
que o aluno se sinta motivado e tenha um desempenho satisfatório nos exercícios 
sugeridos pelo professor ou pelo material didático adotado. Aqui, também a exemplo 
da leitura, é necessário uma preparação antes de os alunos ouvirem o texto oral. 
 FIQUE ATENTO: 
Muitos alunos têm medo de ouvir e não compreender e desanimam 
se isso acontece. Cabe ao professor esclarecer que não entender 
faz parte do processo de aprendizagem da língua estrangeira e que 
a continuidade de se escutar trechos curtos em língua inglesa de 
diferentes tipos de áudio (entrevista, música, palestra, filme, série, 
desenho, tutoriais, etc.) é o que ajudará na compreensão da 
dinâmica da língua falada. 
18 
 
 
Essas atividades pré-audição buscam do aluno o seu conhecimento de mundo, suas 
experiências, para que formulem hipóteses e direcionem a sua atenção para o que 
será ouvido. Nessa fase, o professor apresenta o contexto e pode até mesmo 
antecipar vocabulário-chave ou outras informações que considere relevantes, para 
que a escuta se torne mais significativa para os aprendizes, pois 
 
[...] apenas pedir aos alunos que ouçam algo e respondam a algumas perguntas é um pouco 
injusto e dificulta muito o desenvolvimento das habilidades de escuta. Muitos alunos têm medo 
de ouvir e podem ficar desanimados quando ouvem alguma coisa, e sentem que entendem 
muito pouco. Também é mais difícil se concentrar em ouvir se há pouco interesse em um 
tópico ou situação. As tarefas de pré-escuta visam lidar com todas essas questões: gerar 
interesse, criar confiança e facilitar a compreensão (REES, 2003, documento on-line). 
 
durante o processo de audição, no qual o aluno deve ter um objetivo para direcionar 
a sua atenção, o aluno será também capaz de monitorar a sua compreensão, 
confirmando ou refutando suas hipóteses e verificando suas dificuldades. É proveitoso 
que o texto oral seja ouvido mais de uma vez, para que as tarefas pedidas sejam 
cumpridas com mais tranquilidade. Cabe ao professor selecionar o material tendo em 
mente se ele será adequado ao seu público, para que os alunos não se desmotivem 
diante da dificuldade de entendimento, mas, ao contrário, aumentem sua confiança 
ao perceber o quanto conseguem entender e se sintam capazes de cumprir os 
objetivos de escuta determinados na atividade. 
Entretanto, deve-se ter o cuidado de
escolher materiais autênticos de situações 
reais, que façam sentido para o aluno e que permitam que, pouco a pouco, ele se 
familiarize e entenda interlocutores nativos. Aqui também você pode fazer um paralelo 
com as estratégias de leitura. Pode-se ouvir (e ler) um texto (oral ou escrito) para se 
ter uma ideia geral do assunto, ou para identificar detalhes e informações. O foco e a 
atenção aqui são utilizados de maneira diferente: mais livremente, para se ter uma 
ideia do que é tratado no texto, privilegiando o contexto e confirmando ou não as 
hipóteses levantadas, ou com mais concentração em determinadas palavras-chave, 
para reconhecer a informação necessária ao cumprimento da atividade proposta. 
No momento seguinte, pós-audição, o aluno avalia os resultados de suas 
escolhas e discute individualmente ou em grupo quais estratégias levaram ao sucesso 
19 
 
 
ou ao fracasso na compreensão e na realização da atividade proposta. Essa troca de 
experiências com os colegas traz um impacto positivo para o processo de 
aprendizagem, já que evidencia uma comunidade de aprendizes com os mesmos 
objetivos e que precisa lidar com sucessos e fracassos de maneira individual e 
coletiva. Essa atmosfera incentiva o apoio mútuo e provoca maior reflexão no grupo. 
Também com a leitura essas atividades são usadas para que professores e alunos 
revisem, tenham um feedback da eficiência das estratégias escolhidas. 
 
 
20 
 
 
3.1.1 Estratégias de compreensão auditiva em diferentes situações 
comunicativas da língua inglesa 
A compreensão auditiva é um processo interativo e interpretativo em que o ouvinte 
usa o seu conhecimento sobre o assunto e o seu conhecimento linguístico para 
entender o que está sendo falado. A utilização de um ou outro processo vai depender 
do objetivo da tarefa, conhecimento do tema e nível de proficiência linguística do 
ouvinte. 
Além dos conhecimentos que possui, o aluno se beneficia do auxílio do professor, que 
o ajuda a se organizar e se preparar para ouvir, inferir significados apropriados do 
material ouvido, o que reduz a tensão e o medo de não entender o texto oral. As 
tarefas propostas pelo professor reforçam a ideia de que não é preciso entender todas 
as palavras traduzindo-as para a língua materna, mas sim compreender o significado 
de certas cadeias de palavras, reconhecer fronteiras entre as unidades fonéticas, 
marcadas pelas pausas temporais, grupos rítmicos, entonação ascendente ou 
descendente, recursos para que se identifiquem os segmentos da fala. Além disso, o 
processo de compreensão oral envolve conhecimento de vocabulário e pragmático 
(conhecimento de mundo). 
Em relação às estratégias de aprendizagem, podemos classificá-las, de uma 
forma ampla, em diretas e indiretas (OXFORD, 1990). Diretas são relacionadas à 
língua-alvo e ao processamento mental da língua, como a memorização, que envolve 
princípios de ordenação, associação e revisão, associados aos sentidos; as 
estratégias cognitivas, que consistem em manipulação e transformação da língua-alvo 
pelos aprendizes; e as estratégias de compensação, em que o aprendiz, mesmo tendo 
limitações linguísticas, consegue compreender e produzir na língua-alvo ao usar 
inferências e superação das limitações, seja fazendo uso da língua materna, seja 
buscando ajuda, usando gestos, fazendo mímica, criando palavras, paráfrases e 
usando sinônimos. 
As estratégias indiretas, por sua vez, apoiam a aprendizagem da língua sem estarem 
diretamente relacionadas a ela. São as estratégias metacognitivas, afetivas e sociais. 
As estratégias metacognitivas oferecem maior controle sobre o processo de 
aprendizagem, como o planejamento, a organização e a avaliação da aprendizagem. 
As estratégias afetivas regulam as emoções, motivações e atitudes, como redução de 
ansiedade, encorajamento e conscientização do estado emocional. As estratégias 
sociais ajudam o aprendiz a interagir com outras pessoas, com a elaboração de 
21 
 
 
perguntas, compreensão cultural, cooperação com pares e usuários proficientes da 
língua-alvo. Essas estratégias, ligadas direta ou indiretamente à língua-alvo são 
usadas de forma simultânea, muitas vezes, para permitir o entendimento do ouvinte. 
 
 
 
22 
 
 
4. Diferenças culturais entre falantes de língua inglesa: formas de 
expressão na modalidade verbal 
As línguas estão em constante transformação. O inglês nem sempre teve status 
de língua universal ou global, essa condição foi adquirida por fatores culturais, sociais 
e econômicos ao longo dos anos. A expansão do Império Britânico no séculos XVII a 
XIX fez com que o inglês passasse a ser falado em diversas colônias ao redor do 
mundo, na África, na Ásia, na América do Norte, no Caribe e na Oceania. Alguns 
desses países têm o inglês como sua primeira língua, como é o caso da Austrália, da 
República Dominicana e da Índia. Já em outros países, o inglês é a língua oficial, ou 
seja, utilizada nas escolas e nas relações comerciais, mas não é a primeira língua, 
como é o caso de Uganda e de Malta. Contudo, essa expansão territorial do Império 
Britânico gerou uma variedade impressionante de “formas de se falar inglês”. São os 
Englishes, ou variações linguísticas do inglês. 
Você vai estudar as variações linguísticas e ver que elas ocorrem por diferentes 
fatores. Uma língua pode se transformar com o passar dos anos (variação diacrônica), 
mas também pode apresentar variação por fatores de espaço (variação diatópica), 
meio social (variação diastrática) e situação discursiva (variação diafásica). Além 
disso, você verá, mais detalhadamente e com exemplos reais, de que forma a variação 
diatópica e a variação diastrática influenciam os falantes nativos, os falantes não 
nativos e os aprendizes da língua inglesa. 
 
 
23 
 
 
4.1 Variação linguística e os seus diferentes tipos 
Segundo a Teoria da Complexidade (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2007), 
toda língua é considerada um sistema complexo e dinâmico, que está em constante 
evolução para atender às necessidades comunicativas de seus falantes. Assim, é 
como se os falantes “moldassem” a língua para tornar a comunicação mais efetiva. 
Contudo, apesar de as línguas estarem em constante transformação, essas 
mudanças não são um processo individual e aleatório. Existe uma convencionalidade 
por trás delas, e o sistema que organiza as línguas deve continuar a oferecer aos seus 
falantes os recursos necessários para que os significados circulem (FARACO, 2005). 
Em outras palavras, embora as línguas estejam abertas a todo tipo de influência e 
estejam em constante transformação, elas ainda, de alguma forma, mantêm uma 
identidade. 
Quando você ouve um indiano falando, pode até achar que o inglês que ele fala 
é diferente do inglês que você está habituado a ver nos filmes americanos; no entanto, 
você é capaz de reconhecer que ele está falando inglês, mesmo que o inglês indiano 
tenha recebido incontáveis influências e se distanciado, em muitos aspectos, do inglês 
britânico de seus colonizadores. 
Assim, a variação é o resultado da língua em uso. Esse fenômeno de 
transformação das línguas, seja ele causado pelo tempo, seja pelo espaço, pelo meio 
social ou por uma situação discursiva, é chamado pelos linguistas de variação 
linguística. 
Veja, a seguir, os principais tipos de variação linguística. 
Variação diatópica (espaço): quanto maior o número de falantes e maior a sua 
dispersão geográfica, maiores as chances de variação. A variação diatópica pode 
ocorrer dentro de um mesmo país/região ou entre diferentes países. 
Variação diacrônica (tempo): é o conjunto de mudanças de uma língua 
verificadas ao longo de sua história. As línguas mudam através dos tempos, 
garantindo sua continuidade, e se renovam para atender às novas demandas 
comunicativas da sociedade. 
Variação diastrática (social): quando as diferenças na comunicação resultam 
de fatores como a classe social,
a idade, a origem étnica ou o nível de instrução. 
Variação diafásica (discurso): quando as diferenças na comunicação resultam 
da situação em que se encontra o falante. Um falante proficiente deve ser capaz de 
adequar o seu registro de língua às diferentes situações comunicativas: 
24 
 
 
■ situação formal — implica um registro de língua mais cuidado; 
■ situação informal — admite um registro de língua mais espontâneo. 
 
 
25 
 
 
4.1.1 A variação diatópica 
Como vimos, a variação diatópica diz respeito ao espaço geográfico. Ela pode 
ocorrer entre países ou dentro de um mesmo país/região. Quando pensamos em 
língua e Brasil, imediatamente nos vem à cabeça a grande e rica variedade linguística 
existente em nosso país, certo? O Brasil é um país de proporções continentais e com 
vários estados, o que potencializa as variedades linguísti-cas. Mesmo que todos os 
brasileiros falem português, cada região apresenta suas diferenças linguísticas, e 
essas variedades podem ganhar forma tanto no léxico (vocabulário) quanto na sintaxe 
(estrutura da língua) e na fonologia (pronúncia e sotaque). 
 
 
Os exemplos de variação lexical são infindáveis. Temos ainda exemplos 
de variação gramatical (sintaxe), que é quando a estrutura da língua muda, saindo do 
padrão usual, como acontece com a expressão “sei não”, usada em algumas regiões 
do Brasil, ao invés de “não sei”. No campo da fonologia, as diferenças também são 
muitas. As diferentes pronúncias e sotaques entre as regiões brasileiras são uma 
marca de nosso país. 
Até aqui estamos falando de variação diatópica dentro do mesmo país, mas, 
se pensarmos no português em nível mundial, a variação também é grande. Temos a 
variedade europeia, as variedades africanas, a variedade timorense e a variedade 
brasileira. 
No caso do inglês, por ser a língua mais falada do mundo, se considerarmos 
nativos e não nativos, é natural que as variedades sejam ainda maiores. 
Considerando-se somente o inglês falado como língua oficial, temos variedades do 
inglês em todos os continentes, até mesmo na América do Sul, na Guiana. Além das 
variações entre países, ainda temos as variações regionais. Se pensarmos nos 
Estados Unidos, no Reino Unido, na Austrália, só para citar três grandes regiões com 
falantes nativos do inglês, as variedades linguísticas são incontáveis. 
 
 EXEMPLO: 
Só para citar um exemplo de variação lexical no Brasil, a mandioca é 
chamada de aipim no sul do país, de macaxeira no nordeste, além de ter 
muitos outros nomes, como pão de pobre, castelinha etc.. 
 
26 
 
 
4.1.2 A variação diastrática 
A variação diastrática, também chamada de variação social, ocorre quando as 
diferenças na comunicação resultam de fatores como a classe social, a idade, o 
gênero, a origem étnica ou o nível de instrução do indivíduo. A variação diastrática 
decorre, portanto, das diferenças entre os estratos socioculturais (nível culto, nível 
popular, língua padrão), ou seja, são as variações que acontecem de um grupo social 
para outro. A variação diastrática está relacionada com a identidade dos falantes e 
sua relação com a organização sociocultural e econômica da comunidade. 
Vejamos, a seguir, alguns exemplos de variação diastrática por diferentes 
fatores, como contexto social, idade e sexo. 
Contexto social: quando a pessoa muda sua fala de acordo com seus 
interlocutores. Por exemplo: pessoas que falam um determinado dialeto em sua 
comunidade. 
Idade: o uso do léxico particular, como o caso de gírias (“maneiro”, “esperto”), 
indicando que o falante, dependendo de suas escolhas lexicais, pertence a 
determinada faixa etária. 
Sexo: a duração de vogais como recurso expressivo, como em “maravilhoso” 
e o uso frequente de diminutivos, como “bonitinho”, que costuma ocorrer mais na fala 
feminina. 
A variação diastrática, como também ocorre com a diatópica, pode ser fonética, 
lexical ou sintática, dependendo do que seja modificado pelo falar do indivíduo. 
Vejamos, a seguir, alguns exemplos de variação diastrática fonética, lexical e sintática 
no inglês. 
Variação diastrática fonética: omissão da consoante final das palavras, 
comum na fala dos negros americanos. Por exemplo: past (pas’), hand (han’). 
Variação diastrática lexical: algumas palavras e expressões são utilizadas 
somente dentro de determinadas comunidades, seja essa comunidade determinada 
por sua origem étnica, seja por interesses em comum (tribo de skatistas), pela idade 
(adolescentes), etc. As gírias, portanto, são uma forma comum de variação diastrática 
lexical. Veja algumas gírias utilizadas atualmente pelos adolescentes, principalmente 
quando estão se comunicando via celular e mídias sociais (MORIN, 2019): 
 
■ Awks — awkward. 
■ Cancel — a rejection of a person, place or thing. 
27 
 
 
■ Cheddar — money. 
■ Dope — cool ou awesome. 
■ GOAT — greatest of all time. 
■ Gucci — good ou cool. 
■ Hundo P — 100 percent certain. 
■ Lit — amazing 
„ Variação diastrática sintática: a variação diastrática sintática ou gramatical, 
frequentemente, modifica a estrutura padrão da língua. Por exemplo: She ain’t no 
good (double negative) e She don’t know (o verbo auxiliar não é conjugado da forma 
adequada).. 
É na variação diastrática que talvez o preconceito linguístico esteja mais presente. As 
pessoas, em geral, costumam comparar o seu modo de falar com o de outras pessoas 
e julgá-lo de acordo com os seus padrões, discriminando o que é diferente, seja por 
diferença de classe social (“os pobres falam errado”), seja de região (“a fala caipira”) 
ou até mesmo por diferenças de orientação sexual (“os gays falam de um jeito 
afetado”). 
 
 
28 
 
 
5. PRODUÇÃO DE GÊNEROS DISCURSIVOS, ORAIS E ESCRITOS 
DO COTIDIANO 
 
As diferenças e as dificuldades encontradas na escrita em segunda língua 
podem ser explicadas pelas estratégias retóricas aprendidas em língua materna e por 
aspectos culturais que influenciam o pensamento e a organização textual de textos 
em inglês escritos por autores não nativos de língua inglesa. Essas questões, entre 
outras, motivaram, na década de 1960, estudos da chamada retórica contrastiva, 
desenvolvidos por Robert Kaplan (1966), que observou e analisou padrões de escrita 
de alunos estrangeiros, que refletiam padrões de pensamento em diferentes grupos 
linguísticos. A estudiosa Ulla Connor (2011) expandiu o conceito da retórica 
contrastiva para além dos aspectos linguísticos, atribuindo maior importância aos 
aspectos interculturais. Segundo essa autora, a retórica intercultural é o estudo do 
discurso escrito que ocorre entre pessoas com diferentes históricos culturais. 
Esses estudos auxiliam o professor de inglês a entender os problemas 
encontrados por estudantes estrangeiros ao escreverem em inglês. Sendo assim, 
além do ensino do padrão de escrita da língua inglesa, pode-se focalizar na superação 
das dificuldades inerentes à língua-mãe em relação à língua inglesa. O papel da 
revisão também é fundamental para ajudar o estudante não nativo a escrever melhor 
em inglês 
 
 
 
29 
 
 
5.1 Produção de textos do cotidiano 
Para escrever bem o aluno precisa dominar a gramática e ser capaz de produzir 
um texto coeso e coerente. O processo da escrita começa antes, com uma fase que 
chamamos de pré-escrita. Nessa fase as ideias são geradas, normalmente por meio 
de técnicas de brainstorming, em que, a partir de um estímulo como perguntas, um 
vídeo, um áudio ou um texto, deixa-se fluir a imaginação e a criatividade e anota-se, 
sem censura, o que vier à mente. Essas ideias são, em seguida selecionadas, 
agrupadas em categorias e desenvolvidas em tópicos frasais, que depois de 
organizados comporão a estrutura do texto a ser produzido. 
Ainda na fase da pré-escrita, define-se o público leitor do texto, para que o registro 
neutro (objetivo e não pessoal, porém não formal), formal ou informal, o tom e o 
vocabulário
sejam planejados. Depois se delineia o texto, construindo parágrafos a 
partir dos tópicos frasais e criando a introdução e a conclusão. Tem-se aqui então um 
esboço do texto, que será revisado uma ou mais vezes, até a forma final do texto, sua 
versão definitiva, pronta para ser lida. 
Quando pensamos em alunos brasileiros escrevendo em inglês precisamos pensar 
que, de acordo com os estudos de retórica contrastiva, a estruturação do pensamento, 
e, consequentemente, o padrão de escrita, varia de acordo com o grupo linguístico 
em questão (KAPLAN, 1966) e os aspectos culturais desses alunos pertencerem à 
sociedade brasileira (CONNOR, 2011). Por essas razões, o professor de inglês deve 
estar atento, pois não basta ao aluno escrever bem em sua própria língua; ele precisa 
conhecer as convenções da escrita em língua inglesa. 
Robert Kaplan afirma que “[...] a fim de escrever o aluno tem que trazer consigo 
um universo de conhecimento, incluindo tanto o conhecimento de mundo quanto o 
conhecimento técnico do assunto; o fato de um aluno ter opiniões sobre determinado 
assunto não significa que ele o conheça o suficiente para escrever a respeito”. 
(KAPLAN, 1988, p. 297 apud JUOZAPAVICIUS, [201-?], documento on-line). Sendo 
assim, é necessário um domínio razoável dos elementos sintáticos e de vocabulário 
da língua inglesa para escrever bem naquela língua. Para facilitar a compreensão do 
aluno, o professor pode criar um modelo da estrutura de diferentes gêneros 
discursivos em língua inglesa contrastando-os com as estruturas no português 
brasileiro. 
Entender que o indivíduo é influenciado por sua cultura e pelos padrões retóricos 
que aprendeu na sua vida escolar possibilita ao professor antecipar alguns problemas 
30 
 
 
e inadequações de escrita mais frequentes nos alunos brasileiros e trabalhar de forma 
preventiva para que seus alunos vençam essas limitações. Essas vão sendo 
gradativamente superadas conforme o grau de proficiência na língua inglesa se eleva. 
No início do aprendizado, o aprendiz vive uma fase em que a transferência das 
estruturas da língua materna para a língua estrangeira é muito evidente. Nessa fase, 
o estudante se comunica por meio de um sistema chamado interlíngua, termo 
cunhado por Selinker em 1972 (CONNOR, 2011) para designar um tipo de linguagem 
que está entre a língua materna e a língua que está sendo aprendida. Essa linguagem 
vai sendo alterada ao incorporar estruturas da língua estrangeira, vocabulário e 
aspectos da outra cultura, tornando-a cada vez mais próxima da língua-alvo. 
Como já mencionado, para a produção de textos é preciso criar, na fase da pré-
escrita, um esboço, que será composto por parágrafos desenvolvidos a partir das 
ideias geradas no brainstorming. Cada parágrafo deverá ter apenas uma ideia central, 
refletida no tópico frasal, que apresenta ao leitor o que será tratado naquele parágrafo. 
As outras sentenças darão suporte àquela ideia por meio de fatos, exemplos, 
detalhes, definições, comparações e contrastes, a depender da escolha do autor. O 
tópico frasal deve limitar o que será exposto no parágrafo, por isso não pode ser vago; 
por outro lado, se for muito específico, não deixa espaço para ser desenvolvido. 
Observe o exemplo do tópico frasal a seguir: 
 
Parasite is, without a doubt, the best film of the year. 
 
Esse tópico é adequado, pois não é vago e nem muito restrito. Observe como ele 
foi desenvolvido em um parágrafo: 
 “Parasite is, without a doubt, the best movie of the year. Directed by Bong Joon-
ho, the film follows a lower-class Korean family as they subtly and smartly infiltrate the 
household of a wealthy family in their city by getting jobs working there. As the movie 
progresses, the Kims discover there’s something weird going on in the Parks’ house 
and they wind up tangled in a literal life-or-death situation they never anticipated. If it 
sounds insane, that’s because it is — but in the best way possible” 
 
 
 
31 
 
 
5.1.1 Revisão textual — checklist 
A revisão textual deve avaliar se o assunto do texto foi desenvolvido de forma 
completa e compreensível, se a organização textual está adequada e se o texto está 
coeso e coerente. Deve-se prestar atenção na estruturação das ideias, sua relevância 
e ordenação no corpo do texto, bem como na transição de ideias nos parágrafos e 
entre eles. Para revisar a estruturação geral do texto, siga as dicas a seguir. 
1. Anote, nas margens do texto, a ideia principal de cada parágrafo e verifique se 
o tópico frasal a reflete de forma adequada. Verifique também de que forma essa ideia 
se conecta ao assunto tratado no texto, e se as frases de suporte desenvolvem o 
tópico de maneira apropriada. 
2. Avalie se suas ideias são apresentadas em uma ordem lógica ou se os 
parágrafos precisam ser reorganizados para tornar suas ideias mais claras. 
Após verificar a estruturação geral do texto, deve-se revisar cada parágrafo, 
individualmente. Para isso, siga estas dicas. 
1. Releia seu tópico frasal e observe se ele expressa ao leitor o que ele concluirá 
ao ler o parágrafo. 
2. Releia todas as frases do parágrafo e verifique quais assuntos estão cobertos 
em cada uma delas. Examine se elas se relacionam e se pre-cisam ser reorganizadas. 
Depois de verificar a estruturação geral do texto e de cada parágrafo, 
deve-se proceder à revisão da transição dentro dos parágrafos e entre eles. As 
dicas aqui são as seguintes. 
1. Para revisar a transição entre os parágrafos, destaque a primeira e a última frase 
de cada parágrafo. A primeira frase expressa o foco do parágrafo e se conecta ao 
parágrafo anterior? A última frase conclui o parágrafo ou o faz terminar de forma 
abrupta? 
2. Para revisar a transição dentro dos parágrafos, examine novamente cada frase 
e verifique se elas se relacionam. Os conectivos e expressões de transição, como 
because, and, however, in addition, entre outros, foram usados para que esse 
relacionamento entre as frases fique claro para o leitor? Todas as frases apresentam 
conteúdo relevante para o assunto tratado no texto e para o foco do parágrafo? 
Na fase de revisão prepara-se um esboço final a partir dos problemas identificados 
e que servirá para a reescritura do texto, que será editado e ajustado para corrigir 
erros de gramática, ortografia, pontuação e formatação e adequá-lo à situação 
comunicativa e aos aspectos culturais. 
No caso de alunos brasileiros, há algumas áreas de maior dificuldade que precisam 
de mais atenção do professor para que os alunos enfrentem e superem esses 
32 
 
 
problemas, principalmente em relação à fonologia, já que o português brasileiro é uma 
língua silábica, ou seja, todas as sílabas de uma palavra são pronunciadas, e o inglês 
é uma língua de tonicidade e entonação, ou seja, nem todas as sílabas são 
pronunciadas, e a tonicidade determina a pronúncia. Embora essa diferença dificulte 
mais na produção oral do idioma, a escrita também é afetada em relação à ortografia, 
pois se pode entender e produzir de forma errada as palavras quando se ouve ou fala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIQUE ATENTO: 
O uso de dicionários bilíngues é uma ferramenta necessária para a 
produção escrita e a ampliação de vocabulário do estudante. No 
entanto, o ideal é fazer uso de dicionários que tragam as palavras 
contextualizadas, e não apenas palavras soltas e sua tradução 
literal. 
33 
 
 
6. Referências 
 
MACHADO, R.; CAMPOS, T. R. e SAUNDERS, M. C. História do ensino de 
línguas no Brasil: avanços e retrocessos. Revista Helbano, Vol. 01, No. 02. 
Brasília: UNB, 2007. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares 
nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. 
Brasília: MEC/SEF, 1998. 
BROWN, H. D. Teaching by principles: an interactive approach to language 
pedagogy. New York: Pearson Education, 2001. 
CABRAL, L. S. Processos psicolinguísticos
de leitura e a criança. Letras de 
Hoje, v. 19, n. 1, p. 7–20, 1986. Disponível em: 
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/ fale/article/view/17425/11161. 
Acesso em: 18 dez. 2019. 
DUKE, N. K.; PEARSON, P. D. Effective practices for developing reading 
comprehension. In: FARSTRUP, A. E.; SAMUELS, S. J. (org.). What Research Has 
to Say About Reading Instruction. 3. ed. Newark: International Reading Association, 
2002. p. 205–242. 
KLEIMAN, A. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 9. ed. Campinas: 
Pontes, 2004. 
LEFFA, V. J.; PEREIRA, A. E. (org.). O ensino da leitura e produção textual: 
alternativas de renovação. Pelotas, RS: Educat, 1999. 
OXFORD, R. L. Language learning strategies: what every teacher should know. 
Boston: Heinle & Heinle Publishers, 1990. SOLÉ, I.; SCHILLING, C. Estratégias 
de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. 
VANDERGRIFT, L. Listening: theory and practice in modern foreign language 
com-petence. In: CENTRE FOR LANGUAGES, LINGUISTICS & AREA STUDIES. 
Southampton, 2016. Disponível em: https://www.llas.ac.uk/resources/gpg/67. Acesso 
em: 19 dez. 2019. 
BATY, E. Why people will be legit pumped if ‘Parasite’ wins the best picture 
Oscar. In: COSMOPOLITAN. [S. l.], 2020. Disponível em: 
https://www.cosmopolitan.com/entertain-ment/movies/a30718441/should-parasite-
win-best-picture/. Acesso em: 7 mar. 2020. 
CONNOR, U. Intercultural rhetoric in the writing classroom. Michigan: University 
of Mi-chigan Press, 2011. 
CORDER, S. P. The significance of learner's errors. International Review 
ofApplied Linguistics in Language Teaching: IRAL, v. 5, n. 1/4, p. 161–170, 1967. 
34 
 
 
FRANKFURT INTERNATIONAL SCHOOL. The differences between English and 
Portuguese. Frankfurt, [201-?]. Disponível em: 
http://esl.fis.edu/grammar/langdiff/portuguese.htm. Acesso em: 7 mar. 2020. 
JUOZAPAVICIUS, N. R. Retórica intercultural: origens e cenário atual. [S. l., 201-
?]. Dispo-nível em: 
https://www.academia.edu/31789249/RET%C3%93RICA_INTERCULTURAL--
ORIGENS_E_CEN%C3%81RIO_ATUAL. Acesso em: 7 mar. 2020. 
 
Leituras recomendadas 
ALVES, L. R. Compreensão oral: a habilidade Cinderela. 2003. Dissertação 
(Mestrado em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem) - Pontifícia 
Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2003. Disponível em: 
http://www4.pucsp.br/liaac/download/ dissertacao_lucia_26_04(01).pdf. Acesso em: 
19 dez. 2019. 
LEFFA, V. J. Aspectos da leitura: uma perspectiva psicolingüística. Porto 
Alegre: Sagra D.C. Luzzatto Editores, 1996. 
O’MALLEY, J. M.; CHAMOT, A. U. Learning strategies in second language 
acquisition. New York: Cambridge University Press, 1990. 
UNDERWOOD, M. Teaching liste

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando