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Direito Administrativo | Revisão Turbo 38 Exame

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Prévia do material em texto

DIREITO ADMINISTRATIVO 
PROF.ª FRANCIELE KÜHL 
PROF.ª MARIA VALENTINA DE MORAES 
PROF. MATHEUS CARVALHO 
 
Queridos alunos, 
 
Cada material da Revisão Turbo foi preparado com 
muito carinho para que você possa absorver, de forma 
rápida, conteúdos de qualidade! 
 
Lembre-se: você já evoluiu muito até aqui. Não desista! 
Derrube as barreiras que separam você do seu sonho. 
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo! 
 
 
Com carinho, 
Equipe Ceisc ♥ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
3 
Agentes públicos 
 
 
 1. Agentes Públicos 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agentes 
políticos 
Agentes 
militares 
Particulares 
em 
colaboração 
Agentes 
administrativos 
Empregados públicos 
(celetistas) CLT 
Servidores públicos 
(Estatutários) 
Lei n.º 8.112/90 
Servidores 
temporários (contrato 
prazo determinado) 
art. 37, IX, CF 
Cargo 
Público 
Cargo em 
Comissão 
Emprego 
Público 
Mandato eletivo + 
secretários/ 
ministros + alto 
escalão 
Forças Armadas + 
polícias militares + 
bombeiros 
militares 
Em algum 
momento exercem 
função + 
particulares 
serviço público 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
4 
1.1. Conceito de servidor público: 
Lei 8.112: 
Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo 
público. 
 
Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na 
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. 
Estabilidade servidores públicos: 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. 
 
2. Concurso Público 
Tratando-se de concurso público de agentes administrativos, que se submetem ao regime 
jurídico da lei n.º 8.112 (servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações 
públicas federais), é vedada a abertura de novo concurso público enquanto ainda existirem 
candidatos aprovados em concurso com prazo não expirado. Em se tratando de agentes públicos 
não submetidos a essa lei (os agentes militares, por exemplo), valido é o dispositivo 
constitucional, cabendo a abertura de novo concurso. 
São eles: 
Constituição Federal: 
Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável 
uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
 
Lei 8.112: 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado 
uma única vez, por igual período. 
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso 
anterior com prazo de validade não expirado. 
 
 Importante o destaque a outros artigos aplicáveis aos concursos públicos: o artigo 5º, §2º, 
da Lei n.º 8.112, e a Lei n.º 12.990/2014 dispõem sobre as reservas de vagas em concursos 
públicos, disciplinando as porcentagens de vagas destinadas a pessoas com deficiência, em 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
5 
atribuições compatíveis, e a pessoas negras. Vejamos: 
Súmula importante: 
Súmula 683, STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima 
em face do art. 7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido. 
 
Reservas legais em concursos públicos: 
Lei n.º 8.112/90: 
Art. 5º, § 2o: Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever 
em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com 
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte 
por cento) das vagas oferecidas no concurso; 
 
Lei n.º 12.990: 
Art. 1º Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos 
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da 
administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas 
públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União, na forma desta Lei. 
 
Duas súmulas importantes do Superior Tribunal de Justiça: 
 
Súmula 377/STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em 
concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. 
 
Súmula 552/STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com 
deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. 
 
3. Formas de provimento 
Readaptação: Conferir também o artigo 24 da lei 8.112. 
 
Art. 37, § 13, da CF: O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para 
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a 
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer 
nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o 
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. 
 
Reversão: Lei 8.112 
 
Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da 
aposentadoria; ou 
II - no interesse da administração, desde que: 
a) tenha solicitado a reversão; 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; 
c) estável quando na atividade; 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
6 
e) haja cargo vago. 
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. 
 
Reintegração: Ver também artigo 41, §2º da Constituição Federal 
 
Lei n.º 8.112/90: 
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente 
ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua 
demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as 
vantagens. 
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado 
o disposto nos arts. 30 e 31. 
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo 
de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em 
disponibilidade. 
 
Recondução: 
 
Lei n.º 8.112/90: 
Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado 
e decorrerá de: 
I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
II - reintegração do anterior ocupante. 
Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado 
em outro, observado o disposto no art. 30. 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Readaptação 
Adapta quando 
sofre limitação.
Reintegração 
Ilegalidade - 
demissão legal 
Reversão 
Volta - 
aposentado volta 
ao cargo 
Recondução 
Conduz para cargo 
anterior, é o RE que 
sobrou 
Aproveitamento 
Tá dísponivel? Vou 
aproveitar 
disponibilidade 
Promoção 
Antiguidade e 
merecimento, 
mesma carreira.
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
7 
 Resolva a questão a seguir: 
1) FGV – 2018 – OAB – Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase 
Maria foi aprovada em concurso para o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional Federal da 2ª 
Região, mas, apóster adquirido a estabilidade, foi demitida sem a observância das normas relativas 
ao processo administrativo disciplinar. Em razão disso, Maria ajuizou ação anulatória do ato 
demissional, na qual obteve êxito por meio de decisão jurisdicional transitada em julgado. Nesse 
interregno, contudo, Alfredo, também regularmente aprovado em concurso e estável, foi promovido e 
passou a ocupar o cargo que era de Maria. 
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá importar na sua reintegração ao cargo 
anterior, considerando que está ocupado por Alfredo. 
B) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, independentemente da existência e necessidade 
do cargo que ocupava, deverá ser posta em disponibilidade. 
C) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que ocupava anteriormente, diante da ilicitude 
de seu ato demissional. 
D) Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser reintegrada ao cargo que 
ocupava e Alfredo deverá ser reconduzido para o cargo de origem. 
 
4. Poder de Polícia 
Art. 78, CTN. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à 
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade 
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
 
Características/atributos: 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
Atenção: poder de polícia é delegável? 
Em regra, não, a exceção é no que se refere a atos materiais: 
Normatizar e sancionar: não cabe. 
• Oportunidade/conveniência ao aplicar
Discricionariedade
• Execução direta de suas decisões
Auto-executoriedade
• Imposição das medidas
Coercibilidade
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
8 
Consentir (licença, alvará, autorização) e fiscalizar: cabe. 
Tese de repercussão geral STF: É constitucional a delegação do poder de polícia, por 
meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta 
de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de 
atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
2) FGV – 2019 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXX – Primeira Fase 
Após comprar um terreno, Roberto iniciou a construção de sua casa, sem prévia licença, avançando 
para além dos limites de sua propriedade e ocupando parcialmente a via pública, inclusive com 
possibilidade de desabamento de parte da obra e risco à integridade dos pedestres. No regular 
exercício da fiscalização da ocupação do solo urbano, o poder público municipal, observadas as 
formalidades legais, valendo-se da prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza-o a 
restringir o uso e o gozo da liberdade e da propriedade privada em favor do interesse da coletividade, 
determinou que Roberto demolisse a parte irregular da obra. O poder administrativo que fundamentou 
a determinação do Município é o poder: 
 
A) de hierarquia, e, pelo seu atributo da coercibilidade, o particular é obrigado a obedecer às ordens 
emanadas pelos agentes públicos, que estão em nível de superioridade hierárquica e podem usar 
meios indiretos de coerção para fazer valer a supremacia do interesse público sobre o privado. 
B) disciplinar, e o particular está sujeito às sanções impostas pela Administração Pública, em razão 
do atributo da imperatividade, desde que haja a prévia e imprescindível chancela por parte do 
Poder Judiciário. 
C) regulamentar, e os agentes públicos estão autorizados a realizar atos concretos para aplicar a lei, 
ainda que tenham que se valer do atributo da autoexecutoriedade, a fim de concretizar suas 
determinações, independentemente de prévia ordem judicial. 
D) de polícia, e a fiscalização apresenta duplo aspecto: um preventivo, por meio do qual os agentes 
públicos procuram impedir um dano social, e um repressivo, que, face à transgressão da norma 
de polícia, redunda na aplicação de uma sanção. 
 
 
5. Extinção da concessão 
A Concessão, ainda que possua prazo determinado, possui outras possibilidades de 
extinção: Termo final do prazo, rescisão, anulação, caducidade, encampação e falência ou 
extinção da concessionária. Cabe tratar um pouco sobre cada uma delas, elencadas no artigo 
35 da lei n.º 8.987. 
 
Art. 35. Extingue-se a concessão por: 
I - advento do termo contratual; 
II - encampação; 
III - caducidade; 
IV - rescisão; 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
9 
V - anulação; e 
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do 
titular, no caso de empresa individual. 
 
• Advento do termo contratual: 
É o fim do contrato em razão da chegada do prazo determinado, desvinculando-se o 
concessionário da prestação do serviço público. Como bem destaca Carvalho Filho (2021, p. 
442) “ainda que extinto o contrato, responde o concessionário pelos atos praticados quando 
ainda vigente o ajuste. Na verdade, o advento do termo final não pode significar 
um status integral de irresponsabilidade administrativa e civil do concessionário”. 
• Rescisão: 
Como traz o artigo 39 da Lei n.º 8.987 “o contrato de concessão poderá ser rescindido por 
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder 
concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim”, destacando o 
parágrafo único desse dispositivo a impossibilidade de que a prestação dos serviços públicos 
seja interrompida até sentença judicial transitada em julgado. 
• Anulação: 
Podendo ocorrer pela via administrativa ou judicial, a anulação se dá quando existente 
vício de legalidade no contrato). Assim, “Presente o vício, há presumida lesão ao patrimônio 
público, o que permite o ajuizamento de ação popular para postular-se a anulação do ajuste” 
(CARVALHO FILHO, 2021, p. 443). 
• Caducidade: 
De forma inversa à rescisão, a caducidade ocorre quando há a “rescisão” unilateral da 
Administração por descumprimento das cláusulas contratuais por parte da concessionária, 
podendo ser ato vinculado (artigo 27, Lei n.º 8.987) ou discricionário (artigo 38, Lei n.º 8.987). 
Deve-se observar, como procedimento: 
 
Caducidade – ato vinculado: 
 
Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem 
prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão. 
 
Caducidade – ato discricionário: 
 
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder 
concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções 
contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas 
convencionadas entre as partes. 
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
10 
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as 
normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço; 
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou 
regulamentares concernentes à concessão; 
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses 
decorrentes de caso fortuito ou força maior; 
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para 
manter a adequada prestação do serviço concedido; 
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos 
prazos; 
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de 
regularizar a prestação do serviço; e 
VII - aconcessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento 
e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da 
concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. 
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da 
inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de 
ampla defesa. 
§ 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de 
comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais 
referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões 
apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais. 
§ 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade 
será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização 
prévia, calculada no decurso do processo. 
 
• Encampação: 
Como definido no artigo 37 da Lei n.º 8.987, a encampação refere-se à retomada, por 
parte da Administração Pública, da prestação do serviço público. Faz-se necessária autorização 
legislativa e indenização prévia. 
• Extinção da concessionária: 
A extinção da concessionária por falência ou extinção da empresa ou, ainda, falecimento 
ou incapacidade do titular, ocorre, como pontua Carvalho Filho (2021, p. 447) “pela singela razão 
de que fica inviável a execução do serviço público objeto do ajuste”, retornando a prestação do 
serviço público o concedente, até nova concessão. 
 
ATENÇÃO: 
Não confundir as formas de extinção com a intervenção. A intervenção não é forma de 
extinção, mas sim um momento em que o Poder Público intervém para corrigir a prestação do 
serviço: 
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a 
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, 
regulamentares e legais pertinentes. 
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a 
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida. 
 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
11 
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, 
instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida 
e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa. 
§ 1o Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e 
regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente 
devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização. 
§ 2o O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser 
concluído no prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a 
intervenção. 
 
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço 
será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que 
responderá pelos atos praticados durante a sua gestão. 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
3) FGV – 2020 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXI – Primeira Fase 
O Município Beta concedeu a execução do serviço público de veículos leves sobre trilhos e, ao verificar 
que a concessionária não estava cumprindo adequadamente as obrigações determinadas no 
respectivo contrato, considerou tomar as providências cabíveis para a regularização das atividades em 
favor dos usuários. Nesse caso, 
 
A) impõe-se a encampação, mediante a retomada do serviço pelo Município Beta, sem o pagamento 
de indenização. 
B) a hipótese é de caducidade a ser declarada pelo Município Beta, mediante decreto, que independe 
da verificação prévia da inadimplência da concessionária. 
C) cabe a revogação do contrato administrativo pelo Município Beta, diante da discricionariedade e 
precariedade da concessão, formalizada por mero ato administrativo. 
D) é possível a intervenção do Município Beta na concessão, com o fim de assegurar a adequada 
prestação dos serviços, por decreto do poder concedente, que conterá designação do interventor, 
o prazo, os objetivos e os limites da medida. 
 
6. Lei Anticorrupção 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acordo de 
Leniência
Dele precisa 
resultar
(Art. 16)
a identificação dos demais envolvidos na infração, quando 
couber; e
a obtenção célere de informações e documentos que 
comprovem o ilícito sob apuração;
Requisitos 
para 
celebração
(Art. 16, §1º)
a pessoa jurídica seja a primeira a se manifestar sobre seu 
interesse em cooperar para a apuração do ato ilícito;
a pessoa jurídica cesse completamente seu envolvimento 
na infração investigada a partir da data de propositura do 
acordo;
a pessoa jurídica admita sua participação no ilícito e 
coopere plena e permanentemente com as investigações e 
o processo administrativo, comparecendo, a todos os atos 
processuais.
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
12 
 
7. Procedimento da Desapropriação 
A desapropriação deve ser efetivada em respeito a um procedimento administrativo 
definido em lei, no qual será garantido ao particular expropriado o direito ao contraditório e à 
ampla defesa. Em não sendo possível solucionar o problema administrativamente, a lei 
determina que seja realizado o procedimento na via judicial. 
Este procedimento se desenvolve em duas fases distintas: a da declaração e da execução, 
sendo que em relação as desapropriações comuns e especial urbana a legislação vigente é o 
Decreto-lei 3.365/41, enquanto que para a desapropriação especial rural a norma corrente é a 
Lei Complementar 76/93. 
Na fase declaratória, o Poder Público, através de Decreto Expropriatório editado pelo 
chefe do Poder Executivo ou através de lei com efeitos concretos elaborada pelo Poder 
Legislativo, informa que o bem apontado atende às necessidades públicas, definindo qual a 
finalidade que será dada à propriedade, após sua aquisição pelo ente estatal e fixando o seu 
estado atual. 
Aqui o bem continua da propriedade do particular, mas com algumas restrições e sujeito 
à força expropriatória do Estado, tal como o ingresso do Poder Público no bem para fazer 
avaliações, medições, podendo, inclusive, recorrer, em caso de oposição, ao auxílio de força 
policial. 
Importante frisar que esta declaração tem natureza de ato discricionário e esta sujeita ao 
controle judicial e administrativo. 
Ressalte-se, ainda, que o cidadão não pode ficar, por prazo indeterminado, sujeito à força 
expropriatória do Estado, razão pela qual a legislação prevê um prazo de caducidade do ato 
declaratório. Ultrapassado o referido prazo, ocorre a perda dos efeitos do ato declaratório em 
razão do decurso do tempo sem que seja efetivada a desapropriação, não se admitindo que o 
poder público promova a execução desse. 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
13 
A caducidade é contada a partir da data da expedição do decreto, conforme art. 10 do 
Decreto Lei 3.365/41 e o seu prazo varia de acordo com a natureza da declaração expropriatória 
sendo de cinco anos na declaração de utilidade ou necessidade pública e de dois anos na 
declaração de interesse social. 
Já a fase executória ocorre quando o Estado paga o valor da indenização, previamente 
fixado, efetivando a imissão do poder público na posse do bem. Pode ocorrer 
administrativamente (quando ocorre acordo entre o Poder Público o proprietário) não 
necessitando de homologação judicial. Ademais, pode ocorrer judicialmente (quando não há 
acordo em relação ao quantum indenizatório ou se o ente expropriante não souber quem ostenta 
a qualidade de proprietário do bem) através da Ação de Desapropriação. 
8. Desapropriação Indireta 
A desapropriação indireta ocorre nas situações em que o Estado invade o bem privado 
sem respeitar os procedimentos administrativos e judiciaisinerentes à desapropriação. Com 
efeito, configura verdadeiro esbulho ao direito de propriedade do particular perpetrado pelo ente 
público, de forma irregular e ilícita. Também é conhecida pela doutrina com a designação de 
apossamento administrativo. 
Dada a destinação pública ao bem, ao proprietário só resta pleitear o pagamento de justa 
indenização, através da Ação de Indenização por Desapropriação Indireta visto que trata-se 
conduta estatal ilícita passível de responsabilização nos moldes do art. 35 do Decreto-lei 
3.365/41. 
A jurisprudência informa que para a configuração da desapropriação indireta deve-se 
preencher 3 requisitos: a) O apossamento irregular do bem pelo poder público; b) A destinação 
pública deste bem; e c) A impossibilidade de se reverter a situação sem ensejar prejuízos aos 
interesses da coletividade. 
Desta forma, a reintegração de posse e o interdito só não serão cabíveis se o bem já tiver 
destinação pública, dada pelo Estado. Ademais, com sua incorporação ao patrimônio público o 
bem, as ações possessórias previstas no CC/02 serão convertidas em ação de indenização por 
desapropriação indireta ou por apossamento administrativo. 
No que tange a competência para julgamento do feito é a do local da situação do imóvel 
conforme art. 95 do CC/02 sendo que a indenização ao final do processo será paga através de 
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14 
precatório. 
Quanto aos juros compensatórios, estes começam a incidir a partir do esbulho perpetrado 
e incidem sobre todo o valor do bem, pois a indenização é posterior. Por outro lado, os juros 
moratório serão no percentual de 6% ao ano nos moldes do art. 15-B do Decreto-lei 3.365/41. 
Por fim, o prazo de prescrição para a propositura da ação de desapropriação indireta 
enseja algumas discussões doutrinárias e jurisprudenciais. Com efeito, dispõe o art. 10, 
parágrafo único do Decreto-Lei 3.365/41 define que “Extingue-se em cinco anos o direito de 
propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos do Poder Público”. 
De maneira diversa, o Código Civil vigente, em seu art. 1238, cumulado com a Súmula 
119 do STJ afirmava que o prazo de prescrição da ação de desapropriação indireta seria de 15 
anos, uma vez que este é o prazo para usucapião extraordinária do Código Civil atual. 
No entanto, o STJ no REsp 1.300.442/SC mudou o entendimento e passou a entender 
que o parâmetro utilizado deve ser o prazo da usucapião ordinária, ou seja, prazo prescricional 
de 10 anos. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
4) FGV – 2021 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXIII – Primeira Fase 
Luciano, proprietário de um terreno localizado no Município Ômega, viajou para o exterior, pelo 
período de 8 meses, para realizar curso de especialização profissional. 
Quando retornou de viagem, verificou que o Município, sem expedir qualquer notificação, de forma 
irregular e ilícita, invadiu sua propriedade e construiu uma escola, em verdadeiro apossamento 
administrativo. As aulas na nova escola municipal já se iniciaram há dois meses e verifica-se a 
evidente impossibilidade de se reverter a situação sem ensejar prejuízos aos interesses da 
coletividade. 
Ao buscar assistência jurídica junto a conhecido escritório de advocacia, foi manejada em favor de 
Luciano ação de: 
 
A) indenização por retrocessão, por abuso de poder da municipalidade, que gera direito à justa e 
imediata indenização, exigível quando do trânsito em julgado da ação. 
B) indenização por desapropriação indireta, que visa à justa e posterior indenização, a ser paga por 
meio de precatório. 
C) reintegração de posse por tredestinação ilícita, por desvio de finalidade, que visa à justa e 
posterior indenização, a ser paga por meio de precatório. 
D) interdito proibitório por desvio de finalidade, que gera direito à justa e imediata indenização, 
exigível quando do trânsito em julgado da ação. 
 
 
 
 
 
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Direito Administrativo 
 
 
15 
9. Agentes de Licitação 
A necessidade de agentes de contrato existe porque a autoridade máxima do órgão não 
realiza o procedimento licitatório, apesar de ser responsável pela elaboração do edital e 
exposição de motivos da contratação. Logo, normalmente, quem procede à licitação é um 
servidor público especialmente designado por essa autoridade, responsável pela realização dos 
trâmites do procedimento. 
A legislação anterior previa a necessidade de uma comissão de licitação que, no 
regramento atual não é necessária, em regra, sendo suficiente a designação do agente de 
contratação. 
Ficará a cargo do agente de contratação, portanto, a condução de todo o procedimento 
licitatório. Ele será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente pelos atos que 
praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe. 
Atenção! Em se tratando de licitação na modalidade pregão, o agente de contratação 
será designado pregoeiro. 
10. Modalidades Licitatórias 
A lei prevê 5 modalidades licitatórias: pregão, concorrência, concurso, leilão e diálogo 
competitivo. 
A lei expressamente veda a criação de novas modalidades licitatórias e a combinação 
das modalidades existentes. 
Atente-se para o fato de que a nova legislação suprimiu as modalidades licitatórias do 
convite e da tomada de preço que eram definidas para contratações de valores baixos e médios 
respectivamente, não sendo mais o valor um critério de definição da modalidade licitatória. 
O Regime Diferenciado de Contratações (RDC) também configurava modalidade 
autônoma regulada pela lei 12.462/11, específica para determinados contratos, com 
procedimento próprio estabelecido nessa lei. Essa modalidade também deixa de existir com a 
nova legislação. 
Por fim, foi criado o diálogo competitivo como nova modalidade de licitação, mais 
moderna e que permite a discussão de técnicas de prestação e tecnologia entre a Administração 
Pública e os particulares interessados na contratação. 
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16 
A Concorrência é a modalidade de licitação a contratação de bens e serviços especiais 
e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia e é considerada uma modalidade 
genérica em que podem participar quaisquer interessados. 
Nessa modalidade, se admite que sejam usados como critério de escolha do vencedor 
o menor preço, a melhor técnica ou conteúdo artístico, técnica e preço, maior retorno econômico 
ou maior desconto. Assim, se caracteriza como uma modalidade mais ampla, abarcando quase 
todos os tipos de licitação. 
Cabe ressaltar que a legislação anterior exigia a concorrência para obras e compras de 
valores mais altos, todavia, o novo regramento das licitações não faz distinção entre as 
modalidades licitatórias em razão do valor. 
Em razão da natureza do objeto, a concorrência se faz obrigatória na celebração de 
determinados contratos, em razão da importância conferida a essas avenças. Nesses casos, a 
lei limita a modalidade licitatória à concorrência ou ao diálogo competitivo. 
A modalidade licitatória concurso demonstra o interesse da Administração Pública em 
selecionar trabalhos técnicos, científicos ou artísticos com certas capacidades personalíssimas 
para incentivar o desenvolvimento cultural. Nesta modalidade, há instituição de prêmios ou 
remuneração aos vencedores, nos moldes definidos pelo art. 30, da lei 14.133/21. 
A licitação na modalidade concurso observará as regras e condições previstas em edital, 
que indicará a qualificação exigida dos participantes, as diretrizes e formas de apresentação do 
trabalho e as condições de realização e o prêmio ou remuneração a ser concedida ao vencedor. 
Nos concursos destinados à elaboração de projeto, o vencedor deverá ceder à 
Administração Pública todos os direitos patrimoniais relativos ao projeto e autorizar sua execução 
conforme juízo de conveniência e oportunidadedas autoridades competentes. 
O Leilão, por sua vez, é a modalidade licitatória destinada para alienação de bens pelo 
poder público àquele que ofertar o maior preço, seja ele igual ou superior ao valor da avaliação. 
Nesse sentido, o art. 6º, XL da lei 14.133/21 dispõe que o leilão é “modalidade de licitação para 
alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente apreendidos a quem 
oferecer o maior lance”. 
O leilão é realizado pelo leiloeiro, que pode ser o leiloeiro oficial ou um servidor 
designado pela Administração Pública para cumprir a função de leiloeiro. Se optar pela realização 
de leilão por intermédio de leiloeiro oficial, a Administração deverá selecioná-lo mediante 
credenciamento ou licitação na modalidade pregão e adotar o critério de julgamento de maior 
desconto para as comissões a serem cobradas, utilizados como parâmetro máximo os 
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17 
percentuais definidos na lei que regula a referida profissão e observados os valores dos bens a 
serem leiloados. 
Ademais, conforme disposição legal, o leilão será sempre do tipo MAIOR LANCE, sendo 
que a administração somente pode alienar o bem para lance vencedor que seja igual ou superior 
ao valor da avaliação. 
Pregão é a modalidade licitatória utilizada para a aquisição de bens e serviços 
comuns, cujos padrões mínimos de qualidade serão previamente estipulados no instrumento 
convocatório. A licitação, neste modalidade, será sempre do tipo menor preço ou maior desconto. 
Não há designação de comissão licitante, sendo o pregoeiro o responsável pela 
realização do pregão, que será um servidor efetivo designado a esta função. 
Atenção! Serviços e bens comuns são aqueles que podem ser designados no edital 
com expressão usual de mercado. 
Não pode ser utilizado para execução de obras públicas, mas tem sido aceito, até 
mesmo, para contratação de serviços de engenharia. 
A lei ainda prevê a designação de equipe de apoio, que não se trata de comissão 
licitante e serve apenas para auxiliar o pregoeiro na realização do certame. 
O Diálogo Competitivo é a modalidade de licitação que foi criada com a edição da Lei 
14.133/21, utilizada para contratação de obras, serviços e compras em que a Administração 
Pública realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, 
com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas 
necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos. 
Nesses casos, a Administração Pública reconhece a importância de contratação de um 
determinado objeto, mas não sabe a melhor forma de suprir essa necessidade da forma mais 
adequada, dada a sua complexidade, e, para tanto, precisa de auxílio dos particulares. Assim, 
essa modalidade permite que seja implementado um diálogo entre o ente estatal e seus 
fornecedores para encontrarem a melhor solução para atender às necessidades do poder 
público. Isso ocorre porque, muitas vezes, os produtos ou serviços disponíveis no mercado não 
atendem à necessidade da Administração e precisam ser adaptados caso a caso. 
A Licitação para registro de preços ocorre quando o poder público licita com a 
finalidade de registrar os preços, para o caso de eventual contratação posterior. Acontece 
quando a administração entende que um bem ou serviço é adquirido com muita frequência e, 
por isso, tem interesse em deixar um registro, no órgão, com o eventual fornecedor deste bem 
ou serviço. 
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18 
A ata de registro de preço terá validade de 1 (um) ano, prorrogável por igual período, 
devendo ser realizado um novo procedimento licitatório, após este período. 
Atenção! Durante o período de vigência da ata, a proposta selecionada fica à disposição 
da Administração Pública, que poderá adquirir o bem selecionado quantas vezes ela precisar, 
desde que não ultrapasse o quantitativo licitado. 
Nesse sentido, o art. 83, da lei 14.133/21, dispõe que “A existência de preços registrados 
implicará compromisso de fornecimento nas condições estabelecidas, mas não obrigará a 
Administração a contratar, facultada a realização de licitação específica para a aquisição 
pretendida, desde que devidamente motivada”. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
5) FGV – 2020 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXI – Primeira Fase 
Após a contratação, sob o regime de empreitada por preço unitário, da sociedade empresária Faz de 
Tudo Ltda. para a construção do novo edifício-sede de uma agência reguladora, a Administração 
verifica que os quantitativos constantes da planilha orçamentária da licitação – e replicados pela 
contratada – são insuficientes para executar o empreendimento tal como projetado. Por isso, será 
necessário aumentar as quantidades de alguns serviços. Em termos financeiros, o acréscimo será 
de 20% – que corresponde a R$ 2.000.000,00 – em relação ao valor inicial atualizado do contrato. 
Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O acréscimo de serviços poderá ser combinado apenas verbalmente, não sendo necessária sua 
redução a termo. 
B) Por se tratar de cláusula exorbitante, mesmo que a sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. não 
concorde com o acréscimo, a alteração poderá ser determinada unilateralmente pela 
Administração. 
C) O contratado só está obrigado a aceitar os acréscimos de até 15% (quinze por cento) em relação 
ao valor inicial atualizado do contrato; superado esse limite, a alteração só pode ocorrer com o 
consentimento da sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. 
D) Diante da deficiência do projeto básico, a Administração deve obrigatoriamente anular o contrato 
após serem oportunizados o contraditório e a ampla defesa à sociedade empresária Faz de Tudo 
Ltda. 
 
 
11. Cláusulas Exorbitantes – Ex: Alteração Unilateral do 
Contrato 
As cláusulas exorbitantes decorrem da supremacia do interesse público sobre o 
interesse privado e coloca o Estado em posição de superioridade jurídica na avença. 
São implícitas em todos os contratos administrativos, não dependendo de previsão 
expressa no acordo, pois decorrem diretamente da Lei (art. 104, da Lei 14.133/21). 
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19 
Alteração unilateral do contrato - É possível quando houver modificação do projeto ou 
das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos e quando necessária a 
modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu 
objeto. 
A administração NÃO pode alterar o OBJETO do contrato, porque seria burla à licitação. 
Alteração de projeto - Alteração qualitativa (o projeto originalmente apresentado pelo 
Estado não atende mais aos fins desejados pela Administração). 
Alteração atinente ao valor da contração - Alteração quantitativa e, por sua vez, tem 
limites definidos na lei, que prevê que o particular deve aceitar as modificações feitas 
unilateralmente pela Administração Pública em até 25%, do valor original do contrato, para 
acréscimos ou supressões. Nesses casos, a alteração não depende de concordância do 
particular contratado. 
Atenção! A Regra determina que a alteração unilateral é de até 25% – acréscimos ou 
supressões. Contudo, se o contrato for celebrado para reforma de equipamentos ou de edifícios, 
a alteração unilateral, para ACRÉSCIMOS contratuais, pode chegar a 50% do valor original do 
contrato. As supressões contratuais continuam respeitando o limite de 25%. 
A margem de lucro inicialmente contratada jamais poderá ser alterada pela 
Administração Pública de forma unilateral. 
A alteração deve decorrer de interesse público superveniente devidamente justificado, ou 
seja, o contratante deverá demonstrar a ocorrência de fato posterior à contratação que dá ensejo 
à necessidade de modificação das cláusulas contratuais, paraque se evite um prejuízo maior ao 
interesse da coletividade, que é a finalidade maior dos contratos administrativos. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
6) FGV – 2020 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXI – Primeira Fase 
Diante da necessidade de construção de uma barragem no Município Alfa, a ser efetuada em terreno 
rural de propriedade de certa sociedade de economia mista federal, o Poder Legislativo local fez 
editar uma lei para declarar a desapropriação por utilidade pública, após a autorização por decreto 
do Presidente da República, sendo certo que, diante do sucesso das tratativas entre os chefes do 
Executivo dos entes federativos em questão, foi realizado acordo na via administrativa para ultimar 
tal intervenção do Estado na propriedade. 
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
A) A autorização por decreto não pode viabilizar a desapropriação do bem em questão pelo 
Município Alfa, porque os bens federais não são expropriáveis. 
B) A iniciativa do Poder Legislativo do Município Alfa para declarar a desapropriação é válida, 
cumprindo ao respectivo Executivo praticar os atos necessários para sua efetivação. 
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C) A intervenção na propriedade em tela não pode ser ultimada na via administrativa, mediante 
acordo entre os entes federativos envolvidos. 
 
D) O Município Alfa não tem competência para declarar a desapropriação por utilidade pública de 
propriedades rurais. 
 
12. Organização da Administração Pública 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
Veja outro esquema na página seguinte... 
 
 
 
 
 
Particulares que 
prestam serviço 
público
Permissionárias
Concessionárias
Autorizatários
Descentralização
Ato unilateral (no caso 
de autorização) e 
contrato administrativo 
(no caso de concessão e 
permissão)
Tem personalidade 
jurídica
Administração direta
União
Estados
DIstrito Federal
Municípios
Órgãos
Desconcentração
Criação de órgão
Especialização interna
Não tem personalidade 
jurídica
Administração 
indireta
Autarquias
Fundações públicas
Sociedade de economia 
mista
Empresa pública
Associação pública
Descentralização
Novo ente
Criada ou autorizada 
por lei
Tem personalidade 
jurídica 
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Direito Administrativo 
 
 
21 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: Como já foi cobrado diversas vezes pela banca, é muito importante o estudo da 
lei das Estatais, dos consórcios públicos e das principais características das Agências 
Reguladoras, então vou indicar alguns artigos para leitura de tema de casa: 
• Lei 13.303/2016: artigos 3º, 4º e 5º. 
• Lei 9.986/2000: artigos , 4º, 5º, 6º, 8º, 8º-A, 8º-B, 9º e art. 2º, 3º, 7º, 8º, 9º, 10, 14 e 
34 da Lei 13.848/19. 
• Lei 11.107/2005: artigos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 8º e 11. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
7) FGV – 2022 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXIV – Primeira Fase 
A Agência Reguladora federal Alfa, criada no ano corrente, tem a intenção de formalizar um acordo de 
cooperação com a Agência Reguladora estadual Beta. O acordo visa à descentralização das atividades 
normativas, fiscalizatórias, sancionatórias e arbitrais, com o intuito de conferir maior eficiência à 
atuação das duas entidades. Nesse contexto, à luz do disposto na CRFB/88 e na Lei nº 13.848/18, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) O acordo de cooperação poderia ter por objeto a delegação de competência normativa da Agência 
Alfa. 
B) A execução da fiscalização do objeto da delegação pela Agência Beta, por ser estadual, não precisa 
observar as normas federais pertinentes. 
C) A execução de competência delegada pelo acordo de cooperação à Agência Beta independe do 
acompanhamento e da avaliação pela Agência Alfa. 
D) A Agência Alfa, havendo delegação de competência, permanecerá como instância superior e 
recursal das decisões tomadas no exercício da competência delegada à Agência Beta. 
C
ri
a
ç
ã
o
Autarquia e Fundação 
Pública de Direito Público
Pessoa jurídica de direito público
Lei específica
A própria lei é o ato constitutivo
Fundação Pública de Direito 
Privado/ S.E.M/ E.P
Pessoa jurídica de direito privado
Lei específica apenas autoriza
Deve o Poder Executivo 
providenciar a sua criação no 
registro público.
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22 
13. Responsabilidade Civil do Estado 
13.1. Teoria do Risco Administrativo: Responsabilidade objetiva 
 
*Para todos verem: esquema 
 
13.2. Teoria do Risco Integral: Dano ambiental, atividade nuclear, queda 
de aeronave por ato de guerra ou ato terrorista. 
• Não há excludentes. 
*Para todos verem: esquema. 
 
Estado 
 
 
 
Ação de regresso: 
responsabilidade 
subjetiva 
 
 
 
 
 
Vítima Agente 
 
13.3 Teses de repercussão geral que podem inspirar a banca 
 Algumas teses de repercussão geral do STF e jurisprudêcia importante do STJ que podem 
ser objeto da prova: 
* Para todos verem: quadro comparativo 
Teses de repercussão geral do STF 
1055 RE 
1209429 
É objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a 
profissional da imprensa ferido por agentes policiais 
durante cobertura jornalística, em manifestações em que 
haja tumulto ou conflitos entre policiais e manifestantes. 
Cabe a excludente da responsabilidade da culpa exclusiva 
 
 
 
 
10/06/2021 
Excludentes
Caso fortuito 
(imprevisível)
Força maior 
(natureza)
Culpa exclusiva 
da vítima (se a 
vítima concorre 
com o dano, o 
ônus é repartido)
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23 
da vítima, nas hipóteses em que o profissional de imprensa 
descumprir ostensiva e clara advertência sobre acesso a 
áreas delimitadas, em que haja grave risco à sua integridade 
física. 
512 RE 
662405 
O Estado responde subsidiariamente por danos materiais 
causados a candidatos em concurso público organizado por 
pessoa jurídica de direito privado (art. 37, § 6º, da CRFB/88), 
quando os exames são cancelados por indícios de fraude. 
 
29/06/2020 
362 RE 
608880 
Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não 
se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por 
danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida 
do sistema prisional, quando não demonstrado o nexo 
causal direto entre o momento da fuga e a conduta 
praticada. 
 
 
08/09/2020 
366 RE 
136861 
Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do 
Estado por danos decorrentes do comércio de fogos de 
artifício, é necessário que exista a violação de um dever 
jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for 
concedida a licença para funcionamento sem as cautelas 
legais ou quando for de conhecimento do poder público 
eventuais irregularidades praticadas pelo particular. 
 
 
 
11/03/2020 
Precedente do STJ 
 
O hospital que deixa de fornecer o mínimo serviço de segurança, contribuindo de forma determinante e 
específica para homicídio praticado em suas dependências, responde objetivamente pela conduta 
omissiva. (REsp 1.708.325-RS, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, por unanimidade, julgado em 
24/05/2022). 
 
 
O prazo prescricional para ações indenizatórias em face da pessoa jurídica de direito 
público ou de direito privado prestadora de serviço público é de 5 anos, todavia, atente-se para 
a súmula 647 do STJ: “São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais 
decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos.” 
 
 Resolva a questão a seguir: 
8) FGV – 2023 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXVII – Primeira Fase 
Mateus e Geraldo foram presos em decorrência de sentença penal com trânsito em julgado, pelo crime 
de latrocínio. Ambos ficaram, inicialmente, na mesma cela prisional, em condições absolutamente 
precárias e insalubres, sendo certo que Geraldo evadiu-se da cadeia. Seis meses após a fuga, Geraldo 
praticounovo latrocínio, que levou Tânia a óbito. Mateus, que ficou muito deprimido pelas condições 
degradantes do cárcere, cometeu suicídio, cortando seus pulsos com faca adquirida irregularmente de 
Rodrigo, agente penitenciário, fato que poderia ter sido evitado, portanto, se o Estado tivesse adotado 
precauções mínimas. Diante das circunstâncias narradas, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Tânia, pois tinha o dever de evitar 
a fuga de Geraldo, mas não pelo óbito de Mateus, em razão de fato exclusivo da vítima, tendo em 
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24 
conta a adoção da teoria do risco administrativo. 
B) Ambas as mortes acima descritas seriam passíveis de configurar a responsabilização civil do 
Estado, nos termos da Constituição, que adota expressamente a teoria do risco integral, nas 
situações relacionadas à segurança pública. 
C) Nenhum dos óbitos narrados pode caracterizar a responsabilização civil do Estado, na medida em 
que nas hipóteses de omissão do Estado deve ficar caracterizado o elemento culpa, imprescindível 
no âmbito da teoria do risco administrativo. 
D) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Mateus, pois tinha o dever de 
proteger a incolumidade física de pessoa sob sua custódia, mas não pelo óbito de Tânia, na 
medida em que não há nexo de causalidade entre a fuga de Geraldo e o evento danoso. 
 
14. Improbidade Administrativa 
Art. 37 da CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, 
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na 
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
 
*Para todos verem: quadro 
 
Atos de improbidade 
 
 
 
Art. 9º Constitui ato de 
improbidade administrativa 
importando em enriquecimento 
ilícito auferir, mediante a prática 
de ato doloso, qualquer tipo de 
vantagem patrimonial indevida 
em razão do exercício de cargo, 
de mandato, de função, de 
emprego ou de atividade nas 
entidades referidas no art. 
1ºdesta Lei [...] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 10. Constitui ato de 
improbidade administrativa que 
causa lesão ao erário qualquer 
ação ou omissão dolosa, que 
enseje, efetiva e 
comprovadamente, perda 
patrimonial, desvio, apropriação, 
malbaratamento ou dilapidação 
dos bens ou haveres das 
entidades referidas no art. 1º 
desta Lei [...] 
 
 
 
 
Art. 11. Constitui ato de 
improbidade administrativa 
que atenta contra os princípios 
da administração pública a 
ação ou omissão dolosa que 
viole os deveres de 
honestidade, de 
imparcialidade e de legalidade 
[...] 
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25 
 
Perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, perda da função 
pública, suspensão dos direitos 
políticos até 14 (catorze) anos, 
pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do acréscimo 
patrimonial e proibição de 
contratar com o poder público ou 
de receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa jurídica 
da qual seja sócio majoritário, 
pelo prazo não superior a 14 
(catorze) anos. 
 
Perda dos bens ou valores 
acrescidos ilicitamente ao 
patrimônio, se concorrer esta 
circunstância, perda da função 
pública, suspensão dos direitos 
políticos até 12 (doze) anos, 
pagamento de multa civil 
equivalente ao valor do dano e 
proibição de contratar com o poder 
público ou de receber benefícios ou 
incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que 
por intermédio de pessoa jurídica 
da qual seja sócio majoritário, 
pelo prazo não superior a 12 
(doze) anos. 
 
 
Pagamento de multa civil de até 
24 (vinte e quatro) vezes o valor 
da remuneração percebida pelo 
agente e proibição de contratar 
com o poder público ou de 
receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios, direta ou 
indiretamente, ainda que por 
intermédio de pessoa jurídica da 
qual seja sócio majoritário, pelo 
prazo não superior a 4 (quatro) 
anos. 
 
Prescrição: Tema sensível e que sofreu diversas alterações com as Lei nº 14.230/2021. 
Se antes o prazo de prescrição era (basicamente) de cinco anos, agora o prazo é de 8 anos 
para prescrição. O objetivo da prescrição é dar estabilidade às relações jurídicas. 
Nos parágrafos do artigo 23 da LIA há previsões de suspensão e interrupção de prazo 
prescricional. Uma novidade na nova redação da LIA é que, agora, haverá possibilidade da 
chamada prescrição intercorrente no prazo de 4 anos, ou seja, prescrição que ocorre no 
decorrer do processo judicial: “§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia 
da interrupção, pela metade do prazo previsto no caput deste artigo”. 
Atenção: o artigo 16 trata sobre a possibilidade de indisponibilidade de bens, não deixe 
de estudar esse artigo, pois o assunto está em alta! 
 
 Resolva a questão a seguir: 
9) FGV – 2022 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXVI – Primeira Fase 
Na semana passada, o Ministério Público ajuizou ação em desfavor de Odorico, prefeito do Município 
Delta, em decorrência da prática de ato doloso de improbidade que causou enriquecimento ilícito. Após 
os devidos trâmites processuais, o Juízo de primeiro grau verificou a configuração dos elementos 
caracterizadores da improbidade, incluindo o dolo específico, razão pela qual aplicou as penalidades 
cominadas na legislação. Sobre as penalidades aplicadas ao prefeito Odorico, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) É cabível a execução provisória da penalidade de perda da função pública, com seu imediato 
afastamento do cargo. 
B) Poderia ser aplicada a penalidade de suspensão de direitos políticos por prazo superior a quinze 
anos, em razão da presença de dolo específico. 
C) O Juízo de primeiro grau não poderia cumular as penalidades de suspensão dos direitos políticos 
e de proibição de contratar com a Administração, sob pena de bis in idem. 
D) O Juízo de primeiro grau poderia cumular a determinação de ressarcimento integral ao erário com 
a aplicação da penalidade de multa equivalente ao valor do acréscimo patrimonial 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Administrativo 
 
 
26 
15. Controle da Administração Pública 
O controle é o instrumento jurídico de fiscalização sobre a atuação dos agentes, órgãos e 
entidades da Administração Pública. 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
*Para todos verem: quadro 
 
Ações de controle 
Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Ação Civil Pública, Ação 
Popular, Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação de Improbidade 
Administrativa, Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Prazo para anular Regra é de 5 anos, salvo má-fé - prazo 
DECADENCIAL do art. 54, da L. 9784/99 
 
Órgão de 
controle 
 
Administrativo – 
decorre do poder de 
autotutela. 
 
Legislativo – controle 
parlamentar direto ou 
pelo Tribunal de Contas 
 
Judicial – mediante 
provocação 
 
 No controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, 
tenha cuidado com o artigo 71 da Constituição Federação, especificamente com inciso III: 
 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio 
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em 
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhoriasposteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório. 
 
Administração
Poder-dever Anular
Atos eivados de 
vício/ilegais
Pode Revogar
Atos legais, por 
conveniência ou 
oportunidade
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Direito Administrativo 
 
 
27 
 Resolva a questão a seguir: 
10) FGV – 2022 – OAB – Exame de Ordem Unificado XXXVI – Primeira Fase 
Túlio era servidor público federal e falsificou documentos para, de má fé, obter a sua aposentadoria por 
tempo de contribuição junto ao Regime Próprio de Previdência Social – RPPS. Por não ter sido verificado 
o problema dos documentos, o pedido foi deferido pelo órgão competente de origem e, pouco depois, 
registrado perante o Tribunal de Contas da União – TCU, que não verificou o embuste e não conferiu 
oportunidade de manifestação para Túlio. Ocorre que, seis anos após o aludido registro, a Corte de 
Contas tomou conhecimento do ardil de Túlio e da nulidade dos documentos apresentados, razão pela 
qual instaurou processo administrativo para fins de anular o registro promovido em dissonância com o 
ordenamento jurídico. Diante dessa situação hipotética, aponte a assertiva correta. 
 
A) A conduta do TCU foi irregular, na medida em que a aposentadoria de Túlio é ato administrativo 
simples, que não deveria ter sido submetido a registro perante a Corte de Contas. 
B) O exercício da autotutela, para fins de anular a aposentadoria de Túlio, não está fulminado pela 
decadência, diante de sua má-fé. 
C) O registro da aposentadoria de Túlio foi irregular, pois dependia da garantia da ampla defesa e 
contraditório perante o TCU. 
D) A anulação da aposentadoria não é mais viável, considerando que transcorrido o prazo prescricional 
de cinco anos para o exercício da pretensão. 
 
16. Bens Públicos 
16.1. Classificação 
*Para todos verem: quadro 
 
Essas classificações estão no artigo 99, do Código Civil, aliás, nos seus estudos vale a 
leitura do aritgo 98 ao 103 do CC! 
16.2. Características 
Inalienabilidade: Significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas 
essa regra não é absoluta! Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis 
(são bens fora do comércio), essa é a regra. 
Bens de uso comum do 
povo
• São bens que todos 
podem usar, como as 
ruas e praças.
Bens de uso especial
• São destinados às 
instalações e aos 
serviços públicos, como 
os prédios das 
repartições ou escolas 
públicas.
Bens dominicais
• São os que pertencem 
ao acervo do poder 
público, sem destinação 
especial.
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Direito Administrativo 
 
 
28 
Impenhorabilidade: Os bens públicos não podem ser objeto de uma constrição judicial, de 
uma execução. Não poder ser objeto de garantia. 
Imprescritibilidade: Trata-se da prescrição aquisitivas (usucapião). Nesse sentido, os 
bens públicos não podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica por determinado espaço 
de tempo continuado, nos moldes da legislação civil. 
Importante salientar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados, não 
sendo estes, também, passíveis de usucapião (art. 183, §3º e 191, parágrafo único, ambos da 
Constituição Federal). 
Não onerabilidade: Os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia, ou 
seja, não fica sujeito à instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do ente 
estatal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Administrativo 
 
 
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Prof.ª Maria Valentina de Moraes 
11) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
Flávio, oficial de justiça de determinado Tribunal Regional Federal, no exercício de suas atribuições, ao se dirigir 
para uma diligência, foi surpreendido por intenso tiroteio. Em razão disso, Flávio adentrou clandestinamente o imóvel 
de Júlia, sendo que permaneceu no local sem determinação judicial, por longo período e contra a vontade da 
proprietária. Diante da configuração de crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, Flávio foi denunciado no 
âmbito criminal, sendo certo que, após o devido processo legal, ele foi absolvido, em decorrência da caracterização 
de estado de necessidade, operando-se o trânsito em julgado da sentença. Paralelamente, foi instaurado processo 
administrativo disciplinar, para fins de obter a responsabilização de Flávio pela respectiva falta funcional. 
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O reconhecimento de que Flávio praticou o ato de abuso de autoridade em estado de necessidade na 
decisão prolatada na esfera penal faz coisa julgada no âmbito administrativo-disciplinar. 
B) A existência de ação penal por abuso de autoridade em face de Flávio deveria ter impedido a instauração 
do processo administrativo disciplinar, pois não é admitida duplicidade de responsabilização. 
C) A sentença penal que absolveu Flávio não pode repercutir na esfera administrativa-disciplinar, uma vez que 
a sentença absolutória criminal somente pode refletir em outras esferas nas hipóteses de negativa de autoria. 
D) Não é possível aplicar penalidade administrativa-disciplinar a Flávio, na medida em que toda sentença 
absolutória penal vincula o controle pela Administração Pública, ainda que o fundamento criminal seja a 
ausência de prova. 
12) FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXXI - Primeira Fase 
Maria foi contratada, temporariamente, sem a realização de concurso público, para exercer o cargo de professora 
substituta em entidade autárquica federal, em decorrência do grande número de professores do quadro permanente 
em gozo de licença. A contratação foi objeto de prorrogação, de modo que Maria permaneceu em exercício por mais 
três anos, período durante o qual recebeu muitos elogios. Em razão disso, alunos, pais e colegas de trabalho 
levaram à direção da autarquia o pedido de criação de um cargo em comissão de professora, para que Maria fosse 
nomeada para ocupá-lo e continuasse a ali lecionar. Avalie a situação hipotética apresentada e, na qualidade de 
advogado(a), assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não é possível a criação de um cargo em comissão de professora, visto que tais cargos destinam-se apenas 
às funções de direção, chefia e assessoramento. 
B) É adequada a criação de um cargo em comissão para que Maria prolongue suas atividades como professora 
na entidade administrativa, diante do justificado interesse público. 
C) Maria tem estabilidade porque exerceu a função de professora por mais de três anos consecutivos, tornando 
desnecessária a criação de um cargo em comissão para que ela continue como professora na entidade 
autárquica. 
D) Não é necessária a criação de um cargo em comissão para que Maria permaneça exercendo a função de 
professora, porque a contratação temporária pode ser prorrogada por tempo indeterminado. 
13) FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
Amadeu, assim que concluiu o ensino médio, inscreveu-se e foi aprovado em concurso público para o cargo de 
técnico administrativo do quadro permanente de determinado Tribunal Regional Federal, cargo em que alcançou a 
estabilidade, após o preenchimento dos respectivos requisitos legais. Enquanto estava no exercício das funções 
desse cargo, Amadeu cursou e concluiu a Faculdade de Direito, razão pela qual decidiu prestar concurso público e 
foi aprovado para ingressar como advogado de certa sociedade de economia mista federal, que recebe recursos da 
União para o seu custeio geral. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Amadeu poderá acumular o cargo no Tribunal com o emprego na sociedade de economia mista federal, se 
houver compatibilidade de horários. 
B) A estabilidade já alcançada por Amadeu estende-se à sociedadede economia mista, considerando-se que 
aquela se consuma no serviço público, e não no cargo. 
C) Amadeu, ao ser contratado pela sociedade de economia mista, continua submetido ao teto remuneratório do 
serviço público federal. 
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31 
D) Amadeu poderia ser transferido para integrar os quadros da sociedade de economia mista sem a realização 
de novo concurso público. 
14) FGV - 2021- OAB - Exame de Ordem Unificado XXXII - Primeira Fase 
O Município Alfa pretende formalizar uma parceria público-privada para a realização de obras, instalação de postes 
e prestação de serviços de iluminação pública. A contraprestação da concessionária vencedora da licitação seria 
inteiramente custeada pela Administração Pública local, mediante ordem bancária e por outorga de direitos sobre 
bens públicos dominicais do município. Sobre essa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A contratação almejada não é possível, porque o ordenamento não admite que a Administração arque com o 
custeio integral de parceria público-privada. 
B) A outorga de direitos sobre bens públicos dominicais não é contraprestação admissível para a formalização 
da parceria. 
C) O Município Alfa deveria utilizar-se de concessão administrativa para a formalização da contratação 
pretendida. 
D) A natureza individual (uti singuli) do serviço em questão exige a cobrança de tarifa do usuário para a realização 
da parceria público-privada almejada. 
 
 
15) FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
A sociedade empresária Espertinha praticou atos de corrupção contra determinada organização pública 
internacional, mediante oferecimento de suborno para a obtenção de vantagens indevidas. Em razão disso, a 
Controladoria Geral da União (CGU) instaurou procedimento administrativo para apurar a responsabilização 
administrativa de tal sociedade. 
Considerando o disposto na Lei nº 12.846/13 (Lei Anticorrupção), assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não é possível a responsabilização administrativa da sociedade empresária Espertinha por atos de corrupção 
praticados contra organização pública internacional. 
B) A responsabilização administrativa pela CGU não necessita da caracterização do elemento subjetivo na 
conduta da sociedade empresária Espertinha, pois tal responsabilidade é objetiva. 
C) A aplicação de penalidades administrativas pela CGU depende da responsabilização individual de pessoa 
natural, na figura de sócio ou dirigente da sociedade empresária Espertinha. 
D) O processo administrativo instaurado pela CGU poderá resultar na aplicação das penalidades de multa e de 
dissolução compulsória da sociedade empresária Espertinha. 
 
 
Prof.ª Franciele Kühl 
 
16) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVII - Primeira Fase 
A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um sistema de esgotamento sanitário. O 
Governo Federal repassou recursos ao ente local, ficando o município encarregado da licitação e da contratação da 
sociedade empresária responsável pelas obras. Após um certame conturbado, cercado de denúncias de 
favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão do prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale 
Tudo Ltda. Em escutas telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o direcionamento 
da licitação para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do 
Município Alfa. Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado. 
Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego dos recursos em questão, pois, a partir do 
momento em que ocorre a transferência de titularidade dos valores, encerra-se a jurisdição da Corte de Contas 
Federal. 
B) O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da licitude do certame, configurando ato de 
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública e, por isso, sujeita os 
agentes públicos somente à perda da função pública e ao pagamento de multa civil. 
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma que terceiros, como é o caso 
da sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, por consequência, imunes à 
eventual condenação ao ressarcimento do erário causado pelo superfaturamento. 
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32 
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, os agentes públicos 
envolvidos e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do dano, sem 
prejuízo de outras medidas, como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por 
um prazo determinado. 
 
 
17) FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVI - Primeira Fase 
A administração do Município Alfa está construindo uma ponte para facilitar o acesso dos produtores rurais ao seu 
centro urbano. Para a realização da construção, o ente necessita utilizar a propriedade privada de Fernando, um 
terreno não edificado, vizinho à obra, enquanto perdurar a atividade de interesse público, para a qual não há perigo 
iminente. Considerando as modalidades de intervenção do Estado na propriedade, a administração do Município 
Alfa deve 
 
A) realizar o tombamento do bem de Fernando, mediante prévia e justa indenização em dinheiro, diante da 
relevância da obra a ser realizada. 
B) determinar a requisição administrativa do bem de Fernando, mediante indenização ulterior, em caso de dano. 
C) efetuar a ocupação temporária do bem de Fernando, passível de indenização pela utilização do terreno em 
ação própria. 
D) implementar uma servidão administrativa no bem de Fernando, mediante prévia e justa indenização em 
dinheiro, pelo sacrifício da propriedade. 
 
 
18) FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVI - Primeira Fase 
Em uma movimentada rodovia concedida pela União a uma empresa privada, um veículo particular colidiu com 
outro, deixando diversos destroços espalhados pela faixa de rolamento. Um dos objetos deixados sobre a pista 
cortou o pneu de um terceiro automóvel, causando a colisão deste em uma mureta de proteção. 
Com base no fragmento acima, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A concessionária deve responder objetivamente pelos danos causados, com fundamento na teoria do risco 
administrativo. 
B) Em nenhuma hipótese a concessionária poderá ser responsabilizada pelo evento danoso. 
C) A concessionária responde pelos danos materiais causados ao terceiro veículo, com fundamento na teoria do 
risco integral, isto é, ficou comprovado que o dano foi causado por culpa exclusiva de terceiro ou por força maior 
D) O proprietário do terceiro automóvel só será reparado pelos danos materiais caso demonstre a culpa da 
concessionária, caracterizada, por exemplo, pela demora excessiva em promover a limpeza da rodovia. 
 
 
19) FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
Em decorrência das queimadas que têm assolado certo bioma, os municípios vizinhos Alfa, Beta e Gama, 
nacionalmente conhecidos pelo turismo ambiental promovido na localidade e drasticamente afetados pelo fogo, 
decidiram formalizar um consórcio público com vistas a promover a proteção ao meio ambiente. No respectivo 
protocolo de intenções, os entes federativos estabeleceram a denominação - Protetivus -, a finalidade, o prazo de 
duração, a sede do consórcio e a previsão de que o consórcio é associação pública, dentre outras cláusulas 
necessárias. Diante dessa situação hipotética, em consonância com a legislação de regência, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) A associação pública Protetivus não poderá integrar a Administração Indireta dos municípios Alfa, Beta e 
Gama. 
B) Os municípios Alfa, Beta e Gama somente entregarão recursos financeirosao consórcio público mediante 
contrato de rateio. 
C) Os municípios Alfa, Beta e Gama não poderiam formalizar o consórcio público em questão sem a participação 
da União. 
D) A edição de Decreto por cada um dos municípios envolvidos é suficiente para que a associação pública 
Protetivus adquira personalidade jurídica. 
 
20) FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXV - Primeira Fase 
O município Gama almeja realizar licitação para a escolha de um projeto urbanístico, de cunho técnico especializado, 
de natureza preponderantemente cultural, para a revitalização de seu centro histórico. Para tanto, fez publicar o 
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respectivo edital com as especificações determinadas por lei. Sobre a hipótese, segundo a nova de Lei de Licitações 
(Lei nº 14.133/21), assinale a afirmativa correta. 
 
A) O vencedor da licitação deverá ceder ao município Gama os direitos patrimoniais relativos ao projeto e 
autorizar sua execução conforme juízo de conveniência e oportunidade das autoridades competentes. 
B) A elaboração do projeto técnico mencionado corresponde a serviço comum, de modo que a modalidade de 
licitação aplicável pelo município Gama é o pregão. 
C) A modalidade de licitação a ser utilizada pelo município Gama é o diálogo competitivo, porque a Nova Lei de 
Licitações não prevê o concurso. 
D) A licitação deverá ser realizada como concurso público de provas e títulos, tal como ocorre com a admissão 
de pessoal, para fins de remunerar o projeto vencedor. 
 
 
21) FGV - 2022 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIV - Primeira Fase 
O Parque de Diversões Alegrias ABC obteve legalmente autorização do Município Alfa para uso de bem público, de 
maneira a montar suas instalações e exercer suas atividades em determinada praça pública, pelo período de três 
meses. Um mês após a edição do ato de autorização de uso, sobreveio legislação municipal, alterando o plano 
diretor da cidade, tornando aquela área residencial e proibindo expressamente sua autorização de uso para fins 
recreativos, como a instalação de parques de diversão. No caso em tela, houve extinção do ato administrativo de 
autorização de uso inicialmente válido por meio da 
 
A) cassação, devendo a autoridade municipal que emitiu o ato revogá-lo expressamente para o fiel cumprimento 
da lei e o Parque de Diversões Alegrias ABC não tem direito à indenização. 
B) caducidade, por força de ilegalidade superveniente causada pela alteração legislativa, sem culpa do 
beneficiário do ato Parque de Diversões Alegrias ABC. 
C) anulação, que ocorre de forma tácita, em razão de fato do príncipe superveniente, consistente na alteração 
do plano diretor da cidade, com direito de indenização ao Parque de Diversões Alegrias ABC. 
 D) contraposição, por força de ilegalidade superveniente decorrente da nova lei municipal editada, devendo ser 
perquirida eventual culpa do Parque de Diversões Alegrias ABC. 
 
 
22) FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase 
Para fins de contratar serviço de engenharia necessário ao desenvolvimento de sua atividade, que não abarca 
reforma de edifício ou equipamento, certa empresa pública federal realizou licitação, na forma da Lei nº 13.303/16. 
A sociedade empresária Feliz sagrou-se vencedora do certame. Após regular formalização do contrato, a entidade 
administrativa, diante do advento de nova tecnologia relevante, decidiu alterar as especificações do objeto, mediante 
aditamento. Acerca dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Ainda que haja acordo entre as partes, a alteração do contrato pretendida não é possível, em decorrência do 
princípio de que o pactuado deve ser respeitado. 
B) A empresa pública tem a prerrogativa de realizar a alteração do contrato, independentemente de acordo com 
a sociedade empresária Feliz. 
C) A alteração do contrato depende de acordo com a sociedade empresária Feliz e deve respeitar o limite 
estabelecido na lei de regência. 
D) Se houver acordo entre as partes, não há limitação para a alteração do contrato formalizado com a sociedade 
empresária Feliz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gabaritos das questões: 
 
1 - D 2 - D 3 - D 4 - B 5 - B 6 - B 7 - D 8 - D 9 - D 10 - B 11 - A 
12 - A 13 - C 14 - C 15 - B 16 - D 17 - C 18 - A 19 - B 20 - A 21 - B 22 - C

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