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N1- TEORIA CRÍTICA

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ALUNOS: DIOGO IGOR MOREIRA ALVES/22018000069; e MATEUS OLIVEIRA 
SILVA/22018000040 
 
A consciência jurídica deve levar em conta o delicado balanço entre a liberdade 
individual e o governo das leis. No trecho, acima indicado, John Stuart Mill, sustenta 
que um dos maiores problemas da vida civil é a tirania dos maiorais. Em linhas 
gerais, responda: 
 
1) O Poder Judiciário tem condições de auxiliar o povo brasileiro a resolver tal 
impasse? 
Quais seriam estes meios? 
 
Para responder ao questionamento proposto, é preciso identificar tanto a 
sociedade, quanto o ser humano, individual, como objetos complexos, no campo 
dos estudos sociais. Neste sentido, a Teoria Crítica do Direito, com suas funções 
deontológica,ontológica e a fenomenológica, ampliam a visão acerca do mundo 
jurídico, trazendo uma constante de pensamento inacabado para o mundo jurídico. 
As leis, são analisadas como um conjunto entre a interação física, moral e social de 
uma sociedade, analisá-las sob um viés crítico é primordial para frear a tirania. 
A partir do plano fenomenológico, que busca como primazia a dialética para 
resolução de conflitos, o Poder Judiciário possui como dever moral erradicar as 
injustiças geradas pelo homem em sociedade. Destarte, é preciso evidenciar que 
para o bom funcionamento deste dever atribuído ao judiciário, o regime de governo 
democrático é indispensável para tal propósito. Dentro deste regime, a corrente 
tripartite de poderes, traz consigo os freios e contrapesos necessários para que não 
haja abuso de poder por parte do Estado, que pelo contexto histórico sempre obteve 
predomínio da classe dominante. 
Deste modo, com o auxílio das Leis pensa-se ter encontrado uma forma de 
barrar tais abusos, mas pensar de forma positivada pode colocar em risco o acesso 
à justiça. A conclusão que se chega, esclarece Cappelletti (1977), é a de que “o 
dogmatismo jurídico é uma forma degenerativa do positivismo jurídico, que conduziu 
a uma simplificação realística do próprio Direito”, ou seja, é preciso pensar o Direito, 
pois sem ele o poder chega aos governantes que tendem a ser autoritários para 
manterem o poder. 
Assim, o Poder Judiciário possui mecanismos suficientes para auxiliar no 
combate ao autoritarismo, seus operadores. Todo operador do Direito, tem o dever 
moral de conduzi-lo de modo racional, científico, empático e com alteridade para 
com o ser humano, deixando de avaliar cargos e funções como fontes de poder, 
passando a identificá-los como fontes essenciais à justiça. Saber levar o direito à 
justiça, deve ser a força motriz do operador do direito, colocando emoções quando 
necessário, sabendo retirá-las para não contaminar o processo e acima de tudo, 
realizar a hermenêutica das leis, sempre no sentido da função social e dignidade de 
todo ser que move a sociedade. 
 
2) Quais são as estruturas mínimas necessárias para que o Judiciário promova o 
controle da “tirania dos maiorais”? 
 
A problemática do acesso ​à justiça é a necessidade de reestruturação da 
própria ciência do Direito, é necessário numa ordem jurídica adequada e justa,e 
eficaz. Não há democracia sem acesso à justiça, que é o mais fundamental dos 
direitos, pois é dele depende a viabilização dos demais direitos. Visto que o Direito 
como mera técnica de manutenção do poder, não tem compromisso com o ser 
humano, nem com os seus valores. Um novo conceito sobre o acesso à justiça 
pressupõe a compreensão dos problemas sociais, na qual só se tem sentido se 
direcionado para a realidade social, e não apenas para a ordem normativa, 
direcionando para a efetividade dos direitos, principalmente para os direitos 
constitucionais fundamentais. 
O aspecto normativo do Direito não deve ser renegado, mas visto como um 
dos elementos em relação aos quais devem ser observadas em primeiro plano as 
pessoas, as instituições, e os processos, pois é por intermédio deles que o Direito 
se desenvolve e se impõe. A visão de acesso à Justiça não representa apenas o 
acesso ao judiciário, mas o acesso a todo meio legítimo de proteção e efetivação do 
Direito. Não basta apenas reconhecer os direitos ou declará-los formalmente, o mais 
importante é definir como efetivá-los, como garanti-los, e evitar que sejam violados 
continuamente, essa efetivação constitui a problemática do acesso à justiça. 
Portanto, o constante plano educacional e a dialética racional dentro da 
nossa sociedade, é o que define uma forma mais justa e igualitária para um país em 
desenvolvimento. Identificar a corrupção dentro de si, sanar a prevalência do ego e 
pensar na sociedade como um organismo vivo, que depende de todos para ter 
fluidez, sem que ninguém fique acima de ninguém, mas todos cumpram seu papel.

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