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Intoxicação por Oxalato de Cálcio - Causas, Sintomas e Tratamento

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Intoxicação por Oxalato de Cálcio - Causas, Sintomas e Tratamento 
A intoxicação por oxalato de cálcio é uma condição séria que pode afetar animais de estimação, gado e animais silvestres. O oxalato de cálcio é uma substância presente em diversas plantas, principalmente aquelas pertencentes à família das Araceae e das Liliaceae. Essas plantas são conhecidas como plantas oxalídicas ou plantas comuns no ambiente doméstico e em ambientes naturais. Os cristais de oxalato de cálcio podem ser encontrados principalmente nas folhas, caules e raízes dessas plantas. Algumas das plantas mais comuns que possuem oxalato de cálcio incluem:
Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata)
Costela-de-adão (Monstera deliciosa)
Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp.)
Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica)
Antúrio (Anthurium spp.)
Bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima)
Taioba (Xanthosoma spp.)
Capuchinha (Tropaeolum majus)
Espinafre (Spinacia oleracea)
É importante lembrar que a presença de oxalato de cálcio não significa necessariamente que uma planta seja altamente tóxica para animais, mas muitas delas podem causar irritação e problemas gastrointestinais se ingeridas em grande quantidade. 
Causas da intoxicação:
A intoxicação por plantas que contêm oxalato de cálcio está relacionada aos efeitos dos cristais de oxalato de cálcio nas células e tecidos do organismo do animal. Quando um animal ingere partes dessas plantas que contêm oxalato de cálcio, como folhas ou caules, os cristais podem ser liberados e entrar em contato com as mucosas do trato gastrointestinal.
Os principais eventos fisiopatológicos incluem:
Irritação das mucosas: Os cristais de oxalato de cálcio têm uma forma pontiaguda, o que lhes permite perfurar as células e tecidos que revestem o trato gastrointestinal. Essa irritação pode levar a danos na mucosa, causando inflamação e dor.
Estímulo à salivação: A irritação das mucosas pode estimular a produção de saliva em excesso, resultando em uma condição conhecida como sialorreia, que é o aumento da salivação. 
Dificuldade para engolir: A presença dos cristais na boca e garganta pode causar dor ao engolir, levando a dificuldades alimentares.
Desidratação: Vômitos e diarreia são sintomas comuns de intoxicação por oxalato de cálcio. Essas perdas líquidas podem levar à desidratação, especialmente se o animal não estiver bebendo água adequadamente.
Problemas renais: Em casos mais graves de intoxicação ou com ingestão de grandes quantidades de plantas contendo oxalato de cálcio, os cristais podem ser absorvidos na corrente sanguínea e afetar os rins. Isso pode levar a uma condição conhecida como nefropatia por oxalato de cálcio, causando danos aos túbulos renais e diminuindo a função renal.
Manifestações neurológicas: Em alguns casos raros, a intoxicação grave por oxalato de cálcio pode levar a distúrbios neurológicos, como convulsões, devido aos efeitos tóxicos nos rins e aos desequilíbrios metabólicos resultantes.
É importante ressaltar que a gravidade dos sintomas e a resposta individual à intoxicação podem variar de animal para animal, dependendo da quantidade ingerida e da espécie envolvida. Se houver suspeita de intoxicação por oxalato de cálcio, é essencial procurar atendimento veterinário imediatamente para avaliação, diagnóstico e tratamento adequados.
Sintomas da intoxicação:
Os sintomas da intoxicação por oxalato de cálcio em animais podem variar dependendo da espécie, quantidade ingerida e sensibilidade individual. Alguns dos sintomas comuns incluem salivação excessiva, dificuldade para engolir, vômitos, diarreia, desidratação, dor abdominal, tremores musculares e, em casos graves, convulsões e problemas renais.
Tratamento:
O tratamento para intoxicação por plantas que contêm oxalato de cálcio em animais é baseado nos sintomas apresentados e na gravidade da intoxicação. O objetivo é aliviar os sintomas e fornecer cuidados de suporte para promover a recuperação do animal. Algumas das medidas comuns de tratamento incluem:
Indução de vômito: Se a ingestão das plantas oxalídicas ocorreu há pouco tempo, o veterinário pode tentar induzir o vômito para remover o conteúdo do estômago antes que os cristais de oxalato de cálcio sejam completamente absorvidos.
Lavagem gástrica: Em casos graves de intoxicação, quando o vômito não é possível ou não é eficaz, pode ser realizada uma lavagem gástrica para limpar o estômago e remover as plantas ingeridas.
Administração de carvão ativado: O carvão ativado pode ser administrado para reduzir a absorção de oxalato de cálcio no intestino, ajudando a limitar os danos causados pelos cristais.
Fluidoterapia intravenosa: A administração de fluidos intravenosos é essencial para reidratar o animal e manter o equilíbrio eletrolítico, especialmente em casos de vômitos e diarreia que podem levar à desidratação.
Controle dos sintomas: Medicamentos podem ser prescritos para controlar os sintomas, como antieméticos para aliviar náuseas e vômitos, ou analgésicos para aliviar a dor. 
Dieta específica: O veterinário pode recomendar uma dieta específica que ajude a reduzir a irritação gastrointestinal e favoreça a recuperação.
Monitoramento: O animal deve ser cuidadosamente monitorado durante o tratamento para avaliar a resposta ao tratamento e identificar possíveis complicações.
Em casos graves de intoxicação por oxalato de cálcio com danos renais significativos, pode ser necessário tratamento específico para a nefropatia por oxalato de cálcio.
Prevenção:
A melhor forma de prevenir a intoxicação por oxalato de cálcio em animais é evitar que eles tenham acesso a plantas oxalídicas conhecidas. Conscientização dos proprietários de animais sobre as plantas tóxicas em seu ambiente é essencial para garantir a segurança dos animais.
A intoxicação por oxalato de cálcio em animais é um problema sério e potencialmente fatal. A identificação precoce dos sintomas e a busca por atendimento veterinário imediato são fundamentais para aumentar as chances de recuperação. A prevenção é a chave para evitar esses casos, garantindo que animais não tenham acesso a plantas oxalídicas conhecidas em seu ambiente.

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