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Relatório de Prospecção Mineral - Vitória Azevedo

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1 
 
 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
FACULDADE DE GEOLOGIA – FGEL 
PROFESSORES: MARCELO SALOMÃO E ENRICO CAMPOS 
PEDROSO 
DISCIPLINA: PROSPECÇÃO MINERAL 
 
 
 
 
VITÓRIA DE AZEVEDO SILVA 
 
 
 
 
SAFIRA NA SERRA DA MANTIQUEIRA, SUL DOS ESTADOS DO RIO DE 
JANEIRO E DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
 
2023 
2 
 
 
SAFIRA NA SERRA DA MANTIQUEIRA, SUL DOS ESTADOS DO RIO DE 
JANEIRO E DE MINAS GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
 
2023 
Trabalho técnico apresentado como requisito parcial para 
obtenção de aprovação na disciplina de Prospecção 
Mineral no Curso de Geologia, na Universidade do 
Estado do Rio de Janeiro. 
 Professores: Marcelo Salomão e Enrico Campos Pedroso 
 
3 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................5 
2. OBJETIVOS ........................................................................................................................5 
3. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO ..............................................................................6 
4. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA ÁREA ....................................................................... 10 
4.4. Geomorfologia ................................................................................................................ 10 
4.5. Rede de drenagem ........................................................................................................... 11 
4.6. Cobertura vegetal ............................................................................................................ 12 
4.7.Clima ................................................................................................................................ 14 
4.8. Solos ................................................................................................................................ 16 
5. CONTEXTO GEOLÓGICO-GEOTECTÔNICO ............................................................... 19 
5.1. Deformação no Terreno Ocidental .................................................................................. 24 
5.2. Geologia Estrutural ......................................................................................................... 25 
5.3. Metamorfismo ................................................................................................................. 25 
6. GEOLOGIA ECONÔMICA .............................................................................................. 27 
7. TRABALHOS REALIZADOS / METODOLOGIA ADOTADA PARA O 
LEVANTAMENTO ............................................................................................................... 31 
8. GEOLOGIA DA ÁREA / LOCAL..................................................................................... 35 
8.1. AC-02 .............................................................................................................................. 35 
8.2. BC-01 .............................................................................................................................. 36 
8.3. BC-02 .............................................................................................................................. 37 
8.4. BC-03 .............................................................................................................................. 38 
8.5. BC-04 .............................................................................................................................. 38 
8.6. BC-05 .............................................................................................................................. 38 
9. RESULTADOS OBTIDOS ................................................................................................ 40 
10. DISCUSSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................. 42 
11. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA A CONTINUIDADE DOS 
TRABALHOS ........................................................................................................................ 43 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 44 
13. ANEXOS ......................................................................................................................... 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Lista de figuras 
Figura 1: Mapa de Localização Geográfica de Bocaina de Minas e Resende..............6 
Figura 2: Mapa de localização evidenciando a rota (em azul) entre as cidades do Rio 
de Janeiro, Resende e Bocaina de Minas.......................................................................7 
Figura 3: Gráfico de precipitação e temperatura média ao longo do ano em Bocaina de 
Minas.............................................................................................................................15 
Figura 4: Gráfico de precipitação e temperatura média ao longo do ano em 
Resende.........................................................................................................................16 
Figura 5: Domínios tectono-magmáticos do Estado do Rio de Janeiro.......................20 
Figura 6: Ocorrência de coríndon no Brasil.................................................................28 
Figura 7: Mapa de Ocorrência de Coríndon em Bocaina de Minas e Resende............29 
Figura 8: Mapa de pontos (vermelho) e a rodovia (amarelo) principal para os acesos 
dos pontos visitados durante a campanha de prospecção..............................................32 
Figura 9: Metodologia para coríndon (safira)..............................................................33 
Figura 10: Afluente do Rio da Pedra Preta, local do ponto AC-02..............................36 
Figura 11: Ribeirão da Piedade, local do ponto BC-01...............................................37 
Figura 12: Córrego da Tijuca, local do ponto BC-02..................................................37 
Figura 13: Córrego da Tijuca, local do ponto BC-04..................................................38 
Figura 14: Córrego da Tijuca, local do ponto BC-05..................................................39 
Figura 15: Coríndon achado no pós campo, do ponto AC-02, contendo 2 mm..........40 
Figura 16: Coríndon achado no pós campo, do ponto AC-02, contendo 2 mm..........40 
Figura 17: Caderneta de Campo..................................................................................54 
Figura 18: Caderneta de Campo..................................................................................55 
Figura 19: Caderneta de Campo. ................................................................................56 
Figura 20: Caderneta de Campo..................................................................................57 
Figura 21: Caderneta de Campo. ................................................................................58 
Figura 22: Caderneta de Campo..................................................................................59 
Figura 23: Caderneta de Campo..................................................................................60 
 
Lista de tabelas 
Tabela 1: Tabela com os pontos que foram visitados, coordenadas, drenagem, 
localidade e tipos de amostras coletadas......................................................................35 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho visa realizar os processos de prospecção mineral referente à 
exploração de safiras no Município de Bocaina de Minas, no Estado de Minas Gerais e 
em Resende, no Estado do Rio de Janeiro. A região do trabalho está associada ao 
Orógeno Ribeira, que faz parte da Província Mantiqueira situado na folha Santa Rita de 
Jacutinga(SF23-Z-A-II). 
A principal motivação do trabalho está baseada em procurar descrever mais 
detalhadamente o contexto geológico local e verificar a ocorrência de safira nas rochas 
presentes da região. A partir dos dados coletados, será feita a caracterização 
mineralógica da paragênese das rochas portadoras de coríndon e será realizado a 
verificação do possível caráter da mineralização. 
O trabalho técnico apresentado tem requisito parcial para obtenção de 
aprovação da disciplina de Prospecção Mineral, da Faculdade de Geologia da 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ministrada pelos professores Marcelo 
Salomão e Enrico Campos Pedroso. 
2. OBJETIVOS 
O trabalho tem como objetivo identificar ocorrências (grãos) de coríndon 
(safira) maiores do que os já encontrados (> 5mm), sobre perspectiva de achar uma 
Província Gemológica e também para identificar a rocha-fonte para coríndon da região 
que é um metassedimento rico em alumínio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 
A área da pesquisa será realizada na região sudeste, nos municípios de Bocaina 
de Minas, no estado de Minas Gerais e em Resende, no estado do Rio de Janeiro (figura 
1). 
 
Bocaina de Minas é um dos 853 municípios de Minas Gerais, na região sul do 
estado, na microrregião de Andrelândia. Faz divisa com o estado do Rio de Janeiro 
(Resende e Itatiaia) e com os municípios de Aiuruoca, Alagoa, Carvalhos, Liberdade, 
Itamonte e Passa Vinte. O município se localiza entre as coordenadas geográficas 22° 
10’ 04” S e 44° 23’ 42” O (Wikipedia, 2023). 
 
A área da região é de 503,79 km², possui uma altitude de 1.172 metros. 
Segundo o senso de 2021, a população estimada é de 5.088 habitantes, onde 47,86% 
estão localizados em área urbana e 52,14% na área rural e sua a densidade populacional 
é de 10,10 hab/km² (Wikipedia, 2023). 
 
Figura 1: Mapa de Localização Geográfica de Bocaina de Minas e Resende. Fonte: Vitória 
Azevedo. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Microrregi%C3%A3o_de_Andrel%C3%A2ndia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alagoa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carvalhos_(Minas_Gerais)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_(Minas_Gerais)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Itamonte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Passa_Vinte
7 
 
A cidade de Bocaina de Minas possui como principais vias de acesso (figura 
2), às rodovias RJ-116, RJ-151, RJ-161, LMG-814, MG-457 e MG-267 (Google Maps, 
2023). 
 
 
Para chegar em Bocaina de Minas, deve pegar a BR-116 entre à direita para o 
acesso à RJ-161 até a divisa RJ/MG. Vire à direita, atravessando o Rio Preto e percorra 
14 km até a cidade de Bocaina de Minas (Google Maps, 2023). 
 
Do Rio de Janeiro até Bocaina de Minas tem um trajeto pavimentado de 179 
km até Vargem Grande/RJ, e o trajeto não pavimentado é de 29 km, totalizando 208 km 
percorridos. A distância de Belo Horizonte até Bocaina de Minas é de aproximadamente 
482 km (Google Maps, 2023). 
 
Nas proximidades de Bocaina de Minas, há ocorrência de trilhas, como: Trilha 
Mitra do Bispo Base; Sítio Pau Brasil - Rio Preto; Rota Cachoeira Poção - Cachoeira do 
Escorrega; Estrada do Alcantilado; Morro da Conquista; Trilha da Vista Chinesa e; 
Maringá - Maromba - Vale das Cruzes (TripAdvisor, 2023). 
Figura 2: Mapa de localização evidenciando a rota (em azul) entre as cidades do Rio de 
Janeiro, Resende e Bocaina de Minas. Fonte: Vitória de Azevedo. 
 
8 
 
As principais cachoeiras são a cachoeira da Estiva; dos Franceses; Paiol; Rio 
Grande; Santa Clara; 5 Estrelas; Escorrega; Santuário; Alcantilado; Poção e; Prata 
(TripAdvisor, 2023). 
A área de estudo também inclui também o município de Resende, (figura 1) 
que é um dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, está localizado no sudoeste do 
estado, as margens do Rio Paraíba do Sul, é atravessado pela Rodovia Presidente Dutra. 
Faz divisa a norte com Itatiaia e Minas Gerais, a leste com os municípios de Quatis, 
Porto Real e Barra Mansa, a sul e a oeste pelo estado de São Paulo. É subdividido nos 
distritos, Agulhas Negras, Visconde de Mauá, Pedra Selada, Fumaça e Engenheiro 
Passos. O município se localiza entre as coordenadas geográficas 22° 28' 08" S e 44° 
26' 49" O (Wikipedia, 2023). 
 
A área de Resende é de 1.099,336 km², possui 407 metros de altitude. Segundo 
o senso de 2021, a população estimada é de 133. 244 habitantes e sua a densidade 
populacional é de 121,2 hab/km² (Wikipedia, 2023). 
 
O município está localizado a cerca de 187 km da cidade do Rio de Janeiro, 
tendo como principais vias de acesso a RJ-116, RJ-151, RJ-161, RJ-163, BR-354 e BR-
485 (figura 2). Está localizada a cerca de 48,1 km de Bocaina de Minas, que pode ser 
acessada facilmente pela RJ-161 e LMG-814. A distância de Belo Horizonte até 
Resende é de aproximadamente 442 km (Google Maps, 2023). 
 
Para chegar em Resende (figura 2), deve pegar Elevado Professor Engenheiro 
Rufino de Almeida Pizarro em São Cristóvão via Avenida Rei Pelé e Avenida Pres. 
Castelo Branco, siga até Via Expressa Presidente João Goulart/Linha 
Vermelha, Rodovia Presidente Dutra e BR-116 até Rua Luís de Camões em Resende. 
Pegue a saída para Aman via BR-116. Siga para a Avenida Duque de Caxias, continue 
pela Avenida Saturnino Braga e Rodovia Joaquim Mariano de Souza até Avenida 
Brasília em Vila Julieta, chegando assim em Resende (Google Maps, 2023). 
 
Nas proximidades de Resende há trilhas, sendo as principais: Morro do 
Massena - Ovos de Galinha - Asa de Hermes; Estrada Serrinha-Pedra Selada - Rio 
Pirapetinga; Travessia da Serra Negra e Rota de Resende (TripAdvisor, 2023). 
http://tools.wmflabs.org/geohack/geohack.php?pagename=Bocaina_de_Minas&params=22_10_04_S_44_23_42_W_type:city_region:BR
http://tools.wmflabs.org/geohack/geohack.php?pagename=Bocaina_de_Minas&params=22_10_04_S_44_23_42_W_type:city_region:BR
9 
 
As principais cachoeiras são: Alcantilado; Saudade; da Fumaça, das Flores; 
Toca da Raposa; Araçá; Poço Marimbondo e; Poço das Esmeraldas (TripAdvisor, 
2023). 
Os municípios Bocaina de Minas e Resende, fazem parte do Parque Nacional 
do Itatiaia (PNI) na região conhecida como Maciço do Itatiaia, que é uma Unidade de 
Conservação Federal, sendo o primeiro parque nacional a ser criado no Brasil, 
localizado na Serra da Mantiqueira, que faz parte de um conjunto montanhoso e se 
estende em posição longitudinal a Serra do Mar. Em Resende, ocorre também os 
parques Municipal da Cachoeira da Fumaça e Municipal da Serrinha do Alambari 
(Silva, L. C. V., et al., 2009). 
O Parque Nacional do Itatiaia abrange 26 municípios de três estados (SP, RJ e 
MG). Às áreas dos municípios que fazem parte do PNI são: Alagoa ocupando 6,6%, 
Bocaina de Minas com 20,6%, Itamonte com 17,7 %, os três em Minas Gerais. No Rio 
de Janeiro, Itatiaia ocupa 9,3% e Resende 45,8%. Sua área de atuação estende-se por 
uma faixa de 10 km de largura além de seus limites, totalizando 120.000 hectares 
(Silva, L. C. V., et al., 2009). 
Apresenta um relevo marcado por montanhas e elevações rochosas, com 
altitude que varia de 600 a 2787 m de altitude (Hasui et al., 1982), no seu ponto mais 
alto que é o Pico das Agulhas Negras. Cerca de 60% da área do PNI é constituída por 
rochas do Maciço Alcalino de Itatiaia, já nos 40% restantes às rochas aflorantes são do 
Pré-Cambriano e depósitos recentes (ICMBIO, 2023). 
 
Baseado no índice de turismo, a melhor época do ano para visitar Resende e 
Bocaina de Minas, para realizar atividades de clima quente ou para procurar safira é do 
fim de abril a setembro (Pt Weather Spark, 2023). 
 
 
 
 
 
10 
 
4. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS DA ÁREA 
4.4. Geomorfologia 
A região do trabalho está inserida no Planalto da Escarpa da Serra da 
Mantiqueira e Planalto do Alto Rio Grande (Santos, 1999). Mas também a 
geomorfologia pode ser do tipo Escarpa da Serra da Mantiqueira e a Depressão 
Interplanáltica do Médio Vale do rio Paraíba do Sul (Ab' Sáber, 2003).A área da folha Santa Rita de Jacutinga está posicionada nos domínios da 
vertente sul e da porção centro-oeste do planalto da Serra da Mantiqueira. O 
domínio de morros e colinas rebaixadas representam a porção mais dissecada do 
reverso do Planalto da Mantiqueira e possui às menores altitudes, entre 400 a 800 m, 
onde às cotas mais baixas da região estão a jusante do Rio Preto, entre 400-500 m 
de altitude (Heilbron et al., 2007). 
 
É formado por morros e escarpas serranas, além de porções de baixa amplitude 
altimétrica, caracterizadas por relevo de colinas, planaltos cristalinos e pelas áreas 
serranas, no qual o Planalto do Alto Rio Grande termina bruscamente a sul e sudeste. Às 
elevações médias variam, chegando a cotas superiores de 2.500 m, alcançando sua 
maior altitude no Pico das Agulhas Negras, no Maciço do Alcalino de Itatiaia (Saadi, 
1991). Na parte ocidental o relevo possui altitudes que diminuem em direção SW e na 
parte oriental possui escarpas lineares e abruptas, com segmentos retilíneos a festonados 
pela dissecação (Heilbron et al., 2007). 
 
As encostas deste domínio têm uma forte declividade, são compostas por 
paredões rochosos, sendo comum a presença de cicatrizes de escorregamento. A 
vertente é drenada por canais que convergem para o Rio Preto e recebem inúmeras 
denominações locais (Heilbron et al., 2007). 
 
O relevo é marcado pela alternância de alinhamentos serranos e vales 
encaixados de direção NE, condicionado pelas estruturas da Faixa Ribeira e pelas 
unidades litológicas que são mais resistentes ao intemperismo e erosão do Complexo 
Juiz de Fora, da Megassequência Andrelândia e rochas granitóides (Heilbron et al., 
2007). 
11 
 
 
Também ocorre o Planalto do Sul de Minas Gerais ou Planalto do Alto Rio 
Grande, que consiste num planalto cristalino que forma o Planalto Atlântico, de 
estrutura complexa, dissecado, com morros, serras lineares e elevações de topo plano 
altitude de 2100 m, em seus limites meridionais, as altitudes diminuem en direção ao 
norte. O planalto é formado por migmatitos, granulitos e granitos, intrusão alcalina 
do Neocretáceo e rochas pré cambrianas fenitizadas, que envolvem basicamente 
tudo a sudeste (IPT, 1981). Devido às suas peculiaridades, o Maciço do Itatiaia é uma 
das subzonas que foram distinguidas no Planalto do Alto Rio Grande. O maciço possui 
um relevo acidentado e alto, no seu pico culminante das Agulhas Negras (Hasui et al., 
1982). 
4.5. Rede de drenagem 
As principais redes de drenagem da área de estudo são Rio Preto, Rio Grande e 
Córrego Marimbondo. 
A Bacia Hidrográfica do Rio Preto (BHRP), pertence à Bacia Hidrográfica do 
Rio Paraíba do Sul, demarca a fronteira entre os estados de Minas Gerais e Rio de 
Janeiro. A área possui alta ocorrência de relevo acidentado, os solos são de baixa 
fertilidade e intensa atividade agrícola e pecuária, que intensificam a ocorrência de 
processos erosivos e de degradação. A região do Rio Preto é pouco sujeita a enchentes 
(Olszevski, Nelci et al., 2011). 
A foz do Rio Preto é encontrada em uma cota de 340 m, e a nascente possui de 
2.787 m de altitude. O padrão de drenagem é do tipo detrítico, com forte controle 
estrutural no sentido NE-SW, devido estarem presentes falhas geológicas, como a que 
controla o encaixe do Rio Paraíba do Sul. Esse padrão ocorre em altitudes elevadas, nas 
quais as rochas de origem são de resistência uniforme à erosão (Soares, 2000). 
O Rio Grande apresenta-se alinhado na região de Bocaina de Minas. A 
principal bacia que drena este segmento do Planalto da Mantiqueira é representada 
pelo Rio Grande e seus canais tributários, inclui a bacia do Rio Paraíba do Sul, 
localmente representada pelas cabeceiras do Rio Preto. Este divisor hidrográfico está 
em uma das porções mais elevadas da Serra da Mantiqueira e coincide com o flanco 
NNW do Rift Continental do Sudeste do Brasil onde encontra-se às nascentes do rio 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_(Minas_Gerais)
12 
 
Grande, um dos formadores da bacia do rio Paraná (Região Hidrográfica Paraná) 
(Olszevski, Nelci et al., 2011). 
O Córrego Marimbondo é um curso d'água que tem sua nascente na Serra da 
Mantiqueira, possivelmente em uma das encostas ou vales dessa região montanhosa. 
Como muitos cursos d'água da região, ele pode ser alimentado por águas pluviais, 
nascentes subterrâneas, que abrange partes dos estados de São Paulo, Minas Gerais e 
Rio de Janeiro, no Brasil. A Serra da Mantiqueira é uma importante cadeia montanhosa 
conhecida por sua rica biodiversidade e pela presença de nascentes de rios e córregos. 
 
Ao longo de seu percurso, o Córrego Marimbondo pode atravessar áreas 
naturais preservadas, como matas e florestas, além de áreas urbanas e rurais. É comum 
que córregos como esse desempenhem um papel importante no abastecimento de água 
para comunidades locais, além de servirem como habitat para diversas espécies de fauna 
e flora (Barreto, Cristiane Gomes et al., 2013). 
4.6. Cobertura vegetal 
Segundo levantamentos do Instituto Estadual de Florestas (IEF/MG) e 
Universidade Federal de Lavras (UFLA), o estado de Minas Gerais possui 13,72% de 
seu território com vegetação típica do Cerrado, 0,40% de Mata Atlântica, 2,84% de 
Floresta Decidual, 9,29% de Caatinga, 1,05% de Campos Rupestres, 6,41% de campos 
de pastagens e 2,07% de reflorestamentos. 
Tendo um maior destaque para a “Floresta Ombrófila Densa Alto-montana” é 
marcada por uma vegetação arbórea, cuja de cobertura é maior que 90%. Ocorrem 
em altitudes entre 1.500 m e 2.200 m (Santos, 2000). Esta categoria é amplamente 
predominante na escarpa voltada para o vale do Paraíba do Sul, favorecida pela umidade 
mais elevada. 
São espécies comuns, o Pequi (Caryocar brasiliense), o Araticum (Anonna 
crassifolia), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens), o Pau Terra (Qualea 
grandiflora), o Buriti (Mauritia flexuosa) e a Cagaita (Eugenia dysenterica) (IEF-MG, 
2023). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_(Minas_Gerais)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sub-bacia_do_rio_Paran%C3%A1
13 
 
A Mantiqueira é uma importante região com Mata Atlântica remanescente, que 
por sua vez foi muito depredada em função da expansão urbana e das práticas agrícolas. 
As regiões mais elevadas da Serra apresentam as porções florestais mais preservadas, 
principalmente nas escarpas e em vales fluviais mais isolados. A APA da Mantiqueira é 
uma importante unidade de conservação da região, tem seus limites próximos ao 
município de Bocaina de Minas (De Gusmão Câmara, 1996). 
 
Nas áreas mais degradas, a Mata Atlântica foi substituída por extensos campos 
de gramíneas, utilizados principalmente para pastagens de gado leiteiro ou de corte, e 
também para algumas culturas agrícolas. Em locais com pastagens desocupadas, os 
campos de gramíneas são colonizados por vegetação arbustiva e arbórea de pequeno 
porte, formando capoeiras com aspecto semelhante à vegetação típica do Cerrado. Estas 
capoeiras podem evoluir para matas secundárias. Além das coberturas supracitadas, 
culturas de reflorestamento comercial vêm sendo amplamente difundidas com o 
predomínio de espécies de eucaliptos e pinus (De Gusmão Câmara, 1996). 
 
Já para Resende, sua melhor definição é de uma região denominada de Floresta 
Estacional Semidecidual, especificamente na formação Floresta Submontana. O 
conceito ecológico da Região da Floresta Estacional está relacionado ao clima de duas 
estações: uma chuvosa e outra seca, que condicionam uma sazonalidade foliar dos 
elementos arbóreos dominantes, os quais tem adaptação fisiológica à deficiência hídrica 
ou a baixa temperatura, durante certo tempo. (Dias, J. R., 2007). 
 
A Floresta Submontana está situada nas encostas dos planaltos e/ou serras. O 
dissecamento do relevo montanhoso e dos planaltos com solos medianamenteprofundos 
é ocupado por uma formação florestal que apresenta fanerófitos com altura 
aproximadamente uniforme. A submata é integrada por plântulas de regeneração 
natural, poucos nanofanerófitos e caméfitos, além da presença de palmeiras de 
pequeno porte e lianas herbáceas em maior quantidade. Suas principais características 
são os fanerófitos de alto porte, ultrapassando os 50 m na Amazônia e raramente os 
30 m nas outras partes do país (Dias, J. R., 2007). 
 
Apresenta como espécies dominantes as canelas (Ocotea sp. e Nectandra sp.), 
araribá (Centrolobium sp.), braúna (Melanoxylon sp.), sabiúna (Dalbergia sp.), cedro 
14 
 
(Cedrela sp.), ipê (Tecoma sp.) e a peroba-de-campo (Paratecma sp). O seu 
ambiente é constituído por áreas dissecadas, de relevo montanhoso e colinoso. Os 
agrupamentos remanescentes desse tipo de vegetação são marcados por possuir 
estrutura fanerofítica, com ocorrência de caméfitas, epífitas (como as bromélias), e 
lianas e a presença de um estrato de até 25 – 30 metros de altura com murici (Vochysia 
tucanorum), baguaçu (Talauma organensis), faveira (Parkia sp.), jacatirão (Miconia 
theaezans), acende-candeia (plathymenia foliolosa), tanheiro (Alchornea triplinervia), 
sangue-de-dragão (Croton sp.), há ocorrência de palmito (Euterpe edulis) e xaxim 
(Dicksonia sellowiana) (Dias, J. R., 2007). 
4.7.Clima 
O município de Bocaina de Minas apresenta um clima quente e temperado, 
com verão ameno. Está localizado no Hemisfério Sul. Há uma pluviosidade distribuída 
de forma uniforme ao longo do ano em Bocaina de Minas, onde até no mês mais seco 
possui bastante pluviosidade. Sua classificação do clima é do tipo Cfb, de acordo 
Köppen e Geiger, correspondendo a um clima oceânico temperado (Pt Weather Spark, 
2023). 
 
A cidade é cercada pelas montanhas da Mantiqueira, possuindo um excelente 
clima em boa parte do ano, onde a média é de 20ºC. No inverno as temperaturas caem 
drasticamente chegando a ter formação de geada nas noites mais frias, a temperatura 
média, mais baixa de todo o ano do mês é de Julho com 14.5 °C. No verão, o mês mais 
quente do ano, tem uma temperatura de 20.5 °C (figura 3) (Pt Weather Spark, 2023). 
 
O mês mais seco é Junho com 55 mm de precipitação, já em Janeiro a 
precipitação tem uma média de 463 mm (figura 3). A pluviosidade média anual da 
região é de 2077 mm, sendo o local mais chuvoso de Minas Gerias (Guimaraes, 2010). 
O Verão engloba os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março. 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A classificação do clima em Resende é Cfa de acordo com a Köppen e Geiger, 
de clima subtropical, com verão quente. 
 
A estação quente vai de Dezembro a Março, com temperatura máxima média 
acima de 30 °C. O mês mais quente do ano em Resende é Fevereiro, com a máxima 
de 31 °C e mínima de 21 °C, em média (figura 4). A estação fresca é de Maio a Agosto, 
com temperatura máxima em média abaixo de 27 °C. O mês mais frio do ano em 
Resende é Julho, com a máxima de 14 °C e mínima de 26 °C, em média (Pt Weather 
Spark, 2023). 
 
Chove ao longo do ano inteiro em Resende. O mês mais chuvoso é Janeiro, 
com média de 402 milímetros de precipitação de chuva e o mês menos chuvoso 
é Junho, com média de 49 milímetros de precipitação de chuva (figura 4). A 
pluviosidade média anual é de 2430 mm (Pt Weather Spark, 2023). 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Gráfico de precipitação e temperatura média ao longo do ano em Bocaina de Minas. Fonte: 
https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/minas-gerais/bocaina-de-minas-25033/#climate-graph. 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.8. Solos 
Na região de Bocaina de Minas, ocorre os solos do tipo Cambissolo e 
Latossolo (vermelho-amarelo álico e amarelo). É também recorrente ao Estado de 
Minas Gerais, principalmente nas Regiões do Alto Paranaíba e Alto São Francisco, 
ocupam uma extensão de 10.464.438 ha e aproximadamente 17,84% da superfície do 
Estado. O solo do tipo Latossolo também está presente na localidade de Resende (Do 
Amaral, F. C. S. et al., 2004). 
 
Solos de Cambissolos 
O Cambissolo é uma classe compreende solos minerais, não hidromórficos, 
com horizonte B incipiente subjacente a horizonte A de qualquer tipo (Camargo et al., 
1987). Esses solos são jovens, relacionados ao material de origem, pouco evoluídos, 
mal drenados, apresentam fase cascalhenta, pedregosa e/ou rochosa. São em ordem 
decrescente álicos, distróficos e eutróficos. São de pouca profundidade ou rasos e baixa 
fertilidade natural (exceto os eutróficos) (Santos et al., 2018). 
 
Apresentam sequência de horizontes do tipo A (horizonte dominante), Bi e C, 
com uma pequena diferenciação entre eles e textura argilosa. Devido ter um 
Figura 4: Gráfico de precipitação e temperatura média ao longo do ano em Resende. Fonte: 
https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/rio-de-janeiro/resende-4050/ 
 
 
17 
 
desenvolvimento incipiente, as características desse tipo de solo é em geralmente 
influenciadas pelo material de origem. As fases de relevo são predominantemente 
onduladas e forte ondulado, sendo dominante em regiões serranas (Do Amaral, F. C. S. 
et al., 2004). 
 
Solos de Latossolos 
Compreende solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B latossólico 
abaixo de qualquer um dos tipos de horizonte A. São avançados no quesito de 
intemperização e muito evoluídos. São muito profundos, com espessura maior que 2 m, 
de elevada permeabilidade e bem drenados. A sequência de horizontes do tipo A, Bw e 
C, possuem pouca argila em profundidade. Sua subdivisão é em função das 
caraterísticas como cor e teor de ferro, na região de Resende aparecem os tipos: 
latossolo vermelho-amarelo e latossolo amarelo (Carvalho Filho, A. de et al., 2000). 
 
O solo do tipo latossolo vermelho-amarelo, apresenta um horizonte Bw, sem 
atração magnética, associadas a teores de Fe2O3 entre 70 e 110g/kg (Camargo et al., 
1987; Embrapa, 1988). São solos de temperaturas amenas e chuvosas das regiões 
serranas. A presença de horizonte superficial bem desenvolvido e rico em matéria 
orgânica, do tipo A proeminente ou mesmo húmico, é típico dessas áreas. O relevo que 
ocorre é geralmente movimentado, está associado à baixa fertilidade, onde a pastagem é 
dominante nesse tipo de solo. 
 
O solo do tipo latossolo amarelo possui horizonte B de cores brunadas e 
amareladas, associadas a teores de Fe2O3 menores que 70g/kg, (Camargo et al.,1987; 
Embrapa, 1988). Apresenta alguma coesão no topo do horizonte B. São comuns de 
ocorrerem relacionados aos sedimentos terciários da Bacia de Resende, que circundam o 
rio Paraíba do Sul. 
 
Em Resende ocorre os seguintes tipos de solo: Cambissolo, Latossolo, 
Podzólicos (vermelho-amarelo álico) e solo aluvial. 
 
Solos Podzólicos 
Os solos Podzólicos são solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B 
textural com uma coloração variando de vermelha a amarela e com teor de Fe2O3 
18 
 
inferior a 150g/kg. São profundos e bem drenados, com sequência de horizontes A, Bt e 
C ou A, E, Bt e C. O horizonte A pode ser de qualquer tipo, menos chernozêmico (caso 
o horizonte Bt alta atividade de argila de atividade alta) e húmico (caso o solo seja 
álico) (Carvalho Filho, A. de et al., 2000). 
 
Sua subdivisão é em função de diferenças de cor e teor de ferro, aparece na 
região de Resende o tipo: podzólico vermelho-amarelo, contendo uma coloração mais 
amarelada do horizonte Bt. Os teores de Fe2O3, são menores que 110g/kg. Predomina 
em relevo suave ondulado a montanhoso. Seu perfil é espesso, caulinítico, bem drenado, 
com uma textura média argilosa (Carvalho Filho, A. de et al., 2000). 
 
Solos Aluviais 
Os Solos Aluviais são solos minerais pouco evoluídos, desenvolvidos a partir 
de depósitos aluviais recentes, referentes ao Quaternário. Possuem estratificação de 
camadas, sem relaçãogenética entre si. Contém uma sequência de horizontes do tipo A 
e C, podendo ter evidências de gleização em subsuperfície. Em algumas áreas 
apresentam um caráter solódico e mais raramente sódico ou salino. Podem ser 
associados a Gleissolos (Carvalho Filho, A. de et al., 2000). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5. CONTEXTO GEOLÓGICO-GEOTECTÔNICO 
Às localidades do presente trabalho, como Bocaina de Minas e Resende fazem 
parte do Orógeno/Faixa Ribeira, que integra o sistema de orógenos Neoproterozoico-
cambrianos da Província Mantiqueira. É um sistema orogênico formado pela 
convergência dos crátons São Francisco (CSF), Congo, Angola, entre outros terrenos 
acrescionários (Heilbron, 2000, 2008), durante o Ciclo Brasiliano Pan-Africano, 
levando a formação do supercontinente Gondwana Ocidental. 
 
A área teve um empilhamento estrutural de terrenos tectonoestratigráficos 
amalgamados durante 580-520 M.a. Os terrenos são separados por empurrões ou por 
zonas de cisalhamento oblíquas (Heilbron et al., 2004). O orógeno possui trend 
estrutural NE-SW. 
 
Às regiões de estudo fazem parte do Terreno Ocidental do Orógeno Ribeira, 
sendo separado do Terreno Oriental por uma zona de cisalhamento redobrada 
mergulhos subverticais a moderados para NW na porção centro-sul do estado e com 
mergulhos para SE na porção noroeste que é denominada de Limite Tectônico Central-
LCT (Tupinambá et al., 2007). O Terreno Ocidental corresponderia à paleoplaca 
inferior (Placa Sanfranciscana). 
 
O Terreno Ocidental compreende o embasamento Arqueano a 
Paleoproterozoico e unidades representantes da margem passiva Neoproterozoica do 
Cratón São Francisco, todas retrabalhadas. É dividido em dois domínios estruturais: o 
primeiro é o Domínio Inferior, contendo uma associação do embasamento (Complexo 
Mantiqueira) e pela associação Neoproterozoica metassedimentar do Grupo 
Andrelândia (figura 5); e o segundo é o Domínio Superior, constituído pela associação 
do embasamento Paleoproterozoico (Complexo Juiz de Fora) que é intercalado de 
forma tectônica com os metassedimentos Neoproterozoicos do Grupo Raposo 
(CPRM, 2016). 
20 
 
 
 
Complexo Mantiqueira 
O Complexo Mantiqueira constitui a associação do embasamento pré-1,8 Ga 
no Domínio Inferior do Terreno Ocidental. Está inserido no contexto do Domínio 
Andrelândia. É formado por ortognaisses bandados Paleoproterozoicos (Campos Neto 
et al., 2007, 2010 e 2011), o litotipo predominante é um biotita-hornblenda gnaisse 
bandado, migmatítico, com composição que varia de tonalítica a granítica, além de ter 
outras suítes magmáticas resultantes de diferentes fontes ou taxas de assimilação crustal 
e lentes de metabasitos associadas. Ocorre ortogranulitos enderbíticos 
subordinadamente, como corpos lineares, também há aplitos graníticos cinzentos e 
rosados ocupam o conjunto. 
 
A anatexia in situ levou a formação de estruturas migmatíticas variadas 
(estromática, agmatítica, schöllen, schlieren), formando leucossomas marcados pela 
presença de cristais centimétricos de hornblenda (Heilbron et. al, 2016). A 
geocronologia indica ambientes de arcos magmáticos cordilheiranos. As rochas básicas 
evidenciam assinaturas geoquímicas que vão desde ambientes intraplaca até fundo 
oceânico, sugerindo múltiplos episódios de magmatismo. 
 
 
Figura 5: Domínios tectono-magmáticos do Estado do Rio de Janeiro. Fonte: Silva & 
Cunha, 2001. 
 
21 
 
Megassequência Andrelândia 
A margem passiva Neoproterozoica é composta por uma sucessão 
metassedimentar silicilástica metamorfizada de baixo até alto grau. O grupo está 
associado a grandes cavalgamentos regionais, lascas da placa em colisão são inseridas 
dentro de um domínio autóctone, durante o ciclo brasiliano. Os litotipos são o quartzito 
Andrelândia, biotita- gnaisse bandado e granada-biotita gnaisse. Ocorre também 
metagranitóides indivisos, em que de forma parcial contém hornblenda, com 
intercalações de hornblenda ortognaisses, anfibolitos e escassas rochas metaultramáficas 
(Heilbron, 2002). 
A associação metassedimentar dos Domínios Andrelândia, Juiz de Fora e da 
Klippe de Carvalhos era designado de Grupo ou Ciclo Andrelândia (CDA) (Andreis et 
al., 1989; Ribeiro et al., 1990) e recentemente é denominada como Megassequência 
Deposicional Andrelândia (Paciullo, 1997, 2000). 
 
Complexo Juiz de Fora 
O Complexo Juiz de Fora (CJF) foi redefinido (Heilbron, 1993,1995; 
Duarte,1998) como o conjunto de granulitos ortoderivados que constituem o 
embasamento pré-1,7 G.a dos granulitos paraderivados, de idade Neoproterozoica, 
integrados no Grupo Andrelândia. Estas duas unidades, marcam o domínio estrutural 
Juiz de Fora, que constitui a escama superior do Terreno Ocidental. 
 
No Domínio Superior do Terreno Ocidental, ocorre intercalação tectônica 
entre as rochas do embasamento pré-1,7 G.a (Complexo Juiz de Fora) e as rochas 
metassedimentares de idade Neoproterozoica do Grupo Andrelândia, ambas de fácies 
granulito. os dois conjuntos litológicos possuem forte foliação milonítica e 
retrogressão metamórfica. 
 
Às rochas incluem ortognaisses tipo TTG (tonalitos-trondhjemitos-
granodioritos) intercalado de gnaisses máficos, toleiíticos (gnaisses bimodais) e 
ortognaisses potássicos. O CJF foi subdividido em duas unidades litoestratigráficas 
informais, onde a primeira, é dominante e metamorfizada em fácies granulito, é formada 
por granodioritos/tonalitos a hornblenda-biotita- clino e ortopiroxênio, do tipo TTG, de 
granulação média a grossa, cinzentos a esverdeados, homogêneos, com finas bandas 
22 
 
félsicas alternando com bandas máficas, às vezes com granada, predomínio da 
composição enderbítica. A segunda unidade, ocorre em fácies anfibolito, tendo o 
litotipo de biotita-hornblenda ortognaisse, de composição tonalítica a granodiorítica, 
subordinadamente granítica. São rochas meso a hololeucocráticas, exibem estruturas 
porfiroclásticas. 
 
Grupo Raposo 
Atualmente, o termo Grupo Raposo é utilizado para caracterizar a unidade que 
está inserida no Domínio Juiz de Fora do Terreno Ocidental, que representa a poção 
mais distal e deformada do Grupo Andrelândia. A evidência estrutural das rochas 
desse Grupo é presença de fabric milonítico e a intercalação tectônica dos 
metassedimentos Neoproterozoicos com os ortogranulitos Paleoproterozoicos do 
Complexo Juiz de Fora, que compõem o embasamento. A sua paragênese ocorre nas 
fácies granulito. 
 
O Grupo Raposo está subdividido (Heilbron, M. et al., 2017) em duas unidades 
ou associações litológicas. A primeira unidade é denominada de Unidade Arcádia-
Areal, que está aflorando em uma grande faixa alongada NE-SW que vai desde a região 
de Itaocara, Duas Barras, Areal, Arcádia chegando até Angra dos Reis, junto ao contato 
tectônico das rochas do Terreno Oriental, como os ortognaisses do Complexo (ou Arco 
Magmático) Rio Negro, denominado de Limite Tectônico Central da Faixa Ribeira. 
 
Essa Unidade possui uma sucessão de gnaisses bandados miloníticos, de 
composição psamítica e semi-pelítica, que inclui inúmeras intercalações lenticulares ou 
camadas contínuas centimétricas a métricas de quartzitos, rochas calcissilicáticas, 
gonditos e sillimanita-granada-biotita gnaisse, e ocorre corpos de rochas metabásicas 
(anfibolitos) e metaultramáficas que ocorrem como lentes, de dimensões decamétricas, 
intercaladas nos biotita gnaisses bandados e granada-biotita gnaisse da Unidade 
Arcádia-Areal. O litotipo que predomina é um gnaisse com bandamento 
composicional, de alternância métrica a centimétrica de níveis quartzo-feldspáticos e 
outros ricos em biotita. A mineralogia dominante é marcada por plagioclásio, quartzo, 
microclina pertítica e biotita em proporções variadas, inclui também granada, zircão, 
turmalina, monazitae apatita como acessórios (Heilbron, M. et al., 2017). 
23 
 
 
A segunda unidade é a Unidade Conservatória, que aflora em duas faixas no 
estado do Rio de Janeiro. A primeira faixa, aflora na região entre Valença, Quatis e 
Resende, na região oeste do estado do Rio de Janeiro; e a segunda, é uma extensa faixa 
NE-SW que aflora desde a região de Varre-Sai, Itaperuna e Santo Antônio de Pádua, no 
norte-noroeste fluminense, chegando na região de Três Rios e Miguel Pereira, no médio 
vale do rio Paraíba do Sul, até a região de Angra dos Reis e Parati (Heilbron, M. et al., 
2017). 
 
O Grupo Raposo é caraterizado por uma associação de paragnaisses, sendo 
intercalado por diversos litotipos supracrustais (quartzitos, calcissilicáticas, anfibolitos 
e gonditos) com idade de deposição estimada entre 1,0 e 0.79 Ga, dados obtidos através 
de análises de zircões detríticos (Valeriano et al., 2003; Valladares et al., 2006). Os 
metassedimentos do Grupo Raposo são, em parte correlacionáveis às sequências do 
Grupo Andrelândia. 
 
Grupo Andrelândia 
Às rochas do Grupo Andrelândia afloram de forma restrita no extremo oeste 
do estado do Rio de Janeiro, na região que faz parte da Serra da Mantiqueira de 
Visconde de Mauá, que é um município de Resende, junto à divisa com o estado de 
Minas Gerais. Na região são identificadas duas principais associações litológicas. A 
primeira unidade litológica, é composta por biotita gnaisse bandado, apresentando 
composição variada, contém plagioclásio, biotita e granada. O bandamento 
composicional é centimétrico a métrico. Texturas migmatíticas são comuns, há 
ocorrência de veios ou bandas leucossomáticas, que é bordejado por níveis ricos em 
biotita (melanossomas), de origem anatética. É frequente, que ocorra intercalações de 
quartzitos, sillimanita-granada-biotita gnaisse e de forma local há lentes de rochas 
calcissilicáticas e anfibolitos (Heilbron, M. et al., 2017). 
 
A segunda associação litológica, é caraterizada como sillimanita-granada-
biotita gnaisse com intercalações de xistos bandados, de variações metamórficas para K-
feldspato-cianita gnaisse. É um gnaisse bastante micáceo, não apresenta bandamento 
composicional e sua origem é pelítica. A composição principal é dada por biotita, 
granada, sillimanita, plagioclásio e quartzo. Os minerais acessórios que ocorrem são a 
24 
 
turmalina, zircão e opacos. A anatexia local produziu estruturas migmatíticas 
estromáticas, o melanossoma destes gnaisses é enriquecido nos aluminossilicatos 
resistatos como granada, sillimanita e biotita. Aplitos graníticos grossos que 
localmente possuem porfiroblastos de cordierita azul, cortam o (sillimanita)-granada-
biotita gnaisse. Os gnaisses exibem intercalações centimétricas a decimétricas de lentes 
e boudins de rochas calcissilicáticas, manganesíferas (gonditos) e anfibolitos (Heilbron, 
M. et al., 2017). 
 
As camadas de quartzitos puros ou impuros mais espessos, estão reunidos 
na unidade quartzítica que apresenta níveis de paragnaisses (Heilbron, M. et al., 2017). 
 
5.1. Deformação no Terreno Ocidental 
O Terreno Ocidental ocupa os dois lados da Megassinforma do Paraíba 
do Sul, com mergulhos para NW e SE. A região é de intensa deformação cisalhante, 
como no Dn na forma de zonas de cisalhamento (ou falhas) de empurrão de baixo 
ângulo com fluxo para NW, como em Dn+1 como zonas transpressivas reversas-
destrais. 
 
As foliações são orientadas na direção NE com mergulhos que variam de 
subverticais a sub-horizontais para NW ou SE. As dobras são fechadas a isoclinais, 
tendem à assimetria e vergência para NW ou simétricas nas zonas de charneira Dn. 
 
Este terreno foi denominado Sistema de Empurrões Juiz de Fora (Trouw et al., 
2000) ou Sistema de Zonas de Cisalhamento Paraíba do Sul por (Almeida, 2000). O 
Terreno Ocidental é limitado a SE por uma importante sutura da Faixa Ribeira, a Zona 
de Cisalhamento Arcádia-Areal. A alternância de granulitos Juiz de Fora com os 
metassedimentos dos grupos Andrelândia e Raposo possibilita a partição e o registro da 
deformação entre zonas de intensa deformação cisalhante e zonas de intenso 
dobramento. A deformação ocorre de forma síncrona ao metamorfismo de alto grau, em 
que gerou zonas de rochas miloníticas de alta temperatura com intensa recristalização 
estática (Almeida, 2000). O Sistema de Zona de Cisalhamento percorre todo o estado do 
Rio de Janeiro, ao longo da divisa com Minas Gerais e se aprofunda nos estados de São 
Paulo a sul, e do Espírito Santo, a norte. 
 
25 
 
5.2. Geologia Estrutural 
A Faixa Ribeira Central possui uma geologia estrutural complexa, como é 
comum de orógenos que foram profundamente erodidos. As rochas metamórficas de 
alto grau e ígneas de diferentes gerações, estão organizadas em domínios estruturais em 
que ora predominam zonas de cisalhamento dúctil de alta temperatura, ora predomina 
dobras fechadas a abertas. 
 
Ocorre duas fases principais de deformação identificadas. A primeira fase Dn, 
ocorre em rochas Pré-Cambrianas, enquanto, que Dn+1 ocorre na parte Central da 
Faixa Ribeira. As estruturas rúpteis observadas foram falhas e fraturas, que estão 
preenchidas por rochas magmáticas como diques e soleiras, rochas e minerais (veios), 
rochas de falha como brechas, cataclasitos e pseudotaquilitos ou materiais 
inconsolidados, como fraturas ou juntas distensivas. Muitas zonas de falha ou de 
fraturamento intenso, são cobertas por material inconsolidado Quaternário, que pode ser 
de origem gravitacional, fluvial, lacustre ou marinha, pois estão localizados em locais 
preferenciais para o intemperismo e erosão. 
 
As atitudes das foliações possuem mergulhos que estão nos quadrantes NW e 
SE e direção em torno de N55E. O máximo de densidade das medidas, ocorre por volta 
de 145°/41°, representando assim um plano médio mergulhando em torno de 50° para o 
azimute 325° (strike = N55E). A direção N55-60E é onipresente, principalmente nos 
setores sul e central do estado, e as direções subordinadas N30-40E são mais comuns no 
extremo norte do estado. As lineações, estão orientadas de forma preferencial na 
direção NE-SW, com máximo em 038°/17° e com dispersão nos quadrantes NE e SW. 
 
5.3. Metamorfismo 
As rochas do setor central da Faixa Ribeira, são marcadas por três eventos 
de deformações metamórficas distintas, onde a primeira foi o metamorfismo M0, 
apenas registrado nas rochas do Complexo Juiz de Fora, devido ter uma paragênese com 
ortopiroxênio, possui um indicativo de fácies granulito (P entre 4-6 Kb e T de 800 e 
895°C) (Nogueira, 1994; Duarte, 1998), e são anteriores à tectônica de empurrões 
brasiliana responsável pelo empilhamento dos domínios tectônicos nesse setor da faixa 
(Heilbron, 1993; Heilbron, 1995; Duarte, 1998). 
 
26 
 
A segunda deformação metamórfica, foi o metamorfismo M1, ocorrendo em 
todas as rochas, de todos os domínios tectônicos do Terreno Ocidental (Heilbron, 1995), 
sendo contemporâneo à tectônica de empurrões. Os indicativos de fácies granulito no 
Complexo Juiz de Fora e no Grupo Raposo é evidente em K-feldspato-sillimanita-
granada-ortopiroxênio. Dados U-Pb em zircão, monazita e titanita de granito sin-
colisional (Granito Rio Turvo) indicam que o M1 teve auge em aproximadamente 
580 M.a (Machado et al., 1996; Valladares, 1996). 
 
Por fim, houve o Metamorfismo M2, que levou a recristalização e/ou 
crescimento de minerais metamórficos, como é evidente na parte norte do Grupo 
Andrelândia, formando as paragêneses de fácies xisto verde. O M2 é contemporâneo às 
fases de deformação tardia, especialmente D3, e dados U-Pb em zircões, monazitas e 
titanitas de granitos e leucossomas tardios, indicam idade de 535 M.a para este evento 
(Machado et al., 1996; Valladares, 1996).27 
 
6. GEOLOGIA ECONÔMICA 
A safira (do grego sapphirus) é uma variedade de coríndon, podendo ocorrer 
em diversas cores, como quando Cr substituí Al, é denominado de rubi que é vermelho. 
Quando colorido ou até incolor é denominado de safira. Se há redução de Cr tem a cor 
rosa; substituição de Al3+ por Fe e Ti leva a cor azul; substituição de Al por Cr e V gera 
a cor verde; e substituição de Fe e Cr tem-se a cor laranja (Branco, 2014). É um óxido 
de alumínio (Al2O3), fazendo parte do grupo da hematita (X2O3), grupo dos óxidos 
romboédricos que contém os minerais: hematita (Fe2O3), coríndon (Al2O3), eskolaíta 
(Cr2O3), karelianita (V2O3) e tistarita (Ti2O3). 
 
Seus cristais são transparentes a translúcidos, brilho adamantino a vítreo, 
dureza 9 na escala de Mohs, densidade entre 3,98 e 4,06 e tenacidade elevada (Giuliani 
et al., 2014). 
 
É necessário um ambiente rico em alumina e empobrecido em sílica, deve 
conter a presença de Fe, Ti e Cr para substituir o Al na estrutura do romboedro e 
condições termo barométricas (pressão acima de 3 Kbar e temperatura de 500-800°C) 
que irão levar a cristalização e estabilidade deste mineral (Giuliani et al., 2014). 
 
Há dois tipos de ambientes geológicos mais prováveis para a formação do 
coríndon, como os cinturões metamórficos (fácies anfibolito de médio grau a granulito) 
e ambientes de vulcanismo basáltico alcalino em riftes continentais (Simonet et al., 
2008). 
Depósitos de coríndon são abundantes no planeta, porém locais que produzam 
rubis e safiras de qualidade gemológica são limitados. Coríndon com esse tipo de 
qualidade gemológica é encontrado, geralmente, em depósitos aluvionares e 
eluvionares. Porém, pode ser encontrado em rochas ígneas e em metamórficas (Hughes, 
1990). 
Os maiores depósitos de coríndon-gema no mundo ocorrem em Mogok, 
Birmânia (Mianmar); Chanthaburi (Tailândia) e Pailin (Camboja); Sri Lanka; Kashmir, 
Índia; Queensland e New South Wales, Austrália; Jagdalek, Afeganistão; Tanzânia; 
Quênia; Yogo Gulch, EUA e; Kaduna, Nigéria (Hughes, 1990). Também há ocorrência 
no Vietnã, Madagascar e no Brasil (De Faria Duarte et al., 2020). 
28 
 
Existem atualmente 29 ocorrências de coríndon registradas no Brasil (figura 6). 
A maioria é encontrada em depósitos do tipo alúvio-coluvionares, relacionados a 
terrenos metamórficos de alto grau ou associadas a complexos alcalinos. Às principais 
ocorrências estão localizadas nos estados de Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina, 
Paraíba, Rio de Janeiro e em Minas Gerais (De Faria Duarte et al., 2020). Nos estados 
do sudeste como Minas Gerais e Rio de Janeiro, ocorre safira (figura 7) em Bocaina de 
Minas e em Resende (ambos os municípios são referentes ao presente trabalho), Itatiaia 
e Quatis, RJ (Pereira et al., 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Ocorrência de coríndon no Brasil. Fonte: Liccardo, 2003. 
29 
 
 
 
 
Em Minas Gerais as regiões que apresentam um potencial econômico para 
coríndon são Malacacheta e Indaiá, que possuem cristais azuis/transparentes de 
qualidade gemológica comprovada e nas ocorrências de Palmeiras e Sapucaia, que 
ocorre rubis e safiras azul e violeta com efeitos alexandrita, asterismo e seda. Ainda em 
Minas Gerais, há ocorrências como Campo Belo, Cláudio, Novo Cruzeiro, Conceição 
do Mato Dentro, Caputira, Datas, Passos e Bom Jesus da Penha (Liccardo, 2003). 
 
Na Bahia há ocorrências de Anagé e Capim Grosso, porém não são em 
escala comercial. Recentemente, foi descoberto coríndon com qualidade para produção 
em Lajedinho, Catingal e Uauá. Em Santa Catarina, os depósitos secundários de Barra 
Velha produzem rubis e safiras rosa com baixa transparência, e com efeitos de asterismo 
e seda. Chodur (1997), relaciona a origem do coríndon a uma gênese metamórfica, que 
Figura 7: Mapa de Ocorrência de Coríndon em Bocaina de Minas e Resende. Fonte: 
Vitória Azevedo. 
 
 
30 
 
é reforçado devido as ocorrências estarem encaixadas em terrenos granulíticos. Na 
Paraíba, há ocorrências na localidade de Patos, que estão associadas a pegmatitos, com 
pequena produção de safira azul e de baixa transparência. 
 
A partir dos dados fornecidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM), e 
utilizando o Sistema de Informações Geográficas da Mineração (SIGMINE), foi 
possível observar que na região de Bocaina de Minas e Resende, assim como seus 
arredores, possuem uma predominância de processos e direitos minerários de 
extração de areia, gnaisse, argila, granito, água mineral, saibro, minério de ferro, 
minério de cobre e ouro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
7. TRABALHOS REALIZADOS / METODOLOGIA ADOTADA PARA O 
LEVANTAMENTO 
A metodologia empregada na disciplina foi separada em três etapas: pré-
campo, campo e pós campo. 
 
A etapa pré-campo consistiu em uma prévia divisão da região a ser prospectada 
à procura de coríndon com base nos aspectos fisiográficos da região e em drenagens 
ativas e conhecidas por outros trabalhos realizados na região ou próximas a esta, como 
trabalho De Faria Duarte et al., 2020. 
 
Com base nesta informação ocorreu uma pesquisa ao longo de aulas do curso, 
para verificar essa informação com base em requerimentos de pesquisa e/ou mineração 
nos arredores da região. Com a aquisição e junção de dados topográficos, utilizando as 
folhas topográficas 1:50.000, de Resende (SF-23-Z-A-II-3) e Liberdade (SF-23Z-A-
II-1), dados geológicos utilizando a Carta Geológica (Folha SF.23-Z-A-II) de Santa Rita 
do Jacutinga, na Escala 1:100.000 (Folha SF.23-Z-A-II), assim como dados da CPRM 
(Serviço Geológico do Brasil) e do SIGMINE (Sistema de informações Geográficas da 
Mineração), foi confeccionado um mapa, utilizando o software ArcGis (figura 8). Com 
os dados e informações pesquisados, foi admissível que houvesse o prosseguimento da 
pesquisa na região. Foram definidos 6 pontos de interesse em locais de leito ativo de 
drenagem, para realizar o campo. 
 
 
 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A etapa do campo durou 5 dias, que foram divididos da seguinte forma: com 3 
dias de coleta de materiais nos pontos definidos pelos alunos durante as aulas, os quais 
foram julgados como possuindo as melhores redes de drenagem; 1 dia de separação do 
material de minerais pesados dos concentrados de bateia e análise de grãos utilizando o 
microscópio e lupa de mão; 1 dia para volta ao Rio de Janeiro. 
 
Figura 8: Mapa de pontos (vermelho) e a rodovia (amarelo) principal para os acesos dos pontos 
visitados durante a campanha de prospecção. Fonte: Professor Doutor Marcelo Salomão. 
 
 
 
33 
 
As ferramentas utilizadas no trabalho de campo foram: caderneta de campo 
para anotações, mapas de localização, bússola para realizar medidas nas rochas, martelo 
para retirada de amostras, pás, peneiras, bateias, baldes e sacolas para amostragem do 
material coletado, gps para localização e medições das coordenadas em UTM. 
 
Assim, nessa etapa de campo foi possível verificar, que os dados obtidos na 
bibliografia eram verídicos. Utilizando a metodologia de campo para a coleta de 
material e a separação de minerais pesados (figura 9), que consequentemente levaram a 
prospectar coríndon (safira). A prospecção realizada consistia em coletar minerais 
pesados em leito ativo de drenagem, adicionando este material em baldes de 10 litros, 
em seguida o material era adicionado na malha com abertura de 2 cm, passando pela 
malha de 1 cm e em seguida passava na malha de 0,75 cm e por fim, o material que 
restava na calha de fundo, realizava-se um bateamento deste, com o objetivo de que 
restasse somente os materiais pesados nas amostras coletadas de concentrado de bateia. 
Os materiais que passaram na malha com abertura de 1 cm e 0,75 foram armazenados 
em sacos plásticos, assim como omaterial que foi bateado. 
 
Metodologia para coríndon (safira) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Metodologia para coríndon (safira) para o trabalho de campo. Fonte: 
Professor Doutor Marcelo Salomão. 
 
 
34 
 
Logo, a distribuição de coríndon ao longo da folha ficou bem evidenciada, 
principalmente nas amostragens de bateia, onde as concentrações mostraram uma 
interação principalmente com as litologias dos grupos Andrelândia (Domínio 
Inferior) e Raposo (Domínio Superior). 
 
No pós campo, após ser feita a coleta e separação de CB nas malhas utilizadas, 
às amostras passaram por uma secagem, feito esse procedimento, realizou-se uma 
Separação Magnética dos minerais pesados que foram coletados, onde o material que 
restou, foram analisados para determinar se as amostras eram de possivéis grãos de 
coríndon, com auxílio de lupa de mão e microscópio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
8. GEOLOGIA DA ÁREA / LOCAL 
Ao longo do trabalho de campo, foram observadas rochas que fazem parte 
dos grupos Andrelândia (Domínio Inferior) em que a rocha é um sillimanita granada 
biotita gnaisse e Raposo (Domínio Superior) que é representada pela rocha denominada 
de biotita gnaisse bandado. 
 
Na campanha prospectiva realizada entre os dias 18 a 22 de Setembro de 2023 
foram visitados, no total 6 pontos (tabela 1). 
 
No ponto AC-02 visitado previamente por De Faria Duarte et al., 2020, foi 
encontrado ocorrências de safira. Neste trabalho de campo, este ponto foi considerado 
um ponto de teste, sendo feito amostragens de maior quantidade, no total de 100 L. 
 
O material coletado em todos os pontos visitados correspondem às frações de 2 
cm, 1 cm e 0,75 cm. 
Ponto de 
Campo 
2023 
X Y Drenagem Localidade 
Tipo de 
Material 
Volume 
de Coleta 
(L) 
AC-02 562770 7529296 
Afluente do Rio da 
Pedra Preta 
Estrada da Fumaça, 800m a partir da rodovia 
RJ-161. Distrito de Pedra Selada. 
CB 
100 
BC-01 560500 7546660 Ribeirão da Piedade 
Próximo (2.200m) à área urbana de Bocaina de 
Minas (SW da área urbana). A estrada leva à 
Chácara Recanto do Guerreiro, Recanto dos 
Pássaros, às localidades de Mirante da Serra do 
Palmital, à Capela Nossa Sra. Das Dores – 
Cambuquira, à Capela São José e à Chácara 
Toca do Urso. 
CB 50 
BC-02 564020 7543763 
Afluente do 
Ribeirão do Sertão 
A sul da área urbana de Bocaina de Minas. CB 50 
BC-03 564665 7543038 Córrego da Tijuca A sul da área urbana de Bocaina de Minas. CB 50 
BC-04 565876 7543265 Córrego da Tijuca A sul da área urbana de Bocaina de Minas. CB 50 
BC-05 566283 7543570 Córrego da Tijuca A sul da área urbana de Bocaina de Minas. CB 50 
 
 
8.1. AC-02 
No ponto AC-02 (X = 562770; Y = 7529296; Zona 23K), 460 metros de 
altitude, localizado na Estrada da Fumaça, 800 metros a partir da rodovia RJ-161, no 
Distrito de Pedra Selada, em Resende. A rocha que ocorre nessa região, é um biotita 
gnaisse bandado, pertencente ao Grupo Raposo, bastante alterada. Foram coletados no 
Tabela 1: Tabela com os pontos que foram visitados, coordenadas, drenagem, 
localidade e tipos de amostras coletadas. Fonte: Professor Doutor Marcelo Salomão, 
modificado por Vitória Azevedo. 
 
36 
 
Afluente do Rio da Pedra Preta, 100 L de concentrado de bateia neste ponto (figura 10), 
porém 10 litros ficaram de back up, logo coletou-se 90 litros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.2. BC-01 
No ponto BC-01 (X = 560500; Y = 7546660; Zona 23K) localizado próximo 
(2.200 metros) da área urbana de Bocaina de Minas (SW da área urbana). A estrada leva 
à Chácara Recanto do Guerreiro, Recanto dos Pássaros, às localidades de Mirante da 
Serra do Palmital, à Capela Nossa Sra. Das Dores – Cambuquira, à Capela São José e à 
Chácara Toca do Urso. A rocha que ocorre nessa região, é um gnaisse, que provém do 
Grupo Andrelândia. Foram coletados no Ribeirão da Piedade, 50 L de concentrado de 
bateia neste ponto (figura 11). 
 
 
 
 
Figura 10: Afluente do Rio da Pedra Preta, local do ponto AC-02. Fonte: 
Vitória de Azevedo. 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.3. BC-02 
No ponto BC-02 (X = 564020; Y = 7543763; Zona 23K) localizado a sul da 
área urbana de Bocaina de Minas. Foram coletados no Afluente do Ribeirão do Sertão, 
50 L de concentrado de bateia neste ponto (figura 12). Não foi possível observar rochas 
aflorantes neste ponto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Córrego da Tijuca, local do ponto BC-02. Fonte: 
Vitória de Azevedo. 
 
Figura 11: Ribeirão da Piedade, local do ponto BC-01. Fonte: Rodrigo 
Mitre. 
 
38 
 
8.4. BC-03 
No ponto BC-03 (X = 564665; Y = 7543038; Zona 23K) localizado a sul da 
área urbana de Bocaina de Minas. Foram coletados no Córrego da Tijuca, 50 L de 
concentrado de bateia neste ponto. Não foi possível observar rochas aflorantes neste 
ponto. 
8.5. BC-04 
No ponto BC-04 (X = 565876; Y = 7543265; Zona 23K) localizado a sul da 
área urbana de Bocaina de Minas. Foram coletados no Córrego da Tijuca, 50 L de 
concentrado de bateia neste ponto (figura 13). Não foi possível observar rochas 
aflorantes neste ponto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.6. BC-05 
No ponto BC-05 (X = 566283; Y = 7543570; Zona 23K), 1150 metros de 
altitude, localizado a sul da área urbana de Bocaina de Minas. No leito do córrego, 
observou-se ocorrência de sillimanita granada biotita gnaisse, pertencente ao Grupo 
Figura 13: Córrego da Tijuca, local do ponto BC-04. Fonte: Vitória 
de Azevedo. 
 
39 
 
Andrelândia. Foram coletados no Córrego da Tijuca, 50 L de concentrado de bateia 
neste ponto (figura 14). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14: Córrego da Tijuca, local do ponto BC-05. Fonte: Vitória 
de Azevedo. 
 
40 
 
9. RESULTADOS OBTIDOS 
Na campanha de reconhecimento de prospecção para coríndon houve 6 pontos 
visitados na região de Resende e Bocaina de Minas. Buscou-se realizar uma 
identificação, através da coleta de concentrado de bateia (CB) em leitos de ativos para 
realizar as análise dos coríndons. 
 
Feito os trabalhos de campo e análise dos dados, o material de concentrado de 
bateia, coletado em campo foi separado em 3 sacolas plásticas conforme às seguintes 
frações: de 2-1 cm; 1-0,75 cm e; < 0,75 cm. 
 
No pós campo, após a coleta de CB e secagem das amostras, realizou-se uma 
separação dos minerais pesados que foram analisados. Foi utlizado o método de 
Separação Magnética, em que utiliza-se imãs de mão e embuchado, com três 
subdivisões: Ferromagnética, retira magnetita com imã comum de mão; 
Paramagnética, retira os outros minerais (que não foram retirados pelo imã de mão) 
que são de magnetita, como a ilmenita, utilizando o imã embuchado e; Diamagnética, 
separa nos minerias diamagnéticos, o que é corindon e o que é quarzto. Esas duas 
frações os minerais, não são atraídos pelo imã. 
 
Depois de realizado essa separação, os grãos de interesse foram observados, 
com auxílio de uma lupa de mão e também de um microscópio para determinar, se era 
coríndon ou não. Nos coríndons suspeitos, que foram analisados achou-se 2 possíveis 
coríndon do ponto AC-02, onde esse grão contém 2 mm e possui uma coloração incolor 
e rosa, sendo anguloso e sub arredondados (figuras 15 e 16). 
Figuras 15 e 16: Coríndon achado no pós campo, do ponto AC-02, contendo 2 mm. Fonte: 
Vitória de Azevedo. 
 
41 
 
 
Por fim, os grãos suspeitos serão enviados ao CETEM (Centro de Tecnologia 
Mineral) para ser realizado um teste de Química Mineral, onde se houver elementos 
químicos com picos de alumínio, será determinado que às amostras encontradas são 
coríndons. Também será utilizado o MEV (Microscópio Eletrônico de Varredura) para 
realizar uma identificação de forma qualitativa dos grãos de coríndon e suas inclusões, 
se houver de biotitae ilmenita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
10. DISCUSSÕES / CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A campanha prospectiva possibilitou que houvesse uma análise dos materiais 
previamente estudados. Quando evidentes foram encontradas rochas do Grupo 
Andrelândia e Raposo. Com os materiais coletados e analisados, foi concebível 
identificar às possíveis ocorrências de coríndon na região. 
 
A densidade da amostragem neste presente trabalho foi de uma amostragem 
não sistemática, onde realizou-se uma prospecção de forma regional. A metodologia 
deste trabalho ocorreu em três etapas: pré-campo, campo e pós campo. 
 
Mesmo com os possíveis coríndons encontrados, será necessário realizar 
análises em laboratórios e estudos de química mineral para determinar se há picos de 
alumínio, e com isso verificar se os minerais encontrados são coríndons ou não. 
 
A etapa pré-campo consistiu em uma prévia divisão da região a ser prospectada 
utilizando dados bibliográficos. Na etapa de campo foi possível utilizar a metodologia 
para prospectar coríndon (safira). A prospecção realizada consistia em coletar minerais 
pesados em leito ativo de drenagem, fazendo a separação desse material em caixas com 
malhas de abertura de 2 cm, 1 cm e 0,75 cm respectivamente, onde o material que 
restava na calha de fundo era bateado. No pós campo, às amostras secas, passaram por 
uma Separação Magnética dos minerais pesados, onde o material que restou, foi 
analisado para determinar se as amostras encontradas eram de possivéis grãos de 
coríndon, com auxílio de lupa de mão e microscópio. 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
11. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA A CONTINUIDADE DOS 
TRABALHOS 
Os resultados da prospecção na área foram positivos, pois foi possível 
encontrar coríndon nas amostras de CB, com isso comprovando que na região há 
ocorrência deste mineral. Porém, para as futuras campanhas prospectivas do trabalho na 
área, recomenda-se que sejam feitos mais pontos de coleta na região, principalmente em 
áreas em que a drenagem é forte, como nos pontos visitados no presente trabalho que 
são AC-02, BC-02, BC-04 e BC-05, pois há melhor concentração de material para ser 
coletado, com isso aumentará o volume de coleta do material prospectado. 
 
Para um melhor resultado de dados é necessário que sejam realizadas análises 
de MEV para fazer a identificação de forma qualitativa dos grãos de coríndon e 
determinar se há inclusões de biotita e ilmenita no material coletado. Indica-se também 
que seja feito o teste de Química Mineral, como realizado no CETEM para determinar 
se há picos de alumínio ou não. Caso seja verídico esses picos, será determinado que às 
amostras são de coríndon e com isso se faz necessário realizar uma plotagem da 
composição química do coríndon no diagrama Cr2O3/Ga2O3 x Fe2O3/TiO2 (Sutherland 
et al., 1998) para determinar a origem do coríndon, que pode ser metamórfica ou ígnea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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